aula 07 - direito tributário

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O ASSISTENTE TÉCNICO- ADMINISTRATIVO (ATA) DO MINISTÉRIO DA FAZENDA Prof.: Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br 1 PROFESSOR EDVALDO NILO PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO (ATA) DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – CONHECIMENTOS BÁSICOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO - AULA 7 - EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E SUAS MODALIDADES. Olá, chegamos a nossa aula 7. A numeração da parte teórica está como continuação da aula 5 e 6. Então, vamos nessa. 6. Introdução a exclusão do crédito tributário: 6.1 Isenção: 6.1.1 Classificações: 6.1.1.1 Isenções objetivas e isenções subjetivas; 6.1.1.2 Isenções em caráter geral e isenções em caráter específico; 6.1.1.3 Isenções onerosas e isenções simples; 6.1.1.4 Isenções por prazo indeterminado e isenções por prazo determinado; 6.1.1.5 Isenções amplas e isenções restritas; 6.1.1.6 Isenções autônomas e isenções heterônomas; 6.1.2 Fonte; 6.1.3 Extensão e revogação; 6.2 Anistia. 6. INTRODUÇÃO A EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO A isenção e a anistia são as causas de exclusão do crédito tributário. Exclusão do crédito tributário quer dizer impedir ou evitar a sua constituição. Como a constituição do crédito tributário ocorre com o lançamento, afirma-se que as hipóteses de isenção e de anistia são situações ou causas inibitórias do lançamento tributário, impedindo a sua existência. Portanto, segundo o CTN, a isenção e a anistia ocorrem antes do lançamento tributário e após o surgimento da obrigação tributária. Assim, a isenção e a anistia estão localizadas entre a obrigação e o lançamento tributário, evitando a constituição do crédito tributário. 6.1 ISENÇÃO

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PROFESSOR EDVALDO NILO PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO (ATA) DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – CONHECIMENTOS BÁSICOS DE DIREITO

TRIBUTÁRIO - AULA 7 - EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E SUAS MODALIDADES.

Olá, chegamos a nossa aula 7. A numeração da parte teórica está como continuação da aula 5

e 6. Então, vamos nessa.

6. Introdução a exclusão do crédito tributário: 6.1 Isenção: 6.1.1 Classificações: 6.1.1.1 Isenções objetivas e isenções subjetivas; 6.1.1.2 Isenções em caráter geral e isenções em caráter específico; 6.1.1.3 Isenções onerosas e isenções simples; 6.1.1.4 Isenções por prazo indeterminado e isenções por prazo determinado; 6.1.1.5 Isenções amplas e isenções restritas; 6.1.1.6 Isenções autônomas e isenções heterônomas; 6.1.2 Fonte; 6.1.3 Extensão e revogação; 6.2 Anistia.

6. INTRODUÇÃO A EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

A isenção e a anistia são as causas de exclusão do crédito tributário. Exclusão do crédito tributário quer dizer impedir ou evitar a sua constituição.

Como a constituição do crédito tributário ocorre com o

lançamento, afirma-se que as hipóteses de isenção e de anistia são situações ou causas inibitórias do lançamento tributário, impedindo a sua existência. Portanto, segundo o CTN, a isenção e a anistia ocorrem antes do lançamento tributário e após o surgimento da obrigação tributária.

Assim, a isenção e a anistia estão localizadas entre a obrigação

e o lançamento tributário, evitando a constituição do crédito tributário. 6.1 ISENÇÃO

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Os arts. 176 a 179, do CTN, tratam especificadamente da isenção tributária, sendo conceituada pelo STF como dispensa legal de pagamento de um tributo devido. 6.1.1 CLASSIFICAÇÕES

São diversas classificações doutrinárias a respeito da isenção, conforme se segue. 6.1.1.1 ISENÇÕES OBJETIVAS E ISENÇÕES SUBJETIVAS

As isenções objetivas (ou reais) dirigem-se a certos atos, objetos ou serviços. Um exemplo hipotético é considerar isento do Imposto de Importação (II) as mercadorias que estiverem na categoria de materiais de informática.

As isenções subjetivas (ou pessoais) dirigem-se a

determinadas pessoas. Um exemplo hipotético é a isenção parcial de IPI para a fabricação de carros especiais para deficientes físicos. 6.1.1.2 ISENÇÕES EM CARÁTER GERAL E ISENÇÕES EM CARÁTER ESPECÍFICO

As isenções gerais (ou absolutas) são dispostas diretamente na lei não necessitam de requerimento a autoridade administrativa competente, já as isenção específica ou especial (ou relativas), embora disposta na lei, depende de despacho de autorização da autoridade administrativa competente. 6.1.1.3 ISENÇÕES ONEROSAS E ISENÇÕES SIMPLES

As isenções onerosas (ou condicionadas) exigem uma contraprestação e acarretam custo ao beneficiado. Por exemplo, na Bahia, o governo do estado exigiu da empresa “Ford” a contratação de grande quantidade de empregados baianos.

Nas isenções simples (ou incondicionadas) não há qualquer

imposição de contraprestação ao beneficiado. 6.1.1.4 ISENÇÕES POR PRAZO INDETERMINADO E ISENÇÕES POR PRAZO DETERMINADO

As isenções por prazo indeterminado são isenções concedidas sem prazo definido e as isenções por prazo certo (determinado), que é auto-explicativa.

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6.1.1.5 ISENÇÕES AMPLAS E ISENÇÕES RESTRITAS

As isenções amplas se aplicam a todo território do ente tributante e as isenções restritas (ou regionalizadas) se aplicam apenas em determinadas regiões da entidade tributante. Por exemplo, uma isenção de IPI dos produtos industrializados oriundos da Zona Franca de Manaus.

Neste caso, lembramos que é proibido (vedado) à União

instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, sendo admitida, todavia, a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do país (art. 151, inc. I, da CF).

Destacamos também o parágrafo único, do art. 176, do CTN,

dispondo que a isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. 6.1.1.6 ISENÇÕES AUTÔNOMAS E ISENÇÕES HETERÔNOMAS

As isenções autônomas são concedidas pelo próprio ente federativo competente para instituir o tributo. Por exemplo, a lei federal (União) concede isenção de tributos federais e a (lei municipal) o Município concede isenção de tributos municipais.

Por sua vez, na isenção heterônoma ou heterotópica

determinado ente federativo concede isenção de tributo de outro ente federativo.

Nesse rumo, o art. 151, inc. III, da CF, expressamente proibi a

isenção heterônoma, vedando à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Todavia, há competência da República Federativa do Brasil para

firmar isenções tributos estaduais e municipais por meio de tratados internacionais, de acordo com o entendimento da jurisprudência do STF, que dispõe: “Isenção de tributo estadual prevista em tratado internacional firmado pela República Federativa do Brasil. Artigo 151, inciso III, da CF. Artigo 98 do CTN. Não caracterização de isenção heterônoma. (...) O artigo 98 do CTN possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados e os Municípios. No direito internacional apenas a República Federativa do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da

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Constituição da República), dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente da República não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição(...)”. 6.1.2 FONTE

Noutro ponto, a isenção, ainda quando prevista em contrato, deve ser estabelecida em lei, que deve especificar as condições e requisitos exigidos para sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o prazo de duração (art. 176).

Nesse rumo, em princípio, a lei concessiva da isenção é lei

ordinária. No caso de tributos instituídos por meio de lei complementar, exigir-se-á, segundo entendimento doutrinário dominante, isenção por idêntico diploma normativo (imposto sobre grandes fortunas, empréstimo compulsório, impostos residuais da União e contribuições residuais).

Contudo, ressaltamos que, independentemente de ser lei

ordinária ou complementar, a lei deve ser específica, conforme o art. 150, §6°, da CF. A mesma regra vale para a anistia, portanto, lei geral que versar sobre qualquer outro assunto não poderá incluir a isenção ou anistia. Exemplificando, determinada Lei geral que verse sobre o regime jurídico de servidores públicos e, em um dos seus artigos, trate de isenção de Imposto de Importação, é inconstitucional por desobedecer ao art. 150, §6°, da CF.

Ademais, a fonte da isenção em relação ao ICMS são os

convênios interestaduais elaborados no âmbito do CONFAZ, de acordo coma a LC 24/75. 6.1.3 EXTENSÃO E REVOGAÇÃO

Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:

• Às taxas e às contribuições de melhoria; • Aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão:

trata-se da isenção de tributo cuja competência ainda não tenha sido exercida, sendo denominada pela doutrina de isenção em branco. Deste modo, em princípio, é proibida a isenção de IGF (art. 153, VII, da CF/88), uma vez que ainda não foi criado tal tributo.

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Doutro ponto, consoante o art. 178 do CTN, as isenções podem

revogadas a qualquer tempo, salvo as isenções condicionais (onerosas) e por prazo certo. Assim, conforme o entendimento sumulado 544 do STF: “Isenção tributária concedida sob condição onerosa não pode ser livremente suprimida”.

Com base nesta súmula do STF, a jurisprudência predominante

adota o seguinte posicionamento:

• A isenção pode ser revogada; • Caso seja revogada e se trate se isenção incondicional, não há

que se observar o princípio da anterioridade, conforme entendimento ainda predominante no STF, estabelecendo que “revogada a isenção, o tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso assim, não há que se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é existente”;

• Caso seja isenção por prazo certo e condicional, não há que se falar em revogação, porque se trata de isenção irrevogável, havendo direito adquirido. Por último, devemos dizer que a isenção, quando não concedida

em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão (art. 179 do CTN).

Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo

(IPTU ou IPVA, por exemplo), o despacho autorizativo da autoridade administrativa será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção.

Portanto, o despacho autorizativo da autoridade administrativa

não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155, que se refere à moratória. 6.2 ANISTIA

A anistia é regulada nos arts. 180 a 182 do CTN, sendo o perdão legal das penalidades pecuniárias (multa) decorrentes das infrações tributárias praticadas antes da constituição do crédito tributário, isto é, antes do lançamento.

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A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas antes da vigência da lei que a concedeu, o que a torna de efeito retrospectivo (para o passado) e não prospectivo (para o futuro).

Assim, a lei concessiva de anistia apenas tem aplicação apenas

para as infrações praticadas anteriormente à sua vigência, pois se a lei pretendesse estabelecer anistia a infrações futuras estaria, na verdade, deixando de definir aquele fato como ilícito, ou seja, ele deixaria de ser infração.

Sendo assim, o art. 180 do CTN estabelece expressamente que a anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:

• Aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;

• Salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

De acordo com o art. 181 do CTN, anistia pode ser geral ou

limitada, sendo, neste último caso, concernente:

• Às infrações da legislação relativa a determinado tributo; • Às infrações punidas com penalidades pecuniárias até

determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;

• A determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;

• Sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei concessiva do favor ou pela autoridade administrativa.

Enaltecemos que a exclusão do crédito tributário, quer quanto à anistia, quer quanto à isenção, não dispensa o cumprimento das obrigações tributárias acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído.

Portanto, o sujeito anistiado continua obrigado a cumprir as

obrigações tributárias acessórias, além de continuar a arcar com o valor principal do crédito exigido, pois a dispensa é para multa, tão-somente.

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Devemos afirmar também que a anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão (art. 182, do CTN).

Agora, vamos para os exercícios detalhadamente comentados.

1. (ESAF/AFRRF 2005/Adaptada) Considerando o tema “isenção tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. (i) A isenção outorgada depois do fato gerador mas antes do lançamento exclui o crédito tributário. (ii) As isenções tributárias concedidas sob condição onerosa podem ser suprimidas livremente. (iii) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. a) V, F, F. b) F, F, F. c) F, F, V. d) V, F, V. e) V, V, V.

O primeiro item é verdadeiro, pois a isenção outorgada (quer dizer imposta pela lei) depois do fato gerador e antes do lançamento tributário exclui o crédito tributário.

O segundo item é falso, porque as isenções tributárias

concedidas sob condição onerosa não podem ser suprimidas livremente. Vale lembrar novamente a súmula 544 do STF, dispondo que “isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas”.

O terceiro item é verdadeiro, pois a pessoa política que detém a

competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais.

Logo, é a letra “d” (V, F, V).

2. (AFRF/2000/ESAF) (i) Segundo o Código Tributário Nacional, a isenção e a anistia requerem interpretação literal?

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(ii) A isenção dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído? (iii) Uma isenção de tributos, por dez anos, dada às indústrias que se instalarem em certo pólo de informática, aplica-se a taxas criadas no segundo ano após a concessão? a) sim, não, não. b) não, não, não. c) sim, sim, sim. d) sim, sim, não. e) não, não, sim.

O primeiro item é sim, pois segundo o CTN, a isenção e a

anistia requerem interpretação literal, de acordo com o art.111, inc. I, do CTN.

O segundo item é não, porque a isenção não dispensa o

cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, conforme parágrafo único do art. 175, do CTN.

O terceiro item é não, porque uma isenção de tributos,

por dez anos, dada às indústrias que se instalarem em certo pólo de informática, não se aplica a taxas criadas no segundo ano após a concessão.

Preste atenção no art. 177, inc. I e II, do CTN, que estabelece:

“Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão”.

Portanto, é a letra “a” (sim, não, não).

3. (AFE/MS/2001/ESAF) Em face da legislação e da jurisprudência dos tribunais superiores, pode-se afirmar que as isenções tributárias, concedidas sob condição onerosa, podem ser livremente suprimidas? a) Somente em situações de calamidade pública. b) Sim. c) Não. d) Somente a partir do exercício seguinte. e) Dentro do mesmo exercício, com expressa autorização legal.

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É a letra “c”, cobrando a ESAF o conhecimento da súmula 544 do STF: “isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas”.

4. (AFTN/96/ESAF) Sobre o tópico das isenções tributárias, é correto asseverar que a) equivalem a hipóteses de exclusão do crédito tributário legalmente qualificadas. b) delimitam o exercício da competência tributária. c) dispensam a obrigatoriedade do exercício dos deveres instrumentais ou formais. d) restringem-se tão só aos impostos. e) a União detém competência para dispor sobre isenção nas esferas estadual e municipal.

As isenções tributárias equivalem a hipóteses de

exclusão do crédito tributário legalmente qualificadas. Logo, é a letra “a”.

A letra “b” é falsa, porque as isenções tributárias não delimitam

o exercício da competência tributária. Na isenção há o exercício da competência tributária, por isso

que se diz que a isenção decorre do exercício da competência tributária. Tanto é verdade que a posição do STF é que ocorre o fato gerador, mas se impede o lançamento tributário.

A imunidade tributária é que delimita o exercício da

competência tributária, sendo considerada uma limitação constitucional ao poder de tributar.

A letra “c” é incorreta, porque as isenções tributárias não

dispensam a obrigatoriedade do exercício dos deveres instrumentais ou formais (obrigações tributárias acessórias).

A letra “d” é incorreta, pois as isenções tributárias não

restringem tão-só aos impostos, podendo alcançar qualquer espécie tributária, de acordo com o que dispõe o art. 176 do CTN: “A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração”.

A letra “e” é incorreta, porque a União não detém competência

para dispor sobre isenção nas esferas estadual e municipal.

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Dispõe o art. 151, inc. I, da CF/88: “É vedado à União: (I) - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios”.

Por sua vez, existem os casos já estudados de isenção por

tratados internacionais, com a competência da República Federativa do Brasil para isentar tributos estaduais e municipais.

5. (Fiscal Diadema/2000) A imunidade e a isenção resultam no não pagamento de um tributo porque: a) ambas limitam a competência tributária. b) ambas excluem o crédito tributário. c) a imunidade limita a competência tributária, e a isenção exclui o crédito tributário. d) a imunidade exclui o crédito tributário, e a isenção limita a competência tributária. e) ambas extinguem o crédito tributário.

A imunidade limita a competência tributária, enquanto a

isenção exclui o crédito tributário. Portanto, a resposta é “c”.

6. (ESAF/Analista/CE 2006) Assinale V para as verdadeiras ou F para as falsas nas afirmativas abaixo; em seguida, escolha a opção que se adequa à sua escolha. ( ) A moratória extingue o crédito tributário. ( ) O parcelamento suspende o crédito tributário. ( ) A isenção exclui o crédito tributário. ( ) O pagamento extingue o crédito tributário. ( ) A decadência exclui o crédito tributário. a) F – V – V – F – V. b) F – V – V – V – F. c) V – V – V – V – F. d) V – V – F – F – V. e) F – F – V – V – V.

O primeiro item é falso, uma vez que a moratória suspende o

crédito tributário (art. 151, inc. I, do CTN). O segundo item é verdadeiro, eis que o parcelamento suspende

o crédito tributário (art. 151, inc. VI, do CTN). O terceiro item é verdadeiro, porque a isenção exclui o crédito

tributário (art. 175, inc. I, do CTN).

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O quarto item é verdadeiro, uma vez que o pagamento extingue o crédito tributário (art. 156, inc. I, do CTN).

O quinto item é falso, pois a decadência extingue o crédito

tributário (art. 156, inc. V, do CTN). Logo, é a letra “b” (F – V – V – V – F).

7. (Auditor/TCE-GO/2007) Assinale V para as verdadeiras ou F para as falsas nas afirmativas abaixo; em seguida, escolha a opção que se adequa à sua escolha. ( ) A moratória extingue o crédito tributário. ( ) O parcelamento suspende o crédito tributário. ( ) A prescrição tributária interrompe-se pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal. ( ) O pagamento extingue o crédito tributário. ( ) A decadência exclui o crédito tributário. a) F – V – V – V – F. b) F – F – V – V – F. c) V – V – V – V – F. d) V – F – F – F – V. e) F – F – V – V – V.

O primeiro item é falso, uma vez que a moratória suspende o

crédito tributário (art. 151, inc. I, do CTN). O segundo item é verdadeiro, eis que o parcelamento suspende

o crédito tributário (art. 151, inc. VI, do CTN). O terceiro item é verdadeiro, porque a prescrição tributária

interrompe-se pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal (art. 174, parágrafo único, inc. I, do CTN).

O quarto item é verdadeiro, uma vez que o pagamento

extingue o crédito tributário (art. 156, inc. I, do CTN). O quinto item é falso, pois a decadência extingue o crédito

tributário (art. 156, inc. V, do CTN). Logo, é letra “a” (F – V – V – V – F).

8. (ESAF/AFTM/TERESINA/2002) Tem competência para conceder isenções de impostos: a) a União, em relação aos impostos federais, estaduais e municipais. b) a União, somente em relação aos impostos federais.

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c) os Estados, em relação aos impostos estaduais e municipais. d) os Estados, em relação aos impostos estaduais e do Distrito Federal. e) a União, em relação aos impostos federais, do Distrito Federal e dos Territórios Federais.

Adota-se o entendimento literal ou gramatical do art. 151, inc.

I, do CTN, que dispõe: “É vedado à União: (I) - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios”.

Logo, é a letra “b”.

9. (ESAF/IRB/2006) Um dos efeitos da definição do fato gerador dos tributos, em geral, é o de estabelecer os conceitos de incidência, não-incidência, imunidade e isenção. Sobre estas, é incorreto afirmar-se que a) há incidência de tributo quando determinado fato, por enquadrar-se no modelo abstratamente previsto pela lei, faz nascer a obrigação de recolher tributo. b) a isenção concedida por prazo certo e em função de determinadas condições não pode ser revogada nem reduzida. c) a não-incidência caracteriza-se pela não previsão do fato na hipótese de incidência. d) a imunidade é uma hipótese de não-incidência constitucionalmente qualificada. e) consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, consubstanciado em Súmula, a revogação de incidência não tem eficácia imediata, já que equivaleria à criação ou majoração de tributo.

Não existe súmula do STF afirmando que a revogação de incidência não tem eficácia imediata, já que equivaleria à criação ou majoração de tributo. A súmula do STF que vale para concursos públicos é a 544, que diz: “isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas”. Logo, é a alternativa “e”.

A letra “a” é verdadeira, porque é corretíssimo dizer que há

incidência de tributo quando determinado fato, por enquadrar-se no modelo abstratamente previsto pela lei, faz nascer a obrigação de recolher tributo.

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Em outras palavras, a incidência tributária ocorre quando acontece no mundo real o que está previsto na norma de direito tributário.

A letra “b” é correta, porque a isenção concedida por prazo

certo e em função de determinadas condições não pode ser revogada nem reduzida, de acordo com a interpretação da súmula 544 do STF.

A letra “c” é correta, pois a não-incidência caracteriza-se pela

não previsão do fato na hipótese de incidência. Ou seja, não-incidência quer dizer que não existe previsão na norma de determinado fato.

A letra “d” é correta, porque a imunidade é conceituada como

uma hipótese de não-incidência constitucionalmente qualificada, isto é, a imunidade é prevista na norma constitucional e não há incidência da norma tributária.

Por sua vez, alguns autores conceituam isenção como uma

hipótese de não-incidência legalmente qualificada (José Souto Maior Borges, por exemplo), o que é um equivoco para o STF, que entende que na isenção há incidência da norma tributária (ocorre o fato gerador) e não há o lançamento tributário.

10. (ESAF/AFE/CE/2007) A isenção, prevista no Código Tributário Nacional como modalidade de exclusão do crédito tributário, isto é, não se permite nem sequer que haja a constituição do crédito tributário. Sobre ela, podemos fazer as seguintes afirmações, com exceção de: a) pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, em qualquer hipótese. b) pode ser extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. c) salvo disposição de lei em contrário, não se estende às taxas. d) em determinadas situações, efetiva-se por despacho da autoridade administrativa. e) a lei que a conceder deverá especificar, entre outros, as condições e requisitos exigidos para a sua concessão.

A letra “a” é falsa, porque a isenção não pode ser revogada ou

modificada por lei, a qualquer tempo, em qualquer hipótese. Estabelece a súmula 544 do STF: “isenções tributárias

concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas”. E também o art. 178 do CTN, estabelecendo que a

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isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo.

A letra “b” é correta, porque a isenção pode ser extensiva aos

tributos instituídos posteriormente à sua concessão. O inc. II, do art. 177 do CTN afirma que, salvo disposição de lei

em contrário, a isenção não é extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. Isto significa dizer que a isenção pode ser extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão, desde que a lei assim estabeleça.

A letra “c” é correta, eis que a isenção, salvo disposição de lei

em contrário, não se estende às taxas, conforme o art. 177, inc. I, do CTN.

A letra “d” é correta, porque a isenção, em determinadas

situações, efetiva-se por despacho da autoridade administrativa. Dispõe o art. 179, caput, do CTN, que a “isenção, quando não

concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão”.

A letra “e” é correta, uma vez que a lei que a conceder deverá

especificar, entre outros, as condições e requisitos exigidos para a sua concessão.

É o que estabelece o art. 176, caput, do CTN, a “isenção, ainda

quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração”.

11. (ESAF/AFRFB/2005) Considerando o tema “isenção tributária”, julgue os itens a seguir e marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Se concedida com prazo determinado e sob condições não pode ser revogada. ( ) Com o advento da Constituição de 1988, a concessão da isenção heterotópica passou a ser proibida (art. 151, III).

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( ) Por ser a isenção nada mais que o reverso da tributação, a lei isentiva só entra em vigor no exercício financeiro seguinte ao em que instituída. ( ) Segundo a letra do Código Tributário Nacional, a isenção constitui mera dispensa legal do pagamento do tributo. a) V F F V. b) V V F V. c) V F V F. d) F V F V. e) V F F F.

O item I é verdadeiro, de acordo com a súmula 544 do STF. O item II é verdadeiro, pois a isenção heterônoma ou

heterotópica é vedada pela CF/88, dispondo que é proibido à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

O item III é falso, eis que a lei isentiva não necessita obedecer

ao princípio da anterioridade anual, segundo entendimento do STF. O item IV é verdadeiro, uma vez que a isenção é a dispensa

legal do pagamento do tributo, conforme interpretação do CTN. Logo, é a alternativa “b” (V, V, F, V).

12. (ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere à exclusão do crédito tributário, e especificamente quanto à isenção, dispõe o Código Tributário Nacional que: a) salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. b) a isenção não pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, por força do princípio da uniformidade geográfico-tributária. c) a isenção, ainda quando prevista em contrato, depende de decisão administrativa devidamente fundamentada, explicitando condições e requisitos para a fruição do benefício. d) a isenção é sempre extensiva às taxas e contribuições de melhoria. e) a isenção, ainda que concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo.

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É a letra “a”, porque salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: (i) às taxas e às contribuições de melhoria; (ii) aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão (art. 177, incs. I e II, do CTN). Portanto, a letra “d” também é falsa.

A letra “b” é falsa, uma vez que a isenção pode ser restrita a

determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares, conforme o parágrafo único do art. 176, do CTN.

A letra “c” é falsa, porque a isenção, ainda quando prevista em

contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração (art. 176, caput, do CTN).

E o art. 179, caput, do CTN, dispõe que a isenção nem sempre

depende de decisão administrativa, podendo ser concedida de forma ou em caráter geral.

É importante dizer aqui que o candidato deve prestar sempre

atenção no enunciado da questão que se refere expressamente ao que dispõe o CTN.

A letra “e” é falsa, pois o art. 178, caput, do CTN, dispõe que a

isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo.

É importante você saber também que a isenção tributária

“concedida sob condição onerosa não pode ser livremente suprimida”, conforme o entendimento ainda válido da súmula 544 do STF.

13. (AFTN/94/ESAF) Sabe-se que a denominação dada pelo legislador a um determinado instituto não lhe muda a natureza. Levando isso em consideração, examine a natureza jurídica da “anistia” concedida por certo Município, que aprovou em 1993 uma lei do seguinte teor: “Art. 1º Ficam anistiados: I – a partir do exercício de 1994, os débitos do imposto predial e territorial urbano referentes a imóveis de valor inferior a 100 unidades fiscais do Município (UFM); II – a partir de 1990, os débitos tributários de qualquer natureza, de valor inferior a 60 UFM, vencidos até 1992;

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III – os atos definidos na legislação do imposto sobre serviços como sujeitos a multa e a interdição de estabelecimento praticados até a data desta lei. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.” a) O inciso I trata de isenção; o II, de remissão; e o III, de anistia. b) Os três incisos tratam de anistia, consoante consta do caput do art. 1º. c) O inciso III cuida de extinção de crédito tributário e os demais, de exclusão. d) O inciso I trata de suspensão e os demais, de extinção. e) As três hipóteses são de remissão.

Esta questão é muito interessante e de nível elevado. Realmente é verdade que para o direito interessa mais a

natureza jurídica do instituto (características estabelecidas legalmente) do que a sua própria denominação. Em outras palavras, mais vale a compreensão do que estabelece a lei do que determinado nome disposto na mesma lei.

Assim, esta questão cobra do candidato o conhecimento das

diferenças entre isenção, remissão e anistia. Portanto, o candidato deve prestar atenção no ano fixado no

enunciado da questão, que foi ano em que foi editada a lei (1993). Lembre que o art. 180 do CTN dispõe: “A anistia abrange

exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas”.

Nesse rumo, o primeiro item se refere a dispensar o débito do

IPTU que ainda não foi lançado, portanto é dispensa de tributo e caso de isenção.

O segundo item é remissão, pois se refere a tributos e a débitos

já consumados. O terceiro item é anistia, pois se refere a multas (penalidades

pecuniárias) e fala em atos inflacionais já praticadas, portanto, deve-se considerar que ainda não foram lançadas.

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Logo, é a letra “a”.

14. (AFRF/2003 – ESAF) Responda de acordo com as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional. (i) É permitido que a anistia abranja infrações cometidas posteriormente ao início da vigência da lei que a concede? (ii) É vedado às entidades tributantes conceder anistia e isenção que alcancem apenas determinada região do seu território, em função de condições a ela peculiares? (iii) O despacho da autoridade administrativa que concede isenção gera direito adquirido para o beneficiário? a) Não, não, sim. b) Não, sim, não. c) Não, não, não. d) Sim, não, sim. e) Sim, não, não.

A primeira pergunta é não, porque não é permitido que a

anistia abranja infrações cometidas posteriormente ao início da vigência da lei que a concede.

O art. 180 do CTN dispõe expressamente que a anistia

“abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede”.

A segunda pergunta é não, porque não é vedado (proibido) às

entidades tributantes conceder anistia e isenção que alcancem apenas determinada região do seu território, em função de condições a ela peculiares.

Dispõe o parágrafo único, do art. 176, do CTN, que “a isenção

pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares”.

Do mesmo modo, a alínea “c”, do inc. II, do art. 181, do CTN,

dispondo que a anistia pode ser concedida limitadamente a “determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares”.

A terceira pergunta é não, uma vez que o despacho da

autoridade administrativa que concede isenção não gera direito adquirido para o beneficiário, de acordo com o §2°, do art. 179, do CTN.

Logo, é a letra “c” (Não, não, não).

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15. (AFTE PI/2002/ESAF) A anistia tributária atinge: a) os atos praticados com dolo. b) os atos praticados com simulação. c) os atos praticados com fraude. d) os atos qualificados em lei como contravenções. e) as penalidades provenientes de infrações às leis tributárias.

Estabelece o art. 180 do CTN: “A anistia abrange

exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas”.

Portanto, é a letra “e”, pois a anistia atinge as

penalidades provenientes de infrações às leis tributárias.

16. (AFTE RN/2004/ESAF) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. (a) É permitido conceder anistia que abranja atos praticados com simulação por terceiro em benefício do sujeito passivo? (b) É permitido que lei tributária concessiva de anistia condicione o benefício fiscal ao pagamento de tributo? (c) Admite-se a revogação por lei, a qualquer tempo, de isenção concedida por prazo certo e em função de determinadas condições? (d) É permitido que a isenção e a anistia sejam concedidas restritamente a determinada região do território do ente tributante, em função de condições a ela peculiares? a) Sim, não, sim, sim. b) Sim, sim, não, sim. c) Sim, sim, não, não. d) Não, não, não, sim. e) Não, sim, não, sim.

A primeira pergunta é não, porque não é permitido conceder

anistia que abranja atos praticados com simulação por terceiro em benefício do sujeito passivo, de acordo com inc. I, do art. 180 do CTN.

A segunda pergunta é sim, porque é permitido que lei tributária

concessiva de anistia condicione o benefício fiscal ao pagamento de

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tributo, dispondo a alínea “d”, do inc. II, do art. 181, do CTN, que a anistia pode ser concedida limitadamente “sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa”.

A terceira pergunta é não, porque não se admite a revogação

por lei, a qualquer tempo, de isenção concedida por prazo certo e em função de determinadas condições.

Diz a súmula 544 do STF: “isenções tributárias concedidas, sob

condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas”. No mesmo sentido, o art. 178 do CTN, estabelecendo que a

isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo.

A quarta pergunta é sim, eis que é permitido que a isenção e a

anistia sejam concedidas restritamente a determinada região do território do ente tributante, em função de condições a ela peculiares.

Dispõe o parágrafo único, do art. 176, do CTN, que “a isenção

pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares”.

Do mesmo modo, a alínea “c”, do inc. II, do art. 181, do CTN,

dispondo que a anistia pode ser concedida limitadamente a “determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares”.

Logo, é a letra “e” (Não, sim, não, sim).

17. (TRF/2005/ESAF) De acordo com o art. 175 do Código Tributário Nacional, a isenção e a anistia excluem o crédito tributário. Por isso, podemos afirmar que a) a exclusão do crédito tributário dispensa, inclusive, o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído. b) a isenção pode-se estender às taxas e às contribuições de melhoria, caso haja previsão legal. c) a anistia somente pode ser concedida em caráter geral. d) a isenção pode ser revogada ou modificada, em qualquer hipótese, por despacho fundamentado da autoridade competente para concedê-la.

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e) a anistia, como regra, abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede. Entretanto, esta lei poderá ter efeitos futuros, nas situações e condições que especificar.

A letra “b” é correta, porque a isenção pode-se estender às

taxas e às contribuições de melhoria, caso haja previsão legal. Deste modo, a isenção, salvo disposição de lei em

contrário, não se estende às taxas, conforme o art. 177, inc. I, do CTN.

A letra “a” é incorreta, porque a exclusão do crédito tributário

não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente, conforme parágrafo único do art. 175, do CTN.

A letra “c” é incorreta, eis que a anistia pode ser concedida em

caráter geral e em caráter limitado, de acordo com art. 181, inc. II, do CTN.

A letra “d” é incorreta, porque a isenção, em determinadas

situações, efetiva-se por despacho da autoridade administrativa, mas não pode ser revogada ou modificada, em qualquer hipótese.

Mais uma vez a súmula 544 do STF: “isenções tributárias

concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas”. E também o art. 178 do CTN, estabelecendo que a isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo.

A letra “e” é incorreta, uma vez que a anistia abrange

exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei e ponto final. A lei de anistia não tem efeitos prospectivos (efeitos futuros), mas sim retrospectivos (para o passado).

18. (TTN/97/ESAF) Uma lei determinou que fossem cancelados todos os créditos tributários até determinado valor, inscritos ou não na Dívida Ativa. Essa lei tratou, portanto, da instituição da a) moratória. b) anistia. c) remissão. d) isenção. e) prescrição.

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É correto dizer que se uma lei determinou que fossem

cancelados todos os créditos tributários até determinado valor, inscritos ou não na Dívida Ativa, tratou-se da instituição da remissão, uma vez que a questão fala em crédito tributário, que pressupõe a existência de lançamento tributário.

Não podendo a situação ser considera como anistia, eis que

nesta não existe crédito tributário, mas somente obrigação tributária. Logo, a resposta é a letra “c”.

19. (AFE/PA/2002/ESAF) É correto afirmar que, por meio da ___________, opera-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo crédito tributário regularmente constituído. a) isenção. b) prescrição. c) remissão. d) anistia. e) decadência.

É correto afirmar que, por meio da remissão, opera-se a

dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo crédito tributário regularmente constituído.

Ou seja, a questão fala em “pressupondo crédito tributário

regularmente constituído”, não podendo ser anistia ou isenção. Logo, a resposta é a letra “c” novamente.

20. (AFTN/94/ESAF) As infrações cometidas posteriormente à data de início de vigência de lei que concede anistia a) não estão abrangidas pela lei. b) estão abrangidas pela lei, se a anistia for geral. c) estão abrangidas pela lei, mesmo sendo restrita a anistia. d) estão abrangidas pela lei, até o final do exercício em que publicada a lei. e) estão abrangidas pela lei, se a anistia for para certa região.

As infrações cometidas posteriormente à data de início de

vigência de lei que concede anistia não estão abrangidas pela lei. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas

anteriormente à vigência da lei (art. 180, caput, do CTN).

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Portanto, é a alternativa “a”.

21. (AFTN/98/ESAF) (I) A isenção e a anistia, segundo o Código Tributário Nacional, excluem o crédito tributário. (II) Afora os casos legalmente excetuados, a anistia, quando se refere a infração sujeita a multa, impede a constituição do crédito tributário relativo à penalidade pecuniária. (III) A isenção pessoal, salvo disposição legal em contrário, não pode referir-se a tributo criado posteriormente à sua concessão. Assinale a opção correta. a) As três assertivas são corretas. b) As três são falsas. c) São corretas as duas primeiras, não a última. d) São corretas as duas últimas, não a primeira. e) Está correta apenas uma das três assertivas.

O primeiro item é verdadeiro, porque a isenção e a anistia,

segundo o CTN, excluem o crédito tributário (art. 175, caput). O segundo item é verdadeiro, pois afora (salvo) os casos

legalmente excetuados, a anistia, quando se refere a infração sujeita a multa, impede a constituição do crédito tributário relativo à penalidade pecuniária, conforme o art. 180, incs. I e II, do CTN.

Ou seja, anistia impede que o lançamento da multa seja

efetuado pela autoridade competente, salvo nos casos proibidos pelo CTN, que são: (i) atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; (ii) salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

O terceiro item é verdadeiro, porque a isenção pessoal ou

subjetiva ou até mesmo a geral ou objetiva, salvo disposição legal em contrário, não pode referir-se a tributo criado posteriormente à sua concessão.

O inc. II, do art. 177 do CTN afirma que, salvo disposição de

lei em contrário, a isenção não é extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão, isto é, a isenção pode ser extensiva

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aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão apenas nos casos em que a lei assim estabeleça.

Assim, as três assertivas são corretas. Portanto, é a

alternativa “a”.

22. (ESAF/AFTE/MS 2001) Uma das espécies de exclusão do crédito tributário, que somente pode ser autorizada por lei e aplicável apenas às infrações cometidas pelo sujeito passivo anteriormente à vigência da lei que a concede, sendo, portanto, retroativa, é: a) Isenção. b) Remissão. c) Moratória. d) Imunidade. e) Anistia.

Uma das espécies de exclusão do crédito tributário, que

somente pode ser autorizada por lei e aplicável apenas às infrações cometidas pelo sujeito passivo anteriormente à vigência da lei que a concede, sendo, portanto, retroativa, é a anistia, conforme art. 180 do CTN.

Logo, é a letra “e”.

23. (ESAF/MPE-GO/2007) Sobre a exclusão do crédito tributário, pode-se afirmar, com exceção a) que, salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria. b) que a isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão. c) que a anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa. d) que a anistia pode ser concedida de forma limitada às infrações de determinado tributo. e) que a anistia não abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede.

A letra “e” é incorreta, pois afirma que a anistia não abrange

exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede.

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E você já sabe que anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede (art. 180, caput, do CTN).

A letra “a” é verdadeira, eis que, salvo disposição de lei em

contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria, de acordo com o art. 177, inc. I, do CTN.

A letra “b” é verdadeira, pois a isenção, ainda quando prevista

em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, conforme dispõe o caput, do art. 176 do CTN.

A letra “c” é verdadeira, eis que a anistia, quando não

concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, conforme interpretação do art. 181, do CTN

A letra “d” é verdadeira, porque a anistia pode ser concedida

de forma limitada às infrações de determinado tributo. De acordo com a alínea “a”, do inc. II, do art. 181, do CTN,

dispondo que a anistia pode ser concedida limitadamente às “infrações da legislação relativa a determinado tributo”.

24. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a exclusão do crédito tributário, assinale a opção correta. a) Nas modalidades de exclusão do crédito tributário, verifica-se a ocorrência do fato gerador, a declaração da obrigação tributária e a constituição do crédito tributário, porém, não subsiste a obrigação de pagamento. b) A isenção é causa de não-incidência tributária. c) A União, mediante lei complementar e atendendo a relevante interesse social ou econômico nacional, poderá conceder isenções de impostos estaduais e municipais. d) Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, a revogação de isenção não se sujeita ao princípio da anterioridade, fazendo com que o tributo volte a ser imediatamente exigível. e) As isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, podem ser suprimidas por conveniência da Administração.

Letra (A). Nas hipóteses de exclusão do crédito tributário

(isenção e anistia) não há constituição do crédito tributário. Logo, incorreta.

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Letra (B). Segundo entendimento ainda dominante no STF, a isenção é a dispensa do pagamento de um tributo devido em face da ocorrência de seu fato gerador (ADI 286). Isto é, há incidência tributária. Logo, incorreta.

Letra (C). O art. 151, III, da CF, proíbe, no âmbito interno, as

isenções heterônomas. Logo, incorreta. Letra (D). Na hipótese de revogação de isenção incondicional,

não há que se observar o princípio da anterioridade, conforme entendimento predominante no STF, estabelecendo que “revogada a isenção, o tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso assim, não há que se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é existente”. Logo, correta.

Letra (E). Conforme o entendimento sumulado do STF, a

“isenção tributária concedida sob condição onerosa não pode ser livremente suprimida” (súmula 544). Logo, incorreta.

25. (ESAF/ATRFB/2010) De acordo com o disposto no artigo 175 do Código Tributário Nacional, excluem o crédito tributário a isenção e a anistia. Sobre estas, comparadas a outros benefícios dos quais resultam renúncia de receita, podemos afirmar, exceto, que: a) a isenção exclui o crédito tributário, ou seja, surge a obrigação mas o respectivo crédito não será exigível; logo, o cumprimento da obrigação principal, bem como das obrigações acessórias dela decorrentes, fica dispensado. b) ainda no caso da alíquota zero, no caso do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, permite-se ao Poder Executivo restabelecer as alíquotas a qualquer tempo, sem a necessidade de edição de lei para tal finalidade. c) o efeito econômico da isenção assemelha-se ao do benefício fiscal da alíquota zero, sendo esta uma solução encontrada pelas autoridades fazendárias no sentido de excluir o ônus da tributação sobre certos produtos, temporariamente, sem o isentar. d) caso o tributo tenha sido instituído por lei complementar, a concessão de sua isenção tem de ser feita por meio de diploma legislativo de mesmo nível, ou seja, também por lei complementar. e) a anistia fiscal é capitulada como a exclusão do crédito (gerado pela infração) e não como extinção (caso de remissão), pois se trata de créditos que aparecem depois do fato violador, abrangendo apenas infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede.

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Letra (A). A isenção não dispensa o cumprimento das

obrigações tributárias acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente (art. 175, parágrafo único, CTN). Logo, incorreta.

Letra (B). No caso do IPI, segundo o texto constitucional (art.

153, §1°, CF), na hipótese de alíquota zero, permite-se ao Poder Executivo restabelecer as alíquotas a qualquer tempo, mediante Decreto. Logo, correta.

Letra (C). O efeito econômico da isenção assemelha-se ao da

alíquota zero, uma vez que as duas resultam no não pagamento do tributo. Portanto, correta.

Letra (D). Em face do princípio da simetria, segundo a doutrina

majoritária, a instituição de isenção decorre do mesmo poder que o ente tributante tem para instituir o tributo. Por exemplo, criado o imposto residual, qualquer tipo de isenção deste tributo dever ser instituída mediante lei complementar. Logo, correta.

Letra (E). A anistia abrange exclusivamente as infrações

cometidas anteriormente à vigência da lei (art. 179 do CTN) e impede a constituição do crédito tributário. Já remissão é o perdão do tributo ou/e da infração tributária e ocorre após a constituição do crédito tributário, extinguindo-o (art. 156, IV, CTN). Portanto, correta.

QUESTÕES TRATADAS EM SALA DE AULA

1. (ESAF/AFRRF 2005/Adaptada) Considerando o tema “isenção tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. (i) A isenção outorgada depois do fato gerador mas antes do lançamento exclui o crédito tributário. (ii) As isenções tributárias concedidas sob condição onerosa podem ser suprimidas livremente. (iii) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. a) V, F, F. b) F, F, F. c) F, F, V. d) V, F, V. e) V, V, V.

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2. (AFRF/2000/ESAF) (i) Segundo o Código Tributário Nacional, a isenção e a anistia requerem interpretação literal? (ii) A isenção dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído? (iii) Uma isenção de tributos, por dez anos, dada às indústrias que se instalarem em certo pólo de informática, aplica-se a taxas criadas no segundo ano após a concessão? a) sim, não, não. b) não, não, não. c) sim, sim, sim. d) sim, sim, não. e) não, não, sim. 3. (AFE/MS/2001/ESAF) Em face da legislação e da jurisprudência dos tribunais superiores, pode-se afirmar que as isenções tributárias, concedidas sob condição onerosa, podem ser livremente suprimidas? a) Somente em situações de calamidade pública. b) Sim. c) Não. d) Somente a partir do exercício seguinte. e) Dentro do mesmo exercício, com expressa autorização legal. 4. (AFTN/96/ESAF) Sobre o tópico das isenções tributárias, é correto asseverar que a) equivalem a hipóteses de exclusão do crédito tributário legalmente qualificadas. b) delimitam o exercício da competência tributária. c) dispensam a obrigatoriedade do exercício dos deveres instrumentais ou formais. d) restringem-se tão só aos impostos. e) a União detém competência para dispor sobre isenção nas esferas estadual e municipal. 5. (Fiscal Diadema/2000) A imunidade e a isenção resultam no não pagamento de um tributo porque: a) ambas limitam a competência tributária. b) ambas excluem o crédito tributário. c) a imunidade limita a competência tributária, e a isenção exclui o crédito tributário. d) a imunidade exclui o crédito tributário, e a isenção limita a competência tributária. e) ambas extinguem o crédito tributário.

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6. (ESAF/Analista/CE 2006) Assinale V para as verdadeiras ou F para as falsas nas afirmativas abaixo; em seguida, escolha a opção que se adequa à sua escolha. ( ) A moratória extingue o crédito tributário. ( ) O parcelamento suspende o crédito tributário. ( ) A isenção exclui o crédito tributário. ( ) O pagamento extingue o crédito tributário. ( ) A decadência exclui o crédito tributário. a) F – V – V – F – V. b) F – V – V – V – F. c) V – V – V – V – F. d) V – V – F – F – V. e) F – F – V – V – V. 7. (Auditor/TCE-GO/2007) Assinale V para as verdadeiras ou F para as falsas nas afirmativas abaixo; em seguida, escolha a opção que se adequa à sua escolha. ( ) A moratória extingue o crédito tributário. ( ) O parcelamento suspende o crédito tributário. ( ) A prescrição tributária interrompe-se pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal. ( ) O pagamento extingue o crédito tributário. ( ) A decadência exclui o crédito tributário. a) F – V – V – V – F. b) F – F – V – V – F. c) V – V – V – V – F. d) V – F – F – F – V. e) F – F – V – V – V. 8. (ESAF/AFTM/TERESINA/2002) Tem competência para conceder isenções de impostos: a) a União, em relação aos impostos federais, estaduais e municipais. b) a União, somente em relação aos impostos federais. c) os Estados, em relação aos impostos estaduais e municipais. d) os Estados, em relação aos impostos estaduais e do Distrito Federal. e) a União, em relação aos impostos federais, do Distrito Federal e dos Territórios Federais. 9. (ESAF/IRB/2006) Um dos efeitos da definição do fato gerador dos tributos, em geral, é o de estabelecer os conceitos de incidência, não-incidência, imunidade e isenção. Sobre estas, é incorreto afirmar-se que a) há incidência de tributo quando determinado fato, por enquadrar-se no modelo abstratamente previsto pela lei, faz nascer a obrigação de recolher tributo.

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b) a isenção concedida por prazo certo e em função de determinadas condições não pode ser revogada nem reduzida. c) a não-incidência caracteriza-se pela não previsão do fato na hipótese de incidência. d) a imunidade é uma hipótese de não-incidência constitucionalmente qualificada. e) consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, consubstanciado em Súmula, a revogação de incidência não tem eficácia imediata, já que equivaleria à criação ou majoração de tributo. 10. (ESAF/AFE/CE/2007) A isenção, prevista no Código Tributário Nacional como modalidade de exclusão do crédito tributário, isto é, não se permite nem sequer que haja a constituição do crédito tributário. Sobre ela, podemos fazer as seguintes afirmações, com exceção de: a) pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, em qualquer hipótese. b) pode ser extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. c) salvo disposição de lei em contrário, não se estende às taxas. d) em determinadas situações, efetiva-se por despacho da autoridade administrativa. e) a lei que a conceder deverá especificar, entre outros, as condições e requisitos exigidos para a sua concessão. 11. (ESAF/AFRFB/2005) Considerando o tema “isenção tributária”, julgue os itens a seguir e marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Se concedida com prazo determinado e sob condições não pode ser revogada. ( ) Com o advento da Constituição de 1988, a concessão da isenção heterotópica passou a ser proibida (art. 151, III). ( ) Por ser a isenção nada mais que o reverso da tributação, a lei isentiva só entra em vigor no exercício financeiro seguinte ao em que instituída. ( ) Segundo a letra do Código Tributário Nacional, a isenção constitui mera dispensa legal do pagamento do tributo. a) V F F V. b) V V F V. c) V F V F. d) F V F V. e) V F F F.

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12. (ESAF/ATA/MF/2009) No que se refere à exclusão do crédito tributário, e especificamente quanto à isenção, dispõe o Código Tributário Nacional que: a) salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. b) a isenção não pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, por força do princípio da uniformidade geográfico-tributária. c) a isenção, ainda quando prevista em contrato, depende de decisão administrativa devidamente fundamentada, explicitando condições e requisitos para a fruição do benefício. d) a isenção é sempre extensiva às taxas e contribuições de melhoria. e) a isenção, ainda que concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo. 13. (AFTN/94/ESAF) Sabe-se que a denominação dada pelo legislador a um determinado instituto não lhe muda a natureza. Levando isso em consideração, examine a natureza jurídica da “anistia” concedida por certo Município, que aprovou em 1993 uma lei do seguinte teor: “Art. 1º Ficam anistiados: I – a partir do exercício de 1994, os débitos do imposto predial e territorial urbano referentes a imóveis de valor inferior a 100 unidades fiscais do Município (UFM); II – a partir de 1990, os débitos tributários de qualquer natureza, de valor inferior a 60 UFM, vencidos até 1992; III – os atos definidos na legislação do imposto sobre serviços como sujeitos a multa e a interdição de estabelecimento praticados até a data desta lei. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.” a) O inciso I trata de isenção; o II, de remissão; e o III, de anistia. b) Os três incisos tratam de anistia, consoante consta do caput do art. 1º. c) O inciso III cuida de extinção de crédito tributário e os demais, de exclusão. d) O inciso I trata de suspensão e os demais, de extinção. e) As três hipóteses são de remissão. 14. (AFRF/2003 – ESAF) Responda de acordo com as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional. (i) É permitido que a anistia abranja infrações cometidas posteriormente ao início da vigência da lei que a concede? (ii) É vedado às entidades tributantes conceder anistia e isenção que alcancem apenas determinada região do seu território, em função de condições a ela peculiares?

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(iii) O despacho da autoridade administrativa que concede isenção gera direito adquirido para o beneficiário? a) Não, não, sim. b) Não, sim, não. c) Não, não, não. d) Sim, não, sim. e) Sim, não, não. 15. (AFTE PI/2002/ESAF) A anistia tributária atinge: a) os atos praticados com dolo. b) os atos praticados com simulação. c) os atos praticados com fraude. d) os atos qualificados em lei como contravenções. e) as penalidades provenientes de infrações às leis tributárias. 16. (AFTE RN/2004/ESAF) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. (a) É permitido conceder anistia que abranja atos praticados com simulação por terceiro em benefício do sujeito passivo? (b) É permitido que lei tributária concessiva de anistia condicione o benefício fiscal ao pagamento de tributo? (c) Admite-se a revogação por lei, a qualquer tempo, de isenção concedida por prazo certo e em função de determinadas condições? (d) É permitido que a isenção e a anistia sejam concedidas restritamente a determinada região do território do ente tributante, em função de condições a ela peculiares? a) Sim, não, sim, sim. b) Sim, sim, não, sim. c) Sim, sim, não, não. d) Não, não, não, sim. e) Não, sim, não, sim. 17. (TRF/2005/ESAF) De acordo com o art. 175 do Código Tributário Nacional, a isenção e a anistia excluem o crédito tributário. Por isso, podemos afirmar que a) a exclusão do crédito tributário dispensa, inclusive, o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído. b) a isenção pode-se estender às taxas e às contribuições de melhoria, caso haja previsão legal. c) a anistia somente pode ser concedida em caráter geral. d) a isenção pode ser revogada ou modificada, em qualquer hipótese, por despacho fundamentado da autoridade competente para concedê-la. e) a anistia, como regra, abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede. Entretanto,

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esta lei poderá ter efeitos futuros, nas situações e condições que especificar. 18. (TTN/97/ESAF) Uma lei determinou que fossem cancelados todos os créditos tributários até determinado valor, inscritos ou não na Dívida Ativa. Essa lei tratou, portanto, da instituição da a) moratória. b) anistia. c) remissão. d) isenção. e) prescrição. 19. (AFE/PA/2002/ESAF) É correto afirmar que, por meio da ___________, opera-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo crédito tributário regularmente constituído. a) isenção. b) prescrição. c) remissão. d) anistia. e) decadência. 20. (AFTN/94/ESAF) As infrações cometidas posteriormente à data de início de vigência de lei que concede anistia a) não estão abrangidas pela lei. b) estão abrangidas pela lei, se a anistia for geral. c) estão abrangidas pela lei, mesmo sendo restrita a anistia. d) estão abrangidas pela lei, até o final do exercício em que publicada a lei. e) estão abrangidas pela lei, se a anistia for para certa região. 21. (AFTN/98/ESAF) (I) A isenção e a anistia, segundo o Código Tributário Nacional, excluem o crédito tributário. (II) Afora os casos legalmente excetuados, a anistia, quando se refere a infração sujeita a multa, impede a constituição do crédito tributário relativo à penalidade pecuniária. (III) A isenção pessoal, salvo disposição legal em contrário, não pode referir-se a tributo criado posteriormente à sua concessão. Assinale a opção correta. a) As três assertivas são corretas. b) As três são falsas. c) São corretas as duas primeiras, não a última. d) São corretas as duas últimas, não a primeira. e) Está correta apenas uma das três assertivas.

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22. (ESAF/AFTE/MS 2001) Uma das espécies de exclusão do crédito tributário, que somente pode ser autorizada por lei e aplicável apenas às infrações cometidas pelo sujeito passivo anteriormente à vigência da lei que a concede, sendo, portanto, retroativa, é: a) Isenção. b) Remissão. c) Moratória. d) Imunidade. e) Anistia. 23. (ESAF/MPE-GO/2007) Sobre a exclusão do crédito tributário, pode-se afirmar, com exceção a) que, salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria. b) que a isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão. c) que a anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa. d) que a anistia pode ser concedida de forma limitada às infrações de determinado tributo. e) que a anistia não abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede. 24. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a exclusão do crédito tributário, assinale a opção correta. a) Nas modalidades de exclusão do crédito tributário, verifica-se a ocorrência do fato gerador, a declaração da obrigação tributária e a constituição do crédito tributário, porém, não subsiste a obrigação de pagamento. b) A isenção é causa de não-incidência tributária. c) A União, mediante lei complementar e atendendo a relevante interesse social ou econômico nacional, poderá conceder isenções de impostos estaduais e municipais. d) Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, a revogação de isenção não se sujeita ao princípio da anterioridade, fazendo com que o tributo volte a ser imediatamente exigível. e) As isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, podem ser suprimidas por conveniência da Administração. 25. (ESAF/ATRFB/2010) De acordo com o disposto no artigo 175 do Código Tributário Nacional, excluem o crédito tributário a isenção e a anistia. Sobre estas, comparadas a outros benefícios dos quais resultam renúncia de receita, podemos afirmar, exceto, que: a) a isenção exclui o crédito tributário, ou seja, surge a obrigação mas o respectivo crédito não será exigível; logo, o cumprimento da

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obrigação principal, bem como das obrigações acessórias dela decorrentes, fica dispensado. b) ainda no caso da alíquota zero, no caso do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, permite-se ao Poder Executivo restabelecer as alíquotas a qualquer tempo, sem a necessidade de edição de lei para tal finalidade. c) o efeito econômico da isenção assemelha-se ao do benefício fiscal da alíquota zero, sendo esta uma solução encontrada pelas autoridades fazendárias no sentido de excluir o ônus da tributação sobre certos produtos, temporariamente, sem o isentar. d) caso o tributo tenha sido instituído por lei complementar, a concessão de sua isenção tem de ser feita por meio de diploma legislativo de mesmo nível, ou seja, também por lei complementar. e) a anistia fiscal é capitulada como a exclusão do crédito (gerado pela infração) e não como extinção (caso de remissão), pois se trata de créditos que aparecem depois do fato violador, abrangendo apenas infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede.

GABARITO PURO

1. D 2. A 3. C 4. A 5. C 6. B 7. A 8. B 9. E 10. A 11. B

12. A 13. A 14. C 15. E 16. E 17. B 18. C 19. C 20. A

21. A 22. E 23. E 24. D 25. A