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GEOGRAFIA [email protected] Prof. Daniel San

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GEOGRAFIA

[email protected]

GEOGRAFIAProf. Daniel San

• Segundo maior continente (Ásia), tanto em população quanto emextensão.

• Maior deserto do planeta: Saara, desconsiderando a Antártica como umgrande deserto de gelo. (altas amplitudes térmicas diárias)

• É a grande barreira, que impede que a África do Norte (setentrional)

África - Físico

• É a grande barreira, que impede que a África do Norte (setentrional)corresponde às religiões muçulmanas ligadas a dissolução do impérioromano do oriente (bizantino), além da expansão do império TurcoOtomano. (muçulmanos)

• A África Subsaariana corresponde à maior parte do continente, sendoconsiderada a África meridional ou negra, ligada às questões de dominaçãoterritorial e controle, no que chamamos de colonialismo e neocolonialismo.

• As duas “Áfricas” apresentam grandes diferenças internas, o que torna aquestão africana de alta complexidade.

Divisão Étnica da África, antes dos

colonizadores europeus.

Partilha uniu território

muito diversos

• A África setentrional é dividida em MAGREB e outros países. MAGREB significa“terra onde o sol se põe”. É composto por Argélia, Marrocos e Tunísia (ex-colônias francesas).

• Egito e Sudão (Reino Unido), Norte do Marrocos (Espanha) e Líbia (Itália).

• A maior parte das Terras da África do Norte encontra-se petróleo, com altoteor calorífico e grau de pureza superior (petróleo mais antigo). É nesta região

Regiões e Diversidade

teor calorífico e grau de pureza superior (petróleo mais antigo). É nesta regiãoque grandes potências mundiais disputam a posse das jazidas de petróleo.Relações de conflito com o Oriente Médio. (25 nações mais pobres do globo).

• Na África Subsaariana, conquistada e dominada após o século XIX. Antesdisso, apenas as áreas costeiras eram “tocadas” pelos europeus nas feitoriasde escravos do século XVI (Portugal-Brasil).

• Os grupos dominantes na África escravizavam e vendiam os escravos aosportugueses, desmistificando a ideia de que só o colonizador participou daescravidão.

Conferência de Berlim

• Realizada em 1885, ela provocou a redefinição de fronteiras africanas, onde asnações europeias se beneficiaram dos recursos naturais africanos.

• A entrada do colonizador acirrou as disputas territoriais dentro da África, ondeetnias e religiões ficaram unidas, onde antes haviam limites e fronteiras.

• Após a 2ª Guerra Mundial, o processo de descolonização acirrou as disputasentre as etnias, já produzidos em espaços desestruturados e com o uso deentre as etnias, já produzidos em espaços desestruturados e com o uso deviolência extrema, provocando milhões de mortes em todo o continente.

• Hoje, a África representa o segundo continente com o maior número derefugiados de conflitos ou perseguições religiosas.

• Os conflitos na África se embasam na compra de armas da URSS, destituída nofinal da Guerra Fria. Os EUA e Israel também participam do financiamento dasguerras africanas. O pagamento é feito em minerais como Ouro, Diamante ePetróleo, todos eles muito abundantes na África.• População e AIDS: maior número no mundo, diminuindo a expectativa de Vida.

Conta a história de Paul Rusesabagina, gerente de um hotelde quatro estrelas em Ruanda, que, na explosão de umaintensa rebelião étnica, promovida pela colonização Belga,onde a maioria da população (Hutus – 90%) extermina mais deum milhão de Tutsis, a minoria que detêm o poder no país.

Ruanda – Hotel Ruanda

População:

Hutus (90%)

Pais importante em produção de café entra em colapso étnico em1994, mais de 1 milhão de pessoas foram mortas, incluindo crianças.Os frutos dos estupros também foram mortos.

Em 2011, alguns membros que governavam o país foramcondenados a 20 anos de prisão.

Hutus (90%)

Tutsis (9%)

Tvá (1%), que refugiou-se em outras nações,

durante o genocídio.

Guerras do “Chifre” Africano

Etiópia e Somália participam da região mais pobre da África, em númerosde pessoas famintas.

O Norte da Etiópia se separou formando a Eritréia. A Somália gostaria deseguir o mesmo caminho, criando a Somalilândia, o que não ocorreu,gerando uma violenta Guerra Civil desde 1993. Mais de 1,5 milhões desomalis já deixaram o país, por medo de fome, seca e também pelasperseguições políticas, étnicas e religiosas.perseguições políticas, étnicas e religiosas.

(1991) Dadaab – Nordeste do Quênia onde se estima mais de 600 mil pessoas vivendo em tendas improvisadas. Maior do Mundo, com a

maioria de somalianos.

Diamante de Sangue – Serra Leoa

Conta a história de um mercenário do Zimbábue (Branco) e de umpescador da etnia Mande de Serra Leoa. Solomom trabalha em umcampo de concentração – mineração, de onde busca encontrar umdiamante que salve sua família da guerra cívil e seu filho, que foirecrutado por um guerrilheiro local da Força Revolucionária Unida.

Corte - preparo

Libéria e os EUA

Os EUA compraram um pedaço de terra na África a fim de repatriartodos os escravos libertos de seus plantations do século XIX. Colôniaamericana de Negros na África = resultado na geração de maisdesigualdade.

Os novos liberianos se constituíram como uma elite local, possuindovantagens frente aos liberianos endêmicos. Guerra civil intensa.

Conta a história de Nelson Mandela e de seu guarda na prisão JamesGrégory, nos tempos de Apartheid. A violência, exclusão social eamizade que se forma entre os dois são os temas chave da trama.

Este foi um dos regimes de exclusão racial de maior duração naTerra, 1948 a 1994. Nelson Mandela ficou preso por mais de 20 anos.

África do Sul - Apartheid

Cidade do CABO:

Legislativa

Pretória: EXECUTIVA

Bloemfontein: Judiciária

Joanesburgo

O ULTIMO REI DA ESCÓCIA (2006)

UGANDA (1971 a 1976)

Conta a história de médico recém formado na faculdade queresolve se aventurar mundo afora em busca de sexo e drogas. Eleacaba conhecendo o líder de uma rebelião que recém havia setornado presidente de Uganda, Id Amim, um dos maiores ditadoresde todos os tempos.de todos os tempos.

Nigéria – Guerra Religiosa

Boko Haram é uma organização fundamentalista islâmica de métodosterroristas, que busca a imposição da lei Charia no norte da Nigéria. Oficialmente,o grupo combate a corrupção do governo, a falta de pudor das mulheres, aprostituição e outros vícios. São cristãos, a cultura ocidental e a tentativa deensinar algo a mulheres e meninas.

A Charia (vida cotidiana diferente) virou lei no Norte da Nigéria, que tem umamaioria muçulmana. O sul, com a maioria cristã, não quer a Charia. O governo nãoquer a Charia, mas a população muçulmana já ultrapassou a população Cristã.quer a Charia, mas a população muçulmana já ultrapassou a população Cristã.

Angola e Congo

Angola, duas facções lutam pelo poder depois da colonizaçãoportuguesa. Ela iniciou em 1975 e foi até 2002. Mais de 500 mil pessoasmorreram e o país vive com problemas intensos na infra estrutura. MPLAsaiu-se vitoriosa das ultimas eleições.

No Congo, o maior número de vítimas de Guerras. Aproximadamente 4milhões de pessoas morreram. Mais uma vez são as mulheres asprincipais vítimas.

Sudão

As guerras sudanesas iniciaram em 1972, culminando na região independente em1983. Em 2005, o Sudão do Sul se constituiu um país independente. Em 2011, ele foiaceito no grupo de países da ONU.

Assolado pela miséria, superpopulação e pelos flagelos mortíferos dafome e das guerras civis, a situação de praticamente todo o continenteafricano é, neste momento de sua história, catastrófica. Este quadrotrágico decorre:

(A) de fatores conjunturais que nada têm a ver com a herança doneocolonialismo, uma vez que a dominação colonial européia se encerroulogo após a segunda guerra mundial.(B) exclusivamente de um fator estrutural, posterior ao colonialismoeuropeu, mas interno ao continente, que é o tribalismo, que impede suaeuropeu, mas interno ao continente, que é o tribalismo, que impede suamodernização.(C) da inserção da maioria dos países africanos na economia mundial comofornecedores de matérias-primas cujos preços têm baixado continuamente.(D) exclusivamente de um fator estrutural, externo ao continente, aespoliação imposta e mantida pelo Ocidente que bloqueia a suaautodeterminação.(E) da herança combinada de tribalismo e colonialismo, que redundou naformação de micro-nacionalismos incapazes de reconstruir antigas formasde associação bem como de construir novas.

O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em cursona República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, noSudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esseestado de coisas deve-se, em parte,

(A) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas,divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamentocentral.(B) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionaisafricanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.(C) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam adesigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo ocontinente.(D) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-Nação eas diferenças étnicas sem considerar as características das sociedades locais.(E) às potências ocidentais que continuam mantendo uma políticaassistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.

A África subsaariana conheceu, ao longo dos últimos quarenta anos,trinta e três conflitos armados que fizeram no total mais de setemilhões de mortos. Muitos desses conflitos foram provocados pormotivos étnico-regionais, como os massacres ocorridos em Ruanda eno Burundi.

(Le Monde Diplomatique, maio/1993 - com adaptações.)

Das alternativas abaixo, aquela que identifica uma das raízes históricasdesses conflitos no continente africano é:(A) a chegada dos portugueses, que, em busca de homens para(A) a chegada dos portugueses, que, em busca de homens paraescravização, extinguiram inúmeros reinos existentes(B) a Guerra Fria, que, ao provocar disputas entre EUA e URSS, transformoua África num palco de guerras localizadas(C) o Imperialismo, que, ao agrupar as diferentes nacionalidades segundotradições e costumes, anulou direitos de conquista(D) o processo de descolonização, que, mantendo as mesmas fronteiras docolonialismo europeu, desrespeitou as diferentes etnias e nacionalidades

Na segunda metade do século XX, após décadas de dominação européia,os povos da África conseguem se libertar. São marcas dos EstadosAfricanos hoje, EXCETO:

(A) o domínio exercido por uma elite africana em lugar do antigodominador.(B) o falso desenvolvimento econômico realizado em proveito do capitalexterno.(C) a independência formal associada à manutenção do domínio de "tipocolonial".colonial".(D) a solidariedade dos povos negros em luta contra os resíduos daeuropeização.(E) a tendência autoritária e violenta dos pequenos Estados recém-formados.