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Economia e Finanças Públicas para ICMS/SP Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 09 Prof. Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 101 AULA 09 – Introdução à Macroeconomia. Fluxo Circular da Renda. Contabilidade Nacional. SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA Introdução 01 Contas Nacionais 02 Produto 03 Renda 05 Consumo 08 Poupança 09 Investimento 15 Despesa 17 Absorção Interna 21 Identidades Macroeconômicas 21 Déficit Público 24 Conceitos de produto (Interno, nacional, bruto, líquido, etc) 24 Mensurando o PIB 28 Carga tributária líquida e bruta 34 Problemas com o uso do PIB 34 Bizús e memento 36 Questões comentadas 38 Lista de questões apresentadas na aula 82 Gabarito 101 Olá caros(as) amigos(as), Hoje, iniciamos, de fato, nossas aulas de Macroeconomia. Em primeiro lugar, não se assustem com o tamanho da aula. Ela ficou bastante grande em razão, principalmente, da quantidade de exercícios comentados (quase 60). De teoria pura, temos aproximadamente umas 37 páginas “somente” (vamos lá! Vocês já passaram por coisa pior! ;-). Este tema é um dos temas mais cobrados em provas. Com certeza, haverá umas 02 questões de Contas Nacionais na sua prova. Podem contar com isso! O assunto Contas Nacionais não é tão difícil no que se refere ao entendimento dos conceitos e ao tratamento matemático. No entanto, ele é bastante extenso e decoreba, e é isto que torna a vida dos estudantes um pouco mais complicada. A maior dificuldade é organizar na cabeça os inúmeros conceitos sem se confundir. Assim, não se preocupe se você tiver algumas dificuldades na hora de resolver as questões, pois isso é normal (é um pouco confuso mesmo!). Com o tempo, e à medida que você for

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Prof.  Heber  Carvalho                                      www.estrategiaconcursos.com.br                                                1  de  101  

AULA 09 – Introdução à Macroeconomia. Fluxo Circular

da Renda. Contabilidade Nacional.

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA Introdução 01 Contas Nacionais 02 Produto 03 Renda 05 Consumo 08 Poupança 09 Investimento 15 Despesa 17 Absorção Interna 21 Identidades Macroeconômicas 21 Déficit Público 24 Conceitos de produto (Interno, nacional, bruto, líquido, etc) 24 Mensurando o PIB 28 Carga tributária líquida e bruta 34 Problemas com o uso do PIB 34 Bizús e memento 36 Questões comentadas 38 Lista de questões apresentadas na aula 82 Gabarito 101 Olá caros(as) amigos(as), Hoje, iniciamos, de fato, nossas aulas de Macroeconomia. Em primeiro lugar, não se assustem com o tamanho da aula. Ela ficou bastante grande em razão, principalmente, da quantidade de exercícios comentados (quase 60). De teoria pura, temos aproximadamente umas 37 páginas “somente” (vamos lá! Vocês já passaram por coisa pior! ;-). Este tema é um dos temas mais cobrados em provas. Com certeza, haverá umas 02 questões de Contas Nacionais na sua prova. Podem contar com isso! O assunto Contas Nacionais não é tão difícil no que se refere ao entendimento dos conceitos e ao tratamento matemático. No entanto, ele é bastante extenso e decoreba, e é isto que torna a vida dos estudantes um pouco mais complicada.

A maior dificuldade é organizar na cabeça os inúmeros conceitos sem se confundir. Assim, não se preocupe se você tiver algumas dificuldades na hora de resolver as questões, pois isso é normal (é um pouco confuso mesmo!). Com o tempo, e à medida que você for

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resolvendo repetidamente os exercícios, você irá pegar o jeito e até, acredite, torcerá para cair questões de contas nacionais na sua prova. Por ser um assunto em que a memorização fala mais alto que o raciocínio, coloquei, ao final da parte teórica da aula, um memento com os principais conceitos e fórmulas a serem decorados. Também gostaria de ressaltar que a forma com que eu abordo a matéria é um pouco fora do convencional. Se você procurar um livro de “Contabilidade Social” ou algum livro técnico de Macroeconomia (Simonsen e Cysne, por exemplo), verá que a abordagem do assunto é bastante semelhante a uma aula de contabilidade geral, onde se fala a todo tempo de lançamentos a débito e a crédito, colocam-se também alguns quadros com as relações entre as contas nacionais, etc. Em minhas aulas, procuro fazer de outro jeito. À medida que você ler os temas, verá que eles serão tratados sob outra metodologia.

Nesta aula, primeiramente, vou passar os conceitos básicos necessários ao entendimento das fórmulas e das identidades macroeconômicas. Depois, iremos aprender a mensurar o produto sob as diversas óticas. Dentro deste aprendizado, serão passadas, sem que vocês percebam, todas as relações que constam no famoso SCN (sistema de contas nacionais). Apenas para vocês atestarem a metodologia, ao final da aula, eu coloco as principais contas nacionais constante do SCN. Vocês verão que tudo o que está lá nos quadros com as contas nacionais do SCN foi transmitido ao longo da aula. Espero que gostem! Caso haja dificuldades, e elas existirão, lembrem-se (mais uma vez) dessa frase:

“No início, tudo parecerá difícil, mas, no início, tudo é difícil.” Sun Tzu

Pois bem... chega de papo!

Todos prontos? Então, aos estudos!

1. CONTAS NACIONAIS

O objetivo da contabilidade nacional é proporcionar às autoridades

econômicas do governo uma medida “macro” do desempenho da economia em determinado período de tempo. São informações relevantes: quanto se produz, quanto se consome, quanto se investe, importa, exporta, etc.

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É a partir dessas informações que o formulador de políticas públicas (policy maker) tomará as decisões visando a determinados objetivos. Por exemplo, se o governo dispuser de dados adequados que digam que o nível de emprego está diminuindo, ele poderá adotar medidas econômicas para impedir o aumento do desemprego.

Assim, veja que, em primeira análise, são as contas nacionais que

permitem ao governo avaliar como está a “saúde” da economia de uma forma geral. Da mesma maneira que uma empresa avalia o seu balanço patrimonial e demonstrativo de resultado para verificar a sua situação econômico-financeira, o governo avalia a suas contas nacionais.

Desta forma, vemos que é a partir dos dados e estudos

previamente confeccionados que as políticas econômicas são formuladas e implementadas e não o contrário. Esses dados, no caso da macroeconomia, são as contas nacionais.

A contabilidade nacional desenvolve-se a partir de sete conceitos

básicos: produto, renda, consumo, poupança, investimento, absorção e despesa (dispêndio). Falemos sobre cada um deles:

1.1. PRODUTO (P) O produto é o valor de mercado de todos os bens e serviços

finais produzidos em um país durante um período de tempo (tipicamente um ano). No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compila os dados necessários para o cálculo do produto. O IBGE emite relatórios sobre o produto a cada três meses. O produto é um conceito central em macroeconomia, por isso precisamos examinar sua definição cuidadosamente.

O produto é medido usando valores de mercado (valores

monetários), e não quantidades: a palavra valor é importante na definição de produto. Em microeconomia, medimos a produção em termos de quantidades: o número de automóveis produzidos pela FIAT, as toneladas de soja produzidas pelo setor agrícola e assim por diante. Quando medimos a produção total na economia, não podemos simplesmente somar as quantidades de cada bem e serviço porque o resultado seria algo bastante confuso. Imagine o seguinte relatório do IBGE: o produto do Brasil em 2010 foi de X toneladas de soja, Y automóveis, W litros de leite, etc. Seria um relatório interminável, não? Em vez disso, medimos a produção tomando o valor, em R$, de todos os bens e serviços produzidos.

O produto inclui somente o valor de mercado de bens finais:

ao medir o produto, incluímos somente o valor de bens e serviços finais.

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Um bem ou serviço final é aquele comprado por seu usuário final e não é incluído na produção de nenhum outro bem ou serviço. São exemplos de bens finais: um livro vendido a um estudante e uma refeição consumida em um restaurante. Entretanto, se o bem ou serviço for usado na produção de outro bem, não é considerado bem/serviço final, sendo, neste caso, um bem intermediário. Por exemplo, a FIAT compra pneus da Pirelli. Estes pneus não são bens finais, pois são usados na fabricação de outro bem (carro), logo, são bens intermediários. Agora, quando a Pirelli vende um pneu diretamente a um consumidor que irá substituir os pneus de seu carro, neste caso, o pneu é um bem final. Utilizamos apenas os bens/serviços finais no cômputo do produto para evitar a dupla contagem. Se incluíssemos o valor do pneu quando o carro fosse vendido, estaríamos fazendo dupla contagem: o valor do pneu seria contado uma vez quando a Pirelli vendesse o pneu à FIAT, e uma segunda vez quando a FIAT vendesse o carro, com o pneu instalado, a um consumidor. Mais tarde veremos isso de forma mais clara, através de um exemplo numérico.

O produto inclui somente a produção em determinado

período de tempo: o produto, em 2010, inclui somente os bens e serviços produzidos durante esse ano. Em 2009, apenas os bens e serviços produzidos durante aquele ano e assim por diante. Em particular, o produto da economia não inclui o valor de bens usados. Se você comprar um livro de Macroeconomia em uma livraria, a compra será incluída no produto. Se algum tempo depois, já aprovado no concurso público de seus sonhos, você revender esse livro no Mercado livre, essa transação não será incluída no produto. Diante desta parte do conceito de produto, torna-se necessário diferenciarmos variáveis fluxo e variáveis estoque.

Estoques e fluxos

Um estoque representa uma quantidade mensurada em determinado instante no tempo, ao passo que um fluxo significa uma quantidade mensurada durante determinado período de tempo. O produto é uma variável fluxo: é a quantidade de R$ que está sendo produzida em determinado período. Assim, quando você escuta que o produto do Brasil correspondeu a R$ 1,2 trilhão em 2012, você deve compreender que isso significa R$ 1,2 trilhão levando em conta somente o ano de 2012 (de modo equivalente, poderíamos dizer o produto brasileiro correspondeu a R$ 100 bilhões por mês, o que também indica que a variável é do tipo fluxo, uma vez que é “por determinado período de tempo”). Entre exemplos de variáveis “estoque”, medidas em determinados pontos do tempo, temos:

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• Taxa de câmbio (a taxa de câmbio hoje é US$ 1 = R$ 1,81); • O nível de reservas internacionais do Brasil é US$ 250 bilhões; • A dívida (ou endividamento) pública do Brasil é de R$ 1 trilhão.

Seguem exemplos de variáveis “fluxo”, medidas por determinado período de tempo: • O produto do Brasil, em 2012, foi no valor de R$ 1 trilhão; • O gasto público, no primeiro trimestre de 2012, foi no valor de 100 mi; • O déficit público, em 2012, alcançou o valor de R$ 200 milhões.

Nota todos esses valores são hipotéticos, inventados.

A fim de tornar mais claro o entendimento, segue um exemplo da vida cotidiana: o salário que você receberá após passar no concurso será uma variável “fluxo” (um fluxo de renda mensal); já a quantidade de dinheiro que você terá guardada no banco será uma variável “estoque” (estoque de dinheiro).

Assim, depois de tudo que foi dito, concluímos o seguinte sobre o

produto: o é medido em unidades monetárias (no Brasil, em reais - R$); o a fim de evitar a dupla contagem, consideram-se apenas os bens e

serviços finais; o é uma variável fluxo, medida durante determinado período de tempo.

Nota Mais à frente, em nossa aula, falaremos mais sobre o

problema da dupla contagem e as diversas formas alternativas de se evitá-lo na mensuração do produto.

1.2. RENDA (Y) Antes de falarmos do que é renda, necessitamos aprender (seria mais uma “revisão”, uma vez que já vimos isso nas aulas de microeconomia) o que significam os fatores de produção.

Fatores de produção Para produzir os bens e serviços de que a sociedade dispõe para o seu consumo, as firmas utilizam vários recursos ou insumos. Elas utilizam matéria-prima, mão-de-obra, máquinas, ferramentas, tecnologia, etc. O conjunto destes recursos que as empresas utilizam na produção é chamado de fatores de produção. Dentro do estudo de Economia, podemos dividi-los em cinco grandes grupos:

Capital;

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Mão-de-obra (trabalho); Tecnologia; Recursos naturais (ou terra, ou ainda, matéria-prima) e Capacidade empresarial (empreendedora).

Nota esta divisão não é a mesma em todos os livros. Em alguns deles, não temos capacidade empresarial, ou tecnologia, ou recursos naturais. Estes grupos colocados representam a divisão mais abrangente que eu encontrei. Para fins de concursos, devemos guardar principalmente os fatores capital e trabalho; são eles os fatores de produção clássicos, encontrados em qualquer livro de economia. Seguem os conceitos: Capital, em Economia, tem o conceito um pouco diferente do que estamos acostumados em nosso dia-a-dia. Nas nossas vidas, quando ouvimos a palavra capital, quase que imediatamente fazemos a associação a dinheiro. No entanto, economicamente, capital quer dizer, além de dinheiro, o conjunto de bens de que as empresas dispõem para produzir. Assim, o estoque de capital de uma fábrica de automóveis será o conjunto das instalações, máquinas, ferramentas, computadores, material de escritório, enfim, tudo o que é utilizado na produção. O estoque de capital de um curso para concursos públicos compreende as salas de aula, as carteiras, mesas, quadro-negro, projetor multimídia, sistema de som, etc. Assim, o capital inclui as instalações, maquinaria, e também os estoques ainda não vendidos. Quanto mais estoque de capital (ou bens de capital) tiver a economia, maior será a sua produção. O capital é representado pela letra (K). Mão-de-obra é o próprio trabalho. Tecnologia significa o estudo da técnica. Em Economia, ela representa a forma como a sociedade vai utilizar os recursos existentes (principalmente, capital e mão-de-obra) na produção de bens e serviços. Dependendo da tecnologia, sociedades com pouca mão-de-obra e capital podem, de fato, ser mais produtivas e gerar mais bem-estar à sua população que outras com mais mão-de-obra e capital disponíveis. Recursos naturais, matéria-prima ou terra representam os insumos naturais de que dispõe o setor produtivo da economia. Uma reserva de petróleo, um poço de água mineral e uma plantação agrícola seriam exemplos de recursos naturais. Vale ressaltar que muitos autores consideram esses fatores de produção dentro do conceito de capital. Capacidade empresarial é a vontade e o ímpeto de produzir. É a capacidade de reunir os outros fatores de produção para produzir bens e serviços com sucesso.

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Agora que já vimos o que significam os fatores de produção (também chamados de insumos de produção), devemos ter em mente que nada neste mundo (ou quase nada!) é de graça. Assim, estes fatores de produção também têm o seu preço, ou seja, são vendidos. Os donos destes fatores de produção os vendem às empresas, para que estas possam viabilizar a produção.

Assim, temos o seguinte: as empresas precisam dos fatores de produção para produzir; ao mesmo tempo os donos destes fatores de produção (as famílias) precisam consumir a produção (bens e serviços) das empresas. Desta forma, as empresas compram os fatores de produção das famílias, que, por sua vez, compram a produção das empresas.

Pois bem, o que nos interessa saber neste momento é quais são as

remunerações dos fatores de produção. Cada um deles possui uma remuneração específica, conforme segue:

Fator de produção Remuneração

Capital Juros (se for capital em dinheiro) e lucros ou arrendamento/aluguel (se for bens de capital)

Trabalho Salários ou ordenados Tecnologia Royalties

Terra ou recursos naturais Aluguel ou arrendamento Capacidade empresarial Lucros

Finalmente podemos definir o que é renda. Renda é o somatório das remunerações de fatores de produção (salários + lucros + juros + aluguéis) pagas aos agentes de uma economia durante determinado período de tempo.

Usando abreviaturas: R = w1 + l + j + a. Assim, já acostume seu raciocínio econômico: em contas nacionais, quando falamos em renda, devemos pensar nela como sendo as remunerações dos fatores de produção da economia. Seguem comentários extras em relação ao importante conceito de renda: Em primeiro lugar, omitimos o arrendamento e os royalties, pois, normalmente, os livros e as questões de concurso também o fazem. Mas saiba que eles são sim remunerações de fatores de produção.

Segundo, veja que, assim como o produto, a renda é uma variável fluxo (é a renda de determinado período de tempo, em geral, um ano).

                                                                                                                         1  Na  literatura  econômica,  referimo-­‐nos  a  salários  com  a  letra  W,  do  inglês  wage=salário.  

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Por último, há uma relação de causa e efeito entre renda e produto. Quem é responsável pelo produto? As empresas. Do que as empresas necessitam para produzir? Fatores de produção. Quem são os donos dos fatores de produção? As famílias que, por sua vez, vendem tais fatores às empresas. Da mesma maneira que as empresas pagam rendas (remunerações de fatores de produção) às famílias, estas pagam às empresas para adquirir a produção. Ou seja, o valor que é gasto com rendas (remuneração dos fatores) é o mesmo ao que é gasto para adquirir o produto. Daí, concluímos que PRODUTO = RENDA. Nota Se este último parágrafo lhe pareceu confuso, não se preocupe, mais à frente, voltaremos a este tópico quando falarmos das identidades macroeconômicas.

1.3. CONSUMO O consumo é o valor dos bens e serviços absorvidos pelos indivíduos (famílias e governo) para a satisfação de seus desejos. Nós temos dois tipos de consumo: o consumo das famílias (C) e o consumo do governo ou também chamado consumo da administração pública (G). Quando se fala em consumo final, isto quer dizer que estamos falando dos dois consumos somados (consumo final = consumo das famílias + consumo do governo). Assim:

CFINAL = C + G O consumo das famílias é o valor dos bens adquiridos voluntariamente pelos indivíduos no mercado, enquanto o consumo do governo é o valor de bens e serviços adquiridos pelo governo e que, geralmente, são postos à disposição do público gratuitamente. Também é parte do consumo do governo os gastos correntes, de custeio (salários de funcionários, compra de materiais de escritório e limpeza, etc).

Por último, vale ainda ressaltar que os gastos de investimentos (compra de bens de capital2 ou simplesmente despesas de capital), ainda que sejam realizados pelo governo, não são classificados como consumo do governo (G), mas sim como investimento (I). Assim, o investimento público (investimento feito pelo governo) não é considerado consumo do governo (G) nas contas nacionais, sendo enquadrado, pois, como investimento (I).

                                                                                                                         2  Bens  de  capital   são  bens  que  serão  utilizados  no  processo  produtivo.  Nesse  sentido,  eles  servem  para  aumentar  a  capacidade  produtiva  da  economia  (exemplo:  máquinas,  ferramentas,  etc).  

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1.4. POUPANÇA3 (S) Poupança é a renda não consumida (S=Y–C). Nós temos três tipos de poupanças: poupança privada (SP), poupança pública (SG) e poupança externa ou do resto do mundo (SEXT). O somatório da poupança privada com a poupança pública nos remete à poupança interna (SINT). Assim, temos:

S = Y – C S = SINT + SEXT

S = SP + SG + SEXT

1.4.1. Poupança do setor privado (SP)

De forma resumida, sem entrar em maiores detalhes, podemos definir a poupança do setor privado como sendo a renda de que dispõem as famílias menos o que elas gastam com consumo e impostos. Enfim, por agora, adote o seguinte: é o que sobra da renda depois dos gastos (poupança privada = renda – gastos).

1.4.2. Poupança do governo (SG)

A fim de definirmos poupança pública, devemos, antes, explicar alguns conceitos:

Impostos diretos (ID): são os impostos que incidem sobre a

renda e sobre a propriedade, englobando também as contribuições parafiscais. Exemplos: Imposto de renda (pessoa física e jurídica), IPTU, IPVA, PIS, CSLL, etc. Recebem esse nome pois quem arca com o pagamento é exatamente aquele sobre o qual recai a incidência.

Impostos indiretos (II) ou impostos sobre produtos: são os

impostos que estão embutidos nos preços dos bens e serviços, ou seja, são impostos que incidem sobre a produção da economia. Exemplos: ICMS, IPI, ISS, etc. Recebem esse nome porque incidem sobre os bens e serviços e são recolhidos pelas empresas que os vendem, mas, em última análise, quem arca com parte de seu ônus são os consumidores. Daí, o termo impostos indiretos. Na doutrina econômica, utilizamos o termo impostos indiretos, entretanto, no sistema de contas nacionais adotado pelo IBGE, a nomenclatura utilizada é impostos sobre produtos, que se subdividem em impostos de importação e demais impostos sobre produtos (impostos sobre produtos = impostos de importação + demais

                                                                                                                         3  Utiliza-­‐se  a  letra  S  para  se  referir  à  poupança  devido  ao  termo  em  inglês:  saving.    

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impostos sobre produtos). Como muitas questões de prova são retiradas literalmente do sistema de contas do Brasil, é bastante comum aparecer o termo impostos sobre produtos (ou impostos de importação e demais impostos sobre produtos) em vez de impostos indiretos. É apenas uma questão de nomenclatura que você deve ficar atento.

Outras receitas correntes do governo (ORG): o governo recebe dividendos das empresas públicas, tendo em vista que ele possui participações nestas empresas. Esses dividendos fazem parte das ORG. Outras receitas que fazem parte das ORG são as rendas que o governo recebe na condição de locador de imóveis (os aluguéis). Assim, as ORG são os dividendos e os aluguéis. As ORG são obtidas a partir da própria exploração do patrimônio público (receitas originárias), enquanto os impostos são obtidos a partir do patrimônio de terceiros (receitas derivadas).

Transferências (transf): são os pagamentos realizados pelo

governo às pessoas, às empresas e ao resto do mundo sem que haja qualquer contrapartida de serviços. Exemplos: aposentadorias, pensões, donativos, programa bolsa-família4. Por representarem uma situação em que o governo “dá” renda às pessoas, as transferências podem também ser entendidas como impostos diretos com o sinal trocado (impostos diretos negativos). Nota Os juros da dívida interna5 que o governo paga aos possuidores de títulos públicos também são contabilizados como transferências (segundo Simonsen e Cysne, é uma classificação questionável, mas é a convenção adotada!).

Subsídios sobre produtos (sub): são voltados especificamente para o setor produtivo da economia e, ao contrário das transferências, têm uma contrapartida. Neste caso, o governo paga às empresas para que estas vendam determinado bem a um preço

                                                                                                                         4  É  sabido  que  há  alguns  pré-­‐requisitos  para  “garantir”  o  recebimento  dos  benefícios  do  programa  bolsa-­‐família,  mas  não  consideramos  esses   requisitos  a   serem  cumpridos   como  serviços  prestados  ao   governo   como   contrapartida   pelo   pagamento   dos   benefícios   do   programa   de   distribuição   de  renda  citado.  5  Os   juros   (pagos)   da  dívida   interna   são   contabilizados   como   transferências,   enquanto  os   juros  da  dívida  externa  são  contabilizados  em  ORG  (havendo  pagamento  de   juros  da  dívida  externa,  haverá  redução  do  saldo  de  ORG).  

Impostos de importação Impostos sobre produtos (ou impostos indiretos)

Demais impostos sobre produtos

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menor que aquele que seria cobrado em condições normais. O objetivo do subsídio é tornar mais barato ao consumidor o preço final de algum produto. Por visarem especificamente à produção, os subsídios podem ser tecnicamente definidos como impostos indiretos negativos. Exemplo: o governo subsidia a produção do combustível Diesel, por isso, encontramos este combustível mais barato que a gasolina nas bombas dos postos (o motivo é a redução dos custos de frete, tendo em vista que a produção brasileira é escoada principalmente através do meio de transporte rodoviário).

Renda líquida do governo (RLG): é a soma dos impostos

indiretos, impostos diretos e outras receitas do governo menos as transferências e os subsídios. RLG=II+ID+ORG–Trans–Sub

Poupança do governo (SG): finalmente chegamos ao conceito

pretendido. A poupança do governo é o que ele aufere menos o que ele gasta. Assim, basta somarmos as entradas de dinheiro menos as saídas. Desta forma:

SG = II + ID + ORG – Transf – Sub – G Há três observações finais a fazer sobre a poupança pública.

Primeiro, observe que a única diferença entre a SG e a RLG é o fato de que, na última, não subtraímos o valor do consumo do governo (G), portanto, fique atento, pois SG e RLG são conceitos diferentes! Segundo, a poupança do governo também pode ser chamada de saldo do governo em conta corrente, aliás, esta última nomenclatura é a que consta no rol do sistema de contas nacionais utilizado pelo IBGE. Terceiro, note-se que o governo pode ser deficitário em seu orçamento mas apresentar uma poupança positiva. Isto pode acontecer porque o conceito de poupança do governo não inclui as despesas de capital (as despesas a título de investimentos).

Em provas de concursos, quando for necessário calcular o saldo do

governo em conta corrente (SG), se você não se lembrar da fórmula, tente verificar as contas que significam entrada de recursos para o governo e as contas que significam saída de recursos do governo (é algo intuitivo, lembre-se: poupança do governo é o que governo ganha menos o que ele gasta).

1.4.3. Poupança externa (SEXT)

Neste conceito de poupança, a referência é o resto do mundo (é necessário que isso fique claro!). Assim, se o Brasil gasta mais com importações do que recebe com as suas exportações, logicamente, o resto do mundo estará fazendo poupança às custas das transações

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econômicas com o Brasil. Em outras palavras, se o Brasil é deficitário nessas transações externas (importações, exportações, transferências, envio e recebimento de rendas do exterior), o resto do mundo é superavitário e, logicamente, terá poupança externa positiva. Por outro lado, se o Brasil é superavitário nestas transações externas, o resto do mundo será deficitário, tendo poupança externa negativa ou despoupança externa. Então, se em transações com o exterior, o Brasil é deficitário, necessariamente, o exterior é superavitário, logo haverá poupança externa positiva. Se, nestas transações, o Brasil é superavitário, necessariamente, o exterior é deficitário, havendo, portanto, poupança externa negativa (despoupança externa). Em suma, estas transações com o resto do mundo podem ser resumidas em:

Importações e exportações de bens e serviços: as importações aumentam a poupança externa (pois estamos pagando pelos bens e serviços importados, ou seja, “damos” dinheiro ao exterior, aumentando a poupança externa) ao passo que as exportações as diminuem (neste caso, o exterior paga pelos bens e serviços que exportamos, ou seja, ele nos “dá” dinheiro, reduzindo a poupança externa).

Rendas enviadas e recebidas para/do exterior: em primeiro

lugar lembre que renda significa remuneração de fator de produção (salários, aluguéis, juros, royalties, lucros). Assim, por exemplo, quando uma filial de empresa estrangeira instalada no Brasil envia lucros para a matriz localizada no exterior6, haverá renda enviada ao exterior (aumento da poupança externa). Por outro lado, quando uma filial de empresa brasileira instalada no exterior envia lucros para a matriz localizada no Brasil7, haverá renda recebida do exterior (redução de poupança externa). Nota A renda enviada ao exterior (REE) menos a renda recebida do exterior (RRE) ou, em uma nomenclatura mais técnica, a renda enviada ao exterior líquida da recebida é chamada de renda líquida enviada ao exterior (RLEE). Assim, RLEE = REE – RRE.

Assim, concluímos que se a RLEE é positiva, haverá aumento da poupança externa, caso contrário, haverá redução da SEXT.

                                                                                                                         6  Exemplo  desta  situação:  as  filiais  da  Volkswagen  (empresa  alemã)  instaladas  no  Brasil  regularmente  enviam  parte  de  seus   lucros  para  a  matriz   localizada  na  Alemanha.  O  envio  desta  remuneração  de  fator  de  produção  (lucros)  é  renda  enviada  ao  exterior,  o  que  aumenta  a  poupança  externa.      7  Exemplo  desta  situação:  as  filiais  da  Gerdau  (empresa  brasileira)  instaladas  no  Chile,  regularmente,  enviam  parte  de  seus  lucros  para  a  matriz  localizada  no  Brasil.  O  envio  desta  remuneração  de  fator  de  produção  (lucros)  é  renda  recebida  do  exterior,  o  que  reduz  a  poupança  externa.      

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Ainda em relação às rendas enviadas e recebidas do exterior, podemos falar também em renda líquida recebida do exterior (RLRE8), o que é um mero jogo de palavras: trocamos a palavra enviada pela palavra recebida. Neste caso, a RLRE será a renda recebida do exterior menos a renda enviada ao exterior. Assim, RLRE = RRE – REE.

Logo, verifica-se que se a RLRE é positiva, haverá redução da poupança externa, caso contrário, haverá aumento da SEXT.

Ressalto ainda que a RLEE ou a RLRE representará o saldo das rendas transacionadas com o exterior. Ou seja, qualquer remuneração de fator de produção que seja enviada ou recebida estará registrada na RLEE ou RLRE. Nota 1 no Brasil, utiliza-se na maioria dos casos a RLEE, pois, em nosso caso, as rendas enviadas (REE) superam as rendas recebidas (RRE).

Transferências unilaterais (TU): quando o Brasil envia donativos

ao exterior, haverá aumento da poupança externa. Por outro lado, quando o Brasil recebe doações do exterior, haverá redução da poupança externa.

Estas três transações (exportações e importações de bens e serviços, envio e recebimento de rendas, e transferências unilaterais), em conjunto, somadas, formam o nosso balanço de pagamentos em transações correntes ou o saldo em conta corrente do balanço de pagamentos (falaremos um pouco mais sobre isso na aula 14). Quando os saldos somados indicam que houve mais saída de dinheiro do Brasil do que entrada, haverá déficit do balanço de pagamentos em transações correntes, o que é equivalente a dizer que houve poupança externa positiva. Assim, podemos dizer que a SEXT é o mesmo que dizer “déficit do balanço de pagamentos em transações correntes9”. Se houver superávit em transações correntes, teremos SEXT negativa. Outras nomenclaturas também usadas e que são sinônimos de “poupança externa” são: “passivo externo líquido” ou “transferências de capital enviadas ao resto do mundo10”. Assim:

                                                                                                                         8  A  RLRE,  às  vezes,  pode  também  ser  chamada  de  RLFE:  renda  líquida  de  fatores  externos.  9  Tudo  ficará  mais  claro  quando  tivermos  algumas  noções  de  Balanço  de  Pagamentos  (ao  estudar  a  Macroeconomia   das   economias   abertas,   na   aula   14).   Lá,   você   verá   em   maiores   detalhes   o   que  significa  o  saldo  de  transações  correntes.  10  Se  houver  transferências  de  capital  enviadas  ao  resto  do  mundo,  haverá  SEXT  positiva,  pois  o  resto  do  mundo  está  recebendo  as  transferências.  Se  houver  transferências  de  capital  recebidas  do  resto  do   mundo,   haverá   SEXT   negativa,   pois   o   resto   do   mundo   estará   enviando   as   transferências  (diminuindo  sua  poupança).  

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Déficit no BP em TC = Saldo negativo em CC no BP = Poupança externa positiva = Passivo externo líquido = Transferências de capital enviadas ao

resto do mundo

Se chamarmos o saldo de transações correntes do balanço de pagamentos de T e a poupança externa de SEXT, teremos:

+SEXT = – T Agora vamos montar a fórmula para a poupança externa, lembrando que toda operação que representa saída de dinheiro do Brasil e entrada de dinheiro para o resto do mundo deve estar com o sinal positivo. Desta forma:

SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU Onde, M= importações de bens e serviços, (usa-se M devido ao inglês: IMPORT) X= exportações de bens e serviços, (usa-se X devido ao inglês: EXPORT) RLEE = renda líquida enviada ao exterior (REE – RRE), TU = transferências unilaterais (elas podem ser recebidas ou enviadas, por isso, não sabemos o sinal certo, daí usamos “+/-“ na fórmula. Será “+” se for TU enviada; será “-“ se for TU recebida). Veja que as importações significam saída de dinheiro do Brasil (aumento de poupança externa), logo estão com sinal positivo. O mesmo raciocínio explica o sinal negativo das exportações e da RLEE (se fosse RLRE, deveria estar com sinal negativo). Se houver recebimento de transferências unilaterais, elas serão registradas com sinal negativo, uma vez que reduzem a poupança do resto do mundo; havendo transferências enviadas, serão registradas com sinal positivo. É bom também frisar que a letra M significa importações de bens e serviços, enquanto X significa exportações de bens e serviços. Sublinhei a palavra serviços nos dois casos pois é comum os estudantes pensarem que X e M significam apenas o saldo da balança comercial (exportação e importação de bens somente, excluindo os serviços), o que não é verdade.

Todos os saldos das transações com o exterior que envolvem remunerações de fatores de produção são registradas no item RLEE, por isso, muitas vezes, o item RLEE é denominado serviços fatores (em alusão ao fato de significarem pagamentos pela utilização de fatores de produção).

De forma análoga, o X pode aparecer com a denominação de exportações de não fatores ou ainda exportações de bens e serviços não

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fatores (em alusão ao fato de não terem relação com fatores de produção – já registrados em RLEE). De igual maneira, o M pode aparecer com a denominação de: importação de não fatores ou ainda importações de bens e serviços não fatores. As abreviaturas nestes casos podem aparecer assim: XNF e MNF.

1.4.4. Poupança interna (SINT)

A poupança interna é nada mais que a soma das poupanças privada e do governo. Logo, SINT = SP + SG.

O principal objetivo deste tópico é alertar-lhes para o fato de que a

SINT pode apresentar outra nomenclatura: que é simplesmente poupança bruta ou ainda poupança bruta do Brasil.

1.5. INVESTIMENTO (I) Em Economia, investimento tem uma conotação diferente da que usamos em nossas vidas reais. No dia a dia, para nós, investimento é quando você compra algo (um título ou imóvel, por exemplo) para vender mais tarde auferindo lucro. Em Economia, entretanto, isso não é correto: investimento é o acréscimo do estoque físico de capital. Como capital é o conjunto de bens de que dispõem as empresas para produzir, nós temos que o termo “investir”, em Economia, significa, obrigatoriamente, comprar ou produzir bens que aumentarão a produção da economia, caso contrário não será investimento. Se uma empresa decide comprar maquinário (capital) a fim de aumentar a produção, isso será considerado um investimento. Se o Estratégia Concursos decide lançar um novo curso, é um investimento (há aumento de produção, neste caso, representado pela prestação de um serviço). Se uma firma decide produzir mais mercadorias (aumentando a simplesmente carga de trabalho dos funcionários, por exemplo), estará investindo, pois isto significa gastos que visam ao aumento de produção da economia. Assim, percebe-se que há dois tipos de investimento: um fixo (compra de bens de capital) e outro variável (estoques de produtos ou prestação de serviços). A parte fixa é o que chamamos de formação bruta de capital fixo (FBKF); a parte variável é o que chamamos de variação de estoques (ΔE). Assim:

I = FBKF + ΔE A FBKF compreende a compra de bens de capital, que serão usados pelas empresas para produzir, e a compra ou construção de edificações novas (prédios, escritórios, galpões, etc). A ΔE (EFINAL – EINICIAL)

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compreende a variação de estoques. Se houver aumento de estoques, o ΔE será positivo e haverá aumento de investimento. Caso o estoque seja vendido ao consumidor, ele deixará de fazer parte do conceito investimento (I), pois deixará de ser estoque. O conceito de investimentos pode aparecer com a nomenclatura de taxa de acumulação de capital (em alusão ao fato de que acumular capital significa investir) ou ainda formação bruta de capital (não confunda com FBKF, esta é apenas uma parte dos investimentos, enquanto a formação bruta de capital, sem a palavra fixo ao final, é o próprio investimento).

Assim:

Formação bruta de capital = taxa de acumulação de capital = investimentos = formação bruta de capital fixo (FBKF) + variação de

estoques (ΔE)

Detalhe importante: se você comprar um imóvel ou um maquinário (bem de capital) usado, isso não é investimento, pois você não aumenta a produção da economia. Se você compra uma ação na bolsa de valores, isto também não é investimento, pois não há aumento de produção. Neste último caso, é apenas uma operação financeira, mesmo que você compre a ação cotada em bolsa por 1 real e venda por 10 reais, em contabilidade nacional, não consideramos tal operação como sendo investimento.

1.5.1. Investimento bruto (IB) x líquido (IL)

Em contabilidade nacional, quando nos referimos ao conceito de investimento, estamos, na verdade, fazendo alusão ao conceito bruto. Ele se diferencia do conceito líquido em virtude de não levar em conta as depreciações.

A depreciação (dep) é o desgaste natural que os bens de capital

sofrem a cada período produtivo. Assim, quando uma empresa compra uma máquina nova por R$ 10.000,00, depois de um ano, seu valor será menor. Essa redução de valor provocada pelo desgaste de uso da máquina é a depreciação. Parte dos novos investimentos realizados em uma economia serve para cobrir esse desgaste dos bens de capital.

É a depreciação que diferencia os conceitos de investimento bruto e

líquido, sendo que:

IL = IB – Dep

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Nota a depreciação existe não só no conceito de investimentos, mas também quando falamos em poupança e produto. Em qualquer caso, lembre-se de duas coisas:

1 – durante a aplicação de fórmulas nas contas nacionais, usamos, via de regra, o conceito bruto. Por exemplo, se a questão pedir simplesmente o valor da poupança ou investimento, sem falar se é o valor bruto ou líquido, ela está querendo o conceito bruto. Assim, poupança privada é o mesmo que poupança bruta do setor privado; poupança do governo é o mesmo que poupança bruta do governo.

2 – em qualquer caso (vale também para o produto e para a poupança), o raciocínio é o mesmo: o líquido é sempre igual ao bruto menos a depreciação. Assim: Líquido = Bruto – Dep.

1.6. DESPESA ou DEMANDA (DA) A economia como um todo possui quatro tipos de agentes, cada um possuindo o seu gasto, conforme segue:

Agente da economia11

Gasto do agente

Famílias C – consumo Empresas I – investimento Governo G – gasto do governo Resto do mundo X – exportações

Esse quadro nos ajudará a entender como se monta a equação da despesa agregada12. Primeiro, vamos dar a definição de despesa: Despesa é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição dos bens e serviços finais produzidos pela sociedade durante determinado período de tempo. Veja que este conceito é uma mera consequência do conceito de produto. Ora, se o produto é o valor dos bens e serviços produzidos pela sociedade, e a despesa é o total dos gastos com a aquisição destes bens e serviços finais, podemos concluir o seguinte:

                                                                                                                         11  Quando  falamos  em  economia  fechada  e  sem  governo,  estamos  falando  que  há  apenas  os  agentes  famílias   e   empresas.   Se   a   economia   é   aberta   e   sem   governo,   há   os   agentes   famílias,   empresas   e  resto  do  mundo.  Se  a  economia  é  aberta  e  com  governo,  há  todos  os  agentes.  12   Em  Macroeconomia,   é   comum   usarmos   o   termo   agregado(a)   para   salientarmos   o   fato   de   que  estamos  tratando  de  toda  a  economia.  Assim,  ao  falarmos  despesa  agregada,  produto  agregado  ou  renda  agregada,  estamos  querendo  falar  da  economia  como  um  todo.  É  uma  questão  meramente  semântica.  

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A despesa agrega os possíveis destinos do produto, afinal, a economia produz (produto) para que a sociedade consuma (despesa).

Como os conceitos tratam do mesmo valor (os bens e serviços que

são produzidos vão para o consumo), sabemos então, com certeza, que PRODUTO = DESPESA.

Agora que definimos despesa, podemos montar a sua equação. A despesa agregada é a destinação do produto. Ou seja, ela agrega as despesas de todos os agentes da economia na compra do que foi produzido por toda a economia. Somando as despesas de todos os agentes, na compra do que foi produzido, temos que a despesa agregada será: C + I + G + X – M. Assim:

Despesa agregada (DA) = C + I + G + X – M Primeiro, você deve estar se perguntando: donde surgiu este M (importações)? Se você prestar atenção ao conceito de despesa, verá que ele se refere às despesas dos agentes com a compra daquilo que foi produzido pela economia. As importações representam a produção do resto do mundo e não a produção de nossa economia, logo, elas não fazem parte do conceito de despesa agregada. No entanto, os bens importados estão computados nos gastos das famílias, empresas e governo (no C, no I e no G), uma vez que estes agentes compram bens importados. Então, temos um problema: os gastos com importações estão no C, I e G, contudo, não fazem parte do conceito de despesa. Assim, para resolver este problema e para que a equação seja a representação fidedigna do conceito de despesa, devemos subtrair as importações da equação. Ou seja, o conceito de despesa não leva em conta as importações, por isso, elas aparecem com sinal negativo na expressão. Segundo, você pode se perguntar se, mesmo no caso de haver produção que não seja consumida, o produto será igual à despesa. A resposta é sim, pois, neste caso, a produção não consumida, ou em excesso, ficará na forma de estoques (item I – investimentos). Se o produto for perecível e não for consumido e nem aproveitado na forma de estoques, será considerado gasto do empresário (consumo das famílias). Por fim, ressalto que a despesa é uma variável fluxo, assim como o produto, até porque produto=despesa. Nota 1 despesa agregada é o mesmo que demanda agregada. Nota 2 a expressão (X – M) representada na equação da despesa agregada também é chamada de exportações líquidas (NX) e significa

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exportações líquidas de bens e serviços não fatores (não é o saldo da balança comercial, em que são excluídos os serviços).

Fluxo circular da atividade econômica Os fluxos a seguir mostram de maneira bastante simplificada o

modo pelo qual uma economia de mercado ajusta a oferta e a procura das famílias à oferta e à procura das empresas, considerando que existem apenas estes 02 agentes econômicos (famílias e empresas).

Nota: na verdade, a economia possui 04 agentes econômicos (famílias, empresas, governo e resto do mundo), mas, neste fluxo, estamos supondo uma economia bem simples, onde existem apenas dois agentes econômicos, famílias e empresas.

Com base na ação dos agentes econômicos, família e empresas,

formam-se dois mercados reais da Economia: a) mercado de fatores de produção compostos por terra, trabalho,

capital, tecnologia e capacidade empresarial; b) mercado de bens e serviços finais que são todos os bens

disponibilizados pelas empresas. A integração desses dois mercados pelos agentes econômicos forma

o fluxo real da Economia, com suas respectivas ofertas e demandas.

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Para que haja fluxo real entre os dois mercados é preciso a

presença da moeda que é utilizada para remunerar os fatores de produção (trabalho, capital, etc) e pagamento dos bens e serviços via sistema de preços. Deste modo, paralelamente ao fluxo real da Economia, temos o fluxo monetário.

Se unirmos os fluxos real e monetário, teremos o fluxo circular da

renda (ou fluxo circular da atividade econômica):

Em cada um dos mercados (bens e serviços X fatores de produção),

atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda, determinando

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preço. Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no mercado de fatores de produção são determinados os preços dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis, lucros, royalties, etc).

Esse fluxo, também chamado de fluxo básico, é o que se estabelece

entre famílias e empresas. O fluxo completo incorpora o governo, adicionando-se o efeito dos impostos e dos gastos públicos ao fluxo anterior, bem como o resto do mundo, que inclui todas as transações com mercadorias, serviços e o movimento financeiro com o resto do mundo.

1.7. ABSORÇÃO INTERNA (AI) Absorção (interna) é a soma do consumo final (consumo das famílias + consumo do governo) com o investimento. Trata-se do valor dos bens e serviços que a sociedade absorve em determinado período de tempo ou para o consumo de seus indivíduos/governo ou para o aumento do estoque de capital. Assim:

AI = C + I + G Numa economia fechada, sem a presença do agente resto do mundo, a absorção interna será igual à despesa agregada. Basta comparar as equações da AI e DA e considerar que, em uma economia fechada, não temos os itens X e M da equação da DA. Neste caso, AI=DA. Numa economia aberta, os dois agregados podem ser diferentes. Se a economia exporta mais bens ou serviços do que importa, a despesa agregada será maior que a absorção interna. Como a despesa agregada é igual ao produto, sabemos que parte da produção total não é absorvida pelo país, mas pelo exterior (o produto é superior à absorção). Por outro lado, se a economia mais importa bens e serviços do que exporta, a despesa agregada será menor que a absorção interna. Como despesa é igual a produto, sabemos que a absorção interna é maior que o produto. Esse excesso de absorção é suprido pelas importações de bens e serviços. Assim, no caso da economia aberta, concluímos que o excesso (negativo ou positivo) do produto sobre a absorção coincide com o saldo das exportações líquidas (X – M).

1.8. IDENTIDADES MACROECONÔMICAS FUNDAMENTAIS

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1.8.1. PRODUTO=RENDA=DESPESA13

Nos itens 1.2, Renda, e 1.6, Despesa, foram demonstrados semanticamente, usando o significado dos conceitos, que: produto=renda e produto=despesa; o que nos leva a concluir que produto=renda=despesa.

Tentarei explicar o porquê da forma mais intuitiva possível.

Suponha que a produção de um país se resuma a este curso de Economia do Estratégia que você adquiriu (R$ 245,00). Eu lhe pergunto: quais os valores do produto, despesa e renda?

Produto é o bem ou serviço final: R$ 245,00. Despesa é o gasto

total dos agentes da economia: R$ 245,00. Renda é o somatório das remunerações dos fatores de produção: R$ 245,00 (é com estes R$ 245,00 que o professor será remunerado – salário – o dono do curso será remunerado – lucro – o dono do dinheiro que foi emprestado – juros – e outras remunerações de fatores de produção que sejam necessárias). Ou seja, para qualquer operação na economia, o dinheiro gasto pelos agentes na aquisição de bens e serviços (despesa) será igual ao próprio valor de venda dos bens e serviços produzidos (produto). O valor recebido pelos produtores servirá para remunerar os fatores de produção (rendas: salários, lucro, aluguéis, juros, etc). Assim, teremos sempre que:

Produto = Renda = Despesa

Vale ressaltar que muitas vezes é colocada a palavra agregada

junto com os termos, o que significa a mesma coisa (produto=produto agregado; renda=renda agregada; e despesa=despesa agregada).

1.8.2. INVESTIMENTO=POUPANÇA

Numa economia fechada e sem governo (não tem G nem X–M na despesa agregada), a produção (P) de bens finais terá apenas duas utilizações: ou será consumida pelas famílias (consumo das famílias) ou será acumulada pelas empresas, como investimentos (sob a forma de bens de capital e/ou de variação de estoques). Assim:

P = C + I

                                                                                                                         13  Nós  colocamos  o  sinal  de  igualdade  (=),  mas  o  mais  correto  seria  o  sinal  de  identidade  (Ξ),  pois  a  identidade   é   uma   tautologia,   é   sempre   verdadeira   e   jamais   pode   ser   refutada,   ao   contrário   da  igualdade.  Exemplo:  1+1=2,  já  2Ξ2  (esta  última  identidade  jamais  poderá  ser  refutada,  ao  passo  que  a  primeira  pode.  Ademais,  não  se  pode  dizer,  por  exemplo,  que  1+1Ξ2,  somente  2Ξ2).  Isto  é  apenas  uma  curiosidade,  fique  tranquilo,  pois  nunca  vi  isso  cair  em  concursos,  ok?!  

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Por outro lado, sabe-se que a renda (R) da economia tem duas utilizações: ou é apropriada para consumo (C) ou vira poupança (S). Assim:

R = C + S

Como sabemos, produto=renda=despesa, logo, P será igual a R:

P = R C + I = C + S

I = S Portanto, sabemos que as poupanças realizadas pelas famílias é que

financiam os investimentos totais realizados pelas empresas. Observe que esta identidade I=S é um mero desenvolvimento da identidade produto=renda=despesa, pois foi a partir desta que foi possível chegarmos àquela.

Se supusermos agora que estamos em uma economia completa

(aberta e com governo), teremos as seguintes expressões, muito cobrada em provas:

I = SP + SG + SEXT

FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT Como SP+SG=SINT(poupança interna), podemos ainda definir assim:

I = SINT + SEXT FBKF + ΔE = SINT + SEXT

Assim, vemos que são as poupanças que financiam os

investimentos da economia. Parte desses investimentos é financiada pela poupança privada, parte pela poupança pública e parte pela poupança externa.

Os recursos das poupanças são convertidos em investimentos por

intermédio do sistema financeiro. A renda não consumida pelos agentes é aplicada na aquisição de ativos financeiros que rendem juros. As instituições financeiras, por sua vez, utilizam os recursos captados para emprestar às empresas, que podem efetuar esses investimentos.

No caso da poupança total (SP + SG + SEXT) ser maior que o

investimento total (FBKF + ΔE), temos capacidade de financiamento. Por outro lado, se investimentos totais são maiores que a poupança total, temos necessidade de financiamento. Assim:

S > I capacidade de financiamento,

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I > S necessidade de financiamento.

1. 9. DÉFICIT PÚBLICO (DP)

No item 1.3, consumo, nós vimos que os gastos do governo com investimentos (despesas de capital) não são contabilizados como consumo do governo (G), mas sim como investimentos (I). Desta forma, além da divisão habitual do agregado investimento em FBKF e ΔE, podemos dividi-lo também em IP e IG (investimento privado e investimento público). Assim:

I = IP + IG ou

I = FBKF + ΔE O déficit público, em contas nacionais, significa o excesso de investimentos públicos sobre a poupança pública. Então, como déficit público(DP)=IG–SG; I=SP+SG+SEXT e I=IP+IG, então:

IP + IG = SP + SG + SEXT IG – SG = SP – IP + SEXT DP = (SP – IP) + SEXT

Assim, pela ótica da contabilidade nacional, o déficit público é

financiado, em parte, pelo excesso de poupança privada sobre o investimento privado e, em outra parte, pela poupança externa (=déficit no balanço de pagamentos em transações correntes). Veja que chegamos a uma afirmação estranha, mas que é correta: o déficit público é financiado em uma parte pelo déficit do balanço de pagamento em transações correntes (Verdadeiro).

1.10. DIFERENTES CONCEITOS DE PRODUTO

1.10.1. Produto INTERNO X NACIONAL Interno dá a ideia de interior, de algo que é produzido dentro de algo. Nacional dá a ideia de nação, de algo que é produzido por uma nação.

Pois bem, o produto interno é uma medição do produto que leva em conta aspectos geográficos, isto é, contabiliza tudo que é produzido dentro do país, no interior de suas fronteiras, não importando por quem seja.

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O produto nacional é uma medição do produto que leva em conta aspectos nacionais, isto é, contabiliza tudo que é produzido por nacionais, não importando se estão dentro ou fora do país.

O que difere um conceito do outro é a renda que se envia ao exterior e a renda que se recebe do exterior. Vale lembrar que renda significa soma de remunerações de fatores de produção. Por exemplo, aqui no Brasil, há inúmeras empresas cujos fatores de produção (capital, mão-de-obra, tecnologia) pertencem a outros países (Hyundai, Microsoft, Adidas, BMW, etc).

De tempos em tempos, as filiais dessas multinacionais que estão

aqui instaladas enviam rendas para as suas matrizes localizadas no resto do mundo. De acordo com a metodologia do produto interno, essas rendas enviadas devem ser contabilizadas no produto, pois foram originadas por fatores de produção instalados em território brasileiro, dentro de nosso país. De acordo com a metodologia do produto nacional, tais rendas enviadas não devem ser contabilizadas no produto, pois foram originadas por fatores de produção de propriedade estrangeira (não nacional).

Agora imagine as inúmeras filiais da Petrobrás existentes na

América do Sul. De tempos em temos, essas filiais enviam parte de suas rendas para a matriz no Brasil. De acordo com a metodologia do produto interno, essas rendas recebidas não devem ser contabilizadas no produto, pois foram originadas fora das fronteiras do país. Já para a metodologia do produto nacional, tais rendas devem ser contabilizadas sim, pois foram originadas por fatores de produção de propriedade de nacionais.

Traduzindo estes conceitos algebricamente, temos que:

Produto nacional = Produto Interno – Renda enviada ao exterior (REE) + Renda recebida do exterior (RRE)

ou Produto Interno = Produto Nacional + REE – RRE

Ainda temos que: REE – RRE = RLEE (Renda líquida enviada ao exterior)

Assim:

Produto Interno = Produto Nacional + RLEE (1) ou

Produto Nacional = Produto Interno – RLEE

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Se a renda recebida for maior que a renda enviada, logicamente, a RLEE será negativa, ou ainda, teremos RLRE (renda líquida recebida do exterior) positiva. Pela equação (1), percebe-se que, caso o país mais envie renda ao exterior do que receba, terá o produto interno maior que o produto nacional. Este é o caso dos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos (Brasil, por exemplo), em que o número de empresas estrangeiras em solo nacional é maior que o número de empresas nacionais em solo estrangeiro. Por este motivo, nestes países, usa-se o produto interno como meio de aferição macroscópica da economia, pois ele refletirá de forma mais precisa e real a evolução da economia. Caso o país tenha mais empresas nacionais em solo estrangeiro do que empresas estrangeiras em solo nacional, terá o produto nacional maior que o produto interno (a RLEE será negativa). Este é o caso dos países mais desenvolvidos economicamente (EUA, Japão, Alemanha, etc).

1.10.2. Produto BRUTO X LÍQUIDO A produção de um país sofre um desgaste físico parcial dos bens produzidos. Esse desgaste é a depreciação. O produto líquido corresponde ao produto bruto MENOS a depreciação. Assim:

Produto líquido = Produto bruto – DEPRECIAÇÃO ou

Produto bruto = Produto líquido + DEPRECIAÇÃO Do ponto de vista técnico, o conceito mais correto a ser utilizado para análise é o produto líquido, no entanto, a depreciação é muito difícil de ser estimada. Por isso, utiliza-se normalmente o conceito bruto.

1.10.3. Produto a PREÇOS DE MERCADOPM X a CUSTOS DE FATORESCF

O produto a custos de fatores é aquele que mede a produção de bens e serviços considerando apenas os custos dos fatores de produção. No entanto, os bens e serviços produzidos na economia não são transacionados a este preço, pois há a intervenção do governo que, por meio dos impostos e dos subsídios, altera os preços dos custos de fatores. Assim, partindo do produto a custos de fatores, para chegarmos ao produto a preços de mercado, devemos somar os impostos indiretos e subtrair os subsídios.

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Somamos os impostos indiretos pois eles aumentam os preços dos produtos; diminuímos os subsídios pois eles reduzem os preços dos produtos. Utilizamos os impostos indiretos em vez dos impostos diretos, pois são aqueles que incidem sobre a produção. De forma análoga, utilizamos os subsídios em vez das transferências, pois são aqueles que incidem sobre a produção com o objetivo de reduzir o preço dos bens e serviços finais. Traduzindo algebricamente, temos:

PRODUTOPM = PRODUTOCF + Impostos Indiretos – Subsídios ou

PRODUTOCF = PRODUTOPM – Impostos Indiretos + Subsídios A medida regularmente utilizada é o produto a preços de mercado, por motivos óbvios (é o preço que se usa na prática: “preços de mercado”). Normalmente, o PIBPM será maior que o PIBCF pois é natural que os impostos indiretos sejam maiores que o montante de subsídios. Porém, nada impede que estes sejam maiores que aqueles fazendo com que o PIBCF seja maior que o PIBPM.

Exercício prático! Sabendo que a RLEE=50, Depreciação=25, Impostos Indiretos=30, Subsídios=10 e PIBPM=1000, calcule o PNLCF. Resolução: Bem, temos um PIBPM e devemos transformá-lo em PNLCF. Uma boa sugestão é fazer por partes, uma conversão de cada vez:

1) Conversão: Interno Nacional:

PIBPM = PNBPM + RLEE PNBPM = PIBPM – RLEE PNBPM = 1000 – 50 = 950

2) Conversão: Bruto Líquido: PNLPM = PNBPM – Depreciação PNLPM = 950 – 25 = 925

3) Conversão: Preços de mercado Custo de fatores PNLPM = PNLCF + II – Sub PNLCF = PNLPM – II + Sub PNLCF = 925 – 30 + 10 PNLCF = 905 (Resposta!)

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Ressalto que esta é apenas uma das inúmeras formas de se resolver. Se você fez de outra maneira e atingiu o resultado, não se preocupe!

Nota Como produto=renda=despesa, temos que qualquer

conceito de produto será igual ao conceito de renda e/ou despesa equivalente. Por exemplo: RIB = PIB = DIB; RNLCF = PNLCF = DNLCF; DNBPM = PNBPM = RNBPM e assim por diante.

1.10.4. PIBPM Conforme vimos nos itens acima, o Brasil utiliza os conceitos Interno, Bruto e a Preços de Mercado. Assim, aquela medida que vemos nos noticiários televisivos e jornais como aferição da medida econômica do país é o PIBPM. É ele a “menina dos olhos” da equipe econômica, é o principal agregado macroeconômico da contabilidade nacional. Quando, em questões de prova, é mencionado de forma genérica o PIB (Produto interno bruto), está sendo falado, na verdade, sobre o PIBPM.

1.11. MENSURANDO O PIB Em virtude de sabermos que Produto=Renda=Despesa, podemos calcular o valor do PIB por três caminhos diferentes: pela ótica da despesa, pela ótica da renda e pela ótica do produto (três métodos apenas pela ótica do produto). Os resultados encontrados nas três óticas devem ser iguais.

1.11.1. ÓTICA DO PRODUTO Nós vimos que o produto é o valor dos bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo. Nessa aferição é essencial evitar a dupla contagem: não faria sentido somar todos os valores produzidos por todas as unidades produtivas do país. Deixe me explicar melhor: suponha 01 litro de leite produzido em uma fábrica qualquer. Esse leite produzido poderá virar leite condensado, que poderá virar uma calda de chocolate, que poderá virar uma cobertura de uma deliciosa torta vendida em uma padaria. No entanto, esse produto só pode ser contado uma vez no cálculo do produto de um país, caso contrário o produto do país será superestimado. O procedimento correto, neste caso, é contabilizar apenas a torta que foi vendida na padaria, isto é, o produto final.

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Assim, para evitar a dupla contagem, só se inclui no produto o valor dos bens e serviços finais durante o período em questão. Outro exemplo: suponha o petróleo que é extraído pela Petrobrás. O petróleo extraído para exportação é um bem final (pois seu estágio final será venda para o resto do mundo), logo entrará no cálculo do produto. Já o petróleo que é empregado como insumo para a fabricação de gasolina não é computado no produto, sendo tratado como consumo intermediário (foi consumido na produção de gasolina), desta forma, só a gasolina (produto final) é computada no produto do país. Ou se procede desta maneira (considerando apenas o bem final), ou se soma tudo o que foi produzido e se subtrai o consumo intermediário. As duas formas (só o produto final; e o total da produção menos o consumo intermediário) devem apresentar o mesmo resultado.

Outra forma equivalente de aferir o produto obtém-se pelo conceito

de valor adicionado ou agregado. Denomina-se valor adicionado em determinada etapa de produção a diferença entre o valor bruto produzido nesta etapa e o consumo intermediário. Assim, temos o seguinte em relação às várias (três) formas pelas quais podemos calcular o produto de um país:

É o valor total dos bens e serviços finais produzidos no país

num determinado período de tempo.

O total dos valores brutos produzidos menos os consumos intermediários (CI) num determinado período de tempo. O total dos valores brutos produzidos é chamado de produção total (PT) ou valor bruto da produção (VBP).

A soma dos valores adicionados ou agregados (VA) num determinado período de tempo.

Sei que parece confuso, por isso, ilustraremos de forma numérica

essas três formas de se calcular o produto de um país. Imagine o seguinte exemplo: suponha um país, que possua uma fazenda que produza trigo no valor de R$ 150 (valor adicionado=R$ 150, uma vez que não há consumo intermediário nesta primeira etapa da produção). Essa fazenda vende toda a sua produção de trigo para uma fábrica de farinha de trigo, que, por sua vez, produz farinha de trigo no valor de R$ 350 (valor adicionado=R$ 200). Essa fábrica de farinha de trigo vende toda a sua produção para uma padaria que produz pães no valor de R$ 650 (valor adicionado=R$ 200). Calculemos o produto utilizando os três métodos:

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Valor total

bruto (VTB) Consumo

intermediário (CI) Vlr adicionado

(VTB – CI) Fazenda (trigo) R$ 150 0 R$ 150 Fábrica(farinha) R$ 350 R$ 150 R$ 200 Padaria (pão) R$ 650 R$ 350 R$ 300

Total R$ 1.150 R$ 500 R$ 650

1) 1º método (bens e serviços e finais): será R$ 650, pois este é valor do bem final (o pão).

2) 2º método (VTB – Cons. Intermediário): será R$ 1.150 (VTB) MENOS R$ 500 (somatório dos CI). Assim, o produto será R$ 650.

3) 3º método (somatório dos valores adicionados): será R$ 150 (valor adicionado na 1ª etapa) mais R$ 200 (valor adicionado na segunda etapa) mais R$ 300 (valor adicionado na terceira etapa). Logo, o produto será R$ 650. Veja que o produto foi R$ 650 nos três métodos e não poderia ser

de forma diferente! Vale destacar que estes três métodos nos dão o resultado do PIB a custo de fatores. Segue então o resumo com as três maneiras de se calcular o PIBCF, sob a ótica do produto:

1) PIBCF = Soma dos bens e serviços finais produzidos 2) PIBCF = Valor bruto da produção – Consumo intermediário 3) PIBCF = Σ Valores agregados ou adicionados

Caso se queira chegar ao PIBPM, que é o conceito mais importante e

ao qual todos se referem quando se fala em “PIB” genericamente, basta acrescentar os impostos indiretos líquidos dos subsídios (uma vez que PIBPM = PIBCF + II – Sub). Desta forma, pela ótica do produto, as formulações, considerando o PIBPM, serão:

1) PIBPM = Soma dos bens e serviços finais produzidos + II – Sub 2) PIBPM = Valor bruto da produção – Consumo intermediário + II – Sub 3) PIBPM = Σ Valores agregados ou adicionados + II – Sub

Para a FCC, basta que você leia este tópico e entenda, de modo

teórico, o que foi dito. A referida banca não cobra questões sobre esse assunto envolvendo cálculos (se cair algo sobre isso, será uma questão teórica).

1.11.2. Ótica da renda

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Este é o item mais “decoreba” da aula. Em algumas partes, pedirei apenas para memorizar, pois demonstrar e explicar determinadas expressões levaria muitas páginas e tomaria muito tempo, apresentando uma relação esforço/benefício muito elevada.

Devemos atentar inicialmente que renda é o somatório das remunerações dos fatores de produção. Assim, renda14 = salários + lucros + juros + aluguéis. Cabe-nos agora descobrir de que renda estamos falando? Essa renda significa a renda nacional. Logo, renda nacional = salários + lucros + juros + aluguéis. Por convenção, quando falamos em renda nacional, sem dizer se é líquida ou bruta, ou se é a preços de mercado ou a custo de fatores, trata-se da renda nacional líquida e a custo de fatores (renda nacional = RNLCF). Assim sendo:

Renda Nacional15 = RNLCF = PNLCF O mesmo raciocínio vale para a renda interna. Quando falamos renda interna, entende-se que é a renda interna líquida e a custo de fatores (renda interna = RILCF):

Renda Interna16 = RILCF = PILCF Segue o cálculo da Renda Nacional, que leva em conta as remunerações dos fatores de produção dos agentes da economia:

Renda Nacional = RNLCF = PNLCF

Renda Nacional = salários + juros + lucros + aluguéis Nota 1 se a questão de prova falar em renda nacional, considere o conceito líquido e a custo de fatores, isto é, considere que renda nacional = RNLCF. O mesmo se aplica à renda interna, que é o mesmo que RILCF. No entanto, se a questão falar em renda nacional bruta (neste caso, existe a palavra bruta), considere o conceito a preços de mercado, isto é, considere que renda nacional bruta = RNBPM. O mesmo se aplica à renda interna bruta, que é o mesmo que RIBPM. Então, concluindo sobre estas duas convenções:

Se for falado apenas em renda interna ou nacional, estamos falando do conceito líquido e a custo de fatores.

                                                                                                                         14  Excluímos  os  royalties  e  dividendos  por  motivos  didáticos.  15  A  Renda  Nacional   corresponde  ao   total  da   remuneração  efetuada  pelas  unidades  produtivas  de  um   país   aos   proprietários   dos   fatores   de   produção,   como   contrapartida   pela   utilização   de   seus  serviços  para  efetivar  a  produção  nacional.  16  A  Renda  Interna  corresponde  ao  total  da  remuneração  efetuada  pelas  unidades  produtivas  em  um  país  aos  proprietários  dos  fatores  de  produção,  como  contrapartida  pela  utilização  de  seus  serviços  para  efetivar  a  produção  interna.  

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Se for falado de renda interna bruta ou renda nacional bruta, estamos falando do conceito a preços de mercado. O motivo para isto é a convenção adotada pelo IBGE no sistema de contas nacionais.

Agora, aproveitando que estamos falando no assunto, falemos de

mais alguns conceitos (que já caíram em prova) envolvendo renda e que você deve decorar: Renda nacional disponível bruta (RNDB): a renda nacional disponível bruta é a renda nacional (RNLCF) acrescida dos impostos indiretos menos os subsídios, mais a depreciação, mais transferências correntes17 recebidas menos as transferências correntes enviadas ao exterior. Em outras palavras, e de modo mais resumido, a RNDB é a renda nacional bruta a preços de mercado (RNBPM) +/- transferências correntes enviadas/recebidas do resto do mundo. Sendo assim:

RNDB = RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo

Se as transferências forem recebidas, estarão com sinal positivo; se forem enviadas, estarão com sinal negativo. Poupança bruta: no item 1.4.4, poupança interna, vimos que a poupança interna pode também ser chamada de poupança bruta do Brasil ou simplesmente poupança bruta. A poupança, por definição, é a renda não consumida. No entanto, em questões de prova, muitas vezes, precisamos de uma definição mais precisa, que é essa:

Poupança interna (SP + SG) = RNDB – Consumo final (consumo das famílias e do governo = CF + G)

Como poupança interna=poupança bruta=poupança bruta do Brasil, então:

Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL Renda pessoal disponível (RPD): este conceito pode ser memorizado através do raciocínio (não é tão decoreba). A RPD, pelo o que o próprio nome indica, é a renda que fica disponível para as pessoas. Então, RPD será a renda nacional (RNLCF) MENOS tudo aquilo que não sejam remunerações de fatores de produção de propriedade das pessoas (famílias) e/ou também MENOS tudo aquilo que reduz a disponibilidade de renda das pessoas. Assim:                                                                                                                          17   Transferências   correntes   são   transferências   sem   contrapartida,   não   significam   pagamento   de  fatores  de  produção,  bens  ou  serviços.  São  como  donativos.  

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demanda global Oferta global

Renda pessoal disponível (RPD) = Renda nacional (RNLCF) – lucros retidos – impostos diretos sobre as pessoas + transferências às pessoas/famílias Os lucros retidos são os lucros que as empresas não distribuem às pessoas, portanto, não fazem parte da renda que é disponível para as pessoas (RPD), devendo, assim, ser excluídos do cálculo da RPD. Os impostos diretos que incidem sobre as pessoas/famílias também reduzem a renda que é disponível para as pessoas, devendo, assim, ser somados no cálculo. Por último, as transferências às famílias aumentam a RPD, pois haverá mais renda disponível para as pessoas. Nota 2 Se os impostos diretos forem impostos diretos sobre as empresas (pessoas jurídicas), eles não reduzirão a RPD. O mesmo acontece com as transferências, se estas forem direcionadas às empresas (transferências a empresas), não reduzirão a RPD.

1.11.3. Ótica da despesa A despesa ou demanda agregada (DA) é o destino da produção, isto é, são os gastos dos agentes econômicos na aquisição da produção.

Na ótica da despesa, para calcular o PIBPM, devemos somar todas as despesas realizadas pelos agentes econômicos para que eles possam adquirir a produção. Nós já vimos que essa soma equivale a:

DA = C + I + G + X – M

Neste caso, a despesa agregada é o próprio PIBPM. Sendo assim, o

PIBPM, pela ótica da despesa será:

PIBPM = C + I + G + X – M Lembro também que o item G só engloba os gastos correntes do. Não englobam os gastos com investimentos (enquadrados em I). A partir do PIB pela ótica da despesa, também podemos definir mais dois conceitos que: demanda e oferta global. A oferta global (ou oferta agregada, ou oferta final) significa todos os bens que são ofertados na economia. Para isso, basta somar ao PIB o valor das importações (oferta global = PIB + M). A demanda global (ou demanda final) será o outro lado da equação, sem a dedução das importações:

PIBPM + M = C + I + G + X

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Observação sobre os cálculos do produto sob as três óticas: as questões de provas, a priori, não informam sob qual ótica o candidato deve realizar o cálculo do produto. É ele próprio que deverá decidir, com base nos dados do enunciado sob qual ótica serão realizados seus cálculos. Por exemplo, se questão pedir o PIBPM e der os valores de C, I, G, X e M, é evidente que o concurseiro deverá utilizar a ótica da despesa. Se, por outro lado, a banca pedir o PIBPM e informar o valor total bruto da produção (VTB) e o consumo intermediário (CI), devemos utilizar, para este caso, a ótica do produto.

1.12. CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA e LÍQUIDA

A carga tributária bruta (CTB) mede a proporção entre a receita

tributária (impostos indiretos e diretos) e o PIBPM. Em outras palavras, ela mede qual o percentual da produção do país que serve para financiar os gastos do governo. Algebricamente:

𝐶𝑇𝐵   𝑒𝑚  % =  Receita  tributária  do  governo

PIBpm =  Impostos  indiretos+ impostos  diretos

PIBpm

Destacamos que o conceito de CTB é expresso em medidas percentuais. Por exemplo, se a receita tributária do governo é R$ 1 milhão e o PIB é R$ 5 milhões, a CTB será 1/5=0,2; o que corresponde dizer que a CTB é de 20%. A carga tributária líquida (CTL) exclui da receita tributária do governo as transferências e os subsídios:

𝐶𝑇𝐿  (𝑒𝑚  %) =  Receita  tributária− Transferências− Subsídios

PIBpm

1.13. PROBLEMAS COM O USO DO PIB

O PIB não leva em conta a saúde de nossos filhos, a qualidade de sua educação ou a alegria de suas diversões. Não inclui a beleza de nossa poesia ou a intensidade de nossos casamentos, a inteligência de nossos debates públicos ou a integridade de nossas autoridades públicas. Não mede nem a nossa coragem, nem a nossa sabedoria, nem a nossa dedicação ao país. Mede todas as coisas, em resumo, exceto aquilo que faz com que a vida valha a pena.

- Robert Kennedy, em discurso quando concorria à presidência em 1968.

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O PIB, apesar de bastante difundido, não é um instrumento perfeito para medir a produção e a renda correntes, assim como a Renda per capita (ou PIB per capita) não é um instrumento perfeito de avaliação do bem estar da população. Assim, não devemos confundir o PIB com desenvolvimento e/ou bem-estar, ele é apenas mais um índice. O fato de termos PIBs elevados não implica obrigatoriamente bem-estar ou desenvolvimento, indica apenas riqueza material (de bens). Vejamos os motivos: o O PIB ignora em seu cômputo muitas transações não monetárias,

como, por exemplo: trabalho do lar, prestações de favores, alimentação no domicílio, agricultura de subsistência, etc. Em suma, atividades produtivas que não envolvem transações de mercado, nem são precificadas, não entram no cálculo do PIB. A não-inclusão destas atividades pode levar a situações bastante esdrúxulas. Por exemplo, se uma madame se apaixona e se casa com seu motorista e, após o casamento, seu marido trabalhe para ela por amor e não por dinheiro, haverá redução do PIB, pois o salário que era pago ao motorista sumirá das estatísticas. Como disse certa vez o economista inglês Arthur Pigou: “Quem casa com a própria empregada diminui a renda nacional”.

o O PIB, pela inviabilidade de cálculo, não registra a economia clandestina (informal e/ou ilegal). Pela própria natureza dessas atividades, é impossível os institutos econômicos conseguirem aferir economicamente com alguma precisão essas atividades. Sendo assim, não fazem parte do PIB.

o O PIB não considera os custos sociais (externalidades), efeitos colaterais ou males da produção. Entre essas ocorrências não registradas, temos os danos ambientais (o vazamento de óleo que ocorreu no Golfo do México causado pela British Petroleum em 2011 não é computado no PIB), desastres naturais (terremotos, furacões, enchentes e outros desastres também não são registrados no PIB), emissão de gases poluentes, etc.

o O PIB não leva em conta a distribuição de renda da sociedade. Por exemplo, os países árabes têm elevada renda per capita, porém o número de pobres é elevadíssimo. Isto ocorre porque os ricos são excessivamente ricos e detêm a maior parte da renda.

o O PIB exclui o lazer como um bem valorizado pelas pessoas, assim como o desconforto associado à produção de bens de serviços, como custo para o ser humano. Por tal motivo, ele não é um meio eficiente de medição do bem-estar econômico. Um país pode ter R$ 30.000,00 de renda per capita anual, com uma média de 30 horas de trabalho semanais; enquanto outro pode ter os mesmos R$ 30.000,00, porém

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com uma média de 50 horas de trabalho semanais. O PIB ou renda per capita é igual nos dois países, mas o bem-estar é melhor no primeiro caso.

Apesar destes problemas, o PIB provê uma medida razoavelmente

precisa do produto de mercado de uma sociedade, bem como da taxa de variação desse produto. Apesar de não ser uma medida de felicidade e bem-estar dos cidadãos, é bastante útil como ferramenta no auxílio às tomadas de decisões no âmbito da política econômica.

1.14. BIZÚS E MEMENTO

Pessoal, sei que o assunto é bastante extenso e é muita informação para memorizar. Posso dizer que contas nacionais não é um assunto difícil, mas é um assunto “enjoado”, exigindo paciência e perseverança.

Quando estudei este assunto pela primeira vez, principalmente nas questões de cálculo, costumava ficar um pouco perdido com as informações. Eu via aquele amontoado de números no enunciado e não sabia em que fórmula ou conceito utilizá-los. Pois bem, a minha dica é a seguinte: memorize as principais fórmulas (as que eu coloquei no memento do final da aula). Assim, ao se deparar com a questão, adote os seguintes passos:

1º: veja qual o agregado pedido pela questão e veja em qual

fórmula ele está (para ver em qual fórmula ele está, você acessará a sua memória na hora da prova, portanto, é importante memorizar as fórmulas do memento).

2º: tente trabalhar com os dados que estão na fórmula do item que

a questão pede. Se for possível terminar a questão, termine-a. Se estiver faltando algum dado, prossiga. Você deverá voltar ao passo 1 para tentar achar esse dada faltante (ver em qual fórmula ele está e utilizar os dados da questão).

3º: faltando algum dado, veja em que outra fórmula você poderá

descobrir o valor deste item faltante, e assim por diante. Para ver o método, veja a resolução das questões 01 e 02 (sugiro

que você resolva primeiro estas questões, pois você terá uma visão geral acerca do método de raciocínio apresentado). Apesar de serem questões da ESAF, são muito boas para apresentar o método.

Faça muitos exercícios de contas nacionais, pois eles farão com que seja praticamente impossível você errar alguma questão desse assunto na hora da prova.

Segue agora o memento de conceitos e fórmulas, graduadas de acordo com o nível, do mais básico para o mais avançado. As fórmulas do

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nível I são conceitos básicos, inerentes ao próprio aprendizado de contas nacionais. Assim, são expressões que são memorizadas através da simples leitura da aula.

As fórmulas do nível II são as principais, dentre aquelas exigidas nas questões de cálculos (é claro que, preliminarmente, você deve saber os conceitos abarcados no nível I). É praticamente com as fórmulas do nível do II que você vai “matar” as questões da FCC.

MEMENTO DE FÓRMULAS – CONTAS NACIONAIS

Fórmulas nível I: (1) Poupança pública=o que governo ganha MENOS o que ele gasta:

SG = II + ID + ORG – trans – sub – G (2) SEXT = - T (3) Poupança interna ou poupança bruta = SP + SG (4) I = FBKF + ΔE (5) IL = IB – dep (6) Poupança líquida = poupança bruta MENOS depreciação (7) CFINAL = C + G (8) AI = C + I + G (9) Produto=Renda=Despesa (10) Investimento = Poupança (11) Interno = Nacional + RLEE (12) Líquido = Bruto – depreciação (13) Preços de mercado = custos de fatores + II – Sub (14) Renda nacional = RNLCF (15) Renda interna = RILCF (16) Renda nacional bruta = RNBPM (17) Renda interna bruta = RIBPM (18) DIB = PIB = RIB = PIBPM (19) RPD = Renda nacional – lucros retidos – impostos diretos sobre

as pessoas + transferências às pessoas/famílias Fórmulas nível II:

(1) SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU (2) PIBPM = C + I + G + X – M (3) FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT (4) RNDB = RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo (5) Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL (6) CTB=(Impostos)/PIBPM e CTL=(Impostos – Transf – Sub)/PIBPM

Espero que tenham gostado da aula. Depois do memento, coloquei

muitos exercícios para treinamento, essenciais para “pegar” o jeito, quando tratamos de contas nacionais.

Até a próxima, abraços e bons estudos! Heber Carvalho [email protected]

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

01. (ESAF - AFRFB – 2005) - Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais – conta de bens e serviços – que segue a metodologia adotada atualmente no Brasil (em unidades monetárias): Produção total: 1.323; Importação de bens e serviços: 69; Impostos sobre produtos: 84; Consumo final: 630; Formação bruta de capital fixo: 150; Variação de estoques: 12; Exportações de bens e serviços: 56. Com base nessas informações, o consumo intermediário dessa economia foi a) 700 b) 600 c) 550 d) 650 e) 628 COMENTÁRIOS: Vamos seguir os passos que estão no bizú do item 1.14: 1º: veja o agregado pela questão e veja em qual fórmula ele está (para ver em qual fórmula ele está, você acessará a sua memória na hora da prova, portanto, é importante memorizar as fórmulas do memento). A questão pede o CI. A fórmula que apresenta o CI é a seguinte: PIBCF = PRODUÇÃO TOTAL – CI (1) 2º: tente trabalhar com os dados que estão na fórmula do item que a questão pede. Se for possível terminar a questão termine. Se estiver faltando algum dado, prossiga. PIBCF = 1323 – CI (ainda não é possível calcular o CI, necessitamos do valor do PIBCF) 3º: faltando algum dado, veja em que outra fórmula você poderá descobrir o valor deste item faltante, e assim por diante. Nossa missão agora é calcular o PIBCF. Assim, devemos ver qual outra(s) fórmula(s) que você poderá usar os dados apresentados pela questão e assim achar o valor que você precisa (o PIBCF). A questão nos forneceu CFINAL (C+G), M, X, FBKF e ΔE. Assim, podemos calcular o PIBPM pela ótica da despesa. Lembrando que (FBKF + ΔE) = I = 150 + 12 = 162. PIBPM = C + I + G + X – M PIBPM = 630 + 162 + 56 – 69 PIBPM = 779

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A questão também nos informou os impostos sobre produtos (II). Agora, transformamos o PIBPM em PIBCF, que é o valor que nós necessitamos para voltarmos à equação (1), que está no primeiro passo, e matarmos a questão (como a questão não nos forneceu o valor dos Subsídios, consideramos seu valor como sendo igual a ZERO). PIBPM = PIBCF + II – Sub PIBCF = 779 – 84 PIBCF = 695 Voltando à equação da 1ª etapa: PIBcf= Prod. Total – consumo intermediário 695 = 1.323 – consumo intermediário Cons. Intermd.= 628 GABARITO: E 02. (ESAF - AFC/STN – 2008) Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: Consumo do Governo: 200 Transferências realizadas pelo Governo: 100 Subsídios: 20 Impostos Diretos: 300 Impostos Indiretos: 400 Outras Receitas Correntes do Governo: 120 Exportações de bens e serviços: 100 Importações de bens e serviços: 200 Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 Variação de Estoques: 100 Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900 c) 700 d) 750 e) 800 COMENTÁRIOS: 1º passo - colocar a fórmula em que temos o agregado pedido pela questão: I = S

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FBKf + ΔE = Sp + Sg + Sext (1) ΔE = 100 Sp=200 Para encontrar FBKF, precisamos achar Sg e Sext. 2º passo - Sg = o que o governo ganha MENOS o que ele gasta Sg = (300 + 400 + 120) – (200 + 100 + 20) Sg = 500 Sext = (M – X) + RLEE +/- TU (TU foi omitida, então TU=0) Sext = 200 – 100 + 100 = 200 Substituindo os valores em (1): FBKf + 100 = 200 + 500 + 200 FBKf = 800 GABARITO: E 03. (FCC – ISS/SP – 2012) - Em uma economia, o valor do Produto Nacional Líquido foi maior que o do Produto Interno Bruto, ambos medidos a preços de mercado. Nessa economia, necessariamente, o valor a) dos impostos diretos foi superior ao da renda líquida recebida do exterior. b) da renda enviada para o exterior foi maior que o da recebida. c) da depreciação foi igual a zero, ou seja, o estoque de capital da economia não se desgastou no período. d) dos impostos indiretos líquidos dos subsídios foi superior ao da renda líquida enviada para o exterior. e) da renda líquida recebida do exterior foi superior ao da depreciação. Comentários: Para resolvermos este tipo de questão, é necessário, em primeiro lugar, voltarmos nosso foco para aquilo que diferencia os agregados trazidos no enunciado da questão. Depois, precisamos colocar essas diferenças em uma expressão algébrica, para “clarear” o raciocínio. A diferença entre o produto nacional líquido a preços de mercado (PNLPM) e o produto interno bruto a preços de mercado (PIBPM) reside na RLEE e na depreciação: PIBPM = PNLPM + (RLEE + depreciação)

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Para que o PNLPM seja maior que o PIBPM, a expressão em negrito dentro dos parênteses deve necessariamente ser negativa. Como a depreciação é sempre um valor positivo, então, a RLEE será um valor negativo e deverá superar o valor positivo da depreciação. Se a RLEE é negativa, então, isto significa que temos renda líquida recebida do exterior (RLRE). Ao mesmo tempo, tal valor negativo deverá ser maior que o valor da depreciação. Gabarito: E 04. (FCC – ISS/SP – 2012) - Foram extraídos os seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do Brasil em um determinado ano-calendário: Consumo Final................................................... 2.666.752 Exportação de Bens e Serviços.............................. 355.653 Consumo Intermediário....................................... 2.686.362 Formação Bruta de Capital Fixo ............................ 585.317 Variação de Estoques (negativa) ............................. (7.471) Produto Interno Bruto a preços de mercado ......... 3.239.404 O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse mesmo ano, correspondeu a a) 351.479. b) 353.376. c) 380.457. d) 375.789. e) 360.847. Comentários: Questão bem simples, manjada. Basta utilizar a fórmula do PIBPM: PIBPM = CFINAL + FBKf + ΔE + X – M 3.239.404 = 2.666.752 + 585.317 + (-7.471) + 355.653 – M M = 360.847 Gabarito: E 05. (FCC - Analista de Regulação – Economista – ARCE - 2012) - É correto afirmar: a) Se o Produto Interno Bruto é menor que o Produto Nacional Líquido, a renda recebida do exterior é menor que o valor da depreciação do estoque de capital fixo da economia.

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b) O Produto Nacional Líquido medido a preços de mercado é seguramente menor que o Produto Interno Bruto medido a custo de fatores de uma economia. c) O Produto Interno Bruto corresponde ao somatório do valor de produção de todos os bens e serviços de uma economia em determinado intervalo de tempo. d) Se o Produto Interno Líquido a preços de mercado é maior que o Produto Nacional Bruto a custo de fatores, então o valor dos impostos diretos líquidos de subsídios é maior que o valor da depreciação do estoque de capital fixo da economia. e) O Produto Nacional Líquido a custo de fatores corresponde à Renda Nacional de uma economia. Comentários: a) Incorreta. A diferença entre o PIB e o PNL consiste na depreciação e na RLEE. Segue a expressão que diferencia os dois conceitos: PIB = PNL + (RLEE + Depreciação) Se PIB é menor que o PNL, então, o termo entre parênteses deve ser, necessariamente, negativo. Para que isso seja verdade, é necessário que RLEE seja negativa (uma vez que não existe depreciação negativa) e, também, superior à depreciação. Por sua vez, para que RLEE seja negativa, é necessário que RRE seja maior que REE, já que RLEE = REE – RRE. Assim, RRE deve ser maior que REE e depreciação (juntos). Só assim o número entre parênteses será negativo e, consequentemente, PIB será menor que PNL. Veja: PIB = PNL + (REE – RRE + Depreciação) b) Incorreta. Só conseguimos saber se PNLPM é maior que PIBCF se soubermos os valores de RLEE (que diferencia os conceitos de “N” e “I”), de depreciação (que diferencia os conceitos de “L” e “B”) e dos impostos indiretos líquidos dos subsídios (que diferenciam os conceitos de “PM” e “CF”). c) Incorreta. O Produto Interno Bruto corresponde ao somatório do valor de produção dos bens e serviços finais (não é de todos os bens e serviços, mas apenas dos bens e serviços finais) de uma economia em determinado intervalo de tempo. d) Incorreta. As diferenças entre o PILPM e o PNBCF residem na RLEE (diferencia “N” e “I”), na depreciação (diferencia “L” e “B”) e nos impostos indiretos líquidos dos subsídios (diferenciam “PM” e “CF”). Segue a expressão que diferencia o PILPM do PNBCF:

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PILPM = PNBCF + (RLEE + II – Sub – Depreciação) Para que PILPM seja maior que PNBCF, é necessário que o valor entre parênteses seja negativo. Veja que o exposto na alternativa D não nos conduz a essa conclusão. Ademais, note, ainda, que a alternativa fala em impostos diretos líquidos de subsídios. Só por aí, poderíamos verificar logo de cara que a alternativa é falsa, uma vez que, na diferenciação entre agregados PM e CF, utilizamos o conceito de impostos indiretos em vez de impostos diretos. e) Correta. Gabarito: E 06. (FCC - Analista Ministerial – Economia – MPE/AP - 2012) - O Produto Nacional Bruto a custo de fatores corresponde à seguinte soma algébrica: a) Produto Interno Líquido a preços de mercado + Depreciação - Impostos Indiretos + Subsídios. b) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + Depreciação - Renda Líquida enviada para o exterior. c) Produto Interno Bruto a custo de fatores + Depreciação - Renda enviada para o exterior + Renda Recebida do exterior. d) Produto Nacional Líquido a custo de fatores + Depreciação - Renda enviada para o exterior + Renda Recebida do exterior. e) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + Depreciação - Impostos Indiretos + Subsídios. Comentários: Nesta questão, o melhor caminho é o teste das alternativas. Vamos verificando qual o agregado trazido por cada alternativa: a) Produto Interno Líquido a preços de mercado + Depreciação - Impostos Indiretos + Subsídios = PIBCF b) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + Depreciação - Renda Líquida enviada para o exterior = PIBPM c) Produto Interno Bruto a custo de fatores + Depreciação - Renda enviada para o exterior + Renda Recebida do exterior = Erro!!! (se somarmos a depreciação ao PIBCF, teremos um agregado com a depreciação contada duas vezes!).

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d) Produto Nacional Líquido a custo de fatores + Depreciação - Renda enviada para o exterior + Renda Recebida do exterior = Erro!!! (o produto nacional já exclui a renda enviada e inclui a renda recebida... assim, se fizermos a conta colocada na alternativa D, chegaremos a um agregado que não existe!). e) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + Depreciação - Impostos Indiretos + Subsídios = PNBCF Assim sendo, a letra E é a correta. Gabarito: E 07. (FCC - Analista Ministerial – Economia – MPE/AP - 2012) - O Produto Interno Bruto (PIB) de uma economia, numa determinada unidade de tempo, é igual ao somatório do valor de todos os bens a) intermediários fabricados pela economia. b) e serviços finais produzidos pela economia. c) e serviços fabricados pelo setor primário da economia. d) e serviços importados. e) e serviços produzidos pela economia. Comentários: Questão simples! Basta saber o conceito de produto, e ficar atento ao fato de que contabilizamos apenas os bens e serviços finais produzidos por uma economia. Gabarito: B 08. (FCC - Analista Ministerial – Economia – MPE/AP - 2012) - Os dados abaixo, relativos ao ano de 2009 e expressos em milhões de reais, foram extraídos do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, elaborado pela Fundação IBGE. Despesa de consumo final ................................ 2.666.752 Formação Bruta de Capital ................................ 577.846 Exportação de Bens e Serviços........................... 355.653 Importação de Bens e Serviços ........................... 360.847 O Produto Interno Bruto da economia brasileira nesse mesmo ano foi, em milhões de reais, igual a a) 3.239.404 b) 3.601.251 c) 3.244.598 d) 3.254.986 e) 4.061.098

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Comentários: Sabemos que: PIBPM = Cfinal + (FBK) + X – M PIBPM = 2.666.752 + 577.846 + 355.653 – 360.847 PIBPM = 3.239.404 PS: Formação Bruta de Capital (FBK) é o mesmo que investimento (I). Assim, (I=FBK), ao passo que a formação bruta de capital fixo (FBKf) é uma parte do investimento (I = FBKf + ΔE). Gabarito: A 09. (FCC - Analista Ministerial – Economia – MPE/AP - 2012) - O saldo da conta-corrente do balanço de pagamentos foi positivo em um determinado ano. Pode-se afirmar, com absoluta certeza, que, nesse mesmo ano a) as importações de bens e serviços foram superiores às exportações. b) houve entrada líquida de capitais externos do país. c) as reservas internacionais do país aumentaram nesse período. d) a poupança bruta interna do país foi superior à formação bruta de capital do país. e) o saldo da conta de capitais também foi positivo. Comentários: Não temos condições de analisar as letras A, B, C e E, pois não estudamos o balanço de pagamentos (e nem precisamos estudá-lo em detalhes, pois não vai cair no ICMS/SP). No entanto, temos condições de analisar a letra D, que é justamente o gabarito da questão! Se a conta corrente do BP foi positiva (saldo de transações correntes positivo), então, temos poupança externa negativa, já que SEXT=-TC (se temos +TC, então, teremos –SEXT). Sabemos que: I = SP + SG + SEXT (I = FBK; e SBRUTA = SP + SG) FBK = SBRUTA + SEXT Como SEXT é negativa, então, SBRUTA tem que ser maior que FBK (investimento). Gabarito: D

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10. (FCC – Analista de Controle – Área Econômica – TCE/PR – 2011) - Os seguintes dados foram extraídos das Contas Nacionais de um país (em milhões de unidades monetárias): Importação de bens e serviços não fatores ......................... 1.750 Variação de estoques ....................................................... 250 Formação bruta de capital fixo.......................................... 2.300 Produto Interno Bruto, a preços de mercado ...................... 14.700 Exportação de bens e serviços não fatores .......................... 2.500 Impostos indiretos............................................................ 2.900 Subsídios ........................................................................ 380 O Consumo Final da Economia (das Famílias e da Administração Pública) nesse país correspondeu, em milhões de unidades monetárias, a (A) 11.020. (B) 11.400. (C) 11.650. (D) 14.300. (E) 13.920. COMENTÁRIOS: Sabemos que: PIBPM = Cfinal + (ΔE + FBkf) + X – M 14.700 = Cfinal + 250 + 2300 + 2500 – 1750 Cfinal = 11.400 GABARITO: B 11. (FCC – Analista Superior – Economia – INFRAERO – 2011) - No ano de 2010, o PIB de um determinado país totalizou 2,55 trilhões de unidades monetárias e o PNB totalizou 2,35 trilhões de unidades monetárias, sendo ambos os agregados medidos a preços de mercado. Isso significa que, no período, foi de 200 milhões de unidades monetárias (A) a depreciação do estoque de capital. (B) o saldo comercial superavitário. (C) o saldo comercial deficitário. (D) a arrecadação de impostos indiretos, líquida de subsídios. (E) a renda líquida de fatores de produção enviada para o exterior. COMENTÁRIOS: A diferença entre PIB e PNB é a renda líquida enviada ao exterior: PIB = PNB + RLEE 2,55 = 2,35 + RLEE

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RLEE = 0,2 (200 milhões) GABARITO: E 12. (FCC – Agente Técnico Legislativo – ALESP – 2010) - Em um determinado país, o PNB é superior ao PIB, ambos medidos a preços de mercado, quando (A) a renda líquida dos fatores externos de produção é positiva. (B) a renda líquida dos fatores externos de produção é negativa. (C) o saldo da balança comercial é positivo. (D) a variação das reservas internacionais é positiva. (E) o saldo da balança comercial é negativo. COMENTÁRIOS: A diferença entre PIB e PNB é a RLEE: PIB = PNB + RLEE PIB = PNB + (REE – RRE) Em países em desenvolvimento, a renda enviada geralmente é maior que a renda recebida, de tal forma que o PIB é maior que o PNB. No entanto, se o PNB é maior que o PIB, isto significa que a RLEE é negativa, e a renda recebida é maior que a renda enviada. Neste caso, a renda líquida enviada ao exterior é negativa. Se a renda líquida enviada ao exterior é negativa, então, a renda líquida recebida do exterior é positiva. Como RLRE é o mesmo que renda líquida dos fatores externos (RLFE), então, a alternativa correta é a letra A. GABARITO: A 13. (FCC – Analista – BAHIAGÁS – 2010) - Foram extraídos os seguintes dados das Contas Nacionais de uma economia: Consumo final 125.000 Variação de Estoques 10.000 Exportações de Bens e Serviços 30.000 Importações de Bens e Serviços 25.000 Formação Bruta de Capital Fixo 50.000 Produto Nacional Bruto a preços de mercado 195.000 Logo, pode-se concluir que houve, nessa economia: (A) Renda líquida enviada para o exterior no valor de 15.000. (B) Renda líquida recebida do exterior no valor de 5.000. (C) Renda líquida recebida do exterior no valor de 10.000. (D) Renda líquida enviada para o exterior no valor de 8.000. (E) Renda líquida recebida do exterior igual a zero.

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COMENTÁRIOS: Com os dados apresentados, podemos calcular o PIBPM: PIBPM = Cfinal + ΔE + FBkf + X – M PIBPM = 125.000 + 10.000 + 50.000 + 30.000 – 25.000 PIBPM = 190.000 A questão nos deu o valor de PNBPM=195.000. Ao mesmo tempo, a diferença entre PIBPM e PNBPM é: PIBPM = PNBPM + RLEE 190.000 = 195.000 + RLEE RLEE = -5.000 Como tivemos um valor negativo para RLEE, então, tivemos, na verdade, renda líquida recebida do exterior no valor de 5.000. GABARITO: B 14. (FCC – Economista – COPERGÁS – 2011) - Em um determinado país foram apurados os seguintes agregados macroeconômicos no ano de 2010: Consumo das Famílias: ........................................... $ 1.200 milhões Investimentos Totais: ............................................. $ 250 milhões Consumo do Governo:............................................. $ 550 milhões Export. Bens e Serviços que não são Fatores de Produção: $ 800 milhões Import. Bens e Serviços que não são Fatores de Produção: $ 650 milhões Renda Líquida Recebida do Exterior: .............................. $ 50 milhões Depreciação do Estoque de Capital: .............................. $ 150 milhões Impostos Diretos: ...................................................... $ 100 milhões Impostos Indiretos: .................................................... $ 350 milhões Subsídios: ................................................................. $ 50 milhões Para este país, o PIB medido a custo de fatores foi de (A) $ 2.000 milhões. (B) $ 2.150 milhões. (C) $ 2.200 milhões. (D) $ 1.850 milhões. (E) $ 1.750 milhões. COMENTÁRIOS: Os dados fornecidos pela questão nos permitem calcular o PIBPM: PIBPM = C + I + G + X – M

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PIBPM = 1200 + 250 + 550 + 800 – 650 PIBPM = 2.150 Para encontrar o PIBCF, basta subtrair os impostos indiretos e adicionar os subsídios: PIBPM = PIBCF + II – Sub PIBCF = PIBPM – II + Sub PIBCF = 2150 – 350 + 50 PIBCF = 1850 GABARITO: D 15. (FCC – Analista Superior II – Economista – INFRAERO – 2009) - Em uma determinada economia, o Produto Nacional Líquido a preços de mercado é maior que o Produto Interno Bruto a preços de mercado. Isso ocorre nessa economia porque o valor (A) da renda líquida enviada para o exterior é maior que o da depreciação. (B) da renda líquida recebida do exterior é maior que o dos impostos líquidos de subsídios. (C) da depreciação é maior que o da renda líquida enviada para o exterior. (D) da renda líquida recebida do exterior é maior que o da depreciação. (E) dos impostos diretos líquidos de subsídios é maior que o da depreciação. COMENTÁRIOS: A diferença entre o produto nacional líquido a preços de mercado (PNLPM) e o produto interno bruto a preços de mercado (PIBPM) reside na RLEE e na depreciação: PIBPM = PNLPM + (RLEE + depreciação) Para que o PNLPM seja maior que o PIBPM, a expressão em negrito dentro dos parênteses deve necessariamente ser negativa. Como a depreciação é sempre um valor positivo, então, a RLEE será um valor negativo e deverá superar o valor positivo da depreciação. Se a RLEE é negativa, então, isto significa que temos renda líquida recebida do exterior (RLRE). Ao mesmo tempo, tal valor negativo deverá ser maior que o valor da depreciação. GABARITO: D

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16. (FCC – Analista Trainee – Economia – METRO/SP – 2010) - Uma economia apresentou os seguintes dados obtidos em seu sistema de Contas Nacionais relativos a um determinado ano, expressos em unidades monetárias: Produto Nacional Líquido a custo de fatores............................. 3.000 Depreciação ....................................................................... 400 Renda Líquida recebida do exterior ........................................ 100 Impostos Indiretos ............................................................... 800 Impostos Diretos................................................................... 600 Subsídios............................................................................. 150 Transferências do Governo ao setor privado ............................. 50 Déficit do Balanço de Pagamentos, em conta corrente................ 350 Nesse ano, o valor do Produto Interno Bruto dessa economia, em unidades monetárias, foi igual a (A) 4.150. (B) 3.950. (C) 3.550. (D) 3.600. (E) 3.850. COMENTÁRIOS: Para transformarmos o PNLCF em PIBPM, devemos: Nacional em Interno: PILCF = PNLCF + RLEE PILCF = 3.000 – 100

Foi colocado do sinal de menos na frente do 100, pois a questão fala em renda líquida recebida do exterior, e não em renda líquida enviada ao exterior.

PILCF = 2.900 Líquido em Bruto: PIBCF = PILCF + depreciação PIBCF = 2900 + 400 PIBCF = 3.300 Custo de fatores em preços de mercado: PIBPM = PIBCF + II – Sub PIBPM = 3300 + 800 – 150 PIBPM = 3.950 GABARITO: B 17. (FCC – Analista Trainee – Economia – METRO/SP – 2010) - Dados de uma economia hipotética, em unidades monetárias:

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Produto interno líquido a preços de mercado...................... 40.000 Tributos indiretos .......................................................... 15.000 Subsídios........................................................................ 2.000 Depreciação do capital fixo.............................................. 10.000 Renda líquida enviada ao exterior ..................................... 6.000 Transferências do Governo ao setor privado ....................... 5.000 Tributos Diretos .............................................................. 8.000 A carga tributária bruta e a carga tributária líquida, tomando-se como denominador o Produto Interno Bruto a preços de mercado, são, respectivamente, iguais a (A) 57,5% e 40%. (B) 50% e 34,9%. (C) 50% e 40%. (D) 46% e 32%. (E) 40% e 32%. COMENTÁRIOS: Antes de tudo, devemos calcular o valor do PIBPM: PIBPM = PILPM + depreciação PIBPM = 40.000 + 10.000 PIBPM = 50.000 Agora, podemos calcular as cargas tributárias:

𝐶𝑇𝐵   𝑒𝑚  % =  Receita  tributária  do  governo

PIBpm  

A receita tributária do governo vale a soma dos impostos indiretos e diretos (15.000 + 8.000 = 23.000);

𝐶𝑇𝐵   𝑒𝑚  % =  23.00050.000

𝑪𝑻𝑩   𝒆𝒎  % =  𝟒𝟔%

Agora, vamos ao cálculo da carga tributária líquida:

𝐶𝑇𝐿   𝑒𝑚  % =  Receita  tributária  do  governo− Transferências− Subsídios

PIBpm  

As transferências valem 5.000; Os subsídios valem 2.000; então,

𝐶𝑇𝐿   𝑒𝑚  % =  23.000− 5.000− 2.000

50.000 =16.00050.000

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𝑪𝑻𝑳   𝒆𝒎  % =  𝟑𝟐%

GABARITO: D 18. (FCC – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN/RO – 2010) - É correto afirmar que (A) o PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de capital físico da economia. (B) a diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua carga tributária líquida. (C) a Renda Nacional de uma economia é obtida a partir de seu PIB a preços de mercado, deduzidos a depreciação do estoque de capital, a renda líquida enviada para o exterior, e os impostos indiretos líquidos dos subsídios. (D) a Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu PIB medido a custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e sua variação de estoques e adicionada a carga tributária bruta. (E) a Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional, deduzidos os impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras receitas correntes do Governo e os lucros não distribuídos pelas empresas. COMENTÁRIOS: A) Incorreta. Para que o PNL corresponda ao PIB, deve-se deduzir, além da depreciação, a RLEE. B) Incorreta. A diferença entre PIB e PIL é tão somente a depreciação. C) Correta. Se levarmos em conta que renda nacional é RNLCF ou PNLCF, veremos que a assertiva está perfeitamente correta. D) Incorreta. A renda pessoal disponível é obtida a partir da renda nacional e das transferências às pessoas, deduzidos os impostos diretos e lucros retidos. Renda pessoal disponível (RPD) = Renda nacional (RNLCF) – impostos diretos – lucros retidos + transferências às pessoas E) Incorreta. Intencionalmente, não passei na aula a fórmula da renda pessoal, por achar que não vale o custo/benefício. Esta foi a única questão da FCC contendo esta fórmula e, mesmo assim, o seu conhecimento não era crucial para o acerto da questão. De qualquer forma, segue a fórmula:

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Renda pessoal = Renda nacional – lucros retidos das empresas – impostos diretos das empresas – contribuições previdenciárias das empresas – ORG + transferências + juros pagos pelo governo a pessoas + juros pagos por pessoas a pessoas. Obs: viu por que eu achei que não valia a pena decorar . É uma fórmula gigante e quase nunca cai em prova. GABARITO: C 19. (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/RO – 2010) - Considere as seguintes informações sobre as contas nacionais de um país em determinado ano. (Valores em milhões de unidades monetárias) Produto Nacional Líquido a custo dos fatores .......................... 950 Depreciação anual do estoque de capital................................. 70 Renda líquida recebida do exterior.......................................... 100 Impostos indiretos............................................................... 180 Subsídios ........................................................................... 20 O Produto Interno Bruto dessa economia a preços de mercado corresponderá, nesse ano, em milhões de unidades monetárias, a (A) 1.080. (B) 1.020. (C) 1.010. (D) 1.100. (E) 980. COMENTÁRIOS: Para acharmos o PIBPM, devemos fazer as conversões a partir do PNLCF: Nacional em Interno: PILCF = PNLCF + RLEE PILCF = 950 + (-100) observe que temos renda líquida recebida do exterior PILCF = 850 Líquido em Bruto: PIBCF = PILCF + depreciação PIBCF = 850 + 70 PIBCF = 920 Custo de fatores em preços de mercado: PIBPM = PIBCF + II – Sub PIBPM = 920 + 180 – 20 PIBPM = 1080

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GABARITO: A 20. (FCC – Economista – DNOCS – 2010) - Dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, no ano de 2006 (em milhões de reais): - Consumo Intermediário 2.087.032 - Despesa de Consumo Final 1.903.679 - Variação de Estoque 8.012 - Formação Bruta de Capital Fixo 389.328 - Produto Interno Bruto 2.369.797 Com tais informações, é correto deduzir que, naquele ano, as exportações de bens e serviços foram superiores às importações de bens e serviços, em milhões de reais, em (A) 183.353. (B) 60.766. (C) 68.778. (D) 76.790. (E) 53.998. COMENTÁRIOS: A questão quer o valor de (X – M). Este valor pode ser encontrado na fórmula do PIBPM: PIBPM = Cfinal + ΔE + FBkf + (X – M) 2.369.797 = 1.903.679 + 8.012 + 389.328 + (X – M) (X – M) = 68.778 GABARITO: C 21. (FCC – Economista – SERGÁS – 2010) - Uma economia hipotética apresenta os seguintes agregados: Exportação de bens e serviços ................................................. 500 Consumo Final das Famílias e das Administrações Públicas .......... 2.700 Formação Bruta de Capital Fixo................................................. 600 Importação de Bens e Serviços ................................................ 400 Variação de Estoques .............................................................. 100 Déficit do Balanço de Pagamentos em Conta Corrente .................. 300 O valor do PIBpm dessa economia é (A) 3.200. (B) 3.500. (C) 3.800. (D) 3.400. (E) 3.100.

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Receitas  fiscais   Gastos  correntes  

 

COMENTÁRIOS: O PIBPM será: PIBPM = Cfinal + ΔE + FBKf + X – M PIBPM = 2700 + 100 + 600 + 500 – 400 PIBPM = 3.500 GABARITO: B 22. (FCC - Analista do Judiciário – Economia – TJ/PA - 2009) - Em um sistema de contas nacionais, se a receita fiscal corrente for superior aos gastos correntes do Governo em um determinado ano, pode-se afirmar que a) a Conta de Transações com o exterior apresentará saldo superavitário. b) a Poupança Bruta do país foi positiva. c) a Poupança Corrente do Governo foi positiva. d) o PIB do país será menor que no ano anterior. e) o orçamento total do governo, incluindo as despesas correntes e de capital, será superavitário. COMENTÁRIOS: A receita fiscal do governo engloba os impostos diretos (ID), indiretos (II) e as outras receitas do governo (ORG). Os gastos correntes englobam os gastos do governo (G), as transferências (Transf) e os subsídios (Sub). A receita fiscal menos o gasto corrente nos dá o valor da poupança do governo (SG):

SG = II + ID + ORG – Transf – Sub – G Se as receitas fiscais são superiores aos gastos correntes, então, a poupança do governo é positiva. GABARITO: C 23. (FCC - Analista do Judiciário – Economia – TJ/PA - 2009) - A diferença de valor entre o Produto Nacional Líquido a preços de mercado e a Renda Nacional a custo de fatores corresponde ao montante, em valor absoluto, a) dos impostos indiretos menos os subsídios concedidos pelo Governo ao setor privado. b) da renda enviada para o exterior menos a renda recebida do exterior. c) da depreciação do estoque de capital fixo da economia. d) das exportações menos as importações.

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e) dos impostos diretos menos as transferências unilaterais do Governo ao setor privado. COMENTÁRIOS: A diferença entre PNLPM e Renda Nacional (PNLCF) é o termo em negrito: PNLPM = PNLCF + II – Sub Sendo assim, está correta a letra A. Detalhe: quando dizemos impostos indiretos líquidos dos subsídios, estamos querendo dizer os impostos indiretos “menos” os subsídios. Neste sentido, por exemplo, a expressão (Sub – II) pode ser dita assim: subsídios líquidos dos impostos indiretos. GABARITO: A 24. (FCC - Auditor TCE/AL - 2008) - O agregado macroeconômico que mede a produção de um país, seja esta produção realizada com fatores de produção de residentes no país ou residentes no exterior, mas que estejam em território nacional, da qual se deduz a depreciação do estoque de capital, mas se computa o valor dos impostos indiretos, é o a) Produto Nacional Bruto a preços de mercado. b) Produto Interno Bruto a custo de fatores. c) Produto Interno Líquido a preços de mercado. d) Produto Interno Líquido a custo de fatores. e) Produto Nacional Líquido a custo de fatores. COMENTÁRIOS: Quando adotamos o critério geográfico para medir produção de um país, estamos falando do produto interno, e não do produto nacional. Se deduzirmos a depreciação do capital, estaremos ainda falando do conceito líquido, e não do conceito bruto. Se computarmos ainda o o valor dos impostos indiretos, estaremos falando do conceito a preços de mercado, e não do conceito a custo de fatores. A questão trata, portanto, do PILPM. GABARITO: C 25. (FCC – Técnico de Controle Externo – TCE/MG – 2007) - Considere os seguintes dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativos ao ano de 2003 e expressos em milhões de reais:

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Consumo final 1192613 Variação de estoques 30750 Formação Bruta de Capital Fixo 276741 Renda líquida enviada para o exterior 55150 Transferências correntes recebidas do exterior 8753 Produto Interno Bruto 1556182 O superávit do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes do Brasil foi, nesse ano, em milhões de reais, de a) 63903 b) 56078 c) 55150 d) 9681 e) 928 COMENTÁRIOS: Sabemos que o déficit no balanço de pagamentos de transações correntes é igual à poupança externa (SEXT = -TC). Assim, para resolver esta questão, calcularmos o valor da SEXT e depois invertermos o sinal e, então, teremos o valor do superávit do balanço de pagamentos em transações correntes. Vamos lá: SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU SEXT = (M – X) + 55.150 – 8.753 (como as transferências correntes foram recebidas, então, registram-se com sinal negativo, pois isso reduz a poupança do resto do mundo) SEXT = (M – X) + 46.397 Agora, precisamos calcular o valor de (X – M) para achar o valor de SEXT: PIB = Cfinal + ΔE + FBkf + X – M 1.556.182 = 1.192.613 + 30.750 + 276.741 + (X – M) (X – M) = 56.078 Assim, o valor de (M – X) = -56.078 Substituindo em SEXT, temos: SEXT = -56.078 + 46.397 SEXT = -9.681 Como SEXT = -TC, então: -TC = -9.681 TC = 9.681 GABARITO: D

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26. (FCC – Analista – Economia – MPU - 2007) – Dados para as questões 26 e 27: Importações de bens e serviços não fatores ........... 1.700 Consumo final......................................................... 6.900 Variação de estoques.............................................. 900 Formação bruta de capital fixo................................. 2.800 Renda líquida recebida do exterior .......................... 100 Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes .............................................. 300 O valor das exportações de bens e serviços corresponde a a) 1.200 b) 1.300 c) 1.400 d) 1.500 e) 1.600 COMENTÁRIOS: -TC=300 SEXT = 300 SEXT = (M – X) + RLEE +/TU (como a questão não citou o valor de TU, devemos considerá-lo igual a zero) SEXT = (1700 – X) – 100 (oberve que temos renda líquida recebida) 300 = 1700 – X – 100 X = 1.300 GABARITO: B 27. (FCC – Analista – Economia – MPU - 2007) Importações de bens e serviços não fatores ........... 1.700 Consumo final......................................................... 6.900 Variação de estoques.............................................. 900 Formação bruta de capital fixo................................. 2.800 Renda líquida recebida do exterior .......................... 100 Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes .............................................. 300 O Produto Interno Bruto dessa economia é a) 9.900 b) 10.000 c) 10.100 d) 10.200 e) 10.300

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COMENTÁRIOS: PIBPM = Cfinal + ΔE + FBKf + X – M PIBPM = 6900 + 900 + 2800 + 1300 – 1700 PIBPM = 10.200 GABARITO: D 28. (FCC – Analista Ambiental – SEAMA – 2006) - Considere os dados abaixo para uma economia hipotética durante um ano qualquer. - Produto Interno Líquido a preços de mercado: ....... 5000 - Impostos indiretos: ............................................... 850 - Subsídios: ............................................................. 220 - Depreciação do capital fixo:................................... 320 - Renda líquida enviada ao exterior: ........................ 160 O produto nacional bruto a preços de mercado e o produto interno bruto a custos de fatores serão, respectivamente: a) 5160 e 4690 b) 5320 e 5160 c) 4690 e 5160 d) 5320 e 4690 e) 5160 e 5320 COMENTÁRIOS: Temos o valor do PILPM=5000. Primeiro, vamos convertê-lo para PNBPM: Interno em Nacional: PILPM = PNLPM + RLEE PNLPM = PILPM – RLEE PNLPM = 5000 – 160 PNLPM = 4840 Líquido em Bruto: PNBPM = PNLPM + depreciação PNBPM = 4840 + 320 PNBPM = 5160 Segundo, vamos converter o PILPM em PIBCF: Líquido em Bruto: PIBPM = PILPM + depreciação PIBPM = 5000 + 320

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PIBPM = 5320 Preços de mercado em custo de fatores: PIBPM = PIBCF + II – Sub 5320 = PIBCF + 850 – 220 PIBCF = 4690 GABARITO: A 29. (FCC - Analista Judiciário – Economia - TRT 4 - 2006) - Considere os dados abaixo extraídos das Contas Nacionais de um determinado país (em R$ mil): Produto Interno Bruto a preços de mercado ........... 122.000 Depreciação do Capital Fixo ................................... 5.000 Renda enviada para o exterior ................................ 18.000 Renda recebida do exterior ..................................... 7.000 Impostos Indiretos................................................... 25.000 Impostos Diretos ..................................................... 8.000 Subsídios ................................................................ 3.000 A Renda Nacional desse país (em R$ mil) é a) 68.000 b) 73.000 c) 84.000 d) 89.000 e) 99.000 COMENTÁRIOS: A renda nacional é igual a PNLCF. Então, devemos converter o PIBPM em PNLCF. Interno em Nacional: PIBPM = PNBPM + RLEE 122.000 = PNBPM + (18.000 – 7.000) PNBPM = 111.000 Bruto em Líquido PNBPM = PNLPM + depreciação 111.000 = PNLPM + 5.000 PNLPM = 106.000 Preços de mercado em custo de fatores: PNLPM = PNLCF + II – Sub 106.000 = PNLCF + 25.000 – 3.000 PNLCF = 84.000

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GABARITO: C 30. (FCC - Analista Judiciário – Economia - TRT 4 - 2006) - Considere os dados abaixo das Contas Nacionais de um país (em R$ mil): Consumo das Administrações Públicas ............... 55.000 Exportações de bens e serviços........................... 35.200 Formação Bruta de Capital Fixo........................... 67.500 Produto Interno Bruto a preços de mercado......... 288.600 Consumo Pessoal ................................................ 148.000 Renda líquida enviada para o exterior.................. 10.800 Impostos indiretos ................................................ 20.000 Admitindo-se que a variação de estoques foi nula, as importações de bens e serviços (em R$ mil) foram a) 6.300 b) 17.100 c) 12.500 d) 26.300 e) 37.100 COMENTÁRIOS: PIBPM = C + (ΔE + FBKf) + G + X – M 288.600 = 148.000 + 0 + 67.500 + 55.000 + 35.200 – M M = 17.100 GABARITO: B 31. (FCC - Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP - 2006) - São dadas as seguintes informações sobre as Contas Nacionais de uma determinada economia: Importação de bens e serviços não fatores.............................. 85.000 Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes ....... 25.000 Consumo Final das famílias e das administrações públicas ......... 472.000 Poupança Bruta Interna..........................................................94.000 Produto Interno Bruto .......................................................... 604.000 Variação de Estoques .............................................................10.000 Sabendo-se que não houve transferências de capital entre o país e o exterior, o valor da Formação Bruta de Capital Fixo dessa economia corresponde a a) 84.000 b) 98.000 c) 109.000 d) 119.000

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Poupança  interna  ou  

Poupança  bruta  

e) 132.000 COMENTÁRIOS: Em primeiro lugar, o enunciado da questão comete um erro conceitual grave. Ele diz que não houve transferências de capital18 entre o país e o exterior (SEXT=0), mas, ao mesmo tempo, diz que o déficit do BP em transações correntes é igual 25.000 (SEXT = -TC = 25.000). As bancas também erram e, para resolvermos esta questão, devemos adotar SEXT=25.000. A questão pede o valor da FBKf. Ela pode ser encontrada na fórmula do PIBPM: PIBPM = Cfinal + ΔE + FBKF + X – M 604.000 = 472.000 + 10.000 + FBKF + (X – 85.000) .... opa!!! ... por aí, vai ficar muito longo, pois não temos o valor das exportações (X). Existe um caminho melhor, este aqui embaixo: Vamos nos valer da informação de que SEXT=25.000 e da identidade entre S=I:

S = I ΔE + FBkf = SPRIV + SGOV + SEXT

10.000 + FBKf = 94.000 + 25.000 FBKF = 109.000

GABARITO: C 32. (FCC – Analista BACEN – Área III – 2006) - Foram extraídos os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil de 2003, em milhões de reais (R$ 1.000.000,00): Despesas de consumo final 1.192.613 Saldo externo de bens e serviços 56.078 Produto Interno Bruto 1.556.182 Poupança Bruta 317.172                                                                                                                          18  Quando  se  fala  em  transferências  correntes,  isto  quer  dizer  as  TU  da  fórmula  da  poupança  externa  (SEXT).   Quando   se   fala   em   transferências   de   capital,   isto   quer   dizer   a   própria   poupança   externa.  Quando   temos   poupança   externa   positiva,   há   transferências   de   capital   enviadas.   Quando   temos  poupança  externa  recebida,  há  transferências  de  capital  recebidas.  

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Poupança  interna  ou  

Poupança  bruta  

 

Transferências correntes recebidas liquidamente do exterior 8.753 Formação Bruta de Capital Fixo 276.741 Variação de Estoques 30.750 Logo, a Renda Nacional Bruta da economia brasileira nesse ano correspondeu, em milhões de reais, a a) 1.444.954 b) 1.501.032 c) 1.509.785 d) 1.518.538 e) 1.574.616 COMENTÁRIOS: Antes de resolver, algumas “traduções”: - saldo externo de bens e serviços: (X – M) - transferências correntes recebidas liquidamente do exterior: são as TU da fórmula da SEXT A questão quer o valor da renda nacional bruta (RNBPM). Ao mesmo tempo, nos deu o valor do PIBPM. Então, PIBPM = RNBPM + RLEE 1.556.182 = RNBPM + RLEE (1) Temos que encontrar o valor de RLEE para acharmos a RNBPM. Façamos a fórmula da SEXT: SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU SEXT = -56.078 + RLEE – 8.753 SEXT = RLEE – 64.831 (2) Agora, precisaremos do valor da SEXT. Faremos pela identidade entre poupança e investimento:

S = I ΔE + FBkf = SPRIV + SGOV + SEXT

30.750 + 276.741 = 317.172 + SEXT SEXT = -9.681

Substituindo em (2), temos:

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SEXT = RLEE – 64.831 -9.681 = RLEE – 64.831 RLEE = 55.150 Substituindo o valor de RLEE em (1), temos: 1.556.182 = RNBPM + RLEE 1.556.182 = RNBPM + 55.150 RNBPM = 1.501.032 GABARITO: B 33. (FCC – Economista – CEAL - 2005) - Dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, no ano de 2000 (em milhões de reais): - Consumo Intermediário ................................. 1 020 019 - Despesa de Consumo Final .......................... 880 655 - Variação de Estoque ..................................... 24 871 - Formação Bruta de Capital Fixo .................. 212 384 - Produto Interno Bruto .................................... 1 101 255 A partir dessas informações, pode-se deduzir que as importações de bens e serviços foram superiores às exportações de bens e serviços em (milhões de reais): a) 35 419 b) 24 871 c) 21 875 d) 18 764 e) 16 655 COMENTÁRIOS: A questão quer saber o valor de (M – X). Esta expressão existe com sinal contrário na expressão do PIB: PIB = Cfinal + ΔE + FBKf + (X – M) 1.101.255 = 880.655 + 24.871 + 212.384 + (X – M) (X – M) = -16.655 A questão quer saber o excesso de importações sobre as exportações. Então, invertendo o sinal de (X – M), temos: (M – X) = 16.655 GABARITO: E 34. (FCC – Economista – CEAL - 2005) - Em economia, o termo investimento significa

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a) aplicação financeira de curto prazo. b) capital empregado na abertura de uma empresa. c) aplicação financeira de longo prazo. d) o aumento do estoque de capital físico da sociedade. e) compra de bens de capital usados. COMENTÁRIOS: Em Economia, investimento não tem muita relação com aquilo que estamos acostumados em nossas vidas “reais”. Assim, não quer dizer compra de imóveis, aplicações financeiras, etc. Em economia, investimento significa o aumento do estoque de capital da sociedade. GABARITO: D 35. (FCC - Auditor – TCE/PI - 2005) - A diferença entre os valores do Produto Interno Bruto e do Produto Nacional Bruto é devida a) à depreciação. b) aos impostos diretos. c) aos impostos indiretos. d) à renda líquida enviada ou recebida do exterior. e) aos subsídios. COMENTÁRIOS: Questão bastante simples! PIB = PNB + RLEE Assim, a diferença se deve à renda líquida enviada ou recebida do exterior (uma vez que RLEE=-RLRE). GABARITO: D 36. (FCC - Auditor Fiscal – SEFAZ/BA - 2004) - As seguintes informações foram extraídas das Contas Nacionais do Brasil de 2001, compiladas pela Fundação IBGE (dados em R$ milhões): - Consumo intermediário 1 157 036 - Despesa de consumo final 957 836 - Formação bruta de capital fixo 233 376 - Variação de estoques 20 750 - Exportação de bens e serviços 158 501 - Importação de bens e serviços 170 403 Pode-se concluir que o Produto Interno Bruto do Brasil equivaleu, em milhões de reais, naquele ano, a:

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a) 2 357 096 b) 2 114 872 c) 1 540 866 d) 1 200 060 e) 1 091 212 COMENTÁRIOS: PIBPM = Cfinal + ΔE + FBKf + X – M PIB = 957.836 + 20.750 + 233.376 + 158.501 – 170.403 PIB = 1.200.060 GABARITO: D 37. (FCC - APOFP/SP – 2010) Os impostos indiretos líquidos de subsídios concedidos ao setor privado são agregados econômicos que diferenciam os conceitos de (A) PIB a preços de mercado e PIB a custo de fatores. (B) PIL a custo de fatores e PNB a preços de mercado. (C) PIB a custo de fatores e PNL a preços de mercado. (D) PNB a preços de mercado e Renda Pessoal Disponível. (E) PNB a preços de mercado e PNL a preços de mercado. COMENTÁRIOS: Impostos indiretos líquidos de subsídios = II – Sub Esta expressão acima difere somente o conceito de preços de mercado e custo de fatores. Assim, está correta a assertiva A. As outras assertivas estão erradas pois fazem conversões além de PM e CF. por exemplo, a assertiva B diz que (II – Sub) diferencia o conceito de líquido de bruto; a assertiva C diz que (II – Sub) diferencia o conceito interno de nacional (o mesmo ocorre nas alternativas D e E). GABARITO: A 38. (FCC - APOFP/SP – 2010) Em uma economia hipotética, há o registro dos seguintes agregados macroeconômicos, expressos em milhões de unidades monetárias: PIB a preços de mercado: 2.700 PNB a preços de mercado: 2.200 Formação Bruta de Capital Fixo: 400 Variação de Estoques: 100 Consumo Final das Famílias e das Administrações Públicas: 2.300 Renda Líquida dos Fatores de Produção enviada ao exterior: 500

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O saldo da balança comercial desse país, em milhões de unidades monetárias, é (A) positivo em 100. (B) negativo em 100. (C) positivo em 600. (D) negativo em 600. (E) equilibrado. COMENTÁRIOS: PIBPM = CFINAL + I + X – M (onde CFINAL = C + G e I = FBKF + ΔE) 2700 = 2300 + 400 + 100 + X – M X – M = -100 O saldo (X – M) representa o saldo líquido das exportações e importações de bens de serviços. A balança comercial (veremos melhor na aula 14) representa o saldo líquido das exportações e importações somente de bens. Como não foi falado nada a respeito do saldo das transações de serviços, consideramos igual a 0. Assim, neste caso, consideramos (X – M) igual ao saldo da balança comercial, fazendo com que a única alternativa possível de ser correta seja a letra B, onde (X – M)=-100 GABARITO: B 39. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA - 2009) Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final .......................................... 1.903.679 Variação de Estoques ......................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo......................................... 389.328 Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778 O Produto Interno Bruto do Brasil naquele ano correspondeu, em milhões de reais, a a) 2.232.241 b) 2.353.773 c) 2.369.797 d) 2.371.151 e) 2.379.163 COMENTÁRIOS: Podemos calcular o PIB sob a ótica da despesa: PIBPM = C + I + G + X – M Onde, C + G = Despesa de consumo final = 1.903.679 FBKf + ΔE = I = 389.328 + 8.012 = 397.340

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(X – M) = saldo externo de bens e serviços = 68.778 Sendo assim, PIBPM = 1.903.679 + 397.340 + 68.778 PIBPM = 2.369.797 GABARITO: C 40. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA - 2009) Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final............................................ 1.903.679 Variação de Estoques ........................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328 Renda Nacional Bruta.................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778 A Renda Disponível Bruta do Brasil, naquele ano, equivaleu, em milhões de reais, a a) 2.311.211. b) 2.312.565. c) 2.313.211. d) 2.318.768. e) 2.320.577. COMENTÁRIOS: RNDB = RNBPM +/- transferências correntes recebidas do exterior (como são transferências recebidas, usaremos o sinal positivo, pois elas aumentam a RNDB) RDNB = 2.311.211 + 9.366 = 2.320.577 GABARITO: E 41. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA - 2009) Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final............................................. 1.903.679 Variação de Estoques ........................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328 Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)........................ 68.778

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A Poupança Bruta do Brasil naquele ano foi, em milhões de reais, igual a a) 399.520. b) 407.532. c) 408.886. d) 416.898. e) 418.252. COMENTÁRIOS: Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL (o valor da RNDB é o encontrado na questão 44) Poupança bruta do Brasil = 2.320.577 – 1.903.679 = 416.898 GABARITO: D 42. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA - 2009) Dados extraídos do Sistema de Contas Nacionais de uma economia hipotética em um determinado ano: Arrecadação tributária do Governo .................................. 260.000 Produto Interno Líquido a preços de mercado ............... 1.000.000 Transferências do Governo ao Setor Privado ..................... 40.000 Depreciação ...................................................................... 25.000 Subsídios do Governo ao Setor Privado ............................. 15.000 Impostos Diretos............................................................... 30.000 A carga tributária líquida da economia correspondeu a: Observação: Despreze os algarismos a partir da segunda casa decimal. a) 26,00% b) 25,36% c) 21,46% d) 20,00% e) 19,83% COMENTÁRIOS:

𝐶𝑇𝐿   𝑒𝑚  % =  Receita  tributária  do  governo− Transferências− Subsídios

PIBpm  (1)

A receita tributária do governo foi dada e vale 260.000; As transferências valem 40.000 Os subsídios valem 15.000 No entanto, ainda não temos o PIBPM. Temos que transformar o PILPM, que vale 1.000.000, em PIBPM. Para isso, basta somarmos a depreciação, que vale 25.000; então: PILPM = PIBPM – depreciação

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1.000.000 = PIBPM – 25.000 PIBPM = 1.025.000 Colocando os valores em (1):

𝐶𝑇𝐿   𝑒𝑚  % =  260.000− 40.000− 15.000

1.025.000 =  205.0001.025.000 =  0,2 = 20%

GABARITO: D 43. (FCC - AUDITOR TCE/AL – 2008) Um país recebe liquidamente rendas do exterior. Neste caso, o(a): a) PIB do país e seu PNB são iguais. b) PIB do país é inferior a seu PNB. c) país tem necessariamente superavit comercial no seu Balanço de Pagamentos. d) país está em expansão econômica e atraindo investimentos externos. e) taxa de juros doméstica é muito baixa. COMENTÁRIOS: Se um país recebe liquidamente rendas do exterior, a RLEE (REE – RRE) é negativa pois RRE > REE. Assim, PIB = PNB + (-RLEE) PNB = PIB – (+RLEE) Pela expressão acima, percebemos que, neste caso, em que RLEE possui saldo negativo, o PNB será maior que o PIB. OBS: os assuntos tratados nas alternativas C, D e E serão abordados em outras aulas de nosso curso. GABARITO: B 44. (FCC - ANALISTA TRAINEE – ECONOMIA – METRO/SP – 2008) Produto Interno Bruto a preços de mercado.....................800.000 Depreciação do estoque de capital ....................................20.000 Impostos diretos ..............................................................70.000 Renda líquida enviada para o exterior............................15.000 Impostos indiretos ......................................................130.000 Transferências do Governo às famílias...........................30.000 Subsídios........................................................................10.000 Lucros retidos pelas empresas........................................75.000 O valor correspondente à renda nacional (ou Produto Nacional Líquido a custo de fatores) é de a) 645.000 b) 660.000

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c) 665.000 d) 695.000 e) 705.000 COMENTÁRIOS: Veja que a banca foi camarada, ela já disse que renda nacional = PNLCF

Foi dado o valor do PIBPM. Assim, devemos transformá-lo em PNLCF. Vamos às conversões, por partes: Interno Nacional: PIBPM = PNBPM + RLEE 800.000 = PNBPM + 15.000 PNBPM = 785.000 Bruto Líquido PNLPM = PNBPM – dep PNLPM = 785.000 – 20.000 PNLPM = 765.000 Preços de mercado custos de fatores PNLPM = PNLCF + II – Sub 765.000 = PNLCF + 130.000 – 10.000 PNLCF = 645.000 GABARITO: A 45. (FCC - ANALISTA TRAINEE – ECONOMIA – METRO/SP – 2008) Produto Interno Bruto a preços de mercado.....................800.000 Depreciação do estoque de capital ....................................20.000 Impostos diretos ...............................................................70.000 Renda líquida enviada para o exterior................................15.000 Impostos indiretos ...........................................................130.000 Transferências do Governo às famílias...............................30.000 Subsídios............................................................................10.000 Lucros retidos pelas empresas............................................75.000 A renda pessoal disponível nessa economia é de a) 540.000 b) 530.000 c) 500.000 d) 495.000 e) 490.000 COMENTÁRIOS: RPD = Renda nacional – lucros retidos – impostos diretos + transf às fam A renda nacional já foi calculada na questão 44. Assim:

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RPD = 645.000 – 75.000 – 70.000 + 30.000 RPD = 530.000 GABARITO: B 46. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA -2009) Para se obter o valor da Renda Pessoal Disponível de uma economia, é necessário, entre outros cálculos, adicionar à Renda Nacional o valor a) dos impostos diretos. b) das transferências unilaterais do Governo ao setor privado. c) da renda líquida enviada ao exterior. d) dos subsídios concedidos pelo Governo ao setor privado. e) dos lucros retidos pelas empresas. COMENTÁRIOS: RPD = Renda nacional – lucros retidos – impostos diretos + transf às fam Ou seja, adiciona-se as transferências do governo às famílias. A opção mais correta é letra B. Digo mais correta porque não é inteiramente correto falar em transferências do governo ao setor privado, pois as transferências do governo às empresas (que fazem parte do item transferências do governo ao setor privado) não devem ser adicionadas à renda nacional no cálculo da RPD. No entanto, a assertiva B é a mais correta e deve ser assinalada. GABARITO: B 47. (FCC - ANALISTA TRAINEE – ECONOMIA – METRO/SP – 2008) Produto Interno Bruto a preços de mercado.....................800.000 Depreciação do estoque de capital ....................................20.000 Impostos diretos ...............................................................70.000 Renda líquida enviada para o exterior................................15.000 Impostos indiretos ...........................................................130.000 Transferências do Governo às famílias...............................30.000 Subsídios............................................................................10.000 Lucros retidos pelas empresas............................................75.000 A carga tributária bruta e a líquida, em percentagem, são, respectivamente (desprezando os algarismos a partir da segunda casa decimal depois da vírgula) de a) 31,0% e 24,8%. b) 29,4% e 23,5%. c) 28,3% e 22,6%. d) 25,0% e 20,0%. e) 24,3% e 19,5%.

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COMENTÁRIOS:

𝐶𝑇𝐵   𝑒𝑚  % =  Receita  tributária  do  governo

PIBpm =  70.000+ 130.000

800.000 = 0,25 = 25%

𝐶𝑇𝐿   𝑒𝑚  % =  Receita  tributária  do  governo− Transferências− Subsídios

PIBpm

=  70.000+ 130.000− 30.000− 10.000

800.000 = 0,2 = 20%

GABARITO: D 48. (ESAF – ANALISTA SUSEP – 2010) – Em relação ao conceito de Produto Interno Bruto (PIB), é incorreto afirmar que: a) quanto maior o PIB, maior o valor da remuneração dos fatores de produção. b) o valor nominal do PIB não depende da taxa de inflação do país. c) quanto maior for o consumo das famílias, maior será o PIB do país. d) o PIB pode ser maior ou menor do que a Renda Nacional Bruta. e) a dívida pública de um país não pode ser maior do que o PIB desse país. COMENTÁRIOS: a) Correta. O valor da remuneração dos fatores de produção corresponde ao conceito de renda. Como sabemos que, de modo geral, o produto é igual à renda, então, quanto maior o produto, maior a renda, e vice-versa. b) Incorreta. Nós veremos esse assunto na próxima aula, mas saiba de antemão que o valor nominal do PIB depende sim da inflação. Quem não depende da inflação é o valor real do PIB. c) Correta. PIB = C + I + G + X – M. Logo, quanto maior o C, maior o PIB. d) Correta. O PIB pode ser maior ou menor que a RNB, basta, para isso, que a RLEE não seja igual a zero. e) Incorreta. Não há nada que impeça que a dívida pública seja maior que seu PIB. É algo que não é aconselhável, mas pode acontecer. Aliás, de fato, muitos países (ricos) possuem a dívida pública maior que o PIB. Temos como exemplo o Japão e a Itália, que possuem dívidas maiores que seus PIBs. GABARITO: Anulada (as alternativas B e E estão incorretas)

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49. (ESAF - APO/MPOG – 2010) A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui: a) o valor das importações. b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras. c) o saldo da balança comercial do país. d) o valor da renda líquida de fatores externos. e) o valor das exportações. COMENTÁRIOS: Devemos focar a resposta na diferença entre os conceitos apresentados no enunciado. Segue a diferença entre os conceitos nacional e interno, que é a única que existe entre os agregados RNB e RIB: RIB = RNB + RLEE ou RIB = RNB – RLRE (afinal, RLEE = -RLRE) Pela primeira expressão, verificamos que a RIB inclui a renda líquida enviada ao exterior (pois somamos o valor de RLEE). Pela segunda expressão, observamos que a RIB não inclui o valor da renda líquida recebida do exterior (pois estamos subtraindo o valor de RLRE). Como RLRE tem o mesmo significado que RLFE (renda líquida de fatores externos), podemos entender que a letra D está correta. GABARITO: D 50. (ESAF - Analista SEFAZ/SEP-SP – 2009) - O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que: a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado. b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques.

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c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor privado. d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de Poupança Externa (Se). e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado período de tempo. COMENTÁRIOS: a) Incorreta. Renda Nacional = Renda Nacional Líquida a custo de fatores = Produto Nacional líquido a custo de fatores b) Correto. I = FBKF + ΔE c) Correto. Este conceito, propositadamente, não foi passado na aula pois não observei nenhuma questão de prova em que ele fosse necessário ao acerto da questão. De qualquer forma, segue o conceito: Renda disponível do setor público = II + ID – trans – sub d) Sext = (M – X) + RLEE +/- TU Se considerarmos TU igual a zero e fizermos um “jogo de sinal” na expressão, ela ficará assim: Sext = RLEE – (X – M) Do jeito que está acima, fica fácil perceber que a assertiva é correta. e) correto. GABARITO: A 51. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009) Considerando os conceitos básicos e as identidades fundamentais utilizados na análise macroeconômica, é incorreto afirmar que: a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não nulo, a poupança interna pode ser maior ou menor do que os investimentos totais da economia. b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao exterior, então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto Nacional Bruto. c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país. d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em um aumento na renda real da economia. e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de sua arrecadação tributária.

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COMENTÁRIOS: a) correto. Se o saldo em transações correntes (T) é não nulo, isto quer dizer que Sext ≠ 0, uma vez que –T = Sext. A poupança interna quer dizer Sp + Sg. Se I = S ou I = Sp + Sg + Sext e Sext ≠ 0, então I pode ser maior ou menor que Sp + Sg (poupança interna). Se Sext > 0, então poupança interna < I; se Sext < 0, então poupança interna > I. Veja que a questão é mera manipulação algébrica. b) correto. PIB = PNB + RLEE e RLEE = REE – RRE. Se a renda recebida do exterior (RRE) é maior que a renda enviada ao exterior (REE), então RLEE é negativa, ou seja, PIB = PNB + (-RLEE) PNB = PIB + RLEE. Neste caso, o PIB será menor que o PNB. c) correto. De fato, muitos países de primeiro mundo têm a sua dívida pública maior que o PIB (não é o caso do Brasil). d) correto. Veremos na próxima aula. e) incorreto. Este é um assunto mais relacionado a tema de Finanças Públicas, mas é perfeitamente viável que um país gaste mais do que arrecade. Neste caso, ele adotará medidas para financiar os gastos (irá aumentar o endividamento, emitir moeda, etc). GABARITO: E 52. (ESAF - AFRFB – 2009) Considere as seguintes informações extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades monetárias: Poupança privada: 300 Investimento privado: 200 Poupança externa: 100 Investimento público: 300 Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do governo foi: a) de 200 e o superávit público foi de 100. b) de 100 e o déficit público foi de 200. c) negativa e o déficit público foi nulo. d) de 100 e o superávit público foi de 200. e) igual ao déficit público. COMENTÁRIOS: Questão bastante simples, desde que o candidato soubesse a fórmula do Déficit Público e soubesse que o investimento é igual à poupança: (1) DP = (Poup. Privada – Invest. Privado) + Poup. Externa (2) I = S Ig + Ip = Sp + Sg + Sext

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(1) DP = (300 – 200) + 100 = 200 (2) 300 + 200 = 300 + Sg + 100 Sg = 100 GABARITO: B 53. (ESAF - AFC/STN – 2005) Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto afirmar que: a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto agregado a custo de fatores. b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”. c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma queda do produto agregado real. d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da economia. e) o produto interno produto pode ser menor que o produto nacional produto. COMENTÁRIOS: Normalmente o PIBpm é maior que o PIBcf, pois os impostos indiretos, em regra, são maiores que os subsídios. No entanto, pode haver situações em que os subsídios à produção podem exceder os impostos indiretos (sobre a produção), neste caso o PIBcf será maior que o PIBpm. A assertiva A está errada devido à palavra necessariamente, incorretamente empregada. Nota na próxima aula, veremos por que a alternativa C está correta. GABARITO: A 54. (CESGRANRIO - ANALISTA BACEN - 2010) O Produto Interno Bruto de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto Nacional Bruto, no mesmo ano, se a(o) a) entrada de poupança externa for elevada. b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações. c) renda líquida recebida do exterior for positiva. d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar. e) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo. COMENTÁRIOS: PIB = PNB + RLEE Se o PIB < PNB, entao, necessariamente, RLEE será negativa. Como RLEE = REE – RRE, então, se RLEE é negativa, RLRE é positiva. Quando REE > RRE, temos RLEE positiva. Por outro lado, quando RRE > REE, temos RLRE positiva (que é o mesmo que dizer que a RLEE é negativa). GABARITO: C

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55. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) O Produto Interno Bruto (PIB) de um país a) exclui as mercadorias exportadas. b) inclui as mercadorias importadas. c) é uma medida de sua riqueza material. d) é invariavelmente crescente com o tempo. e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB). COMENTÁRIOS: O PIB, pela ótica da despesa, é igual PIB = C + I + G + X – M. Pela expressão, percebemos que ele inclui as exportações (X) e exclui as importações (M). Incorretas, portanto, as assertivas A e B. A assertiva D está incorreta pois nem sempre o PIB cresce, vide a crise financeira de 2008, em que muitos países tiveram retração (crescimento negativo) do PIB. No Brasil, só foi verificado crescimento negativo no 1º trimestre de 2009. PIB = PNB + RLEE Se RLEE < 0, neste caso, o PNB > PIB. Então, veja que a assertiva E está incorreta pelo uso da palavra sempre. A assertiva C está correta, pois o PIB é justamente a medida de riqueza material. Ele não mede bem-estar, educação, saúde ou felicidade, mas apenas a riqueza material. GABARITO: C 56. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) Um país recebe poupança externa quando a) acumula reservas de divisas internacionais. b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de pagamentos. c) exporta mais do que importa ( balanço comercial superavitário ). d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva. e) o investimento direto do exterior é vultoso. COMENTÁRIOS: SEXT = saldo negativo do balanço de pagamentos em transações correntes Assim, a assertiva B está correta. Vale ressaltar que as assertivas A, C, D e E tratam de situações em que o país recebe dinheiro do resto do mundo, ou seja, a poupança do resto do mundo (poupança do resto do mundo) diminui nestes casos. GABARITO: B

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57. (FUNIVERSA – ECONOMISTA – TERRACAP – 2010) - Considere uma economia hipotética com os seguintes dados, expressos em unidades monetárias: • Produto nacional líquido 1.650 • Depreciação 200 • Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente -100 • Transferências unilaterais correntes 0 • Exportações de bens e serviços não fatores 200 • Importações de bens e serviços não fatores 400 • Impostos indiretos 300 • Subsídios 80 • Investimento do governo 100 • Impostos diretos 250 Com base na tabela acima, assinale a alternativa correta. (A) A poupança interna é maior que o investimento. (B) A absorção interna é igual a 2.000. (C) A renda líquida enviada ao exterior é igual a 50. (D) O PIB é igual a 1.850. (E) A renda nacional é de 1.430. COMENTÁRIOS: Façamos a verificação por assertiva: a) Incorreta. Poupança interna = poupança privada + poupança do governo Investimento = variação de estoques + FGKf Também sabemos que:

Investimento = poupança I = SINT + SEXT

A poupança externa é igual ao saldo ao contrário do balanço de pagamento em transações correntes: SEXT = -T Como o saldo em conta corrente é -100, então, SEXT=-(-100)=100. Se SEXT=100, então, obrigatoriamente, sabemos que SINT<I. b) Incorreta. AI = C + I + G Não temos o valor de C, nem de I, nem de G ...rsr!

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Mas sabemos que: PIBPM = (C + I + G) + X – M PIBPM = AI + X – M (1) Nós temos o PNL (neste caso, quando não se fala nada em relação à distinção entre “preços de mercado” e “custo de fatores”, e temos o agregado produto, estamos falando do PNLPM). PNLPM = 1650 Transformando o PNLPM em PILPM (nacional em interno), temos: PILPM = PNLPM + RLEE (2) (também não temos a RLEE) Mas temos a SEXT (que é igual a 100): SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU 100 = 400 – 200 + RLEE + 0 RLEE = -100 (substituindo na expressão 2): PILPM = 1650 - 100 PILPM = 1550 Transformando o PILPM em PIBPM (o líquido em bruto), temos: PIBPM = PILPM + dep PIBPM = 1750 Substituindo na expressão (1): 1750 = AI + 200 – 400 AI = 1950 c) Incorreta. Renda líquida enviada ao exterior é -100, conforme os cálculos realizados na assertiva B (ou seja, a renda líquida recebida do exterior é +100). d) Incorreta. Conforme os cálculos realizados na assertiva B, o PIB é igual a 1750. e) Correta. Renda nacional = RNLCF

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Nós temos o PNL=PNLPM=1650 Temos que transformar “preços de mercado” em “custo de fatores”: PNLPM = PNLCF + II – Sub 1650 = PNLCF + 300 – 80 PNLCF = 1430 Como PNLCF = RNLCF = Renda Nacional, então: Renda Nacional = 1430 GABARITO: E

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

01. (ESAF - AFRFB – 2005) - Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais – conta de bens e serviços – que segue a metodologia adotada atualmente no Brasil (em unidades monetárias): Produção total: 1.323; Importação de bens e serviços: 69; Impostos sobre produtos: 84; Consumo final: 630; Formação bruta de capital fixo: 150; Variação de estoques: 12; Exportações de bens e serviços: 56. Com base nessas informações, o consumo intermediário dessa economia foi a) 700 b) 600 c) 550 d) 650 e) 628 02. (ESAF - AFC/STN – 2008) Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: Consumo do Governo: 200 Transferências realizadas pelo Governo: 100 Subsídios: 20 Impostos Diretos: 300 Impostos Indiretos: 400 Outras Receitas Correntes do Governo: 120 Exportações de bens e serviços: 100 Importações de bens e serviços: 200 Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 Variação de Estoques: 100 Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900 c) 700 d) 750 e) 800 03. (FCC – ISS/SP – 2012) - Em uma economia, o valor do Produto Nacional Líquido foi maior que o do Produto Interno Bruto, ambos medidos a preços de mercado. Nessa economia, necessariamente, o valor

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a) dos impostos diretos foi superior ao da renda líquida recebida do exterior. b) da renda enviada para o exterior foi maior que o da recebida. c) da depreciação foi igual a zero, ou seja, o estoque de capital da economia não se desgastou no período. d) dos impostos indiretos líquidos dos subsídios foi superior ao da renda líquida enviada para o exterior. e) da renda líquida recebida do exterior foi superior ao da depreciação. 04. (FCC – ISS/SP – 2012) - Foram extraídos os seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do Brasil em um determinado ano-calendário: Consumo Final................................................... 2.666.752 Exportação de Bens e Serviços.............................. 355.653 Consumo Intermediário....................................... 2.686.362 Formação Bruta de Capital Fixo ............................ 585.317 Variação de Estoques (negativa) ............................. (7.471) Produto Interno Bruto a preços de mercado ......... 3.239.404 O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse mesmo ano, correspondeu a a) 351.479. b) 353.376. c) 380.457. d) 375.789. e) 360.847. 05. (FCC - Analista de Regulação – Economista – ARCE - 2012) - É correto afirmar: a) Se o Produto Interno Bruto é menor que o Produto Nacional Líquido, a renda recebida do exterior é menor que o valor da depreciação do estoque de capital fixo da economia. b) O Produto Nacional Líquido medido a preços de mercado é seguramente menor que o Produto Interno Bruto medido a custo de fatores de uma economia. c) O Produto Interno Bruto corresponde ao somatório do valor de produção de todos os bens e serviços de uma economia em determinado intervalo de tempo. d) Se o Produto Interno Líquido a preços de mercado é maior que o Produto Nacional Bruto a custo de fatores, então o valor dos impostos diretos líquidos de subsídios é maior que o valor da depreciação do estoque de capital fixo da economia.

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e) O Produto Nacional Líquido a custo de fatores corresponde à Renda Nacional de uma economia. 06. (FCC - Analista Ministerial – Economia – MPE/AP - 2012) - O Produto Nacional Bruto a custo de fatores corresponde à seguinte soma algébrica: a) Produto Interno Líquido a preços de mercado + Depreciação - Impostos Indiretos + Subsídios. b) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + Depreciação - Renda Líquida enviada para o exterior. c) Produto Interno Bruto a custo de fatores + Depreciação - Renda enviada para o exterior + Renda Recebida do exterior. d) Produto Nacional Líquido a custo de fatores + Depreciação - Renda enviada para o exterior + Renda Recebida do exterior. e) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + Depreciação - Impostos Indiretos + Subsídios. 07. (FCC - Analista Ministerial – Economia – MPE/AP - 2012) - O Produto Interno Bruto (PIB) de uma economia, numa determinada unidade de tempo, é igual ao somatório do valor de todos os bens a) intermediários fabricados pela economia. b) e serviços finais produzidos pela economia. c) e serviços fabricados pelo setor primário da economia. d) e serviços importados. e) e serviços produzidos pela economia. 08. (FCC - Analista Ministerial – Economia – MPE/AP - 2012) - Os dados abaixo, relativos ao ano de 2009 e expressos em milhões de reais, foram extraídos do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, elaborado pela Fundação IBGE. Despesa de consumo final ................................ 2.666.752 Formação Bruta de Capital ................................ 577.846 Exportação de Bens e Serviços........................... 355.653 Importação de Bens e Serviços ........................... 360.847 O Produto Interno Bruto da economia brasileira nesse mesmo ano foi, em milhões de reais, igual a a) 3.239.404 b) 3.601.251 c) 3.244.598 d) 3.254.986 e) 4.061.098

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09. (FCC - Analista Ministerial – Economia – MPE/AP - 2012) - O saldo da conta-corrente do balanço de pagamentos foi positivo em um determinado ano. Pode-se afirmar, com absoluta certeza, que, nesse mesmo ano a) as importações de bens e serviços foram superiores às exportações. b) houve entrada líquida de capitais externos do país. c) as reservas internacionais do país aumentaram nesse período. d) a poupança bruta interna do país foi superior à formação bruta de capital do país. e) o saldo da conta de capitais também foi positivo. 10. (FCC – Analista de Controle – Área Econômica – TCE/PR – 2011) - Os seguintes dados foram extraídos das Contas Nacionais de um país (em milhões de unidades monetárias): Importação de bens e serviços não fatores ......................... 1.750 Variação de estoques ....................................................... 250 Formação bruta de capital fixo.......................................... 2.300 Produto Interno Bruto, a preços de mercado ...................... 14.700 Exportação de bens e serviços não fatores .......................... 2.500 Impostos indiretos............................................................ 2.900 Subsídios ........................................................................ 380 O Consumo Final da Economia (das Famílias e da Administração Pública) nesse país correspondeu, em milhões de unidades monetárias, a (A) 11.020. (B) 11.400. (C) 11.650. (D) 14.300. (E) 13.920. 11. (FCC – Analista Superior – Economia – INFRAERO – 2011) - No ano de 2010, o PIB de um determinado país totalizou 2,55 trilhões de unidades monetárias e o PNB totalizou 2,35 trilhões de unidades monetárias, sendo ambos os agregados medidos a preços de mercado. Isso significa que, no período, foi de 200 milhões de unidades monetárias (A) a depreciação do estoque de capital. (B) o saldo comercial superavitário. (C) o saldo comercial deficitário. (D) a arrecadação de impostos indiretos, líquida de subsídios. (E) a renda líquida de fatores de produção enviada para o exterior.

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12. (FCC – Agente Técnico Legislativo – ALESP – 2010) - Em um determinado país, o PNB é superior ao PIB, ambos medidos a preços de mercado, quando (A) a renda líquida dos fatores externos de produção é positiva. (B) a renda líquida dos fatores externos de produção é negativa. (C) o saldo da balança comercial é positivo. (D) a variação das reservas internacionais é positiva. (E) o saldo da balança comercial é negativo. 13. (FCC – Analista – BAHIAGÁS – 2010) - Foram extraídos os seguintes dados das Contas Nacionais de uma economia: Consumo final 125.000 Variação de Estoques 10.000 Exportações de Bens e Serviços 30.000 Importações de Bens e Serviços 25.000 Formação Bruta de Capital Fixo 50.000 Produto Nacional Bruto a preços de mercado 195.000 Logo, pode-se concluir que houve, nessa economia: (A) Renda líquida enviada para o exterior no valor de 15.000. (B) Renda líquida recebida do exterior no valor de 5.000. (C) Renda líquida recebida do exterior no valor de 10.000. (D) Renda líquida enviada para o exterior no valor de 8.000. (E) Renda líquida recebida do exterior igual a zero. 14. (FCC – Economista – COPERGÁS – 2011) - Em um determinado país foram apurados os seguintes agregados macroeconômicos no ano de 2010: Consumo das Famílias: ........................................... $ 1.200 milhões Investimentos Totais: ............................................. $ 250 milhões Consumo do Governo:............................................. $ 550 milhões Export. Bens e Serviços que não são Fatores de Produção: $ 800 milhões Import. Bens e Serviços que não são Fatores de Produção: $ 650 milhões Renda Líquida Recebida do Exterior: .............................. $ 50 milhões Depreciação do Estoque de Capital: .............................. $ 150 milhões Impostos Diretos: ...................................................... $ 100 milhões Impostos Indiretos: .................................................... $ 350 milhões Subsídios: ................................................................. $ 50 milhões Para este país, o PIB medido a custo de fatores foi de (A) $ 2.000 milhões. (B) $ 2.150 milhões. (C) $ 2.200 milhões. (D) $ 1.850 milhões. (E) $ 1.750 milhões.

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15. (FCC – Analista Superior II – Economista – INFRAERO – 2009) - Em uma determinada economia, o Produto Nacional Líquido a preços de mercado é maior que o Produto Interno Bruto a preços de mercado. Isso ocorre nessa economia porque o valor (A) da renda líquida enviada para o exterior é maior que o da depreciação. (B) da renda líquida recebida do exterior é maior que o dos impostos líquidos de subsídios. (C) da depreciação é maior que o da renda líquida enviada para o exterior. (D) da renda líquida recebida do exterior é maior que o da depreciação. (E) dos impostos diretos líquidos de subsídios é maior que o da depreciação. 16. (FCC – Analista Trainee – Economia – METRO/SP – 2010) - Uma economia apresentou os seguintes dados obtidos em seu sistema de Contas Nacionais relativos a um determinado ano, expressos em unidades monetárias: Produto Nacional Líquido a custo de fatores............................. 3.000 Depreciação ....................................................................... 400 Renda Líquida recebida do exterior ........................................ 100 Impostos Indiretos ............................................................... 800 Impostos Diretos................................................................... 600 Subsídios............................................................................. 150 Transferências do Governo ao setor privado ............................. 50 Déficit do Balanço de Pagamentos, em conta corrente................ 350 Nesse ano, o valor do Produto Interno Bruto dessa economia, em unidades monetárias, foi igual a (A) 4.150. (B) 3.950. (C) 3.550. (D) 3.600. (E) 3.850. 17. (FCC – Analista Trainee – Economia – METRO/SP – 2010) - Dados de uma economia hipotética, em unidades monetárias: Produto interno líquido a preços de mercado...................... 40.000 Tributos indiretos .......................................................... 15.000 Subsídios........................................................................ 2.000 Depreciação do capital fixo.............................................. 10.000 Renda líquida enviada ao exterior ..................................... 6.000

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Transferências do Governo ao setor privado ....................... 5.000 Tributos Diretos .............................................................. 8.000 A carga tributária bruta e a carga tributária líquida, tomando-se como denominador o Produto Interno Bruto a preços de mercado, são, respectivamente, iguais a (A) 57,5% e 40%. (B) 50% e 34,9%. (C) 50% e 40%. (D) 46% e 32%. (E) 40% e 32%. 18. (FCC – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – SEFIN/RO – 2010) - É correto afirmar que (A) o PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de capital físico da economia. (B) a diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua carga tributária líquida. (C) a Renda Nacional de uma economia é obtida a partir de seu PIB a preços de mercado, deduzidos a depreciação do estoque de capital, a renda líquida enviada para o exterior, e os impostos indiretos líquidos dos subsídios. (D) a Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu PIB medido a custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e sua variação de estoques e adicionada a carga tributária bruta. (E) a Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional, deduzidos os impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras receitas correntes do Governo e os lucros não distribuídos pelas empresas. 19. (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/RO – 2010) - Considere as seguintes informações sobre as contas nacionais de um país em determinado ano. (Valores em milhões de unidades monetárias) Produto Nacional Líquido a custo dos fatores .......................... 950 Depreciação anual do estoque de capital................................. 70 Renda líquida recebida do exterior.......................................... 100 Impostos indiretos............................................................... 180 Subsídios ........................................................................... 20 O Produto Interno Bruto dessa economia a preços de mercado corresponderá, nesse ano, em milhões de unidades monetárias, a (A) 1.080.

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(B) 1.020. (C) 1.010. (D) 1.100. (E) 980. 20. (FCC – Economista – DNOCS – 2010) - Dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, no ano de 2006 (em milhões de reais): - Consumo Intermediário 2.087.032 - Despesa de Consumo Final 1.903.679 - Variação de Estoque 8.012 - Formação Bruta de Capital Fixo 389.328 - Produto Interno Bruto 2.369.797 Com tais informações, é correto deduzir que, naquele ano, as exportações de bens e serviços foram superiores às importações de bens e serviços, em milhões de reais, em (A) 183.353. (B) 60.766. (C) 68.778. (D) 76.790. (E) 53.998. 21. (FCC – Economista – SERGÁS – 2010) - Uma economia hipotética apresenta os seguintes agregados: Exportação de bens e serviços ................................................. 500 Consumo Final das Famílias e das Administrações Públicas .......... 2.700 Formação Bruta de Capital Fixo................................................. 600 Importação de Bens e Serviços ................................................ 400 Variação de Estoques .............................................................. 100 Déficit do Balanço de Pagamentos em Conta Corrente .................. 300 O valor do PIBpm dessa economia é (A) 3.200. (B) 3.500. (C) 3.800. (D) 3.400. (E) 3.100. 22. (FCC - Analista do Judiciário – Economia – TJ/PA - 2009) - Em um sistema de contas nacionais, se a receita fiscal corrente for superior aos gastos correntes do Governo em um determinado ano, pode-se afirmar que a) a Conta de Transações com o exterior apresentará saldo superavitário. b) a Poupança Bruta do país foi positiva. c) a Poupança Corrente do Governo foi positiva.

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d) o PIB do país será menor que no ano anterior. e) o orçamento total do governo, incluindo as despesas correntes e de capital, será superavitário. 23. (FCC - Analista do Judiciário – Economia – TJ/PA - 2009) - A diferença de valor entre o Produto Nacional Líquido a preços de mercado e a Renda Nacional a custo de fatores corresponde ao montante, em valor absoluto, a) dos impostos indiretos menos os subsídios concedidos pelo Governo ao setor privado. b) da renda enviada para o exterior menos a renda recebida do exterior. c) da depreciação do estoque de capital fixo da economia. d) das exportações menos as importações. e) dos impostos diretos menos as transferências unilaterais do Governo ao setor privado. 24. (FCC - Auditor TCE/AL - 2008) - O agregado macroeconômico que mede a produção de um país, seja esta produção realizada com fatores de produção de residentes no país ou residentes no exterior, mas que estejam em território nacional, da qual se deduz a depreciação do estoque de capital, mas se computa o valor dos impostos indiretos, é o a) Produto Nacional Bruto a preços de mercado. b) Produto Interno Bruto a custo de fatores. c) Produto Interno Líquido a preços de mercado. d) Produto Interno Líquido a custo de fatores. e) Produto Nacional Líquido a custo de fatores. 25. (FCC – Técnico de Controle Externo – TCE/MG – 2007) - Considere os seguintes dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativos ao ano de 2003 e expressos em milhões de reais: Consumo final 1192613 Variação de estoques 30750 Formação Bruta de Capital Fixo 276741 Renda líquida enviada para o exterior 55150 Transferências correntes recebidas do exterior 8753 Produto Interno Bruto 1556182 O superávit do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes do Brasil foi, nesse ano, em milhões de reais, de a) 63903 b) 56078 c) 55150 d) 9681 e) 928

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26. (FCC – Analista – Economia – MPU - 2007) – Dados para as questões 26 e 27: Importações de bens e serviços não fatores ........... 1.700 Consumo final......................................................... 6.900 Variação de estoques.............................................. 900 Formação bruta de capital fixo................................. 2.800 Renda líquida recebida do exterior .......................... 100 Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes .............................................. 300 O valor das exportações de bens e serviços corresponde a a) 1.200 b) 1.300 c) 1.400 d) 1.500 e) 1.600 27. (FCC – Analista – Economia – MPU - 2007) Importações de bens e serviços não fatores ........... 1.700 Consumo final......................................................... 6.900 Variação de estoques.............................................. 900 Formação bruta de capital fixo................................. 2.800 Renda líquida recebida do exterior .......................... 100 Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes .............................................. 300 O Produto Interno Bruto dessa economia é a) 9.900 b) 10.000 c) 10.100 d) 10.200 e) 10.300 28. (FCC – Analista Ambiental – SEAMA – 2006) - Considere os dados abaixo para uma economia hipotética durante um ano qualquer. - Produto Interno Líquido a preços de mercado: ....... 5000 - Impostos indiretos: ............................................... 850 - Subsídios: ............................................................. 220 - Depreciação do capital fixo:................................... 320 - Renda líquida enviada ao exterior: ........................ 160 O produto nacional bruto a preços de mercado e o produto interno bruto a custos de fatores serão, respectivamente:

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a) 5160 e 4690 b) 5320 e 5160 c) 4690 e 5160 d) 5320 e 4690 e) 5160 e 5320 29. (FCC - Analista Judiciário – Economia - TRT 4 - 2006) - Considere os dados abaixo extraídos das Contas Nacionais de um determinado país (em R$ mil): Produto Interno Bruto a preços de mercado ........... 122.000 Depreciação do Capital Fixo ................................... 5.000 Renda enviada para o exterior ................................ 18.000 Renda recebida do exterior ..................................... 7.000 Impostos Indiretos................................................... 25.000 Impostos Diretos ..................................................... 8.000 Subsídios ................................................................ 3.000 A Renda Nacional desse país (em R$ mil) é a) 68.000 b) 73.000 c) 84.000 d) 89.000 e) 99.000 30. (FCC - Analista Judiciário – Economia - TRT 4 - 2006) - Considere os dados abaixo das Contas Nacionais de um país (em R$ mil): Consumo das Administrações Públicas ............... 55.000 Exportações de bens e serviços........................... 35.200 Formação Bruta de Capital Fixo........................... 67.500 Produto Interno Bruto a preços de mercado......... 288.600 Consumo Pessoal ................................................ 148.000 Renda líquida enviada para o exterior.................. 10.800 Impostos indiretos ................................................ 20.000 Admitindo-se que a variação de estoques foi nula, as importações de bens e serviços (em R$ mil) foram a) 6.300 b) 17.100 c) 12.500 d) 26.300 e) 37.100

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31. (FCC - Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ/SP - 2006) - São dadas as seguintes informações sobre as Contas Nacionais de uma determinada economia: Importação de bens e serviços não fatores.............................. 85.000 Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes ....... 25.000 Consumo Final das famílias e das administrações públicas ......... 472.000 Poupança Bruta Interna..........................................................94.000 Produto Interno Bruto .......................................................... 604.000 Variação de Estoques .............................................................10.000 Sabendo-se que não houve transferências de capital entre o país e o exterior, o valor da Formação Bruta de Capital Fixo dessa economia corresponde a a) 84.000 b) 98.000 c) 109.000 d) 119.000 e) 132.000 32. (FCC – Analista BACEN – Área III – 2006) - Foram extraídos os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil de 2003, em milhões de reais (R$ 1.000.000,00): Despesas de consumo final 1.192.613 Saldo externo de bens e serviços 56.078 Produto Interno Bruto 1.556.182 Poupança Bruta 317.172 Transferências correntes recebidas liquidamente do exterior 8.753 Formação Bruta de Capital Fixo 276.741 Variação de Estoques 30.750 Logo, a Renda Nacional Bruta da economia brasileira nesse ano correspondeu, em milhões de reais, a a) 1.444.954 b) 1.501.032 c) 1.509.785 d) 1.518.538 e) 1.574.616 33. (FCC – Economista – CEAL - 2005) - Dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, no ano de 2000 (em milhões de reais): - Consumo Intermediário ................................. 1 020 019 - Despesa de Consumo Final .......................... 880 655 - Variação de Estoque ..................................... 24 871 - Formação Bruta de Capital Fixo .................. 212 384

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- Produto Interno Bruto .................................... 1 101 255 A partir dessas informações, pode-se deduzir que as importações de bens e serviços foram superiores às exportações de bens e serviços em (milhões de reais): a) 35 419 b) 24 871 c) 21 875 d) 18 764 e) 16 655 34. (FCC – Economista – CEAL - 2005) - Em economia, o termo investimento significa a) aplicação financeira de curto prazo. b) capital empregado na abertura de uma empresa. c) aplicação financeira de longo prazo. d) o aumento do estoque de capital físico da sociedade. e) compra de bens de capital usados. 35. (FCC - Auditor – TCE/PI - 2005) - A diferença entre os valores do Produto Interno Bruto e do Produto Nacional Bruto é devida a) à depreciação. b) aos impostos diretos. c) aos impostos indiretos. d) à renda líquida enviada ou recebida do exterior. e) aos subsídios. 36. (FCC - Auditor Fiscal – SEFAZ/BA - 2004) - As seguintes informações foram extraídas das Contas Nacionais do Brasil de 2001, compiladas pela Fundação IBGE (dados em R$ milhões): - Consumo intermediário 1 157 036 - Despesa de consumo final 957 836 - Formação bruta de capital fixo 233 376 - Variação de estoques 20 750 - Exportação de bens e serviços 158 501 - Importação de bens e serviços 170 403 Pode-se concluir que o Produto Interno Bruto do Brasil equivaleu, em milhões de reais, naquele ano, a: a) 2 357 096 b) 2 114 872 c) 1 540 866 d) 1 200 060 e) 1 091 212

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37. (FCC - APOFP/SP – 2010) Os impostos indiretos líquidos de subsídios concedidos ao setor privado são agregados econômicos que diferenciam os conceitos de (A) PIB a preços de mercado e PIB a custo de fatores. (B) PIL a custo de fatores e PNB a preços de mercado. (C) PIB a custo de fatores e PNL a preços de mercado. (D) PNB a preços de mercado e Renda Pessoal Disponível. (E) PNB a preços de mercado e PNL a preços de mercado. 38. (FCC - APOFP/SP – 2010) Em uma economia hipotética, há o registro dos seguintes agregados macroeconômicos, expressos em milhões de unidades monetárias: PIB a preços de mercado: 2.700 PNB a preços de mercado: 2.200 Formação Bruta de Capital Fixo: 400 Variação de Estoques: 100 Consumo Final das Famílias e das Administrações Públicas: 2.300 Renda Líquida dos Fatores de Produção enviada ao exterior: 500 O saldo da balança comercial desse país, em milhões de unidades monetárias, é (A) positivo em 100. (B) negativo em 100. (C) positivo em 600. (D) negativo em 600. (E) equilibrado. 39. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA - 2009) Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final .......................................... 1.903.679 Variação de Estoques ......................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo......................................... 389.328 Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778 O Produto Interno Bruto do Brasil naquele ano correspondeu, em milhões de reais, a a) 2.232.241 b) 2.353.773 c) 2.369.797 d) 2.371.151 e) 2.379.163

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40. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA - 2009) Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final............................................ 1.903.679 Variação de Estoques ........................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328 Renda Nacional Bruta.................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778 A Renda Disponível Bruta do Brasil, naquele ano, equivaleu, em milhões de reais, a a) 2.311.211. b) 2.312.565. c) 2.313.211. d) 2.318.768. e) 2.320.577. 41. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA - 2009) Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final............................................. 1.903.679 Variação de Estoques ........................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328 Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)........................ 68.778 A Poupança Bruta do Brasil naquele ano foi, em milhões de reais, igual a a) 399.520. b) 407.532. c) 408.886. d) 416.898. e) 418.252. 42. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA - 2009) Dados extraídos do Sistema de Contas Nacionais de uma economia hipotética em um determinado ano: Arrecadação tributária do Governo .................................. 260.000 Produto Interno Líquido a preços de mercado ............... 1.000.000 Transferências do Governo ao Setor Privado ..................... 40.000

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Depreciação ...................................................................... 25.000 Subsídios do Governo ao Setor Privado ............................. 15.000 Impostos Diretos............................................................... 30.000 A carga tributária líquida da economia correspondeu a: Observação: Despreze os algarismos a partir da segunda casa decimal. a) 26,00% b) 25,36% c) 21,46% d) 20,00% e) 19,83% 43. (FCC - AUDITOR TCE/AL – 2008) Um país recebe liquidamente rendas do exterior. Neste caso, o(a): a) PIB do país e seu PNB são iguais. b) PIB do país é inferior a seu PNB. c) país tem necessariamente superavit comercial no seu Balanço de Pagamentos. d) país está em expansão econômica e atraindo investimentos externos. e) taxa de juros doméstica é muito baixa. 44. (FCC - ANALISTA TRAINEE – ECONOMIA – METRO/SP – 2008) Produto Interno Bruto a preços de mercado.....................800.000 Depreciação do estoque de capital ....................................20.000 Impostos diretos ..............................................................70.000 Renda líquida enviada para o exterior............................15.000 Impostos indiretos ......................................................130.000 Transferências do Governo às famílias...........................30.000 Subsídios........................................................................10.000 Lucros retidos pelas empresas........................................75.000 O valor correspondente à renda nacional (ou Produto Nacional Líquido a custo de fatores) é de a) 645.000 b) 660.000 c) 665.000 d) 695.000 e) 705.000 45. (FCC - ANALISTA TRAINEE – ECONOMIA – METRO/SP – 2008) Produto Interno Bruto a preços de mercado.....................800.000 Depreciação do estoque de capital ....................................20.000 Impostos diretos ...............................................................70.000 Renda líquida enviada para o exterior................................15.000 Impostos indiretos ...........................................................130.000 Transferências do Governo às famílias...............................30.000 Subsídios............................................................................10.000

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Lucros retidos pelas empresas............................................75.000 A renda pessoal disponível nessa economia é de a) 540.000 b) 530.000 c) 500.000 d) 495.000 e) 490.000 46. (FCC - ANALISTA DO JUDICIÁRIO – TJ/PA -2009) Para se obter o valor da Renda Pessoal Disponível de uma economia, é necessário, entre outros cálculos, adicionar à Renda Nacional o valor a) dos impostos diretos. b) das transferências unilaterais do Governo ao setor privado. c) da renda líquida enviada ao exterior. d) dos subsídios concedidos pelo Governo ao setor privado. e) dos lucros retidos pelas empresas. 47. (FCC - ANALISTA TRAINEE – ECONOMIA – METRO/SP – 2008) Produto Interno Bruto a preços de mercado.....................800.000 Depreciação do estoque de capital ....................................20.000 Impostos diretos ...............................................................70.000 Renda líquida enviada para o exterior................................15.000 Impostos indiretos ...........................................................130.000 Transferências do Governo às famílias...............................30.000 Subsídios............................................................................10.000 Lucros retidos pelas empresas............................................75.000 A carga tributária bruta e a líquida, em percentagem, são, respectivamente (desprezando os algarismos a partir da segunda casa decimal depois da vírgula) de a) 31,0% e 24,8%. b) 29,4% e 23,5%. c) 28,3% e 22,6%. d) 25,0% e 20,0%. e) 24,3% e 19,5%. 48. (ESAF – ANALISTA SUSEP – 2010) – Em relação ao conceito de Produto Interno Bruto (PIB), é incorreto afirmar que: a) quanto maior o PIB, maior o valor da remuneração dos fatores de produção. b) o valor nominal do PIB não depende da taxa de inflação do país. c) quanto maior for o consumo das famílias, maior será o PIB do país. d) o PIB pode ser maior ou menor do que a Renda Nacional Bruta. e) a dívida pública de um país não pode ser maior do que o PIB desse país.

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49. (ESAF - APO/MPOG – 2010) A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui: a) o valor das importações. b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras. c) o saldo da balança comercial do país. d) o valor da renda líquida de fatores externos. e) o valor das exportações. 50. (ESAF - Analista SEFAZ/SEP-SP – 2009) - O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que: a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado. b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques. c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor privado. d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de Poupança Externa (Se). e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado período de tempo. 51. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009) Considerando os conceitos básicos e as identidades fundamentais utilizados na análise macroeconômica, é incorreto afirmar que: a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não nulo, a poupança interna pode ser maior ou menor do que os investimentos totais da economia. b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao exterior, então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto Nacional Bruto. c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país. d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em um aumento na renda real da economia. e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de sua arrecadação tributária. 52. (ESAF - AFRFB – 2009) Considere as seguintes informações extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades monetárias:

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Poupança privada: 300 Investimento privado: 200 Poupança externa: 100 Investimento público: 300 Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do governo foi: a) de 200 e o superávit público foi de 100. b) de 100 e o déficit público foi de 200. c) negativa e o déficit público foi nulo. d) de 100 e o superávit público foi de 200. e) igual ao déficit público. 53. (ESAF - AFC/STN – 2005) Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto afirmar que: a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto agregado a custo de fatores. b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”. c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma queda do produto agregado real. d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da economia. e) o produto interno produto pode ser menor que o produto nacional produto. 54. (CESGRANRIO - ANALISTA BACEN - 2010) O Produto Interno Bruto de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto Nacional Bruto, no mesmo ano, se a(o) a) entrada de poupança externa for elevada. b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações. c) renda líquida recebida do exterior for positiva. d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar. e) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo. 55. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) O Produto Interno Bruto (PIB) de um país a) exclui as mercadorias exportadas. b) inclui as mercadorias importadas. c) é uma medida de sua riqueza material. d) é invariavelmente crescente com o tempo. e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB). 56. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) Um país recebe poupança externa quando a) acumula reservas de divisas internacionais. b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de pagamentos. c) exporta mais do que importa ( balanço comercial superavitário ).

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d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva. e) o investimento direto do exterior é vultoso. 57. (FUNIVERSA – ECONOMISTA – TERRACAP – 2010) - Considere uma economia hipotética com os seguintes dados, expressos em unidades monetárias: • Produto nacional líquido 1.650 • Depreciação 200 • Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente -100 • Transferências unilaterais correntes 0 • Exportações de bens e serviços não fatores 200 • Importações de bens e serviços não fatores 400 • Impostos indiretos 300 • Subsídios 80 • Investimento do governo 100 • Impostos diretos 250 Com base na tabela acima, assinale a alternativa correta. (A) A poupança interna é maior que o investimento. (B) A absorção interna é igual a 2.000. (C) A renda líquida enviada ao exterior é igual a 50. (D) O PIB é igual a 1.850. (E) A renda nacional é de 1.430. GABARITO 01 E 02 E 03 E 04 E 05 E 06 E 07 B 08 A 09 D 10 B 11 E 12 A 13 B 14 D 15 D 16 B 17 D 18 C 19 A 20 C 21 B 22 C 23 A 24 C 25 D 26 B 27 D 28 A 29 C 30 B 31 C 32 B 33 E 34 D 35 D 36 D 37 A 38 B 39 C 40 E 41 D 42 D 43 B 44 A 45 B 46 B 47 D 48 An 49 D 50 A 51 E 52 B 53 A 54 C 55 C 56 B 57 E