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1 CLT 44ª EDIÇÃO – 2015 Versão impressa – LTr- 5210.4 Versão Digital – LTr- 8567.8 ARMANDO CASIMIRO COSTA FILHO, MANOEL CASIMIRO COSTA, MELCHÍADES RODRIGUES MARTINS E SONIA REGINA DA S. CLARO ATUALIZAÇÃO ELABORADA POR MELCHÍADES RODRIGUES MARTINS 6ª ATUALIZAÇÃO DE 2015 – 02.6.2015 1- LEGISLAÇÃO 1.1. LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015 DOU 2.6.2015 Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis n. 8.212, de 24 de julho de 1991, n. 8.213, de 24 de julho de 1991, e n. 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3º da Lei n. 8.009, de 29 de março de 1990, o art. 36 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, a Lei n. 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da Lei n. 9.250, de 26 de dezembro 1995; e dá outras providências. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DO CONTRATO DE TRABALHO DOMÉSTICO Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção n. 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto n. 6.481, de 12 de junho de 2008. Art. 2º A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei. § 1º A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior ao valor da hora normal.

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CLT 44ª EDIÇÃO – 2015

Versão impressa – LTr- 5210.4

Versão Digital – LTr- 8567.8

ARMANDO CASIMIRO COSTA FILHO, MANOEL CASIMIRO COSTA ,

MELCHÍADES RODRIGUES MARTINS E SONIA REGINA DA S. C LARO

ATUALIZAÇÃO ELABORADA POR MELCHÍADES RODRIGUES

MARTINS

6ª ATUALIZAÇÃO DE 2015 – 02.6.2015

1- LEGISLAÇÃO

1.1. LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015 DOU2.6.2015

Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis n. 8.212, de24 de julho de 1991, n. 8.213, de 24 de julho de 1991, e n. 11.196, de 21 denovembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3º da Lei n. 8.009, de 29 de março de1990, o art. 36 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, a Lei n. 5.859, de 11 dedezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da Lei n. 9.250, de 26 de dezembro1995; e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Complementar: CAPÍTULO I DO CONTRATO DE TRABALHO DOMÉSTICO Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços

de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa àpessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana,aplica-se o disposto nesta Lei.

Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos paradesempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção n. 182, de 1999, daOrganização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto n. 6.481, de 12 dejunho de 2008.

Art. 2º A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horasdiárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei.

§ 1º A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% (cinquentapor cento) superior ao valor da hora normal.

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§ 2º O salário-hora normal, em caso de empregado mensalista, será obtidodividindo-se o salário mensal por 220 (duzentas e vinte) horas, salvo se o contratoestipular jornada mensal inferior que resulte em divisor diverso.

§ 3º O salário-dia normal, em caso de empregado mensalista, será obtidodividindo-se o salário mensal por 30 (trinta) e servirá de base para pagamento dorepouso remunerado e dos feriados trabalhados.

§ 4º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário e instituído regime decompensação de horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, se oexcesso de horas de um dia for compensado em outro dia.

§ 5º No regime de compensação previsto no § 4º: I - será devido o pagamento, como horas extraordinárias, na forma do § 1º, das

primeiras 40 (quarenta) horas mensais excedentes ao horário normal de trabalho; II - das 40 (quarenta) horas referidas no inciso I, poderão ser deduzidas, sem o

correspondente pagamento, as horas não trabalhadas, em função de redução do horárionormal de trabalho ou de dia útil não trabalhado, durante o mês;

III - o saldo de horas que excederem as 40 (quarenta) primeiras horas mensaisde que trata o inciso I, com a dedução prevista no inciso II, quando for o caso, serácompensado no período máximo de 1 (um) ano.

§ 6º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido acompensação integral da jornada extraordinária, na forma do § 5º, o empregado farájus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor daremuneração na data de rescisão.

§ 7º Os intervalos previstos nesta Lei, o tempo de repouso, as horas nãotrabalhadas, os feriados e os domingos livres em que o empregado que mora no localde trabalho nele permaneça não serão computados como horário de trabalho.

§ 8º O trabalho não compensado prestado em domingos e feriados deve serpago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

Art. 3º Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duraçãonão exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais.

§ 1º O salário a ser pago ao empregado sob regime de tempo parcial seráproporcional a sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, nas mesmasfunções, tempo integral.

§ 2º A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo parcialpoderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a 1 (uma) horadiária, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, aplicando-se-lhe,ainda, o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 2º, com o limite máximo de 6 (seis) horasdiárias.

§ 3º Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12(doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, naseguinte proporção:

I - 18 (dezoito) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 22 (vinte eduas) horas, até 25 (vinte e cinco) horas;

II - 16 (dezesseis) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 20(vinte) horas, até 22 (vinte e duas) horas;

III - 14 (quatorze) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 15(quinze) horas, até 20 (vinte) horas;

IV - 12 (doze) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 10 (dez)horas, até 15 (quinze) horas;

V - 10 (dez) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 5 (cinco)horas, até 10 (dez) horas;

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VI - 8 (oito) dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 5(cinco) horas.

Art. 4º É facultada a contratação, por prazo determinado, do empregadodoméstico:

I - mediante contrato de experiência; II - para atender necessidades familiares de natureza transitória e para

substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalhointerrompido ou suspenso.

Parágrafo único. No caso do inciso II deste artigo, a duração do contrato detrabalho é limitada ao término do evento que motivou a contratação, obedecido olimite máximo de 2 (dois) anos.

Art. 5º O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias. § 1º O contrato de experiência poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, desde que a

soma dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 90 (noventa) dias. § 2º O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço, não for

prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar operíodo de 90 (noventa) dias passará a vigorar como contrato de trabalho por prazoindeterminado.

Art. 6º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, oempregador que, sem justa causa, despedir o empregado é obrigado a pagar-lhe, atítulo de indenização, metade da remuneração a que teria direito até o termo docontrato.

Art. 7º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, oempregado não poderá se desligar do contrato sem justa causa, sob pena de serobrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.

Parágrafo único. A indenização não poderá exceder aquela a que teria direito oempregado em idênticas condições.

Art. 8º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º,não será exigido aviso prévio.

Art. 9º A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamenteapresentada, contra recibo, pelo empregado ao empregador que o admitir, o qual terá oprazo de 48 (quarenta e oito) horas para nela anotar, especificamente, a data deadmissão, a remuneração e, quando for o caso, os contratos previstos nos incisos I e IIdo art. 4º.

Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas, estabelecerhorário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horasininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso ealimentação.

§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput desteartigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelodescanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogaçõesde trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 daConsolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1ºde maio de 1943, e o art. 9º da Lei n. 605, de 5 de janeiro de 1949.

§ 2º (VETADO). Art. 11. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador

prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamentetrabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outrodia, observado o art. 2º.

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§ 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem serácondicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes.

§ 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte ecinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal.

§ 3º O disposto no § 2º deste artigo poderá ser, mediante acordo, convertido emacréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado.

Art. 12. É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregadodoméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo.

Art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentaçãopelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se,mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30(trinta) minutos.

§ 1º Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de intervalopoderá ser desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que cada um deles tenha, nomínimo, 1 (uma) hora, até o limite de 4 (quatro) horas ao dia.

§ 2º Em caso de modificação do intervalo, na forma do § 1º, é obrigatória a suaanotação no registro diário de horário, vedada sua prenotação.

Art. 14. Considera-se noturno, para os efeitos desta Lei, o trabalho executadoentre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.

§ 1º A hora de trabalho noturno terá duração de 52 (cinquenta e dois) minutos e30 (trinta) segundos.

§ 2º A remuneração do trabalho noturno deve ter acréscimo de, no mínimo,20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna.

§ 3º Em caso de contratação, pelo empregador, de empregado exclusivamentepara desempenhar trabalho noturno, o acréscimo será calculado sobre o salário anotadona Carteira de Trabalho e Previdência Social.

§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos enoturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seusparágrafos.

Art. 15. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho deve haver período mínimo de 11(onze) horas consecutivas para descanso.

Art. 16. É devido ao empregado doméstico descanso semanal remunerado de,no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, preferencialmente aos domingos,além de descanso remunerado em feriados.

Art. 17. O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de 30(trinta) dias, salvo o disposto no § 3º do art. 3º, com acréscimo de, pelo menos, umterço do salário normal, após cada período de 12 (doze) meses de trabalho prestado àmesma pessoa ou família.

§ 1º Na cessação do contrato de trabalho, o empregado, desde que não tenhasido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao períodoincompleto de férias, na proporção de um doze avos por mês de serviço ou fraçãosuperior a 14 (quatorze) dias.

§ 2º O período de férias poderá, a critério do empregador, ser fracionado em até2 (dois) períodos, sendo 1 (um) deles de, no mínimo, 14 (quatorze) dias corridos.

§ 3º É facultado ao empregado doméstico converter um terço do período deférias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seriadevida nos dias correspondentes.

§ 4º O abono de férias deverá ser requerido até 30 (trinta) dias antes do términodo período aquisitivo.

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§ 5º É lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecerdurante as férias.

§ 6º As férias serão concedidas pelo empregador nos 12 (doze) mesessubsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário doempregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem comopor despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamentoem viagem.

§ 1º É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado emcaso de adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusãodo empregado em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro ede previdência privada, não podendo a dedução ultrapassar 20% (vinte por cento) dosalário.

§ 2º Poderão ser descontadas as despesas com moradia de que trata o caputdeste artigo quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer aprestação de serviço, desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordadaentre as partes.

§ 3º As despesas referidas no caput deste artigo não têm natureza salarial nemse incorporam à remuneração para quaisquer efeitos.

§ 4º O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na própria residênciaou em morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer direito deposse ou de propriedade sobre a referida moradia.

Art. 19. Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele também seaplicam as Leis n. 605, de 5 de janeiro de 1949, n. 4.090, de 13 de julho de 1962, n.4.749, de 12 de agosto de 1965, e n. 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e,subsidiariamente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943.

Parágrafo único. A obrigação prevista no art. 4º da Lei n. 7.418, de 16 dedezembro de 1985, poderá ser substituída, a critério do empregador, pela concessão,mediante recibo, dos valores para a aquisição das passagens necessárias ao custeio dasdespesas decorrentes do deslocamento residência-trabalho e vice-versa.

Art. 20. O empregado doméstico é segurado obrigatório da Previdência Social,sendo-lhe devidas, na forma da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, as prestações nelaarroladas, atendido o disposto nesta Lei e observadas as características especiais dotrabalho doméstico.

Art. 21. É devida a inclusão do empregado doméstico no Fundo de Garantia doTempo de Serviço (FGTS), na forma do regulamento a ser editado pelo ConselhoCurador e pelo agente operador do FGTS, no âmbito de suas competências, conformedisposto nos arts. 5º e 7º da Lei n. 8.036, de 11 de maio de 1990, inclusive no quetange aos aspectos técnicos de depósitos, saques, devolução de valores e emissão deextratos, entre outros determinados na forma da lei.

Parágrafo único. O empregador doméstico somente passará a ter obrigação depromover a inscrição e de efetuar os recolhimentos referentes a seu empregado após aentrada em vigor do regulamento referido no caput.

Art. 22. O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (trêsinteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cadaempregado, destinada ao pagamento da indenização compensatória da perda doemprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, não se aplicando ao empregadodoméstico o disposto nos §§ 1º a 3º do art. 18 da Lei n. 8.036, de 11 de maio de 1990.

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§ 1º Nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, de término docontrato de trabalho por prazo determinado, de aposentadoria e de falecimento doempregado doméstico, os valores previstos no caput serão movimentados peloempregador.

§ 2º Na hipótese de culpa recíproca, metade dos valores previstos no caput serámovimentada pelo empregado, enquanto a outra metade será movimentada peloempregador.

§ 3º Os valores previstos no caput serão depositados na conta vinculada doempregado, em variação distinta daquela em que se encontrarem os valores oriundosdos depósitos de que trata o inciso IV do art. 34 desta Lei, e somente poderão sermovimentados por ocasião da rescisão contratual.

§ 4º À importância monetária de que trata o caput, aplicam-se as disposiçõesda Lei n. 8.036, de 11 de maio de 1990, e da Lei n. 8.844, de 20 de janeiro de 1994,inclusive quanto a sujeição passiva e equiparações, prazo de recolhimento,administração, fiscalização, lançamento, consulta, cobrança, garantias, processoadministrativo de determinação e exigência de créditos tributários federais.

Art. 23. Não havendo prazo estipulado no contrato, a parte que, sem justomotivo, quiser rescindi-lo deverá avisar a outra de sua intenção.

§ 1º O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aoempregado que conte com até 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador.

§ 2º Ao aviso prévio previsto neste artigo, devido ao empregado, serãoacrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado para o mesmo empregador, até omáximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.

§ 3º A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direitoaos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desseperíodo ao seu tempo de serviço.

§ 4º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direitode descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.

§ 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévioindenizado.

Art. 24. O horário normal de trabalho do empregado durante o aviso prévio,quando a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas)horas diárias, sem prejuízo do salário integral.

Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2(duas) horas diárias previstas no caput deste artigo, caso em que poderá faltar aoserviço, sem prejuízo do salário integral, por 7 (sete) dias corridos, na hipótese dos §§1º e 2º do art. 23.

Art. 25. A empregada doméstica gestante tem direito a licença- maternidade de120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário, nos termos da Seção Vdo Capítulo III do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovadapelo Decreto- Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943.

Parágrafo único. A confirmação do estado de gravidez durante o curso docontrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ouindenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea"b" do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Art. 26. O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus aobenefício do seguro-desemprego, na forma da Lei n. 7.998, de 11 de janeiro de 1990,no valor de 1 (um) salário-mínimo, por período máximo de 3 (três) meses, de formacontínua ou alternada.

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§ 1º O benefício de que trata o caput será concedido ao empregado nos termosdo regulamento do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador(Codefat).

§ 2º O benefício do seguro-desemprego será cancelado, sem prejuízo dasdemais sanções cíveis e penais cabíveis:

I - pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro empregocondizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneraçãoanterior;

II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias àhabilitação;

III - por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício doseguro-desemprego; ou

IV - por morte do segurado. Art. 27. Considera-se justa causa para os efeitos desta Lei: I - submissão a maus tratos de idoso, de enfermo, de pessoa com deficiência ou

de criança sob cuidado direto ou indireto do empregado; II - prática de ato de improbidade; III - incontinência de conduta ou mau procedimento; IV - condenação criminal do empregado transitada em julgado, caso não tenha

havido suspensão da execução da pena; V - desídia no desempenho das respectivas funções; VI - embriaguez habitual ou em serviço; VII - (VETADO); VIII - ato de indisciplina ou de insubordinação;IX - abandono de emprego, assim considerada a ausência injustificada ao

serviço por, pelo menos, 30 (trinta) dias corridos; X - ato lesivo à honra ou à boa fama ou ofensas físicas praticadas em serviço

contra qualquer pessoa, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; XI - ato lesivo à honra ou à boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o

empregador doméstico ou sua família, salvo em caso de legítima defesa, própria ou deoutrem;

XII - prática constante de jogos de azar. Parágrafo único. O contrato de trabalho poderá ser rescindido por culpa do

empregador quando: I - o empregador exigir serviços superiores às forças do empregado doméstico,

defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato; II - o empregado doméstico for tratado pelo empregador ou por sua família com

rigor excessivo ou de forma degradante; III - o empregado doméstico correr perigo manifesto de mal considerável; IV - o empregador não cumprir as obrigações do contrato; V - o empregador ou sua família praticar, contra o empregado doméstico ou

pessoas de sua família, ato lesivo à honra e à boa fama; VI - o empregador ou sua família ofender o empregado doméstico ou sua

família fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; VII - o empregador praticar qualquer das formas de violência doméstica ou

familiar contra mulheres de que trata o art. 5º da Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006.Art. 28. Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador

doméstico deverá apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho eEmprego:

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I - Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar aanotação do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovaro vínculo empregatício, como empregado doméstico, durante pelo menos 15 (quinze)meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses;

II - termo de rescisão do contrato de trabalho; III - declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada

da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e IV - declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente

à sua manutenção e de sua família. Art. 29. O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa)

dias contados da data de dispensa. Art. 30. Novo seguro-desemprego só poderá ser requerido após o cumprimento

de novo período aquisitivo, cuja duração será definida pelo Codefat. CAPÍTULO II DO SIMPLES DOMÉSTICO Art. 31. É instituído o regime unificado de pagamento de tributos, de

contribuições e dos demais encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico),que deverá ser regulamentado no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data deentrada em vigor desta Lei.

Art. 32. A inscrição do empregador e a entrada única de dados cadastrais e deinformações trabalhistas, previdenciárias e fiscais no âmbito do Simples Domésticodar-se-ão mediante registro em sistema eletrônico a ser disponibilizado em portal nainternet, conforme regulamento.

Parágrafo único. A impossibilidade de utilização do sistema eletrônico seráobjeto de regulamento, a ser editado pelo Ministério da Fazenda e pelo agenteoperador do FGTS.

Art. 33. O Simples Doméstico será disciplinado por ato conjunto dos Ministrosde Estado da Fazenda, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego que disporásobre a apuração, o recolhimento e a distribuição dos recursos recolhidos por meio doSimples Doméstico, observadas as disposições do art. 21 desta Lei.

§ 1º O ato conjunto a que se refere o caput deverá dispor também sobre osistema eletrônico de registro das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais esobre o cálculo e o recolhimento dos tributos e encargos trabalhistas vinculados aoSimples Doméstico.

§ 2º As informações prestadas no sistema eletrônico de que trata o § 1º: I - têm caráter declaratório, constituindo instrumento hábil e suficiente para a

exigência dos tributos e encargos trabalhistas delas resultantes e que não tenham sidorecolhidos no prazo consignado para pagamento; e

II - deverão ser fornecidas até o vencimento do prazo para pagamento dostributos e encargos trabalhistas devidos no Simples Doméstico em cada mês,relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês anterior.

§ 3º O sistema eletrônico de que trata o § 1º deste artigo e o sistema de que tratao caput do art. 32 substituirão, na forma regulamentada pelo ato conjunto previsto nocaput, a obrigatoriedade de entrega de todas as informações, formulários e declaraçõesa que estão sujeitos os empregadores domésticos, inclusive os relativos aorecolhimento do FGTS.

Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediantedocumento único de arrecadação, dos seguintes valores:

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I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, acargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei n. 8.212, de 24de julho de 1991;

II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para aseguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei n.8.212, de 24 de julho de 1991;

III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamentodo seguro contra acidentes do trabalho;

IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 desta Lei;

e VI - imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7º da

Lei n. 7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente. § 1º As contribuições, os depósitos e o imposto arrolados nos incisos I a VI

incidem sobre a remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada empregado,incluída na remuneração a gratificação de Natal a que se refere a Lei n. 4.090, de 13 dejulho de 1962, e a Lei n. 4.749, de 12 de agosto de 1965.

§ 2º A contribuição e o imposto previstos nos incisos I e VI do caput desteartigo serão descontados da remuneração do empregado pelo empregador, que éresponsável por seu recolhimento.

§ 3º O produto da arrecadação das contribuições, dos depósitos e do imposto deque trata o caput será centralizado na Caixa Econômica Federal.

§ 4º A Caixa Econômica Federal, com base nos elementos identificadores dorecolhimento, disponíveis no sistema de que trata o § 1º do art. 33, transferirá para aConta Única do Tesouro Nacional o valor arrecadado das contribuições e do impostoprevistos nos incisos I, II, III e VI do caput.

§ 5º O recolhimento de que trata o caput será efetuado em instituiçõesfinanceiras integrantes da rede arrecadadora de receitas federais.

§ 6º O empregador fornecerá, mensalmente, ao empregado doméstico cópia dodocumento previsto no caput.

§ 7º O recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, e aexigência das contribuições, dos depósitos e do imposto, nos valores definidos nosincisos I a VI do caput, somente serão devidos após 120 (cento e vinte) dias da data depublicação desta Lei.

Art. 35. O empregador doméstico é obrigado a pagar a remuneração devida aoempregado doméstico e a arrecadar e a recolher a contribuição prevista no inciso I doart. 34, assim como a arrecadar e a recolher as contribuições, os depósitos e o impostoa seu cargo discriminados nos incisos II, III, IV, V e VI do caput do art. 34, até o dia 7do mês seguinte ao da competência.

§ 1º Os valores previstos nos incisos I, II, III e VI do caput do art. 34 nãorecolhidos até a data de vencimento sujeitar-se-ão à incidência de encargos legais naforma prevista na legislação do imposto sobre a renda.

§ 2º Os valores previstos nos incisos IV e V, referentes ao FGTS, nãorecolhidos até a data de vencimento serão corrigidos e terão a incidência da respectivamulta, conforme a Lei n. 8.036, de 11 de maio de 1990.

CAPÍTULO IIIDA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA E TRIBUTÁRIAArt. 36. O inciso V do art. 30 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a

vigorar com a seguinte redação:

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"Art. 30..................................................................................................................................................................................................................................................V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição

do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 domês seguinte ao da competência;

...................................................................................................................." (NR)Art. 37. A Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as

seguintes alterações: "Art. 18...................................................................................................................

...........................................................................................................................................§ 1º Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados incluídos

nos incisos I, II, VI e VII do art. 11 desta Lei......................................................................................................................" (NR)"Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a

serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dossegurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ouperturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente outemporária, da capacidade para o trabalho.

....................................................................................................................." (NR)"Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatarocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente darelação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbidamotivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças(CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento.

................................................................................................................................§ 2ºA empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do

nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo,da empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos daPrevidência Social." (NR)

"Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidentedo trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, emcaso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entreo limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamenteaumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.

...................................................................................................................." (NR) "Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as

contribuições: I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de

Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive osdomésticos, e dos trabalhadores avulsos;

II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuiçãosem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas comatraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinteindividual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII doart. 11 e no art. 13." (NR)

"Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do benefício, inclusive odecorrente de acidente do trabalho, serão computados:

I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador avulso,os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que

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não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico, sem prejuízo darespectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis, observado o disposto no §5º do art. 29-A;

II - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e osegurado especial, o valor mensal do auxílio- acidente, considerado como salário decontribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria, nos termos do art.31; ..............................................................................................................................."(NR)

"Art. 35. Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhadoravulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefíciopleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários de contribuição noperíodo básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo estarenda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição."(NR)

"Art. 37. A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o disposto no art.35, deve ser reajustada como a dos benefícios correspondentes com igual data de inícioe substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefício, a rendamensal que prevalecia até então." (NR)

"Art. 38. Sem prejuízo do disposto no art. 35, cabe à Previdência Social mantercadastro dos segurados com todos os informes necessários para o cálculo da rendamensal dos benefícios." (NR)

"Art. 63. O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa e pelo empregador doméstico comolicenciado. .................................................................................................................................." (NR)

"Art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado,inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivonúmero de filhos ou equiparados nos termos do § 2º do art. 16 desta Lei, observado odisposto no art. 66.

...................................................................................................................." (NR) Art. 67................................................................................................................. Parágrafo único. O empregado doméstico deve apresentar apenas a certidão de

nascimento referida no caput." (NR) "Art. 68. As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo

empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se acompensação quando do recolhimento das contribuições, conforme dispuser oRegulamento.

§ 1º A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anosos comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, parafiscalização da Previdência Social.

.................................................................................................................................." (NR)

Art. 38. O art. 70 da Lei n. 11.196, de 21 de novembro de 2005, passa a vigorarcom a seguinte redação:

"Art. 70. .............................................................................................................. I - ........................................................................................................................ d) até o dia 7 do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, no

caso de pagamento de rendimentos provenientes do trabalho assalariado a empregadodoméstico; e

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e) até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente ao mês deocorrência dos fatos geradores, nos demais casos;

....................................................................................................................." (NR)CAPÍTULO IVDO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PREVIDENCIÁRIA DOS

EMPREGADORES DOMÉSTICOS (REDOM)Art. 39. É instituído o Programa de Recuperação Previdenciária dos

Empregadores Domésticos (Redom), nos termos desta Lei. Art. 40. Será concedido ao empregador doméstico o parcelamento dos débitos

com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) relativos à contribuição de quetratam os arts. 20 e 24 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, com vencimento até 30de abril de 2013.

§ 1º O parcelamento abrangerá todos os débitos existentes em nome doempregado e do empregador, na condição de contribuinte, inclusive débitos inscritosem dívida ativa, que poderão ser:

I - pagos com redução de 100% (cem por cento) das multas aplicáveis, de 60%(sessenta por cento) dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre os valores dosencargos legais e advocatícios;

II - parcelados em até 120 (cento e vinte) vezes, com prestação mínima novalor de R$ 100,00 (cem reais).

§ 2º O parcelamento deverá ser requerido no prazo de 120 (cento e vinte) diasapós a entrada em vigor desta Lei.

§ 3º A manutenção injustificada em aberto de 3 (três) parcelas implicará, apóscomunicação ao sujeito passivo, a imediata rescisão do parcelamento e, conforme ocaso, o prosseguimento da cobrança.

§ 4º Na hipótese de rescisão do parcelamento com o cancelamento dosbenefícios concedidos:

I - será efetuada a apuração do valor original do débito, com a incidência dosacréscimos legais, até a data de rescisão;

II - serão deduzidas do valor referido no inciso I deste parágrafo as parcelaspagas, com a incidência dos acréscimos legais, até a data de rescisão.

Art. 41. A opção pelo Redom sujeita o contribuinte a: I - confissão irrevogável e irretratável dos débitos referidos no art. 40; II - aceitação plena e irretratável de todas as condições estabelecidas; III - pagamento regular das parcelas do débito consolidado, assim como das

contribuições com vencimento posterior a 30 de abril de 2013. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 42. É de responsabilidade do empregador o arquivamento de documentos

comprobatórios do cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias,enquanto essas não prescreverem.

Art. 43. O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalhoprescreve em 5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos após a extinção do contrato detrabalho.

Art. 44. A Lei n. 10.593, de 6 de dezembro de 2002, passa a vigorar acrescidado seguinte art. 11-A:

"Art. 11-A. A verificação, pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, do cumprimentodas normas que regem o trabalho do empregado doméstico, no âmbito do domicílio doempregador, dependerá de agendamento e de entendimento prévios entre a fiscalizaçãoe o empregador.

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§ 1º A fiscalização deverá ter natureza prioritariamente orientadora. § 2º Será observado o critério de dupla visita para lavratura de auto de infração,

salvo quando for constatada infração por falta de anotação na Carteira de Trabalho ePrevidência Social ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ouembaraço à fiscalização.

§ 3º Durante a inspeção do trabalho referida no caput, o Auditor-Fiscal doTrabalho far-se-á acompanhar pelo empregador ou por alguém de sua família por estedesignado."

Art. 45. As matérias tratadas nesta Lei Complementar que não sejam reservadasconstitucionalmente a lei complementar poderão ser objeto de alteração por leiordinária.

Art. 46. Revogam-se o inciso I do art. 3º da Lei n. 8.009, de 29 de março de1990, e a Lei n. 5.859, de 11 de dezembro de 1972.

Art. 47. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 1º de junho de 2015; 194º da Independência e 127º da República. DILMA ROUSSEFF Marivaldo de Castro Pereira Tarcísio José Massote de Godoy Manoel Dias Carlos Eduardo Gabas Miguel Rossetto Giovanni Benigno Pierre da Conceição Harvey Eleonora Menicucci de Oliveira

1.2 LEI Nº 13.129, DE 26 DE MAIO DE 2015 – DOU 27.05.2015

Altera a Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a Lei n. 6.404, de 15 dedezembro de 1976, para ampliar o âmbito de aplicação da arbitragem e disporsobre a escolha dos árbitros quando as partes recorrem a órgão arbitral, ainterrupção da prescrição pela instituição da arbitragem, a concessão de tutelascautelares e de urgência nos casos de arbitragem, a carta arbitral e a sentençaarbitral, e revoga dispositivos da Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Os arts. 1º, 2º, 4º, 13, 19, 23, 30, 32, 33, 35 e 39 da Lei n. 9.307, de 23 de

setembro de 1996, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º ....................................................................................................................§ 1º A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem

para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. § 2º A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a

celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos outransações." (NR)

"Art.2º.................................................................................................................... .............................................................................................................................................

§ 3º A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito erespeitará o princípio da publicidade." (NR)

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"Art. 4º..................................................................................................................................................................................................................................................................

§ 2º (VETADO)§ 3º (VETADO) § 4º (VETADO)." (NR) "Art. 13....................................................................................................................

.............................................................................................................................................§ 4º As partes, de comum acordo, poderão afastar a aplicação de dispositivo do

regulamento do órgão arbitral institucional ou entidade especializada que limite aescolha do árbitro único, coárbitro ou presidente do tribunal à respectiva lista deárbitros, autorizado o controle da escolha pelos órgãos competentes da instituição,sendo que, nos casos de impasse e arbitragem multiparte, deverá ser observado o quedispuser o regulamento aplicável. ............................................................................" (NR)

"Art. 19....................................................................................................................§ 1º Instituída a arbitragem e entendendo o árbitro ou o tribunal arbitral que há

necessidade de explicitar questão disposta na convenção de arbitragem, será elaborado,juntamente com as partes, adendo firmado por todos, que passará a fazer parteintegrante da convenção de arbitragem.

§ 2º A instituição da arbitragem interrompe a prescrição, retroagindo à data dorequerimento de sua instauração, ainda que extinta a arbitragem por ausência dejurisdição." (NR)

"Art. 23................................................................................................................... § 1º Os árbitros poderão proferir sentenças parciais. § 2º As partes e os árbitros, de comum acordo, poderão prorrogar o prazo para

proferir a sentença final." (NR) "Art. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação ou

da ciência pessoal da sentença arbitral, salvo se outro prazo for acordado entre as partes,a parte interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ouao tribunal arbitral que:

.................................................................................................................................Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 (dez)

dias ou em prazo acordado com as partes, aditará a sentença arbitral e notificará aspartes na forma do art. 29." (NR)

"Art. 32. ..................................................................................................................I - for nula a convenção de arbitragem; ......................................................." (NR)"Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário

competente a declaração de nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei. § 1º A demanda para a declaração de nulidade da sentença arbitral, parcial ou

final, seguirá as regras do procedimento comum, previstas na Lei n. 5.869, de 11 dejaneiro de 1973 (Código de Processo Civil), e deverá ser proposta no prazo de até 90(noventa) dias após o recebimento da notificação da respectiva sentença, parcial oufinal, ou da decisão do pedido de esclarecimentos.

§ 2º A sentença que julgar procedente o pedido declarará a nulidade da sentençaarbitral, nos casos do art. 32, e determinará, se for o caso, que o árbitro ou o tribunalprofira nova sentença arbitral.

§ 3º A declaração de nulidade da sentença arbitral também poderá ser arguidamediante impugnação, conforme o art. 475-L e seguintes da Lei n. 5.869, de 11 dejaneiro de 1973 (Código de Processo Civil), se houver execução judicial.

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§ 4º A parte interessada poderá ingressar em juízo para requerer a prolação desentença arbitral complementar, se o árbitro não decidir todos os pedidos submetidos àarbitragem." (NR)

“Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitralestrangeira está sujeita, unicamente, à homologação do Superior Tribunal de Justiça."(NR)

"Art. 39. A homologação para o reconhecimento ou a execução da sentençaarbitral estrangeira também será denegada se o Superior Tribunal de Justiça constatarque:

....................................................................................................................." (NR) Art. 2º A Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos

seguintes arts. 22-A e 22-B, compondo o Capítulo IV-A, e do seguinte art. 22-C,compondo o Capítulo IV-B:

"CAPÍTULO IV-A DAS TUTELAS CAUTELARES E DE URGÊNCIA Art. 22-A. Antes de instituída a arbitragem, as partes poderão recorrer ao Poder

Judiciário para a concessão de medida cautelar ou de urgência. Parágrafo único. Cessa a eficácia da medida cautelar ou de urgência se a parte

interessada não requerer a instituição da arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contadoda data de efetivação da respectiva decisão.

Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros manter, modificar ourevogar a medida cautelar ou de urgência concedida pelo Poder Judiciário.

Parágrafo único. Estando já instituída a arbitragem, a medida cautelar ou deurgência será requerida diretamente aos árbitros."

"CAPÍTULO IV-B DA CARTA ARBITRAL Art. 22-C. O árbitro ou o tribunal arbitral poderá expedir carta arbitral para que o

órgão jurisdicional nacional pratique ou determine o cumprimento, na área de suacompetência territorial, de ato solicitado pelo árbitro.

Parágrafo único. No cumprimento da carta arbitral será observado o segredo dejustiça, desde que comprovada a confidencialidade estipulada na arbitragem."

Art. 3º A Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida doseguinte art. 136-A na Subseção "Direito de Retirada" da Seção III do Capítulo XI: "

Art. 136-A. A aprovação da inserção de convenção de arbitragem no estatutosocial, observado o quorum do art. 136, obriga a todos os acionistas, assegurado aoacionista dissidente o direito de retirar-se da companhia mediante o reembolso do valorde suas ações, nos termos do art. 45.

§ 1º A convenção somente terá eficácia após o decurso do prazo de 30 (trinta)dias, contado da publicação da ata da assembleia geral que a aprovou.

§ 2º O direito de retirada previsto no caput não será aplicável: I - caso a inclusão da convenção de arbitragem no estatuto social represente

condição para que os valores mobiliários de emissão da companhia sejam admitidos ànegociação em segmento de listagem de bolsa de valores ou de mercado de balcãoorganizado que exija dispersão acionária mínima de 25% (vinte e cinco por cento) dasações de cada espécie ou classe;

II - caso a inclusão da convenção de arbitragem seja efetuada no estatuto socialde companhia aberta cujas ações sejam dotadas de liquidez e dispersão no mercado, nostermos das alíneas "a" e "b" do inciso II do art. 137 desta Lei."

Art. 4º Revogam-se o § 4º do art. 22, o art. 25 e o inciso V do art. 32 da Lei no9.307, de 23 de setembro de 1996.

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Art. 5º Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de suapublicação oficial.

Brasília, 26 de maio de 2015; 194º da Independência e 127º da República. MICHEL TEMER José Eduardo Cardozo Manoel Dias Luís Inácio Lucena Adam

Nota: Justificativa do Veto da Presidência República aos artigos queconstavam do Projeto de Lei n. 406:

Nº 162, de 26 de maio de 2015. Senhor Presidente do Senado Federal, Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1º do art. 66 da

Constituição, decidi vetar parcialmente, por contrariedade ao interesse público, oProjeto de Lei n. 406, de 2013 (n. 7.108/14 na Câmara dos Deputados), que

"Altera a Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a Lei n. 6.404, de 15 dedezembro de 1976, para ampliar o âmbito de aplicação da arbitragem e dispor sobre aescolha dos árbitros quando as partes recorrem a órgão arbitral, a interrupção daprescrição pela instituição da arbitragem, a concessão de tutelas cautelares e de urgêncianos casos de arbitragem, a carta arbitral e a sentença arbitral, e revoga dispositivos daLei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996".

Ouvido, o Ministério da Justiça manifestou-se pelo veto aos seguintesdispositivos:

§§ 2º e 3º do art. 4º, da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, alteradospelo art. 1º do projeto de lei

"§ 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se forredigida em negrito ou em documento apartado.

§ 3º Na relação de consumo estabelecida por meio de contrato de adesão, acláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir aarbitragem ou concordar expressamente com a sua instituição."

Razões dos vetos "Da forma prevista, os dispositivos alterariam as regras para arbitragem em

contrato de adesão. Com isso, autorizariam, de forma ampla, a arbitragem nas relaçõesde consumo, sem deixar claro que a manifestação de vontade do consumidor deva se dartambém no momento posterior ao surgimento de eventual controvérsia e não apenas nomomento inicial da assinatura do contrato. Em decorrência das garantias próprias dodireito do consumidor, tal ampliação do espaço da arbitragem, sem os devidos recortes,poderia significar um retrocesso e ofensa ao princípio norteador de proteção doconsumidor."

Ouvido, ainda, o Ministério do Trabalho e Emprego acrescentou veto aoseguinte dispositivo:

§ 4º do art. 4º, da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, alterados peloart. 1º do projeto de lei

"§ 4º Desde que o empregado ocupe ou venha a ocupar cargo ou função deadministrador ou de diretor estatutário, nos contratos individuais de trabalho poderá serpactuada cláusula compromissória, que só terá eficácia se o empregado tomar ainiciativa de instituir a arbitragem ou se concordar expressamente com a suainstituição."

Razões do veto

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"O dispositivo autorizaria a previsão de cláusula de compromisso em contratoindividual de trabalho. Para tal, realizaria, ainda, restrições de sua eficácia nas relaçõesenvolvendo determinados empregados, a depender de sua ocupação. Dessa forma,acabaria por realizar uma distinção indesejada entre empregados, além de recorrer atermo não definido tecnicamente na legislação trabalhista. Com isso, colocaria em riscoa generalidade de trabalhadores que poderiam se ver submetidos ao processo arbitral."

Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar os dispositivosacima mencionados do projeto em causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dosSenhores Membros do Congresso Nacional.

2. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

2.1. PORTARIA GM/MTE N. 671, DE 20 DE MAIO DE 2015 (DOU21.5.15)

Altera a Portaria nº. 326, de 01 de março de 2013, que dispõe sobre ospedidos de registro das entidades sindicais de primeiro grau no Ministério doTrabalho e Emprego.

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das suasatribuições legais e tendo em vista o disposto no art. 87, parágrafo único, inciso II, daConstituição, no Título V da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada peloDecreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e na Súmula nº 677, do Supremo TribunalFederal, resolve:

Art. 1º Ficam acrescidos o § 3º ao art. 3º, os §§ 1º e 2º ao art. 11, os §§ 3º e 4º aoart. 12, o inciso X ao art. 18, os §§ 1º e 2º ao art. 19, o parágrafo único ao art. 27, oinciso VI ao art. 28, o inciso IV ao art. 33, o inciso V ao art. 34, o § 3º ao art. 38 e os §§3º e 4º ao art. 42 e § 4º ao art. 45, dá nova redação à alínea "c", do inciso VI, do art. 3º,ao § 2º do art. 6º, art. 11 caput, art. 12 caput e seu § 1º, § 1º do art. 17, art. 19 caput, art.21 caput, § 9º do art. 23, incisos IV e V do art. 28, inciso III do art. 34, incisos I e IV, §1º e caput do art. 38 e §§ 1º e 3º do art.45 e ficam revogados o § 10 do art. 23 e 2º doart. 38, da Portaria n. 326, de 01 de março de 2013, conforme abaixo:

"Art. 3º.....................................................................................................................VI.............................................................................................................................c) o contrato de trabalho vigente ou, no caso dos aposentados, o último que

comprove ser membro da categoria. § 3º Os documentos não previstos nesta Portaria que possam comprovar que o

dirigente faz parte da categoria deverá ser objeto de consulta ao Conselho de Relaçõesdo Trabalho - CRT, por meio de Nota Técnica, antes de sua validação por enunciado."(NR) "

Art. 6º ......................................................................................................................§ 2º As alterações estatutárias de denominação da entidade sindical deverão

seguir os procedimentos descritos nos arts. 37 e 38 desta Portaria."(NR) ............................................................................................................................................

“Art. 11 - Os pedidos de registro, após verificado pela SRTE se os processosestão instruídos com os documentos exigidos nos termos dos arts. 3º, 5º, 8º e 10,conforme o tipo de solicitação, e se atendem ao disposto no art. 42, serão encaminhadosà Secretaria de Relações do Trabalho - SRT, por meio de Nota Técnica, no prazo

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máximo de 90 (noventa) dias, contados da data de entrada no protocolo, para fins deanálise.

§ 1º Verificada irregularidade e/ou insuficiência a SRTE deverá notificar aentidade para no prazo máximo de 20 (vinte) dias, improrrogáveis, sanear o processo.

§ 2º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior, estando o processo saneadoou não, este deverá ser encaminhado à SRT, para fins de análise." (NR)

............................................................................................................................... "Art. 12 A Coordenação-Geral de Registro Sindical - CGRS, da SRT, fará a

análise de mérito dos processos recebidos, conforme distribuição cronológica, naseguinte ordem:

.................................................................................................................................§ 1º Na análise de que trata este artigo, verificada irregularidade nos documentos

apresentados pela entidade requerente, a SRT a notificará uma única vez para, no prazoimprorrogável de 20 (vinte) dias, contados do recebimento da notificação, atender àsexigências desta Portaria, exceto na fase de recurso administrativo.

.................................................................................................................................§ 3º A hipótese prevista no § 1º não se aplica a irregularidades ou insuficiência

de documentos que impliquem na publicação de novos editais de convocação dosmembros da categoria, nas hipóteses previstas nos arts. 3º, 5º, 8º ou 10."

§ 4º Os processos anteriores à Portaria nº 186, de 10 de abril de 2008 semmovimentação há pelo menos 1 (um) ano, serão analisados desde que o Sindicatoapresente ata de assembleia de ratificação." (NR)

................................................................................................................................ Art. 17 (.....) § 1º A entidade impugnante que estiver com suas informações atualizadas no

CNES fica dispensada da apresentação dos documentos previstos nos incisos II, III, IVe V deste artigo." (NR)”

.............................................................................................................................. "Art. 18 (.....) X - após assembleia de ratificação prevista no art. 19, se a categoria decidir pela

dissociação e/ou desmembramento. (NR)"................................................................................................................................."Art. 19 Nos casos em que, na análise do mérito das impugnações, constatar que

se tratam de processos de dissociação e desmembramento, a SRT notificará a entidadeimpugnada para realizar nova assembleia, no prazo improrrogável de até 120 (cento evinte) dias da notificação, para ratificar ou não o pedido, cumprindo os requisitosprevistos nos incisos II, III e VII do art. 3º, no que couber.

§ 1º Nos casos de dissociação previstos no caput deste artigo que englobarem asede do impugnante, a SRT notificará a entidade impugnante para conhecimento e aimpugnada para realizar nova assembleia, no município sede do impugnante cujaimpugnação fora acatada, para ratificar ou não o pedido cumprindo os requisitosprevistos nos incisos II, III, VII e § 3º do art. 3º, no que couber.

§ 2º A documentação decorrente da assembleia prevista no caput ou no § 1º,conforme o caso, deverá ser protocolada na sede do MTE, em Brasília, no prazoprevisto no caput deste artigo." (NR) "

Art. 21 O pedido de desistência de impugnação, devidamente fundamentado,assinado por representante legal da entidade impugnante, somente será acolhido se emoriginal com firma reconhecida, acompanhado da ata da assembléia ou da ata da reuniãode diretoria ou do conselho de representantes, que decidiu pela desistência, eapresentado diretamente no protocolo geral da sede do MTE." (NR) "

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Art. 23 (...) (...) § 9º Encerrado o processo de mediação e não havendo acordo ou ausentes os

interessados, a CGRS analisará o possível conflito diante das alegações formuladas etoda documentação apresentada pelas partes e submeterá a questão à decisão doSecretário de Relações do Trabalho que, se reconhecer a existência de conflito,indeferirá o registro da representação conflitante. (NR)"

"Art. 27....................................................................................................................Parágrafo único. Nos casos de desistência previstos no inciso V deste artigo

aplica-se o previsto no parágrafo único e incisos do art. 34, salvo na ocorrência de erromaterial." (NR) "

Art. 28................................................................................................................... IV - durante os prazos previstos nos procedimentos de ratificação conforme art.

19 caput e parágrafos; V - após avaliados os fatos recebidos por meio de notificação de órgãos públicos

competentes que comunicam a existência de procedimento de investigação que viseapurar a legitimidade de assembleia sindical destinada a instituir, alterar ou extinguiratos constitutivos de entidade sindical.

VI - enquanto o CRT estiver verificando a caracterização ou não da categoria,nos termos do art. 13. (NR)"

Art. 33..................................................................................................................... IV - enquanto não comprovar estar em situação regular junto aos órgãos de

registros públicos, decorridos os 90 ( noventa) dias contados da notificação."(NR) .......................................................................................................................................... "

Art. 34 -.................................................................................................................. III - a pedido da própria entidade, nos casos de sua dissolução, observadas as

disposições estatutárias ou a pedido de terceiros quando comprovada a situação dedissolvida ou nula junto ao cartório;

V - após notificada, quando tiver a sua inscrição no CNPJ com a situaçãoBaixada ou Nula. (NR)"

Art. 38 - Após a transmissão eletrônica dos dados, o interessado deveráprotocolizar o requerimento original na SRTE ou Gerências da UF onde se localiza asede da entidade - em se tratando entidade de abrangência municipal, intermunicipal ouestadual - ou no protocolo geral da sede do MTE, em Brasília - quando se tratar deentidade de abrangência interestadual ou nacional - no prazo máximo de 30 (trinta) dias,sob pena de invalidação, acompanhado dos seguintes documentos, conforme amodalidade a ser atualizada:

I - de localização - comprovante de endereço em nome da entidade, e o estatutosocial no caso de mudança do município sede;

IV - havendo indicação de filiação e/ou desfiliação a entidade de grau superiorou a central sindical deverá ser apresentada a ata da assembleia ou da reunião de direçãoou do conselho de representantes, que decidiu pela filiação e/oudesfiliação: .............................................................................................................................................

§ 1º Na hipótese tratada no inciso II deste artigo, verificada a correspondência dadenominação com a representação deferida pelo MTE a solicitação será validada eefetuada a publicação nos termos do art. 45,

§ 2º, desta portaria e, não havendo correspondência esta será invalidada.

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§ 3º Os pedidos de atualização de denominação deverão ser analisados noâmbito da SRT." (NR)

............................................................................................................................... "Art. 42 - ........................................................................,........................................ § 3º - As assembleias de que faz menção esta Portaria deverão ser realizadas

sempre no perímetro urbano do município e em local de livre acesso aos membros dacategoria.

§ 4º Na hipótese do cartório não liberar, comprovadamente, a documentaçãomencionada no § 2º em tempo hábil para protocolo no MTE, a entidade poderá solicitara abertura de um novo prazo, juntando comprovante que justifique a impossibilidade deatendimento ao prazo inicial." (NR)

................................................................................................................................."Art. 45 (-----) § 3º Das decisões poderá o interessado apresentar recurso administrativo, na

forma do Capítulo XV da Lei nº 9784, de 29 de janeiro de 1999. § 4º A apresentação de documentos que visem tão somente o saneamento do

processo administrativo não será admitida em sede de recurso administrativo." (NR) Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. MANOEL DIAS

2.2. PORTARIA N. 699, GM/MTE DE 28 DE MAIO DE 2015, DOU29.05.2015

Altera o § 3°, do art. 1°, da Portaria n° 369, de 13 de março de 2013, paraautorizar os órgãos da administração pública direta e indireta, no âmbito federal,estadual, distrital e municipal, a prestarem o atendimento de solicitação deCarteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ao estrangeiro, bem como aentrega do respectivo documento; estabelece critérios para a celebração de Acordode Cooperação Técnica e de Termo Aditivo e dá outras providências.

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso de suasatribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal,e tendo em vista o disposto no art. 14 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovadapelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943, resolve:

Art. 1º Alterar o § 3°, do art. 1°, da Portaria n° 369, de 13 de março de 2013,para autorizar os órgãos da administração pública direta e indireta, no âmbito federal,estadual, distrital e municipal a prestarem o atendimento de solicitação de Carteira deTrabalho e Previdência Social (CTPS) ao estrangeiro, bem como a entrega do respectivodocumento.

Art. 2° O § 3°, do art. 1°, da Portaria n° 369, de 13 de março de 2013, passa a tera seguinte redação:

"§3° Poderá ser objeto de Acordo de Cooperação Técnica a prestação doatendimento de solicitação de CTPS ao estrangeiro, bem como a entrega do respectivodocumento".

Art. 3° A prestação do atendimento de solicitação de CTPS ao estrangeiro serárealizada, exclusivamente, por meio do Sistema Informatizado da Carteira de Trabalho ePrevidência Social - CTPSWEB.

Art. 4° Os órgãos da administração direta e indireta, no âmbito federal, estadual,distrital e municipal que tiverem interesse em prestar atendimento de solicitação deCTPS ao estrangeiro deverão celebrar Acordo de Cooperação Técnica com a

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Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE situada no mesmo estado doórgão interessado, que será firmado mediante a apresentação de proposta contendo asseguintes informações:

I - nome do órgão interessado; II - número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; III - endereço completo do órgão, indicando a cidade, a unidade da federação, os

meios de contato telefônico e o endereço de correio eletrônico; IV - nome completo do responsável pelo órgão, número de inscrição no Cadastro

de Pessoa Física - CPF, número, data de expedição e nome do órgão expedidor dacarteira de identidade;

V - cópia do ato de designação para a função ou cargo do responsável peloórgão;

VI - descrição, de forma clara e sucinta, das razões da proposta, evidenciando osobjetivos e a região geográfica a ser atendida;

VII - endereço completo do (s) local (is) onde será (ão) instalado (s) o(s)posto(s) de atendimento para solicitação e entrega da CTPS, com informações sobre asua infraestrutura física e tecnológica e se a localidade é de fácil acesso pelo público; e

VIII - indicação do nome, CPF, carteira de identidade, função e matrícula de, nomínimo, 3 (três) funcionários designados para o atendimento de solicitação de CTPS,que deverão atender ao perfil técnico de qualificação exigido no Anexo I, desta Portaria.

Art. 5° Os órgãos da administração pública direta e indireta, no âmbito federal,estadual, distrital e municipal que realizam o atendimento de solicitação de CTPS debrasileiro, por meio do CTPSWEB, ficam dispensados do disposto no artigo anterior,devendo, no entanto, manifestar interesse e celebrar Termo Aditivo ao Acordo deCooperação Técnica vigente, nos termos do modelo do Anexo II.

Parágrafo único. A celebração do Termo Aditivo mencionado neste artigodeverá observar o disposto nesta Portaria.

Art. 6° A proposta de Acordo de Cooperação Técnica ou de Termo Aditivomencionado no art. 5° deverá ser previamente analisada pelo setor competente daSRTE, que emitirá parecer com justificativa sobre a viabilidade de celebração.

§ 1° O parecer deverá ser precedido de visita in loco e subsidiado comrelatório(s) sobre a visita e fotografias que demonstrem as condições do posto deatendimento.

§ 2° Concluída a avaliação pelo setor competente da SRTE, o parecer, o(s)relatório(s) e as fotografias deverão fazer parte da proposta.

Art. 7° Caberá ao Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, ou àautoridade por ele delegada, celebrar o Acordo de Cooperação Técnica ou o TermoAditivo mencionado no art. 5°, nos termos do Anexo I e II, desta Portaria, após a suaaprovação pela Coordenação de Identificação e Registro Profissional - CIRP.

§ 1° A proposta do Acordo de Cooperação Técnica ou a do Termo Aditivomencionado no art. 5°, bem como, o parecer, o(s) relatório(s) e as fotografias, deverãoser submetidos à apreciação da CIRP por meio do Sistema Informatizado de Controle deAcordo de Cooperação - SICAC.

§2° A CIRP deverá realizar a avaliação da proposta para verificar sua adequaçãoquanto à legislação vigente, podendo aprová-la, propor as alterações que entenderpertinentes ou posicionar-se contrária à celebração do Acordo de Cooperação Técnicaou do Termo Aditivo mencionado no art. 5°.

Art. 8° O setor competente da SRTE deverá, após a celebração do Acordo deCooperação Técnica ou do Termo Aditivo mencionado no art. 5°, inserir no SICAC, acópia do Diário Oficial da União em que consta a publicação do ato.

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Art. 9° O prazo de vigência do Acordo Cooperação Técnica e do Termo Aditivomencionado no art. 5°, de que trata esta Portaria, será de 2 (dois) anos, podendo serprorrogado por igual período, desde que o órgão tenha registrado, no mínimo, 100(cem) atendimentos de solicitação de CTPS de estrangeiro no sistema CTPSWEB, noperíodo de 1 (um) ano.

Art. 10 Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação. MANOEL DIASNota: Os anexos I e II encontram-se publicados no DOU 29.5.15, págs. 134/5.

2.3. PORTARIA GM/MTE N. 702, DE 28 DE MAIO DE 2015 - (DOU29.05.2015)

Estabelece requisitos para a prorrogação de jornada em atividade insalubre

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso dasatribuições que lhe confere o inciso II do art. 87 da Constituição Federal e considerandoo disposto no art. 60 da CLT, resolve:

Art 1º Nas atividades insalubres, quaisquer prorrogações de jornada só poderãoser praticadas mediante autorização da chefia da unidade de segurança e saúde notrabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego correspondente.

Art. 2º O pedido de autorização para a prorrogação de jornada em atividadeinsalubre deverá ser apresentado com as seguintes informações:

a) identificação do empregador e do estabelecimento, contendo razão social,CNPJ, endereço, CNAE e número de empregados;

b) indicação das funções, setores e turnos cuja jornada será prorrogada, com onúmero de empregados alcançados pela prorrogação;

c) descrição da jornada de trabalho ordinária e a indicação do tempo deprorrogação pretendido; e

d) relação dos agentes insalubres, com identificação da fonte, nível ouconcentração e descrição das medidas de controle adotadas.

Art. 3º A análise do pedido deve considerar o possível impacto da prorrogaçãona saúde dos trabalhadores alcançados.

Art. 4º O deferimento do pedido está condicionado ao atendimento dos seguintesrequisitos:

a) inexistência de infrações às Normas Regulamentadoras que possamcomprometer a saúde ou a integridade física dos trabalhadores;

b) adoção de sistema de pausas durante o trabalho, quando previstas em NormaRegulamentadora, e as condições em que são concedidas;

c) rigoroso cumprimento dos intervalos previstos na legislação; e d) anuência da representação de trabalhadores, por meio de Acordo ou

Convenção Coletiva de Trabalho. Art. 5º Os pedidos de empregadores que apresentarem números elevados de

acidentes ou doenças do trabalho devem ser indeferidos. Art. 6º Não será admitida prorrogação em atividades com exposição a agentes

cuja caracterização da insalubridade se dá por meio de avaliação quantitativa, salvo emsituações transitórias, por curto período de tempo e desde que sejam implementadasmedidas adicionais de proteção do trabalhador contra a exposição ao agente nocivo.

Art. 7º A análise do pedido será feita por meio de análise documental e consultaaos sistemas de informação da inspeção do trabalho, referentes a ações fiscais

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anteriormente realizadas e, caso seja necessário, complementada por inspeção noestabelecimento do empregador.

Art. 8º A validade da autorização será determinada pela autoridade que aconceder, nunca superior a 5 (cinco) anos.

Art. 9º A autorização deve ser cancelada: I - sempre que for verificado o não atendimento às condições estabelecidas no

art. 4º; II - quando ocorrer a situação prevista no art. 5º; ou III - em situação que gere impacto negativo à saúde do trabalhador. Art. 10 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. MANOEL DIAS

2.4. PORTARIA GM/MTE N. 706, DE 28 DE MAIO DE 2015 (DOU29.05.2015)

Dispõe sobre a conversão em advertência das penalidades decorrentes deinfrações ao disposto na Lei n. 12.619, de 30 de abril de 2012, em conformidadecom o disposto no art.22, inciso I, da Lei n. 13.103, de 2 de março de 2015, bemcomo do ressarcimento a que terão direito aqueles que já pagaram as multasimpostas.

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso daatribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal,considerando a necessidade de regulamentar o art. 22, inciso I, da Lei nº 13.103, de 2 demarço de 2015, resolve:

Art. 1º Ficam convertidas em sanção de advertência as penalidades decorrentesde infrações ao disposto na Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012, que incluiu a SeçãoIV-A no Capítulo I da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada peloDecreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, na forma prevista nesta portaria.

§ 1º Os processos atualmente em trâmite receberão análise sumária. § 2º Após o cumprimento do parágrafo anterior, se os autos forem considerados

procedentes, as multas serão convertidas em sanção de advertência e a Unidade deMultas e Recursos na qual tramita o processo notificará o empregador da sanção deadvertência aplicada, através de publicação no Diário Oficial da União, utilizando omodelo do Anexo I da presente portaria.

Art. 2º Os empregadores que foram autuados em razão do descumprimento dosdispositivos da CLT alterados pela Lei nº 12.619, de 30 de abril de 2012 e que jáquitaram as multas impostas em virtude da decisão de procedência dos autos de infraçãolavrados poderão fazer jus à restituição dos valores pagos.

§ 1º O empregador deverá protocolar solicitação da restituição mencionada nocaput na Unidade de Multas e Recursos em que o processo tramitou.

§ 2º Verificado que o empregador preenche os requisitos para ter os valorespagos restituídos, a Unidade de Multas e Recursos encaminhará ofício à Receita Federaldo Brasil comunicando acerca do fato, para que o órgão arrecadador possa proceder aostrâmites necessários para a devolução dos valores.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. MANOEL DIAS O Anexo I acha-se publicado à página do DOU de 29.5.15, p. 139.

2.5. PORTARIA N. 708, DE 28 DE MAIO DE 2015 – DOU 01.06.2015

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O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso de suasatribuições e tendo em vista o disposto no art. 1º, inciso VI do Decreto n. 6.932, de 11de agosto de 2009 e, ainda, nos §§ 1º e 2º do art. 1° da Resolução Normativa n. 104, de16 de maio de 2013, do Conselho Nacional de Imigração, resolve:

Art. 1º. O art. 8º da Portaria n. 1.964, de 11 de dezembro de 2013, publicada noDiário Oficial da União de 12 de dezembro de 2013, passa a vigorar com a seguinteredação:

"Art. 8º A utilização do MIGRANTEWEB_DIGITAL passa a ser obrigatória,devendo as entidades requerentes de autorização de trabalho a estrangeiros utilizarem-sede assinatura digital, conforme regulado pela Medida Provisória n. 2.200-2, para avalidação dos atos."

Art. 2°. Esta Portaria entra em vigor 90 (noventa) dias contados da data da suapublicação.

MANOEL DIAS