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 CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL - POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO  Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 2 - TRÁFICO ILÍCITO E USO INDEVIDO DE SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES - LEI N° 11.343/2006 – PARTE 02 Futuros Aprovados, Hoje vamos continuar a tratar sobre a Lei de Drogas. Assim, finalizaremos este importante tema que, com certeza, estará na próxima PROVA para a Polícia Federal. Como vocês devem ter percebido, a lei é de fácil entendimento, mas o conhecimento dos detalhes é o que fará a diferença. Iniciaremos esta aula com a continuação dos crimes. Depois trataremos de alguns institutos penais e, finalizaremos dando atenção especial ao rito processual. Por ser continuação, seguirei a numeração da aula anterior para facilitar o entendimento e a organização das folhas. Dito isto, vamos ao que interessa? Bons estudos! *************************************************************** 1.6 DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS 1.6.6 INFORMANTE EVENTUAL Uma grande inovação trazida pela nova Lei foi a criação de uma figura autônoma para o chamado informante colaborador com o tráfico. Mas o que é esse tal da “informante colaborador”? Com certeza, você já leu notícias de operações policiais que fracassaram graças a informações que “vazaram” do interior da corporação. Normalmente isso ocorre pela presença de “informantes” que levam a notícia para os infratores, antes da realização das ações policiais.

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AULA 2 - TRÁFI CO I L Í CI TO E USO I NDEVI DO DESUBSTÂNCI AS ENTORPECENTES - LEI N° 11 .34 3/ 2 00 6 –

PARTE 02

Futuros Aprovados,

Hoje vamos continuar a tratar sobre a Lei de Drogas. Assim, finalizaremos esteimportante tema que, com certeza, estará na próxima PROVA para a PolíciaFederal.

Como vocês devem ter percebido, a lei é de fácil entendimento, mas o

conhecimento dos detalhes é o que fará a diferença.Iniciaremos esta aula com a continuação dos crimes. Depois trataremos dealguns institutos penais e, finalizaremos dando atenção especial ao ritoprocessual.

Por ser continuação, seguirei a numeração da aula anterior para facilitar oentendimento e a organização das folhas.

Dito isto, vamos ao que interessa?

Bons estudos!

***************************************************************

1 .6 DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO N ÃO AUTORI ZADA E AOTRÁFI CO I LÍ CI TO DE DROGAS

1.6 .6 I NFORMANTE EVENTUAL

Uma grande inovação trazida pela nova Lei foi a criação de uma figuraa u t ô n o m a para o chamado i n fo rm an te co labo rado r com o tráfico.

Mas o que é esse tal da “informante colaborador”?

Com certeza, você já leu notícias de operações policiais que fracassaramgraças a informações que “vazaram” do interior da corporação.Normalmente isso ocorre pela presença de “informantes” que levam anotícia para os infratores, antes da realização das ações policiais.

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Antes da Lei de Drogas, o informante era considerado par t íc ipe no crime erecebia a m e s m a p e n a que o autor, ou seja, não havia um preceito legalque tratasse unicamente desta figura.

Diferentemente, com a nova Lei, pode-se tipificar a conduta do autor e do

informante, que respondem por tipos penais diferentes. Observe o quedispõe a Lei de Drogas no seu artigo 37:

Art.37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos art s. 33, caput e § 1o , e 34 desta Lei: 

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa.

É importante ressaltar que o informante n ão integra efetivamente o grupo en ão toma parte no tráfico, apenas passa informações aos seus integrantes.

A lei dita que para a caracterização do delito a informação deve ser dirigidaa grupo, organização ou associação.

 

PARA LEMBRAR!!!

Art. 33. Im portar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determ inação legal ou regulamentar .

§ 1o  Nas mesmas penas incorre quem : 

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,

fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria- prim a, insumo ou pr oduto quím ico destinado à preparação de drogas; 

II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 

III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulament ar, par a o tr áfico ilícito de drogas.

Art. 34. Fabricar, adquirir, ut ilizar, transportar , oferecer, vender, distr ibuir, entregar a 

qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário,aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

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Vamos ver o que diferencia uma das outras:

DDEENNOOMMIINNAAÇÇÃÃO O 

 

DD EEFFII NN II ÇÇÃÃ OO

GGRRUUPPOO QQUUAA LLQQUUEER R GGRRUUPPAA MM EENN TTO O DD EE 

PPEESSSSOOAA SS, , SSEEM M MM AA II OORR OORRGGAA NN II ZZAA ÇÇÃÃ O O II NN TTEERRNN AA ..  

OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO 

EESSPPÉÉCCII E E DD E E GGRRUUPPO O CCOOMM  EESSTTRRUUTTUURRAA ÇÇÃÃ O O II NN TTEERRNN A A MM AA II SS 

DD EEFFII NN II DD AA ..  

AASSSSOOCCIIAAÇÇÃÃOO 

UUNN II ÃÃ O O DD E E DD UUAA S S OOU U MM AA II SS PPEESSSSOOAA SS, , DD E E MM AA NN EEII RRAA  

EESSTTÁÁ VVEEL L E E PPEERRMM AA NN EENN TTEE..  

Passemos agora a uma análise mais detalhada do delito:

1 – Ob je to Jur íd ico  O delito atinge a saúde pública (objeto jurídicoprincipal) e a tranquilidade das pessoas (objeto jurídico secundário).

2 – Su je i to A t i vo  Trata-se de crime comum, podendo ser cometidopor qualquer pessoa.

3 – Su j e i to Passivo  É a coletividade.

4 – Conduta T íp ica   Consiste em colaborar, como informante, comgrupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer doscrimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 da Lei de Drogas.

5 – Elemen t o Sub j e t i vo  O crime é doloso, exigindo-se a consciênciade estar colaborando como informante com grupo, associação ouorganização destinada à prática de qualquer dos crimes previstos nosarts. 33, caput e § 1o, e 34 da Lei de Drogas.

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6 – Qua l i f i cação Dou t r i ná r ia  Trata-se de crime doloso, comum, demera conduta, de perigo abstrato e coletivo.

7 – Consumação e Ten ta t iva   A consumação ocorre com acolaboração. A tentativa será possível, ocorrendo quando a informação éencaminhada por escrito.

Agora que você já sabe definir a atuação delituosa do informante, vamosanalisar uma situação que, inclusive, já foi objeto de exigência e PROVAS:

1.6 .7 PRESCRI ÇÃO OU MI NI STRAÇÃO CULPOSA 

Para o correto entendimento deste crime, precisamos recorrer à redaçãoanterior, prevista na antiga Lei de Drogas, a fim de compreendermos acorreta extensão da nova norma. Observe o a n t i g o texto legal:

 

PARA PENSAR

Você já sabe que o legislador tipificou somente a atuação do informantecolaborador de gru po , o r gan ização ou associação .

Mas e se o informante colaborar com um traficante que “trabalha” sozinho? Ele vai ser punido com base nos preceitos definidos no art. 37da Lei de Drogas ou, como na lei anterior, será considerado partícipe dodelito?

Observe que, conforme os arts. 33 e 34, caso seja considerado partícipe

do delito, o indivíduo será punido com uma sanção mais pesada que aprevista para o crime do informante.

Assim, teríamos a seguinte incongruência: Se o informante avisa paragrupo, organização ou associação, é punido com uma pena mais leve doque se informa somente para um indivíduo.

Desta forma, com base na analogia in bonam partem , aceita em nossoordenamento jurídico, entendem os Tr ibunais e o CESPE que atipificação prevista no art. 37 da lei nº 11.343/06, apesar de só tratar degrupo, associação ou organização, também se aplica no caso em que o

informante avisa só uma pessoa.

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Art. 15. Prescrever ou ministrar culposamente, o médico,dentista, farm acêutico ou profissional de enferm agem substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica,em de dose evidentemente maior que a necessária ou em 

desacordo com determinação legal ou regulamentar: 

Agora compare com a nova redação:

Art.38 . Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determ inação legal ou regulamentar : 

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento 

de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa  

Perceba que o art. 38, diferentemente da redação anterior, não especificaexatamente quem pode cometer o crime, ou seja, n ã o t r a t aespec i f i camen te do “méd ico , den t i s ta , fa rmacêu t i co ou p ro f i s s iona ld e en f er m a ge m ” . 

Assim, logo quando surgiu a lei nº 11.343/06, o comentário de muitos foi:

“Legal, agora o crime de prescrição ou ministração culposa não é mais um crime próprio!!!”.

Ocorre, entretanto, que o parágrafo único do art. 38 dispõe:

Art. 38. [ ...]  

Parágrafo único. O juiz com unicará a condenação ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o agente.

Ora, se a lei prevê que o Juiz deverá comunicar a condenação ao ConselhoFedera l da ca tegor ia p ro f iss iona l , é claro que o legislador não retirou aobrigatoriedade de que o agente do delito seja da área biomédica, masapenas não especificou quais seriam estes profissionais.

Desta forma, podemos afirmar que o crime de prescrição ou ministraçãoculposa trata-se de um c r ime p róp r io dos p ro f i s s iona is da á reab ioméd ica e que só pode ser praticado na m oda l idade cu lposa por quemprescreva ou ministre substância entorpecente ou que determinedependência física ou psíquica, sem que delas necessite o paciente.

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Também incide neste tipo penal os profissionais acima citados quandoprescrevem doses excessivas em desacordo com determinação legal ouregulamentar.

Podemos resumir o delito da seguinte forma:

COND UTAS QUE CARACTERI ZAM O CRI ME DE PRESCRI ÇÃO OUMI NI STRAÇÃO CULPOSA DE DROGAS ( CRI ME PRÓPRI O)

•  PRESCREVER OU MI NI STRAR DROGAS SEM QUE DELAS NECESSI TEO PACI ENTE;

•  PRESCREVER OU MI NI STRAR EM D OSES EXCESSI VAS;

•  PRESCREVER OU MI NI STRAR EM D ESACORDO COMDETERMI NA ÇÃO LEGAL OU REGULAMENTA R.

Obs.: O crime se consuma com a entrega do receituário (prescrever) ou com a introdução no organismo da droga (ministrar). Como é um crime culposo, não admite tentativa.

1 .6 .8 CONDUÇÃO DE EMBA RCAÇÃO OU AERONAVE SOB I NFLUÊNCI ADE DROGA

O legislador inovou em relação à antiga Lei de Drogas ao prever expressacriminalização à conduta do agente que conduz embarcação ou aeronaveapós o consumo de droga, expondo a dano potencial a incolumidade deoutrem. Observe o dispositivo em análise:

 

PARA PENSAR

E o médico-veterinário? Pode também incidir neste tipo penal?

Entende a jurisprudência que não, pois ele tem autorização paraministrar drogas somente em animais.

E se ele prescrever drogas para um animal e este vier a morrer?Ai é outro caso, que não cai na sua PROVA!!!

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Art .39 . Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem 

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou 

proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.

A condução de embarcação ou aeronave após o consumo de drogas trata deum crime de perigo concreto, sendo que para perfazer o tipo não bas ta acondução de embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, énecessár io que essa ação exponha a dano po tenc ia l a inco lumidaded e o u t re m .

 “Mas, professor... Como assim?” 

Vamos exemplificar:

Imagine que Mévio, após consumir drogas, resolve conduzir sua lancha emuma praia particular sem a presença de qualquer pessoa. Neste caso, estarácaracterizado o delito?

A resposta é negativa, pois a condução da lancha em uma praia deserta não

expõe a dano potencial a incolumidade de outrem. Assim, não haverácrime.

Vamos agora tratar de outro ponto importante do crime:

Imaginemos que Tício adquire a aula de Legislação Especial no Ponto dosConcursos e pensa o seguinte: “Bom, se o artigo 39 fala só de embarcaçãoou aeronave, caso um indivíduo consuma drogas e pegue um veículoterrestre, como um automóvel, por exemplo, não estará cometendonenhum crime”.

A afirmação de Tício está correta? Claro q ue n ão !

O art. 39 fala sobre a condução de embarcação ou aeronave, mas não cita oveículo automotor. Isto ocorre porque existe uma lei específica paraveículos terrestres, que é o Cód igo de Trâns i to Bras i le i ro . Essa lei tratade aspectos relacionados com as drogas e com o álcool.

Já as embarcações e aeronaves aparecem no art. 39 da l e i das Drogas emrelação ao uso de drogas, mas e quanto ao álcool, está tudo liberado?Evidente que não. Nesse caso, a pena virá da lei de contravenções penais.

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Portanto, são utilizadas três leis diferentes para normatizar os veículosaéreos, marítimos e terrestres, como mostra o quadro abaixo. Ressalto queo que importa para você são os aspec tos re lac ionados com a LEI DEDROGAS:

MEI O ALCOOL DROGA

VEÍ CULO TERRESTRE ART. 30 6 DO CTB ART. 30 6 DO CTB

AERONAVEART. 35 DA LEI DECONTRAVENÇÕES

PENAI SART. 39 D A LEI DE DROGAS

EMBARCAÇÃOART. 34 DA LEI DECONTRAVENÇÕES

PENAI SART. 39 D A LEI DE DROGAS

Passemos agora a uma análise mais detalhada do delito:

1 – Ob je to Jur íd ico  Diferentemente de TODOS os crimes que vimosaté agora, neste caso o bem juridicamente protegido não é a saúdepública, mas a i n co lum idade púb l i ca .

2 – Su je i to A t i vo  Trata-se de crime comum, podendo ser cometidopor qualquer pessoa.

3 – Su j e i to Passivo  É a coletividade.

4 – Conduta T íp ica  Consiste em conduzir embarcação ou aeronaveapós o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade

pública

5 – Elemen t o Sub j e t i vo  O crime é doloso, não se exigindo finalidadeespecial.

6 – Qua l i f i cação Dou t r i ná r ia   Trata-se de crime doloso, comum,material, de perigo concreto e coletivo.

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7 – Consum ação e Ten t a t iv a  A consumação ocorre com a produçãodo perigo. A tentativa não é possível.

Finalizando, vale citar que, no caso de transporte coletivo de passageiros, oart. 39 determina que se cumulem as penas de prisão e de multa,tornando-as mais severas, como não poderia deixar de ser:

Art . 39 

[ . . . ]  

Parágrafo único. As penas de prisão e mu lta, aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis)anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se 

o veículo referido no caput deste art igo for de t ransport e coletivo de passageiros.

1 .6 .8 CAUSAS DE AUM ENTO DE PENA

O art. 40, que vamos analisar agora, traz a previsão de diversas causas quepossibilitam o aumento de pena. Observe o texto legal:

Art . 40. As penas prev istas nos art s. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 

I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; 

II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder fam iliar, guarda ou v igilância; 

III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 

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IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; 

V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou 

entre estes e o Distrito Federal; VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo,diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 

VII - o agente financiar ou custear a prática do crim e.

Este artigo apresenta sete incisos referentes aos casos em que as penaspodem ser aumentadas. Vamos analisá-los:

•  A NATUREZA, A PROCEDÊNCIA DA SUBSTÂNCIA OU DO PRODUTO APREENDIDO E ASCIRCUNSTÂNCIA S DO FATO EVIDENCIAREM A TRANSNA CIONALI DADE DO DELIT O (INCISO I):

Para a incidência desta causa de aumento de pena ( t r á f i c oin te rnac iona l ) , basta que fique comprovada a finalidade doagente, não sendo necessário que o agente consiga entrar ousair do país com a droga. Observe interessante julgado:

ATENÇÃO

AS CAUSAS DE AUMENTO DE PENA A QUE SE REFEREM ESTE ARTIGO SÃOIMPOSTAS APENAS AOS CRIMES QUE MANTÊM RELAÇÃO COM O TRÁFICO E NÃOPODEM SER APLICADAS AOS CRIMES EM QUE A INTENÇÃO DO AGENTE É OCONSUMO, POIS, COMO VOCÊ JÁ SABE, A INTENÇÃO DESTA LEI É PUNIR MAISSEVERAMENT E O TRAFI CANTE E NÃO O USUÁRIO/DEPENDENTE.

Não se exige que haja a efetiva entrada ou saída do objeto material doterritório nacional, mas que fique demonstrado que ele se destinava àimportação ou à exportação proibida, como quando ocorre a suainterceptação em zona de fiscalização alfandegária ou nas áreas deembarque internacional (TRF / Apelação Criminal nº 6570, DJ03.09.2009)

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•  CARACTERIZADO O TRÁFICO ENTRE ESTADOS DA FEDERAÇÃO OU ENTRE ESTES E ODISTRITO FEDERAL (INCISO V):

Além do tráfico internacional, o t rá f i co i n te res tadua l também é causa deaumento de pena.

•  O AGENTE PRATICAR O CRIME PREVALECENDO-SE DE FUNÇÃO PÚBLICA OU NODESEMPENHO DE MISSÃO DE EDUCAÇÃO, PODER FAMILIAR, GUARDA OU VIGILÂNCIA(INCISO II):

Revelando especial atenção ao agente que, traindo a sociedade, seprevalece da função púb l ica ou soc ia l para exercer uma práticacriminosa, o legislador atribui aumento de pena para duas situações:

A primeira refere-se à função pública, ou seja, atinge policiais, peritos, juizes, escrivães, promotores de justiça etc.

A segunda atinge os que possuem missão de educação, poder familiar,guarda ou vigilância, tais como o pai de uma criança que pratica o tráficoem casa, o responsável de um almoxarifado de hospital que desvia morfinaetc.

•  A INFRAÇÃO TIVER SIDO COMETIDA NAS DEPENDÊNCIAS OU IMEDIAÇÕES DE

ESTABELECIMENTOS PRISIONAI S, DE ENSINO OU H OSPITA LARES, DE SEDES DE ENTIDADESESTUDANTIS, SOCIAIS, CULTURAIS, RECREATIVAS, ESPORTIVAS, OU BENEFICENTES, DELOCAIS DE TRABALHO COLETIVO, DE RECINTOS ONDE SE REALIZEM ESPETÁCULOS OUDIVERSÕES DE QUALQUER NATUREZA, DE SERVIÇOS DE TRATAMENTO DE DEPENDENTESDE DROGAS OU DE REINSERÇÃO SOCIAL, DE UNIDADES MILITARES OU POLICIAIS OU EMTRANSPORTES PÚBLI COS (INCISO II I):

A enumeração dos l o ca i s em que oco r re a causa de aum en to d e penaé taxativa, ou seja, n ã o é ad m i t i d a a ampliação por analogia. Segundo otexto legal, caberá o aumento nos casos em que a infração for cometida nasdependências ou imediações de:

1.   Estabelecimentos Prisionais; 

2.   Estabelecimentos de Ensino; 

3.   Estabelecim entos Hospitalares; 

4.   Sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,esportivas, ou beneficentes ; 

5.   Locais de Trabalho Coletivo; 

6.   Recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer 

natureza; 

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7.   Estabelecimento de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social; 

8.   Unidades m ilitares ou policiais 

9. Transportes públicos 

•  O CRIME TIVER SIDO PRATICADO COM VIOLÊNCIA , GRAVE AMEAÇA, EMPREGO DE ARMADE FOGO OU QUALQUER PROCESSO DE INTI MIDAÇÃO DIFUSA OU COLETIVA (INCISO IV ):

Em virtude de cada vez mais as atividades ligadas aonarcotráfico se valerem de v io lênc ia f ís ica e de g ra v eameaça para a consecução de seus ilícitos, esta causa deaumento de pena visa reprimir de forma mais pesada tais

atitudes.Ressalta-se que o dispositivo legal trata da violência física empregadacontra a pessoa, não alcançando a violência contra “coisa” 

•  SUA PRÁTICA ENVOLVER OU VISAR ATINGIR CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU A QUEMTENHA, POR QUALQUER MOTIVO, DIMINUÍDA OU SUPRIMIDA A CAPACIDADE DEENTENDIMENTO E DETERMINAÇÃO (INCISO II):

O agente que, no crime de tráfico, envolver ou visar crianças, adolescentes

e pessoas detentoras de uma situação com capacidade de entendimento edeterminação reduzida, também incidirá em causa de aumento de pena.

ATENÇÃO!!!

NA V IGÊNCIA DA LEI A NTERIOR (6.368/76), SE O AGENTE, NOCRIME DE TRÁFICO, ENVOLVESSE OU VISASSE IDOSOS,TAMBÉM INCIDIRIA EM UMA CAUSA DE AUMENTO DE PENA.PORÉM, TAL CAUSA DEIXOU DE EXISTI R COM A L EI NOVA.

DESTA FORMA, CARO ALUNO, PERGUNTO: PODEMOSAFIRMAR QUE O DELITO PRATICADO CONTRA IDOSO NUNCASERÁ ABRANGIDO POR UMA HIPÓTESE DE AUMENTO DEPENA?

É CLARO QUE NÃO, POIS, POR EXEMPLO, SE O IDOSO TIVERSUA CAPACIDADE DE ENTENDIMENTO E DETERMINAÇÃOREDUZI DA, ESTARÁ INCL UÍDO NESTE CASO.

O QUE PODEMOS AFIRMAR É QUE NEM TODA OCORRÊNCIAENVOLVENDO IDOSOS INCIDIRÁ EM CAUSA DE AUMENTO DEPENA.

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•  O AGENTE FINANCI AR OU CUSTEAR A PRÁTICA DO CRIME.

A ação do agente consistente em financiar ou custear a prática do crimedemonstra um particular domínio seu sobre as operações do narcotráfico,além de facilitar a própria atividade, que não sobrevive sem financiamento.

“Mas professor... Agora enrolou tudo... Qual a diferença entre a causa de aumento de pena que estam os analisando e o crim e previsto no art . 36 que 

 já est udamos?” 

Excelente pergunta... O art. 36 visa alcançar aquele que fica “por trás dascortinas”, financiando a conduta criminosa de terceiros. Atinge aquele que

não atua diretamente no ilícito, mas financia o desempenho da atividadepor outros.

Já a causa de aumento de pena atinge aquele que desenvolve a atividadecriminosa diretamente e, além disso, acrescenta valores.

1.6 .9 DELAÇÃO PREMI ADA

Neste ponto trataremos da chamada delação premiada, instituto

este importantíssimo dentro do nosso País. Vamos compreender:O legislador, consciente da necessidade de estimular a delaçãocomo uma forma de combater o crime organizado, premia o agenteque “denuncia” seus comparsas com uma diminuição de pena.

Esta ação já se encontra nos códigos brasileiros em diversos dispositivos,mas o legislador fez questão de incluí-lo na Lei de Drogas. Observe:

Art .41 . O indiciado ou acusado que colaborar volunt ariam ente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um te r ço a do is te r ços. (grifo nosso)

Para que o benefício seja concedido, faz-se necessário o cumprimento dealguns requisitos. São eles:

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1.6 .10 CI RCUNSTÂNCI AS PREPONDERANTES

Circunstâncias preponderantes são requisitos usados no nosso sistemapenal que auxiliam o Magistrado na mensuração da pena a ser aplicada aoagente infrator.

A individualização da pena é preceito constitucional e, visando atender aoregramento da Carta Magna, preceitua a Lei nº. 11.343/06:

Art .42 . O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a condut a social do agente.

Do exposto, percebe-se que bastaria que o legislador fizesse consignar que,na análise das circunstâncias do art. 59 do Código Penal, o juiz deveriaconsiderar preponderantes a na tu reza e a quan t idade da subs tânc ia oudo p rodu to , a pe rsona l i dade e a condu ta soc ia l do agen te, pois nascircunstâncias do art. 59 já há previsões que enquadram as situações aqui

expostas.Entretanto, ele preferiu ser mais específico e deixou claro que a natureza,ou seja, se é droga natural ou sintética, se causa dependência física oupsíquica, bem como a quantidade da substância devem ter especialdestaque na fixação das penas cabíveis.

1.6 .11 VEDAÇÃO DE BENEFÍ CI OS

 

11 - - CCOOLL AA BB OORRAA ÇÇÃÃ O O VV OOLL UU NN TT ÁÁ RRII AA ; ; EE 

22 - - AA S S II NN FFOORRMM AA ÇÇÕÕEES S PPAA SSSSAA DDAA S S PPEELL O O AAGGEENN TT E E NN EECCEESSSSAA RRII AA MM EENN TT EE DDEEVVEEMM II MM PPLL II CCAA R R NN A A II DDEENNTT II FFII CCAA ÇÇÃÃ O O DDOOS S DDEEMM AA II S S EENN VV OOLL VV II DDOOS S NN OO 

CCRRII MM EE, , BB EEM M CCOOMM O O NN A A RREECCUU PPEERRAA ÇÇÃÃ O O DDE E AA LL GGUU M M PPRROODDUU TT O O DDOO DDEELL II TT OO ((RREECCUU PPEERRAA ÇÇÃÃ O O TT OOTT AA L L OOU U PPAA RRCCII AA LL )) ..  

Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, àpersonalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime,bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário esuficiente para reprovação e prevenção do crime.

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Sobre o tema “vedação de benefícios, prevê a Lei de Drogas, com amparoconstitucional, que:

Art.44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1

, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça,indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.

Vamos, a partir de agora, analisar as particularidades referentes a cada

vedação prevista no supracitado dispositivo legal:

1.  GRAÇA, ANI STI A E I NDULTO   Os crimes de tráfico ilícito não estãosujeitos a graça, anistia e indulto. Vimos este tema na nossa aulademonstrativa. Vamos relembrar:

A Anistia significa o esquecimento de certas infrações penal. Como seexprime Aurélio Leal: a finalidade da anistia é o esquecimento do fato oudos fatos criminosos que o poder público teve dificuldades de punir ouachou prudente não punir.

Juridicamente os fatos deixam de existir; Passa-se uma esponja sobreeles. A graça e o indulto excluem a punibilidade, tendo o primeiroinstituto caráter individual e o segundo caráter coletivo.

2 . LI BERDADE PROVI SÓRI A Embora haja intensa discussão quanto aeste ponto, o entendimento que deve ser levado para a sua PROVA é odo STF segundo o qual: 

DDII CCII OONN ÁÁ RRII OO DDOO CCOONN CCUU RRSSEEII RROO

SSUU RRSSII SS

É UM INSTITUTO DE DIREITO PENAL COM A FINALIDADE DE PERMITIR QUE OCONDENADO NÃO SE SUJEITE À EXECUÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE DEPEQUENA DURAÇÃO, OU SEJA, PERMITE QUE, MESMO CONDENADA, UMA PESSOANÃO FIQUE NA CADEIA.

SE O JUIZ, POR EXEMPLO, DEFINE O PRAZO DE DOIS ANOS PARA O SURSIS  , OCONDENADO FICARÁ DURANTE ESSE PERÍODO EM OBSERVAÇÃO. SE NÃO PRATI CARNOVA INFRAÇÃO PENAL E CUMPRIR AS DETERMINAÇÕES IMPOSTAS PELO JUIZ,ESTE, AO FINAL DO PERÍODO DE PROVA, DETERMIN ARÁ O FIM DA PENA.

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STJ – HC 161 .806 / MG – DJ 27 .05 .201 0

1. O art. 2o., II da Lei 8.072/90 que trata da negativa de concessão defiança aos acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados,não contraria a ordem constitucional, pelo contrário, deriva do própriotexto constitucional (art. 5o., inciso XLIII), que impõe ainafiançabilidade das referidas infrações penais. Precedentes. 2. Avedação de concessão de liberdade provisória, na hipótese deacusados da prática de tráfico ilícito de entorpecentes, encontraamparo no art. 44 da Lei 11.343/06 (nova Lei de Drogas), que énorma especial em relação ao parágrafo único do art. 310 do CPP e àLei de Crimes Hediondos, com a nova redação dada pela Lei11.464/07. Referida vedação legal é, portanto, razão idônea esuficiente para o indeferimento da benesse, de sorte que prescinde demaiores digressões a decisão que indefere o pedido de liberdadeprovisória, nestes casos.

Entenda:

Segundo a atual redação do art. 2º da lei nº 8.072/90, não é maisvedado ao autor de crime hediondo ou equiparado a obtenção da

liberdade provisória sem fiança. Apesar disso, a citada norma proíbeconcessão de fiança para os delitos relacionados com o tráfico de drogas.

O STF, de maneira coerente decidiu que continua em vigor a proibição deconcessão de liberdade provisória para os autores de crimes hediondos eequiparados, haja vista a proibição emanar da própria constituição (art.5º, XLIII). Segundo o STF, inconstitucional seria a legislação ordináriaque viesse a conceder liberdade provisória a delitos em relação aos quaisa Constituição Federal veda a fiança (STF, HC nº 93.940/SE, DJ06.05.2008).

No que tange especificamente ao art. 44, o STJ já se pronunciou daseguinte forma:

STF, HC 102 .364 / SP, DJ 25 .05 .2010

A vedação à liberdade provisória para o delito de tráfico de drogas

advém da própria Constituição,a qual prevê a sua inafiançabilidade(art. 5º, XLIII).

A Lei nº 11.343/06 veda, em seu art. 44, a concessão de liberdadeprovisória.

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3 . CONVERSÃO DAS PENAS EM RESTRI TI VA DE DI REI TOS   Estetambém é um tema bem controvertido, todavia, o entendimento atualapresentado pelos Tribunais (informativo 579 do STF e 427 do STJ) épelo CABIMENTO da conversão. Observe o texto do informativo 579 que

elucida bem a questão: 

1 .6 .1 2 LI VRAMENTO CONDI CI ONAL

O livramento condicional consiste na antecipação da liberdade aocondenado que cumpre pena privativa de liberdade, desde que cumpridasdeterminadas condições durante certo tempo.

Serve como estímulo à reintegração na sociedade daquele que aparenta terexperimentado uma suficiente regeneração.

STF, I NFORMATI VO 57 9 , 15 a 1 9 de m arço de 20 10

O STF iniciou julgamento de habeas corpus , afetado ao Pleno pela 1ªTurma, em que condenado à pena de 1 ano e 8 meses de reclusãopela prática do crime de tráfico ilícito de entorpecentes (Lei11.343/2006, art. 33, § 4º) ques t iona a cons t i t uc iona l i dade da

vedação abs t ra ta da subs t i t u i ção da pena p r i va t i va del i be rdade po r res t r i t i va de d i re i tos disposta no art. 44 da citadaLei de Drogas (“Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto,anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restrit ivas de direitos.”).

Sustenta a impetração que a proibição, no caso de tráfico deentorpecentes, da substituição pretendida ofende as garantias daindividualização da pena (CF, art. 5º, XLVI), bem como aquelasconstantes dos incisos XXXV e LIV do mesmo preceito constitucional

— v. Informativo 560.O Min. Ayres Britto, relator, concedeu parcialmente a ordem edeclarou incidentalmente a incons t i tuc iona l idade da expressão“ vedada a conve rsão em penas res t r i t i vas de d i r e i tos  ” ,constante do citado § 4º do art. 33, e da expressão “vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos ”, contida notambém aludido art. 44, ambos dispositivos da Lei 11.343/2006. (STF,HC 97256/RS, rel. Min. Ayres Britto, 18.3.2010).

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Traduz-se na última etapa do cumprimento da pena privativa de liberdadeno sistema progressivo, representando uma transição entre o cárcere e avida livre.

A lei nº 11.343/06 dispõe sobre o livramento condicional da seguinte forma:

Art.44 

[ . . . ]  

Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar- se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.

O parágrafo único deste art. 44 está quase que em plena consonância como art. 83 do Código Penal, o qual, versando sobre o mesmo tema,estabelece em seu inciso V que:

Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: 

[ . . . ]  

V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza .

O diferencial é que o Código Penal exige o cumprimento de “ M A I S D E2 / 3 ” , enquanto a Lei de Drogas estabelece ser necessár io ocu m p r im e n t o d e “ 2 / 3 ” .  

1.6 .12 I SENÇÃO DE PENA

Caro(a) aluno(a), você já percebeu no decorrer da aula que o principalobjetivo dessa lei é, basicamente, punir severamente quem incide no crimede tráfico ilícito e amparar aqueles que estão no uso e dependência dasdrogas. Neste mesmo sentido, prevê o art. 45:

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Art .45 . É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão,qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente 

incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Do supra-exposto dispositivo legal, podemos resumir:

CAUSAS DE I SENÇÃO DE PENA

1.  QUANDO O RÉU, EM RAZÃO DE DEPENDÊNCIA, ERA, AO TEMPO DAAÇÃO OU OMISSÃO CRIMINOSA, INTEIRAMENTE INCAPAZ DE

ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DEACORDO COM ESSE ENTENDIM ENTO.

2.  SE O RÉU, POR ESTAR SOB EFEITO DE SUB STÂNCIA ENTORPECENTEOU QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA,PROVENIENTE DE CASO FORTUITO, ERA, AO TEMPO DA AÇÃO OUOMISSÃO CRIMINOSA, INTEIRAMENTE INCAPAZ DE ENTENDER OCARÁTER IL ÍCIT O DO FATO OU DE DETERMI NAR-SE DE ACORDO COMESSE ENTENDIM ENTO.

3.  QUANDO O RÉU, POR ESTAR SOB EFEITO DE SUBSTÂNCIAENTORPECENTE OU QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA OUPSÍQUICA PROVENIENTE DE FORÇA MA IOR, ERA, AO T EMPO DA AÇÃOOU OMISSÃO CRIMINOSA, INTEIRAMENTE INCAPAZ DE ENTENDER OCARÁTER IL ÍCIT O DO FATO OU DE DETERMI NAR-SE DE ACORDO COMESSE ENTENDIM ENTO. 

Nas três hipóteses acima, caso seja pericialmente comprovada ainimputabilidade do réu, qua lque r que tenha s ido o c r ime come t ido

reg ido pe la Le i de Drogas, o juiz deverá absolvê-lo e submetê-lo atratamento médico.

************************************************************

Futuros Policiais Federais,

Aqui encerramos a parte predominantemente penal daLei nº 11.343/2006.

A partir de agora adentraremos nos aspectosprocedimentais da norma legal. Sendo assim, respirefundo, recarregue as energias e vamos em frente!!!

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1 .7 PROCEDI MENTO PENA L

1.7.1 I NTRODUÇÃO

A partir de agora, trataremos da parte da Lei nº 11.343/06 que determinaas etapas e procedimentos relativos aos processos cabíveis aos crimes nelatipificados.

Em seu primeiro artigo referente a este título, o legislador determinaclaramente que o procedimento relativo aos crimes previstos na Lei deDrogas será regido por normas processuais diferenciadas encontradas emseu próprio texto.

Deixa claro também que, excepcionalmente, nos casos em que a Lei nº

11.343/06 for omissa, a lacuna será suprida pelo preconizado no CódigoProcessual Penal (CPP) e na Lei de Execução Penal (LEP).

Observe o texto legal:

Art .48 . O procedimento relat ivo aos processos por crim es definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo,aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal

Para que você possa compreender bem essa parte da lei em estudo, deveter em mente que, no caso dos procedimentos penais, dois ritos distintosregem os tipos penais previstos:

1.  RI TO PREVI STO PARA AS I NFRAÇÕES PREVI STAS NOS ARTS. 2 8 ,

 

 CAPUT E §  1°, 33 , §  3 ° E 3 8 Como são infrações de menor potencialofensivo, devem ser processadas pelo rito SUMARÍ SSI MO dos JuizadosEspeciais Criminais.

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumopessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar serásubmetido às seguintes penas:

[...]

§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colheplantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causardependência física ou psíquica.

Art. 33 [...]

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem. Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-loem doses excessivas ou em desacordo com determina ão le al ou re ulamentar.

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Relembrando: O que são crimes de menor potencial ofensivo?

2.  RI TO PARA OS CRI MES DI SPOSTOS NOS ARTS. 33 , CAPUT  E § § 

1° E 2°, 34 , 35 , 36 , 37 , 39 , PARÁGRAFO ÚNI CO, QUE SE REFEREMAOS CRI MES DE TRÁFI CO, CULTI VO, AUXÍ LI O, MAQUI NÁRI OS,ASSOCI AÇÃO, FI NA NCI AM ENTO, COLABORAÇÃO E CONDU ÇÃO DEVEÍ CULO MARÍ TI MO OU AÉREO, NAS FORMAS SI MPLES EQUALI FI CADA Será aplicado o procedimento especial previsto naprópria lei aqui estudada (art. 50 a 59), com utilização subsidiária do ritocomum do Código de Processo Penal. Neste ponto deve haver umagrande atenção!!!

CRIMES DEMENOR

POTENCIALOFENSIVO

CONH ECER PARA ENTENDER

O procedimento no caso das infrações não ligadas ao tráfico, e, portanto,

com menor potencial ofensivo, passou a ser o sumaríssimo, ou seja,procedimento preponderantemente informal, consensual e oral, devendoser processadas pelo rito dos Ju izad os Espec ia is Cr i m ina is .

O acusado, se estiver presente à audiência, já sairá dali citado e intimadoda data da audiência de instrução e julgamento.

Os recursos têm 05 dias para serem interpostos e a apelação com prazo de10 dias e por escrito, já com as razões, que será julgada por TurmaRecursal, composta por três juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição.

Como você pode ver, rápido e simples!

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1.7 .2 PRI SÃO EM FLAGRANTE

Como você deve estar notando ao analisar esta Lei, fica claro o interesse

em separar usuários e dependentes dos traficantes de drogas. “Masprofessor, você já repetiu isso mais de 1000 vezes!!!”...Sim, e daqui apouco vou repetir de novo para que você não esqueça!!!

O legislador se preocupou em afastar, ao máximo, o usuário das Delegaciasde Polícia, evitando-se estigmatiza-lo, estando esta concepção totalmenteem sintonia com o espírito que permeia toda a Lei, ou seja, separar ousuário do traficante, tratando-os de maneira totalmente diversa.

Dentro desse contexto, vamos ver agora como fica o usuário detido emflagrante.

Pela Lei, não se lavrará auto de prisão em flagrante pa ra usuá r ioap reend ido com d rogas. No seu lugar, deverá ser elaborado t e r m oc i rcuns tanc iado , que nada mais é do que um relato do fato tido como demenor potencial ofensivo, constando os elementos para uma compreensãodo ocorrido. Observe:

Art.48 

[ . . . ]  

§ 2 o  Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se 

imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.

É claro que uma vez sendo mantida a criminalização das condutas deadquirir, guardar, transportar, ter em depósito e trazer consigo drogas, ouainda, semear, cultivar ou colher plantas destinadas à preparação de

pequena quantidade de droga, não há p ro ib ição a que se rea l ize aap reensão ou de tenção do agen te que es t i ve r em s i tuação def lag ran te , es tando , en t re tan to , VVEEDD AA DD AA a sua p r i são em f l ag ran te ,no sen t ido de “ RREECCOOLLHH II MM EENN TTO O À À PPRRII SSÃÃ OO” . 

Assim, apreendido o agente e a droga, o condutor deverá apresentá-loimediatamente ao juízo competente.

Art . 48 

[ . . . ]  

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§ 3 o  Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2 o  deste artigo serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente.

Quando a autoridade judicial estiver ausente, a autoridade policial, no localem que se encontrar, deverá lavrar termo circunstanciado sobre ocomparecimento ao juízo competente e também deverá providenciar asrequisições dos exames e perícias necessários.

É impor tan te ressa l ta r que es te pa rág ra fo não a t r i bu i novascompe tênc ias à au to r idade po l i c ia l , mu i to menos a t r i bu i pode resexc lus i vos das au to r idades jud i c iá r i as , s imp lesmen te impede ainérc ia po l ic ia l .

Terminados os procedimentos acima, o agente deve passar por exame decorpo delito, se assim o desejar ou se alegar ter sofrido alguma violênciaou, ainda, se quaisquer das autoridades citadas suspeitarem de violêncianão alegada. Em seguida, após o exame, o agente será liberado.

Mas e nos demais casos não enquadrados no artigo 28?

Nos outros casos, o artigo 50 da lei define o rito procedimental a ser

seguido no caso de flagrante. Observe:

Art .50 . Ocorrendo prisão em flagrant e, a autoridade de polícia  judiciár ia fará, im ediatam ente, comunicação ao juiz com petente,remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 ( vint e e quatro) horas.

A lei nº 11.343/06, embasada em regra constitucional, leciona que o Juizcompetente deverá ser imediatamente comunicado da prisão e o auto

(documento com todos os depoimentos e assinaturas) deverá ser remetidoao Magistrado no prazo de 24 horas.

Recebido o auto, deve ser este disponibilizado para vistas ao MinistérioPúblico.

Mas quem é o responsável pela confecção do auto e comunicação ao Juiz?

Observe que o art. 50 utiliza a expressão “au to r idade de po l í c ia j u d i ciár ia” . Vamos compreender: 

A polícia exerce dois tipos de funções distintas: a a d m i n i s t r a t i v a o u d e

segurança e a jud ic iá r ia.

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A primeira tem um caráter preventivo, garantindo a ordem pública eimpedindo a prática de fatos que possam por em perigo os bens individuaisou coletivos.

A segunda tem caráter repressivo, e tem como função recolher elementos

que elucidem uma infração penal logo após ela acontecer, para que possaser instaurada a competente ação penal contra os autores de fato.

Como a Carta Magna determina que somente a Políc ia Feder al e a Políc iaCiv i l exercem a função de po l íc ia jud ic iá r ia da Un ião e do Es tado , aLei de Drogas apenas explicitou a idéia já contida na Constituição,impedindo, assim, a Polícia Militar de, por exemplo, lavrar um auto deprisão em flagrante.

Ainda sobre o flagrante, para a lavratura do auto de prisão eestabelecimento do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e

quantidade da droga.A lei determina ainda que, caso não haja no momento da lavratura um“espec ia l i s ta ” no assunto, o laudo poderá ser realizado por “pessoaidônea” .

Art . 50 

[ . . . ]  

§ 1o  Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e 

estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

1.7.3 PROTEÇÃO A TESTEMUNHAS

Todos nós sabemos que é de suma importância a participação detestemunhas no combate ao tráfico ilícito de drogas. No entanto, sabemostambém que esses crimes normalmente são praticados por grupos que se

impõem perante a sociedade através da força e da intimidação e que asimples omissão de endereço ou mudança de hábitos não são medidascapazes de garantir segurança a uma testemunha.

Desta forma, a lei, no artigo 49, tenta ampliar as garantias aplicáveisàqueles que se prestem a testemunhar. Veja:

Art.49. Tratando-se de condutas tipificadas nos art s. 33, caput e § 1o , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as circunstâncias o recomendem, empregará os instrumentos protetivos de 

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colaboradores e testemunhas previstos na Lei n o  9.807, de 13 de  julho de 1999 

A Lei de Drogas estabelece que se empreguem os instrumentos protetivosprevistos na Lei 9.807/99, aplicando-se à testemunha de qualquer delito,especificando as medidas para proteção à vítima e à testemunha, b emcom o aos seus fam i l ia res e dependent es.

1.7.3 PRAZOS DO I NQUÉRI TO POLI CI AL

O inquérito policial tem o escopo de fornecer ao legitimado ativo (MinistérioPúblico, caso a ação seja pública; ou o particular, caso a ação seja privada)elementos idôneos para que a parte possa oferecer a denúncia ou a queixa.

A nova legislação antitóxico, seguindo a tradição das leis 6.376/76 e10.409/02, apresenta prazos diferentes dos existentes no art. 10 do Códigode Processo Penal para a conclusão dos inquéritos policiais.

Par que isto fique claro, observe o artigo 10 do CPP e logo em seguida oArt. 51 da Lei nº. 11.343/2006:

Art. 10 - O inquérito deverá terminar no prazo de 1 0 ( d e z) d i as  ,se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivam ente, contado o prazo, nesta hipótese, a part ir do dia 

CONHECER PARA ENTENDER - LEI 9.8 07 / 99  

A l ei 9 .8 0 7 / 9 9 estabelece normas para a organização e a manutençãode programas especiais de proteção a vítimas e testemunhas

ameaçadas, institui o “Programa Federal de Assistência a Vítimas e aTestemunhas Ameaçadas” e dispõe sobre a proteção de acusados oucondenados que tenham voluntariamente prestado efetiva colaboraçãoà investigação policial e ao processo criminal. Veja o Art. 1º da referidalei:

Art. 1o As medidas de proteção requeridas por vítimas ou portestemunhas de crimes que estejam coagidas ou expostas a graveameaça em razão de colaborarem com a investigação ou processocriminal serão prestadas pela União, pelos Estados e pelo DistritoFederal, no âmbito das respectivas competências, na forma de

programas especiais organizados com base nas disposições desta Lei.

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em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de  3 0 

( t r i n a) d i as  , quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

Art . 51. O inquérit o policial será concluído no prazo de  3 0 ( t r i n t a ) d i as  , se o indiciado estiver preso, e de  9 0 ( n o v e n ta )

d ias  , quando solto.

Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido  just if icado da autor idade de polícia j udiciár ia . 

Assim, de forma coerente com o princípio da razoabilidade, a lei nº11.343/06 prevê o prazo de 30 d ias (três vezes superior ao CPP) para o

fim do inquérito, estando o indiciado preso, e o prazo de 90 d ias (tambémtrês vezes o do CPP) para o término do instrumento investigatório, estandoo investigado solto.

É importante ressaltar que tais prazos c o m p o r ta m p ro r ro g a ç ã o . Paraocorrer a prorrogação, pelo juiz, do prazo para conclusão do inquéritopolicial, deve haver o requerimento da autoridade policial judiciária e, alémdisso, deve ser ouvido o Ministério Público. 

Assim podemos resumir:

O art.52 define procedimentos a serem realizados após o término do prazoprevisto no artigo anterior.

Art . 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao j uízo: 

I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a 

PRAZOS PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIA L:

1. INDICIA DO PRESO 30 DIAS + 30 DIAS.

2. IN DICIADO SOLTO 90 DIAS + 90 DIAS.

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quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou 

II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias.

A autoridade de polícia judiciária deve, ao remeter os autos do inquérito aoJuiz, preencher todos os itens que constam nos incisos do artigosupracitado, já que são necessários para um perfeito entendimento do juiz.Dito isto, podemos resumir:

NN OOS S AA UU TT O O DDO O II NN QQUU ÉÉRRII TT O O A A AA UU TT OORRII DDAA DDE E DDEEVV EE:: 

1.  JUSTIFICAR AS RAZÕES QUE A LEVARAM A CLASSIFICAR O DELITO NO

TIPO APONTADO.

2.  RELATAR SUMARIAMENTE AS CIRCUNSTÂNCIAS DO FATO.

3.  INDICAR A QUANTIDADE E A NATUREZA DA SUBSTÂNCIA APREENDIDA.

4.  INDI CAR O LOCAL E AS CONDIÇÕES DA AÇÃO CRIMIN OSA.

5.  INDI CAR AS CIRCUNSTÂN CIAS DA PRISÃO.

6.  INFORMAR SOBRE A CONDUTA DO INDICIADO.

7.  INFORMAR A QUAL IFICAÇÃO DO INDICI ADO.

8.  INFORMAR SOBRE OS ANT ECEDENTES DO INDICIA DO.

Caso, após o inquérito, ainda fique alguma dúvida sobre a ação ilícita,poderá ocorrer o requerimento de diligências complementares para seesclarecer fatos, sem a l te ra r a r em essa dos au tos .

O resultado dessas diligências deverá ser encaminhado ao juízo competenteaté 3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento. Observe:

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Art . 52 

[ . . . ]  

Parágrafo único. A rem essa dos autos far- se-á sem preju ízo de 

diligências complementares: I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência de instrução e julgamento; 

II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou que figurem em seu nome, cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo competente até 3 (t rês) dias antes da audiência de instr ução e j ulgamento.

AS DILI GÊNCIAS COMPLEMENTA RESNÃ O IMPEDEM A REMESSA DOS AU TOS. 

1.7 .3 PROCEDI MENTOS I NVESTI GATÓRI OS ESPECI AI S

A fim de tornar mais eficiente o processo de investigação dos crimesprevistos na lei nº 11.343/06, foram definidos alguns procedimentosinvestigatórios especiais. Estes podem ser implementados, desde que comaut or ização jud ic ia l e ouv ido o MP.

O art. 53 traz nos seus incisos os tipos de procedimentos cabíveis queveremos a seguir.

Art .53 . Em qualquer fase da persecução crim inal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em 

lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios: 

I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constit uída pelos órgãos especializados pert inentes; 

II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível.

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Parágrafo único. Na hipótese do inciso I I deste art igo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.

Analisando:

•  A I NFI LTRAÇÃO DE AGENTES POLI CI AI S, que consiste em umatécnica de investigação através da qual um ou mais agentes da políciasão infiltrados em grupos, organizações criminosas ou mesmo perantepessoas isoladamente consideradas.

•  A ENTREGA VI GI AD A OU REPASSE CONTROLADO , que consiste emautorizar que os policiais deixem de agir ou de autuar em flagrante osuspeito e apreender as drogas, com a finalidade de identificar eresponsabilizar as demais pessoas envolvidas na respectiva operação detráfico e distribuição.

Temos aí o caso de FLAGRANTE PRORROGADO OU RETARDADO. Aautorização para esse caso só é dada quando são conhecidos oi t i ne rá r io p rováve l e a i den t i f i cação dos agen tes do de l i t o ou deco laboradores .

1 .7 .4 I NSTRUÇÃO CRI MI NAL

A instrução criminal é o rito processual propriamente dito, e vamos analisá-la da forma mais simples possível para um perfeito entendimento e fixação.

Por ser uma matéria muito extensa, e com itens sem importância, vamosnos deter aos pontos realmente relevantes e importantes para a suaPROVA. Iniciaremos com a análise do artigo 54:

Art . 54. Recebidos em j uízo os autos do inquérit o policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, dar- se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias,adotar uma das seguintes providências: 

I - requerer o arquivam ento; 

II - requisitar as diligências que entender necessárias; 

III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender pert inentes.

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Nesse artigo, o legislador expõe de forma clara as principais formas de oMinistério Público receber as informações sobre crimes vinculados aonarcotráfico:

1 – INQUÉRIT O POLICIA L FORMA MA IS TRADICIONAL;

2 - INQUÉRITOS PROVENIENT ES DE COMISSÃO PARLAMENTA R DE INQUÉRITO;

3 – PEÇAS DE INFORMAÇÕES PRODUZIDAS DE FORMA LÍCITA.

Após o recebimento dos autos, diferentemente do previsto no CPP, o

Ministério Público terá o prazo de 10 d i as (independentemente de o

indiciado encontrar-se solto ou preso) para adotar uma das seguintesprovidências:

1 – SOLICITAR O ARQUIVAMENTO É REQUERIDO, POR EXEMPLO, QUANDO NÃOHÁ JUSTA CAUSA PARA A RESPECTIVA AÇÃO PENAL, PELA INEXISTÊNCIA DETIPICIDADE, PELA NÃO IDENTIFICAÇÃO DA AUTORIA OU QUANDO OCORRERALGUMA CAUSA DE EXTINÇÃO DA PUNIBI LIDADE.

2 – SOLICITAR NOVAS DILIGÊNCIAS SÃO REQUISITADAS QUANDO NÃO HÁELEMENTOS SUFICIENTES PARA A APRESENTAÇÃO DA DENÚNCI A.

3- DETERMINA R A INSTAU RAÇÃO DA AÇÃO PENAL PÚBL ICA (DENÚNCIA) OCORREQUANDO O ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO SE CONVENCE DA EXISTÊNCIA DEINDÍCIOS DE AUT ORIA OU PARTICIPAÇÃO.

PODEMOS ESQUEMATIZ AR:

INQUÉRITOPOLICIAL

CPI

PEÇASLÍCITAS

ARQUIVAMENTO

NN OOVV AA SS DDII LL II GGÊÊNN CCII AA SS 

DENÚNCIA

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1 .7.5 DEFESA PRÉVI A

Visando diminuir o número de processos existentes e assim garantir a

celeridade do sistema judiciário, o legislador, seguindo procedimentoadotado em diversos países, garante através do art. 55 da lei nº 11.343/06uma filtragem das ações penais propostas. Observe a norma:

Art . 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a not ificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

[ . . . ]  

§ 5 o  Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 

(dez) dias, determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias.

Essa defesa preliminar tem por finalidade possibilitar ao Juiz a rejeição dadenúncia apresentada. Assim, para determinados casos, não p rec isará om ag is t r ado dar in íc io ao p rocesso .

Nesta fase, devem ser arroladas testemunhas (até 05) e requeridas provas.É importante saber que a omissão em arrolar testemunhas ou requererprovas dá ensejo à preclusão de tal direito, entretanto, a autoridade

 judiciária, caso considere necessário, poderá permitir a produção dasprovas.

§ 1o  Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.

Mas e se o indivíduo não apresentar a defesa? Aplica-se o parágrafo 3º daLei de Drogas:

§ 3 o  Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação.

E se for apresentada?

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§ 4 o  Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.

As decisões cabíveis são:

1.7 .6 RECEBI MENTO DA DENÚNCI A

Quando for recebida a denúncia, o Juiz designará dia e hora para aaudiência de instrução e julgamento (AIJ), que é a fase mais importante detodo o processo.

Também determinará a citação dos acusados, seguindo os princípios dodevido processo legal e do contraditório, e determinará a intimação doMinistério Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudospericiais.

A Lei determina em seu art. 56, §1°, que, no caso de o agente serfuncionário público, o juiz poderá decretar o afastamento de suas atividadespara os delitos relacionados com tráfico de drogas. Veja:

Art.56[...] 

§1o  Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts.33, caput e § 1o , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcionário público,

comunicando ao órgão respectivo.

Receber aDenúncia

DeterminarNovas

Di l igências

Reje i ta r aDenúncia

0055 DDIIAASS 

Vouapresentar

minha defesa!

O que voufazer com

essa defesa?

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Trata-se de uma medida cautelar já tradicional no processo penal brasileiro,decorrente da preservação do p r inc íp io da mora l i dade , que pode serpraticada de of íc io pelo juiz ou, também, po r p rovocação do M in i s té r ioPúbl ico .

OBSERVAÇÃO Não se ace i ta Recurso , nem Habeas Corpus e nemMandado de Segurança con t ra a impos ição do a fas tamento , só emcaso de p r esença de i lega l idade .

1 .7.6 OBRI GATORI EDADE DO RECOLHI MENTO Á PRI SÃO PARAAPELAR?

Observe o texto legal:

Ar t .59 . Nos c r im es prev is t os nos a r ts . 33 , caput e § 1 o , e 

34 a 37 d es ta Le i , o réu não poder á ape la r sem reco lher -se  

à p r isão , sa lvo se fo r p r imár io e de bons an tecedentes ,

assim reconhec ido na sen t ença condenat ór ia .

De acordo com o artigo em questão, ao ocorrer um crime de tráfico ilícito, aúnica hipótese da prisão cautelar não acontecer é quando a sentençacondenatória de 1ª instância reconhecer que o réu é primário e tem bons

antecedentes. ENTRETANTO, esta regra, segundo a jur isprudênc ia ,não tem m a is ap l i cab i l i dade .

Segundo o STF, a regra que proíbe a possibilidade de apelar de suacondenação sem recolher-se à prisão é i n compa t íve l com a ConstituiçãoFederal atual. O argumento levou a corte, inclusive, a afastar a vigência doartigo 595 do Código de Processo Penal.

1 .7 .7 CONSOLI DAÇÃO DAS REGRAS PROCEDI MENTAI S

Caro(a) aluno(a), neste tópico consolidaremos o que já vimos eapresentaremos os últimos aspectos procedimentais.

São diversas regras e, a fim de tornar mais fácil seu entendimento, vouapresentá-las da seguinte forma: Inicialmente trarei a reprodução dosartigos, incisos e parágrafos que, pela importância, não podem deixar de serlidos.

Posteriormente, apresentarei um esquema com o rito procedimentalcompleto. Você verá que iniciaremos com o já visto artigo 55. Isto é para

que possamos manter a linha de raciocínio.

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Assim, entendendo o gráfico, você estará compreendendo o texto legal e,consequentemente, não errará na sua PROVA. Dito isto, vamos em frente.

Art. 5 5. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer de fesa p rév ia , po r esc r i t o , no p r azo de 10 ( dez ) d i as  .

§ 1o  Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.

§ 2 o  As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei n o  3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.

§ 3 o  Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará  de fensor  

 

para o fe recê- l a em 10 ( dez ) d i as  , concedendo-lhe vista dos autos no ato de 

nomeação.§ 4 o  Apresentada a defesa, o juiz dec id i rá em 5 ( c i nco) d i as.

§ 5 o  Se entender imprescindível, o juiz, no p r a z o m á x i m o d e 1 0 ( d e z) d i a s  ,determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias.

Art. 56. Recebida a denúncia, o ju iz designará dia e hora para a audiência de instrução e ju lgament o, ordenará a citação pessoal do acusado, a int imação do Ministério Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.

§ 1o  Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts.33, caput e § 1o , e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcionário público, comunicando ao órgão r espectivo.

§ 2 o  A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 3 0 ( t r i n t a ) d i as  seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se realizará em 9 0 ( n o v e n t a ) d i as  .

Art. 57. Na audiência de instrução e julgam ento, após o interrogatór io do acusado e a inquirição das testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente,ao representante do Ministério Público e ao defensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de  2 0 ( v i n t e ) m i n u t o s p a r a c a d a u m ,

p r o r r o g á v e l p o r m a i s 1 0 ( d e z ) , a critério do juiz.

Parágrafo único. Após proceder ao interr ogatório, o ju iz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pert inente e relevante.

Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em  1 0 ( d e z) d i a s, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.

Agora vamos esquematizar e realmente consolidar os supracitadosdispositivos:

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IINNQQUUÉÉRRIITTOO PPOOLLIICCIIAALL  3300 DDIIAAS S IINNVVEESSTTIIGGAADDOO PPRREESSOO 

9900 DDIIAAS S IINNVVEESSTTIIGGAADDOO SSOOLLTTOO 

PPOOSSSSIIBBIILLIIDDAADDEE DDEE PPRROORRRROOGGAAÇÇÃÃOO 

AARRQQUUIIVVAAMMEENNTTOO 

DDEEVVOOLLUUÇÇÃÃO O PPAARRAA DDIILLIIGGÊÊNNCCIIAASS 

DDEENNÚÚNNCCIIAA 

DDIILLIIGGÊÊNNCCIIAASS SSUUPPLLEEMMEENNTTAARREESS 

NNOOTTIIFFIICCAAÇÇÃÃO O DDOO 

DDEENNUUNNCCIIAADDO O PPAARRAA DDEEFFEESSA A PPRREELLIIMMIINNAARR 

DDEEFFEESSA A PPRREELLIIMMIINNAARR PPRRAAZZOO: : 110 0 DDIIAASS 

AAPPRREESSEENNTTAARR DDEEFFEESSAA,, AARRGGÜÜI  IRR EEXXCCEEÇÇÕÕEESS, , SSUUSSCCIITTAARR 

NNUULLIIDDAADDEES  S,, RREEQQUUEERREERR PPRROODDUUÇÇÃ  ÃOO D  DEE PPRROOVVAASS 

CCOONNSSTTIITTUUIIÇÇÃÃO O DDEE AADDVVOOGGAAD  DOO O  OUU NNOOMMEEAAÇÇÃÃOO DDEE U  UMM DDEEFFEENNSSOOR R DDAATTIIVVOO DDEECCIISSÃÃO O DDE E RREEJJEEIIÇÇÃÃO O DDAA 

DDEENNÚÚNNCCIIAA 

DDEECCIISSÃÃO O DDE E RREECCEEBBIIMMEENNT  TOO DDAA DDEENNÚÚNNCCIIAA 

CCAAS  SOO IIMMPPRREESSCCIINNDDÍÍVVEEL L EEM M 1100 DDIIAAS S SSEERRÁÁ:: 

11--AAPPRREESSEENNTTAADDO O OO PPRREESSOO 22--RREEAALLIIZZAADDAAS S DDIILLIIGGÊÊNNCCIIAASS 

33--EEXXAAMMEES S EE PPEERRÍÍCCIIAASS AAFFAASSTTAAMMEENNT  TOO CCAAUUTTEELLAARR SSEE 

FFUUNNCCIIOONNÁÁRRI  IOO PPÚÚBBLLIICCOO 

RREEQQUUIISSIIÇÇÃÃO O DDEE LLAAUUDDOOS S PPEERRIICCIIAAIISS 

DDEESSIIGGNNAAÇÇÃ  ÃOO D  DEE AAUUDDIIÊÊNNCCIIAA((AAIIJJ) ) EE CCIITTAAÇÇÃÃOO 

RREEAALLIIZZAAÇÇÃÃO O DDAA AAIIJJ 

AAIIJ J 3  300 DDIIAAS S RREEGGRRAA 

AAIIJ J 9  900 DDIIAAS S E  EMM CCAAS  SOO D  DEE EEXXAAMMEE DDEE DDEEPPEENNDDÊÊNNCCIIAA 

11 - - IINNTTEERRRROOGGAATTÓÓRRIIOO 

22 - - IINNQQUUIIRRIIÇÇÃÃO O DDAASS TTEESSTTEEMMUUNNHHAAS S DDEE AACCUUSSAAÇÇÃÃO O EE DDEEFFEESSAA 

33 - - DDEEBBAATTEES S OORRAAIISS 

44 – – SSEENNTTEENNÇÇAA 

((IIMMEEDDIIAATTA A OOU U EEM M 110 0 DDIIAASS)) 

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1 .8 APREENSÃO E DESTI NA ÇÃO DOS BENS

1.8 .1 APREENSÃO DO PRODUTO OU PROVEI TO DOS CRI MES

O artigo 60 e seus §§ tratam das medidas cautelares patrimoniais, fazendouma extensão aos dispositivos do Código Processual Penal, que são oseqües t ro (arts 125 a 132 do CPP), a espec ial i zação de h ipo t eca lega l(arts. 134 a 136 do CPP) e o a r res to (art. 137 do CPP).

Art .60 . O juiz, de ofício, a requer im ento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade de polícia judiciária,ouvido o Ministério Público, havendo indícios suficientes, poderá 

decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias relacionadas aos bens móveis e imóveis ou valores consistentes em produtos dos crimes previstos nesta Lei, ou que constituam proveito auferido com sua prática,procedendo-se na forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-Lei n o 

3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.

Neste artigo, o que importa para a sua PROVA é que fica determinado que aautoridade judiciária poderá decretar a apreensão ou o seqüestro dos

produtos ou bens que constituam proveito dos crimes tipificados na Lei deDrogas. A ordem poderá ser dada de of íc io , a re q u e r i m e n to d oMin i sté r io Púb l i co ou d ian t e de r ep resen t ação da au t o r idade po l i c ial.

1.8 .2 UTI LI ZAÇÃO DO PRODUTO OU PROVEI TO DO CRI ME

O artigo 61 traz disposições pertinentes à destinação dos bens apreendidosou seqüestrados que constituam produto ou proveito dos crimes previstospela Lei.

Art .61 . Não havendo prejuízo para a produção da prova dos fatos e comprovado o interesse público ou social, ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei, mediante autorização do juízo competente, ouvido o Ministério Público e cientificada a Senad, os bens apreendidos poderão ser utilizados pelos órgãos ou pelas entidades que atuam na prevenção do uso indevido, na atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e na repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas,

exclusivament e no int eresse dessas atividades.

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Os bens apreendidos poderão ser cedidos a qua lque r ó rgão ou en t idadeque atue na prevenção do uso indevido de drogas, na atenção e reinserçãosocial de usuários e dependentes de drogas, na repressão à produção não

autorizada e ao tráfico ilícito de drogas. Como você pode ver, trata-se demedida que pode contribuir na estruturação material de entidades deapoio.

Podemos ver no diagrama como deve funcionar o procedimento:

Vale citar que antes da Lei de Drogas as disposições específicas sobre osprodutos do crime seguiam as normas gerais do CPP, quanto à apreensão eao seqüestro, e do Código Penal quanto ao perdimento, ou seja, não hav iaprev isão de sua u t i l i zação por ó rgãos ou en t idades na pendênc ia daação p ena l .

Nesta linha, a originalidade do art.61 está em ampliar as hipótesesprevistas para alcançar também a u t i l i zação dos p rodu tos e p rove i tosau fe r idos com o c r ime . Com isso, atendeu plenamente à disposiçãoconstitucional que determina o confisco de todo e qualquer bem de valor

econômico apreendido em decorrência do tráfico de drogas.

Não havendo prejuízopara a produção da

prova. 

Comprovado interessepúblico ou social. 

JUIZ

MinistérioPúblico 

SENAD

Utilização pelosórgãos ou pelas

entidades que atuamcontra as drogas 

Finalidade Vinculada(uso dos bens

exclusivamente nointeresse das atividades)

Ouvido

Cientificada

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Antes da nova Lei, na maioria dos casos, os bens acabavam deteriorando-se. Agora, os bens obtidos com a prática dos crimes podem servir a algumafinalidade de interesse público ou social.

Ainda neste assunto, dispõe a lei:

Art .62 . Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, os maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei, após a sua regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia judiciária, excetuadas as armas,que serão recolhidas na forma de legislação específica.

Este artigo versa sobre questões relativas ao destino inicial dos veículos,embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte, osmaquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer naturezautilizados na prática dos crimes definidos na lei.

Segundo o texto legal, após a regular apreensão, o bem deverá ficar sob acustódia da autoridade de polícia judiciária. Excepcionam-se desta regra asarmas apreendidas, pois estas serão recolhidas na forma determinada peloEstatuto do Desarmamento.

§ 1o  Comprovado o interesse público na utilização de qualquer dos bens mencionados neste artigo, a autoridade de polícia  judiciár ia poderá deles fazer uso, sob sua responsab il idade e com o objetivo de sua conservação, mediante autorização judicial,ouvido o Ministério Público.

Este parágrafo trata da possibilidade de os bens apresentados no caput doartigo 62 serem utilizados pela polícia judiciária, sendo que a autorização

para o uso é de competência do juiz da causa, cuja decisão só seráproferida após manifestação do Ministério Público.

§ 2 o  Feita a apreensão a que se refere o caput deste artigo, e tendo recaído sobre dinheiro ou cheques emitidos como ordem de pagamento, a autoridade de polícia judiciária que presidir o inquérito deverá, de imediato, requerer ao juízo competente a int im ação do Ministér io Público.

§ 3 o  Intimado, o Ministério Público deverá requerer ao juízo, em 

caráter cautelar, a conversão do numerário apreendido em 

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moeda nacional, se for o caso, a compensação dos cheques emitidos após a instrução do inquérito, com cópias autênticas dos respectivos títulos, e o depósito das correspondentes quantias em conta judicial, juntando-se aos autos o recibo.

Os dois parágrafos acima se complementam e determinam que a autoridadepolicial encarregada do inquérito faça comunicação imediata ao Juiz quandoa apreensão recair sobre dinheiro ou cheque.

Após o conhecimento do fato pela autoridade judiciária, o Ministério Públicoserá comunicado e poderá requerer:

1-  CONVERSÃO DO NUM ERÁRIO APREENDIDO EM MOEDA NACIONA L.

2-  A COMPENSAÇÃO DOS CHEQUES EMITI DOS APÓS A I NSTRUÇÃO DO IN QUÉRITO,COM CÓPIAS AU TÊNTI CAS DOS RESPECTIV OS TÍTU LOS.

3-  O DEPÓSITO DAS CORRESPONDENTES QUANTIAS EM CONTA JUDICIAL,J UNT ANDO-SE AOS AUTOS O RECIBO.

Os valores apurados serão depositados em conta judicial, podendo ocorrermovimentação por ordem do juiz competente.

§ 4 o 

Após a instauração da competente ação penal, o Ministério Público, mediante petição autônoma, requererá ao juízo competente que, em caráter cautelar, proceda à alienação dos bens apreendidos, excetuados aqueles que a União, por intermédio da Senad, indicar para serem colocados sob uso e custódia da autoridade de polícia judiciária, de órgãos de inteligência ou militares, envolvidos nas ações de prevenção ao uso indevido de drogas e operações de repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades.

[ . . . ]  § 9 o  Realizado o leilão, permanecerá depositada em conta  judicial a quant ia apurada, at é o final da ação penal respect iva,quando será transferida ao Funad, juntamente com os valores de que trata o § 3 o  deste artigo.

Os §§ 4º a 9º dizem respeito ao procedimento a ser adotado em relação àalienação de bens apreendidos.

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Para a sua PROVA basta o conhecimento de que é permitida a alienaçãocautelar de bens apreendidos, durante o tramitar da ação e mediante leilão,caso a providência se mostre necessária em razão do risco de deterioração.

Os valores obtidos com esse tipo de alienação deverão ser depositados em

conta judicial.

1.8 .3 DESTI NAÇÃO FI NAL DOS BENS APREENDI DOS

Sobre o tema dispõe o art. 63:

Art. 63. Ao proferir a sentença de m érito, o ju iz decidirá sobre o perdimento do produto, bem ou valor apreendido, seqüestr ado ou declarado indisponível.

§ 1o  Os valores apreendidos em decorrência dos crimes tipificados nesta Lei e que não forem objeto de tutela cautelar,após decretado o seu perdimento em favor da União, serão revert idos diretamente ao Funad.

O legislador deixa claro que cabe à autoridade judiciária decidir sobre operdimento do produto, bem ou valor apreendido seqüestrado ou declarado

indisponível, quando proferir a SENTENÇA DE MÉRITO, o que pode levar aoentendimento de que nas sentenças em que houver a extinção do processosem o julgamento do mérito não haverá decisão em tal sentido.

Entretanto, em processo penal, sentenças de mérito ocorrem em todas assituações nas quais houver absolvição (Art. 386 do CPP) ou condenação(Art. 387 do CPP), ficando fora desta previsão apenas a sentença quereconheça causa extintiva de punibilidade, como no caso de morte doagente.

1 .9 COOPERAÇÃO I NTERNACI ONAL

O legislador demonstrou, ao colocar um Títuloseparado para esse assunto, a importância dacooperação internacional para a solução doproblema social que constitui o uso e o tráfico dedrogas.

A cooperação se baseia no espírito das Convençõesdas Nações Unidas e visa à colaboração em todas

as áreas, tanto as relativas à prevenção do uso

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indevido, à atenção e à reinserção social de usuários e dependentes, quantoaquelas ligadas à repressão do tráfico e da produção de drogas.

A COOPERAÇÃO PREVÊ:•  A T ROCA DE EXPERIÊNCIAS;

•  FORMUL AÇÃO DE PROGRAMAS CONJ UNT OS;

•  INTERCÂMBI O DE INTELIGÊNCIA POLICIAL; E

•  INFORMAÇÕES JU DICIAIS SOBRE PRODUTORES E FABRICANTES. 

Para finalizar, embora sem muita importância prática, cabe ressaltar inovaçãoinserida pela Lei 12.219/2010 que prevê:

Art . 73. A União poderá estabelecer convênios com os Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso indevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas.

Apesar de não encontrar relação prática com a carreira de Policial Federal,

como é uma novidade e as bancas adoram inovações, acho que pelo menos oconhecimento é importante.

Caro(a) Aluno(a),

Chegamos ao final da Lei de Drogas. O importante agora é fixar os conceitos eter em mente que este assunto é praticamente questão certa na tão esperadaPROVA.

Abraços e bons estudos,

Pedro Ivo

“ As pessoas bem sucedidas, nada mais são do que gente que desenvolveu o poder de

acreditar em si mesmas e naquilo que realizam.”

David Schwartz 

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PRI NCI PAI S ARTI GOS TRATADOS NA AULA

Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a

investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto docrime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.

Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobreo previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substânciaou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.

Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei sãoinafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdadeprovisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.

Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á olivramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada suaconcessão ao reincidente específico.

Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob oefeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo daação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-sede acordo com esse entendimento.

DO PROCEDIMENTO PENAL

Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos nesteTítulo rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, asdisposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal.

§ 1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvose houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, seráprocessado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais.

Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará,imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do autolavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte equatro) horas.

§ 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimentoda materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza equantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoaidônea.

Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se oindiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

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Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicadospelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado daautoridade de polícia judiciária.

Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de

polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo:I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões quea levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza dasubstância ou do produto apreendido, o local e as condições em que sedesenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, aqualificação e os antecedentes do agente; ou

II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias.

Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligênciascomplementares:

I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato, cujo resultado deverá serencaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência deinstrução e julgamento;

II - necessárias ou úteis à indicação dos bens, direitos e valores de que sejatitular o agente, ou que figurem em seu nome, cujo resultado deverá serencaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes da audiência deinstrução e julgamento.

Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstosnesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentosinvestigatórios:

I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituídapelos órgãos especializados pertinentes;

II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursoresquímicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem noterritório brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maiornúmero de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo daação penal cabível.

Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização seráconcedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificaçãodos agentes do delito ou de colaboradores.

Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de ComissãoParlamentar de Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista ao MinistérioPúblico para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintesprovidências:

I - requerer o arquivamento;

II - requisitar as diligências que entender necessárias;

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III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demaisprovas que entender pertinentes.

Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado paraoferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

§ 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusadopoderá argüir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecerdocumentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, atéo número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.

§ 3o Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensorpara oferecê-la em 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato denomeação.

§ 4o Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.

§ 5o

Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias,determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames eperícias.

Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência deinstrução e julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação doMinistério Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os laudos periciais.

§ 1o Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts.33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderádecretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se forfuncionário público, comunicando ao órgão respectivo.

§ 2o A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos30 (trinta) dias seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada arealização de avaliação para atestar dependência de drogas, quando serealizará em 90 (noventa) dias.

Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório doacusado e a inquirição das testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente,ao representante do Ministério Público e ao defensor do acusado, parasustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogávelpor mais 10 (dez), a critério do juiz.

Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partesse restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntascorrespondentes se o entender pertinente e relevante.

Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou ofará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.

§ 1o Ao proferir sentença, o juiz, não tendo havido controvérsia, no curso doprocesso, sobre a natureza ou quantidade da substância ou do produto, ousobre a regularidade do respectivo laudo, determinará que se proceda naforma do art. 32, § 1o, desta Lei, preservando-se, para eventual contraprova, a

fração que fixar.

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§ 2o Igual procedimento poderá adotar o juiz, em decisão motivada e, ouvidoo Ministério Público, quando a quantidade ou valor da substância ou do produtoo indicar, precedendo a medida a elaboração e juntada aos autos do laudotoxicológico.

Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, oréu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e debons antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória.

Art. 60. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou medianterepresentação da autoridade de polícia judiciária, ouvido o Ministério Público,havendo indícios suficientes, poderá decretar, no curso do inquérito ou da açãopenal, a apreensão e outras medidas assecuratórias relacionadas aos bensmóveis e imóveis ou valores consistentes em produtos dos crimes previstosnesta Lei, ou que constituam proveito auferido com sua prática, procedendo-sena forma dos arts. 125 a 144 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de1941 - Código de Processo Penal.

§ 1o Decretadas quaisquer das medidas previstas neste artigo, o juiz facultaráao acusado que, no prazo de 5 (cinco) dias, apresente ou requeira a produçãode provas acerca da origem lícita do produto, bem ou valor objeto da decisão.

Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção da prova dos fatos ecomprovado o interesse público ou social, ressalvado o disposto no art. 62desta Lei, mediante autorização do juízo competente, ouvido o MinistérioPúblico e cientificada a Senad, os bens apreendidos poderão ser utilizadospelos órgãos ou pelas entidades que atuam na prevenção do uso indevido, na

atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e narepressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas,exclusivamente no interesse dessas atividades.

Parágrafo único. Recaindo a autorização sobre veículos, embarcações ouaeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão deregistro e controle a expedição de certificado provisório de registro elicenciamento, em favor da instituição à qual tenha deferido o uso, ficando estalivre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, até o trânsitoem julgado da decisão que decretar o seu perdimento em favor da União.

Art. 62. Os veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios detransporte, os maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquernatureza, utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei, após a suaregular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia judiciária,excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma de legislação específica.

Art. 63. Ao proferir a sentença de mérito, o juiz decidirá sobre o perdimentodo produto, bem ou valor apreendido, seqüestrado ou declarado indisponível.

Art. 65. De conformidade com os princípios da não-intervenção em assuntosinternos, da igualdade jurídica e do respeito à integridade territorial dosEstados e às leis e aos regulamentos nacionais em vigor, e observado o

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espírito das Convenções das Nações Unidas e outros instrumentos jurídicosinternacionais relacionados à questão das drogas, de que o Brasil é parte, ogoverno brasileiro prestará, quando solicitado, cooperação a outros países eorganismos internacionais e, quando necessário, deles solicitará a colaboração,

nas áreas de:I - intercâmbio de informações sobre legislações, experiências, projetos eprogramas voltados para atividades de prevenção do uso indevido, de atençãoe de reinserção social de usuários e dependentes de drogas;

II - intercâmbio de inteligência policial sobre produção e tráfico de drogas edelitos conexos, em especial o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e odesvio de precursores químicos;

III - intercâmbio de informações policiais e judiciais sobre produtores etraficantes de drogas e seus precursores químicos.

Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com os Estados e o com oDistrito Federal, visando à prevenção e repressão do tráfico ilícito e do usoindevido de drogas, e com os Municípios, com o objetivo de prevenir o usoindevido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social de usuários edependentes de drogas. (Redação dada pela Lei nº 12.219, de 2010).

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EXERCÍ CI OS

1. ( CESPE / Escr iv ão - PC-E / 201 1) Caso , em j u ízo , o usuár io de

d rogas se recuse , i n ju s t i f i cadam en te , a cum pr i r as med idas educa t i vasque lhe fo ram impos tas pe lo j u i z , es te pode rá subme tê - lo ,a l te rna t i vam en te , a adm oestação ve rba l ou a pagam en to de m u l t a .

Errado. Se o cidadão injustificadamente deixar de cumprir as obrigaçõesimpostas em juízo, a autoridade judiciária competente poderá aplicarsucess ivamen te e não a l te rna t i vamen te as penas de admoestação verbale multa.

Art. 28 [ ...] § 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadam ente se recuse o agente, poderá o j uiz submetê-lo,sucessivam ente a: 

I - admoestação verbal; 

I I - m ulta .

2 . ( CESPE / De legado - PC-ES / 2011 ) A condu t a de po r t e de d rogaspara consumo pessoa l possu i a na tu reza de in f ração su i gener is ,p o rq u a n to o f a t o d e i x o u d e se r r o t u l a d o c om o c r i m e t a n to d o p o n t o d ev i st a f o rm a l q u an to m a te r i al .

Errada. Como vimos, o fato continua sendo considerado crime. Este é oentendimento do STF e do CESPE.

3. ( CESPE / De legado - PC-ES / 20 11) Cons idere a segu in t e s i tuaçãoh ipo té t i ca .

O comerc ian te Rona ldo man tém em es toque e f requen temen te vendepa ra meno res em s i tuação de r i s co (men inos de rua ) p rodu toindus t r ia l conhec ido como co la de sapa te i ro . F lagrado pe la po l íc ia aovende r uma la ta do p rodu to pa ra um ado lescen te , o comerc ian te fo iap resen t ado à au to r idade po l i cia l com pe ten t e .

Nessa s i tuação h ipo té t ica , caberá ao de legado de po l íc ia a au tuaçãoem f l ag ran te de Rona ldo , po r condu ta de f in ida como t rá f i co desubstânc ia en t o rpecen t e .

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Errado. Essa questão ficará mais clara ao estudarmos o ECA. Todavia, em quepesem argumentos em sentido contrário, a cola de sapateiro não éconsiderada droga para efeitos da Lei 11.343/06, pois se assim fosse não

poderia ser comercializada nem para maiores 18 anos.

4 . (TJ-RO - JU I Z / 2011 ) No cr im e de t rá f i co i líc i t o de subs tânc iae n to rp e ce n te , p rev i st o n o a r t i g o 3 3 , c ap u t d a Le i n º . 1 1 .3 4 3 / 2 0 0 6 , a spenas poderão ser reduz idas de um sex to a do is te rços , desde que oagente se ja p r imár io , de bons an tecedentes , não se ded ique àsa t i v idades cr im inosas nem in teg r e o rgan ização c r im inosa.

Certo. Lei 11.343, art. 33, § 4o: Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário,de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização crim inosa. 

5 . ( CESPE / Ana l i sta P rocessua l – MPU / 2010 ) Em re lação ao c r im e det rá f i co de d rogas , cons ide ra -se , t rá f i co p r i v i l eg iado o p ra t i cado po ragen te p r im ár io , com bons an teceden t es cr im ina is, que não se ded icaa a t i v idades cr im inosas nem in t eg ra o rgan ização c r im inosa, sendo - lheap l icada a redução de pena de um sex to a do is te rços ,i ndependen temen te de o t rá f i co se r nac iona l ou i n te rnac iona l e daquan t idade ou espéc ie de d roga ap reend ida, a inda que a pena m ín im af ique aquém do m ín im o lega l .

Certo. Segundo o art. 33, § 4o, da lei n.° 11.343/2006, nos crimes de tráficoilícito de drogas, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços,desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique àsatividades criminosas nem integre organização criminosa.

A questão tenta confundir o candidato ao citar “independentemente de otráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de drogaapreendida, ainda que a pena mínima fique aquém do mínimo legal”. Todavia,segundo o STJ no REsp 1133945 / MG 15/04/2010, a quantidade e a naturezada droga não irão impedir a aplicação da diminuição de pena decorrente docrime de tráfico privilegiado, muito menos o fato de o tráfico ser nacional ouinternacional.

6 . (CESPE / POL Í CI A CI V I L -PB / 2007 ) Um ind iv íduo que seja p r eso

em f l ag ran te pe lo de l i t o de t rá f i co i l í c i t o de subs tânc ia en to rpecen te

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pode rá se r bene f i c iado com a l i be rdade p rov i só r ia , med ian te opagamen t o de f i ança.

Errado. De acordo com o art. 44 da lei nº 11.343/06, os crimes de tráfico ilícitosão inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto e anistia.

7 . ( CESPE / TRF / 2007 ) No que conce rne ao c r im e de t r á f i co deen to rpecen tes , NÂO cons t i t u i causa de aumen to de pena , p rev i s taexpressamente na Le i n o 1 1 .3 4 3 / 2 0 0 6 , p ra t i ca r o d e l it o v i s an d opessoa m a io r de 60 anos de idade .

Certo. Na vigência da lei anterior (6.368/76), se o agente, no crime de tráfico,

envolvesse ou visasse idosos, também incidiria em uma causa de aumento depena. Porém, tal circunstância qualificadora deixou de existir com a lei nº11.343/06.

8 . ( CESPE / POLÍ CI A CI V I L -TO / 2008 ) Cons idere que de te rm inadoc idadão guar dasse , em sua res idênc ia , ce rca de 21 kg de cocaína , emdepós i to , pa ra f i ns de mercanc ia e que , du ran te uma busca rea l i zadapo r o rdem jud i c ia l em sua casa , a d roga tenha s ido encon t rada e osfa tos tenham s ido imed ia tamen te ap resen tados à au to r idade po l i c ia l

competen te . Nessa s i tuação , esse c idadão não pode ser p reso emf lag ran t e , po i s , no m om en to da abo rdagem , ele não p ra t i cava nenhumato t íp ico da t r a f icânc ia.

Errado. Segundo o art. 33 da lei nº 11.343/06, constitui uma conduta típica detráfico importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,vender, expor à venda, oferecer, t e r e m d e p ó s i t o , transportar, trazerconsigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecerdrogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo comdeterminação legal ou regulamentar: 

9. ( CESPE / DELEGADO POLÍ CI A CI VI L -PB / 200 9) No caso de por t e desubs tânc ia en to rpecen te pa ra uso p róp r io , não se impõe p r i são emf lag ran t e , devendo o au t o r de fa to se r im ed ia tamen t e encaminh ado ao j u ízo com p et en t e ou , n a f a l t a d est e, assu m i r o com p r om isso de a elecomparece r .

Certo. Segundo o art. 48 da lei nº 11.343/06, é vedada a prisão em flagrante

de usuário de drogas. Assim, apreendido o agente e a droga, o condutor

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deverá apresentá-lo imediatamente ao juízo competente, ou na falta deste, àautoridade policial, no local em que se encontrar, e deverá lavrar termocircunstanciado sobre o comparecimento ao juízo competente.

10 . ( CESPE / POL Í CI A CI V I L -PB / 2009 ) No cr im e de t rá f i co de d rogas,pa ra a l av ra tu r a do au to de p r i são em f l ag ran t e , é su f i c ien te o l audo decons ta tação da na tu reza e quan t idade da d roga , o qua l se ránecessa r iam en te f i rm ado po r pe r i t o o f i c ia l .

Errado. Segundo o art.50 §1o, da lei de Drogas, caso não haja no momento dalavratura um especialista no assunto, o laudo poderá ser realizado por “pessoaidônea”.

11. ( CESPE / DELEGADO POLÍ CI A CI VI L -PB / 20 09) O I P re la t ivo aind ic iado p reso por t rá f ico de d rogas deve ser conc lu ído no p razo de30 d ias , não havendo poss ib i l idade de p ro r rogação do p razo . Aau to r idade po l i c ia l pode , t odav ia , rea li zar d i l i gências com p lem en ta rese reme t ê - las pos te r io rm en te ao ju ízo compe ten t e .

Errado. O parágrafo único do art. 51 da lei nº 11.343/06 determina que osprazos para entrega do IP podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério

Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.Já quanto às diligências, o parágrafo único do art. 52 da lei nº 11.343/06 deixaclaro que as diligências complementares não impedem a remessa dos autos.

12. ( CESPE / MPE-SE / 201 0) A leg is lação em v igor adm i te a f i x açãode reg ime in ic ia l d ive rso do fechado aos condenados pe la p rá t ica decr ime de t rá f ico de d rogas , desde que as c i rcuns tânc ias jud ic ia is e oq u a n tu m d a p e n a a s s i m a u to r i z e m , c o n fo rm e e n te n d i m e n toconsol id ado n o STJ.

Errado. Apesar de ser admitida a progressão do regime, prevalece oentendimento do cumprimento inicial em regime fechado.

13. ( CESPE / MPE-SE / 201 0) Para o STJ, os p rece i tos lega is em v igorimpedem a conve rsão da pena co rpo ra l em res t r i t i va de d i re i tos nocaso de conden ado por t rá f ico i l íc i to de subs tânc ia en to r pecen te .

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Errado. Hodiernamente, o STJ tem se posicionado pelo cabimento dasubstituição da pena corporal em restritiva de direitos no caso de condenadopor tráfico ilícito de substância entorpecente (HC 118.098-RS, DJe 9/12/2008,HC 128.256-SP, DJe 26/10/2009 e HC 120.353-SP, DJe 9/2/2010).

14 . ( CESPE / POL Í CI A CI V I L -PB / 2009 ) Findo o p r azo pa ra conclusãodo inqué r i to na apu ração de c r ime de t rá f i co i l í c i t o , a au to r idadepo l i cia l reme t e os au tos ao ju ízo com pe ten t e , re la tando sum ar iam en teas c i rcuns tânc ias do fa to , sendo- lhe vedado jus t i f i ca r as razões que alevaram à c lassi f i cação do de l i t o .

Errado. Nos termos do art. 52 da lei nº 11.343/06, um dos itens que precisamconstar nos autos do inquérito é exatamente a justificativa das razões que

levaram a autoridade policial a classificar o delito no tipo apontado.

15 . ( CESPE / POLÍ CI A CI V I L -PB / 2009 ) É legalm en te vedada a não -a tu ação po l ic ia l aos por t adores de d rogas , a seus p recursor es qu ím icosou a ou t ros p rodu t os u t i l i zados em sua p rodução, que se encon t r em note r r i t ó r i o b ras i l e i ro .

Errado. Retira-se do art.53, II, da lei nº 11.343/06 que é permitido, mediante

autorização judicial e ouvido o MP, a não-atuação policial sobre os portadoresde drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em suaprodução que se encontrem no território brasileiro.

16 . ( CESPE / Prom o to r – MPE-RR / 2010 ) Segundo a Le i An t id rogas ,pa ra de te rm ina r se a d roga ap reend ida sob a posse de um ind i v íduodes t ina-se a consumo pessoa l , o ju iz deve-se a te r à na tu reza e àquant idade da subs tânc ia apreend ida , ao loca l e às cond ições em quese desenvo lveu a ação , descons iderando as c i rcuns tânc ias soc ia is epessoa is e também a conduta e os an tecedentes do agen te , sob penade v io lação do p r in c íp io da p r esunção de inocência .

Errado. Conforme o parágrafo 2º do art. 28 da lei nº 11.343/06, paradeterminar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá ànatureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições emque se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como àconduta e aos antecedentes do agente.

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17 . ( CESPE / Prom o to r – MPE-RR / 2010 ) Com o a Le i An t id rogas nãop revê a ap l i cação de med ida educa t i va o agen te apenado po r po r ta rd rogas para consumo pessoa l , d rogas sem au to r ização ou emdesaco rdo com de te rm inação lega l ou regu lamen ta r , devem se r

ap l icadas as regr as per t inen t es do CP.

Errado. A questão está incorreta, pois a lei nº 11.343/06 prevê nos incisos doart. 28 as penalidades a serem aplicadas. São elas advertência sobre os efeitosdas drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa decomparecimento a programa ou curso educativo. 

18. ( CESPE / JUI Z DE DI REI TO-AC / 20 07) A nova Le i de Drogas ( Lein . º 11 .343 / 2006 ) estabe lece um ro l de penas poss íve i s pa ra a pessoa

q u e a d q u i r i r , g u a rd a r , t i v e r e m d e p ó s i t o , t r a n s p o r t a r o u t r o u x e rcons igo , para uso pessoa l , d rogas i l í c i tas . Para de te rminar se a d rogase des t inav a ao consum o pessoa l , o ju iz observar á apenas a na tu reza ea quan t idade da d roga .

Errado. Nos termos do parágrafo 2º do art. 28 da lei nº 11.343/06, paradeterminar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá ànatureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições emque se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à

conduta e aos antecedentes do agente.

19 . ( CESPE / JU I Z DE D I REI TO-TO / 2007 ) A respei to do c r im e det rá f ico i l í c i to de en to rpecen tes , o inquér i to po l ic ia l deve ser conc lu ídono p razo de 30 d ias , caso o ind ic iado es te ja p reso , e no de 60 d ias ,caso es te es te j a so l to .

Errado. Nos termos do art. 51 da lei nº 11.343/06 o inquérito policial seráconcluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90(noventa) dias, quando solto. Os prazos podem ser duplicados pelo juiz, ouvidoo Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.

20 . (CESPE / JU I Z DE D I REI TO-TO / 2007 ) A Le i n . º 11 .343 / 2006possib i l i t a o l i v r am en to cond iciona l ao condenado po r t rá f i co i l íc i t o deen to rpecen te após o cumpr imen to de t rês qu in tos da pena decondenação, em caso de réu p r imár io , e do is te rços , em caso de réure in c iden te , a inda q ue especí f i co .

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Errado. Conforme o parágrafo único do art. 44, o livramento condicional podeser concedido após o cumprimento de dois terços da pena, vedada a suaconcessão ao reincidente específico.

21 . ( CESPE / OAB-CE / 2007 ) A condu ta daque le que , pa ra consum opessoa l , cu l t i va p lan tas des t inadas à p reparação de subs tânc ia capazde causar dependênc ia f ís ica ou ps íqu ica perm anece sem t ip i f i cação .

Errado. O parágrafo 1º, do art. 28, da Lei de Drogas, estabelece aresponsabilidade penal do agente que, para seu consumo pessoal, semeia,cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de

substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

22 . ( CESPE / OAB-CE / 200 7) É poss íve l , a lém das penas deadver t ênc ia , p r es tação de serv iços à com un idade ou m ed ida educa t iva ,a im pos ição de pena p r i va t i va de l i be rdade ao usuá r io de d r ogas.

Errado. Conforme a nova disposição do art. 28 da Lei de Drogas, não há penaprivativa de liberdade para o crime de posse de drogas para consumo pessoal.

23 . ( CESPE / OAB-CE / 2007 ) O po r te de d r ogas to rnou -se in f ração dem enor po t enc ia l o fens ivo , estando su je i to ao p r oced im en to d a Le i n . º9 .099 / 1995 , que d i spõe sob re os j u i zados especia i s c r im ina is.

Certo. No que tange ao delito de porte de drogas, previsto no art. 28 da lei nº11.343/06, o legislador excluiu do preceito secundário da norma as penasprivativas de liberdade, estabelecendo penas educativas e restritivas dedireitos. Trata-se de crime de menor potencial ofensivo.

24 . ( CESPE / OAB-CE / 2007 ) Pode rá se r im pos ta ao usuá r io ded rogas p r i são em f l ag ran te , devendo o au tuado se r encaminhado ao j u ízo com pet en t e p ar a q u e est e se m an i f est e sob r e a m an u t en ção d ap r i são , após a lav ra tu ra do t e rm o c i r cunstanc iado .

Errado. Não existe possibilidade de prisão em flagrante. O Art. 28 da lei dedrogas é de suma importância, pois prevê um novo tratamento à conduta deporte de drogas para consumo pessoal. O intuito da Lei foi o de evitar, a

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qualquer custo, a aplicação de pena privativa de liberdade ao usuário dedrogas.

25. ( CESPE / PERI TO MÉDI CO LEGI STA – POLÍ CI A CI VI L -AC / 200 6) Ale i rep ress i va pune o consumo de subs tânc ia en to rpecen te ou quedet e rm ine dependên c ia f ísica ou ps íqu ica .

Errado. O art. 28 da lei nº 11.343/06 define que quem adquirir, guardar, tiverem depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogassem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentarserá submetido às seguintes penas: Advertência sobre os efeitos das drogas,prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento aprograma ou curso educativo.

As condutas “usar” ou “consumir” constituem fato atípico. Existe atipicidade,porque o crime não é “usar” ou “consumir” a droga, mas sim adquiri-la,guardá-la, mantê-la em depósito, transportá-la ou trazê-la consigo paraconsumo pessoal. Assim, podemos afirmar que não se pune o consumo em sida droga.

26. ( CESPE / PERI TO MÉDI CO LEGI STA – POLÍ CI A CI VI L -AC / 200 6) Ale i p revê a moda l i dade de c r ime cu lposo pa ra os p ro f i s s iona is quep rescrevem ou m in i s t ram , a leató r ia e (ou ) i ndev idam en te , as re fe r idassubs tânc ias a pac ien tes .

Certo. A questão refere-se ao delito do art. 38, da nova lei de drogas (lei n.º11.343/2006), consistente na conduta de prescrever ou ministrar,culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo emdoses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

27 . ( CESPE / De fenso r Púb l i co - DPE-AL / 2009 ) As med idas

a l te rna t i vas impos tas em razão de uma t ransação pena l e aque lasp re v i st a s n o ar t . 2 8 d a Le i n .º 1 1 .3 4 3 / 2 0 0 6 ( u s u ár i o d e d ro g a) n ã oge ram os e fe itos pena is ge ra i s p róp r ios de um a sanção pena l.

Certo. As medidas alternativas do art. 28 da lei 11.343/2006 (usuário dedroga) quando impostas por sentença penal geram reincidência.

28. ( CESPE / De fensor Púb l ico - DPE-ES / 200 9) Na h ipó t ese de possede d rogas pa ra consumo pessoa l , não se impõe p r i são em f l ag ran te .

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Nessa si tuação , o au to r do fa to deve se r im ed iatam en te encam inhadoao ju ízo compe ten te ou , na fa l ta desse , assumi r o compromisso de ae le com parecer , l av rando -se t e rm o c i r cuns tanc iado e p rov idenc iando -se as req uis ições dos exam es e das per ícias necessár i os .

Certo. Tratando-se da conduta prevista no art. 28 da lei nº 11.343/06, não seimporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamenteencaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromissode a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-seas requisições dos exames e perícias necessários.

29 . (CESPE / Po l ic ia l Rodo v iár io Feder a l - PRF - Cur so de for m ação /  2008 ) Cons idere que Joaqu im , pena lm en te im pu t áve l , f o i abo rdado em

uma ba r re i ra po l i c ia l e , após v i s to r i a em seu ve ícu lo , fo i encon t radapequena quan t idade de maconha . Indagado a respe i to , Joaqu ima legou que a d roga se des t inava a consumo pessoa l . Nessa s i tuação ,uma vez demons t rada a a legação de Joaqu im, o po l ic ia l responsáve lpe la d i l igênc ia deverá apreender a subs tânc ia e l ibe ra r o usuár iom ed ian te adm oestação verba l .

Errado. Segundo o § 2o do art. 28 da lei nº 11.343/06, tratando-se de porte dedrogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em flagrante, devendo o

autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na faltadeste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termocircunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e períciasnecessários.

30 . (CESPE / Po l ic ia l Rodo v iár io Feder a l - PRF - Cur so de for m ação /  2008 ) A leg i s lação em v igo r ace rca do t rá f i co i l í c i t o de en to rpecen teposs ib i l i ta ao condenado por t rá f ico i l í c i to de en to rpecen te , desde quese ja réu p r imár io , com bons an teceden tes e que não se ded ique às

a t i v idades c r im inosas nem in teg re o rgan ização c r im inosa , a reduçãode um sex to a do is te rços de sua pena , bem como a conve rsão des taem penas res t r i t i vas de d i re i tos , desde que cumpr idos os mesmosrequ is i tos ex ig idos para a redução da pena.

Certo. Segundo o art. 33, § 4o da lei nº 11.343/06, no delito de tráfico ilícitode entorpecente, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terçosdesde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique àsatividades criminosas nem integre organização criminosa.

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No que diz respeito a conversão de pena privativa de liberdade em restritiva dedireitos, o STF, no HC 97.256/RS, posicionou-se no sentido de concederparcialmente a ordem e declarar incidentalmente a inconstitucionalidade daexpressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos”, constante do

§ 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, e da expressão “vedada a conversão desuas penas em restritivas de direitos”, contida no também aludido art. 44 domesmo diploma legal. (Informativo nº 597 do STF).

31 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2008 ) A inda que o fato t enha sidocome t ido an t es da v igência da Le i n .º 11 .343 / 2006 e que o condenadopreencha os requ is i tos d ispos tos no a r t . 44 do CP, não é poss íve l asubs t i t u i ção da pena p r i va t i va de l i be rdade po r penas res t r i t i vas ded i re i to em c r ime de t rá f i co de en to rpecen tes , j á que o STF , ao j u lga rinconst i t uc iona l o a r t . 2 . º , § 1 . º , da Le i n .º 8 .072 / 1990 - Lei dosCr imes Hed iondos - , passou a admi t i r somen te a p rog ressão dereg imes aos condenados por c r imes hed iondos , mas não a conversãoem pena res t r i t i va de d i re i to .

Errado. No que diz respeito a conversão de pena privativa de liberdade emrestritiva de direitos, o STF, no HC 97.256/RS, posicionou-se no sentido deconceder parcialmente a ordem e declarar incidentalmente ainconstitucionalidade da expressão “vedada a conversão em penas restritivasde direitos”, constante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, e da expressão

 “vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos”, contida notambém aludido art. 44 do mesmo diploma legal. (Informativo nº 597 do STF).

32 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2008 ) D ispõe a Le i n . º11 .343 / 2006 , quan to ao cr im e de t r á f i co i l íc i t o de en to r pecen te , que"as penas poderão ser reduz idas de um sex to a do is te rços , vedada aconve rsão em penas res t r i t i vas de d i re i tos , desde que o agen te se japr imár io , de bons an tecedentes , não se ded ique às a t iv idadesc r im inosas nem in teg re o rgan ização c r im inosa . " . Cons ide rando que a

le i an te r io r não possu ía redação s imi la r , o Ju ízo das ExecuçõesCr im ina is pode rá facu l ta r ao condenado po r c r ime de t rá f i co deen to r pecen tes , sob a ég ide da Le i n .º 6 .368 / 1976 , que p reencha ta i scond ições, a opção en t r e o reg ram en to an t igo e o a tua l , t endo em v i s taque a pena de mu l ta so f reu s ign i f i ca t i vo aumen to , não havendo comoaf i r m ar , nesse aspecto , qua l das le is é m a is severa .

Certo. A norma insculpida no art. 33, § 4º da Lei n.º 11.343/06 inovou noordenamento jurídico pátrio ao prever uma causa de diminuição de penaexplicitamente vinculada ao novo apenamento previsto no caput do art. 33.

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Não há que se admitir sua aplicação em combinação ao conteúdo do preceitosecundário do tipo referente ao tráfico na antiga lei (Art. 12 da Lei n.º6.368/76) gerando daí uma terceira norma não elaborada e jamais previstapelo legislador.

Em homenagem ao princípio da extra-atividade (retroatividade ou ultra-atividade) da lei penal mais benéfica deve-se, caso a caso , verificar qual asituação mais vantajosa ao condenado: se a aplicação das penas insertas naantiga lei - em que a pena mínima é mais baixa - ou a aplicação da nova lei naqual há a possibilidade de incidência da causa de diminuição, recaindo sobrequantum mais elevado. Contudo, jamais a combinação dos textos que levaria auma regra inédita.

33 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2008 ) A com pe tênc ia para

processar e ju lgar c r imes de t rá f ico i l í c i to de en to rpecen tes é , emregr a , da ju s t iça est adua l , excet o se caract e r izado i l íc i to t ran snac iona l ,quando a competênc ia será da jus t iça federa l . Nesse con tex to , ap robab i l i dade de a d roga se r de o r igem es t range i ra é su f i c ien te pa rades locar a com petên c ia da ju s t iça es tadu a l para a j us t iça federa l .

Errado. Segundo pacífica jurisprudência, a competência para processar e julgarcrimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, em regra, da Justiça Estadual.Tratando-se, no entanto, de crime internacional, isto é, à distância, que possuibase em mais de um país, passa a ser da competência da Justiça Federal.

Sendo apenas a provável origem estrangeira da droga, não se tem o crimenecessariamente como transnacional, reclamando, para tanto, provacontundente da internacionalidade da conduta, de sorte a atrair a competênciada Justiça Federal.

34 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 200 8 ) É nu la a sen t ença pena lcondena tó r ia po r c r ime de t rá f i co i l í c i t o de en to rpecen tes cu ja pena -base tenha s ido exace rbada com base na quan t idade da d roga

ap reend ida , en tendendo -se , ass im, have r ma io r censu rab i l i dade dacondu ta (cu lpab i l i dade ) , tendo em v i s ta que ta l c r i t é r i o éexp ressamen te p rev i s to na l eg i s lação respec t i va como de f in ido r nacondut a do agen te , i st o é , se uso ou t r á f ico .

Errado. Segundo pacífico entendimento jurisprudencial, a quan t idade ded rogas justifica a fixação da pena acima do mínimo legal (STJ, HC 140.221-MS, DJ 22/9/2009).

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35 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2008 ) A inobse rvânc ia do r i t op roced imen t a l estabe lecido pela Lei n .º 11 .343 / 2006 quan t o àin t imação e conseqüen te ap resen tação de de fesa p re l im ina r cons t i t u icausa de nu l idade re la t iva , sendo, po is , necessár io que se com pr ove o

p re ju ízo , res tando p rec lusa a a legação , se não fo r fe i ta no momen too p o r t u n o .

Errado. Segundo o entendimento jurisprudencial, a ausência de defesapreliminar no procedimento estabelecido na lei 11343/06 gera nulidadeabsoluta e não relativa.

36 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-ES / 2010 ) Segundo a Le i An t id rogas ,pa ra de te rm ina r se a d roga ap reend ida sob a posse de um ind i v íduo

des t ina-se a consumo pessoa l , o ju iz deve-se a te r à na tu reza e àquant idade da subs tânc ia apreend ida , ao loca l e às cond ições em quese desenvo lveu a ação , descons iderando as c i rcuns tânc ias soc ia is epessoa is e também a conduta e os an tecedentes do agen te , sob penade v io lação do p r in c íp io da p r esunção de inocência .

Errado. O § 2o do art. 28 da lei nº 11.343/06 define que para determinar se adroga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e àquantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se

desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à condutae aos antecedentes do agente.

37 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co ded rogas , a au to r idade de po l í c ia j ud i c iá r i a deve faze r , imed ia tamen te ,comun icação ao ju i z compe ten te , reme tendo - lhe cóp ia do au tolav rad o , do qua l se rá dada v is ta ao ó rgão do MP, em 24 h oras .

Certo. Conforme o art. 50 da lei nº 11.343/06, ocorrendo prisão em flagrante,a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juizcompetente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista aoórgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.

38 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co ded rogas , pa ra e fe i to da l av ra tu ra do au to de p r i são em f l ag ran te eestabe lecim en to da m a te r ia l i dade do de l i t o , é p rescind ível o l audo de

consta t ação da na tu reza e quan t idade da d r oga .

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Errado. Nos termos do § 1º do art. 50 da lei nº 11.343/06, para efeito dalavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidadedo delito, é su f i cien te o l audo de cons ta tação da na t u reza e quan t idade

da d roga , firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

39 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co dedrogas , o inquér i to po l ic ia l se rá conc lu ído no p razo de 30 d ias , se oind ic iado es t ive r p r eso , e de 45 d ias , se es t ive r so l to .

Errado. Retira-se do art. 51 da lei nº 11.343/06 que o inquérito policial será

concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90(noventa) dias, quando solto.

40 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co ded rogas , a ausência do re la tó r io c i r cuns tanc iado to rn a nu lo o i nqué r i t opo l ic ia l .

Errado. O art. 52 da lei nº 11.343/06 define que, findos os prazos do

inquérito, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquéritoao juízo, relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando asrazões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade enatureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições emque se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, aqualificação e os antecedentes do agente. Tal relatório não precisa sercircunstanciado, ou seja, detalhado. Já decidiu o STJ que a ausência derelatório configura mera irregularidade, pois se trata de procedimento decaráter informativo, sem contraditório e ampla defesa.

41 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co ded rogas , a au t o r idade po l i cia l , após re lata r o i nqué r i to , deve rá rem e te ros au tos à jus t iça , que os encaminhará ao MP. Depo is d isso , aau to r idade po l ic ia l não poderá , de o f íc io , con t inuar a inves t igação ,co lhendo ou t ras p rovas .

Errado. Retira-se do art. 52, parágrafo único da lei nº 11.343/06 que aremessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares.

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42 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2010 ) O a tua l p roced imen t oadotado nos c r imes de t rá f ico de d rogas es tabe lece a necess idade denot i f i cação do acusado, an tes do receb imento da denúnc ia , para que o

mesmo apresen te ind ispensáve l de fesa p rév ia , bem como es tabe lece area l i zação do in te r roga tó r io ao f i na l da i ns t rução e veda , de fo rmaexpr essa , a abso lv ição sum ár ia .

Errado. Muito embora a Lei 11.343/06 não faça previsão expressa sobre arejeição da denúncia após a resposta escrita, permite e aplicação subsidiáriado Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal (artigo 48, caput), oque determina a aplicação da absolvição sumária prevista no artigo 397 doCódigo de Processo Penal, no qual constam a existência manifesta de causa

excludente da ilicitude do fato (inciso I); a existência manifesta de causaexcludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade (inciso II); que ofato narrado evidentemente não constitui crime (inciso III); ou extinta apunibilidade do agente (inciso IV).

43 . ( CESPE / Defenso r Púb l i co - DPU / 2010 ) No que concerne aoprocesso e ao p roced imento dos c r imes de t rá f ico de en to rpecen tes , éco r re to a f i rmar que c i r cuns tânc ias i ne ren tes à condu ta c r im inosa nãopodem , sob pena de b i s i n i dem , j u s t i f i car o aum en to da rep r im enda .

Certo. Circunstâncias inerentes à conduta criminosa, como por exemplo apropagação do mal e busca de lucro fácil, são próprias da conduta delituosa,não podendo, sob pena de bis in idem, atuar para justificar aumento dareprimenda. (STF, HC 85.507/PE, DJ 24.02.2006).

4 4 . (M PE-SP - Pro m o to r / 2 0 1 0 ) N o re gi m e d a Le i n º 1 1 3 4 3 / 0 6 , époss íve l a concessão de surs is aos réus condenados pe la p rá t ica dod e li t o d o a r t . 3 3 , “ ca p u t ” ( t r á f i co d e d ro g as ) .

Errado. Os crimes dos arts. 33, caput e parágrafo primeiro, e 34 a 37 sãoinafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdadeprovisória

4 5 . (M PE-SP - Pro m o to r / 2 0 1 0 ) N o reg i m e d a Le i n º 1 1 .3 4 3 / 0 6 , n af i xação das penas, o j u i z l eva rá em con ta , com p reponde rânc ia sob reas ci rcun s tânc ias jud ic ia is do a r t . 59 do Cód igo Pena l , a quan t id ade da

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d roga e sua na tu reza , bem ass im a pe rsona l i dade e a condu ta doagen te .

Certo. A questão exige o conhecimento do art. 42 da Lei nº 11.343/06.Segundo o citado dispositivo, o juiz, na fixação das penas, considerará, compreponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e aquantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social doagente.

46 . ( MPE-SP - P rom o to r / 2010 ) Cons t i tu i causa de aumen t o de pena,re la t i vam en te ao de l i t o de t rá f i co de d rogas (a r t . 33 , capu t , da Lei n º11 .343 / 06 ) , o fa to de a i n f ração se r com e t ida nas im ed iações decondom ín ios residenc ia is .

Errado. O art. 40, III da Lei 11.343/06 não menciona condomínios residenciais.Veja:

Art. 40 - As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 

III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou 

hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais,recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de trat amento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos.

47 . ( MPE-SP - Prom o to r / 2010 ) O cr im e de associação pa ra o t rá f i co( a r t . 35 da Le i 11343 / 06 ) tem com o desc r i ção t íp i ca, à sem e lhança do

c r im e do a r t . 288 do Cód igo Pena l ( quad r i l ha ou bando ) , associa rem- sema is de t rês pessoas pa ra o f im de p ra t i ca r qua lque r dos c r imes dosa r t i g o s 3 3 , ca p u t , e § 1 º e 3 4 d a Le i n º 1 1 .3 4 3 / 0 6 .

Errado. O crime de associação para o tráfico exige duas ou mais pessoas (nomínimo duas). Já o delito de quadrilha ou bando exige a associação de mais detrês pessoas (no mínimo quatro).

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48 . (MPE-SP - Prom o to r / 2010 ) Sem ear ou cu l t i v a r , para consum opessoa l e a inda que em pequena quant idade , p lan tas que secons t i t uam em ma té r ia -p r ima pa ra a p repa ração de d roga capaz decausar d ependênc ia f ísica ou ps íqu ica carac te r iza m oda l idade do de l i t o

de t r á f i co de d roga .

Errado. Às mesmas medidas previstas no art. 28 submete-se quem, para seuconsumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação depequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependênciafísica ou psíquica. Não é considerado tráfico, mas sim consumo pessoal.

49 . ( MPE-RS - Sec re tá r io de D i l i gências / 2010 ) Johnny fo i p r eso emf lag ran t e de l it o e p r ocessado po r t e r em depósi to e gua rd a r , com o f im

de en t rega r a consumo a te rce i ros , a inda que g ra tu i tamen te , semau to r i zação e em desaco rdo com de te rm inação lega l ou regu lam en ta r ,2 k g de pas ta de coca ína , 10 l i t r os de aceton a e 47 ped ras de " c rack " .No curso do p rocesso , ve r i f i cou-se que em razão de dependênc iatox ico lóg ica , e le e ra , ao tempo da ação , in te i ramente incapaz deen tende r o ca rá te r i l í c i t o do fa to e de de te rm ina r -se de aco rdo comesse en tend imen to . Ass im, no momen to da sen tença , p rovada aau to r ia e a ma te r ia l i dade , Johnny f i ca rá i sen to de pena , podendo se rencam inhado , pelo j u i z , para t r a tam en to m éd ico adequado .

Certo. A questão encontra fundamento no art. 45, Lei 11.343/2006.

50 . ( CESPE / OAB / 2009 ) Cons idere qu e Jú l i o , usuá r io de d roga ,tenha o fe rec ido pe la p r ime i ra vez , du ran te uma fes ta , a seu amigoRober to , sem in tu i to de l uc ro , pequena quan t idade de maconha pa raconsumi rem jun tos . Nessa s i tuação h ipo té t i ca , Jú l i o p ra t i cou condu taa t íp ica , dada a descr im ina l ização do uso de subs tân c ia en t o rp ecen t e .

Errado. Aproveitarei esta questão para tratar de um ponto que é muito poucoexigido em prova, mas que complementará seus estudos. Vimos que venderdrogas visando o lucro é crime. Mas e se um indivíduo oferece droga, ao outro,eventualmente e sem objetivo de lucro? Neste caso temos o chamado crime deuso compartilhado que, para ocorrer, deve acumular os seguintes requisitos:

OFERECI MENTO + EVENTUALI DADE + SEM OBJETI VO DE LUCRO +A PESSOA DO SEU RELACI ONA MENTO + PARA JUNTOS CONSUMI REM.

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Os qua t ro r equ is itos j u n t os têm q ue esta r p resen t es. Fa l tando um dosqua t r o requ is itos se rá con f igu r ado o cr im e de t r á f i co a r t . 33 " capu t " .

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LI STA DOS EXERCÍ CI OS APRESENTAD OS

1. ( CESPE / Escr iv ão - PC-E / 201 1) Caso , em j u ízo , o usuár io de

d rogas se recuse , i n ju s t i f i cadam en te , a cum pr i r as med idas educa t i vasque lhe fo ram impos tas pe lo j u i z , es te pode rá subme tê - lo ,a l te rna t i vam en te , a adm oestação ve rba l ou a pagam en to de m u l t a .

2 . ( CESPE / De legado - PC-ES / 2011 ) A condu t a de po r t e de d rogaspara consumo pessoa l possu i a na tu reza de in f ração su i gener is ,p o rq u a n to o f a t o d e i x o u d e se r r o t u l a d o c om o c r i m e t a n to d o p o n t o d ev i st a f o rm a l q u an to m a te r i al .

3 . ( CESPE / De legado - PC-ES / 20 11) Cons idere a segu in t e s i tuaçãoh ipo té t i ca .

O comerc ian te Rona ldo man tém em es toque e f requen temen te vendepa ra meno res em s i tuação de r i s co (men inos de rua ) p rodu toindus t r ia l conhec ido como co la de sapa te i ro . F lagrado pe la po l íc ia aovende r uma la ta do p rodu to pa ra um ado lescen te , o comerc ian te fo iap resen t ado à au to r idade po l i cia l com pe ten t e .

Nessa s i tuação h ipo té t ica , caberá ao de legado de po l íc ia a au tuaçãoem f l ag ran te de Rona ldo , po r condu ta de f in ida como t rá f i co de

substânc ia en t o rpecen t e .

4 . (TJ-RO - JU I Z / 2011 ) No cr im e de t rá f i co i líc i t o de subs tânc iae n to rp e ce n te , p rev i st o n o a r t i g o 3 3 , c ap u t d a Le i n º . 1 1 .3 4 3 / 2 0 0 6 , a spenas poderão ser reduz idas de um sex to a do is te rços , desde que oagente se ja p r imár io , de bons an tecedentes , não se ded ique àsa t i v idades cr im inosas nem in teg r e o rgan ização c r im inosa.

5 . ( CESPE / Ana l i sta P rocessua l – MPU / 2010 ) Em re lação ao c r im e det rá f i co de d rogas , cons ide ra -se , t rá f i co p r i v i l eg iado o p ra t i cado po ragen te p r im ár io , com bons an teceden t es cr im ina is, que não se ded icaa a t i v idades cr im inosas nem in t eg ra o rgan ização c r im inosa, sendo - lheap l icada a redução de pena de um sex to a do is te rços ,i ndependen temen te de o t rá f i co se r nac iona l ou i n te rnac iona l e daquan t idade ou espéc ie de d roga ap reend ida, a inda que a pena m ín im af ique aquém do m ín im o lega l .

6 . (CESPE / POL Í CI A CI V I L -PB / 2007 ) Um ind iv íduo que seja p r eso

em f l ag ran te pe lo de l i t o de t rá f i co i l í c i t o de subs tânc ia en to rpecen te

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pode rá se r bene f i c iado com a l i be rdade p rov i só r ia , med ian te opagamen t o de f i ança.

7 . ( CESPE / TRF / 2007 ) No que conce rne ao c r im e de t r á f i co deen to rpecen tes , NÂO cons t i t u i causa de aumen to de pena , p rev i s taexpressamente na Le i n o 1 1 .3 4 3 / 2 0 0 6 , p ra t i ca r o d e l it o v i s an d opessoa m a io r de 60 anos de idade .

8 . ( CESPE / POLÍ CI A CI V I L -TO / 2008 ) Cons idere que de te rm inadoc idadão guar dasse , em sua res idênc ia , ce rca de 21 kg de cocaína , emdepós i to , pa ra f i ns de mercanc ia e que , du ran te uma busca rea l i zadapo r o rdem jud i c ia l em sua casa , a d roga tenha s ido encon t rada e osfa tos tenham s ido imed ia tamen te ap resen tados à au to r idade po l i c ia l

competen te . Nessa s i tuação , esse c idadão não pode ser p reso emf lag ran t e , po i s , no m om en to da abo rdagem , ele não p ra t i cava nenhumato t íp ico da t r a f icânc ia.

9 . ( CESPE / DELEGADO POLÍ CI A CI VI L -PB / 200 9) No caso de por t e desubs tânc ia en to rpecen te pa ra uso p róp r io , não se impõe p r i são emf lag ran t e , devendo o au t o r de fa to se r im ed ia tamen t e encaminh ado ao j u ízo com p et en t e ou , n a f a l t a d est e, assu m i r o com p r om isso de a elecomparece r .

10 . ( CESPE / POL Í CI A CI V I L -PB / 2009 ) No cr im e de t rá f i co de d rogas,pa ra a l av ra tu r a do au to de p r i são em f l ag ran t e , é su f i c ien te o l audo decons ta tação da na tu reza e quan t idade da d roga , o qua l se ránecessa r iam en te f i rm ado po r pe r i t o o f i c ia l .

11 . ( CESPE / DELEGADO POLÍ CI A CI VI L -PB / 20 09) O I P re la t ivo aind ic iado p reso por t rá f ico de d rogas deve ser conc lu ído no p razo de30 d ias , não havendo poss ib i l idade de p ro r rogação do p razo . Aau to r idade po l i c ia l pode , t odav ia , rea li zar d i l i gências com p lem en ta rese reme t ê - las pos te r io rm en te ao ju ízo compe ten t e .

12 . ( CESPE / MPE-SE / 201 0) A leg is lação em v igor adm i t e a f i x açãode reg ime in ic ia l d ive rso do fechado aos condenados pe la p rá t ica decr ime de t rá f ico de d rogas , desde que as c i rcuns tânc ias jud ic ia is e oq u a n tu m d a p e n a a s s i m a u to r i z e m , c o n fo rm e e n te n d i m e n toconsol id ado n o STJ.

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13. ( CESPE / MPE-SE / 201 0) Para o STJ, os p rece i tos lega is em v igorimpedem a conve rsão da pena co rpo ra l em res t r i t i va de d i re i tos nocaso de conden ado por t rá f ico i l íc i to de subs tânc ia en to r pecen te .

14 . ( CESPE / POL Í CI A CI V I L -PB / 2009 ) Findo o p r azo pa ra conclusãodo inqué r i to na apu ração de c r ime de t rá f i co i l í c i t o , a au to r idadepo l i cia l reme t e os au tos ao ju ízo com pe ten t e , re la tando sum ar iam en teas c i rcuns tânc ias do fa to , sendo- lhe vedado jus t i f i ca r as razões que alevaram à c lassi f i cação do de l i t o .

15 . ( CESPE / POLÍ CI A CI V I L -PB / 2009 ) É legalm en te vedada a não -a tu ação po l ic ia l aos por t adores de d rogas , a seus p recursor es qu ím icosou a ou t ros p rodu t os u t i l i zados em sua p rodução, que se encon t r em no

te r r i t ó r i o b ras i l e i ro .

16 . ( CESPE / Prom o to r – MPE-RR / 2010 ) Segundo a Le i An t id rogas ,pa ra de te rm ina r se a d roga ap reend ida sob a posse de um ind i v íduodes t ina-se a consumo pessoa l , o ju iz deve-se a te r à na tu reza e àquant idade da subs tânc ia apreend ida , ao loca l e às cond ições em quese desenvo lveu a ação , descons iderando as c i rcuns tânc ias soc ia is epessoa is e também a conduta e os an tecedentes do agen te , sob penade v io lação do p r in c íp io da p r esunção de inocência .

17 . ( CESPE / Prom o to r – MPE-RR / 2010 ) Com o a Le i An t id rogas nãop revê a ap l i cação de med ida educa t i va o agen te apenado po r po r ta rd rogas para consumo pessoa l , d rogas sem au to r ização ou emdesaco rdo com de te rm inação lega l ou regu lamen ta r , devem se rap l icadas as regr as per t inen t es do CP.

18 . ( CESPE / JUI Z DE DI REI TO-AC / 20 07) A nova Le i de Drogas ( Lein . º 11 .343 / 2006 ) estabe lece um ro l de penas poss íve i s pa ra a pessoaq u e a d q u i r i r , g u a rd a r , t i v e r e m d e p ó s i t o , t r a n s p o r t a r o u t r o u x e rcons igo , para uso pessoa l , d rogas i l í c i tas . Para de te rminar se a d rogase des t inav a ao consum o pessoa l , o ju iz observar á apenas a na tu reza ea quan t idade da d roga .

19 . ( CESPE / JU I Z DE D I REI TO-TO / 2007 ) A respei to do c r im e det rá f ico i l í c i to de en to rpecen tes , o inquér i to po l ic ia l deve ser conc lu ídono p razo de 30 d ias , caso o ind ic iado es te ja p reso , e no de 60 d ias ,caso es te es te j a so l to .

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20 . (CESPE / JU I Z DE D I REI TO-TO / 2007 ) A Le i n . º 11 .343 / 2006possib i l i t a o l i v r am en to cond iciona l ao condenado po r t rá f i co i l íc i t o deen to rpecen te após o cumpr imen to de t rês qu in tos da pena de

condenação, em caso de réu p r imár io , e do is te rços , em caso de réure in c iden te , a inda q ue especí f i co .

21 . ( CESPE / OAB-CE / 2007 ) A condu ta daque le que , pa ra consum opessoa l , cu l t i va p lan tas des t inadas à p reparação de subs tânc ia capazde causar dependênc ia f ís ica ou ps íqu ica perm anece sem t ip i f i cação .

22 . ( CESPE / OAB-CE / 200 7) É poss íve l , a lém das penas de

adver t ênc ia , p r es tação de serv iços à com un idade ou m ed ida educa t iva ,a im pos ição de pena p r i va t i va de l i be rdade ao usuá r io de d r ogas.

23 . ( CESPE / OAB-CE / 2007 ) O po r te de d r ogas to rnou -se in f ração dem enor po t enc ia l o fens ivo , estando su je i to ao p r oced im en to d a Le i n . º9 .099 / 1995 , que d i spõe sob re os j u i zados especia i s c r im ina is.

24 . ( CESPE / OAB-CE / 2007 ) Pode rá se r im pos ta ao usuá r io ded rogas p r i são em f l ag ran te , devendo o au tuado se r encaminhado ao

 j u ízo com pet en t e p ar a q u e est e se m an i f est e sob r e a m an u t en ção d ap r i são , após a lav ra tu ra do t e rm o c i r cunstanc iado .

25 . ( CESPE / PERI TO MÉDI CO LEGI STA – POLÍ CI A CI VI L -AC / 200 6) Ale i rep ress i va pune o consumo de subs tânc ia en to rpecen te ou quedet e rm ine dependên c ia f ísica ou ps íqu ica .

26 . ( CESPE / PERI TO MÉDI CO LEGI STA – POLÍ CI A CI VI L -AC / 200 6) Ale i p revê a moda l i dade de c r ime cu lposo pa ra os p ro f i s s iona is que

p rescrevem ou m in i s t ram , a leató r ia e (ou ) i ndev idam en te , as re fe r idassubs tânc ias a pac ien tes .

27 . ( CESPE / De fenso r Púb l i co - DPE-AL / 2009 ) As med idasa l te rna t i vas impos tas em razão de uma t ransação pena l e aque lasp re v i st a s n o ar t . 2 8 d a Le i n .º 1 1 .3 4 3 / 2 0 0 6 ( u s u ár i o d e d ro g a) n ã oge ram os e fe itos pena is ge ra i s p róp r ios de um a sanção pena l.

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28. ( CESPE / De fensor Púb l ico - DPE-ES / 200 9) Na h ipó t ese de possede d rogas pa ra consumo pessoa l , não se impõe p r i são em f l ag ran te .Nessa si tuação , o au to r do fa to deve se r im ed iatam en te encam inhadoao ju ízo compe ten te ou , na fa l ta desse , assumi r o compromisso de a

e le com parecer , l av rando -se t e rm o c i r cuns tanc iado e p rov idenc iando -se as req uis ições dos exam es e das per ícias necessár i os .

29 . (CESPE / Po l ic ia l Rodo v iár io Feder a l - PRF - Cur so de for m ação /  2008 ) Cons idere que Joaqu im , pena lm en te im pu t áve l , f o i abo rdado emuma ba r re i ra po l i c ia l e , após v i s to r i a em seu ve ícu lo , fo i encon t radapequena quan t idade de maconha . Indagado a respe i to , Joaqu ima legou que a d roga se des t inava a consumo pessoa l . Nessa s i tuação ,uma vez demons t rada a a legação de Joaqu im, o po l ic ia l responsáve lpe la d i l igênc ia deverá apreender a subs tânc ia e l ibe ra r o usuár iom ed ian te adm oestação verba l .

30 . (CESPE / Po l ic ia l Rodo v iár io Feder a l - PRF - Cur so de for m ação /  2008 ) A leg i s lação em v igo r ace rca do t rá f i co i l í c i t o de en to rpecen teposs ib i l i ta ao condenado por t rá f ico i l í c i to de en to rpecen te , desde quese ja réu p r imár io , com bons an teceden tes e que não se ded ique àsa t i v idades c r im inosas nem in teg re o rgan ização c r im inosa , a reduçãode um sex to a do is te rços de sua pena , bem como a conve rsão des taem penas res t r i t i vas de d i re i tos , desde que cumpr idos os mesmos

requ is i tos ex ig idos para a redução da pena.

31 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2008 ) A inda que o fato t enha sidocome t ido an t es da v igência da Le i n .º 11 .343 / 2006 e que o condenadopreencha os requ is i tos d ispos tos no a r t . 44 do CP, não é poss íve l asubs t i t u i ção da pena p r i va t i va de l i be rdade po r penas res t r i t i vas ded i re i to em c r ime de t rá f i co de en to rpecen tes , j á que o STF , ao j u lga rinconst i t uc iona l o a r t . 2 . º , § 1 . º , da Le i n .º 8 .072 / 1990 - Lei dosCr imes Hed iondos - , passou a admi t i r somen te a p rog ressão de

reg imes aos condenados por c r imes hed iondos , mas não a conversãoem pena res t r i t i va de d i re i to .

32 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2008 ) D ispõe a Le i n . º11 .343 / 2006 , quan t o ao c r im e de t r á f i co i l íc it o de en to rpecen t e , que"as penas poderão ser reduz idas de um sex to a do is te rços , vedada aconve rsão em penas res t r i t i vas de d i re i tos , desde que o agen te se japr imár io , de bons an tecedentes , não se ded ique às a t iv idadesc r im inosas nem in teg re o rgan ização c r im inosa . " . Cons ide rando que ale i an te r io r não possu ía redação s imi la r , o Ju ízo das Execuções

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Cr im ina is pode rá facu l ta r ao condenado po r c r ime de t rá f i co deen to r pecen tes , sob a ég ide da Le i n .º 6 .368 / 1976 , que p reencha ta i scond ições, a opção en t r e o reg ram en to an t igo e o a tua l , t endo em v i s taque a pena de mu l ta so f reu s ign i f i ca t i vo aumen to , não havendo como

af i r m ar , nesse aspecto , qua l das le is é m a is severa .

33 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2008 ) A com pe tênc ia paraprocessar e ju lgar c r imes de t rá f ico i l í c i to de en to rpecen tes é , emregr a , da ju s t iça est adua l , excet o se caract e r izado i l íc i to t ran snac iona l ,quando a competênc ia será da jus t iça federa l . Nesse con tex to , ap robab i l i dade de a d roga se r de o r igem es t range i ra é su f i c ien te pa rades locar a com petên c ia da ju s t iça es tadu a l para a j us t iça federa l .

34 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 200 8 ) É nu la a sen t ença pena lcondena tó r ia po r c r ime de t rá f i co i l í c i t o de en to rpecen tes cu ja pena -base tenha s ido exace rbada com base na quan t idade da d rogaap reend ida , en tendendo -se , ass im, have r ma io r censu rab i l i dade dacondu ta (cu lpab i l i dade ) , tendo em v i s ta que ta l c r i t é r i o éexp ressamen te p rev i s to na l eg i s lação respec t i va como de f in ido r nacondut a do agen te , i st o é , se uso ou t r á f ico .

35 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2008 ) A inobse rvânc ia do r i t o

p roced imen t a l estabe lecido pela Lei n .º 11 .343 / 2006 quan t o àin t imação e conseqüen te ap resen tação de de fesa p re l im ina r cons t i t u icausa de nu l idade re la t iva , sendo, po is , necessár io que se com pr ove op re ju ízo , res tando p rec lusa a a legação , se não fo r fe i ta no momen too p o r t u n o .

36 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-ES / 2010 ) Segundo a Le i An t id rogas ,pa ra de te rm ina r se a d roga ap reend ida sob a posse de um ind i v íduodes t ina-se a consumo pessoa l , o ju iz deve-se a te r à na tu reza e à

quant idade da subs tânc ia apreend ida , ao loca l e às cond ições em quese desenvo lveu a ação , descons iderando as c i rcuns tânc ias soc ia is epessoa is e também a conduta e os an tecedentes do agen te , sob penade v io lação do p r in c íp io da p r esunção de inocência .

37 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co ded rogas , a au to r idade de po l í c ia j ud i c iá r i a deve faze r , imed ia tamen te ,comun icação ao ju i z compe ten te , reme tendo - lhe cóp ia do au tolav rad o , do qua l se rá dada v is ta ao ó rgão do MP, em 24 h oras .

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38 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co ded rogas , pa ra e fe i to da l av ra tu ra do au to de p r i são em f l ag ran te e

estabe lecim en to da m a te r ia l i dade do de l i t o , é p rescind ível o l audo deconsta t ação da na tu reza e quan t idade da d r oga .

39 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co dedrogas , o inquér i to po l ic ia l se rá conc lu ído no p razo de 30 d ias , se oind ic iado es t ive r p r eso , e de 45 d ias , se es t ive r so l to .

40 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co ded rogas , a ausência do re la tó r io c i r cuns tanc iado to rn a nu lo o i nqué r i t opo l ic ia l .

41 . ( CESPE / Agen te de I nves t i gação - PC-PB / 2009 ) Cons iderandoque um a pessoa tenh a sido p resa em f l ag ran t e pe lo cr im e de t rá f i co ded rogas , a au t o r idade po l i cia l , após re lata r o i nqué r i to , deve rá rem e te ros au tos à jus t iça , que os encaminhará ao MP. Depo is d isso , aau to r idade po l ic ia l não poderá , de o f íc io , con t inuar a inves t igação ,co lhendo ou t ras p rovas .

42 . ( CESPE / Prom o to r - MPE-RO / 2010 ) O a tua l p roced imen t oadotado nos c r imes de t rá f ico de d rogas es tabe lece a necess idade denot i f i cação do acusado, an tes do receb imento da denúnc ia , para que omesmo apresen te ind ispensáve l de fesa p rév ia , bem como es tabe lece area l i zação do in te r roga tó r io ao f i na l da i ns t rução e veda , de fo rmaexpr essa , a abso lv ição sum ár ia .

43 . ( CESPE / Defenso r Púb l i co - DPU / 2010 ) No que concerne aoprocesso e ao p roced imento dos c r imes de t rá f ico de en to rpecen tes , éco r re to a f i rmar que c i r cuns tânc ias i ne ren tes à condu ta c r im inosa nãopodem , sob pena de b i s i n i dem , j u s t i f i car o aum en to da rep r im enda .

4 4 . (M PE-SP - Pro m o to r / 2 0 1 0 ) N o re gi m e d a Le i n º 1 1 3 4 3 / 0 6 , époss íve l a concessão de surs is aos réus condenados pe la p rá t ica dod e li t o d o a r t . 3 3 , “ ca p u t ” ( t r á f i co d e d ro g as ) .

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4 5 . (M PE-SP - Pro m o to r / 2 0 1 0 ) N o reg i m e d a Le i n º 1 1 .3 4 3 / 0 6 , n af i xação das penas, o j u i z l eva rá em con ta , com p reponde rânc ia sob reas ci rcun s tânc ias jud ic ia is do a r t . 59 do Cód igo Pena l , a quan t id ade dad roga e sua na tu reza , bem ass im a pe rsona l i dade e a condu ta do

agen te .

46 . ( MPE-SP - P rom o to r / 2010 ) Cons t i tu i causa de aumen t o de pena,re la t i vam en te ao de l i t o de t rá f i co de d rogas (a r t . 33 , capu t , da Lei n º11 .343 / 06 ) , o fa to de a i n f ração se r com e t ida nas im ed iações decondom ín ios residenc ia is .

47 . ( MPE-SP - Prom o to r / 2010 ) O cr im e de associação pa ra o t rá f i co( a r t . 35 da Le i 11343 / 06 ) tem com o desc r i ção t íp i ca, à sem e lhança do

c r im e do a r t . 288 do Cód igo Pena l ( quad r i l ha ou bando ) , associa rem- sema is de t rês pessoas pa ra o f im de p ra t i ca r qua lque r dos c r imes dosa r t i g o s 3 3 , ca p u t , e § 1 º e 3 4 d a Le i n º 1 1 .3 4 3 / 0 6 .

48 . (MPE-SP - Prom o to r / 2010 ) Sem ear ou cu l t i v a r , para consum opessoa l e a inda que em pequena quant idade , p lan tas que secons t i t uam em ma té r ia -p r ima pa ra a p repa ração de d roga capaz decausar d ependênc ia f ísica ou ps íqu ica carac te r iza m oda l idade do de l i t ode t r á f i co de d roga .

49 . ( MPE-RS - Sec re tá r io de D i l i gências / 2010 ) Johnny fo i p r eso emf lag ran t e de l it o e p r ocessado po r t e r em depósi to e gua rd a r , com o f imde en t rega r a consumo a te rce i ros , a inda que g ra tu i tamen te , semau to r i zação e em desaco rdo com de te rm inação lega l ou regu lam en ta r ,2 k g de pas ta de coca ína , 10 l i t r os de aceton a e 47 ped ras de " c rack " .No curso do p rocesso , ve r i f i cou-se que em razão de dependênc iatox ico lóg ica , e le e ra , ao tempo da ação , in te i ramente incapaz deen tende r o ca rá te r i l í c i t o do fa to e de de te rm ina r -se de aco rdo com

esse en tend imen to . Ass im, no momen to da sen tença , p rovada aau to r ia e a ma te r ia l i dade , Johnny f i ca rá i sen to de pena , podendo se rencam inhado , pelo j u i z , para t r a tam en to m éd ico adequado .

50 . ( CESPE / OAB / 2009 ) Cons idere qu e Jú l i o , usuá r io de d roga ,tenha o fe rec ido pe la p r ime i ra vez , du ran te uma fes ta , a seu amigoRober to , sem in tu i to de l uc ro , pequena quan t idade de maconha pa raconsumi rem jun tos . Nessa s i tuação h ipo té t i ca , Jú l i o p ra t i cou condu taa t íp ica , dada a descr im ina l ização do uso de subs tân c ia en t o rp ecen t e .

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GABARI TO

1-E 2-E 3-E 4-C 5-C

6- E 7- C 8-E 9 -C 10 -E

11-E 12-E 13-E 14-E 15-E

16-E 17-E 18-E 19-E 20-E

21-E 22-E 23-C 24-E 25-E

26-C 27-C 28-C 29-E 30-C

31-E 32-C 33-E 34-E 35-E

36-E 37-C 38-E 39-E 40-E

41-E 42-E 43-C 44-E 45-C

46-E 47-E 48-E 49-C 50-E