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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 04 4 Organização político-administrativa do Estado. 4.1 Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios. I. FORMAS DE ESTADO, FORMAS, SISTEMAS E REGIMES DE GOVERNO ---- 2 II. ENTES FEDERADOS -------------------------------------------------------------------------------------------- 19 III. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ------------------------------------------------------------------ 33 IV. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 71 V. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 81 VI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------- 82 Olá futuros Auditores-Fiscais do Trabalho! Prontos para o SEU salário de R$ 14.280,00 e para ocupar um dos melhores cargos da Administração Pública Federal? Na aula de hoje, estudaremos a organização do Estado brasileiro. “Mas Roberto, para que estudamos isso?” Ora, conhecendo a estrutura e o funcionamento do Estado brasileiro, temos condições de saber como se divide e se comporta a máquina estatal, mas também, e principalmente, como funciona o Brasil. Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 83 exercícios comentados! Isso para que possamos fechar a prova de Direito Constitucional! Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão, ok? Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento. Na aula de hoje, teremos APENAS 35 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e a lista das questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável!

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    PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

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    Aula 044 Organizao poltico-administrativa do Estado. 4.1 Estado federal brasileiro, Unio, estados, Distrito Federal, municpios e territrios.

    I. FORMAS DE ESTADO, FORMAS, SISTEMAS E REGIMES DE GOVERNO ---- 2

    II. ENTES FEDERADOS -------------------------------------------------------------------------------------------- 19

    III. REPARTIO DE COMPETNCIAS ------------------------------------------------------------------ 33

    IV. QUESTES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 71

    V. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 81

    VI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------- 82

    Ol futuros Auditores-Fiscais do Trabalho!

    Prontos para o SEU salrio de R$ 14.280,00 e para ocupar um dos melhores cargos da Administrao Pblica Federal?

    Na aula de hoje, estudaremos a organizao do Estado brasileiro. Mas Roberto, para que estudamos isso? Ora, conhecendo a estrutura e o funcionamento do Estado brasileiro, temos condies de saber como se divide e se comporta a mquina estatal, mas tambm, e principalmente, como funciona o Brasil.

    Como sempre, faremos muitos exerccios da sua banca para que voc treine muito e tenha uma viso de todos os ngulos da matria: sero 83exerccios comentados! Isso para que possamos fechar a prova de Direito Constitucional!

    Ao responder as questes, leia todos os comentrios, pois foram feitas vrias observaes alm da mera resoluo da questo, ok?

    Voc notar que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente repetidos nos comentrios das questes. Isso no por acaso! Sugiro que voc os revise vrias vezes, para internalizar o conhecimento.

    Na aula de hoje, teremos APENAS 35 pginas de contedo (teoria). O restante das pginas dividido entre exerccios comentados, MUITOS esquemas e a lista das questes da aula. Dessa forma, apesar de o nmero de pginas ser elevado, a leitura do material bastante rpida e agradvel!

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    I. FORMAS DE ESTADO, FORMAS, SISTEMAS E REGIMES DE GOVERNO

    1. FORMAS DE ESTADO

    Os Estados, quanto sua forma, podem ser divididos em federados, confederados e unitrios.

    A. Estado Unitrio

    Os Estados unitrios so aqueles que no possuem descentralizao poltico-administrativa, ou seja, o governo exercido somente pelo governo central.Eles possuem governo nico, conduzido por uma nica entidade poltica, que exerce, de forma centralizada, o poder poltico.

    O Estado unitrio pode ser centralizado, ou seja, todos os atos de governo esto a cabo do governo central, ou descentralizado, ou seja, apesar de haver divises administrativas, as decises polticas so efetivamente tomadas pelo governo central. Assim, em um Estado unitrio descentralizado, existe um governo local, mas ele dependente do governo central, no havendo descentralizao poltica.

    Exemplos de Estados unitrios so o Uruguai e a China.

    B. Estado Federado (Federao)

    Os Estados federados tiveram sua origem em 1787 com a Constituio dos Estados Unidos. Sua principal caracterstica que o Estado Federal possui SOBERANIA, enquanto os entes federados possuem AUTONOMIA. Este o caso do Brasil: a Repblica Federativa do Brasil possui soberania, enquanto os entes federados (como os estados e municpios) possuem autonomia.

    A soberania refere-se ao fato de no existir nenhuma outra entidade superior na ordem externa nem igual na ordem interna, j a autonomia a capacidade de os estados-membros de se autoadministrarem, se auto-organizarem e se autogovernarem. Falaremos sobre elas mais a frente.

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    As principais caractersticas do federalismo so:

    i. Repartio de poderes: deve haver uma diviso do poder para que ele no se concentre nas mos de uma s pessoa. No Brasil, a Constituiotraz, logo no art. 2: So Poderes da Unio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judicirio.

    ii. Repartio de competncias: as competncias de cada ente federativo (Unio, estados, DF e municpios) devem ser estabelecidas previamente. Dessa forma, cada ente ter suas atribuies e, normalmente, um ente federado no pode adentrar nas atribuies dos outros.

    A repartio de competncias serve tanto para que um ente no interfira indevidamente na atuao de outro, quanto para garantir que no sejam suprimidas as atribuies de um ou de outro ente. Estudaremos as competncias mais a frente.

    iii. Descentralizao poltica: a administrao e o governo de cada ente federado no se submetem vontade dos demais. Assim, cada unidade tem a capacidade de se autogovernar, de eleger os seus representantes e de se autoadministrar, sem a interferncia dos outros entes da federao.

    No confunda a descentralizao poltica com a administrativa, que aquela que cria as fundaes, autarquias, empresas pblicas, etc.

    iv. Auto-organizao dos Estados-Membros: os Estados-Membros possuem o poder-dever de se auto-organizarem e elaborarem sua prpria Constituio Estadual. Observe que os municpios no possuem Constituio. Eles possuem uma lei orgnica, que no tem statusconstitucional.

    v. Entidades autnomas: a autonomia o poder que os entes possuem de agir de forma livre (dentro dos limites constitucionais), ou seja, no h hierarquia entre os entes federados. Isso quer dizer que a Unio no manda nos estados, DF ou municpios, no havendo subordinao entre eles.

    O que existe uma diviso de competncias. Dessa forma, no federalismo brasileiro, as competncias mais importantes foram deixadas

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    a cargo da Unio, por isso, tem-se a impresso de que a Unio manda nos demais entes.

    vi. No cabe direito de secesso: secesso o mesmo que separao. Assim, caso um ente federado queira se separar do Brasil para formar um Estado independente, isso no poder ocorrer. Dessa forma, existem mecanismos na CF que impedem e repelem um comportamento separatista de um ente federado (como a interveno).

    vii. Constituio rgida: a Constituio rgida aquela que admite modificao, mas essa mudana deve seguir um procedimento mais difcil do que a elaborao das leis comuns. Assim, a Constituio rgida garante uma maior estabilidade na federao, sem engessar a Constituio.

    viii. rgo guardio da Constituio: caro Auditor-Fiscal do Trabalho,quase tudo o que est escrito, em grande parte das vezes, admite interpretaes diferentes. Tomemos como exemplo a Bblia: o contedo de todas as bblias igual (com algumas excees), no entanto, as interpretaes possveis para ela so quase infinitas. Da mesma forma a Constituio. Existem inmeras interpretaes para cada parte do texto constitucional e, para se evitar o caos jurdico, cabe a ltima palavra ao rgo guardio da Constituio. No caso brasileiro: o Supremo Tribunal Federal STF.

    ix. Interveno: para garantir que a CF seja cumprida e que cada ente aja somente dentro de suas atribuies, existe a interveno. Se um ente federado (o estado de Alagoas, por exemplo) est atuando fora de sua competncia e prejudicando o pacto federativo, caber interveno para que a normalidade seja restabelecida e o pacto federativo seja cumprido.

    Em outras palavras: se um ente (estados, DF ou municpios) est atuando fora de suas competncias e desrespeitando a Constituio,poder ocorrer a interveno para que a CF volte a ser cumprida. Assim, a interveno uma forma de controle de constitucionalidade.

    x. rgo representativo dos Estados-Membros na vontade nacional: para garantir que a vontade dos estados seja ouvida quando da atuao do governo nacional, existe um rgo representante desses estados. No caso do Brasil, o Senado Federal. Ateno: no existe um rgo

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    representativo dos municpios na participao da vontadenacional (a Cmara dos Deputados representante do POVO e no dos municpios).

    xi. Repartio de receitas: de nada adiantaria se um ente federado tivesse autonomia, autogoverno e capacidade de se autoadministrar se ele no tiver uma coisa: o dinheiro para bancar suas decises e suas aes. como um filho que sai de casa e continua vivendo com o dinheiro do pai: em ltima instncia, ele se submete vontade de seu genitor. Assim, para garantir que os entes federados tenham a capacidade de fazer valer suas decises, eles precisam de receita prpria(dinheiro), que garantida com a repartio de receitas.

    Caractersticas do federalismo no Brasil

    Alm das j citadas anteriormente, o federalismo brasileiro ainda possui as seguintes caractersticas:

    i. Existem entes federados tpicos (os estados) e os atpicos ou anmalos (o Distrito Federal e os municpios).

    ii. Devido existncia dos municpios, o federalismo brasileiro chamado de federalismo de segundo grau. Como vimos, no existe hierarquia entre Unio, estados, DF e municpios, mas os municpios devem obedecer Constituio do seu Estado (CE), bem como a Constituio Federal (CF).

    iii. Os municpios no participam da vontade nacional, somente os Estados o DF. Enquanto a Cmara dos Deputados formada por representantes do povo, o Senado Federal formado por representantes dos Estados e do DF.

    iv. O federalismo clusula ptrea, de acordo com o art. 60, 4o. Observe o texto da Constituio:

    Art. 60, 4 - No ser objeto de deliberao a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

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    II - o voto direto, secreto, universal e peridico;

    III - a separao dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais

    v. Os territrios no so entes federados. Eles so uma mera descentralizao da Unio e possuem natureza de autarquia territorial.

    vi. Formao por desagregao. O federalismo brasileiro se deu do centro para fora, ou seja, o poder poltico era concentrado nas mos de um s ente e foi distribudo para os demais.

    O contrrio desse tipo de formao a formao por agregao. Nela, o poder era distribudo entre os entes e estes decidem concentrar uma parcela desse poder nas mos do ente central. Dessa forma, esse tipo de formao ocorre de fora para o centro. Esse foi o processo de formao da federao dos Estados Unidos, por exemplo.

    C. Estado Confederado (Confederao)

    Os Estados confederados so, na verdade, uma unio dissolvel de Estados independentes. Assim, na confederao, os Estados mantm sua soberania epodem se retirar quando bem quiserem (existe o direito de secesso).Nesse tipo de organizao, os Estados no so regidos por uma Constituio(como no federalismo) e sim por um tratado internacional.

    Esquematizando:

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    2. FORMAS DE GOVERNO

    Primeiramente, a forma, o regime e o sistema de governo adotados pela Constituio Federal so normas de reproduo obrigatria e no podem ser modificados pelos entes federados.

    Existem duas formas de governo: monarquia e repblica. Na repblica, os governantes so eleitos pelo povo, direta ou indiretamente. Alm disso, eles permanecem no poder por um tempo determinado e so representantes do povo. Justamente por precisarem da legitimidade popular erepresentarem o povo, os governantes precisam prestar contas.

    J a monarquia caracterizada pela hereditariedade, ou seja, o rei s rei porque era filho de um rei. E o pai dele s foi rei porque tambm era filho de um rei. E assim sucessivamente. Alm disso, no existe a rotatividade do poder, mas sim a vitaliciedade. Dessa forma, os governantes permanecero no poder at o fim de suas vidas. Outra caracterstica da monarquia que seus governantes no representam o povo, mas sim a linhagem real, dessa forma, no existe o dever do governante de prestar contas perante o povo.

    3. SISTEMAS DE GOVERNO

    Quanto ao sistema de governo, os governos podem ser presidencialistas ou parlamentaristas. O presidencialismo tem como caracterstica marcante a independncia entre os poderes e a rgida relao entre eles. Outra caracterstica do presidencialismo que sua chefia monocrtica e os mandatos so exercidos por prazo determinado. Assim, o Presidente da Repblica governa sozinho e possui responsabilidade perante o povo.

    J no parlamentarismo, existe uma cooperao muito maior entre os poderes Legislativo e Executivo. Assim, a chefia do governo dual. como se o Executivo governasse em conjunto com o Legislativo. Dessa forma, o mandato do chefe de governo possui tempo indeterminado e aresponsabilidade do governo perante o Parlamento, e no perante o povo.

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    - Repblica - Eletividade - Direta- Indireta

    - Temporalidade no exerccio do poderFormas de Governo - Necessidade de legitimidade popular

    - Representatividade popular- Dever do governante de prestar contas

    - Monarquia - Hereditariedade- Vitaliciedade- No representatividade popular- Representa uma linhagem- Ausncia de prestao de contas pelo governante

    - Presidencialismo - Independncia entre os poderes / relaes rgidas- Chefia monocrtica

    Sistemas de - Mandato por prazo certoGoverno - Responsabilidade do governo perante o povo

    - Parlamentarismo - Cooperao entre os poderes (Legislativo e Executivo)- Chefia dual- Mandato por prazo indeterminado - Responsabilidade do governo perante o Parlamento

    Regimes de Autocracia - o destinatrio da poltica governamental no participa de sua Governo elaborao

    Democracia - O destinatrio da poltica governamental participa de sua elaborao Direta Indireta ou representativa Semidireta ou participativa (BRASIL- art. 10, par nico)

    Lembre-se:x Forma de Estado: FEDERAOx Forma de Governo: Repblicax Sistema de Governo: Presidencialismox Regime de Governo (ou Regime Poltico): Democracia.

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    EXERCCIOS

    1. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) O sistema checks and balances, criado por ingleses e norte-americanos, consiste no mtodo de freios e contrapesos adotado no Brasil. Nesse sistema, todos os poderes do Estado desempenham funes e praticam atos que, a rigor, seriam de outro poder, de modo que um poder limita o outro.

    O sistema checks and balances garante a harmonia entre os poderes, instituindo mecanismos de controle mtuo. A separao entre as funes dos poderes no absoluta. Em linhas gerais, no h incorreo na questo.

    Gabarito: Certo.

    2. (CESPE/AJAJ-STM/2011) No exerccio de sua autonomia poltica, os estados podem adotar o regime parlamentar de governo.

    A forma, regime e sistema de governo adotados pela ConstituioFederal so normas de reproduo obrigatria e no podem ser modificados pelos entes federados.

    Gabarito: Errado.

    3. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo como forma de Estado, j que reconhece a juno das funes de chefe de Estado e chefe de governo na figura do presidente da Repblica.

    A forma de Estado a Federao. O presidencialismo o sistema de governo. Lembre-se:

    x Forma de Estado: FEDERAOx Forma de Governo: Repblicax Sistema de Governo: Presidencialismox Regime de Governo (ou Regime Poltico): Democracia.Gabarito: Errado.

    4. (CESPE/TRT 17. Regio-ES/Analista Judicirio /2009) O Brasil caracteriza-se por ser um Estado unitrio, o qual possui governo nico, conduzido por uma nica entidade poltica, que exerce, de forma centralizada, o poder poltico.

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    O Brasil um estado federado, onde cada um dos entes federativos (Unio, Estados, DF e municpios) possui competncias expressamenteprevistas pela CF. Eles possuem tambm AUTONOMIA, caracterizada pela autoadministrao, autogoverno e auto-organizao.

    Gabarito: Errado.

    5. (CESPE/TRE-MA/2009) A Unio, os estados-membros, os municpios e o Distrito Federal so entidades estatais soberanas, pois possuem autonomia poltica, administrativa e financeira.

    Elas so entidades AUTNOMAS e realmente possuem autonomia poltica, administrativa e financeira.

    Gabarito: Errado.

    6. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federao o sistema de governo cujo objetivo manter reunidas autonomias regionais.

    Esto vendo como essa questo recorrente? Por isso trouxe vrias desse tipo para voc fixar! Lembre-se:

    x Forma de Estado: FEDERAOx Forma de Governo: Repblicax Sistema de Governo: Presidencialismox Regime de Governo (ou Regime Poltico): Democracia.Gabarito: Errado.

    7. (CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas 1. Classe/2008) As constituies dos estados organizados sob a forma federativa possuem, em regra, instrumentos para coibir movimentos separatistas. No Brasil, a CF prev a possibilidade de se autorizar a interveno da Unio nos estados para manter a integridade nacional e considera a forma federativa de Estado uma clusula ptrea.

    Uma das caractersticas do federalismo que no cabe direito de secesso, ou seja, os entes federados no podem se separar da federao. Isso seria o equivalente ao estado do Rio Grande do Sul tentar se separar do Brasil para formar um Estado independente (a Repblica dos Pampas, por exemplo). Assim, uma das possibilidades

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    de interveno para manter a integridade nacional, enquanto a forma federativa de estado considerada uma clusula ptrea.

    Gabarito: Certo.

    8. (CESPE/IPEA-Tcnico de Planejamento e Pesquisa 2008) A democracia brasileira caracteriza-se pela coexistncia da democracia representativa e da democracia participativa, emanando todo o poder do povo, que o exerce diretamente ou por meio de seus representantes.

    A Democracia brasileira do tipo semidireta ou participativa: um misto da democracia direta e da indireta. Nela, em regra, o povo elege os representantes e estes elaboram as polticas pblicas. No entanto, existem mecanismos para que o povo tambm participe dessa elaborao. Assim, a regra participao indireta, combinada com alguns meios de exerccio direto do povo. Esse o modelo adotado pelo Brasil. Confira o art. 1 pargrafo nico da CF: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio.

    Gabarito: Certo.

    9. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A Repblica uma forma de Estado.

    Segundo a doutrina, a Repblica uma forma de governo.

    Gabarito: Errado.

    10.(CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A federao uma forma de governo.

    A federao uma forma de Estado.

    Gabarito: Errado.

    11.(CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas 1. Classe/2008) A descentralizao poltica, apesar de ocorrer em alguns pases que adotam a forma federativa de Estado, no uma caracterstica marcante do federalismo.

    A descentralizao poltica uma das caractersticas mais marcantes do federalismo. A administrao e o governo de cada ente federado no se submetem vontade dos demais. Assim, cada unidade tem a capacidade de se autogovernar, de eleger os seus representantes e de

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    se autoadministrar, sem a interferncia dos demais entes e nem mesmo do governo central.

    Gabarito: Errado.

    12.(CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas 1. Classe/2008) Quando da Constituio de um Estado na forma federativa, os entes que passam a compor o Estado Federal (estados membros) perdem sua soberania e autonomia. Esses elementos passam a ser caractersticos apenas do todo, ou seja, do Estado Federal.

    Realmente, os entes que passam a compor o Estado Federal no possuem a soberania. Assim, o estado de Gois, Mato Grosso e Alagoas, por exemplo, no possuem soberania. No entanto, o erro da questo est na palavra autonomia. A autonomia dos entes federados uma caracterstica do Federalismo. No h hierarquia entre os entes federados. Isso quer dizer que no existe hierarquia entre Unio, Estados, DF e municpios. O que existe uma diviso de competncias.

    Gabarito: Errado.

    13.(CESPE/PGE-AL/Procurador do Estado de Alagoas 1. Classe/2008) Alguns dos elementos que asseguram a soberania dos estados-membros no federalismo so a possibilidade de auto-organizao por meio da elaborao de constituies estaduais e a existncia de cmara representativa dos estados-membros.

    A possibilidade de auto-organizao por meio da elaborao de constituies estaduais e a existncia de cmara representativa dos estados-membros asseguram a AUTONOMIA dos estados-membros e no sua soberania. Lembre-se de que os estados-membros no possuem soberania.

    Gabarito: Errado.

    14.(CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federao uma forma de governo na qual h uma ntida separao de competncias entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder pblico central, denominado Unio.

    Realmente, a federao tem como caractersticas uma ntida separao de competncias entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o

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    poder pblico central, denominado Unio. No entanto, a Federao uma Forma de Estado e no uma forma de Governo.

    Gabarito: Errado.

    15.(CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/2007) Ao lado da repartio de competncias, que consiste na atribuio, pela Constituio Federal, a cada ente federado, de uma matria que lhe seja prpria, h a repartio de rendas, cujo objetivo assegurar a autonomia dos entes federados.

    A repartio de receitas tributrias, prevista nos arts. 157 a 159, um dos mecanismos que assegura a autonomia federativa. De nada adiantaria que um ente federado tivesse autonomia, autogoverno e capacidade de se autoadministrar se ele no tiver uma coisa: o dinheiro para bancar suas decises e suas aes. Assim, para garantir que os entes federados tenham a capacidade de fazer valer suas decises, eles precisam de receita (dinheiro) prpria, que garantida com a repartio de receitas.

    Gabarito: Certo.

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    II. ENTES FEDERADOS

    O art. 1 da CF prev que: A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal, (...).

    Assim, o Estado brasileiro se chama Repblica Federativa do Brasil (RFB) e somente ele que possui a soberania. A RFB a nica pessoa jurdica de direito pblico externo e a nica capaz de manter relaes com outros Estados estrangeiros (relaes internacionais).

    A RFB formada pelos seguintes entes: Unio, estados, Distrito Federal e municpios. Vamos estudar cada um deles:

    1. UNIO

    uma pessoa jurdica de direito pblico interno e REPRESENTA a Repblica Federativa do Brasil nas relaes internacionais. Assim, quando a Unio est atuando externamente, ela no atua como Unio e sim como RFB.

    J os demais entes no possuem soberania. Eles tm autonomia, isso , a capacidade de auto-organizao e legislao prpria, autogoverno e autoadministrao.

    Esquematizando:

    x Repblica Federativa do Brasil (RFB) - Tem soberania- Pessoa jurdica de direito pblico externo

    x Unio - Pessoa jurdica de direito pblico interno- Representa a RFB nas relaes internacionais

    x Demais entes Auto-organizao e legislao prpria(Estados +DF+Municpios) Autogovernopossuem autonomia Autoadministrao

    - Estados - art.18 e 25 a 28- Municpios - art. 18, 29 e 30

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    4. DISTRITO FEDERAL

    Ao Distrito Federal so atribudas as competncias legislativas reservadas aos Estados e Municpios (art. 32, 1).

    Um fato interessante quanto nomenclatura dos rgos e institutos do DF que, como ele possui competncias dos estados e dos municpios, misturou-se o nome de uma srie de rgos e diplomas, fazendo referncia aos respectivos institutos estaduais e municipais.

    Bagunou? Vou explicar melhor.

    Lembre-se que os estados regem-se por suas respectivas Constituies Estaduais e que essas so votadas em 2 turnos, aprovadas por 3/5 dosvotos e so fruto do poder constituinte derivado decorrente.

    J os municpios so regidos por Lei Orgnica, que so votadas em 2 turnos,com interstcio mnimo de 10 dias e aprovadas por 2/3 dos votos e no possuem status constitucional porque os municpios NO possuem poder constituinte derivado decorrente.

    At aqui nenhuma novidade. E o DF? Como regido? Por Constituio ou por Lei Orgnica?

    Misturou-se as constituies estaduais com as leis orgnicas municipais: O DF regido por uma Lei Orgnica e, como tal, votada em 2 turnos, com interstcio mnimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos votos. No entanto, a LODF possui status de Constituio estadual e emana do poder constituinte derivado decorrente.

    Ficou mais claro agora? A LODF uma Constituio Estadual (e que tem status de CE), mas que tem o nome de Lei Orgnica e votada como Lei Orgnica.

    Outra curiosidade: o nome do rgo do Poder Legislativo dos estados Assembleia LEGISLATIVA. J o nome do rgo do Poder Legislativo dos municpios CMARA Municipal ou Cmara dos Vereadoes. Como dito, para o Distrito Federal, misturou-se os nomes dos rgos legislativos estaduais e municipais: CMARA LEGISLATIVA.

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    5. TERRITRIOS

    Os territrios no so entes federados. Eles no integram o Estado Federal e so meras descentralizaes administrativas pertencentes Unio,possuindo natureza jurdica de autarquia territorial. Alm disso, os territrios no possuem autonomia poltica. Como exemplo, os governadores de Territrios no so eleitos pelo povo, mas sim escolhidos pelo Presidente da Repblica, com aprovao do Senado Federal por voto secreto e arguio pblica.

    Atualmente, o Brasil no possui territrios e sua criao e transformao s pode ser feita mediante Lei Complementar federal (art. 18, 2).

    Caso sejam criados, sua organizao administrativa, judiciria, oramentria,tributria, servios pblicos e pessoal ser regulada por Lei Ordinria da Unio e de iniciativa privativa do Presidente da Repblica.

    Os territrios podem ou no ser divididos em municpios e suas contas so julgadas pelo Congresso Nacional, aps parecer prvio do TCU. Eles ainda elegem 4 Deputados Federais e no elegem Senadores.

    Por fim, cabe Unio organizar e manter o Judicirio, o Ministrio Pblico e aDefensoria Pblica dos Territrios.

    Esquematizando:

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    EXERCCIOS

    16.(CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polcia Civil) Por serem simples descentralizaes administrativas da Unio, os territrios no tm autonomia poltica, podendo ser criados por lei ordinria federal.

    A lei que cria Territrio, transforma-o em Estado ou o reintegra ao Estado de origem ser uma lei complementar, conforme o art. 18, 2.O restante est correto: os territrios so simples descentralizaes administrativas da Unio e no tm autonomia poltica.

    Gabarito: Errado.

    17.(CESPE - 2012 - STJ - Tcnico Judicirio) permitido Unio, aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios estabelecer cultos religiosos e igrejas, subvencion-los e manter com essas entidades religiosas relaes de aliana e colaborao, desde que respeitada a liberdade de conscincia e crena.

    De jeito nenhum! Essa uma das vedaes impostas aos entes federados! Vamos revisar todas (art. 19):

    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;

    II - recusar f aos documentos pblicos;

    III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si.

    Gabarito: Errado.

    18.(CESPE - 2012 - STJ - Tcnico Judicirio) Com o advento da Constituio de 1988, Braslia deixou de ser a capital da Repblica em favor do Distrito Federal, que passou a ter esse status.

    No podemos confundir isso. O Distrito Federal um ente da Federao. Braslia a Capital Federal. Essas informaes esto no art. 18.

    Gabarito: Errado.

    19.(CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) Os estados, o Distrito Federal e os municpios tm assegurada participao no resultado da explorao de

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    petrleo ou gs natural, de outros recursos minerais em seus respectivos Territrios, plataforma continental, mar territorial ou zona econmica exclusiva, ou compensao financeira por essa explorao.

    Essa uma simples reescrita do 1 do art. 20, que trata dos bens da Unio.

    Gabarito: Certo.

    20.(CESPE/Analista - MPU/2010) As capacidades de auto-organizao, autogoverno, autoadministrao e autolegislao reconhecidas aos estados federados exemplificam a autonomia que lhes conferida pela Carta Constitucional.

    A autonomia justamente conferida pelas capacidades de auto-organizao, autogoverno, autoadministrao e autolegislao.Lembre-se de que os entes federados no possuem soberania (o nico ente soberano a Repblica Federativa do Brasil).

    Gabarito: Certo.

    21.(CESPE/MPS/2010) De acordo com a CF, os territrios podem ser divididos em municpios.

    Os territrios podem ou no ser divididos em municpios. O Distrito Federal que jamais poder s-lo.

    Gabarito: Certo.

    22.(CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O DF no dispe da capacidade de auto-organizao, j que no possui competncia para legislar sobre organizaojudiciria, organizao do MP e da Defensoria Pblica do DF e dos Territrios.

    Quando essa questo foi feita, realmente, o Distrito Federal no possua competncia para legislar sobre organizao judiciria, organizao do MP e da Defensoria Pblica do DF e dos Territrios. No entanto, isso no retira do a autonomia do DF, que possui auto-organizao, autogoverno e autoadministrao.

    Atente-se para o fato de que a Emenda Constitucional 69/2012 transferiu para o DF a capacidade de organizar e manter sua DEFENSORIA PBLICA!

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    Gabarito: Errado.

    23.(CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os territrios federais so considerados entes federativos.

    Os territrios federais integram a Unio, no so considerados entes federativos e no possuem autonomia. Veja como questes simples tambm caem em provas com nvel de dificuldade extremamente elevado, como o caso do concurso para Promotor.

    Gabarito: Errado.

    24.(CESPE/TRE-GO/2009) Os municpios no so considerados entes federativosautnomos, visto que no so dotados de capacidade de auto-organizao e de autonomia financeira.

    Conforme artigo 18: A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil compreende a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos, nos termos desta Constituio.

    Gabarito: Errado.

    25.(CESPE/TRT 17. Regio-ES/Analista Judicirio rea: Administrativa/2009) A CF veda a criao de novos territrios.

    A CF permite expressamente a criao de novos territrios em seu art. 18, 2. Sua criao deve ser feita por Lei Complementar Federal e, caso sejam criados, integraro a Unio e tero natureza jurdica de autarquia territorial.

    Gabarito: Errado.

    26.(CESPE/TRE-MA/2009) A Unio, os estados-membros, os municpios e o Distrito Federal so entidades estatais soberanas, pois possuem autonomia poltica, administrativa e financeira.

    Os entes federados possuem autonomia poltica, administrativa e financeira, sendo autnomos e no soberanos.

    Gabarito: Errado.

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    30.(CESPE/MPE-RN/2009) vedado Unio, aos estados, ao DF e aos municpiosestabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana.

    A Constituio, em seu artigo 19, estabelece expressamente algumas vedaes aos entes federados (unio, estados, DF e municpios). So elas:

    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantesrelaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;

    II - recusar f aos documentos pblicos;

    III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si.

    Gabarito: Certo.

    31.(CESPE/AJAA-STF/2008) A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil restringe-se aos estados, aos municpios e ao DF, todos autnomos, nos termos da CF.

    Os entes federados so: a Unio, os estados, o DF e os municpios, conforme artigo 18: A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil compreende a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos, nos termos desta Constituio.

    Gabarito: Errado.

    32.(CESPE/Tcnico-TJ-RJ/2008) Os territrios federais integram a Unio e sua criao ser regulada em lei complementar.

    Conforme o artigo 18, 2: Os Territrios Federais integram a Unio, e sua criao, transformao em Estado ou reintegrao ao Estado de origem sero reguladas em lei complementar.

    Gabarito: Certo.

    33.(CESPE/TJRJ/Tcnico de Atividade Judiciria/2008) Os territrios federais integram a Unio e sua criao ser regulada em lei complementar.

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    federalismo brasileiro chamado de federalismo de segundo grau.Como vimos, no existe hierarquia entre Unio, estados, DF e municpios, mas os municpios devem obedecer Constituio do seu Estado (CE), bem como a Constituio Federal (CF).

    Gabarito: Errado.

    35.(CESPE/TJRJ/Tcnico de Atividade Judiciria/2008) Entre os municpios que compem o DF, Braslia a sua capital, alm de ser a capital do Brasil, acumulando competncias legislativas dos estados e municpios.

    O Distrito Federal no pode ser dividido em municpios por expressa determinao constitucional. Veja o art. 32 da CF: Art. 32. O Distrito Federal, VEDADA SUA DIVISO EM MUNICPIOS, reger-se- por lei orgnica, votada em dois turnos com interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros da Cmara Legislativa, que a promulgar, atendidos os princpios estabelecidos nesta Constituio. Por outro lado, o Distrito Federal realmente acumula as competncias dos estados e dos municpios e Braslia a capital federal.

    Gabarito: Errado.

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    III.REPARTIO DE COMPETNCIAS

    A repartio de competncias a diviso, pela Constituio, das atribuies de cada ente federado. Ela um dos ncleos do federalismo brasileiro.

    Para se fortalecer a autonomia dos entes federados, deve haver repartio de competncias administrativas (ex: arts. 21 e 23), tributrias (ex: art. 145 em diante) e Legislativas (ex: art. 22 e 24).

    Uma observao importante acerca das competncias estabelecidas pela CF que elas podem ser alteradas por Emenda Constitucional. No entanto, no se pode mud-las a ponto de se comprometer a forma federativa de Estado.

    1. MODELOS DE REPARTIO DE COMPETNCIAS

    Quando se reparte as competncias dentro do estado federado, existem duas formas de se fazer isso: a primeira fazendo com que os diferentes entes possam atuar nas mesmas matrias. Mas para no virar baguna, deve-se estabelecer uma relao de subordinao, onde um ente deve obedecer ao outro. Esse tipo de repartio provoca uma maior cooperao entre os diferentes entes, uma vez que eles atuam nas mesmas matrias. Esse modelo de repartio de competncias chamado de MODELO VERTICAL.

    A segunda forma de se repartir as competncias dentro do estado federado criando uma forma mais rgida, onde os entes, geralmente, atuam em diferentes matrias e onde um ente no pode intervir nas competncias dos outros. Esse modelo chamado de MODELO HORIZONTAL.

    A Constituio Federal adota os dois modelos, com predominncia do MODELO HORIZONTAL.

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    2. PRINCPIO DA PREDOMINNCIA DO INTERESSE

    Para estabelecer a repartio das competncias entre os entes, a Constituiousou o princpio da predominncia do interesse:

    x Os interesses nacionais e de relaes internacionais foram expressamente definidos na CF e ficaram a cargo da Unio.

    x Os interesses locais ficaram a cargo dos municpios e tambm foram enumerados expressamente pela Constituio.

    x Os interesses regionais, por sua vez, ficaram sob a responsabilidade dos estados, e so residuais, ou seja, no foram expressamente enumerados pela CF88.

    Duas observaes so pertinentes nesse momento: a primeira que, como vimos, o Distrito Federal possui competncias dos estados e dos municpios.

    A segunda que existe uma exceo em relao s competncias residuais: acompetncia residual em matria TRIBUTRIA da UNIO e no dos Estados.

    Estudaremos as seguintes competncias:

    1. Exclusivas da Unio

    2. Privativas da Unio

    3. Concorrentes

    4. Comuns

    5. Dos estados

    6. Dos municpios

    Esquematizando:

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    4. COMPETNCIAS PRIVATIVAS DA UNIO

    As competncias privativas da Unio esto previstas no artigo 22 da CF e so competncias LEGISLATIVAS. Diferentemente das exclusivas, as competncias privativas podem ser delegadas pela Unio. Assim, via de regra, as competncias privativas da Unio so exercidas pela prpriaUnio. No entanto, excepcionalmente, a Unio pode delegar aos estados e ao DF, por Lei Complementar, a edio de normas sobre questes especficas.

    Fique atento para as seguintes observaes:

    1) Em regra, as competncias privativas so exercidas pela Unio

    2) A delegao (exceo) feita por Lei Complementar

    3) A delegao feita aos Estados e ao DF, no podendo ser feita aos municpios.

    4) Os estados e o DF somente podem legislar sobre questes ESPECFICAS e somente se houver delegao pela Unio.

    5) A delegao deve contemplar todos os Estados e o DF. Assim, caso sejam delegadas, as competncias privativas se estendero para todos os estados de uma s vez. No se pode delegar a legislao de uma questo somente para o estado de So Paulo, por exemplo. Se a Unio delegar para um estado, deve delegar para todos.

    Exemplos de competncias privativas da Unio: legislar sobre

    I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho;

    II - desapropriao;

    III - requisies civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

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    5. COMPETNCIA COMUM, PARALELA OU CUMULATIVA

    As competncias comuns entre os entes federados esto previstas no artigo 23 da CF. Elas tratam, em sua maioria, de assuntos de interesse da coletividade/interesses difusos e so competncias NO LEGISLATIVAS /MATERIAIS / ADMINISTRATIVAS de responsabilidade da Unio, estados, Distrito Federal e municpios, que atuam de forma conjunta e sem subordinao entre eles.

    Alm disso, a CF prev que Leis complementares fixaro normas para a cooperao entre a Unio e os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, tendo em vista o equilbrio do desenvolvimento e do bem-estar em mbitonacional.

    Exemplos de competncias comuns entre Unio, estados, DF e municpios:

    I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico;

    II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;

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    6. COMPETNCIA CONCORRENTE

    A competncia concorrente uma forma de diviso vertical de competncias, est prevista no artigo 24 da CF e se refere a competncias LEGISLATIVAS.Diferentemente da competncia comum, que pode ser exercida pela Unio, estados, DF e municpios, a competncia concorrente s poder ser exercida pela Unio, estados e DF. Dessa forma, os municpios no possuem competncia legislativa concorrente.

    Na competncia concorrente, a Unio edita normas gerais, enquanto os estados e o DF editam normas especficas. Assim, os estados complementam a legislao da Unio se utilizando da competncia suplementar. Nessa normatizao, existe subordinao: as normas especficas dos Estados e DF devem respeitar as normas gerais da Unio.

    Uma observao: a Unio NO pode editar normas especficas para Estados e DF, mas pode editar normas especficas para a prpria Unio.

    Caso a Unio seja omissa e no elabore as normas gerais, os Estados e DF adquirem competncia legislativa plena. Assim, podero legislar tanto sobre normas gerais quanto especficas.

    Caso, posteriormente, a Unio edite a lei federal contendo a norma geral, as leis estaduais tornam-se suspensas na parte em que lhe for contrria (suspende e no revoga).

    Alm disso, a partir da edio da lei federal, os estados (que tinham a competncia legislativa plena) no podem mais legislar sobre normas gerais, tendo que seguir as normas gerais editadas pela Unio.

    Por fim, voc deve saber que os estados e DF podem suprir a inexistncia de lei federal somente nos assuntos da competncia concorrente. J nos temas de competncia privativa da Unio, eles somente podem legislar caso sejam autorizados por Lei Complementar (e sobre questes especficas).

    Esquematizando:

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    7. COMPETNCIA DOS ESTADOS

    A competncia dos estados residual ou remanescente, ou seja, o que no for competncia da Unio e nem dos municpios, ser competncia estadual. As competncias da Unio e dos municpios esto expressamente previstasna Constituio, ao contrrio da competncia dos estados, que residual.

    Alm da competncia residual, a CF estabelece expressamente algumas poucas competncias aos estados, como a criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de municpios (art. 18, 4); a explorao de gs canalizado (art. 25, 2); a instituio de regies metropolitanas, aglomeraes urbanase microrregies (art. 25, 3) e organizao de sua prpria justia (art. 125).

    Esquematizando:

    - Residual ou remanescente+

    - Criao, incorporao, fuso e desmembramento de Municpios (18, 40)5. Competncia - Explorao de gs canalizado (25, 20)

    dos Estados - Instituio (25, 30) de - Regies metropolitanas- Aglomeraes urbanas- Microrregies

    - Organizao de sua prpria justia (125)- Servio de transporte intermunicipal (ADI 2.349/ES)

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    8. COMPETNCIA DOS MUNICPIOS

    Os municpios possuem competncia EXCLUSIVA para legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I) e SUPLEMENTAR para complementar a legislao federal e estadual, no que couber (art. 30, II). Alm disso, segundo o artigo 29 da Constituio, compete aos municpios:

    III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

    IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual;

    V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo, que tem carter essencial;

    VI - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental;

    VII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao;

    VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano;

    IX - promover a proteo do patrimnio histrico-cultural local,observada a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual.

    No esquema abaixo, colocarei uma srie de informaes sobre as competncias municipais tambm cobradas em provas. Ateno!

    Esquematizando:

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    EXCLUSIVA: legislar sobre assuntos de interesse local (30, I)

    SUPLEMENTAR: completar a legislao federal e estadual,no que couber (30, II)

    Legislar sobre atividade de estabelecimento comercial,

    Expedir alvars e licenas para funcionamento

    Fixao do horrio de funcionamento do comrcio local (lojas, shoppings etc) (smula 645)

    6. Competncia dos Podem obrigar bancos a Instalarem equipamentos de Segurana

    Municpios e conforto

    Atendimento em prazo razovel prazo Mx de espera- RE 240.406/RS + RE 251.452/SP

    Legislar sobre - Prazo mximo na fila dos cartrios (RE 397.094)- Servios funerrios (RE 387.990/SP)

    Elaborar seu Plano diretor (182)

    Constituir guardas municipais (144, 8)OBS: nem todos os interesses locais so dos Municpiosx Ex: horrio de funcionamento bancrio: Uniox Afeta o Sistema Financeiro Nacionalx Ex: explorao de gs canalizado: Estadualx Municpios NO podem legislar sobre consrcios, sorteios, bingos ou loteriasx Smula Vinculante n0 2x competncia da Unio

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    9. DICA DE ESTUDO

    Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, se voc teve a curiosidade, no decorrer do estudo deste material, de olhar os artigos 21 a 24, que tratam das competncias exclusivas e privativas da Unio, comuns e concorrentes, deve ter percebido que o estudo de cada competncia no l das coisas mais simples. So muitas informaes, muitas delas parecidas, e que muitas vezes podem nos confundir: Legislar sobre direito processual competncia exclusiva ou privativa da Unio? Ou concorrente?

    As competncias so assuntos bastante recorrentes em provas, mas no so to importantes a ponto de ser necessria a memorizao dos quatro artigos. O custo-benefcio de memoriz-los, na minha opinio, no compensa.Mas devemos ter uma boa ideia do contedo de cada um deles.

    Vou repassar para vocs algumas tcnicas que podem facilitar o estudo e a assimilao das competncias. Com elas, voc no ir memorizar uma a uma, mas j ter uma boa ideia de onde est cada competncia. importante que voc as utilize em conjunto, ok?

    Passo 1

    Primeiramente, estude minuciosamente os conceitos sobre cada competncia. Saiba quais so competncias legislativas (privativa da Unio e concorrente) e quais so as competncias administrativas (exclusiva da unio e comum).

    Dessa forma se cair numa questo: compete exclusivamente Unio legislar sobre xxxxx, voc j saber que est errada, pois as competncias exclusivas no so legislativas, mas sim administrativas.

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    Passo 2

    Lembre-se de que as competncias foram enumeradas segundo o critrio da predominncia de interesses. Assim, sempre ser competncia da UNIO:

    x Quando a CF usar o termo nacional ou internacional;x Estabelecer as "diretrizes", "critrios", "bases", "normas gerais

    etc.

    x Temas "sensveis" como atividade nuclear, guerra, ndios, energia, telecomunicaes etc.

    Passo 3

    Quase tudo o que for muito bonitinho, muito especial ou muito ideolgicoe temas de interesse coletivos e difusos sero de competncia comum.

    Exemplo: competncia comum:

    x Proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia;x Proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; x Preservar as florestas, a fauna e a flora;

    Esto vendo? Quase todas as competncias comuns so idealistas.

    MAS CUIDADO! Esse mtodo no resolve todos os problemas. Ele simplesmente te d uma pista.

    Exemplo: legislar sobre a proteo e integrao social das pessoas portadoras de deficincia competncia concorrente e no comum.

    No entanto, voc mataria essa questo seguindo o passo 1: sabendo quais so as competncias legislativas (s pode ser privativa da unio ou concorrente).

    Esto vendo? Seguindo esses passos, vocs no tero decorado as competncias, mas tero vrias pistas para acertar a questo.

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    Passo 4

    A Constituio traz uma srie de servios que podem/devem ser prestados pelos entes de forma direta ou indireta (por meio de concesso, autorizao ou permisso).

    Todos os entes podem prestar os servios diretamente, mas a delegao diferente para cada um deles. Observe como os servios podem ser delegados:

    x Unio: por autorizao, permisso e concesso;x Municpios: por permisso e concesso;x Estados: apenas por concesso.

    Dessa forma, se a questo trouxer algo como: compete aos estados, prestar diretamente ou atravs de autorizao, o servio xyz, ela estar errada, pois os estados somente delegam servios por concesso.

    Passo 5

    Existem alguns temas que sempre caem em provas. Observe:

    a) A seguridade social (conjunto de Sade + Previdncia Social + Assistncia Social) de competncia legislativa privativa da Unio. Por outro lado, a Previdncia Social, de forma isolada, de competncia concorrente.

    b) A CF traz as competncias para legislar sobre diversos ramos do direito. Sabemos que quando a competncia legislativa, ela somente pode ser privativa da Unio ou concorrente. Assim, observe:

    x Competncia Concorrente: legislar sobre direito TUPEF(Tributrio, Urbanstico, Penitencirio, Econmico e Financeiro).

    x Competncia privativa da Unio: legislar sobre os demais direitos.

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    Passo 7

    Nem sempre voc se lembrar das cores usadas no passo 6, principalmente se no repetir e revisar a informao com bastante frequncia. Assim, outra forma de internalizar a informao separar as palavras-chave de cada tipo de competncia e repetir, repetir...

    Exemplo

    Nas prximas pginas, segue um exemplo de como fazer os passos 6 e 7. O passo 7 exemplificado com a competncia exclusiva da unio e o passo 6 est exemplificado com as demais.

    LEMBRE-SE QUE INDISPENSVEL A REPETIO E REVISO FREQUENTE DAS COMPETNCIAS, ALM DE ENTENDER A ESTRUTURA POR TRS DELAS!!

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    Art. 21. Compete Unio:

    I - manter relaes com Estados estrangeiros e participar de organizaes internacionais;

    II - declarar a guerra e celebrar a paz;

    III - assegurar a defesa nacional;

    IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que foras estrangeiras transitem pelo territrio nacional ou nele permaneam temporariamente;

    V - decretar o estado de stio, o estado de defesa e a interveno federal;

    VI - autorizar e fiscalizar a produo e o comrcio de material blico;

    VII - emitir moeda;

    VIII - administrar as reservas cambiais do Pas e fiscalizar as operaes de natureza financeira, especialmente as de crdito, cmbio e capitalizao, bem como as de seguros e de previdncia privada;

    IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenao do territrio e de desenvolvimento econmico e social;

    X - manter o servio postal e o correio areo nacional;

    XI - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso, os servios de telecomunicaes, nos termos da lei, que dispor sobre a organizao dos servios, a criao de um rgo regulador e outros aspectos institucionais;

    XII - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso:

    a) os servios de radiodifuso sonora, e de sons e imagens;

    b) os servios e instalaes de energia eltrica e o aproveitamento energtico dos cursos de gua, em articulao com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergticos;

    c) a navegao area, aeroespacial e a infra-estrutura aeroporturia;

    d) os servios de transporte ferrovirio e aquavirio entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Territrio;

    e) os servios de transporte rodovirio interestadual e internacional de passageiros;

    f) os portos martimos, fluviais e lacustres;

    XIII - organizar e manter o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico do Distrito Federal e dos Territrios e a Defensoria Pblica dos Territrios;

    XIV - organizar e manter a polcia civil, a polcia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistncia financeira ao Distrito Federal para a execuo de servios pblicos, por meio de fundo prprio;

    XV - organizar e manter os servios oficiais de estatstica, geografia, geologia e cartografia de mbito nacional;

    XVI - exercer a classificao, para efeito indicativo, de diverses pblicas e de programas de rdio e televiso;

    XVII - conceder anistia;

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    XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades pblicas, especialmente as secas e as inundaes;

    XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hdricos e definir critrios de outorga de direitos de seu uso;

    XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transportes urbanos;

    XXI - estabelecer princpios e diretrizes para o sistema nacional de viao;

    XXII - executar os servios de polcia martima, aeroporturia e de fronteiras;

    XXIII - explorar os servios e instalaes nucleares de qualquer natureza e exercer monoplio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrializao e o comrcio de minrios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princpios e condies:

    a) toda atividade nuclear em territrio nacional somente ser admitida para fins pacficos e mediante aprovao do Congresso Nacional;

    b) sob regime de permisso, so autorizadas a comercializao e a utilizao de radioistopos para a pesquisa e usos mdicos, agrcolas e industriais;

    c) sob regime de permisso, so autorizadas a produo, comercializao e utilizao de radioistopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;

    d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existncia de culpa;

    XXIV - organizar, manter e executar a inspeo do trabalho;

    XXV - estabelecer as reas e as condies para o exerccio da atividade de garimpagem, em forma associativa.

    Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE Unio legislar sobre:

    I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrrio, martimo, aeronutico, espacial e do trabalho;

    II - desapropriao;

    III - requisies civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

    IV - guas, energia, informtica, telecomunicaes e radiodifuso;

    V - servio postal;

    VI - sistema monetrio e de medidas, ttulos e garantias dos metais;

    VII - poltica de crdito, cmbio, seguros e transferncia de valores;

    VIII - comrcio exterior e interestadual;

    IX - diretrizes da poltica nacional de transportes;

    X - regime dos portos, navegao lacustre, fluvial, martima, area e aeroespacial;

    XI - trnsito e transporte;

    XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

    XIII - nacionalidade, cidadania e naturalizao;

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    XIV - populaes indgenas;

    XV - emigrao e imigrao, entrada, extradio e expulso de estrangeiros;

    XVI - organizao do sistema nacional de emprego e condies para o exerccio de profisses;

    XVII - organizao judiciria, do Ministrio Pblico do Distrito Federal e dos Territrios e da Defensoria Pblica dos Territrios, bem como organizao administrativa destes;

    XVIII - sistema estatstico, sistema cartogrfico e de geologia nacionais;

    XIX - sistemas de poupana, captao e garantia da poupana popular;

    XX - sistemas de consrcios e sorteios;

    XXI - normas gerais de organizao, efetivos, material blico, garantias, convocao e mobilizao das polcias militares e corpos de bombeiros militares;

    XXII - competncia da polcia federal e das polcias rodoviria e ferroviria federais;

    XXIII - seguridade social;

    XXIV - diretrizes e bases da educao nacional;

    XXV - registros pblicos;

    XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

    XXVII normas gerais de licitao e contratao, em todas as modalidades, para as administraes pblicas diretas, autrquicas e fundacionais da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas pblicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, 1, III;

    XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa martima, defesa civil e mobilizao nacional;

    XXIX - propaganda comercial.

    Pargrafo nico. Lei complementar poder autorizar os Estados a legislar sobre questes especficas das matrias relacionadas neste artigo.

    Art. 23. competncia COMUM da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios:

    I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico;

    II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;

    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, aspaisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;

    IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural;

    V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao e cincia;

    VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;

    VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

    VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar;

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    IX - promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico;

    X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

    XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;

    XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito.

    Pargrafo nico. Leis complementares fixaro normas para a cooperao entre a Unio e os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, tendo em vista o equilbrio do desenvolvimento e do bem-estar em mbito nacional.

    Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar CONCORRENTEMENTE sobre:

    I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico;

    II - oramento;

    III - juntas comerciais;

    IV - custas dos servios forenses;

    V - produo e consumo;

    VI - florestas, caa, pesca, fauna, conservao da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteo do meio ambiente e controle da poluio;

    VII - proteo ao patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico e paisagstico;

    VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico;

    IX - educao, cultura, ensino e desporto;

    X - criao, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

    XI - procedimentos em matria processual;

    XII - previdncia social, proteo e defesa da sade;

    XIII - assistncia jurdica e Defensoria pblica;

    XIV - proteo e integrao social das pessoas portadoras de deficincia;

    XV - proteo infncia e juventude;

    XVI - organizao, garantias, direitos e deveres das polcias civis.

    1 - No mbito da legislao concorrente, a competncia da Unio limitar-se- a estabelecer normas gerais.

    2 - A competncia da Unio para legislar sobre normas gerais no exclui a competncia suplementar dos Estados.

    3 - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercero a competncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4 - A supervenincia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficcia da lei estadual, no que lhe for contrrio.

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    EXERCCIOS

    36.(CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polcia) Em funo do sistema de distribuio de competncias legislativas criado pela CF, h ntida superioridade hierrquica das leis federais sobre as estaduais.

    Cuidado! Sabemos que no existe hierarquia entre as normas federais, estaduais e municipais. As matrias so distribudas pela prpria Constituio Federal, sendo que um ente no pode invadir a competncia do outro.

    Gabarito: Errado.

    37.(CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) Lei estadual que disciplinar a prtica de atividades nucleares especficas no respectivo estado da Federao dever ser considerada constitucional, desde que esse estado tenha sido autorizado, por lei complementar da Unio, a legislar sobre a matria.

    Legislar sobre atividades nucleares uma competncia privativa da Unio, a ela conferida pelo art. 22, XXVI. No entanto, no podemos nos esquecer de que os Estados podero legislar sobre questes especficas das matrias do referido artigo. Basta a edio de uma lei complementar federal, que autorizar este processo.

    Gabarito: Certo.

    38.(CESPE - 2012 - AGU - Advogado) Sero constitucionais leis estaduais que disponham sobre direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico, matrias que se inserem no mbito da competncia concorrente da Unio, dos estados e do DF.

    Todos se lembram dos direitos TUPEF? Este mnemnico importantssimo, e merece ser decorado... ajuda muito! A questo trouxe exatamente os direitos da competncia concorrente.

    x Competncia Concorrente: legislar sobre direito TUPEF(Tributrio, Urbanstico, Penitencirio, Econmico e Financeiro).

    x Competncia privativa da Unio: legislar sobre os demais direitos.

    Gabarito: Certo.

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    39.(CESPE - 2012 STJ Todos os Cargos) O estado-membro que editar lei proibindo a cobrana de tarifa de assinatura bsica nos servios de telefonia fixa e mvel agir nos limites de sua competncia, pois a CF atribuiu Unio e aos estados a competncia para legislar concorrentemente sobre telecomunicaes.

    Quer um assunto mais sensvel que telecomunicaes?!?!?! E os assuntos mais sensveis so de quem? Privativos da Unio! Veja o art. 22, IV da CF.

    Gabarito: Errado.

    40.(CESPE - 2012 - TJ-RR Analista) Compete Unio, mediante lei complementar, instituir microrregies, com a finalidade de promover a reduo das desigualdades regionais.

    Questo maldosa. Realmente, a Unio pode, mediante lei complementar, instituir regies de desenvolvimento para articular sua ao em um mesmo complexo geoeconmico e social, visando a seu desenvolvimento e reduo das desigualdades regionais (veja o art. 43). Mas a instituio de microrregies competncia dos Estados, conforme o art. 25, 3.

    Gabarito: Errado.

    41.(CESPE - 2012 - TJ-RR Analista) Os municpios dispem de competncia para suplementar a legislao estadual, no que couber, mas no a legislao federal.

    Nesse caso, vou citar o grande Arnaldo Cesar Coelho: A regra clara! No art. 30, II, vemos que compete aos Municpios: suplementar a legislao federal e a estadual no que couber

    Gabarito: Errado.

    42.(CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polcia A promoo da proteo do patrimnio histrico-cultural local compete aos estados.

    Essa uma competncia dos municpios (quando o patrimnio local), conforme o art. 30, IX. Perceba que legislar sobre este assunto competncia concorrente da Unio e dos Estados (art. 24, VII). Alm disso, todos os entes devem proteger os documentos, as obras e

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    outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos. Essa ltima uma competncia comum trazida pelo art. 23, III. Viu como d pra confundir?

    Gabarito: Errado.

    43.(CESPE - 2012 - STJ - Todos os Cargos) Lei estadual que reservar espao para o trfego de motocicletas em vias pblicas de grande circulao ser constitucional, por tratar de tema inserido no mbito da competncia legislativa dos estados-membros.

    Lei estadual que trata de reserva de espao para motocicletas em vias pblicas de grande circulao viola a competncia privativa da Uniopara legislar sobre trnsito e transporte (ADI 3.121).

    Gabarito: Errado.

    44.(CESPE - 2012 - STJ - Analista Judicirio) A existncia de lei municipal que legisle sobre trnsito e que imponha sano mais gravosa que a prevista no Cdigo de Trnsito Brasileiro incompatvel com a Constituio Federal de 1988 (CF).

    Legislar sobre trnsito e transporte uma competncia privativa da Unio. verdade que a legislao municipal pode suplementar a lei federal, no que couber. Entretanto, o entendimento do STF se d no sentido de que sanes mais gravosas extrapolariam esta prerrogativa dos Municpios.

    Gabarito: Certo.

    45.(CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) No exerccio da denominada competncia remanescente, os estados-membros podem legislar sobre transporte intermunicipal.

    O assunto transporte intermunicipal, no mbito interno dos Estados, no foi reservado Unio nem aos Municpios. Desta forma, entende-se que caber aos Estados dispor sobre este assunto.

    Gabarito: Certo.

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    46.(CESPE - 2012 - STJ - Analista Judicirio) Compete aos municpios a criao, a organizao e a supresso de distritos. Nesses trs casos, devem ser observadas as orientaes constantes em lei do municpio correspondente

    Muito maldosa essa questo... A legislao que deve ser observada para a criao, a organizao e a supresso de distritos a legislao estadual. Confira no art. 30, IV.

    Gabarito: Errado.

    47.(CESPE/Tcnico Administrativo - PREVIC/2011) Compete Unio, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre previdncia social, proteo e defesa da sade.

    A seguridade social (conjunto de Sade + Previdncia Social + Assistncia Social) de competncia legislativa privativa da Unio. Por outro lado, a Previdncia Social, de forma isolada, de competncia concorrente.

    J a sade, por ser um tema afeto a todos os entes, de competncia concorrente.

    Gabarito: Certo.

    48.(CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) Segundo a CF, compete privativamente Unio legislar sobre previdncia social.

    Vamos repetir para fixar! A seguridade social (conjunto de Sade + Previdncia Social + Assistncia Social) de competncia legislativa privativa da Unio. Por outro lado, a Previdncia Social, de forma isolada, de competncia concorrente.

    Gabarito: Errado.

    49.(CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) A CF reconhece aos municpiosa competncia para criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual.

    Segundo o art. 30: Compete aos Municpios: IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual.

    Gabarito: Certo.

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    50.(CESPE/MPS/2010) Compete privativamente Unio explorar, diretamente ou mediante concesso, os servios locais de gs canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edio de medida provisria para a sua regulamentao.

    Essa competncia dos estados, conforme art. 25 2. Observe que as poucas competncias expressas dos estados so sempre cobradas em provas.

    Gabarito: Errado.

    51.(CESPE/Oficial de Inteligncia- ABIN/2010) Embora seja da competncia da Unio legislar sobre defesa territorial, na hiptese de ocorrncia de omisso legislativa acerca desse tema, aos estados membros concedida autorizao constitucional para o exerccio da competncia legislativa suplementar.

    Primeiramente, voc deve saber que os estados e DF podem suprir a inexistncia de lei federal somente nos assuntos da competncia concorrente. J nos temas de competncia privativa da Unio, eles somente podem legislar caso sejam autorizados por Lei Complementar(e sobre questes especficas).

    Segundo, ser que defesa territorial um tema sensvel? Se sensvel, competncia privativa da Unio e no pode ser suplementado caso haja omisso federal, somente se houver delegao por Lei Complementar (e sobre questes especficas).

    Gabarito: Errado.

    52.(CESPE/Procurador-AGU/2010) Estado da Federao tem competncia privativa e plena para dispor sobre normas gerais de direito financeiro.

    Legislar sobre direito financeiro competncia concorrente (art. 24, I). Assim, cabe Unio editar normas gerais e aos estados editar as normas especficas. Lembre-se dos direitos TUPEF:

    x Competncia Concorrente: legislar sobre direito TUPEF(Tributrio, Urbanstico, Penitencirio, Econmico e Financeiro).

    x Competncia privativa da Unio: legislar sobre os demais direitos.

    Gabarito: Errado.

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    53.(CESPE/MPS/2010) Compete Unio, aos estados e ao DF legislar concorrentemente sobre previdncia social, proteo e defesa da sade.

    Nunca demais relembrar: A seguridade social (conjunto de Sade + Previdncia Social + Assistncia Social) de competncia legislativa privativa da Unio. Por outro lado, a Previdncia Social, de forma isolada, de competncia concorrente.

    J a sade, por ser um tema difuso e afeto a todos os entes, de competncia concorrente.

    Gabarito: Certo.

    54.(CESPE/Oficial de Inteligncia- ABIN/2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permisso, os servios locais de gs canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matria por meio de medida provisria.

    A questo contm dois erros. O primeiro que os estados somente podem explorar os servios de gs canalizado por concesso e no por permisso. Alm disso essa matria no pode ser tratada por Medida Provisria. Observe o art. 25, 2 Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concesso, os servios locais de gs canalizado, na forma da lei, vedada a edio de medida provisria paraa sua regulamentao. Assim, os dois erros da questo esto em vermelho.

    Gabarito: Errado.

    55.(CESPE/DPE-ES/2009) Suponha que um estado-membro da Federao tenha legislado, de forma exaustiva, acerca de assistncia jurdica e defensoriapblica, dada a inexistncia de legislao federal sobre o tema. Nesse caso, ao ser promulgada legislao federal a esse respeito, as normas estaduais incompatveis com ela sero automaticamente revogadas.

    A assistncia jurdica e Defensoria Pblica, de fato, so competncias concorrentes. No entanto, na supervenincia de legislao federal sobre normas gerais, as normas estaduais incompatveis com ela sero automaticamente SUSPENSAS e no revogadas, como afirma a questo.

    Gabarito: Errado.

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    56.(CESPE/MPE-RN/2009) A competncia da Unio para legislar a respeito de normas gerais exclui a competncia suplementar dos estados, podendo haverdelegao de competncia pela Unio.

    Conforme artigo 24, 2 A competncia da Unio para legislar sobre normas gerais no exclui a competncia suplementar dos Estados.

    Gabarito: Errado.

    57.(CESPE/TRF 1a/2009) Lei complementar federal poder autorizar os estados-membros a legislarem sobre pontos especficos das matrias inseridas no mbito da competncia legislativa privativa da Unio, sem prejuzo da retomada pela Unio, a qualquer tempo, da sua competncia para legislar sobre o assunto objeto da delegao.

    O art. 22, Pargrafo nico diz que Lei complementar poder autorizar os Estados a legislar sobre questes especficas das matrias relacionadas neste artigo. Obviamente, a delegao pode ser revogada mais tarde.

    Gabarito: Certo.

    58.(CESPE/AGU/Advogado da Unio/2009) Suponha que a Constituio de determinado estado-membro tenha assegurado a estudantes o direito meia-passagem nos transportes coletivos urbanos rodovirios municipais. Nessa situao, de acordo com o entendimento do STF, a previso constitucional, pois o ente estadual atuou no mbito de sua competncia, dando tratamento equnime aos estudantes em toda a sua esfera de atuao.

    O estado estaria invadindo a competncia municipal prevista no art. 30, V da CF: organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de interesse local, INCLUDO O DE TRANSPORTE COLETIVO, que tem carter essencial.Assim, essa competncia municipal e no estadual.

    Gabarito: Errado.

    59.(CESPE/AGU/Advogado da Unio/2009) Na hiptese de alterao, por uma nova Constituio Federal, do rol de competncia legislativa dos entes da Federao, para inserir na competncia federal matria at ento da competncia legislativa estadual ou municipal, ocorre o fenmeno da federalizao da lei estadual ou municipal, a qual permanecer em vigor como

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    se lei federal fosse, em ateno ao princpio da continuidade do ordenamento jurdico.

    O princpio da continuidade do ordenamento jurdico realmente existe e busca a preservao e manuteno das normas no direito brasileiro. No entanto, o fenmeno da federalizao da lei estadual ou municipal, neste caso, invivel.

    O Brasil possui 5564 municpios. Imagine s se houvesse 5564 leis municipais que agora tero status de lei federal? Isso seria o caos jurdico, pois no se saberia qual delas aplicar. Assim, caso uma nova CF retirasse uma competncia municipal e a entregasse para a Unio, nenhuma dessas leis municipais poderia ter status de lei federal.

    No entanto, o fenmeno inverso possvel: caso uma nova Constituio transfira uma competncia federal para os municpios, a lei federal continua vlida com status de lei municipal e pode ser alterada por lei do municpio. Assim, cada municpio poder alterar a lei federal (que agora possui status de lei municipal).

    Gabarito: Errado.

    60.(CESPE/AGU/Advogado da Unio/2009) No mbito da competncia legislativa concorrente, caso a Unio no tenha editado a norma geral, o estado-membro poder exercer a competncia legislativa ampla. Contudo, sobrevindo a norma federal faltante, o diploma estadual ter sua eficcia suspensa no que lhe for contrrio, operando-se, a partir de ento, um verdadeiro bloqueio de competncia, j que o estado-membro no mais poder legislar sobre normas gerais quanto ao tema tratado na legislao federal.

    Na competncia concorrente, em regra, a Unio legisla sobre normas gerais e os estados sobre as normas especficas. Caso a Unio seja omissa e no elabore as normas gerais, os Estados e DF adquirem competncia legislativa plena. Assim, podero legislar tanto sobre normas gerais quanto especficas. Caso, posteriormente, a Unio edite lei federal contendo a norma geral, as leis estaduais tornam-se SUSPENSAS na parte em que lhe for contrria (suspende e no revoga). Alm disso, a partir da edio da lei federal, os estados (que tinham a competncia legislativa plena) no podem mais legislar sobre normas gerais.

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    x Competncia Concorrente: legislar sobre direito TUPEF(Tributrio, Urbanstico, Penitencirio, Econmico e Financeiro).

    x Competncia privativa da Unio: legislar sobre os demais direitos.

    Gabarito: Errado.

    65.(CESPE/TJDFT/Tcnico Judicirio rea Administrativa/2008) No mbito da repartio de competncias materiais, de competncia comum da Unio, estados, DF e municpios registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios.

    Essa uma competncia comum da Unio, estados, DF e municpios prevista no art. 23, XI. Elas tratam, em sua maioria, de assuntos de interesse da coletividade/interesses difusos e so competncias NO LEGISLATIVAS de responsabilidade da Unio, estados, Distrito Federal e municpios, que atuam de forma conjunta e sem subordinao entre eles.

    Gabarito: Certo.

    66.(CESPE/TST/Analista Judicirio rea Judiciria/2008) Considere que uma emenda Constituio Federal (CF) revogue o dispositivo que atribui Unio competncia privativa para legislar sobre direito do trabalho. Nessa situao, a competncia para legislar sobre essa matria passaria a ser estadual.

    A competncia privativa para legislar sobre direito do trabalho da Unio (art. 22, I). No entanto, as competncias dos entes federados podem ser modificadas por emenda constitucional, desde que no se descaracterize o pacto federativo. Assim, caso o dispositivo em questo fosse simplesmente revogado, a CF no daria expressamente a nenhum dos entes a competncia para legislar sobre direito do trabalho. Dessa forma, como os estados possuem a competncia RESIDUAL (art. 25, 1), estes seriam os novos detentores dessa competncia.

    Gabarito: Certo.

    67.(CESPE/Tcnico-TJ-RJ/2008) So de competncia legislativa privativa da Unio: direito civil e atividades nucleares de qualquer natureza.

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    Direito Civil no est no TUPEF e as atividades nucleares so temas sensveis: portanto, competncia privativa da Unio. Lembre-se:

    x Competncia Concorrente: legislar sobre direito TUPEF(Tributrio, Urbanstico, Penitencirio, Econmico e Financeiro).

    x Competncia privativa da Unio: legislar sobre os demais direitos.

    Gabarito: Certo.

    68.(CESPE/TJDFT/Tcnico Judicirio rea Administrativa/2008) No mbito da competncia legislativa concorrente, a supervenincia de lei federal sobre normas gerais tratando determinada matria de forma inovadora revoga lei estadual anteriormente editada, no que lhe for contrrio.

    Na competncia concorrente, caso a Unio seja omissa e no elabore as normas gerais, os Estados e DF adquirem competncia legislativa plena. Assim, podero legislar tanto sobre normas gerais quanto especficas. Caso, posteriormente, a Unio edite lei federal contendo a norma geral, as leis estaduais tornam-se SUSPENSAS na parte em que lhe for contrria (suspende e no revoga). Assim, o erro da questo est na palavra revoga.

    Gabarito: Errado.

    69.(CESPE/IPEA-Tcnico de Planejamento e Pesquisa rea de Especializao: Estado, Instituies e Democracia/2008) As competncias comuns previstas no artigo 23 da Constituio de 1988 comunicam que as matrias ali elencadas so de interesse comum de todos os entes da Federao e so, portanto, de responsabilidade dos trs nveis de governo.

    As competncias comuns entre os entes federados esto previstas no art. 23 da CF. Elas tratam, em sua maioria, de assuntos de interesse da coletividade/interesses difusos e so competncias NO LEGISLATIVAS de responsabilidade da Unio, estados, Distrito Federal e municpios, que atuam de forma conjunta e sem subordinao entre eles.

    Gabarito: Certo.

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    70.(CESPE/Tcnico-TJ-RJ/2008) So de competncia legislativa privativa da Unio: proteo infncia e servio postal.

    Servio postal realmente de competncia privativa da Unio (art. 22, V). No entanto, a proteo infncia, por ser um tema difuso, afeto a todos, de competncia legislativa concorrente (art. 24, XV).

    Gabarito: Errado.

    71.(CESPE/TJRJ/Tcnico de Atividade Judiciria/2008) Os municpios podero explorar diretamente, ou mediante concesso, o servio local de gs canalizado.

    Essa competncia reservada aos ESTADOS e no aos municpios. Esse dispositivo bastante cobrado em provas! Primeiro, porque uma das poucas competncias dos estados-membros previstas expressamente no texto constitucional e segundo, na matria de processo legislativo, pois os governadores no podem editar medida provisria para disciplinar esse dispositivo constitucional.

    Gabarito: Errado.

    72.(CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os estados podero, mediante lei complementar, instituir regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies,constitudas por agrupamentos de municpios limtrofes, para integrar a organizao, o planejamento e a execuo de funes pblicas de interesse comum.

    Essa a cpia do art. 25, 3. Vamos revisar:

    - Residual ou remanescente+

    - Criao, incorporao, fuso e desmembramento de Municpios (18, 40)Competncia - Explorao de gs canalizado (25, 20)

    dos Estados - Instituio (25, 30) de - Regies metropolitanas- Aglomeraes urbanas- Microrregies

    - Organizao de sua prpria justia (125)- Servio de transporte intermunicipal (ADI 2.349/ES)

    Gabarito: Certo.

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    73.(CESPE/Tcnico-TJ-RJ/2008) Legislar sobre recursos minerais de competncia legislativa privativa da Unio.

    Temas sensveis = competncia privativa da Unio! (art. 22, XII)

    Gabarito: Certo.

    74.(CESPE/Tcnico - TCE-TO/2008) de competncia concorrente entre Unio, estados e Distrito Federal legislar sobre desapropriao.

    Legislar sobre desapropriao competncia privativa da Unioenquanto Decretar a desapropriao competncia do Poder Pblico,geralmente o Poder Executivo Municipal.

    Gabarito: Errado.

    75.(CESPE/ABIN/Oficial de Inteligncia/2008) Compete Unio legislar privativamente sobre direito processual, mas a competncia para legislar sobre procedimentos concorrente entre a Unio, os estados e o DF. Sendo assim, na ausncia de legislao federal sobre normas gerais acerca de procedimentos, os estados e o DF podero disciplinar de forma plena esse tema at que sobrevenha a lei geral federal, quando ento sero as normas legais estaduais e distritais recepcionadas como leis federais.

    O erro da questo est na ltima frase da assertiva. Realmente, caso a Unio seja omissa na elaborao de normas gerais, os estados e DF adquirem a capacidade legislativa plena. No entanto, caso sobrevenha legislao federal sobre normas gerais, as normas legais estaduais e distritais NO SO recepcionadas como leis federais, mas sim SUSPENSAS pela lei federal, na parte que lhe for contrria.

    Gabarito: Errado.

    76.(CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Compete Unio legislar concorrentemente com estados e Distrito Federal acerca de procedimentos em matria processual. No entanto, na ausncia de uma norma geral federal disciplinando essa matria, os estados e o Distrito Federal tero competncia legislativa plena para atender as suas peculiaridades, at que sobrevenha a lei geral federal, quando ento as normas especficas editadas por esses entes federativos restaro revogadas.

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    O nico erro da questo est na palavra revogadas. O certo seria suspensas. No restante, a questo est correta: Legislar sobre Direito Processual competncia legislativa privativa da Unio,enquanto os procedimentos em matria processual so competncia legislativa concorrente. Alm disso, caso a Unio seja omissa e no edite normas gerais nos assuntos de competncia concorrente, os estados e DF adquirem competncia legislativa plena at que sobrevenha norma federal.

    Gabarito: Errado.

    77.(CESPE/Tcnico - TRT 9a/2007) A instituio das diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transporteurbano, de competncia dos municpios.

    Lembre-se que estabelecer as "diretrizes", "critrios", "bases", "normas gerais etc. ser sempre competncia da Unio.

    Gabarito: Errado.

    78.(CESPE/TRT9/Tcnico Judicirio /2007) A instituio das diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transporte urbano, de competncia dos municpios.

    Trata-se de competncia exclusiva da Unio, portanto, administrativa,prevista no art. 21, XX. Lembre-se de que somente a Unio pode:

    x Quando a CF usar o termo nacional ou internacional;x Estabelecer as "diretrizes", "critrios", "bases", "normas gerais

    etc.

    x Temas "sensveis" como atividade nuclear, guerra, ndios, energia, telecomunicaes etc.

    Gabarito: Errado.

    79.(CESPE/TCU/Analista de Controle Externo/2007) Com relao repartio de competncias administrativas entre a Unio e os estados-membros, adotou-se a tcnica da competncia remanescente, segundo a qual aos estados membros so reservadas as competncias que no sejam da Unio e