aula 09 oxigênioterapia
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Rodrigo Abreu
OXIGENOTERAPIA
OXIGENOTERAPIA
Consiste na administração de
oxigênio,como forma terapêutica, numa
concentração de pressão superior à
encontrada na atmosfera ambiental
para corrigir e atenuar deficiência de
oxigênio.
Administração de oxigênio acima
da concentração do gás ambiente
(FiO2 21%)
OBJETIVOS DA
OXIGENOTERAPIA
1. Corrigir e reduzir os sintomas
relacionados à hipoxemia e melhorar a Difusão do
O2;
2. Melhorar a oxigenação tissular de pacientes com
dificuldades de transporte de O2 ;
3. Facilitar a absorção de ar das cavidades
orgânicas;
4. Minimiza a carga de trabalho
cárdio-pulmonar.
5. Manter PaO2 entre 80-100mm Hg
Sat O2 de 90 a 100%.
HIPOXEMIA
Falta ou entrega reduzida de
O2, acarretando PaO2 < 60
mm Hg ≈ Sat O2 < 90% .
Sinais clínicos de Hipoxemia
1. Agitação;
2. Cianose de extremidades ou
central;
3. Sat. de O2 < 90%.
4. PaO2 < 60 mmHg.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO
OXIGÊNIO
• Melhora da troca gasosa;
• Vasodilatação arterial pulmonar;
• Baixa resistência arterial pulmonar;
• Baixo DC;
• Baixa sobrecarga de trabalho cardíaco;
• Vasoconstricção sistêmica.
MODOS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Sistemas de baixo fluxo;
2. Sistemas de alto fluxo;
3. Sistemas com reservatório.
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
O fluxo de O2 é menor que a
demanda do paciente;
Há diluição do gás inspirado;
Fornece FiO2 baixa e variável
dependendo do VC.
CÁTETER NASAL;
CÂNULA NASAL;
CATETER TRASTRAQUEAL;
MÁSCARA FACIAL SIMPLES.
COMO TITULAR A FiO2 NOS
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO?
Fluxo de O2 FiO2
1 Lpm 24 %
2 Lpm 28 %
3 Lpm 32 %
4 Lpm 36 %
5 Lpm 40 %
6 Lpm 44 %
FiO2 – Frequência inspiratória de O2
Régua de gases medicinais
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
CÂNULA NASAL
Empregado quando o paciente requer uma
concentração média ou baixa de O2.
É relativamente simples e permite que o
paciente converse, alimente, sem
interrupção de O2.
FiO2 de 0.24 a 0.40
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
CÂNULA NASAL
1- Vantagens: - Conforto e comodidade; - Economia, não necessita ser removida; - Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos; - Facilidade de manter em posição. 2- Desvantagens: - Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais; - Concentração de O2 inspirada desconhecida; - De pouca aceitação por crianças pequenas; - Não permite nebulização.
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
MÁSCARA FACIAL SIMPLES
Empregado quando o paciente requer uma
concentração média ou baixa de O2.
Serve como veículo para administração de
medicações inaláveis e umidificar as vias aéreas.
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
MÁSCARA FACIAL SIMPLES
1- Vantagens: -Respiração nasal e oral;
-Veículo para administração de
medicações inalatórias;
-FiO2 de 0.40 a 0.60
2- Desvantagens: -Dificulta comunicação oral; -Dificuldade para beber e comer -Evitar uso prolongado,devido lesões por pressão;
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
CATÉTER NASOFARÍNGEO Inserção de uma sonda de aspiração conectada à uma fonte de O2,através das
fossas nasais até a nasofaringe.
1- Vantagens: -Redução da perda de O2; 2- Desvantagens: -Pouco utilizado, devido grande desconforto; -Realizar medição(do lobo da orelha até a ponta do nariz) -Induz reflexo de vômito; -Deglutição de gás; -As narinas devem ser alternadas de 8/8 horas.
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
CATÉTER TRASTRAQUEAL
Introdução de catéter através de TOT ou Traqueóstomo.
Posicionar entre o 2º e 3º anel traqueal.
Utilizado quando há obstruçõa das
Vias aéreas.
SISTEMAS DE BAIXO FLUXO
CATÉTER NO TOT OU TRAQUEÓSTOMO
1- Vantagens: -Melhor aproveitamento do O2; -Maior reservatório anatômico que aumenta a FiO2 e diminui os custos com o gás;
2- Desvantagens: -Ressecamento das secreções; -Cuidados com a umidificação; - Procedimento invasivo; -Maior risco para infecções do trato respiratório;
FATORES QUE AFETAM A FiO2
NOS SITEMAS DE BAIXO FLUXO?
Fluxo de oxigênio; Respiração com a boca fechada; Freqüência Respiratória; Tempo inspiratório;
SISTEMAS DE ALTO FLUXO
Fornece O2 em fluxos iguais ou
superiores ao fluxo inspiratório máximo
do paciente;
FiO2 fixa;
Utiliza orifícios de tamanhos diferentes
com fluxos de O2 variáveis para ajuste
da FiO2.
SISTEMAS DE ALTO FLUXO
SITEMA DE VENTURI
Constitui o método mais seguro e exato para
liberar a concentração necessária de oxigênio,
sem considerar a profundidade ou
freqüência da respiração.
SISTEMAS DE ALTO FLUXO
SITEMA DE VENTURI
1-características: -Não ocluir a região do anel de arrastemento; -Titular o fluxo em lpm compatível com a FiO2 designada em cada adaptador (FiO2 0.24 a 0.50);
FiO2 Cor Fluxo de O2
(Lts/min)
0.24 Azul 3
0.28 Amarelo 6
0.31 Branco 8
0.35 Verde 12
0.40 Rosea 15
0.50 Alaranjado 15
Concentração de O2 geradas por diferentes dispositivos de administração
Fluxo O2 (L/min) FiO2 %
Ar ambiente 0 0,21
Cânulas ou catéteres nasais
1 0,24
2 0,28
3 0,32
4 0,36
5 0,40
Máscara simples
5-6 0,40
6-7 0,50
7-8 0,60
Máscara tipo Venturi
3 0,24
6 0,28
9 0,35
12 0,40
15 0,50
SISTEMAS COM RESERVATÓRIO
Coletam e armazenam O2 entre
as inspirações do paciente;
O paciente utiliza o suprimento de reserva quando seu fluxo inspirtório
For maior que o fluxo de O2;
Oferecem FiO2 maiores que os
sistemas de baixo fluxo.
SISTEMAS COM RESERVATÓRIO
- Máscara simples;
- Máscara de reinalação parcial;
- Máscara de não reinalação.
SISTEMAS COM RESERVATÓRIO
Máscaras simples / reservatório
100 / 200 ml.
1) O corpo da máscara
coleta e armazena oxigênio
entre as inspirações do
paciente.
2) Variações de fluxo de 5 à
12 lpm.
3) Fornece FiO2 variavéis:
- Fluxo de entrada;
- Coletor da máscara;
- Padrão ventilatório.
SISTEMAS COM RESERVATÓRIO
Máscara de reinalação parcial;
• Sem válvula anti-retorno
• FiO2 de 60 – 80%
• Reinalação parcial do CO2 expirado no
reservatório;
Máscara de não reinalação
• Com Válvula anti-retorno
• FiO2 de até 90%
• Não há reinalação do CO2 expirado
SISTEMAS COM RESERVATÓRIO
Máscaras com reservatório de 1 L.
Máscara de reinalação parcial Máscara de não reinalação
SISTEMAS DE CERCADAS
1) Capacetes ou Halos
- Cobre somente a cabeça;
- Oxigênio liberado por nebulizador;
- Fluxo de O2 de acordo com o tamanho.
2) Incubadoras:
- Combinam o aquecimento com a
complementação de O2;
- Concentração de oxigênio variável.
SISTEMAS DE CERCADAS
SISTEMAS DE CERCADAS
EFEITOS DELETÉRIOS DO O2
Depressão da respiração e
aumento da PaCO2;
Desidratação das mucosa;
Lesões locais pelos catéteres; Tosse seca e irritativa; Diminuição da atividade ciliar Lesão do endotélio capilar;
MEDIDAS ADJUNTAS AO
TRATAMENTO
Desobstrução das VA; Posicionamento do paciente; Suporte nutricional; Otimização do débito cardíaco; Manutenção dos níveis de Hb.
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA
A Medicina Hiperbárica ou Oxigenoterapia Hiperbárica(OHB) é uma modalidade terapêutica que utiliza o efeito experimentado pelo organismo ao ser
submetido a uma pressão acima da pressão atmosférica.
Nestas condições, observa-se uma rápida
normalização dos processos de cicatrização de feridas e um combate efetivo a várias infecções.
Devido a estes efeitos cicatrizantes da
oxigenoterapia hiperbárica sobre os tecidos, o método é indicado como tratamento principal ou
coadjuvante a diversas doenças agudas ou crônicas, de natureza isquêmica, infecciosa, traumática ou inflamatória, geralmente graves e refratárias aos
tratamentos convencionais.
Indicações - Embolias gasosas - Gangrena gasosa - Síndrome de Fournier - Infecções necrotizantes de tecidos moles - Isquemias agudas traumáticas - Vasculites agudas - Queimaduras - Lesões por radiação - Retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco - Osteomielites
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. Reconhecer a oxigenoterapia;
2. Reconhecer os possíveis riscos;
3. Reconhecer e saber manusear os
sistemas de oferta de O2;
4. Gerenciar os gastos com O2;
5. Saber o momento certo de utilizar
e suspender (Adequada avaliação clínica)
OBRIGADO !