aula 02

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CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PROFESSORA: MARA QUEIROGA CAMISASSA Prof. Mara Queiroga Camisassa www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 2 HIGIENE NO TRABALHO Bem vindos à aula 2 do nosso curso. Nesta aula veremos: Higiene no trabalho. Conceito e aplicação. Riscos ambientais: físicos, químicos e biológicos. Avaliação e controle de agentes ambientais. Aerodispersóides. Limites de tolerância. Insalubridade. Periculosidade. Técnicas de uso de equipamentos de medição. Parte destes assuntos está na NR9 – PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Veremos a NR9 em detalhes na Aula 10. 1 – CONCEITO E APLICAÇÃO A higiene no trabalho ou higiene ocupacional é a ciência que trata da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do controle dos fatores de risco ou estresses ambientais originados no – ou a partir do local de trabalho, os quais podem causar doenças, prejudicar a saúde e o bem estar ou causar insignificante desconforto sobre os trabalhadores, observando-se também seu impacto no meio ambiente. A American Industrial Hygiene Association (AIHA) estende o conceito acima também aos impactos causados nas comunidades vizinhas. 2 – RISCOS AMBIENTAIS: FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS De acordo com o item 9.1.5. da NR9, riscos ambientais são os agentes FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS existentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.

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Prof. Mara Queiroga Camisassa www.pontodosconcursos.com.br 1

AULA 2

HIGIENE NO TRABALHO Bem vindos à aula 2 do nosso curso. Nesta aula veremos: Higiene no trabalho. Conceito e aplicação. Riscos ambientais: físicos, químicos e biológicos. Avaliação e controle de agentes ambientais. Aerodispersóides. Limites de tolerância. Insalubridade. Periculosidade. Técnicas de uso de equipamentos de medição. Parte destes assuntos está na NR9 – PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Veremos a NR9 em detalhes na Aula 10. 1 – CONCEITO E APLICAÇÃO A higiene no trabalho ou higiene ocupacional é a ciência que trata da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do controle dos fatores de risco ou estresses ambientais originados no – ou a partir do local de trabalho, os quais podem causar doenças, prejudicar a saúde e o bem estar ou causar insignificante desconforto sobre os trabalhadores, observando-se também seu impacto no meio ambiente. A American Industrial Hygiene Association (AIHA) estende o conceito acima também aos impactos causados nas comunidades vizinhas. 2 – RISCOS AMBIENTAIS: FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS De acordo com o item 9.1.5. da NR9, riscos ambientais são os agentes FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS existentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.

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Este conceito é muito importante: é em função da natureza, concentração ou intensidade e do tempo de exposição ao risco que se conclui se determinado agente físico, químico ou biológico representa ou não um risco que poderá prejudicar a saúde dos trabalhadores.

Vamos ver então, quais seriam estes agente físicos, químicos e biológicos. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas (frio intenso, calor intenso), radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

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O quadro a seguir mostra a classificação dos riscos ambientais entre agentes biológicos, físicos e químicos: As fotos a seguir mostram as graves consequências sofridas por trabalhadores expostos a alguns dos agentes físicos descritos anteriormente:

Agente físico: Radiação Solar “Epitelioma basocelular em trabalhador rural. O tumor apresenta seis anos de evolução. A exposição à radiação solar é considerada o principal agente cancerígeno. Proteção adequada, chapéu, touca de tecido e vestuários adequados são importantes fatores de proteção.” (Fonte: Dermatoses Ocupacionais, Dr. Salim Amed Ali / Ministério do Trabalho e Emprego/ Fundacentro)

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Agente químico: Cimento: “Dermatite irritativa de contato (DIC) em servente de pedreiro. O contato da massa úmida de cimento no dorso dos pés causou irritação com posterior infecção secundária. O uso de chinelos nesta atividade facilita o contato e o aparecimento da dermatose”. (Fonte: Dermatoses Ocupacionais, Dr. Salim Amed Ali / Ministério do Trabalho e Emprego/ Fundacentro)

3 – AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS AGENTES AMBIENTAIS 3.1. RUÍDO Avaliação do Ruído Ocupacional Este tipo de avaliação tem o objetivo de constatar os possíveis riscos de dano auditivo. O efeito danoso do ruído depende:

• Do nível de pressão sonora da distribuição desta pressão por frequências (espectro sonoro)

• Da duração da exposição • Da quantidade de vezes que a exposição se repete ao longo do dia • Da suscetibilidade individual

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. Obs. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. Controle do Ruído As medidas de controle do ruído são as medidas de controle coletivas e medidas de controle individuais. Vimos na aula anterior que devemos dar prioridade para as medidas coletivas.

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Medidas coletivas As medidas de controle coletivo do ruído divididas entre medidas de controle na fonte e medidas de controle na trajetória: Medidas de controle na fonte:

• Substituição do equipamento por um mais silencioso • Alteração do processo e das operações de forma que o menor número de

máquinas permaneça funcionando simultaneamente. • Manutenção (balanceamento de partes móveis, lubrificar rolamentos,

etc) Medidas de controle na trajetória: - Isolamento acústico, evitando que o som se propague a partir da fonte (isolamento da fonte) o que o som chegue ao receptor (isolamento do receptor). Medidas individuais

• Limitação do tempo de exposição • Utilização de EPI – protetores auditivos

Importante ressaltar que a mera utilização do protetor auditivo não elimina o risco de o trabalhador vir a sofrer perda auditiva (PAIR – Perda Auditiva Induzida por Ruído). É necessário calcular a atenuação do protetor auricular com base em seu fator de proteção. 3.2. CALOR Avaliação do calor Segundo o Anexo 3 da NR15, a exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG definido pelas equações que se seguem: Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

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Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural tg = temperatura de globo tbs = temperatura de bulbo seco. O Anexo 3 também estabelece os limites de tolerância para exposição ao calor para o índice de bulbo de acordo com o tipo de atividade e considerando o regime de trabalho intermitente com descanso, no próprio local de prestação do serviço. Controle do Calor O calor, como todo agente ambiental, deve ser controlado primeiramente na fonte ou na trajetória. Caso este tipo de controle não seja possível, devem ser adotadas medidas aplicáveis ao trabalhador. Medidas relativas ao ambiente Convecção A redução da temperatura do ar diminui este fenômeno, e isso é conseguido por meio de insuflação de ar fresco, com velocidade adequada, e em certos casos com exaustão do ar quente. No caso de inviabilidade de insuflação do ar fresco, o aumento da velocidade do ar poderá ser obtido pela instalação de ventiladores que farão a circulação do ar, em velocidades apropriadas. Radiação A redução do calor radiante é de grande importância para a diminuição da sobrecarga térmica. Uma medida eficiente é a utilização de barreiras que reflitam os raios infravermelhos, que devem ser localizadas entre o trabalhador e a fonte de calor.

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Medidas relativas individuais Limitação do tempo de exposição Nesta medida adota-se intervalos de descanso, longe da fonte de calor, visando a reduzir a sobrecarga térmica a níveis compatíveis com o organismo humano. Quando os tempos de exposição não forem compatíveis com as condições de trabalho observadas, deve-se reexaminar os procedimentos de trabalho no sentido de determinar o regime de trabalho-descanso a fim de se atender aos limites recomendados. 4. AERODISPERSÓIDES Os aerodispersóides (agentes químicos) são substâncias dispersas na atmosfera na forma de material particulado (sólido ou líquido). Os aerodispersóides se classificam em: Poeira – partículas sólidas em suspensão na atmosfera e resultantes da desintegração mecânica de substâncias orgânicas ou inorgânicas. Fumo – partículas sólidas em suspensão na atmosfera e resultantes da condensação de vapores, geralmente de metais em fusão e seguida de oxidação. Neblina ou névoa – partículas líquidas em suspensão na atmosfera, resultante da condensação de vapores, ou da dispersão mecânica de líquidos. Fumaça – mistura de gases, vapores, partículas sólidas e líquidas em suspensão na atmosfera, resultante da combustão incompleta de substâncias. Os aerodispersóides são considerados poluentes devido as suas características físicas e químicas que os tornam nocivos à saúde das pessoas e prejudiciais ao meio ambiente. Os aerodispersóides são classificados em fibrogênicos e não fibrogênicos, ambos causadores de pneumoconioses, que são doenças ocupacionais pulmonares.

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As pneumoconioses fibrogênicas têm como origem:

• exposição à sílica • exposição à asbesto • exposição ao carvão • exposição à poeira mista

As pneumoconioses não fibrogênicas têm como origem:

• exposição ao ferro • exposição ao estanho • exposição ao bário • exposição à rocha fosfática.

5. LIMITE DE TOLERÂNCIA Pessoal, para compreendermos bem o conceito de limite de tolerância precisamos conhecer também o conceito de nível de ação. Vejamos: O Limite de Tolerância corresponde ao valor limite de concentração ou intensidade do agente nocivo ou ainda ao tempo de exposição a ele, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante sua vida laboral. Em outras palavras, caso a intensidade (ou nível) de determinado agente ou o tempo durante o qual o trabalhador está exposto, atinja ou ultrapasse um determinado valor chamado limite de tolerância, a empresa deverá adotar imediatamente medidas de controle contra a exposição a este agente, a fim de evitar danos à saúde dos trabalhadores. Por exemplo, segundo a NR15, o limite de tolerância estabelecido para o agente físico ruído contínuo, considerando uma exposição máxima diária de 8 (oito) horas, é 85dB. Já o nível de ação, corresponde ao valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições aos agentes nocivos ultrapassem os limites de exposição, ou limites de tolerância.

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Tais ações devem incluir: - o monitoramento periódico da exposição, - a informação aos trabalhadores e o - controle médico O quadro a seguir ilustra estes conceitos:

Atenção!! O nível de ação não caracteriza uma situação de risco grave e iminente, e sim um valor acima do qual devem ser realizadas ações preventivas para se minimizar a probabilidade de que o limite de tolerância seja atingido. 6. INSALUBRIDADE “As atividades ou operações insalubres são aquelas que: • Por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, • exponham os empregados a agentes nocivos à sua saúde, • acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos” A caracterização das atividades insalubres pode ser feita de forma quantitativa ou qualitativa.

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O Artigo 189 da CLT apresenta a definição de atividade insalubre cuja caracterização é feita de forma quantitativa e a própria definição mostra que os requisitos para caracterizar quantitativamente uma atividade como insalubre são: • o tempo de exposição (o que indica que o contato não precisa ser necessariamente permanente para a caracterização da insalubridade!) • o limite de tolerância e • a intensidade do agente. Atividades insalubres cuja caracterização é qualitativa são aquelas nas quais é verificado se existe a exposição a determinado tipo de agente nocivo ao qual o trabalhador estava exposto. Por exemplo, a simples exposição ao frio ou a umidade, comprovada por um laudo técnico de inspeção, caracterizará uma atividade insalubre, independente do tempo de exposição ou da intensidade do agente. A NR15 é a norma regulamentadora que trata das “Operações Insalubres” e contém as normas para caracterização quantitativa e qualitativa das atividades insalubres. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. O exercício de atividade insalubre acima dos limites de tolerância estabelecidos na NR15 garante ao trabalhador a percepção da adicional respectivo da seguinte forma:

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A tabela a seguir mostra como é feito o reconhecimento do risco em função do tipo de agente nocivo para caracterização da insalubridade. (obs.: Os valores de limite de tolerância e tempo de exposição constam na NR15 e não são objeto deste curso)

AGENTE TIPO CARACTERIZAÇÃO DO RISCO

1 RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

FÍSICO QUANTITATIVA

2 RUÍDO DE IMPACTO FÍSICO QUANTITATIVA 3 CALOR FÍSICO QUANTITATIVA 5 RADIAÇÕES IONIZANTES

FÍSICO QUANTITATIVA

6 CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS

FÍSICO QUALITATIVA

7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES

FÍSICO QUALITATIVA (LAUDO)

8 VIBRAÇÕES FÍSICO QUALITATIVA (LAUDO)

9 FRIO FÍSICO QUALITATIVA (LAUDO)

10 UMIDADE FÍSICO QUALITATIVA (LAUDO)

11 AGENTES QUÍMICOS QUÍMICO QUANTITATIVA 12 POEIRAS MINERAIS QUÍMICO QUANTITATIVA 13 AGENTES QUÍMICOS QUÍMICO QUALITATIVA 14 AGENTES BIOLÓGICOS

BIOLÓGICO QUALITATIVA

7. PERICULOSIDADE A atividade perigosa ocorre quando o empregado fica exposto a condições de risco à sua integridade física. Segundo o disposto na NR16, atividades ou operações perigosas são aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.

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Em 20 de setembro de 1985, foi publicada a lei 7369, que instituiu o adicional de periculosidade também para os eletricitários. Esta lei foi regulamentada pelo Decreto 93.412/86. E em 2003, as atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas, foram incluídas na NR16 (através da Portaria GM n.º 518, de 04 de abril de 2003), e passaram também a ser consideradas atividades perigosas. Então, atualmente são as seguintes atividades e operações consideradas perigosas que dão direito ao recebimento do adicional de periculosidade: - Atividades com inflamáveis - Atividades com explosivos - Atividades com radiações ionizantes ou substâncias radioativas - Atividades no Sistema Elétrico de Potência em condições de risco (ver OJ-SDI1-324 do TST) O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (exceto no caso dos eletricitários, cuja base de cálculo inclui todas as verbas remuneratórias - Súmula 191 TST). O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. 8 – TÉCNICAS DE USO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO Ruído O ruído pode ser medido através de um decibelímetro ou através de um dosímetro. O decibelímetro deve ser utilizado quando se deseja fazer medição instantânea do nível do ruído. Já o dosímetro é um aparelho de uso pessoal, utilizado nos casos em que há exposição diária a diferentes níveis de ruído. Para realizar a medição, o dosímetro considera os efeitos combinados dos níveis de ruído, ao invés dos efeitos individuais de cada um deles. Por este motivo, é considerado como a forma mais precisa de se avaliar o ruído a que o trabalhador está submetido, uma vez que realiza a integração ruído x tempo durante a realização de todas as atividades do trabalhador.

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Antes de se iniciar a medição, o dosímetro deverá ser ajustado de acordo com a legislação a que o trabalhador está submetido, uma vez que os critérios podem ser muito diferentes para cada caso analisado. No caso da NR15 as exigências são de jornada de trabalho de oito horas, dose 100% (ou 1) para 85dB e incremento igual a 5. O Anexo I desta norma define a metodologia da avaliação do ruído, da seguinte forma:

• Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.

• Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro do Anexo I. Este quadro apresenta, para determinados níveis de ruído que vão de 85dB a 100dB, a máxima exposição diária permitida.

• Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.

• Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações:

C1 + C2 + C3 + ... + Cn T1 T2 T3 Tn

exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância, onde: Cn : Tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico Tn: Máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro do Anexo I. O dosímetro pode ser colocado no bolso ou na cintura do trabalhador, com um microfone preso próximo ao seu ouvido, sem interferir em seus movimentos.

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SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TST REFERENTES A INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

SUM-39 PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. SUM-47 INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. SUM-80 INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Súmula A-24 A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. SUM-139 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 102 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais SUM-191 ADICIONAL. PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial SUM-228 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (nova redação) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008 A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. SUM-248 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

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A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. SUM-289 INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARE-LHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. SUM-293 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. SUM-361 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSI-ÇÃO INTERMITENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. OJ-SDI1-4 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIXO URBANO (nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 170 da SB-DI-1) - DJ 20.04.2005 I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a

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classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. (ex-OJ nº 170 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) OJ-SDI1-47 HORA EXTRA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (alterada) – Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 A base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário contratual mais o adicional de insalubridade. OJ-SDI1-103 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. REPOUSO SEMANAL E FERIADOS (nova redação) - DJ 20.04.2005 O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e feriados. OJ-SDI1-165 PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT (inserida em 26.03.1999) O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado. OJ-SDI1-171 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ÓLEOS MINERAIS. SENTIDO DO TERMO "MANIPULAÇÃO" (inserida em 08.11.2000) Para efeito de concessão de adicional de insalubridade não há distinção entre fabricação e manuseio de óleos minerais - Portaria nº 3214 do Ministério do Trabalho, NR 15, Anexo XIII. OJ-SDI1-172 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE OU PERICULOSIDADE. CONDENAÇÃO. INSERÇÃO EM FOLHA DE PAGAMENTO (inserida em 08.11.2000) Condenada ao pagamento do adicional de insalubridade ou periculosidade, a empresa deverá inserir, mês a mês e enquanto o trabalho for executado sob essas condições, o valor correspondente em folha de pagamento. OJ-SDI1-173 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. RAIOS SOLARES. INDEVIDO (inserida em 08.11.2000)

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Em face da ausência de previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto (art. 195, CLT e NR 15 MTb, Anexo 7). OJ-SDI1-278 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO (DJ 11.08.2003) A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. OJ-SDI1-279 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. BASE DE CÁLCULO. LEI Nº 7.369/85, ART. 1º. INTERPRETAÇÃO (DJ 11.08.2003) O adicional de periculosidade dos eletricitários deverá ser calculado sobre o conjunto de parcelas de natureza salarial. OJ-SDI1-345 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONI-ZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005) A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, “caput”, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade OJ-SDI1-347 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. LEI Nº 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO Nº 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSÃO DO DIREITO AOS CA-BISTAS, INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA (DJ 25.04.2007) É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência OJ-SDI2-2 AÇÃO RESCISÓRIA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. SALÁRIO MÍNIMO. CABÍVEL (mantida) – Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008 Viola o art. 192 da CLT decisão que acolhe pedido de adicional de insalubridade com base na remuneração do empregado

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LISTA DE EXERCÍCIOS QUESTÃO 1 - TEC SEG/ FUB / CESPE UNB / 2009 ALTERADA A NR 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores. Com relação à PPRA, julgue os próximos itens. 1 – As radiações ionizantes e não-ionizantes são exemplos de agentes químicos, capazes de causar danos à saúde do trabalhador. 2 - Quando comprovada, pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia: medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; e utilização de equipamento de proteção individual (EPI). QUESTÃO 2 - PESQ/TECNOLOGISTA / INMETRO / CESPE /2010 ALTERADA Com referência ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) previsto na NR 9, julgue os itens a seguir: 1 - O trabalho sob condições adversas de calor ou frio deve ser considerado como exposição a agentes físicos. 2 - A superbactéria klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é um agente químico patogênico. QUESTÃO 3 - MED TRAB/SEAD/PCPA/UnB/CESPE /2007 ALTERADA Segundo a Norma Regulamentadora (NR) n.º 9, as ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir: 1 - Os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho são considerados riscos ambientais, independentemente de serem capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

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2 - Agentes químicos são definidos como as substâncias, os compostos ou os produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória. QUESTÃO 4 -TEC SEG /DOCAS PA / CESPE UNB /2006 Na busca de melhor qualidade de vida no trabalho, a NR n.º 9 prevê a existência, na empresa, do programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA). A esse respeito, julgue o item subsequente. 1- Entre os agentes físicos a que possam estar expostos os trabalhadores, incluem-se pressões anormais e radiações ionizantes. QUESTÃO 5 - MED TRAB/PREF DIADEMA/VUNESP/2010 Em relação ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), especificado na NR-9, pode-se afirmar que 1 - Para efeito dessa NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. 2 - Consideram-se agentes biológicos apenas as bactérias, os fungos e os vírus. 3 - Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. QUESTÃO 6 - TEC SEG/FIOCRUZ/FGV/2010 Segundo a NR 9, riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Com relação a esses agentes, analise as seguintes afirmativas: I. Agentes químicos são as diversas formas de energia a que podem estar expostos os trabalhadores, tais como: temperaturas extremas, radiações ionizantes e radiações não ionizantes. II. Agentes físicos são as substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo pela via respiratória ou que, por contato, podem ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. III. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. Assinale:

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A) se apenas a afirmativa I estiver correta. B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se apenas a afirmativa III estiver correta. E) se todas as afirmativas estiverem corretas. QUESTÃO 7 – TEC SEG / PREF LINHARES SAAE –ES/ADVISE/2012 ALTERADA A higiene do trabalho é uma ciência que lida com reconhecimento, avaliação e controle de riscos ambientais, como riscos físicos, químicos e biológicos que, presentes no ambiente, podem provocar doenças ou prejuízos à saúde ou ao bem-estar, desconforto ou ineficiência nos trabalhadores ou entre as pessoas da comunidade. Com essa informação e tendo em mente a Norma Regulamentadora 9 (NR 9), que trata de programas de prevenção de riscos ambientais – PPRA julgue os itens a seguir: 1 - Atividades de escavação com geração de poeiras e a utilização de tinta acrílica para pintura em ambientes internos expõem os trabalhadores a agentes físicos. 2 - As radiações provenientes de operações de soldagem são exemplos de riscos químicos. 3 - Os gases, a umidade e o calor observados em obras de limpeza de rede urbana de esgoto e galerias são exemplos de agentes biológicos. QUESTÃO 8 - ENG SEG /PREF LONDRINA/CONSULPLAN / 2011 A NR 15 – atividades e operações insalubres, em seu Anexo nº. 1, define os limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente. Diante do exposto, é correto afirmar: A) Para níveis de ruído de 85 dB a máxima exposição diária permissível é de 7 horas. B) Para níveis de ruído de 90 dB a máxima exposição diária permissível é de 5 horas. C) Para níveis de ruído de 95 dB a máxima exposição diária permissível é de 3 horas. D) Para níveis de ruído de 100 dB a máxima exposição diária permissível é de uma hora. E) Para níveis de ruído de 105 dB a máxima exposição diária permissível é de 15 minutos.

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QUESTÃO 9 - ENG SEG / PREF SÃO GONÇALO / UFF COSEAC /2011 ALTERADA A exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de: A) Bulbo Úmido Termômetro de Globo. B) Bulbo Negro. C) Bulbo Úmido Natural. D) Temperatura de Globo Natural. E) Temperatura de Bulbo Seco. QUESTÃO 10 TEC SEG JR / PETROBRAS / CESGRANRIO / 2011 A coleta de lixo urbano e o transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos em caminhão-tanque são atividades consideradas, respectivamente, A) perigosas e insalubres. B) insalubres e perigosas. C) insalubres e penosas. D) penosas e perigosas. E) penosas e insalubres. QUESTÃO 11 - TEC SEG / PREF SÃO GONÇALO / COSEAC / 2011 Segundo a NR 15, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral, é denominado: A) Dose limite. B) Máxima exposição. C) Nível de ação. D) Limite de tolerância. E) Dose de trabalho. QUESTÃO 12- TEC SEG / PREF ESTEIO / MSCONCURSOS / 2011 A avaliação de insalubridade a partir do IBUTG mede: A) Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente. B) Limites de tolerância para exposição ao calor. C) Limites de tolerância para ruídos de impacto. D) Radiações ionizantes. E) Trabalho sob condições hiperbáricas

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GABARITOS:

1 1 – incorreto 2 - correto

2 1 – incorreto 2 - incorreto

3 1 – incorreto 2 - incorreto

4 1 – correto

5 1 – incorreto 2 – incorreto 3 - correto

6 D 7 1 – incorreto

2 – incorreto 3 - incorreto

8 D 9 A 10 B 11 D 12 B

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 1 - TEC SEG/ FUB / CESPE UNB / 2009 ALTERADA A NR 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores. Com relação à PPRA, julgue os próximos itens. 1 – As radiações ionizantes e não-ionizantes são exemplos de agentes químicos, capazes de causar danos à saúde do trabalhador. INCORRETO. Segundo a NR9 radiações ionizantes e não-ionizantes são agentes físicos. 2 - Quando comprovada, pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia: medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; e utilização de equipamento de proteção individual (EPI). CORRETO. A utilização do EPI deve ser a última opção do empregador. Antes de tomar esta decisão, ele deverá adotar medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho. Redação do item 9.3.5.4. Lembram que a inviabilidade da adoção de medidas de proteção coletiva deve ser técnica e não financeira! QUESTÃO 2 - PESQ/TECNOLOGISTA / INMETRO / CESPE /2010 ALTERADA Com referência ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) previsto na NR 9, julgue os itens a seguir: 1 - O trabalho sob condições adversas de calor ou frio deve ser considerado como exposição a agentes físicos. INCORRETO. Calor e frio são agentes físicos. 2 - A superbactéria klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é um agente químico patogênico.

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INCORRETO. Bactérias são agentes biológicos e não químicos. QUESTÃO 3 - MED TRAB/SEAD/PCPA/UnB/CESPE /2007 ALTERADA Segundo a Norma Regulamentadora (NR) n.º 9, as ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir: 1 - Os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho são considerados riscos ambientais, independentemente de serem capazes de causar danos à saúde do trabalhador. INCORRETO. O conceito de risco ambiental está vinculado ao dano que ele possa causar. Vejam a redação do item 9.1.5. : “consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.” 2 - Agentes químicos são definidos como as substâncias, os compostos ou os produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória. INCORRETO. São agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória. Mas também são agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. QUESTÃO 4 -TEC SEG /DOCAS PA / CESPE UNB /2006 Na busca de melhor qualidade de vida no trabalho, a NR n.º 9 prevê a existência, na empresa, do programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA). A esse respeito, julgue o item subsequente. 1- Entre os agentes físicos a que possam estar expostos os trabalhadores, incluem-se pressões anormais e radiações ionizantes. CORRETO. Conforme redação do item 9.1.5.1.

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QUESTÃO 5 - MED TRAB/PREF DIADEMA/VUNESP/2010 Em relação ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), especificado na NR-9, pode-se afirmar que 1 - Para efeito dessa NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. INCORRETO. Segundo o item 9.1.5, o PPRA deve contemplar os riscos físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. O PPRA não considera os riscos ergonômicos e de acidentes como riscos ambientais. 2 - Consideram-se agentes biológicos apenas as bactérias, os fungos e os vírus. INCORRETO. Segundo o item 9.1.5.3, além das bactérias, fungos e vírus, são também considerados agentes biológicos os bacilos, parasitas e protozoários, entre outros. O erro da questão está na palavra “apenas”. 3 - Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. CORRETO. O item 9.1.5.1 nos ensina que os agentes físicos correspondem às diversas formas de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. QUESTÃO 6 - TEC SEG/FIOCRUZ/FGV/2010 Segundo a NR 9, riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Com relação a esses agentes, analise as seguintes afirmativas: I. Agentes químicos são as diversas formas de energia a que podem estar expostos os trabalhadores, tais como: temperaturas extremas, radiações ionizantes e radiações não ionizantes.

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II. Agentes físicos são as substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo pela via respiratória ou que, por contato, podem ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. III. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. Assinale: A) se apenas a afirmativa I estiver correta. B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se apenas a afirmativa III estiver correta. E) se todas as afirmativas estiverem corretas. GABARITO: D A proposição I está incorreta. Os riscos apresentados (temperaturas extremas, radiações ionizantes e não ionizantes) correspondem a agentes físicos, e não a agentes químicos, como consta na assertiva. A proposição II está incorreta. Os compostos ou produtos que podem penetrar no organismo pela via respiratória ou que, por contato, podem ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão, correspondem a agentes químicos, e não a agentes físicos. A proposição III está correta. Esta é a redação do item 9.1.5.3. QUESTÃO 7 – TEC SEG / PREF LINHARES SAAE –ES/ADVISE/2012 ALTERADA A higiene do trabalho é uma ciência que lida com reconhecimento, avaliação e controle de riscos ambientais, como riscos físicos, químicos e biológicos que, presentes no ambiente, podem provocar doenças ou prejuízos à saúde ou ao bem-estar, desconforto ou ineficiência nos trabalhadores ou entre as pessoas da comunidade. Com essa informação e tendo em mente a Norma Regulamentadora 9 (NR 9), que trata de programas de prevenção de riscos ambientais – PPRA julgue os itens a seguir: 1 - Atividades de escavação com geração de poeiras e a utilização de tinta acrílica para pintura em ambientes internos expõem os trabalhadores a agentes físicos.

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INCORRETO. Poeiras e a névoa que pode resultar da utilização de tinta são agentes químicos, e não físicos. 2 - As radiações provenientes de operações de soldagem são exemplos de riscos químicos. INCORRETO. As operações de soldagem geram fumos, que são agentes químicos, e não radiações. Informações sobre este tipo de atividade estão na NR18, que determina: “Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de solda e corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos.” 3 - Os gases, a umidade e o calor observados em obras de limpeza de rede urbana de esgoto e galerias são exemplos de agentes biológicos. INCORRETO. Nenhum dos agentes citados é agente biológico. Gases são agentes químicos, calor é risco físico e a umidade não é caracterizada na NR9 nem como risco químico, físico ou biológico. QUESTÃO 8 - ENG SEG /PREF LONDRINA/CONSULPLAN / 2011 A NR 15 – atividades e operações insalubres, em seu Anexo nº. 1, define os limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente. Diante do exposto, é correto afirmar: A) Para níveis de ruído de 85 dB a máxima exposição diária permissível é de 7 horas. B) Para níveis de ruído de 90 dB a máxima exposição diária permissível é de 5 horas. C) Para níveis de ruído de 95 dB a máxima exposição diária permissível é de 3 horas. D) Para níveis de ruído de 100 dB a máxima exposição diária permissível é de uma hora. E) Para níveis de ruído de 105 dB a máxima exposição diária permissível é de 15 minutos. GABARITO: D Pessoal, esta questão demanda consulta à tabela do Anexo I da NR15 (vejam a seguir), que deve ser dada na prova, caso seja necessário. Podemos ver que para níveis de ruído de 100 dB a máxima exposição diária permissível é de uma hora.

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QUESTÃO 9 - ENG SEG / PREF SÃO GONÇALO / UFF COSEAC /2011 ALTERADA A exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de: A) Bulbo Úmido Termômetro de Globo. B) Bulbo Negro. C) Bulbo Úmido Natural. D) Temperatura de Globo Natural. E) Temperatura de Bulbo Seco. GABARITO: A Segundo o Anexo 3 da NR15, 1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" – IBUTG. QUESTÃO 10 TEC SEG JR / PETROBRAS / CESGRANRIO / 2011 A coleta de lixo urbano e o transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos em caminhão-tanque são atividades consideradas, respectivamente,

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A) perigosas e insalubres. B) insalubres e perigosas. C) insalubres e penosas. D) penosas e perigosas. E) penosas e insalubres. GABARITO: B Coleta de lixo urbano é atividade insalubre e transporte de inflamáveis líquidos é atividade perigosa. Esta classificação encontra-se na NR15 e NR16, respectivamente. QUESTÃO 11 - TEC SEG / PREF SÃO GONÇALO / COSEAC / 2011 Segundo a NR 15, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral, é denominado: A) Dose limite. B) Máxima exposição. C) Nível de ação. D) Limite de tolerância. E) Dose de trabalho. GABARITO: D Encontramos esta definição de limite de tolerância no item 15.1.5 da NR5. QUESTÃO 12- TEC SEG / PREF ESTEIO / MSCONCURSOS / 2011 A avaliação de insalubridade a partir do IBUTG mede: A) Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente. B) Limites de tolerância para exposição ao calor. C) Limites de tolerância para ruídos de impacto. D) Radiações ionizantes. E) Trabalho sob condições hiperbáricas GABARITO: B Segundo o Anexo 3 da NR15, 1. O “Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" – IBUTG deve ser utilizado para medição da exposição ao calor, caso ultrapasse os valores definidos nesta NR, estará caracterizada a insalubridade.

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RESUMO AULA 2 HIGIENE DO TRABALHO

1 - Ciência que trata da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do controle dos fatores de risco ou estresses ambientais originados no – ou a partir do local de trabalho, os quais podem causar doenças, prejudicar a saúde e o bem estar ou causar insignificante desconforto sobre os trabalhadores, observando-se também seu impacto no meio ambiente. 2 - Riscos ambientais: agentes FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS existentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. 3 - Agentes físicos: diversas formas de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas (frio intenso, calor intenso), radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. 4- Agentes químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. 5 - Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. 6 - Aerodispersóides (agentes químicos): são substâncias dispersas na atmosfera na forma de material particulado (sólido ou líquido); se classificam em: Poeira – partículas sólidas em suspensão na atmosfera e resultantes da desintegração mecânica de substâncias orgânicas ou inorgânicas. Fumo – partículas sólidas em suspensão na atmosfera e resultantes da condensação de vapores, geralmente de metais em fusão e seguida de oxidação. Neblina ou névoa – partículas líquidas em suspensão na atmosfera, resultante da condensação de vapores, ou da dispersão mecânica de líquidos.

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Fumaça – mistura de gases, vapores, partículas sólidas e líquidas em suspensão na atmosfera, resultante da combustão incompleta de substâncias. 7 - Limite de Tolerância: valor limite de concentração ou intensidade do agente nocivo ou ainda ao tempo de exposição a ele, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante sua vida laboral. 8 - Nível de ação: valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições aos agentes nocivos ultrapassem os limites de exposição, ou limites de tolerância. 9 -INSALUBRIDADE “As atividades ou operações insalubres são aquelas que: • Por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, • exponham os empregados a agentes nocivos à sua saúde, • acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos” 10. PERICULOSIDADE: A atividade perigosa ocorre quando o empregado fica exposto a condições de risco à sua integridade física. NR16: Atividades ou operações perigosas são aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Atualmente são as seguintes atividades e operações consideradas perigosas que dão direito ao recebimento do adicional de periculosidade: - Atividades com inflamáveis - Atividades com explosivos - Atividades com radiações ionizantes ou substâncias radioativas - Atividades no Sistema Elétrico de Potência em condições de risco (ver OJ-SDI1-324 do TST)

Por hoje é só pessoal, até a próxima aula! Abraços a todos Mara