aula 25 controle cascata2013 2

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Departamento de Engenharia Química e de Petróleo – UFF Disciplina: TEQ102- CONTROLE DE PROCESSOS Controle em Cascata Prof a Ninoska Bojorge Sumário 2 Introdução Características Diagrama de Blocos do Controle em Cascata Conceitos Aplicações Aplicações Critério para implementação Sintonia do Controle em Cascata

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  • Departamento de Engenharia Qumica e de Petrleo UFFDisciplina: TEQ102- CONTROLE DE PROCESSOS

    Controle em Cascata

    Profa Ninoska Bojorge

    Sumrio2

    Introduo Caractersticas Diagrama de Blocos do Controle em Cascata Conceitos Aplicaes Aplicaes Critrio para implementao Sintonia do Controle em Cascata

  • O controle em cascata implementado quando a malha de controle simples j no responde satisfatoriamente, principalmente, em processos de grande inrcia e quando o processo possui uma contnua perturbao na varivel regulante

    Controle em Cascata3

    Introduo

    regulanteO controle em cascata permite um controlador primrio regular um secundrio, melhorando a velocidade de resposta e reduzindo os distrbios causados pela malha secundria.

    Uma malha de controle em cascata tem dois controladores com realimentao negativa, com a sada do controlador primrio (mestre) estabelecendo o ponto de ajuste varivel do controle secundrio (escravo). A sada do controlador secundrio vai para a vlvula ou o elemento final de

    Controle em Cascata4

    Funcionamento

    secundrio vai para a vlvula ou o elemento final de controle. O controle cascata constitudo de dois controladores normais e uma nica vlvula de controle, formando duas malhas fechadas. S til desdobrar uma malha comum no sistema cascata quando for possvel se dispor de uma varivel intermediria conveniente mais rpida.

  • Se utiliza quando as perturbaes afetam diretamente varivel de processo manipulada (na maioria dos casos ser um fluxo de matria ou fluxo de energia).

    Este tipo de perturbaes se denominam perturbaes entrada.

    Controle em Cascata5

    entrada. Utiliza a medida de variveis internas (auxiliares) para

    detectar rapidamente o efeito das perturbaes e iniciar antes a ao corretora.

    Se realiza mediante malha de realimentao negativas fechadas.

    6Caractersticas: 1) Dois controladores FB, mas apenas uma

    nica vlvula de controle (ou outro elemento final de controle).

    2) O sinal de sada do "controlador do mestre" o set-point para "controlador escravo".

    3) Duas malhas de controle FB fechadas

    Controle em Cascata

    PROCESSOControlador secundrio

    Elemento primrio controle

    3) Duas malhas de controle FB fechadas ("aninhadas) com a malha de controle do "escravo" (ou "secundrio") dentro da malha de controle do "mestre" (ou "primrio").

    4) O controlador primrio cascateia o secundrio.

    Terminologia:Escravo vs MestreSecundrio vs PrincipalInterior vs Exterior

    Medio varivel primria

    Controlador primario

    Medio varivel secundria

    SP2

    SP1

  • TT101

    TC101

    THgua de resfriamento

    FornoPreaquecedor

    Reator

    TC101

    TH

    TT102

    TC102

    THsp

    TH

    T sp

    T reatorControle escravo

    Controle Mestre

    resfriamento

    Produto

    Reagente A

    Combustvel

    Controle em Cascata do Processo preaquecedor/reator

    8

    Malha Secundria

    Diagrama de Blocos

    Controle em CascataMalha Primria

  • 1 21

    2 2 2 2 1 2 2 1 1(16 5)

    1P d

    c v p m c c v p p m

    G GD G G G G G G G G G GY

    =

    + +

    Controle em Cascata

    1 = hot oil temperature= fuel gas pressure

    YY

    Temperatura do fluido no reator

    Temperatura do fluido aquecido

    9

    2

    1

    2

    1

    2

    = fuel gas pressure= cold oil temperature (or cold oil flow rate)= supply pressure of gas fuel= measured value of hot oil temperature= measured value of fuel gas tem

    m

    m

    YDDYY

    1 1

    2 2

    perature= set point for

    = set point for sp

    sp

    Y Y

    Y Y%

    Temperatura do fluido aquecido

    Temperatura do leo frio (ou vazo do combustvel)Presso do gs combustvelValor medido da temperatura no reatorValor medido da temperatura do fornosetpoint de Y1setpoint de Y2

    Conceitos

    O controle em cascata divide o processo em duas partes, duas malhas fechadas dentro de uma malha fechada.

    O controlador primrio v uma malha fechada como parte do processo.

    Conceitos

    Controle em Cascata

    do processo. Idealmente, o processo deve ser dividido em duas

    metades, de modo que a malha secundaria seja fechadaem torno da metade dos tempos de atraso do processo.

    Para timo desempenho, os elementos dinmicos no processo devem tambm ser distribudos eqitativamenteentre os dois controladores.

    10

  • Conceitos

    fundamental a escolha correta das duas variveis do sistema de cascata, sem a qual o sistema no se estabiliza ou no funciona.1) a varivel primria deve ser mais lenta que a varivel

    secundria.2) a resposta da malha do controlador primrio deve ser

    Controle em Cascata

    2) a resposta da malha do controlador primrio deve ser mais lenta que a do primrio.

    3) o perodo natural da malha primria deve ser maior que o da malha secundria.

    4) a banda proporcional do controlador primrio deve ser mais larga que a do controlador secundrio.

    5) a banda proporcional do controlador primrio deve ser mais larga que o valor calculado para o seu uso isolado.

    11

    Quando os perodos das malhas primrias e secundrias so aproximadamente iguais, o sistema de controle fica instvel, por causa das variaes simultneas do ponto de ajuste e da medio da malha secundria.

    Usualmente, o controlador primrio P + I + D ou P + I

    Controle em Cascata

    Usualmente, o controlador primrio P + I + D ou P + I e o secundrio P + I.

    12

  • Combinaes tpicas das variveis primrias (P) e secundaria (S) no controle em cascata so:

    Temperatura (P) e Vazo (S), Composio (P) e Vazo (S), Nvel (P) e Vazo (S),

    Controle em Cascata

    Nvel (P) e Vazo (S), Temperatura (P) e Presso (S) e Temperatura lenta (P) e Temperatura rpida (S).

    13

    Conceitos

    As vantagens do sistema de cascata so:1) os distrbios que afetam a varivel secundaria so

    corrigidos pelo controlador secundrio, que mais rpido, antes que possam influenciar a medio primaria.

    Controle em Cascata

    2) o atraso de fase existente na parte secundria reduzido pela malha secundria, melhorando a velocidade de resposta da malha primria.

    3) a malha secundria permite uma manipulao exata da vazo de produto ou energia pelo controlador primrio.

    14

  • Malha simples de controle de Temperatura

    15

    Objetivo:Aquecer uma corrente de processo, Fe, manipulando a vazo de combustvel, Fv, que entra ao trocador. A queda de presso na vlvula pode sofrer variaes. Assim mesmo, a vazo de entrada, Fe, pode flutuar arredor de seu valor nominal.

    Aplicaes do Controle em Cascata

    Malha Simples de Controle de TemperaturaVariveis significativas: Varivel de sada ou controlada: Temperatura T (C) Varivel manipulada ou controlada: u (% abertura da vlvula). Varia Fv (l/s),

    vazo de vapor que a varivel de processo manipulada. Variveis de perturbao: perturbao entrada: Pa (atm), queda de presso

    na vlvula (se Pa muda mesma abertura da vlvula (u) a vazo Fv ser

    16

    Aplicaes do Controle em Cascata

    na vlvula (se Pa muda mesma abertura da vlvula (u) a vazo Fv ser diferente. Fv uma varivel auxiliar que reflexa a perturbao antes de que se propague sada e existe uma relao causal entre Fv e a varivel de controle, u:

    Perturbao sada: Fe (l/s), mudanas na vazo de entrada (se transmitem diretamente sada sem afetar previamente a outra varivel de processo auxiliar)

  • Aplicaes17

    Malha Simples de Controle de Temperatura

    Aplicaes do Controle em Cascata

    Resposta a mudanas na presso de subministro de combustvel: Se Pa muda, mesma abertura de vlvula (u), mudar Fv (energia

    aportada) e por tanto, afetar temperatura T O efeito da perturbao se traduz numa mudana em T que ser corregido

    pelo controlador de realimentao modificando a abertura da vlvula, u

    18

    Malha Simples de Controle de TemperaturaDiagrama de blocos:

    Aplicaes do Controle em Cascata

    D1: perturbao devido a Pa (com dinmica GD1)D2: perturbao devido a Fe(com dinmica GD2)

    O controlador realimentado no rejeitar as perturbaes at que seu efeito sepropague sada.

  • 19

    Estrutura do Controle em Cascata

    A estrutura de controle em cascata se caracteriza por doiscontroladores realimentados aninhados, sendo a sada do primrio(mestre) o ponto de referencia do controlador secundrio escravo).

    A sada do controlador secundrio a que atua sobre o processo.

    Aplicaes do Controle em Cascata

    A sada do controlador secundrio a que atua sobre o processo.

    Objetivos: Minimizar o efeito de algumas perturbaes Melhorar as prestaes dinmicas do sistema de controle

    Malha Primria

    20

    Diagrama de blocos:

    Malha Secundria

    Aplicaes do Controle em Cascata

    D(s): perturbao entradaX(s): varivel secundria reflexa a perturbao antes de que se transmita sada tem relao causal com U(s)

  • Malha Primria

    21

    Exemplo Trocador de calor:Malha de controle (em notao ISA simplificada)

    Aplicaes do Controle em Cascata

    O controlador externo (TC-temperatura) fixa o ponto de referencia do controlador interno (FC-vazo) cujo objetivo corrigir o efeito sobre a vazo de combustvel (Fv) da variao em Pa antes de que afete de forma significativa temperatura T.

    Malha Primria

    22

    Exemplo Trocador de calor: Diagrama de Controle

    Aplicaes do Controle em Cascata

    O controlador externo (TC-temperatura) fixa o ponto de referncia do controlador interno (FC-vazo) cujo objetivo corrigir o efeito sobre a vazo de combustvel (Fv) da variao em Pa antes de que afete de forma significativa temperatura T.

  • 23

    Exemplo Trocador de calor: Diagrama de Controle

    Aplicaes do Controle em Cascata

    processo principal: (TC-trocador) processo de dinmica mais lenta processo secundrio: (FC-Vapor) processo de dinmica mais rpida

    o efeito das perturbaes sobre o processo secundrio controlvel necessrio utilizar mais instrumentao.

    24

    Controle CascataCritrios de implementao: recomendado quando se cumprem as seguintes condies: A malha simples no da uma resposta satisfatria (processo de dinmica

    lenta, tempo morto grande em relao constante de tempo, submetido a perturbaes significativas, ...)

    Existe uma varivel secundaria, X(s), medvel a custo razovel, que satisfaz

    Aplicaes do Controle em Cascata

    Existe uma varivel secundaria, X(s), medvel a custo razovel, que satisfaz as seguintes condies: Deve indicar a existncia de uma perturbao importante Deve existir uma relao causal entre a varivel manipulada e a varivel

    secundaria X (s) /M(s)) A dinmica da varivel secundaria (X(s) /M(s)) deve ser mais rpida que a

    da varivel primaria (Y(s) /X(s)). Desta forma, a malha interna controla a varivel secundaria antes de que o efeito da perturbao se propague varivel primaria (varivel controlada) de forma significativa.

  • 25

    Sintonia do Controle em Cascata

    Controle CascataSINTONIA:

    primeiro se ajustam os parmetros do controlador secundrio. Posteriormente, com a malha secundaria ferrado, se ajustam os do controlador primrio.

    ETAPAS:SINTONA DA MALHA SECUNDARIA Obter um modelo da parte do processo includa no secundrio (modelo fenomenolgico

    ou modelo experimental)ou modelo experimental) Sintonizar o controlador secundrio por qualquer dos mtodos conhecidos

    (normalmente se utiliza um PI j que o secundrio deve ser uma malha rpida)SINTONA DA MALHA PRIMARIA Obter um modelo da varivel controlada a mudanas no SP do controlador secundrio

    (com malha secundaria fechada).

    Sintonizar o controlador primrio por algum dos mtodos conhecidos.

    )()(1)(

    )()( int12

    12 sGsGGGGG

    GGsMsY

    sG PernamlhaPTc

    cprocesso =

    +==

    26

    Controle CascataSintona:

    Sintonia do Controle em Cascata

    Sintonizar primeiro as malhas interiores, logo as exteriores Em geral, um sistema em cascada resulta mais rpido que uma malha simples Se uma malha est em modo manual, todos os externos a ela tambm devem

    estar em modo manual

  • Gc2 Gp1Gp2GvGc1

    D1D2

    --

    ++ + +

    27

    R1 C1

    Sintonia do Controle em Cascata

    Controle CascataSintona:

    Gm2

    Gm1

    --

    Sintonizar primeiro a malha interna, logo a externa, Em geral, um sistema em cascada resulta mais rpido que uma malha simples Se uma malha est em modo manual, todos as malhas externas a ela tambm

    devem estar em modo manual

    1. Malha Interna

    CR

    G G GG G G G

    Gp v c cl22 2 2

    21=

    +=

    28

    Funo de transferncia do Controle em Cascata

    2. Malha Externa

    R G G G GG

    p v c mcl

    2 2 2 2 221

    =

    +=

    CR

    G G GG G G G

    p cl c

    p cl c m11

    1 2 1

    1 2 1 11=

    +

  • Equao Caracterstica

    1 0

    11

    0

    1 2 1 1

    12 2 2

    1 1

    + =

    ++

    =

    G G G G

    GG G G

    G G G GG G

    p cl c m

    pp v c

    c m

    29

    Funo de transferncia do Controle em Cascata

    11

    0

    1 0

    12 2 2 2

    1 1

    2 2 2 2 1 2 2 2 1 1

    ++

    =

    + + =

    GG G G G

    G G

    G G G G G G G G G G

    pp v c m

    c m

    p v c m p p v c c m

    30

    Sintonia do Controle em Cascata

    A estratgia em Cascata produz um ganho final, ou limite de estabilidade, maior do que malha de controle de realimentao simples. E o valor da frequncia final tambm maior, indicando resposta de processo mais rpida.

    O mtodo de anlise de estabilidade so os mesmo das O mtodo de anlise de estabilidade so os mesmo das malhas de realimentao simples

  • 31

    ( )( )1 21 22 1

    5 4 11 4 1 2 111 0.05 0.2 3 1

    v p p

    m md d

    G G Gs s s

    G G G Gs

    = = =

    + + +

    = = = =

    +

    Exemplo 16.1 (Seborg)

    Considere o diagrama de blocos da fig. 16.4 com as seguintes funes de transferncias:

    Sintonia do Controle em Cascata

    32

    Sintonia do Controle em Cascata

  • 33

    Controle CascataCascata Presso -Temperatura

    Aplicao do Controle em Cascata

    A malha secundria (PC) controla a presso no interior do tanque.De esta forma se podem corrigir mais perturbaes (todas as que afetam presso e, posteriormente temperatura) de forma mais eficaz.

    34

    Controle CascataCascata Presso Temperatura: Diagrama de Blocos

    Outras Aplicaes do Controle em Cascata

    o controle externo (temperatura-TC) fija a referncia do controladorinterno (presso-PC) cujo objetivo corregir o efeito das perturbaes (por ejemplo, variaes na queda de presso em la vlvula) sobre a presso no interior do tanque (Ps) antes de que afeitem de forma significativa temperatura T.

  • 35

    Controle do Nvel

    Outras Aplicaes do Controle em Cascata

    Resposta a mudanas da presso na linha de descarga: afeita o nvel no tanque (h) e ser corrigido pelo controle modificando u

    36

    Controle Cascata do Nvel-Vazo

    Outras Aplicaes do Controle em Cascata

    o controle externo (nvel-LC) fixa a referncia do controle interno (vazo-FC), cujo objetivo corrigir as perturbaes sobre a vazo F antes de que atingir significativamente o nvel do tanque ou reservatrio.

  • 37

    Controle Cascata do NvelVazo: Diagrama do blocos

    Aplicaes do Controle em Cascata

    O controlador externo (nvel-LC) fixa o ponto de referencia do controlador interno (caudal-FC), cujo objetivo corrigir as perturbaes sobre a vazo F antes de atingir significativamente ao nvel do reservatrio.

    Example: Cascade Control

    38

    tanque de compensao de gua

    Alimentao

    Reator

    Sada gua resfriamento

    Produto

    Reator

    Controle em Cascata de reator qumico exotrmico

    Bomba de recirculao

  • 39

    Controle de Temperatura de um reatorReagente

    T

    Aplicaes do Controle em Cascata

    Resposta a mudanas na temperatura do refrigerante, Ti : afeita T do reator e, por tanto, reao. Ser corrigido pelo controlador modificando a abertura da vlvula, u, e por tanto a vazo do refrigerante.

    Refrigerante

    Produto

    Ti

    uT

    40

    Controle Cascata TemperaturaTemperatura Reagente

    TTc

    Aplicaes do Controle em Cascata

    O controlador externo (temperatura no interior-TC1) fixa o ponto de referncia do controlador interno (temperatura da camisa-TC2) cujo objetivo corrigir as perturbaes que afetam a Tr antes de que afetem significativamente temperatura T.

    Refrigerante

    Produto

    Tiu

    T

  • 41

    Controle Cascata: Diagrama de Blocos

    Aplicaes do Controle em Cascata

    o controlador externo (temperatura no interior-TC1) fixa o setpoint do controlador interno (temperatura da camisa-TC2) cujo objetivo corrigir as perturbaes que afetam a Tr antes de que afetem significativamente temperatura T T

    Seborg , Capitulo 16 Cascate Control Smith & Corripio, Capitulo 9 Controle em cascata

    42

    Bibliografia

    Mais informao