aula 05 - controle biologico

11
11/03/2015 1 Entomologia Agrícola MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS POR... Prof. Frank Magno da Costa Curso: Agronomia Bloco III 2015.1 ...CONTROLE BIOLÓGICO GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO - PREG CAMPUS PROFESSOR ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA PARNAÍBA - PIAUÍ 1. INTRODUÇÃO CONCEITO: Fenômeno natural que consiste na regulação do número de plantas e animais por inimigos naturais, que constituem os agentes de mortalidade biótica. Todas as espécies de plantas e animais têm inimigos naturais atacando seus vários estágios de vida. Aqui serão enfatizados: Insetos (parasitóides e predadores) Entomopatógenos (fungos, bactérias, vírus, protozoários, nematóides, rickéttsias e mollicutes) 1. INTRODUÇÃO Biocontrole Ao lado de outras medidas de controle de insetos e ácaros. componente de programas inter e multidisciplinares de MIP deve ser considerado Alicerce de programas modernos de controle de pragas, junto com o nível de controle, amostragem e taxonomia. 2. BREVE HISTÓRICO Conhecimento da existência de inimigos naturais remonta o SÉC. III Europa, 1602 Chineses usaram formigas predadoras de pragas de citros Citou a emergência de Apanteles glomeratus de lagartas de Pieris sp. Citando pupas de forma incorreta, considerando-as ovos Aldrovandi 2. BREVE HISTÓRICO Antonio Vallisnieri 1º a escrever sobre controle biológico Fez a mesma citação de Aldrovandi, porém de forma correta Início séc. XVIII, utilizou-se joaninhas como agentes de controle natural Paralelamente naturalistas europeus evidenciaram himenópteros da família Ichneumonidae parasitando lagartas Início séc. XIX, surgiu a idéia de que cada espécie de inseto fitófago possuía seu próprio complexo de parasitóides e predadores. 2. BREVE HISTÓRICO 1830 Fungos, bactérias e protozoários identificados como causadores de doenças em insetos 1870 1ª tentativa de controle de insetos por meio de patógenos 1873 1ª transferência internacional de predador (ácaro), EUA para França, para controlar filoxera

Upload: josuefilho

Post on 11-Dec-2015

40 views

Category:

Documents


18 download

DESCRIPTION

controle biologico

TRANSCRIPT

Page 1: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

1

Entomologia Agrícola

MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS POR...

Prof. Frank Magno da Costa Curso: Agronomia

Bloco III 2015.1

...CONTROLE BIOLÓGICO

GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO - PREG

CAMPUS PROFESSOR ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA

PARNAÍBA - PIAUÍ

1. INTRODUÇÃO

CONCEITO:

Fenômeno natural que consiste na regulação do número

de plantas e animais por inimigos naturais, que

constituem os agentes de mortalidade biótica.

Todas as espécies de plantas e animais têm inimigos

naturais atacando seus vários estágios de vida.

Aqui serão enfatizados:

Insetos (parasitóides e predadores)

Entomopatógenos (fungos, bactérias, vírus,

protozoários, nematóides, rickéttsias e mollicutes)

1. INTRODUÇÃO

Biocontrole

Ao lado de outras medidas de

controle de insetos e ácaros.

componente de programas inter

e multidisciplinares de MIP

deve ser considerado

Alicerce de programas modernos de controle de pragas, junto

com o nível de controle, amostragem e taxonomia.

2. BREVE HISTÓRICO

Conhecimento da existência de inimigos naturais

remonta o SÉC. III

Europa, 1602

Chineses usaram formigas

predadoras de pragas de citros

Citou a emergência de Apanteles

glomeratus de lagartas de Pieris sp.

Citando pupas de forma incorreta, considerando-as ovos Aldrovandi

2. BREVE HISTÓRICO

Antonio Vallisnieri

1º a escrever sobre controle biológico

Fez a mesma citação de Aldrovandi, porém de forma correta

Início séc. XVIII, utilizou-se joaninhas como agentes de controle natural

Paralelamente naturalistas europeus evidenciaram himenópteros da

família Ichneumonidae parasitando lagartas

Início séc. XIX, surgiu a idéia de que cada espécie de inseto fitófago

possuía seu próprio complexo de parasitóides e predadores.

2. BREVE HISTÓRICO

1830

Fungos, bactérias e protozoários

identificados como causadores de doenças em insetos

1870

1ª tentativa de controle de insetos por meio de patógenos

1873

1ª transferência internacional de predador (ácaro), EUA para França,

para controlar filoxera

Page 2: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

2

2. BREVE HISTÓRICO

1888 Introdução na Califórnia de uma joaninha trazida da Austrália

176 casos de sucesso parcial ou total de biocontrole

1975

Rodolia cardinalis Icerya purchasi

joaninha pulgão-branco-dos-citros

completado 2 anos após a liberação da joaninha

X

3. PROCEDIMENTOS

Introdução

Cada um representará um tipo de controle biológico

Conservação Multiplicação

Clássico Natural Aplicado

4. CONTROLE BIOLÓGICO CLÁSSICO

No início, utilizava-se apenas esse tipo de controle biológico

Importação

Colonização

parasitóides e predadores

Controle a longo prazo Liberação de pequeno número de insetos

População de inimigos naturais teria de aumentar com o passar

do tempo e se aplicaria somente a plantas perenes ou

semiperenes

Utilização diminuída

Década de 50

uso de inseticidas orgânicos sintéticos

Morte dos inimigos naturais

Introduzido no Brasil

Recentemente

Parasitóide (Ásia)

Phyllocnists citrella

4. CONTROLE BIOLÓGICO CLÁSSICO

X Ageniaspis citricola

Ageniaspis citricola

Parasitóide de ovos / lagartas de 1º ínstar

Se estabelecerá somente em áreas

Não houver aplicação sistemática de inseticidas não-seletivos

Fatores inerentes a fisiologia da planta

Preferência por tamanho de folhas

Competição interespecífica

Fatores climáticos, etc.

4. CONTROLE BIOLÓGICO CLÁSSICO

EMBRAPA, introduziu

Ceratitis capitata Diachasmimorpha longicaudata

Produzida em grande escala no Centro de Energia

Nuclear na Agricultura - CENA

Vespinha Mosca-das-frutas

X

4. CONTROLE BIOLÓGICO CLÁSSICO

Page 3: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

3

4. CONTROLE BIOLÓGICO CLÁSSICO

CENA

Cria as moscas-das-frutas Parasitada pelas vespinhas

Envia as pupas para o local onde se pretende controlá-las

Recentemente

Enviadas 24milhões de pupas

parasitadas e esterilizadas para

o Amapá para um programa

internacional de controle de

Ceratitis capitata

4. CONTROLE BIOLÓGICO CLÁSSICO

Controle biológico

Processo dinâmico que sofre influência de:

Fatores climáticos;

Disponibilidade de alimentos;

Competição;

Aspectos dependentes e independentes de densidade.

4. CONTROLE BIOLÓGICO CLÁSSICO

Fundamental existência de uma estrutura de quarentena

No Brasil existe o Sistema Quarentenário Costa Lima

EMBRAPA em Jaguariúna, SP.

Casos de sucesso no Brasil

Neodusmetia sangwani

Importação de:

X Antonina graminis

PRAGA DE PASTAGENS

5. CONTROLE BIOLÓGICO NATURAL

Refere-se a população de inimigos naturais que ocorrem naturalmente

Atendendo a um dos preceitos básicos do controle biológico

CONSERVAÇÃO

Tais parasitóides e predadores devem ser preservados pela

manipulação do seu ambiente de alguma forma favorável

Uso de inseticidas seletivos em épocas corretas;

Redução de dosagens de produtos químicos;

Manutenção de seu habitat ou fontes de alimentação.

São muito importantes em MIP, pois são responsáveis:

Morte natural no agroecossistema;

Nível de equilíbrio das pragas.

5. CONTROLE BIOLÓGICO NATURAL

CONTROLE BIOLÓGICO

PA

TÓG

ENO

S

PR

EDA

DO

RES

PA

RA

SITÓ

IDES

N. D. E.

N. C.

N. E.

N. D. E. = Nível de dano econômico N. C. = Nível de controle N. E. = Nível de equilíbrio

6. CONTROLE BIOLÓGICO APLICADO

Após criação massal em laboratório, faz-se a liberação

de parasitóides e predadores

Rápida redução da população da praga para o nível de equilíbrio

Aceito pelo usuário, pois tem ação rápida, semelhante a

inseticidas convencionais

Preceito básico de controle biológico, chamado de

multiplicação

Evoluiu a apartir de 1970, com o desenvolvimento de dietas

artificiais para insetos

Page 4: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

4

6. CONTROLE BIOLÓGICO APLICADO

Países desenvolvidos

Firmas que comercializam os inimigos naturais

Parasitóide ou predador devem ser criados sobre um

hospedeiro

Necessária a criação de duas espécies de insetos

Criação em hospedeiro natural

EX.: Parasitóide larval de Diatraea saccharalis criado sobre a

lagarta dessa espécie

6. CONTROLE BIOLÓGICO APLICADO

Adultos do campo ou laboratório

postura

Ovos desinfestados externamente

Lagartas em dieta artificial

5%

pupas

adultos

Controle de

qualidade

Dieta em

solução

95%

Lagartas submetidas ao parasitismo

Lagartas alimentadas ou não

Desenvolvimento dos parasitóides

Controle de qualidade

5%

Manutenção do parasitóide

95%

liberação

PRODUÇÃO DO HOSPEDEIRO

PRODUÇÃO DO PARASITÓIDE

6. CONTROLE BIOLÓGICO APLICADO

Alguns casos utiliza-se hospedeiro alternativo

Trichogramma criados sobre ovos de traças, pragas de grãos

armazenados ou óvulos de bicho-da-seda

Definições

Parasitóide Um parasitóide mata o hospedeiro e exige apenas um

indivíduo para completar o desenvolvimento; o adulto tem

vida livre.

Predador Organismo de vida livre durante todo o seu ciclo de vida e

que mata a presa; usualmente é maior que a presa e

requer mais do que um indivíduo para completar o seu

desenvolvimento.

7. CATEGORIAS DE PARASITISMO

1. PARASITÓIDE PRIMÁRIO

Desenvolve-se sobre hospedeiros não parasitados

2. HIPERPARASITÓIDE OU PARASITÓIDE SECUNDÁRIO

Desenvolve-se em outro parasitóide. Existe vários níveis

3. ENDOPARASITÓIDE

Desenvolve-se internamente no corpo do hospedeiro.

Solitário Uma única larva completa seu desenvolvimento em um hospedeiro

Gregário Várias larvas se desenvolvem até a maturidade em um único hospedeiro

7. CATEGORIAS DE PARASITISMO

4. ECTOPARASITÓIDE

Desenvolve-se externamente (larva alimenta-se inserindo as

peças bucais através do tegumento da vítima). Pode ser

solitário ou gregário

5. MULTIPARASITISMO

Mais de uma espécie de parasitóide ocorrem dentro ou sobre

um único hospedeiro

6. SUPERPARASITISMO

Vários indivíduos de uma espécie de parasitóide podem

desenvolver-se num hospedeiro

7. CATEGORIAS DE PARASITISMO

7. ADELFOPARASITISMO OU AUTOPARASITISMO

Parasitam indivíduos da própria espécie

EX.: Coccophagus scutellaris, o macho é

parasitóide obrigado da fêmea

8. CLEPTOPARASITISMO

Parasitóide ataca preferencialmente hospedeiros que já estejam

parasitados por outra espécie.

Page 5: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

5

8. FORMAS EXPLORAÇÃO DO HOSPEDEIRO

Coinobiontes

Parasitóides permitem que o hospedeiro cresça e continue a

se alimentar após o parasitismo

EX.: Parasitóides ovo-larva

Parasitóides larva-pupa

Parasitóides larvais que não paralisam permanentemente seu

hospedeiro na oviposição

EX.: Braconídeos parasitóides larva-pupa de

moscas-das-frutas

8. EXPLORAÇÃO DO HOSPEDEIRO

Idiobiontes

Ecto ou endoparasitóides de ovos e pupas, que matam seus

hospedeiros antes da emergência e, portanto, se desenvolvem

em hospedeiros mortos ou paralisados.

EX.: Trichogramma

São parasitóides de ovos, pupas e adultos, além dos

parasitóides larvais que, com “picadas”, paralisam

permanentemente a presa.

9. VANTAGENS E LIMITAÇÕES

VANTAGENS:

Protege a biodiversidade, agindo no ecossistema;

Especifidade, não causando desequilíbrio;

Não deixa resíduos e nem afeta polinizadores;

Aumenta o lucro do agricultor????; Diminue perdas

9. VANTAGENS E LIMITAÇÕES

LIMITAÇÕES:

Especificdade (especialmente para culturas com muitas

pragas);

Exige conhecimento de tecnologia, às vezes de difícil

implementação, especialmente pelo nível cultural do agricultor;

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

PARASITÓIDES

Dentre os parasitóides destacam-se:

Moscas da família Tachinidae

Microimenópteros de diversas famílias

Braconidae Bethylidae Trichogrammatidae

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

PARASITÓIDES

...Dentre os parasitóides destacam-se:

...Microimenópteros de diversas famílias

Aphelinidae Ichneumonidae Chalcididae

Page 6: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

6

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

PARASITÓIDES

...Dentre os parasitóides destacam-se:

...Microimenópteros de diversas famílias

Cynipidae Encyrtidae Scelionidae Pteromalidae

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

PREDADORES

Dentre os predadores destacam-se:

Joaninhas

Percevejos

Orius Geocoris Nabis Podisus

Chrysoperla spp.

Carabídeos

Crisopídeos

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

...PREDADORES

Sirfídeos

Tesourinhas Vespas

Ácaros fitoseídeos

Prospaltela berlesi Cochonilha branca do pessegueiro

Iniciou-se em 1921

Pseudaulacapsis pentagona

X

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

Alguns exemplos

Cotesia flavipes Diatraea saccharalis

Cana-de-açúcar

X

Caso de maior impacto, pois a infestação

passou de ~10% para 2%, economia de 8

milhões de dólares/ano

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

Alguns exemplos

Trissolcus basalis Percevejos

soja

X

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

Page 7: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

7

Alguns exemplos

Trichogramma pretiosum Tuta absoluta

Tomate industrial

X

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

Alguns exemplos

Microimenópteros Pulgões

Trigo

X

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

Alguns exemplos

Neodusmetia sangwani Antonina graminis

Pastagens

X

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

Alguns exemplos

Podisus nigrispinus Lagartas desfolhadoras

Florestas

X

10. PARASITÓIDES E PREDADORES

11. ENTOMOPATÓGENOS

Utilização de microrganismos entomopatogênicos

Visando à manutenção da população das pragas em níveis não

prejudiciais

Métodos de emprego de microrganismos

Compatíveis com todos os outros métodos de controle

1. Introdução inoculativa ou colonização

Introdução de entomopatógenos como agentes naturais de

controle

Transferência de pequena quantidade de inóculo pela

introdução de insetos contaminados, cadáveres ou

pulverizações em populações de pragas

11. ENTOMOPATÓGENOS

...Métodos de emprego de microrganismos

...Introdução inoculativa ou colonização

EXs.:

Baculovirus Oryctes rhinocerus

X

Page 8: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

8

11. ENTOMOPATÓGENOS

Metarhizium anisopliae Cigarrinhas-das-folhas

X

11. ENTOMOPATÓGENOS

Aschersonia; Cocchonilhas

X

Nectria;

Myriangium; Fusarium; Aleirodídeos

11. ENTOMOPATÓGENOS

Métodos de emprego de microrganismos

2. Produto microbiano

Aplicados em concentrações elevadas

Os mais utilizados são à base de:

Bacillus thuringiensis (Dipel, Thuricide)

Beauveria bassiana (Boveril)

Metarhizium anisopliae (Metarril)

Baculovirus anticarsia (Baculo-soja, Baculoviron)

11. ENTOMOPATÓGENOS

Métodos de emprego de microrganismos

3. Conservação ou proteção

Feita pela manipulação do ambiente:

Certos cultivares;

Espaçamentos;

Tratos culturais;

Sistemas de cultivo;

Defensivos seletivos que conservem entomopatógenos;

11. ENTOMOPATÓGENOS

Métodos de emprego de microrganismos

4. Iscas

Alguns entomopatógenos são formulados como iscas

Bacillus thuringiensis Diatraea saccharalis

X

11. ENTOMOPATÓGENOS

Métodos de emprego de microrganismos

4. Iscas

Beauveria bassiana Cupins

X

Page 9: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

9

11. ENTOMOPATÓGENOS

Métodos de emprego de microrganismos

4. Iscas

Metarhizium anisopliae Moleque-da-bananeira

Sphenophorus levis

X

11. ENTOMOPATÓGENOS

Métodos de emprego de microrganismos

4. Iscas

Metarhizium anisopliae Metamasius hemipterus

X

11. ENTOMOPATÓGENOS

Métodos de emprego de microrganismos

5. Enzimas e metabólitos tóxicos

Avermectinas são lactonas isoladas de

estreptomicetos com excelente ação

inseticida, acaricida e nematicida

6. Plantas transgênicas

Toxinas de Bacillus thuringiensis, são principais

constituintes das plantas transgênicas usadas para o

controle de lagartas de alguns coleópteros.

Atualmente existem cultivares transgênicos para o controle

de lagartas de fumo, batata, milho, arroz, tomate etc.

11. ENTOMOPATÓGENOS

Métodos de emprego de microrganismos

7. Entomopatógenos modificados geneticamente

Baculovirus de Autographa californica - vEGTDEL

Genoma foi reduzido, com aumento de 15-30% na virulência,

e tem sido testado para controle de Heliothis virescens

Esse mesmo baculovirus (Ac NPV) recebeu um gene que

carrega informações do veneno do escorpião Androctonus

australis, o qual modifica a condução de íons de sódio nos

neurônios do inseto, produzindo paralisia e morte rápida

das larvas

12. FUNGOS ENTOMOPATÓGENOS

Contaminam insetos e ácaros, penetrando através do

tegumento, podendo atuar por via oral, anal etc.

Ex.: Nomuraea rileyi Anticarsia gemmatalis X

Sob alta umidade e temperaturas amenas

Ex.: Entomophora, Entomophaga, Neozygites e Batkoa

12. FUNGOS ENTOMOPATÓGENOS

PRODUTO PATÓGENO PRAGA EMPRESA / LOCAL

ARROZ + FUNGO Metarhizium anisopliae Cigarrinhas ESALQ/USP, Brasil

ARROZ + FUNGO Metarhizium anisopliae Cigarrinhas IB, Brasil

ARROZ + FUNGO Metarhizium anisopliae Cigarrinhas IPA, Brasil

ARROZ + FUNGO Metarhizium anisopliae Cigarrinhas Asplana, Brasil

ARROZ + FUNGO Sporothrix insectorum Percevejo-de-renda (seringueira) IB, ESALQ, Brasil

BIO-BLAST Metarhizium anisopliae Cupins EcoScience, EUA

BIOTEC Metarhizium anisopliae Cigarrinha-da-cana Biotec, Brasil

BOVERIL Beauveria bassiana Cupins, ácaros Itaforte, Brasil

HONGO BLANCO Beauveria brongniartii Premnotrypes spp. INIAA, Peru

METABIOL Metarhizium anisopliae Cigarrinhas Tecnicontrol, Brasil

METAQUINO Metarhizium anisopliae Cigarrinhas CODECAP, Brasil

METARRIL Metarhizium anisopliae Cigarrinhas e tripes Itaforte, Brasil

MICROGERMIN Verticillium lecanii Mosca-branca, pulgões Chr. Hansens

MYCOTOL Beauveria bassiana Mosca-branca, tripes gafanhotos Mycotech, EUA

MYCOTAL Verticillium lecanii Mosca-tripes, tripes Koppert, Holanda

VERTICILLIM Verticillium lecanii Sugadores e mastigadores NPO Vector, Rússia

Page 10: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

10

13. BACTÉRIAS ENTOMOPATOGÊNICAS

Mais importante é Bacillus thuringiensis e suas variedade

Produz esporos e cristais protéicos que são ingeridos pelos insetos

Existem dezenas de formulações no mercado internacional,

sendo as mais comuns Dipel e Thuricidae

Aplicado na dosagem de 200-750/ha, dependendo da praga a ser

controlada

PRODUTO PATÓGENO PRAGA EMPRESA / LOCAL

Bac-Control Bacillus thuringiensis kurstaki Lagartas Agricontrol, Brasil

Bactec Bernan BTII B. t. morrisoni Lagartas Bactec Co., EUA

Bactimos B. t. israelensis Pernilongos Duphar, EUA

Bactivec B. t. israelensis Pernilongos Labiefan, Cuba

Bactospeine B. thuringiensis Lagartas Roger Belon, França

Bactur B. t. kurstaki Lagartas Geratec, Brasil

Biospor B. t. kurstaki Lagartas Hoeschst, Alemanha

Condor B. t. kurstaki Lagartas Ecogen, EUA

Cut lass B. t. kurstaki Lagartas Ecogen, EUA

Delfin B. t. kurstaki Lagartas Sandoz, EUA

Dipel B. t. kurstaki Lagartas Abbott, EUA

Doom Bacillus popilliae Besouro japonês Fairfax, EUA

Inpalbac B. t. israelensis Pernilongos e Borrachudos Inpal S.A., Brasil

Lavillus M Bacillus moritai Pernilongos e Mosca-doméstica Sumitomo, Japão

Mattch Toxina Cry AC + CryIC Spodoptera sp. Mycogen, EUA

M - Press B. t. japonensis Escarabeídeos Mycogen, EUA

14. VÍRUS ENTOMOPATOGÊNICOS

No Brasil

Baculovirus anticarsia, vírus da poliedrose (VPN) utilizado para

controle da lagarta-da-soja

Utiliza-se lagartas infectadas pelo vírus (50-70 lagartas grandes

maceradas com um copo de água por hectare).

Suspensão com os poliedros do vírus passa por uma peneira

Colocada em um pulverizador com 100-200 L H20

Outro VPN é o de Spodoptera frugiperda

PRODUTO PATÓGENO PRAGA EMPRESA / LOCAL

Baculo-soja VPN Anticarsia gemmatalis Nova Era, Brasil

Baculo-viron VG Cydia pomonella EUA

Baculoviron VPN Anticarsia gemmatalis Tecnivita, Brasil

Baculovírus VPN Anticarsia gemmatalis Nitral, Brasil

Baculovírus anticarsia VPN Anticarsia gemmatalis EPAGRI, Brasil

Baculovírus anticarsia VPN Anticarsia gemmatalis IAPAR, Brasil

Baculovírus anticarsia VPN Anticarsia gemmatalis EMBRAPA/CNPso, Brasil

Baculovírus anticarsia VPN Anticarsia gemmatalis COODETEC, Brasil

Baculovírus anticarsia VPN Anticarsia gemmatalis EMBRAPA-AEE, Brasil

Baculovírus erinnys VPN Erinnyis ello IAPAR, Brasil

Baculovírus phthorimaea VG Phthorimaea operculella CIP e SENASA, Peru

CYD-X VG Cydia pomonella Espro Inc., EUA

GEMSTAR LC VPN Helicoverpa e Heliothis Biosys, EUA

Granupon VG Cydia pomonella Alemanha

Protege VPN Anticarsia gemmatalis Geratec (Defensa), Brasil

SPOD-XLC VPN Spodoptera frugiperda Biosys, EUA

14. VÍRUS ENTOMOPATOGÊNICAS

Vírus da granulose (VG)

Erinnyis ello, mandarová-da-mandioca, empregado no sul do

Brasil

15. OUTROS PATÓGENOS DE INSETOS

Protozoários

Principais vias de contaminação é oral e transovigênica

Tais agentes são de difícil manipulação e formulação

Malamoeba locustae

Ocorre em mais de 40 espécies de gafanhotos

Mattesia grandis

Incide sobre o bicudo-do-algodoeiro, além de alguns

lepidópteros e himenópteros

Adelina spp.

Provoca doença em coleópteros dos gêneros Tribolium e Tenebrio

Page 11: Aula 05 - Controle Biologico

11/03/2015

11

15. OUTROS PATÓGENOS DE INSETOS

Nosema locustae

Ocorre em gafanhotos, sendo que aplicações desse protozoário

na dose de 1,6 x 109 a 2,3 x 109 esporos/ha

Misturadas com farinha de trigo reduziram a população de

Melanoplus sanguinipes em até 60%

Nosema sp. ocorre em broca-da-cana no Brasil e causa problemas

na criação desse inseto em laboratório

Vairimorpha necatrix

Ocorre em mais de 30 espécies de insetos da ordem

Lepidoptera

Helicoverpa zea

Heliothis virescens Trichoplusia ni

Spodoptera frugiperda

16. NEMATÓIDES ENTOMOPATOGÊNICOS

Ataca Mahanarva fimbriolata

Coenorhabditis elegans

Hexamermis sp.

Diatraea saccharalis

Mahanarva posticata

Migdolus sp.

Steinernema

Broca-da-bananeira

PRODUTO PATÓGENO PRAGA EMPRESA / LOCAL

Bioflea Halt Steinernema carpocapsae Pulgas Farnam, EUA

Bio safe-N Steinernema carpocapsae Larvas de besouros Biosys, EUA

Bio vector Steinernema carpocapsae Larvas de besouros de citros Biosys, EUA

Defend Steinernema carpocapsae Diversas Pittman-Moore, EUA

Entonem Steinernema feltiae Diversas Koppert, Holanda

Exhibit Steinernema carpocapsae Insetos de solo Ciba-Geigy, EUA

Guardian Steinernema carpocapsae Lagartas, cupins Better Yeld Insects, Canadá

Interrupt Steinernema carpocapsae Diversas Farnam, EUA

Larvanem Heterorhabditis megidis Larvas de besouros Koppert, Holanda

Magnet Steinernema feltiae Diversas Amycel, EUA

Nemasys Steinernema feltiae Larvas de besouros e outras Agric. Gen. Comp., UK

Nematoden Heterorhabditis sp. Besouros Andermatt Biocontrol, suíça

Otinem Heterorhabditis bacteriophora Larvas de besouros Bioenterprises Pty Ltd. Austrália/EUA

Piambiot Steinernema sp. Lagartas, besouros etc. Technowards, Itália

ProAct Steinernema scapterisci Diversas Biocontrol, EUA

Scanmask Steinernema carpocapsae Diversas Better Yeld Insects, Canadá

17. RICKÉTTSIAS E MOLLICUTES

Podem ser encontrados associados a insetos promovendo

danos:

Glândulas salivares

Aparelho reprodutor

Sistema nervoso

Necessário estudos mais aprofundados para

avaliar seu potencial no controle microbiano