Renato Grinberg

Autor do best-seller “A Estratégia

do Olho de Tigre”

STAKEHOLDERSRenato Grinberg fez uma mudança certeira em sua carreira quando abandonou a carreira de músico para embarcar no universo corporativo. Com passagens por grandes multinacionais norte-americanas, como Sony Pictures e Warner Bros, Renato tornou-se famoso ao escrever o best-seller de carreira e negócios “A Estratégia do Olho de Tigre”. No Brasil, foi presidente da Trabalhando.com Brasil e, atualmente, é CEO da empresa Currículo Autêntico, além de professor acadêmico.

Publicação TRANSAEX | Venda ProibidaD i s t r i b u i ç ã o D i r i g i d a

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Atenciosamente,Paulo Eduardo Pinto

DIRETOR CORPORATIVO

O sucesso no mundo dos negócios não se conquista por acaso. No best-seller “A Estratégia do Olho de Tigre”, por exemplo, Renato Grin-berg afirma que é preciso muita garra e determinação para superar os desafios que se apresentam. Em seu mais recente livro, “O Instinto do Sucesso”, o autor aponta que entender como os nossos instintos naturais nos influenciam é fundamental para convertê-los em pontos favoráveis. Para debatermos um pouco mais sobre esse tema vasto e fascinante, con-versamos com o próprio Renato Grinberg. Tenha uma ótima leitura!

DEPOIMENTOS

“Precisamos de uma política comercial mais agressiva, inclusive contemplando a agregação de valor para não exportar matéria-prima.”

Roberto Rodrigues – Coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) - STAKEHOLDERS - Dezembro 2011

“O pré-sal tem horizontes de 30 a 40 anos. Precisamos superar as divergências para que novas áreas sejam incorporadas e o petróleo se

transforme no indutor do desenvolvimento.”

Caio Múcio Pimenta – Superintendente da Onip STAKEHOLDERS - Fevereiro 2013

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PUBLICAÇÃO TRANSAEX • TSX NEWSABRiL/2013| Venda Proibida

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• Na atividade da TRANSAEX, temos muitas oportunidades de lidar com culturas distintas e conhecer as par-ticularidades do mundo corporativo de diversos países. Essa experiência também fez parte da sua trajetória profissional. De que forma isso enri-quece a carreira?

Quando nos expomos a culturas dife-rentes, desenvolvemos uma caracte-rística fundamental para qualquer ser humano e principalmente para um executivo: aprender a respeitar as di-ferenças. Não só aprendemos novas maneiras de fazer algo, mas também entendemos que a diversidade de ideias e de culturas em uma empre-sa é cada vez mais importante para o sucesso da mesma. Eu, por exem-plo, tinha formação em música e isso na visão dos norte-americanos era algo que me fazia enxergar as ques-tões do negócio por outros ângulos. Algo que muitas vezes um executivo com formação mais tradicional não conseguiria apresentar. Portanto, sem-pre que for possível, contrate pessoas

com backgrounds diferentes do seu, pois um erro que acontece muito nas empresas é que executivos querem contratar profissionais parecidos com eles, o que obviamente não traz diver-sidade para o ambiente de trabalho.

• Trabalhar sob a pressão de tempo, lidar com a intensa cobrança de clien-tes, enfrentar grandes desafios técni-cos: hoje tais situações são a regra, não a exceção. Como usar as carac-terísticas próprias do cenário corpora-tivo contemporâneo a favor do apri-moramento profissional?

Algo que aprendi quando fiz o meu full time MBA é que não é possível fazer tudo que um profissional é demanda-do no seu dia a dia. Portanto existem dois segredos que todo profissional de sucesso precisa aprender para lidar com o cenário que você descreveu acima: priorizar e delegar;

- Priorizar: O executivo precisa distinguir o que necessita de uma atenção mais imediata e se focar nessas tarefas. Aqui,

o mais importante é utilizar o Princípio de Pareto, também conhecido como regra 20/80, que basicamente postula que 20% de suas tarefas são responsáveis por 80% do resultado relevante para a em-presa. Essas tarefas devem ser priorizadas.

- Delegar: Esse é um dos verbos mais frequentes em manuais de liderança, mas poucos líderes conseguem realizar essa tarefa de maneira adequada. De-legar não significa simplesmente passar tarefas para os subordinados, mas sim entender quem deve fazer o que para se conseguir o grau máximo de eficácia.

• No livro “O Instinto do Sucesso” você afirma que, ao utilizar nossos instintos da forma correta, podemos nos trans-formar em melhores profissionais. Um exemplo é a ideia de usar o instinto

Renato Grinberg

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“Um assunto que sempre procuro abordar em minhas palestras e meus livros é que a busca por excelência e mesmo por sucesso não pode jamais

passar por cima das verdadeiras prioridades da vida, que a meu entender são sua família, seus amigos e sua saúde física, mental e espiritual.”

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do medo para converter ansiedade e insegurança em planejamento e resul-tado. Como funciona isso?

Esse novo livro é fruto de anos de pes-quisas e observações relacionadas às áreas de Psicologia Evolutiva, Neuroci-ência e as teorias darwinianas. Basica-mente, os nossos instintos primitivos são os mesmos que tínhamos na época das cavernas, porém o mundo evoluiu radicalmente e esses instintos, que ou-trora foram de suma importância para nossa sobrevivência, hoje podem cau-sar muitos problemas na nossa vida pessoal e principalmente profissional. O nosso cérebro é dividido em três grandes áreas:1) O cérebro reptiliano, que é a parte mais primitiva, similar à dos rép-teis, responsável por instintos como a agressividade e o medo.

2) O cérebro do antigo mamífero, ou sistema límbico, responsável pelas emoções.

3) O cérebro do novo mamífero, ou neo-córtex, responsável pela parte ra-cional e intelectual.

Quando nos sentimos ameaçados por qualquer razão o cérebro reptiliano toma conta e paramos de pensar e agir racio-nalmente. Por isso é importante tomar atitudes para “resgatar” a nossa raciona-lidade nesses momentos. Dentre muitos exercícios que ensino no livro, um deles consiste em fazer uma lista de todas as situações que estão lhe causando medo e pensar no pior cenário que pode acon-tecer com cada uma delas. Daí se bus-ca várias soluções possíveis para cada situação. Uma vez que colocamos isso no papel, forçamos o nosso néo-cortex a raciocinar e, portanto, não ficamos mais “reféns” do cérebro reptiliano.

• Quais são, em sua opinião, os três principais aspectos que um profis-sional deve fortalecer para se tornar cada vez melhor, e quais são os três que ele deve anular?

Os três pontos que devem ser fortale-cidos são:• Humildade para estar sempre aber-to para aprender e ouvir os outros, se-jam colegas, subordinados, clientes, fornecedores ou gestores;

• Dedicação e resiliência extremas, pois ninguém consegue alcançar seus objeti-vos se não batalhar muito e tiver “estôma-go” para aguentar os altos e baixos da carreira executiva;

• Integridade, pois sem isso qualquer conquista é vazia e passageira.

As três características que ele deve sem-pre tomar cuidado são:• Arrogância: A arrogância se mani-festa como uma defesa e pode des-truir a carreira de um profissional, pois irá afastá-lo das pessoas.

• Síndrome do “não sou pago para isso”: Pessoas que não saem da sua zona de conforto usando a desculpa de que “não sou pago para isso” não têm mais espaço no mundo corporativo.

• Falta de motivação: Quando um pro-fissional não consegue se motivar em sua função está na hora de mudar de em-presa ou de área, pois a falta de moti-vação passará para outros funcionários e acabará impregnando a empresa toda.

• Como palestrante, você tem a opor-tunidade de conhecer empresas e profissionais de todo o país. O que tem mais lhe chamado a atenção em rela-ção ao perfil e à ânsia desses profissio-nais? Algum caso curioso?

Meu trabalho como palestrante real-mente tem me levado para todos os cantos do Brasil, o que tem sido uma experiência muito enriquecedora. Te-nho ficado muito impressionado com a “sede” de conhecimento dos pro-fissionais. Após uma palestra que fiz em uma empresa de mídia do Piauí, chamada 180 Graus, o diretor-geral decidiu criar o “Desafio do Tigre”, onde todos os funcionários da empresa de-

veriam ler meu livro “A Estratégia do Olho de Tigre” e responder a algumas questões, como em uma prova. Os funcionários com as melhores notas re-cebiam prêmios. Achei uma iniciativa extremamente criativa e obviamente fiquei muito lisonjeado com isso.

• A propósito, comente um pouco sobre o “olho de tigre”, analogia que se tornou sucesso com o seu primei-ro best-seller.

A estratégia do olho de tigre é uma me-táfora para a busca incessante pela ex-celência. No livro eu exponho sete passos que levam um profissional a desenvolver o “olho de tigre”. Conto como eu mesmo usei o “olho de tigre” para fazer uma mu-dança radical de carreira de músico a executivo bem sucedido nos Estados Uni-dos. O livro já está na oitava edição e há mais de um ano na lista de best-sellers de carreira e negócios da revista Você S/A.

• Conte-nos como se deu essa mu-dança em sua carreira.

Quando entendi que uma das principais qualidades que eu tinha como músico era a minha capacidade de organizar e liderar projetos, ficou claro para mim que, por mais radical que fosse a mu-dança de músico para executivo, eu tinha algumas características que po-deriam me ajudar nessa transição. Além da minha habilidade de liderança, uni minha disciplina e criatividade, carac-terísticas fundamentais para se desen-volver uma carreira como músico, para alcançar êxito no mundo corporativo.

• Obrigado pela ótima conversa, Re-nato. Um último recado?

Um assunto que sempre procuro abor-dar em minhas palestras e meus livros é que a busca por excelência e mes-mo por sucesso não pode jamais pas-sar por cima das verdadeiras priorida-des da vida, que a meu entender são sua família, seus amigos e sua saúde física, mental e espiritual.

Stakeholders

DIbIARRenato Grinberg