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Acesse www.baixarveloz.net Legislação Especial p/ Polícia Federal Teoria e exercícios Prof Fernando Barletta – Aula 09 Prof. Fernano Barletta www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 23 SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 01 2. Cronograma 02 3. Conceitos iniciais 03 4. Exercício 16 APRESENTAÇÃO Olá caro Aluno, Saiu nosso esperado edital!!! É uma grande satisfação poder ministrar para vocês o curso de Legislação especial – Lei nº 10.357/2001 para o concurso da Polícia Federal. Houve um acréscimo de conteúdo em relação ao concurso anterior. Vamos abordá-la aqui neste curso do Estratégia Concursos! Antes de tudo, gostaria de me apresentar. Sou Fernando Barletta, formado pela Escola Naval, tendo permanecido nas fileiras militares até o posto de Capitão-Tenente durante 14 anos. Hoje, sou Policial Federal, e desde então um admirador do Direito Penal, Processual e de Legislação Especial, atuando em outros cursos como, por exemplo, o Mestre dos concursos. Nossa corrida pelo melhor resultado não só dependerá de mim mais também de você, meu Aluno. E inserido nesse contexto de profunda relação acadêmica, lutaremos juntos para atingirmos o fim maior: SUA APROVAÇÃO!!! O último concurso foi realizado em 2009, para agente e escrivão. O concurso recebeu 114.738 inscrições. O cargo de agente recebeu 63.294 inscrições para 200 vagas (316,47 por vaga); e o de escrivão, 51.444 para 400 vagas (128,61 por vaga). Bom, trabalharei como se estivesse ministrando uma aula presencial para vocês, sem muita formalidade e longe dos exageros formais do Direito. Aqui serei bem claro, direto e objetivo. Nosso curso conterá exercícios, focando logicamente a banca CESPE. AULA 09: Lei nº 10.357/2001

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SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 01

2. Cronograma 02

3. Conceitos iniciais 03

4. Exercício 16

APRESENTAÇÃO

Olá caro Aluno,

Saiu nosso esperado edital!!! É uma grande satisfação poder

ministrar para vocês o curso de Legislação especial – Lei nº

10.357/2001 para o concurso da Polícia Federal. Houve um acréscimo

de conteúdo em relação ao concurso anterior. Vamos abordá-la aqui neste curso do Estratégia Concursos!

Antes de tudo, gostaria de me apresentar. Sou Fernando Barletta,

formado pela Escola Naval, tendo permanecido nas fileiras militares até o

posto de Capitão-Tenente durante 14 anos. Hoje, sou Policial Federal, e desde então um admirador do Direito Penal, Processual e de Legislação

Especial, atuando em outros cursos como, por exemplo, o Mestre dos

concursos.

Nossa corrida pelo melhor resultado não só dependerá de mim mais

também de você, meu Aluno. E inserido nesse contexto de profunda

relação acadêmica, lutaremos juntos para atingirmos o fim maior: SUA

APROVAÇÃO!!!

O último concurso foi realizado em 2009, para agente e escrivão. O

concurso recebeu 114.738 inscrições. O cargo de agente recebeu 63.294

inscrições para 200 vagas (316,47 por vaga); e o de escrivão, 51.444 para 400 vagas (128,61 por vaga).

Bom, trabalharei como se estivesse ministrando uma aula

presencial para vocês, sem muita formalidade e longe dos exageros

formais do Direito. Aqui serei bem claro, direto e objetivo.

Nosso curso conterá exercícios, focando logicamente a banca

CESPE.

AULA 09: Lei nº 10.357/2001

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CRONOGRAMA

Nosso cronograma já está pronto e será o seguinte:

Aula Demonstrativa – Já disponível

Tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes (Lei nº

11.343/06).

Aula 01 - Já disponível

O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade (Lei

nº 4.898/1965).

Aula 02 - Já disponível

Definição dos crimes de tortura (Lei nº 9.455/1965).

Aula 03 - Já disponível

Estatuto do Desarmamento (Lei nº10.826/2003).

Aula 04 - Já disponível

Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).

Aula 05 - Já disponível

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1970).

Aula 06 – 20/03/2012

Lei nº 8.072/1990: Lei dos Crimes Hediondos.

Lei nº 10.446/2002: infrações penais de repercussão interestadual

ou internacional que exigem repressão uniforme.

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Aula 07 – 30/03/2012

Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos

financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de

transporte de valores, e dá outras providências.

Aula 08 – 13/04/2012

Lei nº 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalização

sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser

destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e

dá outras providências.

Aula 09 – 22/04/2012

Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do estrangeiro no

Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração.

CONCEITOS INICIAIS

É importante saber que esta legislação que será aqui estudada por

nós faz parte do novo edital – CESPE2012 PF. Mas, como somos preparados para adversidades, enfrentaremos tais mudanças com a

ousadia de um vencedor.

Deixando o “blá, blá e blá” de lado, vamos ao que interessa...

Vamos entender um pouco sobre a evolução histórica do controle e

da legislação de produtos químicos.

A Polícia Federal é a responsável pelo controle de produtos químicos

fazendo cumprir a Legislação Federal que normatiza o assunto, evitando

assim a elaboração ilícita de entorpecentes.

A evolução da preocupação com este assunto vem aumentando

desde a época da antiga Lei 6.368/76 na qual punia a pessoa manipulava a matéria-prima para a preparação do entorpecente com a mesma pena

do traficante. Devido a evolução do ordenamento jurídico, sabemos que

esta lei foi revogada e colocada em vigor a Lei 11.343/06 que dá o

mesmo tratamento a quem exerce tal manuseio com a matéria-prima

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para a produção de entorpecente. As diferenças desta atual lei para a

antiga é que a 11.343/06 penalizou de maneira diferente e alterou a

redação do fato atípico, vamos ver?

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil

e quinhentos) dias-multa.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

A “pena mínima” aumentou e foi adicionado o termo “insumo ou

produto químico” destinado à preparação de drogas.

Contávamos com uma falta de credibilidade perante a comunidade

internacional, na qual diziam que o Brasil era o maior fornecedor de

insumos químicos que eram achados em inúmeros laboratórios

clandestinos em países Andinos.

Pela falta de uma Legislação restritiva e controladora da

movimentação dos insumos químicos, em 1988 com a Convenção de

Viena, os países acordaram em elaborar uma legislação para o controle

de produtos químicos que eram importados e exportados.

O Brasil atendendo as recomendações da Convenção de Viena,

adotou inicialmente os seguimentos da Portaria nº 15/81 – DIMED/MS.

Depois de algumas transposições das legislações e várias tentativas

de aprimoramento, em agosto de 2006, com a edição da Lei 11.343, esta com diversas críticas quanto ao “quase” abolitio criminis da conduta dos

usuários, tivemos uma nova colocação do termo DROGAS – “substâncias

ou produtos capazes de causar dependência química” (...).

Um dos assuntos que prevê a Lei que começaremos estudar, estão

dentre outras a definição de competência à Polícia Federal para o controle e fiscalização dos produtos químicos, definindo as infrações

administrativas e as respectivas sanções, a destinação das apreensões

dos produtos químicos e a instituição de taxas para o controle e

fiscalização.

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Art. 1o Estão sujeitos a controle e fiscalização, na forma prevista

nesta Lei, em sua fabricação, produção, armazenamento, transformação,

embalagem, compra, venda, comercialização, aquisição, posse, doação,

empréstimo, permuta, remessa, transporte, distribuição, importação, exportação, reexportação, cessão, reaproveitamento, reciclagem,

transferência e utilização, todos os produtos químicos que possam

ser utilizados como insumo na elaboração de substâncias física ou

psíquica.

Antes definiremos o conceito de drogas previsto pela OMS –

Organização Mundial de Saúde.

“qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas

produzindo alterações em seu funcionamento”.

Os produtos químicos que foram considerados como sendo os mais

prováveis na utilização para a produção de drogas, foram elencados na

Portaria 1274-MJ/03.

§ 1o Aplica-se o disposto neste artigo às substâncias entorpecentes,

psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica que não

estejam sob controle do órgão competente do Ministério da Saúde.

Então qualquer substância entorpecente, psicotrópica ou que determine dependência, mesmo que não esteja sob o controle do MS,

será aplicado o disposto do caput.

§ 2o Para efeito de aplicação das medidas de controle e fiscalização

previstas nesta Lei, considera-se produto químico as substâncias

químicas e as formulações que as contenham, nas concentrações estabelecidas em portaria, em qualquer estado físico, independentemente

do nome fantasia dado ao produto e do uso lícito a que se destina.

O parágrafo segundo traz a definição legal de produto químico.

Então ficou assim definido: todo o controle será “startado” com o

processo de licenciamento perante o Departamento de Polícia Federal,

realizado pelas pessoas interessadas em qualquer atividade descrita no

caput do artigo 1º.

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Art. 2o O Ministro de Estado da Justiça, de ofício ou em razão de proposta

do Departamento de Polícia Federal, da Secretaria Nacional Antidrogas ou

da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, definirá, em portaria, os

produtos químicos a serem controlados e, quando necessário, promoverá sua atualização, excluindo ou incluindo produtos, bem como estabelecerá

os critérios e as formas de controle.

As propostas para inclusão de novos produtos químicos a serem

controlados em lista atualizada do Ministério da Justiça caberá:

Departamento de Polícia Federal;

Secretaria Nacional Antidrogas; e

Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

OU

De ofício Pelo Ministro da Justiça

Art. 3o Compete ao Departamento de Polícia Federal o controle e a

fiscalização dos produtos químicos a que se refere o art. 1o desta Lei e a

aplicação das sanções administrativas decorrentes.

Compete ao DPF:

Controle e a fiscalização dos produtos químicos; e

Aplicação das sanções administrativas.

Diz o art. 1º do Dec. 4262/02...

Art. 1o O Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, por meio de seu Órgão

Central de Controle de Produtos Químicos, coordenará e executará as ações de controle e fiscalização dos produtos químicos e substâncias a que se refere o art. 1

o da Lei n

o 10.357,

de 27 de dezembro de 2001.

Art. 4o Para exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização relacionadas no art. 1o , a pessoa física ou jurídica deverá

se cadastrar e requerer licença de funcionamento ao

Departamento de Polícia Federal, de acordo com os critérios e as

formas a serem estabelecidas na portaria a que se refere o art. 2o,

independentemente das demais exigências legais e regulamentares.

O processo de licença termina com a emissão do CRC – Certificado de

Registro Cadastral e do CLF – Certificado de Licença de Funcionamento ou

da AE – Autorização Especial, todos darão às pessoas (físicas ou jurídicas)

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habilitação para de atividades com os produtos controlados DE ACORDO

com a Lei em vigor e as regulamentações.

Para que seja emitido o CRC, será obrigatório o registro de

identificação da pessoa física ou jurídica que deseja exercer atividade com

produto químico controlado, para que o órgão controlador tenha o conhecimento das atividades que as empresas desenvolvem. A

atualização cadastral será de grande importância para o órgão

controlador, assim, prevê o art. 6º da Portaria 1274/03 MJ.

Art. 6o A pessoa jurídica possuidora de Certificado de Registro Cadastral deverá comunicar ao DPF, no prazo de trinta dias, todo e qualquer fato que justifique a atualização de seu cadastro, mediante preenchimento de formulário próprio (Anexo VI). Parágrafo único. O pedido de atualização do registro cadastral deverá ser formalizado no prazo máximo de noventa dias, a partir da data do comunicado a que se refere o caput, por meio de requerimento (Anexo IV), instruído com cópia autenticada dos documentos comprobatórios da alteração e com o comprovante de recolhimento da respectiva Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, quando se tratar de alteração de: I razão social;

IICNPJ;

IIIinscrição estadual;

IVendereço; V quadro social;

VIrepresentante legal; e VII atividade.

O Dec. 4262/02 prevê...

Art. 3o A pessoa jurídica já cadastrada no Departamento de Polícia Federal, que esteja

exercendo atividades sujeitas a controle e fiscalização, deverá recadastrar-se no ato da primeira renovação da licença de funcionamento e atender às mesmas exigências impostas, por meio da portaria a que se refere o art. 4

o da Lei n

o 10.357, de 2001, para o cadastramento.

Para que seja dado início ao pedido do cadastramento e licença, deverá ser obedecido o art. 4º da Portaria 1.274/03 MJ para a obtenção

do CRC e CLF.

Art. 4o A pessoa jurídica que necessitar exercer atividade não eventual com produtos químicos controlados deverá requerer ao DPF a emissão do Certificado de Registro Cadastral

(Anexo II) e do respectivo Certificado de Licença de Funcionamento (Anexo III), por meio de requerimento próprio (Anexo IV) instruído com o comprovante de recolhimento da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, formulário cadastral (Anexo V), devidamente preenchido, e cópia autenticada dos seguintes documentos:

I contrato social ou ato constitutivo da pessoa jurídica e de suas respectivas alterações, devidamente registrados nos órgãos competentes;

II Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; III inscrição estadual;

IVCadastro de Pessoa Física - CPF e carteira de identidade dos proprietários, presidente, sócios, diretores e do representante legalmente constituído;

VCadastro de Pessoa Física, carteira de identidade e cédula de identidade profissional do responsável técnico, quando houver; e VI instrumento de procuração, quando for o caso.

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§ 1o Quando se tratar do exercício de atividade que, em razão da natureza, forma de apresentação, quantidade e grau de risco do produto químico controlado, dependa da autorização de outros órgãos competentes, a pessoa jurídica interessada deverá, também, anexar ao seu pedido cópia da licença ou autorização do órgão correspondente. § 2o A emissão do Certificado de Registro Cadastral e do Certificado de Licença de Funcionamento está condicionada à aprovação do cadastro da pessoa jurídica. § 3o A cada estabelecimento comercial, filial ou unidade descentralizada será emitido Certificado de Licença de Funcionamento específico, não se lhes aproveitando o certificado concedido à matriz ou sede da empresa ou instituição. § 4o O Certificado de Licença de Funcionamento é válido por um ano, contado da data de sua emissão.

§ 1o As pessoas jurídicas já cadastradas, que estejam exercendo atividade sujeita a controle e fiscalização, deverão providenciar seu

recadastramento junto ao Departamento de Polícia Federal, na

forma a ser estabelecida em regulamento.

Diz o art. 5º § 2º e o art. 8º...

§ 2º As pessoas jurídicas já habilitadas junto ao Órgão Central de Controle de Produtos Químicos e com licença de funcionamento com vencimento entre 29 de abril a 30 de setembro de 2003 deverão proceder seu recadastramento, nos termos do art. 8o, até 30 de setembro de 2003.

§ 2o A pessoa física ou jurídica que, em caráter eventual, necessitar exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização,

deverá providenciar o seu cadastro junto ao Departamento de Polícia

Federal e requerer autorização especial para efetivar as suas operações.

Art. 5o A pessoa jurídica referida no caput do art. 4o deverá requerer,

anualmente, a Renovação da Licença de Funcionamento para o

prosseguimento de suas atividades.

Depois de conseguir o cadastro, será expedido o CLF – Certificado de Licença de Funcionamento, destinado às pessoas jurídicas que realizam

atividades com os produtos químicos controlados.

A renovação do CLF seguirá o seguinte tal comoo art. 9º da Portaria

1274/03 MJ...

Art. 9o A renovação da licença deverá ser requerida no período de sessenta dias imediatamente anterior à data de vencimento do Certificado de Licença de Funcionamento, devendo o requerente apresentar, a critério da autoridade competente, os documentos especificados no art. 4o desta Portaria. § 1o O requerimento para renovação da licença, se protocolizado no prazo previsto neste artigo, prorroga a validade do Certificado de Licença de Funcionamento até a data da decisão sobre o pedido, habilitando a pessoa jurídica a continuar exercendo suas atividades com o referido documento. § 2o Será automaticamente cancelado o cadastro da pessoa jurídica que não requerer a renovação da licença no prazo especificado no caput, sem prejuízo da aplicação das medidas administrativas previstas no art. 14 da Lei no 10.357, de 2001. § 3o Cancelado o cadastro da pessoa jurídica, nos termos do § 2º deste artigo, o requerente deverá atender integralmente o disposto no art. 4o desta Portaria.

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É necessário salientar que o não requerimento da renovação no

prazo estipulado, inabilitará a empresa para sua prática com produtos

químicos controlados. Assim, seu cadastro será cancelado.

O CLF tem um prazo de validade de 1 ano e sua renovação deverá

ser feita em 60 dias anterior ao seu vencimento.

Agora, no caso de necessidade das pessoas físicas ou jurídicas

necessitarem exercer atividade em caráter eventual com produto químico

controlado deverá retirar a AUTORIZAÇÃO ESPECIAL, conforme art.

10º da Portaria 1274/03.

Art. 10. A pessoa física ou jurídica que necessitar exercer atividade eventual com produtos químicos controlados deverá requerer ao DPF a emissão de Autorização Especial

(Anexo VII), por meio de requerimento próprio (Anexo VIII) instruído com comprovante de recolhimento da respectiva Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, e cópia dos seguintes documentos: I - CPF, carteira de identidade e comprovante de residência do interessado, no caso de pessoa física; II – formulário cadastral devidamente preenchido (AnexoV) e os demais documentos relacionados nos incisos do art. 4o, no caso de pessoa jurídica; III - autorização, certificado de não objeção ou documento equivalente emitido por outros órgãos que exerçam controle sobre o produto químico envolvido na operação. § 1o A emissão da Autorização Especial está condicionada à aprovação do cadastro e à natureza da atividade econômica desenvolvida pelo interessado. § 2o A Autorização Especial é intransferível, terá prazo de validade de sessenta dias, contados a partir da data de emissão, prorrogável uma vez por igual período, e cobrirá uma operação por produto. § 3o Quando se tratar de pedido de Autorização Especial para importar, exportar ou reexportar produto químico controlado, a pessoa física ou jurídica interessada deverá atender também o disposto no art. 11. § 4o O pedido de prorrogação ou cancelamento de Autorização Especial deverá ser formalizado ao DPF por meio de requerimento próprio (Anexo VIII).

Art. 6o Todas as partes envolvidas deverão possuir licença de funcionamento, exceto quando se tratar de quantidades de produtos

químicos inferiores aos limites a serem estabelecidos em portaria

do Ministro de Estado da Justiça.

Art. 7o Para importar, exportar ou reexportar os produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização, nos termos dos arts. 1o e 2o, será

necessária autorização prévia do Departamento de Polícia Federal,

nos casos previstos em portaria, sem prejuízo do disposto no art. 6o e dos

procedimentos adotados pelos demais órgãos competentes.

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Art. 8o A pessoa jurídica que realizar qualquer uma das atividades a que

se refere o art. 1o desta Lei é obrigada a fornecer ao Departamento de

Polícia Federal, periodicamente, as informações sobre suas operações.

A partir do licenciamento, as pessoas jurídicas são obrigadas a remeter

por período estipulado pelo DPF informações que integrarão o banco de dados do Sistema de Controle de Produtos Químicos do DPF. No entanto,

os documentos informativos das operações das empresas deverão ser

arquivados por elas por um prazo de 5 anos.

Parágrafo único. Os documentos que consubstanciam as informações a

que se refere este artigo deverão ser arquivados pelo prazo de cinco anos

e apresentados ao Departamento de Polícia Federal quando solicitados.

Art. 9o Os modelos de mapas e formulários necessários à implementação das normas a que se referem os artigos anteriores serão publicados em

portaria ministerial.

Art. 10. A pessoa física ou jurídica que, por qualquer motivo, suspender o

exercício de atividade sujeita a controle e fiscalização ou mudar de

atividade controlada deverá comunicar a paralisação ou alteração ao

Departamento de Polícia Federal, no prazo de trinta dias a partir da

data da suspensão ou da mudança de atividade.

Art. 11. A pessoa física ou jurídica que exerça atividade sujeita a controle e fiscalização deverá informar ao Departamento de Polícia Federal, no

prazo máximo de vinte e quatro horas, qualquer suspeita de desvio

de produto químico a que se refere esta Lei.

PRAZOS PARA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA:

Que suspender o exercício de atividade sujeita a controle e fiscalização ou mudar de atividade controlada deverá

comunicar ao DPF EM 30 DIAS.

Que exerça atividade sujeita a controle e fiscalização perceber SUSPEITA DE DESVIO DE PRODUTO QUÍMICO 24 HORAS NO

MÁXIMO.

Art. 12. Constitui infração administrativa:

I – deixar de cadastrar-se ou licenciar-se no prazo legal;

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II – deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo

de trinta dias, qualquer alteração cadastral ou estatutária a partir da data

do ato aditivo, bem como a suspensão ou mudança de atividade sujeita a

controle e fiscalização;

III – omitir as informações a que se refere o art. 8o desta Lei, ou

prestá-las com dados incompletos ou inexatos;

IV – deixar de apresentar ao órgão fiscalizador, quando solicitado,

notas fiscais, manifestos e outros documentos de controle;

V – exercer qualquer das atividades sujeitas a controle e fiscalização,

sem a devida Licença de Funcionamento ou Autorização Especial do órgão

competente;

VI – exercer atividade sujeita a controle e fiscalização com pessoa

física ou jurídica não autorizada ou em situação irregular, nos termos

desta Lei;

VII – deixar de informar qualquer suspeita de desvio de produto

químico controlado, para fins ilícitos;

VIII – importar, exportar ou reexportar produto químico controlado,

sem autorização prévia;

IX – alterar a composição de produto químico controlado, sem prévia

comunicação ao órgão competente;

X – adulterar laudos técnicos, notas fiscais, rótulos e embalagens de

produtos químicos controlados visando a burlar o controle e a

fiscalização;

XI – deixar de informar no laudo técnico, ou nota fiscal, quando for o

caso, em local visível da embalagem e do rótulo, a concentração do

produto químico controlado;

XII – deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal furto,

roubo ou extravio de produto químico controlado e documento de

controle, no prazo de quarenta e oito horas; e

XIII – dificultar, de qualquer maneira, a ação do órgão de controle e

fiscalização.

Diz o Dec. 4262/02...

Art. 7o É facultado ao Departamento de Polícia Federal instaurar procedimento administrativo,

independentemente de ação fiscalizatória, com vistas a apurar possível prática de infração definida no art. 12 da Lei n

o 10.357, de 2001, aplicando-se, no que couber, as disposições do art. 6

o.

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Art. 6o O auto de fiscalização e outras peças que forem produzidas no ato da fiscalização serão

encaminhados ao Chefe do Órgão Central de Controle de Produtos Químicos, para análise e decisão.

§ 1o Configurada qualquer uma das infrações previstas no art. 12 da Lei n

o 10.357, de 2001, a

pessoa física ou jurídica infratora será notificada para apresentar defesa, no prazo de trinta dias.

§ 2o Transcorrido o prazo de defesa, o Chefe do Órgão Central de Controle de Produtos Químicos

decidirá pela aplicação das medidas administrativas previstas no art. 14 da Lei no 10.357, de 2001,

ou pelo arquivamento.

§ 3o Da decisão do Chefe do Órgão Central de Controle de Produtos Químicos caberá recurso, no

prazo de quinze dias, para o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, a quem compete decidir em última instância administrativa.

§ 4o Não será conhecido o recurso protocolizado intempestivamente.

§ 5o Qualquer que seja a decisão a que se refere este artigo, a pessoa física ou jurídica fiscalizada

dela será notificada mediante recebimento de termo de ciência.

Art. 13. Os procedimentos realizados no exercício da fiscalização deverão

ser formalizados mediante a elaboração de documento próprio.

Art. 14. O descumprimento das normas estabelecidas nesta Lei,

independentemente de responsabilidade penal, sujeitará os infratores às seguintes medidas administrativas, aplicadas cumulativa ou

isoladamente:

I – advertência formal;

II – apreensão do produto químico encontrado em situação irregular;

III – suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento;

IV – revogação da autorização especial; e

V – multa de R$ 2.128,20 (dois mil, cento e vinte e oito reais e vinte centavos) a R$ 1.064.100,00 (um milhão, sessenta e quatro mil e cem

reais).

§ 1o Na dosimetria da medida administrativa, serão consideradas a

situação econômica, a conduta do infrator, a reincidência, a natureza da

infração, a quantidade dos produtos químicos encontrados em situação

irregular e as circunstâncias em que ocorreram os fatos.

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§ 2o A critério da autoridade competente, o recolhimento do valor total

da multa arbitrada poderá ser feito em até cinco parcelas mensais e

consecutivas.

§ 3o Das sanções aplicadas caberá recurso ao Diretor-Geral do

Departamento de Polícia Federal, na forma e prazo estabelecidos em

regulamento.

Art. 15. A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer uma das

infrações previstas nesta Lei terá prazo de trinta dias, a contar da data da

fiscalização, para sanar as irregularidades verificadas, sem prejuízo da

aplicação de medidas administrativas previstas no art. 14.

§ 1o Sanadas as irregularidades, os produtos químicos eventualmente

apreendidos serão devolvidos ao seu legítimo proprietário ou

representante legal.

§ 2o Os produtos químicos que não forem regularizados e restituídos no prazo e nas condições estabelecidas neste artigo serão destruídos,

alienados ou doados pelo Departamento de Polícia Federal a instituições

de ensino, pesquisa ou saúde pública, após trânsito em julgado da

decisão proferida no respectivo processo administrativo.

§ 3o Em caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio ambiente, o órgão fiscalizador poderá dar destinação imediata aos produtos

químicos apreendidos.

Art. 16. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos

Químicos, cujo fato gerador é o exercício do poder de polícia conferido ao

Departamento de Polícia Federal para controle e fiscalização das

atividades relacionadas no art. 1o desta Lei.

Art. 17. São sujeitos passivos da Taxa de Controle e Fiscalização de

Produtos Químicos as pessoas físicas e jurídicas que exerçam qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização de que trata o art. 1o

desta Lei.

Art. 18. São isentos do pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização

de Produtos Químicos, sem prejuízo das demais obrigações previstas

nesta Lei:

I – os órgãos da Administração Pública direta federal, estadual e

municipal;

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II – as instituições públicas de ensino, pesquisa e saúde;

III – as entidades particulares de caráter assistencial, filantrópico e

sem fins lucrativos que comprovem essa condição na forma da lei

específica em vigor.

O art. 18 trata da isenção do pagamento de taxa para os órgãos da

Administração Pública das três esferas, de instituições públicas de ensino,

pesquisa e saúde; e de entidades particulares específicas.

Art. 19. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos é

devida pela prática dos seguintes atos de controle e fiscalização:

I – no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) para:

a. emissão de Certificado de Registro Cadastral;

b. emissão de segunda via de Certificado de Registro Cadastral; e

c. alteração de Registro Cadastral;

II – no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para:

a. emissão de Certificado de Licença de Funcionamento;

b. emissão de segunda via de Certificado de Licença de

Funcionamento; e

c. renovação de Licença de Funcionamento;

III – no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais) para:

a. emissão de Autorização Especial; e

b. emissão de segunda via de Autorização Especial.

Parágrafo único. Os valores constantes dos incisos I e II deste artigo

serão reduzidos de:

I - quarenta por cento, quando se tratar de empresa de pequeno

porte;

II - cinqüenta por cento, quando se tratar de filial de empresa já

cadastrada;

III - setenta por cento, quando se tratar de microempresa.

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Esse artigo 19 trata dos valores que serão recolhidos:

R$ 500,00 para emissão e alteração de CRC; R$ 1.000,00 para emissão e renovação de CLF;

R$ 50,00 para emissão de AE, este com percentuais de

redução para:

Empresa de pequeno porte – 40%;

Filial de empresa cadastrada – 50%; e

Microempresa – 70%.

Art. 20. A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos será

recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas em ato do

Departamento de Polícia Federal.

Art. 21. Os recursos relativos à cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos, à aplicação de multa e à alienação de

produtos químicos previstas nesta Lei constituem receita do Fundo

Nacional Antidrogas – FUNAD.

Parágrafo único. O Fundo Nacional Antidrogas destinará oitenta por

cento dos recursos relativos à cobrança da Taxa, à aplicação de multa e à

alienação de produtos químicos, referidos no caput deste artigo, ao Departamento de Polícia Federal, para o reaparelhamento e custeio das

atividades de controle e fiscalização de produtos químicos e de repressão

ao tráfico ilícito de drogas.

Neste contexto diz os art. do Dec. 4262/02...

Art. 9o Os valores resultantes da cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos

Químicos, da aplicação de multa e da alienação de produtos químicos serão recolhidos ao Fundo Nacional Antidrogas - FUNAD, por intermédio de guia própria instituída pela Secretaria Nacional Antidrogas do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

§ 1o A Secretaria Nacional Antidrogas repassará ao Departamento de Polícia Federal, até o décimo

dia útil de cada mês, oitenta por cento do total dos valores a que se refere este artigo, para o reaparelhamento e custeio das atividades de controle e fiscalização de produtos químicos e repressão ao tráfico ilícito de drogas.

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§ 2o O repasse de recursos previsto neste artigo será efetuado com base no detalhamento de

despesas elaborado previamente pelo Órgão Central de Controle de Produtos Químicos.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 23. Ficam revogados os arts. 1o a 13 e 18 da Lei no 9.017, de 30 de

março de 1995.

EXERCÍCIOS

1 - Acerca da condição jurídica dos estrangeiros e dos nacionais no direito

brasileiro, assinale a opção correta.

a) A CF dispõe expressamente sobre a possibilidade de expulsão do

estrangeiro que praticar atividade nociva à ordem pública e ao

interesse nacional, salvo se estiverem presentes, simultaneamente,

os seguintes requisitos: cônjuge brasileiro e filho brasileiro dependente da economia paterna.

b) O Brasil, por ter ratificado integralmente o Estatuto de Roma, que

criou o Tribunal Penal Internacional, tem o compromisso de

entregar ao tribunal os indivíduos contra os quais tenham sido

expedidos pedidos de detenção e entrega, mesmo que eles possuam, originariamente, nacionalidade brasileira.

c) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República

Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos são

automaticamente considerados brasileiros naturalizados, independentemente de qualquer outra condição ou exigência.

d) É vedada a extradição de nacionais, salvo em caso de comprovado

envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes, em terrorismo ou

em crimes definidos, em lei, como hediondos.

B - O Brasil não somente aderiu ao Estatuto, como expressamente

inscreveu a aceitação da jurisdição do Tribunal Penal Internacional, por

meio da Emenda Constitucional n.º 45/2004, no § 4.º do art. 5.º da

Constituição. Diga-se que, quando o art. 89 do Estatuto de Roma regula a “entrega de indivíduos ao tribunal”, aí não está incluída a garantia de

extradição de brasileiro a outro Estado, vedada pelo inciso LI do art. 5.º

da CF para brasileiros natos e só admitida para brasileiros naturalizados

em caso de crime praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. O

Estatuto do tribunal não trata de extradição, mas de entrega, que se daria

não a Estado estrangeiro, mas a tribunal internacional ao qual o Brasil

aderiu. Assim, a “entrega” de cidadãos brasileiros (mesmo que detentores de nacionalidade originária) ao TPI é perfeitamente possível, e, sem isso,

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seria inoperante a aceitação manifesta do Estatuto, que se traduz em

“obrigação de cooperar”, conforme disposto no art. 86.

( Prova: CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público / Direito Internacional

Privado / Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815-1980); )

2 - Considere que um estrangeiro tenha sido expulso do país por pertencer a célula terrorista e ter participado do sequestro de autoridades

brasileiras. Considere, ainda, que, após a abertura de inquérito no Ministério da Justiça, no qual foi assegurada ampla defesa ao alienígena,

o presidente da República tenha decidido, por meio de decreto, pela sua

expulsão do país. Nessa situação, o estrangeiro só poderá voltar ao país

mediante decreto presidencial que revogue o anterior.

( ) Certo ( ) Errado

c

( Prova: CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público / Direito Internacional

Privado / Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815-1980); )

Nenhum Estado soberano é obrigado a aceitar o ingresso, em seu território, de pessoa que não mantenha com ele vínculo político.

Entretanto, no momento em que aceite o ingresso de indivíduo nessa condição, o Estado passa a ter, em relação a ele, deveres oriundos do

direito internacional. Nesse contexto, a Lei n.º 6.815/1980 (Estatuto do

Estrangeiro) e diversos julgados do STF vêm normatizando os direitos e

deveres dos estrangeiros em território nacional. Com relação a esse assunto, julgue os próximos itens.

Um imigrante e um turista recebem o mesmo tipo de visto para ingresso

no país.

( ) Certo ( ) Errado

e

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( Prova: CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz / Direito Internacional

Privado / Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815-1980); )

Com relação ao Estatuto do Estrangeiro (Lei n.º 6.815/1980), assinale a

opção correta.

a) A posse ou a propriedade de bens no Brasil confere ao

estrangeiro o direito de obter visto de qualquer natureza ou

autorização de permanência no território brasileiro.

b) O visto de trânsito pode ser concedido ao estrangeiro que, para

atingir o país de destino, tenha de entrar em território brasileiro.

c) O registro do estrangeiro deve ser mantido mesmo se o

registrado obtiver naturalização brasileira.

d) Deve ser concedida a extradição do estrangeiro quando o fato

que motivar o pedido de extradição não for considerado crime no

Brasil ou no Estado requerente.

e) Deve ser concedida a extradição do estrangeiro quando o fato

que motivar o pedido de extradição constituir crime político.

B

1) JUIZ FEDERAL TRF5 - 2009 - CESPE (questão 93). Com relação ao

Estatuto do Estrangeiro (Lei n.º 6.815/1980), assinale a opção correta.

(cód. Q27863)

a) A posse ou a propriedade de bens no Brasil confere ao estrangeiro o

direito de obter visto de qualquer natureza ou autorização de

permanência no território brasileiro. b) O visto de trânsito pode ser concedido ao estrangeiro que, para

atingir o país de destino, tenha de entrar em território brasileiro.

c) O registro do estrangeiro deve ser mantido mesmo se o registrado obtiver naturalização brasileira.

d) Deve ser concedida a extradição do estrangeiro quando o fato que

motivar o pedido de extradição não for considerado crime no Brasil ou no

Estado requerente.

e) Deve ser concedida a extradição do estrangeiro quando o fato que motivar o pedido de extradição constituir crime político.

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3) Não se concederá visto ao estrangeiro: condenado ou processado

em outro país por crime doloso, passível de extradição segundo a lei

brasileira.

C

7) O visto de turista poderá ser concedido ao estrangeiro que venha

ao Brasil com intuito de exercício de atividade remunerada.

E

10) O prazo de estada no Brasil, para estrangeiros em viagem de negócios ou na condição de artista ou desportista será de até noventa

dias.

C

13) O Ministério da Justiça definirá os casos de concessão,

prorrogação ou dispensa dos vistos diplomáticos, oficial e de cortesia.

E

16) O titular de visto diplomático ou oficial poderá obter

transformação desses vistos para temporário ou para permanente, ouvido o Ministério das Relações Exteriores, e satisfeitas as exigências previstas

nesta Lei e no seu Regulamento.

C

7. O estrangeiro, enquanto não se efetivar a deportação, será recolhido à prisão por ordem do Ministro da Justiça, pelo prazo de

sessenta dias.

C

11. A naturalização não importa aquisição da nacionalidade brasileira pelo

cônjuge e filhos do naturalizado, nem autoriza que estes entrem ou se

radiquem no Brasil sem que satisfaçam às exigências desta Lei.

C