aula 12 - direito penal - aula 02

Upload: heroncesar

Post on 16-Jul-2015

359 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

AULA 02 TEORIA DO CRIME

MPU

Futuros Aprovados!

Hoje daremos prosseguimento ao estudo do Direito Penal e analisaremos alguns importantes aspectos referentes ao crime.

Bons estudos!!!

1. (CESPE / Analista Judicirio TRE-BA / 2010) A coao fsica irresistvel afasta a tipicidade, excluindo o crime. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A vontade um dos elementos da conduta humana. A coao fsica irresistvel exclui a voluntariedade do ato excluindo assim a conduta do agente e, por consequncia, a tipicidade. O coagido no pratica crime pois o fato ser atpico.

2. (CESPE / Analista Judicirio TRE-MT / 2010) A supervenincia de causa relativamente independente exclui a imputao quando, por si s, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Assertiva correta conforme o 1 do art. 13 do Cdigo Penal.

3. (CESPE / Analista Judicirio TRE-MT / 2010) Presentes os pressupostos legais da configurao do arrependimento eficaz, o efeito ser a reduo da pena de um tero a dois teros. GABARITO: ERRADA

www.pontodosconcursos.com.br

1

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTRIOS: O tema exposto no art. 15 do Cdigo Penal. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo tratando da desistncia voluntria - ou impede que o resultado se produza aqui do arrependimento eficaz, s responde pelos atos j praticados. A reduo de pena de um a dois teros se d no arrependimento posterior.

4. (FCC / MPE SE / 2009) Considere: I. O agente fere a vtima, diabtica, que, levada ao hospital vem a falecer em decorrncia de diabete agravada pelo ferimento. II. O agente fere a vtima num morro coberto de gelo, a qual, impossibilitada de locomover-se pela hemorragia, vem a falecer em decorrncia de congelamento. III. O agente fere a vtima com um disparo de arma de fogo e esta, levada ao hospital, vem a falecer em decorrncia de veneno que havia ingerido antes da leso. IV. O agente fere a vtima com disparo de arma de fogo. A vtima, levada ao hospital, vem a falecer em decorrncia de incndio. Tendo em conta a relao de causalidade fsica, o agente responder por homicdio consumado na situao indicada SOMENTE em

A) IV. B) I e II. C) I e III. D) III. E) III e IV. GABARITO: B COMENTRIOS: Essa questo interessante, pois coloca em termos prticos o assunto nexo de causalidade. Vamos analisar. Item I Trata de causa relativamente independente preexistente. A causa j existe antes da conduta do agente, entretanto, por si s, no produziria o resultado. Assim, o agente responder integralmente pelo resultado naturalstico, ou seja, por homicdio consumado.

www.pontodosconcursos.com.br

2

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

Item II Refere-se causa superveniente relativamente independente que no produz por si s o resultado. A vtima s morre congelada por impossibilidade de locomover-se, logo, responde o agente por homicdio consumado. Item III Trata de causa absolutamente independente preexistente, que aquela que j existia antes da conduta e cujo efeito em nada interfere no resultado. Responde o agente pelos atos anteriormente praticados. Item IV Refere-se causa superveniente relativamente independente que produz por si s o resultado. Responde o agente pelos atos anteriormente praticados.

5. (CESPE / TRE-MA / 2009) Adotada a teoria finalista da ao, o dolo e a culpa integram a tipicidade. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Para entendermos esta questo, antes de tratarmos especificamente da teoria finalista da ao, cabe um breve comentrio sobre o conceito de fato tpico. Fato tpico o comportamento humano (positivo ou negativo) que se enquadra perfeitamente nos elementos descritos na norma penal. Exemplo: Tcio esfaqueia Mvio, que vem a falecer devido s leses Enquadramento de Tcio na conduta definida no artigo 121 do Cdigo Penal: Art. 121. Matar algum: Pena - recluso, de seis a vinte anos. Sendo assim, caro aluno, fica fcil encontrar a definio de fato atpico, que nada mais do que aquele que NO se enquadra em nenhum dispositivo da lei penal. Para exemplificar: Mvio, pai de Tcia (22 anos), mantm relaes sexuais com a filha, que consente que tal ato acontea. Neste caso, h crime? Claro que no! A conduta pode at ser considerada imoral, mas, por haver consentimento de ambas as partes, no se enquadra em nenhuma norma penal e, consequentemente, atpico. O fato tpico composto dos seguintes elementos:

www.pontodosconcursos.com.br

3

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

1. CONDUTA 2. RESULTADO NATURALSTICO 3. NEXO DE CAUSALIDADE 4. TIPICIDADE De acordo com a teoria finalista, que foi a adotada pelo nosso Cdigo Penal, o crime classifica-se em fato tpico e ilcito, sendo a culpabilidade presuposto de aplicao da pena.

SISTEMA FINALISTA FI ALI

PRESSUPOSTO DE APLICAO DA PENA

Esta teoria tem como idia inicial a concepo do homem como ser livre e responsvel pelos seus atos. Para ela, conduta o comportamento humano voltado a um fim. Logo, h que ser analisada a FINALIDADE do agente em sua conduta. Para a teoria finalista, ser tpico o fato praticado pelo agente se este atuou com dolo ou culpa na sua conduta. Se ausente tais elementos, teremos a atipicidade. Diante do exposto, podemos afirmar que, segundo a teoria finalista, o dolo e a culpa integram a tipicidade, pois presentes no elemento CONDUTA.

6. (FCC / MPE SE / 2009) A respeito da conduta, como elemento do fato tpico, correto afirmar que so relevantes para o Direito Penal A) as omisses humanas voluntrias. B) os atos de seres irracionais.

www.pontodosconcursos.com.br

4

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO C) o pensamento e a cogitao intelectual do delito. D) os atos realizados em estado de inconscincia. E) os atos produzidos pelas foras da natureza. GABARITO: A COMENTRIOS: Vamos analisar as alternativas com base em conceitos j vistos: Alternativa A As omisses so relevantes para o direito penal, pois atravs dela podemos ter um resultado naturalstico ou mesmo o enquadramento em um tipo penal. Atravs de uma omisso, o agente demonstra uma vontade de no agir. Alternativa B Os seres irracionais no agem por vontade e sim por impulso. Logo, se ausentes os elementos subjetivos (dolo ou culpa), no h que se falar em conduta. Alternativa C Imagine se as pessoas pudessem ser condenadas simplesmente por pensar em cometer um delito...Acho que haveria mais prises do que prdios!!! Seria o caso de Tcio pensar em bater em Mvio e ser preso s por isso... Na cogitao no temos a manifestao da vontade por meio de uma ao ou omisso, logo, no h conduta. Alternativa D Tambm no h conduta por falta de vontade nos comportamentos praticados em completo estado de inconscincia. Alternativa E Nos atos produzidos pelas foras da natureza no h vontade e, consequentemente, no h conduta.

7. (CESPE / Promotor / 2003) No crime preterdoloso , tem-se dolo no antecedente e dolo no conseqente. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Preterdolo uma expresso que advm do latim praeter dolum, ou seja, alm do dolo. Grosso modo, podemos dizer que o crime preterdoloso, tambm chamado de preterintencional, aquele que ocorre quando a conduta dolosa gera a produo de um resultado mais grave do que o efetivamente desejado pelo agente.

www.pontodosconcursos.com.br

5

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO O crime preterdoloso um crime misto, em que h uma conduta que dolosa, por dirigir-se a um fim tpico, e que culposa pela gerao de outro resultado, ocorrido pela inobservncia do cuidado objetivo, que no era objeto do crime fundamental. No h aqui um terceiro elemento subjetivo ou forma nova de dolo ou mesmo de culpa. Como bem acentua Pimentel, " somente a combinao de dois elementos dolo e culpa - que se apresentam sucessivamente no decurso do fato delituoso: a conduta inicial dolosa, enquanto o resultado final dela advindo culposo. H, como se tem afirmado, dolo no antecedente e culpa no conseqente.

8. (CESPE / TJCE / 2008) O artigo 18, I, do Cdigo Penal Brasileiro indica duas espcies de dolo, ou seja, dolo direto e indireto. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: O artigo 18, I, dispe: Art. 18 - Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; O incio do supracitado artigo define o dolo direto: O agente quis o resultado... O trmino do texto legal trata do dolo indireto: Assumiu o risco de produz-lo. Aproveitando esta questo, vamos fazer uma breve reviso sobre as espcies de dolo: Tambm denominado dolo determinado, o dolo direto ocorre quando o agente quer atingir um resultado especfico com a conduta. o caso, por exemplo, do matador profissional que, aps receber uma determinada quantia em dinheiro, mata a vtima com um tiro certeiro. Diferentemente, o dolo indireto ou indeterminado aquele que no se dirige a um resultado certo. Subdivide-se em DOLO ALTERNATIVO E DOLO EVENTUAL. A partir de agora redobre a sua ateno, pois estamos tratando de um ponto que questo recorrente em PROVA. DOLO ALTERNATIVO Verifica-se quando o agente no possui previso de um resultado especfico, satisfazendo-se com um ou outro, indistintamente.

www.pontodosconcursos.com.br

6

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO D-se o dolo alternativo, por exemplo, quando a namorada ciumenta surpreende seu amado conversando com outra e, revoltada, joga uma granada no casal, querendo mat-los ou feri-los. Perceba que ela quer produzir um resultado e no o resultado. No exemplo acima, se o resultado for a morte, responder a agente por homicdio. Mas e se o resultado for ferimentos? Responder por leso corporal ou tentativa de homicdio? Em caso de dolo alternativo, o agente sempre responder pelo resultado mais grave, ou seja, pela tentativa de homicdio. DOLO EVENTUAL No dolo eventual, o sujeito prev o resultado e, embora no o queira propriamente atingir, pouco se importa com a sua ocorrncia (eu no quero, mas se acontecer, para mim tudo bem, no por causa desse risco que vou parar de praticar minha conduta; no quero, mas tambm no me importo com a sua ocorrncia). Seria o exemplo do indivduo que coleciona armas e, em determinado dia, resolve testar seu armamento. Prosseguindo no intento, aponta um fuzil na direo de uma estrada na qual quase nunca passa algum. Pensa: Aqui quase nunca passa algum, ento, se passar bem na hora que eu atirar, azar de quem estava no lugar errado na hora errada. Perceba que o indivduo assumiu o risco. Efetua o disparo e acerta uma pessoa, matando-a. Neste caso, responder o indivduo por homicdio doloso, pois presente se encontra o dolo eventual.

9. (ESAF / MPU / 2004) A diferena entre dolo eventual e culpa consciente consiste no fato de que: A) no dolo eventual a vontade do agente visa a um ou outro resultado; e na culpa consciente o sujeito no prev o resultado, embora este seja previsvel. B) no dolo eventual a vontade do agente no visa a um resultado preciso e determinado; e na culpa consciente o agente conscientemente admite e aceita o risco de produzir o resultado. C) no dolo eventual, no suficiente que o agente tenha se conduzido de maneira a assumir o resultado, exige-se mais, que ele haja consentido no resultado; j na culpa consciente, o sujeito prev o resultado, mas espera que este no acontea. D) se o agente concordou em ltima instncia com o resultado, no agiu com dolo eventual, mas com culpa consciente.

www.pontodosconcursos.com.br

7

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO E) se no assumiu o risco de produzir, mas to-s agiu com negligncia, houve dolo eventual e no culpa consciente. GABARITO: C COMENTRIOS: Esse tipo de questo aparece muito em prova. Como j fizemos uma breve reviso sobre as espcies de dolo, nada mais justo do que analisarmos tambm as principais espcies de culpa... Vamos comear! Quanto s espcies, podemos classificar a culpa em: CULPA CONSCIENTE X CULPA INCONSCIENTE Essa diviso tem como fator distintivo a previso do agente acerca do resultado naturalstico provocado pela sua conduta. Na culpa consciente, o agente prev o resultado, mas espera que ele no ocorra. Acredita o agente que pode evit-lo com suas habilidades (culpa com previso). Exemplo clssico dessa espcie de culpa dada pelo Professor Mirabete, no qual o caador, avistando um companheiro prximo ao animal que deseja abater, confia em sua habilidade de exmio atirador para no atingi-lo, mas, quando dispara, acaba causando a morte da vtima. Diferentemente, na culpa inconsciente, o resultado no previsto pelo agente, embora previsvel. a culpa comum, que se manifesta pela imprudncia, negligncia ou impercia. Caro aluno, tudo claro? Ento agora pergunto um dos principais questionamentos trazidos pelas bancas. Existe diferena entre CULPA CONSCIENTE E DOLO EVENTUAL? Resposta: Claro que sim!!! A culpa consciente se diferencia do dolo eventual. No dolo eventual, o agente tolera a produo do resultado, o evento lhe indiferente, tanto faz que ele ocorra ou no. Ele assume o risco de produzi-lo. Na culpa consciente, ao contrrio, o agente no quer o resultado, no assume o risco e nem ele lhe tolervel ou indiferente. O evento lhe representado (previsto), mas confia em sua no-produo. Para resumir tudo isso e voc NO ERRAR EM PROVA, imagine que Tcio comete uma conduta que ocasiona um resultado naturalstico penalmente punvel. Qual ser a frase adequada para Tcio no caso de dolo eventual? E no caso de culpa consciente? Abaixo apresento as respostas (Com uma linguagem bem clara!!!):

www.pontodosconcursos.com.br

8

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

Agora vamos analisar as alternativas: Alternativa A Incorreta Na culpa consciente, o agente prev o resultado, mas espera sinceramente no ating-lo. Quando o agente no prev o resultado, temos a culpa comum. Alternativa B A alternativa C Incorreta Insere o conceito de dolo indireto na culpa consciente.

Trata de forma perfeita sobre estes dois institutos. Se o agente concorda com o resultado, age com dolo

Alternativa D Incorreta e no com culpa. Alternativa E DOLO. Incorreta

Se agiu com negligncia, ocorreu CULPA e no

10. (CESPE / TJ CE / 2008) Para a configurao do crime culposo, alm da tipicidade, torna-se necessria a prtica de conduta com inobservncia do dever de cuidado que causa um resultado no desejado. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A questo trata do crime culposo de maneira genrica, no se referindo especificamente a nenhuma espcie.

www.pontodosconcursos.com.br

9

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO Para o crime culposo, essencial a ocorrncia de um resultado derivado da inobservncia do dever de cuidado, no desejado pelo agente. Sendo assim, podemos concluir que: Em si mesma, a inobservncia do dever de cuidado no constitui conduta tpica porque necessrio outro elemento do tipo culposo: o resultado.

TOD ilcito penal culposo se O ao contrria S haver O CRIME CULPda SO UM ao cuidado resultar leso a um bem jurdico. Se, MATEdaIAL!!! ao CRIME apesar Rculposo.descuidada do agente, no houver resultado lesivo, no haver crime

TODO CRIME CULPOSO UM

O resultado no deixa de ser um "componente de azar" da conduta humana no crime culposo (dirigir sem ateno, por exemplo, pode ou no causar coliso e leses em outra pessoa).

11. (FCC / MPE SE / 2009) O mdico que, numa cirurgia, sem inteno de matar, esqueceu uma pina dentro do abdmen do paciente, ocasionando- lhe infeco e a morte, agiu com: A) culpa, por impercia. B) dolo direto. C) culpa, por negligncia. D) culpa, por imprudncia. E) dolo eventual. GABARITO: C COMENTRIOS: O mdico agiu com culpa e foi NEGLIGENTE em sua atuao. Mas, professor... no seria impercia? A resposta negativa. Precisa ser mdico para saber que no se deve deixar uma pina dentro do abdmem de um indivduo? Claro que no, logo, o erro no foi derivado de um saber profissional e sim de um esquecimento, uma falta de cuidado do mdico.

www.pontodosconcursos.com.br

10

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

RELEMBRANDO!!! IMPERCIA QUANDO ALGUM QUE DEVERIA DOMINAR UMA TCNICA NO A DOMINA. O CASO DO MDICO QUE ERRA NA HORA DE SUTURAR UM PACIENTE. DEPOIS DE SEIS ANOS ESTUDANDO MEDICINA, ELE DEVERIA SABER SUTURAR. SE NO SABE, IMPERITO. NEGLIGNCIA QUANDO AQUELE QUE DEVERIA TOMAR CONTA PARA QUE UMA SITUAO NO ACONTEA, NO PRESTA A DEVIDA ATENO E A DEIXA ACONTECER. O CASO DA ME QUE DEVERIA TOMAR CONTA DO NENM QUANDO EST DANDO BANHO NELE, VAI ATENDER O TELEFONE E O NENM ACABA SE AFOGANDO. ELA NO QUERIA E NEM ASSUMIU O RISCO DE MAT-LO, MAS NO TOMOU CONTA O SUFICIENTE PARA EVITAR SUA MORTE. IMPRUDENTE A PESSOA QUE NO TOMA OS CUIDADOS QUE UMA PESSOA NORMAL TOMARIA. A PESSOA QUE, AO DAR MARCHA-R COM O CARRO, ESQUECE DE OLHAR PARA TRS E ACABA ATROPELANDO ALGUM.

12. (CESPE / TJ TO / 2007) No dolo eventual, o evento previsto, mas o agente confia em que no ocorra; j na culpa consciente, o resultado no previsto, mas o agente se conduz de modo a assumir o risco de produzi-lo. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Tenta confundir os conceitos de dolo eventual e culpa consciente, j amplamente tratados. (MAIS UMA VEZ!!! CUIDADO PARA A SUA PROVA!!!).

13. (CESPE / TJ TO / 2007) No caso de dois agentes concorrerem culposamente para um resultado ilcito, nenhum deles responder pelo fato, diante da teoria da compensao de culpas adotada pelo nosso ordenamento penal. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: No h compensao de culpas no Direito Penal Brasileiro, deste modo, a conduta de CADA INDIVDUO deve ser analisada separadamente.

www.pontodosconcursos.com.br

11

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 14. (CESPE / TJ TO / 2007) O dolo direto ou determinado compreende o dolo eventual e o dolo alternativo, no qual o agente quer um ou outro entre dois ou mais resultados. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: O dolo indireto compreende o dolo eventual e o dolo alternativo.

15. (CESPE / TJ TO / 2007) No crime culposo o agente realiza uma conduta involuntria que produz um resultado no querido, imprevisvel e excepcionalmente previsvel, que podia, com a devida ateno, ser evitado. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: A conduta, para ser dolosa ou culposa, precisa ser VOLUNTRIA, ou seja, deve haver VONTADE.

16. (FCC / TRE MS / 2006) Jonas e celebraram um pacto de morte. Jonas ministrou veneno a e ministrou veneno a Jonas. veio a falecer, mas Jonas sobreviveu. Nesse caso, Jonas no responder por nenhum delito, por falta de tipicidade. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: No Direito Penal Brasileiro no h compensao de culpa e, portanto, claro que no h compensao de dolo, logo, responder Jonas por homicdio consumado.

17. (CESPE / TJ AC / 2006) Age com culpa por negligncia, o agente que por inrcia psquica ou indiferena, podendo tomar as cautelas exigveis, no o faz por displicncia. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Questo fcil. Trata da hiptese de negligncia relacionada culpa.

www.pontodosconcursos.com.br

12

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 18. (CESPE / TJ AC / 2006) Salvo os casos expressos em lei, ningum pode ser punido por fato previsto como crime, seno quando o pratica dolosamente. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Regra geral, o indivduo s punido pelo fato em que atua com DOLO, SALVO aqueles em que a LEI expressamente prev a modalidade culposa. Art. 18 [...] Pargrafo nico - Salvo os casos expressos em lei, ningum pode ser punido por fato previsto como crime, seno quando o pratica dolosamente.

19. (CESPE / TJ AC / 2006) A quantidade da pena para o crime no varia segundo a espcie de dolo. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A quantidade da pena no varia segundo a espcie de dolo como previsto no art. 18, inciso I do Cdigo Penal Assim, em homicdio simples, a pena ser a cominada abstratamente para o crime (recluso de 6 a 20 anos), quer ocorra o dolo direto, quer tenha o agente atuado com dolo eventual. Na aplicao da pena, porm, o juiz poder levar em considerao a espcie de dolo. Na lei anterior, fazia-se referncia expressa intensidade do dolo como uma das circunstncias judiciais destinadas a orientar o julgador. A vigente apenas refere-se culpabilidade.

20. (CESPE / TJ AC / 2006) Na culpa consciente o agente prev o resultado, mas espera, sinceramente, que no ocorra, enquanto na culpa inconsciente o agente no prev o resultado que previsvel. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Define corretamente a culpa consciente e a inconsciente.

www.pontodosconcursos.com.br

13

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 21. (CESPE / TJ AC / 2006) No dolo eventual ou tambm chamado de culpa prpria, o agente realiza a conduta com a vontade firme e definida de obter o resultado pretendido. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Est incorreta, pois alm do dolo eventual no ser chamado de culpa prpria, nesta espcie o agente pratica o delito sendo para ele indiferente o resultado advindo da conduta.

22. (CESPE / Juiz TRT / 2003) O chamado dolo eventual caracteriza-se pelo fato de o agente no querer o resultado, mas assumir o risco de produzi-lo pouco se importando com a produo ou no deste resultado. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: a questo do Seja o que Deus quiser, ou seja, no dolo eventual o agente no se importa com o resultado que ir vir de sua conduta.

23. (CESPE / TJ-PI / 2007) Quanto ao elemento moral, os crimes podem ser

A) comissivos, omissivos e comissivos por omisso. B) dolosos, culposos e qualificados pelo resultado. C) individuais, coletivos, gerais e especiais. D) comuns, polticos e mistos. GABARITO: B COMENTRIOS: Diante de uma ao criminosa deveremos considerar dois elementos que a integram: O elemento moral e o elemento material. O elemento moral se refere pessoa do agente, sua inteno, o seu estado de esprito. Trata-se da classificao do delito como dolosos, culposos ou preterdoloso. O elemento material prende-se ao crime propriamente dito, isto as circunstancias de como ele foi revestido, como ele foi praticado, dessa ou daquela maneira.

24. (FCC / Defensor pblico MA / 2009) No trajeto do transporte de dois presos para o foro criminal por agentes penitencirios um deles saca de um

www.pontodosconcursos.com.br

14

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO instrumento perfurante e desfere diversos golpes contra o outro preso. Os agentes da lei presenciaram a ao desde o incio e permaneceram inertes. Na conduta dos agentes a omisso penalmente relevante porque a causalidade normativa.

GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Inicialmente, para respondermos a esta questo, precisamos verificar que a situao refere-se a uma omisso. A causalidade naturalstica ocorre nos crimes comissivos materiais, em que h necessidade da existncia de nexo causal entre a conduta do agente e o resultado danoso ocorrido. A causalidade normativa ocorre nos delitos omissivos. A omisso, como uma noexecuo, no est apta a causar absolutamente nada. Portanto, nos crimes omissivos, a causalidade na conduta s pode ser normativa, ocorrendo pela no realizao, pelo autor, de uma ao determinada pelo ordenamento jurdico, quando devia e podia agir. Para finalizar um breve lembrete: Os delitos omissivos prprios esto ligados ao dever genrico de agir. J os omissivos imprprios esto relacionados ao dever especial de proteo. So aqueles em que o agente encontra-se na posio de garantidor, ou seja, tenha obrigao legal de cuidado, proteo ou vigilncia, ou de outra forma assumiu a responsabilidade de impedir o resultado, ou ainda, com seu comportamento anterior, tenha criado o risco da ocorrncia do resultado.

25. (CESPE / Juiz Substituto / 2008) Pablo atingiu Luiz com cinco disparos de arma de fogo, um na cabea, dois no trax e dois nas pernas. Luiz foi socorrido e levado ao hospital pblico mais prximo, apurando-se que necessitava de urgente interveno cirrgica. No entanto, como, minutos antes de sua chegada ao hospital havia ocorrido grave acidente envolvendo dois nibus e as vtimas estavam sendo socorridas, no foi possvel que os mdicos ministrassem a Luiz, de forma imediata, o tratamento necessrio. Convocou-se, ento, um mdico que estava de folga e que, tendo chegado ao hospital 30 minutos aps a internao de Luiz, passou a cuidar do paciente. Ainda que Luiz tenha recebido atendimento mdico, constatou-se que seu estado de sade j se havia agravado e, embora ele tenha sido submetido a cirurgia para retirada dos projteis, no resistiu e veio a falecer. Considerando essa situao hipottica, assinale a opo correta.

www.pontodosconcursos.com.br

15

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO A) Houve a supervenincia de causa absolutamente independente, consistente na demora no atendimento mdico a Luiz, o que implica que Pablo somente responder pelas leses corporais causadas. B) O resultado morte somente foi produzido em razo da ausncia de tratamento mdico imediato da vtima, havendo uma ruptura do nexo causal. C) Ocorreu uma causa superveniente relativamente independente, que impede a responsabilizao de Pablo pelo resultado morte. D) O resultado morte decorreu do desdobramento normal da conduta praticada por Pablo, que responder pelo resultado produzido.

GABARITO: D COMENTRIOS: O caso apresentado trata de uma CAUSA SUPERVENIENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE QUE NO PRODUZ POR SI S O RESULTADO. Neste caso, responde o agente pelo resultado naturalstico. Assim j se pronunciou o STJ:STJ - HABEAS CORPUS: HC 42559 PE 2005/0042920-6 Processual penal. Habeas corpus. Homicdio qualificado. Novo interrogatrio. Faculdade do julgador. Prova emprestada. Inexistncia de constrangimento ilegal quando existem outros elementos que sustentam a condenao. Causa superveniente relativamente independente. Inexistncia. Teoria da equivalncia dos antecedentes causais. Legtima defesa. Impossibilidade de reconhecimento pela via estreita do writ por exigir exame do conjunto ftico-probatrio. Ordem parcialmente conhecida e, nessa parte, denegada. [...] 4. O fato de a vtima ter falecido no hospital em decorrncia das leses sofridas, ainda que se alegue eventual omisso no atendimento mdico, encontra-se inserido no desdobramento fsico do ato de atentar contra a vida da vtima, no caracterizando constrangimento ilegal a responsabilizao criminal por homicdio consumado, em respeito teoria da equivalncia dos antecedentes causais adotada no Cdigo Penal e diante da comprovao do animus necandi do agente.

26. (TJ-SP / Juiz Substituto / 2009) Depois de haver sado do restaurante onde havia almoado, Tcio, homem de pouco cultivo, percebeu que l havia esquecido sua carteira e voltou para recuper-la, mas no mais a encontrou. Acreditando ter o direito de fazer justia pelas prprias mos, tomou para si

www.pontodosconcursos.com.br

16

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO objeto pertencente ao dono do referido restaurante, supostamente de valor igual ao seu prejuzo. Esse fato pode configurar: A) erro determinado por terceiro. B) erro de tipo. C) erro de permisso. D) erro de proibio. E) N.R.A. GABARITO: D COMENTRIOS: Essa questo introduz o assunto ERRO DE TIPO e ERRO DE PROIBIO. Vamos fazer uma breve reviso: ERRO DE TIPO Erro de tipo a falsa percepo da realidade acerca dos elementos constitutivos do tipo penal. o que incide sobre as elementares ou circunstncias da figura tpica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificao ou dados secundrios da norma penal incriminadora. o que faz o sujeito supor a ausncia de elemento ou circunstncia da figura tpica incriminadora ou a presena de requisitos da norma permissiva. O erro de tipo pode ser: ESSENCIAL O erro recai sobre dados principais do tipo.

Exemplo: Tcio vai caar na floresta e, para isso, esconde-se atrs de uma rvore. A fim de abater sua caa, aponta sua arma para uma moita, que no para de se mexer (para frente e para trs). Acreditando ser uma ona, atira e acerta uma pessoa que estava l. A pessoa morre. Ocorre erro de tipo, pois no sabia Tcio que atirava em um ser humano. erro de tipo essencial, pois recaiu sobre dado principal do tipo (art. 121: matar algum). ACIDENTAL O erro recai sobre dados perifricos do tipo.

Exemplo: Mvio vai a um supermercado para furtar sal. Chegando em casa com o produto do furto, percebe que acar. erro de tipo, pois no sabia que estava subtraindo acar. erro de tipo acidental, pois o fato de ser sal ou acar perifrico ao tipo.

www.pontodosconcursos.com.br

17

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

NO ERRO DE TIPO ESSENCIAL, O AGENTE, SE AVISADO DO NO PO CI AL, E, VI SA ERRO, PARA IMEDIATAMENTE O QUE IA FAZER. ER O, ME DI AT NO ERRO DE TIPO ACIDENTAL, O AGENTE, SE AVISADO DO NO PO CI DE L, E, VI SA ERRO, CORRIGE-O E CONTINUA A AGIR ILICITAMENTE. ER O, RI GE TI NU GIR LI CI TA

O erro de tipo encontra previso no artigo 20 e pargrafos do CP: Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punio por crime culposo, se previsto em lei. ERRO DE PROIBIO Para comear, uma pergunta: O no conhecimento da lei pode ser utilizado pelo agente como forma de ficar isento de pena? A resposta negativa, e o efeito deste desconhecimento encontra previso no artigo 21 do Cdigo Penal, que dispe: Art. 21 - O desconhecimento da lei inescusvel. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitvel, isenta de pena; se evitvel, poder diminu-la de um sexto a um tero. Pargrafo nico - Considera-se evitvel o erro se o agente atua ou se omite sem a conscincia da ilicitude do fato, quando lhe era possvel, nas circunstncias, ter ou atingir essa conscincia. (grifo nosso) Mas todos interpretam as leis da mesma forma? Claro que no. Imaginemos um indivduo que, lendo a lei de drogas, interpreta ser possvel a plantao em sua casa da planta da maconha para fins medicinais. Este indivduo poder alegar o TOTAL DESCONHECIMENTO DA LEI? A resposta negativa, pois como vimos o desconhecimento da lei inescusvel. Entretanto, poder alegar um erro quanto ao entendimento da ilicitude do fato, ou seja, um ERRO DE PROIBIO. O erro de proibio pode ser definido como a falsa percepo do agente acerca do carter ilcito do fato tpico por ele praticado, de acordo com um juzo profano, isto , possvel de ser alcanado mediante um procedimento de simples esforo de sua conscincia.

www.pontodosconcursos.com.br

18

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO O indivduo conhece a existncia da lei penal, mas desconhece ou interpreta mal seu contedo, ou seja, no compreende adequadamente seu carter ilcito. Perceba, caro aluno, que na questo fica claro que Tcio tem conhecimento da ilicitude do ato de furtar, mas, atravs de um juzo prprio, julga ser seu ato plenamente lcito por ter o direito de fazer justia pelas prprias mos. Assim, estamos diante do ERRO DE PROIBIO.

27. (ESAF / MPU / 2004) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, s responde o agente que o houver causado dolosamente. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Est incorreta, pois existem delitos em que o resultado culposo agrava a pena. Exemplo: Crime Preterdolosos.

28. (ESAF / MPU / 2004) isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstncias, supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: a reproduo exata do pargrafo 1 do artigo 20, que versa sobre as descriminantes putativas. Observe: 1 - isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstncias, supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima. No h iseno de pena quando o erro deriva de culpa e o fato punvel como crime culposo Mas o que so descriminantes putativas? Sobre as descriminantes putativas, preceitua o Cdigo Penal: Art. 20 [...]

www.pontodosconcursos.com.br

19

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 1 - isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstncias, supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima. No h iseno de pena quando o erro deriva de culpa e o fato punvel como crime culposo. Putativo significa algo que se supe verdadeiro, embora, na verdade, no o seja. H uma incongruncia ou contradio entre a representao ftica do agente e a situao objetiva ou real. No momento da conduta, o autor imagina ser esta no-ilcita, pois supe existir uma situao que na verdade no h. Se tal situao realmente existisse, a conduta do agente tornar-se-ia lcita. Portanto, dois pontos extremos so as chaves para a compreenso das descriminantes putativas: o mundo real e o mundo imaginrio. As condutas praticadas na realidade apresentam sua ilicitude. Porm, no plano das idias do agente as mesmas teriam seu carter lcito.

EM SNTESE, DESCRIMINANTE PUTATIVA UMA CAUSA EXCLUDENTE DE ILICITUDE, ERRONEAMENTE IMAGINADA PELO AGENTE. ELA NO EXISTE NA REALIDADE, MAS O AGENTE PENSA QUE SIM PORQUE EST ERRADO.

29. (ESAF / MPU / 2004) No caso de erro sobre a pessoa, consideram-se para efeitos penais, as condies ou qualidades da vtima efetivamente atingida. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: No erro sobre a pessoa, consideram-se as qualidades de quem se queria atingir, ou seja, se o indivduo quer matar um beb e acerta um ano, responde pelo delito que queria cometer, qual seja: matar uma criana.

30. (ESAF / MPU / 2004) O erro quanto pessoa contra a qual o crime praticado:

www.pontodosconcursos.com.br

20

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO A) isenta o ru de pena, pois o agente visa a atingir certa pessoa e, por acidente ou erro no uso dos meios de execuo, vem a atingir outra. B) no isenta o ru de pena; no entanto, as qualidades ou condies que contaro para qualificar ou agravar o delito, sero as da vtima que se pretendia atingir e no as da efetivamente ofendida. C) no isenta o ru de pena, e o erro reconhecido quando o resultado do crime nico e no houve inteno de atingir pessoa determinada. D) isenta o ru de pena, e ocorre quando o agente, por erro plenamente justificado pelas circunstncias, supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima. E) no isenta o ru de pena; no entanto, as qualidades ou condies da vtima efetivamente atingida que contaro para qualificar ou agravar o delito. GABARITO: B COMENTRIOS: Questo fcil que exige do candidato o conhecimento do j visto pargrafo 3 do artigo 20 do CP. 3 - O erro quanto pessoa contra a qual o crime praticado no isenta de pena. No se consideram, neste caso, as condies ou qualidades da vtima, seno as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.

31. (CESPE / Analista judicirio / 2008) Mulher na rodoviria abordada por um sujeito que pede que ela leve uma caixa de medicamento para um amigo seu que estar esperando no local de destino. Inocentemente, a mulher pega a caixa, entra no nibus e segue viagem. Chegando ao local, abordada por policiais que, ao abrir a caixa de remdios verifica que h 200 gramas de p de cocana. A mulher cometeu A) erro determinado por terceiro. B) erro de tipo. C) erro de permisso. D) erro de proibio. GABARITO: B COMENTRIOS: A mulher agiu com erro de tipo, ou seja, entendia ausente um elemento tpico presente, qual seja, levar consigo drogas.

www.pontodosconcursos.com.br

21

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO Mas professor...Eu marquei erro determinado por terceiro...Porque est errado? Observe que no caso a pessoa pensa estar levando medicamento (Lcito) quando na verdade leva drogas (Ilcito). No h qualquer PROVOCAO para que o agente erre. No h qualquer obrigao de se levar algo que outrem pede. Desta forma, fique tranquilo que se a banca quiser exigir o conhecimento de um erro determinado por terceiro ela ser BEM CLARA quanto existncia de uma real provocao.

32. (CESPE / Juiz Substituto / 2007) Holands pego no aeroporto de Guarulhos/SP fumando seu cigarrinho de maconha, pois pensa ser lcita a conduta com base no ordenamento de seu pas. Comete o Holands erro de proibio. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Agiu o Holands com erro de proibio, ou seja, sabia o que estava fazendo (fumando droga), mas imaginava lcito (porque na Holanda liberado).

33. (CESPE / OAB / 2009) Caracteriza-se a culpa prpria quando o agente, por erro de tipo inescusvel, supe estar diante de uma causa de justificao que lhe permite praticar, licitamente, o fato tpico. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: A culpa prpria aquela em que o resultado no previsto, embora seja previsvel. Nesta, o agente no quer o resultado nem assume o risco de produzi-lo. Na culpa imprpria (outras denominaes: por extenso, por assimilao ou por equiparao), o resultado previsto e querido pelo agente, que incorre em erro de tipo vencvel.

34. (CESPE / OAB / 2009) Considere que determinado agente, com inteno homicida, dispare tiros de pistola contra um desafeto e, acreditando ter atingido seu objetivo, jogue o suposto cadver em um lago. Nessa situao hipottica, caso se constate posteriormente que a vtima estava viva ao ser atirada no lago, tendo a morte ocorrido por afogamento, fica caracterizado o dolo geral do agente, devendo este responder por homicdio consumado.

www.pontodosconcursos.com.br

22

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A questo est perfeita e trata do dolo geral (Aberratio causae) que nada mais do que o erro na causa que produz o delito. Ocorre quando o sujeito, pensando ter atingido o resultado que queria, pratica uma nova conduta com finalidade diversa e, posteriormente, constata-se que o resultado foi ocasionado pela segunda conduta. Neste caso, temos um erro na relao de causalidade, mas este erro, para o Direito Penal, irrelevante, pois o que importa se o agente queria um resultado e o alcanou.

35. (CESPE / OAB / 2009) A conduta culposa poder ser punida ainda que sem previso expressa na lei. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: A punio a ttulo de culpa exige previso legal. Caso no haja esta previso o delito somente ser punido no caso de dolo e a conduta culposa ser atpica.

36. (CESPE / OAB / 2009) Caracteriza-se a culpa consciente caso o agente preveja e aceite o resultado de delito, embora imagine que sua habilidade possa impedir a ocorrncia do evento lesivo previsto. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Na culpa consciente o agente prev o resultado, mas espera que ele no ocorra. Acredita o agente que pode evit-lo com suas habilidades (culpa com previso). Na questo em tela o agente ACEITA o resultado o que caracteriza o dolo eventual e no a culpa consciente.

37. (CESPE / Analista Judicirio TRE-BA / 2010) A imputabilidade penal um dos elementos que constituem a culpabilidade e no integra a tipicidade. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A imputabilidade penal, juntamente com a potencial conscincia de ilicitude e exigibilidade de conduta diversa, so elementos que constituem a culpabilidade e no a tipicidade.

www.pontodosconcursos.com.br

23

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 38. (CESPE / TRE GO / 2009) O agente que, por desenvolvimento mental retardado, for, ao tempo da ao delituosa, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ter sua pena reduzida. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Essa questo trata do inimputvel e exige do candidato o conhecimento do artigo 26 do Cdigo Penal. Este dispositivo legal constantemente cobrado pelas bancas. Observe o disposto: Art. 26 - isento de pena o agente que, por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (grifei) Segundo o supra texto, a incapacidade total de entender o carter ilcito do fato, nas citadas situaes, caso de iseno de pena e no de diminuio. Ainda no artigo 26 podemos responder a um importante questionamento: Quando deve ser analisada a imputabilidade? Resposta: NO MOMENTO DA AO OU DA OMISSO, no importando, para efeitos penais, qualquer alterao de estado posterior.

39. (CESPE / TRE GO / 2009) O agente que possua perturbao de sade mental poca da ao delituosa, no sendo, por tal fato, inteiramente capaz de determinar-se de acordo com o entendimento do carter ilcito do fato, ser isento de pena. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Essa alternativa trata do semi-imputvel e tambm facilmente resolvida com o conhecimento do artigo 26, mas preciso tomar bastante cuidado para interpret-la de maneira correta. Perceba que a banca no diz que o agente era inteiramente incapaz, o que seria necessrio para isent-lo de pena. O que dito que ele no era inteiramente CAPAZ. Desta forma, o enquadramento da alternativa no no caput do artigo 26 e sim no pargrafo nico, que trata da possibilidade de diminuio da pena nos seguintes termos: Art. 26

www.pontodosconcursos.com.br

24

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO [...] Pargrafo nico - A pena pode ser reduzida de um a dois teros, se o agente, em virtude de perturbao de sade mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado no era inteiramente capaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

40. (CESPE / TRE GO / 2009) A embriaguez, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos, no exclui a imputabilidade penal, salvo quando culposa. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: A embriaguez culposa no exclui a imputabilidade nos termos do artigo 28, II, do CP, que dispe: Art. 28 - No excluem a imputabilidade penal: [...] II - a embriaguez, voluntria ou culposa, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos.

41. (CESPE / TRE GO / 2009) A embriaguez, proveniente de caso fortuito ou fora maior, poder gerar a reduo da pena do agente, presentes os requisitos legais. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A questo traz a possibilidade de reduo de pena presente no pargrafo 2 do artigo 28. Observe: 2 - A pena pode ser reduzida de um a dois teros, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou fora maior, no possua, ao tempo da ao ou da omisso, a plena capacidade de entender o carter ilcito do fato ou de determinarse de acordo com esse entendimento.

42. (CESPE / TJ PI / 2007) O Cdigo Penal adotou o critrio biolgico para aferio da imputabilidade do agente.

www.pontodosconcursos.com.br

25

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: o Cdigo Penal adotou o critrio biopsicolgico. Relembrando: Para aferio da inimputabilidade existem trs sistemas, sendo que um deles adotado como regra em nosso pas. Vamos analisar:: Sistema biolgico Entende que inimputveis so aquelas pessoas que tm determinadas doenas, no se fazendo maiores questionamentos. Nesse caso, no se discute os efeitos da doena nem o momento da ao ou omisso, s sendo examinada a causa (molstia). Em sntese, esse sistema considera apenas as alteraes fisiolgicas no organismo do agente. O principal problema deste sistema que no h qualquer margem de liberdade ao julgador, ficando este refm de um laudo. Para ficar bem claro, imaginemos que em determinado processo penal apresentado ao juiz um laudo constatando a doena mental do indivduo. Para o magistrado, ser irrelevante se ao tempo da ao o agente se mostrava completamente lcido de entender o ilcito, pois pelo sistema biolgico a doena mental ocasiona presuno ABSOLUTA de inimputabilidade. Sistema psicolgico Neste sistema, pouco importa se o indivduo apresenta ou no deficincia mental. Ser inimputvel o agente se, no momento da ao ou omisso, mostrar incapacidade de entender um ilcito. Ateno que no se exige doena de qualquer tipo para a constatao da inimputabilidade, mas sim INCAPACIDADE DE ENTENDER UM ILCITO. O problema deste sistema dar uma liberdade muito grande ao julgador. Sistema biopsicolgico o adotado pelo Brasil e resulta da unio entre os dois sistemas que acabamos de tratar. Segundo o sistema biopsicolgico, inimputvel aquele que, ao tempo da conduta, apresenta um problema mental e, em razo disso, no possui capacidade para entender o carter ilcito do fato. Neste sistema h uma conjugao entre a atuao do perito e do magistrado. Enquanto o primeiro analisa os aspectos biolgicos, o segundo verifica a situao psicolgica do agente.

www.pontodosconcursos.com.br

26

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVOEXCEO AO SISTEMA BIOPSICOLGICO

FAZ-SE

IMPORTANTE

RESSALTAR

QUE,

EXCEPCIONALMENTE,

O

SISTEMA

BIOLGICO ADOTADO NO TOCANTE AOS MENORES DE 18 ANOS, OU SEJA, NO IMPORTA A CAPACIDADE MENTAL, BASTANDO A SIMPLES QUALIFICAO COMO MENOR PARA CARACTERIZAR A INIMPUTABILIDADE.

43. (CESPE / TJ PI / 2007) A emoo e a paixo, de acordo com o Cdigo Penal, no servem para excluir a imputabilidade penal nem para aumentar ou diminuir a pena aplicada. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Esta questo trata da emoo e da paixo, que so alteraes intensas do estado psquico de longa (paixo) ou curta (emoo) durao. A emoo e a paixo no retiram a imputabilidade, mas podem diminuir a pena.

44. (CESPE / TJ PI / 2007) A embriaguez preordenada no exclui a culpabilidade do agente, mas pode reduzir a sua pena de um a dois teros. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Para responder esta s olhar para o esquema apresentado abaixo, de onde se conclui que a embriaguez preordenada no reduz a pena.

www.pontodosconcursos.com.br

27

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

VOLUNTRIA NO ACIDENTAL CULPOSA NO EXCLUI A IMPUTABILIDADE

COMPLETA ACIDENTAL INCOMPLETA

EXCLUI A IMPUTABILIDADE

NO EXCLUI A IMPUTABILIDADE, MAS DIMINUI A PENA

ESPCIES DE EMBRIAGUEZ

PATOLGICA

EQUIPARA-SE DOENA MENTAL, PODENDO SER INIMPUTVEL OU SEMI-IMPUTVEL

PREORDENADA

NO EXCLUI A IMPUTABILIDADE

45. (CESPE / TJ PI / 2007) A embriaguez involuntria incompleta do agente no causa de excluso da culpabilidade nem de reduo de pena. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: A embriaguez involuntria incompleta do agente causa de reduo de pena.

www.pontodosconcursos.com.br

28

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 46. (CESPE / Agente penitencirio / 2007) A menoridade penal constitui causa de excluso da imputabilidade, ficando, toa, sujeitos s normas estabelecidas na legislao especial, os menores de 18 anos de idade, no caso de praticarem um ilcito penal. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A menoridade penal causa absoluta de presuno de inimputabilidade. Mas isso no quer dizer que o Estado no far nada com o menor, pois este estar sujeito ao Estatuto da criana e do adolescente (ECA).

47. (CESPE / Agente penitencirio / 2007) Suponha que Joaquim, mentalmente so, praticou, em estado de inconscincia, um homicdio, advindo da ingesto excessiva, porm voluntria, de bebida alcolica. Nessa situao, Joaquim dever responder pelo homicdio e poder ter a pena reduzida de um a dois teros. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Como no caso apresentado pelo CESPE o agente do delito ingeriu VOLUNTARIAMENTE a bebida, no h que se vislumbrar a obrigatoriedade da reduo de pena.

48. (CESPE / Polcia Federal / 2004) Considere a seguinte situao hipottica. Hiran, tendo ingerido voluntariamente grande quantidade de bebida, desentendeu-se com Caetano, seu amigo, vindo a agredi-lo e a causar-lhe leses corporais. Nessa situao, considerando que, em razo da embriaguez completa, Hiran era, ao tempo da ao, inteiramente incapaz de entender a ilicitude de sua conduta e de determinar-se de acordo com este entendimento, pode-se reconhecer a sua inimputabilidade. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Mais uma questo em que o CESPE conta uma histria longa e tenta confundir o candidato ao associar a embriaguez com a inimputabilidade. Lembre-se SEMPRE: A embriaguez voluntria NO GERA A INIMPUTABILIDADE.

www.pontodosconcursos.com.br

29

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 49. (CESPE / OAB / 2007 - Adaptada) So imputveis os silvcolas inadaptados. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Trata dos silvcolas, que nada mais so, como vimos, do que os ndios. Os silvcolas, que nada mais so do que os ndios, nem sempre sero inimputveis, dependendo do grau de assimilao dos valores sociais, a ser revelado por exame pericial. Da concluso da percia, o silvcola pode ser: IMPUTVEL Se integrado vida em sociedade.

SEMI-IMPUTVEL No caso de estar dividido entre o convvio na tribo e na sociedade; e INIMPUTVEL Quando est completamente INADAPTADO, ou seja, fora da sociedade.

Como a questo trata do silvcola INADAPTADO, estamos diante de um caso de inimputabilidade.

50. (CESPE / OAB / 2007 - Adaptada) So imputveis os surdos-mudos inteiramente capazes de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: O surdo-mudo, ao completar 18 anos, presume-se IMPUTVEL, aplicando a ele as mesmas regras de um indivduo sem deficincia. Desta forma, caso seja inteiramente capaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento, ser IMPUTVEL.

51. (CESPE / OAB / 2007 - Adaptada) So imputveis os oligofrnicos e esquizofrnicos. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Trata-se de casos de desenvolvimento mental retardado, sendo hiptese de inimputabilidade.

www.pontodosconcursos.com.br

30

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 52. (CESPE / OAB / 2007) Quando o agente se embriaga para cometer o crime em estado de embriaguez, ocorre a situao tratada pela teoria como da actio libera in causa. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Denomina-se "actio libera in causa" a ao de se deixar ficar num estado de inconscincia. No caso apresentado o agente usa deliberadamente um meio para colocar-se em estado de incapacidade fsica ou mental, parcial ou plena, no momento da ocorrncia do fato criminoso.

53. (CESPE / Defensoria Pblica / 2008) De acordo com regra da Parte Geral do Cdigo Penal, a pena pode ser reduzida de um a dois teros se o agente, por embriaguez proveniente de caso fortuito, no possua, ao tempo da ao ou omisso, a plena capacidade de entender o carter ilcito do fato ou de comportar-se de acordo com esse entendimento. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Segundo disposio expressa no pargrafo 2 do artigo 28 do Cdigo Penal, a pena pode ser reduzida de um a dois teros se o agente, por embriaguez proveniente de caso fortuito ou fora maior, no possua, ao tempo da ao ou da omisso, a plena capacidade de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

54. (CESPE / TRE MS / 2007) Joo ingeriu bebidas alcolicas numa festa sem a inteno de embriagar-se. Toa, ficou completamente embriagado e, nesse estado, tornou-se violento e ficou totalmente incapaz de entender o carter criminoso do fato, situao em que agrediu e feriu vrias pessoas. Nesse caso, Joo no isento de pena porque a embriaguez foi culposa. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: O enunciado trata da embriaguez culposa, situao em que o indivduo comea a beber, mas por exagero no consumo do lcool acaba embriagado.

www.pontodosconcursos.com.br

31

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

A EMBRIAGUEZ CULPOSA, SEJA ELA COMPLETA OU INCOMPLETA, NO EXCLUI A IMPUTABILIDADE PENAL

55. (CESPE / OAB-SP / 2009) Se algum dos concorrentes tiver optado por participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste, a qual, entretanto, ser aumentada, nos termos da lei, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A questo est correta, pois praticamente reproduz o pargrafo 2 do art. 29. Observe: Art. 29 [...] 2 - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

www.pontodosconcursos.com.br

32

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO Caro(a) aluno(a), Chegamos ao final de mais uma aula. Reforce os conceitos aqui aprendidos, pois sem dvida eles sero importantssimos no dia da to aguardada PROVA. Siga em frente com toda a motivao possvel, pois em breve seu esforo ser recompensado. Lembre-se sempre que o sucesso s depende de voc!!! Abraos e bons estudos, Pedro Ivo

A alegria est na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido. No na vitria propriamente dita. (Mahatma Gandhi).

www.pontodosconcursos.com.br

33

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

LISTA DAS QUESTES APRESENTADAS1. (CESPE / Analista Judicirio TRE-BA / 2010) A coao fsica irresistvel afasta a tipicidade, excluindo o crime. 2. (CESPE / Analista Judicirio TRE-MT / 2010) A supervenincia de causa relativamente independente exclui a imputao quando, por si s, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 3. (CESPE / Analista Judicirio TRE-MT / 2010) Presentes os pressupostos legais da configurao do arrependimento eficaz, o efeito ser a reduo da pena de um tero a dois teros. 4. (FCC / MPE SE / 2009) Considere: I. O agente fere a vtima, diabtica, que, levada ao hospital vem a falecer em decorrncia de diabete agravada pelo ferimento. II. O agente fere a vtima num morro coberto de gelo, a qual, impossibilitada de locomover-se pela hemorragia, vem a falecer em decorrncia de congelamento. III. O agente fere a vtima com um disparo de arma de fogo e esta, levada ao hospital, vem a falecer em decorrncia de veneno que havia ingerido antes da leso. IV. O agente fere a vtima com disparo de arma de fogo. A vtima, levada ao hospital, vem a falecer em decorrncia de incndio. Tendo em conta a relao de causalidade fsica, o agente responder por homicdio consumado na situao indicada SOMENTE em

A) IV. B) I e II. C) I e III. D) III. E) III e IV.

www.pontodosconcursos.com.br

34

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 5. (CESPE / TRE-MA / 2009) Adotada a teoria finalista da ao, o dolo e a culpa integram a tipicidade. 6. (FCC / MPE SE / 2009) A respeito da conduta, como elemento do fato tpico, correto afirmar que so relevantes para o Direito Penal A) as omisses humanas voluntrias. B) os atos de seres irracionais. C) o pensamento e a cogitao intelectual do delito. D) os atos realizados em estado de inconscincia. E) os atos produzidos pelas foras da natureza. 7. (CESPE / Promotor / 2003) No crime preterdoloso , tem-se dolo no antecedente e dolo no conseqente. 8. (CESPE / TJCE / 2008) O artigo 18, I, do Cdigo Penal Brasileiro indica duas espcies de dolo, ou seja, dolo direto e indireto. 9. (ESAF / MPU / 2004) A diferena entre dolo eventual e culpa consciente consiste no fato de que: A) no dolo eventual a vontade do agente visa a um ou outro resultado; e na culpa consciente o sujeito no prev o resultado, embora este seja previsvel. B) no dolo eventual a vontade do agente no visa a um resultado preciso e determinado; e na culpa consciente o agente conscientemente admite e aceita o risco de produzir o resultado. C) no dolo eventual, no suficiente que o agente tenha se conduzido de maneira a assumir o resultado, exige-se mais, que ele haja consentido no resultado; j na culpa consciente, o sujeito prev o resultado, mas espera que este no acontea. D) se o agente concordou em ltima instncia com o resultado, no agiu com dolo eventual, mas com culpa consciente. E) se no assumiu o risco de produzir, mas to-s agiu com negligncia, houve dolo eventual e no culpa consciente. 10. (CESPE / TJ CE / 2008) Para a configurao do crime culposo, alm da tipicidade, torna-se necessria a prtica de conduta com inobservncia do dever de cuidado que causa um resultado no desejado.

www.pontodosconcursos.com.br

35

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

11. (FCC / MPE SE / 2009) O mdico que, numa cirurgia, sem inteno de matar, esqueceu uma pina dentro do abdmen do paciente, ocasionando- lhe infeco e a morte, agiu com: A) culpa, por impercia. B) dolo direto. C) culpa, por negligncia. D) culpa, por imprudncia. E) dolo eventual.

12. (CESPE / TJ TO / 2007) No dolo eventual, o evento previsto, mas o agente confia em que no ocorra; j na culpa consciente, o resultado no previsto, mas o agente se conduz de modo a assumir o risco de produzi-lo. 13. (CESPE / TJ TO / 2007) No caso de dois agentes concorrerem culposamente para um resultado ilcito, nenhum deles responder pelo fato, diante da teoria da compensao de culpas adotada pelo nosso ordenamento penal. 14. (CESPE / TJ TO / 2007) O dolo direto ou determinado compreende o dolo eventual e o dolo alternativo, no qual o agente quer um ou outro entre dois ou mais resultados. 15. (CESPE / TJ TO / 2007) No crime culposo o agente realiza uma conduta involuntria que produz um resultado no querido, imprevisvel e excepcionalmente previsvel, que podia, com a devida ateno, ser evitado. 16. (FCC / TRE MS / 2006) Jonas e celebraram um pacto de morte. Jonas ministrou veneno a e ministrou veneno a Jonas. veio a falecer, mas Jonas sobreviveu. Nesse caso, Jonas no responder por nenhum delito, por falta de tipicidade. 17. (CESPE / TJ AC / 2006) Age com culpa por negligncia, o agente que por inrcia psquica ou indiferena, podendo tomar as cautelas exigveis, no o faz por displicncia.

www.pontodosconcursos.com.br

36

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 18. (CESPE / TJ AC / 2006) Salvo os casos expressos em lei, ningum pode ser punido por fato previsto como crime, seno quando o pratica dolosamente. 19. (CESPE / TJ AC / 2006) A quantidade da pena para o crime no varia segundo a espcie de dolo. 20. (CESPE / TJ AC / 2006) Na culpa consciente o agente prev o resultado, mas espera, sinceramente, que no ocorra, enquanto na culpa inconsciente o agente no prev o resultado que previsvel. 21. (CESPE / TJ AC / 2006) No dolo eventual ou tambm chamado de culpa prpria, o agente realiza a conduta com a vontade firme e definida de obter o resultado pretendido. 22. (CESPE / Juiz TRT / 2003) O chamado dolo eventual caracteriza-se pelo fato de o agente no querer o resultado, mas assumir o risco de produzi-lo pouco se importando com a produo ou no deste resultado. 23. (CESPE / TJ-PI / 2007) Quanto ao elemento moral, os crimes podem ser

A) comissivos, omissivos e comissivos por omisso. B) dolosos, culposos e qualificados pelo resultado. C) individuais, coletivos, gerais e especiais. D) comuns, polticos e mistos.

24. (FCC / Defensor pblico MA / 2009) No trajeto do transporte de dois presos para o foro criminal por agentes penitencirios um deles saca de um instrumento perfurante e desfere diversos golpes contra o outro preso. Os agentes da lei presenciaram a ao desde o incio e permaneceram inertes. Na conduta dos agentes a omisso penalmente relevante porque a causalidade normativa.

25. (CESPE / Juiz Substituto / 2008) Pablo atingiu Luiz com cinco disparos de arma de fogo, um na cabea, dois no trax e dois nas pernas. Luiz foi socorrido e levado ao hospital pblico mais prximo, apurando-se que necessitava de urgente interveno cirrgica. No entanto, como, minutos antes de sua chegada ao hospital havia ocorrido grave acidente envolvendo dois nibus e as vtimas estavam sendo socorridas, no foi possvel que os

www.pontodosconcursos.com.br

37

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO mdicos ministrassem a Luiz, de forma imediata, o tratamento necessrio. Convocou-se, ento, um mdico que estava de folga e que, tendo chegado ao hospital 30 minutos aps a internao de Luiz, passou a cuidar do paciente. Ainda que Luiz tenha recebido atendimento mdico, constatou-se que seu estado de sade j se havia agravado e, embora ele tenha sido submetido a cirurgia para retirada dos projteis, no resistiu e veio a falecer. Considerando essa situao hipottica, assinale a opo correta.

A) Houve a supervenincia de causa absolutamente independente, consistente na demora no atendimento mdico a Luiz, o que implica que Pablo somente responder pelas leses corporais causadas. B) O resultado morte somente foi produzido em razo da ausncia de tratamento mdico imediato da vtima, havendo uma ruptura do nexo causal. C) Ocorreu uma causa superveniente relativamente independente, que impede a responsabilizao de Pablo pelo resultado morte. D) O resultado morte decorreu do desdobramento normal da conduta praticada por Pablo, que responder pelo resultado produzido.

26. (TJ-SP / Juiz Substituto / 2009) Depois de haver sado do restaurante onde havia almoado, Tcio, homem de pouco cultivo, percebeu que l havia esquecido sua carteira e voltou para recuper-la, mas no mais a encontrou. Acreditando ter o direito de fazer justia pelas prprias mos, tomou para si objeto pertencente ao dono do referido restaurante, supostamente de valor igual ao seu prejuzo. Esse fato pode configurar: A) erro determinado por terceiro. B) erro de tipo. C) erro de permisso. D) erro de proibio. E) N.R.A. 27. (ESAF / MPU / 2004) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, s responde o agente que o houver causado dolosamente. 28. (ESAF / MPU / 2004) isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstncias, supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima.

www.pontodosconcursos.com.br

38

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

29. (ESAF / MPU / 2004) No caso de erro sobre a pessoa, consideram-se para efeitos penais, as condies ou qualidades da vtima efetivamente atingida. 30. (ESAF / MPU / 2004) O erro quanto pessoa contra a qual o crime praticado: A) isenta o ru de pena, pois o agente visa a atingir certa pessoa e, por acidente ou erro no uso dos meios de execuo, vem a atingir outra. B) no isenta o ru de pena; no entanto, as qualidades ou condies que contaro para qualificar ou agravar o delito, sero as da vtima que se pretendia atingir e no as da efetivamente ofendida. C) no isenta o ru de pena, e o erro reconhecido quando o resultado do crime nico e no houve inteno de atingir pessoa determinada. D) isenta o ru de pena, e ocorre quando o agente, por erro plenamente justificado pelas circunstncias, supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima. E) no isenta o ru de pena; no entanto, as qualidades ou condies da vtima efetivamente atingida que contaro para qualificar ou agravar o delito. 31. (CESPE / Analista judicirio / 2008) Mulher na rodoviria abordada por um sujeito que pede que ela leve uma caixa de medicamento para um amigo seu que estar esperando no local de destino. Inocentemente, a mulher pega a caixa, entra no nibus e segue viagem. Chegando ao local, abordada por policiais que, ao abrir a caixa de remdios verifica que h 200 gramas de p de cocana. A mulher cometeu A) erro determinado por terceiro. B) erro de tipo. C) erro de permisso. D) erro de proibio. 32. (CESPE / Juiz Substituto / 2007) Holands pego no aeroporto de Guarulhos/SP fumando seu cigarrinho de maconha, pois pensa ser lcita a conduta com base no ordenamento de seu pas. Comete o Holands erro de proibio. 33. (CESPE / OAB / 2009) Caracteriza-se a culpa prpria quando o agente, por erro de tipo inescusvel, supe estar diante de uma causa de justificao que lhe permite praticar, licitamente, o fato tpico.

www.pontodosconcursos.com.br

39

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

34. (CESPE / OAB / 2009) Considere que determinado agente, com inteno homicida, dispare tiros de pistola contra um desafeto e, acreditando ter atingido seu objetivo, jogue o suposto cadver em um lago. Nessa situao hipottica, caso se constate posteriormente que a vtima estava viva ao ser atirada no lago, tendo a morte ocorrido por afogamento, fica caracterizado o dolo geral do agente, devendo este responder por homicdio consumado. 35. (CESPE / OAB / 2009) A conduta culposa poder ser punida ainda que sem previso expressa na lei. 36. (CESPE / OAB / 2009) Caracteriza-se a culpa consciente caso o agente preveja e aceite o resultado de delito, embora imagine que sua habilidade possa impedir a ocorrncia do evento lesivo previsto. 37. (CESPE / Analista Judicirio TRE-BA / 2010) A imputabilidade penal um dos elementos que constituem a culpabilidade e no integra a tipicidade. 38. (CESPE / TRE GO / 2009) O agente que, por desenvolvimento mental retardado, for, ao tempo da ao delituosa, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ter sua pena reduzida. 39. (CESPE / TRE GO / 2009) O agente que possua perturbao de sade mental poca da ao delituosa, no sendo, por tal fato, inteiramente capaz de determinar-se de acordo com o entendimento do carter ilcito do fato, ser isento de pena. 40. (CESPE / TRE GO / 2009) A embriaguez, pelo lcool ou substncia de efeitos anlogos, no exclui a imputabilidade penal, salvo quando culposa. 41. (CESPE / TRE GO / 2009) A embriaguez, proveniente de caso fortuito ou fora maior, poder gerar a reduo da pena do agente, presentes os requisitos legais. 42. (CESPE / TJ PI / 2007) O Cdigo Penal adotou o critrio biolgico para aferio da imputabilidade do agente. 43. (CESPE / TJ PI / 2007) A emoo e a paixo, de acordo com o Cdigo Penal, no servem para excluir a imputabilidade penal nem para aumentar ou diminuir a pena aplicada.

www.pontodosconcursos.com.br

40

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO

44. (CESPE / TJ PI / 2007) A embriaguez preordenada no exclui a culpabilidade do agente, mas pode reduzir a sua pena de um a dois teros. 45. (CESPE / TJ PI / 2007) A embriaguez involuntria incompleta do agente no causa de excluso da culpabilidade nem de reduo de pena. 46. (CESPE / Agente penitencirio / 2007) A menoridade penal constitui causa de excluso da imputabilidade, ficando, toa, sujeitos s normas estabelecidas na legislao especial, os menores de 18 anos de idade, no caso de praticarem um ilcito penal. 47. (CESPE / Agente penitencirio / 2007) Suponha que Joaquim, mentalmente so, praticou, em estado de inconscincia, um homicdio, advindo da ingesto excessiva, porm voluntria, de bebida alcolica. Nessa situao, Joaquim dever responder pelo homicdio e poder ter a pena reduzida de um a dois teros. 48. (CESPE / Polcia Federal / 2004) Considere a seguinte situao hipottica. Hiran, tendo ingerido voluntariamente grande quantidade de bebida, desentendeu-se com Caetano, seu amigo, vindo a agredi-lo e a causar-lhe leses corporais. Nessa situao, considerando que, em razo da embriaguez completa, Hiran era, ao tempo da ao, inteiramente incapaz de entender a ilicitude de sua conduta e de determinar-se de acordo com este entendimento, pode-se reconhecer a sua inimputabilidade. 49. (CESPE / OAB / 2007 - Adaptada) So imputveis os silvcolas inadaptados. 50. (CESPE / OAB / 2007 - Adaptada) So imputveis os surdos-mudos inteiramente capazes de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 51. (CESPE / OAB / 2007 - Adaptada) So imputveis os oligofrnicos e esquizofrnicos. 52. (CESPE / OAB / 2007) Quando o agente se embriaga para cometer o crime em estado de embriaguez, ocorre a situao tratada pela teoria como da actio libera in causa.

www.pontodosconcursos.com.br

41

CURSO ON-LINE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESSUAL - MPU PROFESSOR: PEDRO IVO 53. (CESPE / Defensoria Pblica / 2008) De acordo com regra da Parte Geral do Cdigo Penal, a pena pode ser reduzida de um a dois teros se o agente, por embriaguez proveniente de caso fortuito, no possua, ao tempo da ao ou omisso, a plena capacidade de entender o carter ilcito do fato ou de comportar-se de acordo com esse entendimento. 54. (CESPE / TRE MS / 2007) Joo ingeriu bebidas alcolicas numa festa sem a inteno de embriagar-se. Toa, ficou completamente embriagado e, nesse estado, tornou-se violento e ficou totalmente incapaz de entender o carter criminoso do fato, situao em que agrediu e feriu vrias pessoas. Nesse caso, Joo no isento de pena porque a embriaguez foi culposa. 55. (CESPE / OAB-SP / 2009) Se algum dos concorrentes tiver optado por participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste, a qual, entretanto, ser aumentada, nos termos da lei, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.

GABARITO 1-C 2-C 3-E 4-B 5-C 6-A 7-E 8-C 9-C 16-E 15-E 14-E 13-E 11-C10-C 21-E 12-E

24-C 23-B 22-C 18-C17-C

20-C

19-C

32-C 31-B 30-B 29-E 28-C 27-E www.pontodosconcursos.com.br 26-D25-D

42