aula i - planeamento introdução
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PLANEAMENTO E AUDITORIA
INTRODUÇÃO
Na abordagem do planeamento recomenda-se fazer uma revisão dos conceitos julgados importantes: Planeamento estratégico, acompanhamento de resultados, controlo, contabilidade, auditorias de Empresas/Organizações.
A razão de se pretender dar um enfoque especial a estes conceitos surge pelo facto de constituirem os pilares principais do desenvolvimento das organizações, porque afectam o comportamento dos gestores e os orienta na implementação de estratégias.
Todas as actividades, contidas nestes conceitos resultam de fenómenos que se operam no interior das organizações, como centros de produção de bens e serviços úteis à satisfação contínua das necessidades da sociedade.
Entretanto, com a exigência cada vez mais crescente das sociedades, os conceitos foram sendo aperfeiçoados e ajustados, por forma a darem resposta à justa medida à essas exigências, facto que deu origem, por exemplo, ao planemanento estratégico.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA
Conceitualização de planeamento:
O planeamento não pode ser confundido com previsão,
projecção, predição, resolução de problemas ou plano,
pois:
Previsão: corresponde ao esforço para verificar quais
serão os eventos que poderão ocorrer com base em
probabilidades.
Projecção: corresponde a situação em que o futuro
tende a ser igual ao passado.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA
Conceitualização de planeamento – Cont.
Predição - corresponde a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado, mas a empresa não tem nenhum controlo sobre seu processo e desenvolvimento.
Resolução de problemas - corresponde a aspectos imediatos que procurando somente a correcção de certas descontinuidades e desajustes entre a empresa e as forças externas que lhe sejam potencialmente e materialmente relevante.
Plano – corresponde a um documento formal que se constitui na consolidação das informações e actividades desenvolvidas no processo de planeamento, e o limite da formalização do planeamento.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA Conceitualização de planeamento - Cont.
Antes de nos referirmos ao planeamento estratégico, importa conceitualizar a estratégia (termo de origem grega), de raizes militares que significa “função do general do exército” que tem haver com a organização das tropas e recursos com vista a alcançar vitória sobre inimigo.
A estratégia concebida pelo general traduz-se depois no chamado “plano de campanha” que determina as acções ofensivas e defensivas a levar a cabo.
Por analogia, dada a semelhança de acontecimentos este conceito é aplicado também no meio empresarial e é conotado à formulação de um plano que reúne, de forma integrada, os objectivos, as políticas e acções da empresa/organizações com vista a alcançar o sucesso.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA Conceitualização de planeamento - cont
Deste modo reunidas as bases para definir o planeamento estratégico como sendo o processo de tomada de decisão sobre os objectivos da empresa e das metodologias que devem ser seguidas para os antigir.
Assim, Planeamento estratégico dever ser visto de forma dinâmica, como um processo que consiste em várias fases das quais se destacam:
Informação – faz-se a análise de todos os factores tais como: as ameaças e as oportunidades, os seus pontos fracos e fortes, face ao meio ambiente.
Formulação de alternativas estratégicas- consiste na identificação de estratégias alternativas para solucionar os problemas ou aproveitar oportunidades;
Avaliação das alternativas – é realizada tomando como base a análise e estudos sobre as consequências de cada uma das alternativas.
Decisão- é a fase em se faz a escolha da alternativa que se considera mais interessante para o fim em vista.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA
Conceitualização de planeamento – Cont.
Várias definições de planeamento:
Planeamento é um processo continuo, um exercicio
mental, executado pela organização para o alcance de
seus objectivos.
Planeamento é um processo administrativo que indica
com precisão e antecipação o que as pessoas têm que
fazer para alcançar as suas metas ou objectivos.
Planeamento é um processo contínuo porque os factores
externos levados em conta durante o planeamento estão
em mudança constante, o que faz com que o planificador
esteja sempre a alterar o seu plano para que continue a
ser realistico.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA
Conceitualização de planeamento – cont.
O planeamneto pode ser definido como sendo o
desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objectivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido e eficaz.
O exercício sistemático do planeamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e consequentemente provocar o aumento da probabilidade de alcance dos objectivos, desafios e metas estabelecidos para a organização.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA
Principais aspectos de Planeamento
O Planeamento não diz respeito a decisões futuras, mas as implicações futuras de decisões presentes (Peeter Drucker).
O Planeamento não é um acto isolado, deve ser visualizado como um processo composto de acções inter-relacionadas e interdependentes que visam ao alcançe de objectivos previamente estabelecidos.
O processo de planeamento é muito mais importante do que o seu produto final, o plano pode ser elaborado as correrias, sem prestar atenção adequada o que quase sempre resultará num plano que não vai ao encontro dos objectivos da empresa.
NB: É importante salientar que o plano deve ser desenvolvido pela empresa e NÂO para a empresa.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA Princípios Gerais do planeamento
1. Princípios da contribuição aos objectivos – O
planeamento deve sempre visar o alcance dos
objectivos da empresa, senão não seria necessário
perder tempo a planear.
2. Princípio da precedência – planeamento
corresponde a uma função administrativa que vem
antes das outras (organização, direcção e controlo).
3. Princípio da maior penetração e abrangência – o
planeamento pode causar uma série de modificações
nas características e actividades da organização.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA
Princípios Gerais do Planeamento – cont.
O planeamento pode causar modificações:
Nas pessoas – Necessidade de treinamento, substituição, transferência, avaliação etc.
Na tecnologia – evolução dos conhecimento, novas maneiras de fazer o trabalho etc.
Sistemas – alterações nas responabilidades estabelecidas nos níveis de autoridades, descentralização, comunicação, procedimentos, instruções etc.
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PLANEAMENTO E AUDITORIA
Princípios Gerais do planeamento – cont
4. O Princípio da maior eficiência, eficácia e
efectividade, significa que o plano deve procurar
maximizar os resultados e minimizar as deficiências:
Eficiência – Fazer as coisas de forma adequada,
resolver problemas, salvaguardar os recursos
aplicados, cumprir seu dever e reduzir os custos.
Eficácia - Fazer as coisas certas, produzir alternativas
criativas, Maximizar a utilização de recursos, obter
resultados e aumentar o lucro.
Efectividade –Apresentar resultados globais positivos
ao longo do tempo (permanentemente).
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FILOSOFIAS DE PLANEAMENTO
Para Ackoff, existem 3 tipos de Filosofias de Planeamento:
1. Filosofia da satisfação – designa os esforços para atingir um minimo de satisfação mas não necessariamente para excedê-lo. Para Ackoff, satisfazer é fazer suficientemente bem, mas não é necessariamente tão bem quanto possível.
O nivel que define a satisfação é o que o tomador da decisão está disposto a fixar, e frequentemente, é o minimo necessário.
A preocupação básica dessa filosofia está no aspecto financeiro, sendo dada grande ênfase ao orçamento e as suas projecções.
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FILOSOFIAS DE PLANEAMENTO
1. Filosofia da satisfação – cont.
Não é dada grande importância aos demais aspectos do
planemanto de recursos (humanos, equipamentos, materiais e
serviços etc.) porque está subentendido que, com suficiente
quantidade de recursos monetários, o restante pode ser obtido, e
normalemte, é feita apenas uma projecção para o futuro, sendo
ignoradas as possibilidades de outras alternativas.
Filosofia normalamente utilizada em empresas cuja preocupação
maior é com a sobrevivência, mas também se aplica a outras que
se preocupam com o crescimento ou com o desenvolvimento.
Vantagens – o processo de planeamento pode ser realizado em
pouco tempo, custa pouco e exige menor quantidade de
capacitação técnica.
Desvantagem – Não aprofunda no estudo das variáveis, fazendo
com que haja muito pouco a aprender no processo de
planeamento.
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FILOSOFIAS DE PLANEAMENTO
2. Filosofias da optimização
Para esta filosofia o planeamento não é feito
apenas para realizar algo suficientemente bem, mas
para fazê-lo tão bem quanto possível.
Caracteriza-se pela utilização de técnicas
matemáticas e estatisticas e de modelos de
simulação.
O que pressupõe a formulação dos objectivos em
termos quantitativos, pois são reduzidos a uma
escala comum (escala monetária).
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FILOSOFIAS DE PLANEAMENTO
2. Filosofias da optimização - cont
O planeador optimizador tende a ignorar os
objectivos não quantificáveis, porque eles não
poderão ser incorporados em um modelo a ser
optimizado.
Tende a ignorar os aspectos que não podem ser
modelos, tais como os inerentes a recursos humanos
e à estrutura organizacional da empresa.
Esta filosofia é amplamente divulgada com o
desenvolvimento da informática e tecnologia de
informação.
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FILOSOFIAS DE PLANEAMENTO
3. Filosofia da adaptação / planeamento inovativo
Baseia-se na suposição de que o principal valor do planeamento não está nos planos produzidos, mas no processo de produzi-los.
Supõe que a maior parte da necessidade actual de planeamento decorre da falta de eficácia administrativa e de controlo, e que o factor humano é o responsável pela maioria das confusões que o planeamento tenta eliminar ou evitar.
O conhecimento do futuro pode ser classificado em três tipos: certeza, incerteza e ignorância, visto que cada uma dessas situações requer tipo diferente de planeamento, comportamento, contingência ou adaptação.
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FILOSOFIAS DE PLANEAMENTO
3. Filosofia da adaptação / planeamento inovativo (cont.)
Está filosofia procura o equilibrio interno e externo da
organização depois da ocrrência de uma mudança.
Perante uma mudança, a organização pode reagir de
uma forma passiva, que é adoptar soluções normais
como dispensa de pessoal ou procurar antecipar as
mudanças ou adaptar-se a estes novos estados.
Pode ainda adoptar uma resposta auto-estimula,
procurando novas oportunidades para crescimento ou
expansão da empresa.
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FILOSOFIAS DE PLANEAMENTO
Conclusão
Basear objectivos da empresa em níveis satisfatórios
em vez de óptimos, permite:
A incorporação ao plano de múltiplos objectivos, na
hipótese de optimizaçã é extremamente complexo,
seja em virtude das dificuladade na quantificação de
certos objectivos seja em função dos problemas
encontrados na transformação de objetivos múltiplos
em uma única variável representativa da
organização.
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FILOSOFIAS DE PLANEAMENTO
Conclusão – cont.
Esta parece ser a filosofia de satisfação que melhor descreve a prática de planeamento da organização, seja porque não requer o uso de modelos matemáticos sofisticados de dificil especificação, no actual estágio de desenvolvimento dos sistemas de informação gerenciais.
Para o planeamento obter resultados óptimos requer o uso de modelos matemáticos de natureza analítica. A impossibilidade de representar em um modelo, todo o sistema empresarial tem impedido a adopção de filosofia de optimização no planeamento na empresa como um todo, apesar de esta filosofia estar sendo usada no planeamento de alguns de seus subsistemas.
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GESTÃO
O acto de administrar, onde existe uma instituição, uma empresa, uma entidade social de pessoas, as actividades e relações, com vista ao alcance dos propósitos estabelecidos.
O conceito é uma associação de habilidades, métodos, políticas, técnicas e práticas definidas, com o objectivo de administrar nas organizações.
O objectivo é de crescimento, estabelecido pela empresa através do esforço humano organizado, pelo grupo, com um objectivo especifico. As instituições podem ser públicas ou privadas, sociedades de economia mista, com ou sem fins lucrativos.
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GESTÃO - Cont
A gestão surgiu após a revolução industrial, quando os profissionais decidiram buscar solução para problemas que não existiam antes, usando vários métodos de ciências, para administrar os negócios da época o que deu inicio a ciência da administração, pois é necessário o conhecimento e aplicação de modelos e técnicas administrativas.
A gestão é um ramo das ciências humanas porque trata com grupos de pessoas, procurando manter a sinergia entre elas, a estrutura da empresa e os recursos existentes.
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GESTÃO - cont
A gestão administrativa além da técnica de administrar, ainda se utiliza de outros ramos como o direito, a contabilidade, economia, psicologia, matemática e estatística a sociologia, a informática entre outras.
Assim, As funções do gestor são em princípio fixar as metas a alcançar através do planeamento, analisar e conhecer os problemas a enfrentar, solucionar os problemas, organizar recursos financeiros, tecnológicos, ser um comunicador, um líder, ao dirigir e motivar as pessoas, tomar decisões precisas e avaliar, controlar o conjunto todo.
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Auditoria
É um exame sistemático das actividades
desenvolvidas em determinada empresa ou sector, que tem o objetivo de averiguar se elas estão de acordo com as disposições planeadas e/ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão adequadas.
As auditorias podem ser classificadas em: auditoria externa e auditoria interna.
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Auditoria - cont
A auditoria externa trata do exame das demostrações financeiras de uma organização, realizado de conformidade com determinadas normas por um profissional qualificado e independente, com o fim de expressar a sua opinião sobre a razoabilidade com que essas demonstracções apresentam a informação nelas contida de acordo com certas regras e princípios.
A auditoria interna tem como objetivo, avaliar o processo de gestão, no que se refere a aspectos como a governanção corporativa, gestão de riscos e procedimentos de aderência às normas, a fim de apontar eventuais desvios e vulnerabilidade às quais a organização está sujeita.
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