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Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues

Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Dermato-

logia pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). Professor assistente do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina

da Universidade de Taubaté (UNITAU).

Atualização 2015

Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues

AUTORIA E COLABORAÇÃO

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Direção MedcelA medicina evoluiu, sua preparação para residência médica também.

APRESENTAÇÃO

O estudante de Medicina, pela área escolhida considerado um apai-

xonado por desafi os, depois de anos submeti do a aulas teóricas e plantões

em diversos blocos deve enfrentar uma maratona ainda maior: a escolha

de uma especialização, seguida da conquista do ingresso em um centro e

programa de Residência Médica de renome. Mas isso só é possível com o

auxílio de um material didáti co práti co, bem estruturado e preparado por

quem é especialista no assunto, e a Coleção SIC Principais Temas para Provas

de Residência Médica 2015, da qual fazem parte os 31 volumes da Coleção

SIC Extensivo, foi desenvolvida nesse contexto. Os capítulos baseiam-se nos

temas exigidos nas provas dos principais concursos do Brasil, ao passo que

os casos clínicos e as questões são comentados a fi m de oferecer a interpre-

tação mais segura possível de cada resposta.

Bons estudos!

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Capítulo 1 - Dermatologia normal ....................................... 19

1. Da anatomia à fi siologia................................................. 192. Lesões elementares ....................................................... 213. Cicatrização normal ....................................................... 244. Queloides ....................................................................... 255. Resumo .......................................................................... 26

Capítulo 2 - Doenças infectocontagiosas virais .......... 27

1. Introdução ...................................................................... 272. Verrugas ......................................................................... 273. Herpes ............................................................................ 284. Molusco contagioso ....................................................... 315. Nódulo dos ordenhadores ............................................. 316. Doenças exantemáti cas ................................................. 327. Doença mão–pé–boca ................................................... 358. Manifestações cutâneas na dengue ............................ 369. Resumo .......................................................................... 36

Capítulo 3 - Doenças infectocontagiosas bacterianas agudas ....................................................................................... 37

1. Introdução ...................................................................... 372. Impeti go e ecti ma .......................................................... 373. Furúnculos, carbúnculos e abscessos ........................... 384. Erisipela ......................................................................... 395. Celulite .......................................................................... 406. Síndrome estafi locócica da pele escaldada ................... 407. Resumo .......................................................................... 41

Capítulo 4 - Doenças infectocontagiosas bacterianas crônicas ................................................................................... 43

1. Hanseníase ..................................................................... 432. Sífi lis ............................................................................... 463. Sífi lis congênita .............................................................. 494. Resumo .......................................................................... 51

Capítulo 5 - Doenças infectocontagiosas fúngicas – micoses superficiais ............................................................ 53

1. Introdução ...................................................................... 532. Dermatofi toses ............................................................. 533. Micoses por leveduras ................................................... 554. Resumo .......................................................................... 57

Capítulo 6 - Doenças infectocontagiosas fúngicas – micoses profundas ............................................................... 59

1. Introdução ...................................................................... 592. Esporotricose ................................................................. 593. Cromomicose ................................................................. 604. Paracoccidioidomicose .................................................. 615. Resumo .......................................................................... 62

Capítulo 7 - Doenças infectocontagiosas – protozoárias e parasitárias .............................................. 63

1. Introdução ...................................................................... 632. Leishmaniose ................................................................. 633. Escabiose ........................................................................ 654. Pediculose ...................................................................... 665. Miíase ............................................................................. 676. Tungíase ......................................................................... 687. Resumo .......................................................................... 68

Capítulo 8 - Doenças eczematosas................................... 69

1. Introdução ...................................................................... 692. Eczema de contato ......................................................... 693. Eczema atópico .............................................................. 714. Eczema seborreico ......................................................... 735. Eczema numular ............................................................ 746. Eczema disidróti co ......................................................... 757. Fotoeczemas .................................................................. 768. Resumo .......................................................................... 78

Capítulo 9 - Doenças eritematodescamativas ............. 79

1. Psoríase .......................................................................... 792. Piti ríase rósea de Gilbert ............................................... 823. Piti ríase rubra pilar ........................................................ 844. Parapsoríases ................................................................. 855. Eritrodermias ................................................................. 866. Eritemas fi gurados ......................................................... 877. Resumo .......................................................................... 89

Capítulo 10 - Doenças inflamatórias .................................. 91

1. Doenças papulopruriginosas ......................................... 912. Piti ríase liquenoide ........................................................ 923. Prurigo ............................................................................ 93

Veja os depoimentosdos aprovados Medcel

“Fiz o curso Medcel após recomendações de colegas e fiquei muito satisfeito. Ótimas aulas e material excelente, dando ênfase para os livros da Coleção SIC Intensivo – Resumão e Provas na Íntegra, que foram fundamentais para minha preparação para as provas. Já indiquei para diversos amigos, tanto pela facilidade de acesso com as aulas via internet, quanto pelo preço justo e qualidade dos professores.”

Bernardo Santos de Souza | R1 de Cir Vascular UFRJ 2014

“As aulas são ótimas, dadas por especialistas na área, com uma didática impres- sionante e ensinando Medicina, não apenas macetes para passar em prova. O material é organizadíssimo, completo, direto, fácil de manusear e de ler. As questões são pertinentes, recentes e bem escolhidas; os cursos extras realmente ensinam o que se propõem e dão uma visão incrível do assunto.”Carla Celestrino | 3º lugar Obstetrícia e Ginecologia da UNICAMP

“Participei do TPP Medcel que, além dos conhecimentos necessários, forneceu estratégias que me deixaram segura diante de uma prova prática. Foi de fundamental importância para minha aprovação ter me matriculado e praticado os ensinamentos do Medcel.”Alina de Almeida Bastos | 3º lugar | Radiologia UNESP

“O estudo sistemático realizado ao longo do ano associado às aulas de revisão do Medcel foram essenciais para minha aprovação. As aulas são de ótima qualidade, abrangendo um grande espectro de assuntos, e os e-books fazem a diferença! Certamente farei meu preparatório de R3 por aqui!”

Barbara Marina Simionato | 1º lugar | Pediatria Hospital São Lucas da PUCRS | 2º lugar | Pediatria Hospital de Clínicas Porto Alegre

Liliane de Oliveira Dutra Neurologia | HC-UFMG | HMOB | AREMG Pediatria | PMGV

“O Medcel é um curso excelente, professores qualificados e com didática muito boa, simples e de fácil entendimento, sempre com atualizações referentes às últimas provas de Residência.”

Confira outros depoimentos em nosso site: www.medcel.com.br

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depoimentos.pdf 1 28/11/14 19:04

ÍNDICE

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4. Doenças bolhosas .......................................................... 945. Penfigoides ..................................................................... 986. Doenças de vasos e lesões ulceradas .......................... 1007. Resumo ........................................................................ 108

Capítulo 11 - Reações alérgicas e farmacodermias – lato sensu ................................................................................ 109

1. Farmacodermias .......................................................... 1092. Eritema multiforme ..................................................... 1113. Síndrome de Stevens-Johnson/NET ............................ 1124. Urticárias ...................................................................... 1135. Resumo ........................................................................ 114

Capítulo 12 - Medicina interna ............................................. 115

1. Introdução .................................................................... 1152. Sarcoidose .................................................................... 1153. Amiloidoses .................................................................. 1164. Porfirias ........................................................................ 1185. Pelagra .......................................................................... 1216. Doenças do colágeno ................................................... 1227. Resumo ........................................................................ 130

Capítulo 13 - Tumores malignos ......................................... 131

1. Pré-malignos ................................................................ 1312. Carcinoma basocelular ................................................ 1343. Carcinoma espinocelular ............................................. 1354. Melanoma cutâneo ...................................................... 1375. Linfomas e leucemias................................................... 1396. Resumo ........................................................................ 141

Casos clínicos ........................................................................ 143

QUESTÕESCap. 1 - Dermatologia normal ......................................... 151Cap. 2 - Doenças infectocontagiosas virais ..................... 152Cap. 3 - Doenças infectocontagiosas bacterianas

agudas ................................................................ 155Cap. 4 - Doenças infectocontagiosas bacterianas

crônicas .............................................................. 158Cap. 5 - Doenças infectocontagiosas fúngicas – micoses

superficiais ......................................................... 161Cap. 6 - Doenças infectocontagiosas fúngicas – micoses

profundas ........................................................... 164Cap. 7 - Doenças infectocontagiosas – protozoárias e

parasitárias ......................................................... 165

Cap. 8 - Doenças eczematosas ........................................ 170Cap. 9 - Doenças eritematodescamativas ....................... 171Cap. 10 - Doenças inflamatórias ...................................... 174Cap. 11 - Reações alérgicas e farmacodermias –

lato sensu ......................................................... 181Cap. 12 - Medicina interna .............................................. 187Cap. 13 - Tumores malignos ............................................ 189Outros temas ................................................................... 196

COMENTÁRIOSCap. 1 - Dermatologia normal ......................................... 201Cap. 2 - Doenças infectocontagiosas virais ..................... 202Cap. 3 - Doenças infectocontagiosas bacterianas

agudas ................................................................ 203Cap. 4 - Doenças infectocontagiosas bacterianas

crônicas .............................................................. 205Cap. 5 - Doenças infectocontagiosas

fúngicas – micoses superficiais .......................... 206Cap. 6 - Doenças infectocontagiosas fúngicas – micoses

profundas ........................................................... 208Cap. 7 - Doenças infectocontagiosas – protozoárias e

parasitárias ......................................................... 208Cap. 8 - Doenças eczematosas ........................................ 211Cap. 9 - Doenças eritematodescamativas ....................... 211Cap. 10 - Doenças inflamatórias ...................................... 213Cap. 11 - Reações alérgicas e farmacodermias –

lato sensu ......................................................... 216Cap. 12 - Medicina interna .............................................. 219Cap. 13 - Tumores malignos ............................................ 221Outros temas ................................................................... 224

Referências bibliográficas ............................................... 227

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CAPÍTULO 1DERMATOLOGIA

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Dermatologia normalAlexandre Evaristo Zeni Rodrigues

1. Da anatomia à fisiologia

A - Introdução

Longe de ser um tratado para esses 2 temas, neste ca-pítulo são consideradas informações relevantes que apa-recem com maior frequência em questões de provas para Residência.

B - Histologia e fi siologia

A pele divide-se em 3 camadas disti ntas, sendo a epi-derme de origem embrionária ectodérmica, e a derme e o subcutâneo de origem mesodérmica (notar que o sistema nervoso central também tem origem ectodérmica, daí a provável relação dos quadros dermatológicos com aspectos emocionais).

Figura 1 - Principais estruturas da pele

a) Epiderme

A epiderme é um epitélio escamoso pluriestrati fi cado, formado basicamente por cerati nócitos que vão se matu-rando e diferenciando, gerando, assim, as 4 camadas que a compõem.

Tabela 1 - Camadas que compõem a epiderme

- Basal (mais profunda);

- Espinhosa (logo acima da basal);

- Granulosa (penúlti ma);

- Córnea (a mais externa/superfi cial).

- Camada basal: composta por células colunares an-coradas à membrana basal. A maturação das células epidérmicas consiste na transformação das células co-lunares da camada basal em células achatadas e ce-rati nizadas na córnea. O tempo que uma célula leva a parti r da formação na camada basal, por meio de di-visões mitóti cas, até chegar ao desprendimento fi nal na camada córnea, é de 15 a 30 dias, sendo o turno-ver celular epidérmico. Em algumas doenças, como a psoríase, esse turnover fi ca reduzido para 4 a 5 dias (doença hiperproliferati va). As células da camada basal fi cam aderidas à derme por hemidesmossomos (Figura 2), que se encontram na zona da membrana basal (lâ-mina lúcida);

- Camada espinhosa: recebe esse nome porque é nela que fi cam mais evidentes as pontes intercelulares (como se fossem espinhos), responsáveis pela adesão entre os cerati nócitos, e são chamadas desmossomos (Figura 2). Integrinas é o nome geral que se dá às mo-léculas de adesão entre os cerati nócitos que compõem os desmossomos. Estes, por sua vez, ancoram os fi la-

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mentos intermediários, que são estruturas proteicas (cerati nas). Quando essas aderências são quebradas, ocorrem bolhas como no pênfi go e na epidermólise bolhosa; na epiderme, diferentes pares de cerati na são produzidos conforme as células se diferenciam em direção à superfí cie: cerati nas 5 e 14 são expressas na camada basal, e 1 e 10, na camada espinhosa;

Figura 2 - Mecanismos de adesão dos cerati nócitos

- Camada granulosa: a granulosa é denominada dessa forma porque nela são mais visíveis os grânulos de cerato-hialina que serão liberados envolvendo as cé-lulas epidérmicas e gerando, assim, a corneifi cação. Também se encontram no citoplasma dessas células os grânulos lamelares, responsáveis por parte do manto lipídico da pele (Figura 3);

Figura 3 - Padrão estrutural “em ti jolos e cimento” da epiderme

- Camada córnea: nesta, as células fi cam fortemente ligadas por pontes de sulfeto e cerato-hialina; além disso, grânulos lipídicos cobrem as membranas celu-lares, e tudo isso confere uma capacidade de 98% de retenção de água, uma importante função cutânea. Outra destacada função que acontece na epiderme é a conversão da vitamina D pela luz solar.

Tabela 2 - Figuras celulares importantes na epiderme

Melanócitos

Derivadas da crista neural e residentes na camada basal, onde produzem a melanina e a distribuem para cerca de 30 cerati nócitos. O substrato para a elaboração da melanina é a ti rosina. Todos os humanos têm o mesmo número de melanócitos, porém os afrodescendentes têm maior produção de melanina, ao passo que os albinos, nenhuma produção.

Células de Langerhans

Derivam de monócitos oriundos da medula ós-sea que residem na camada espinhosa, sendo apresentadoras de antí genos para os linfócitos T, desenvolvendo importante papel em quadros alérgicos e na imunidade celular.

Células de Merkel

Residem na camada basal; são cerati nócitos mo-difi cados que assumem ati vidades neurossenso-riais táteis.

b) Derme

A derme é um tecido conecti vo denso, composto so-bretudo de colágeno (maior parte ti po I), elasti na e glico-saminoglicanos. Essas fi bras colágenas e elásti cas oferecem proteção mecânica de barreira e mantêm a coesão da epi-derme.

Tabela 3 - Partes da derme

Papilar

É a porção mais superfi cial, que se apresenta como “dedos” (papilas) que invadem a epiderme. Nela estão a lâmina basal, que suporta a últi ma camada da epiderme, fi guras celulares (mastócitos, macró-fagos e fi broblastos) e estruturas sensoriais.

Reti cularPossui poucas células e é composta, basicamente, pelo tecido conecti vo amorfo (colágeno e fi bras elásti cas).

Observações: ainda fazem parte da derme as estruturas vascula-res (capilares que formam o plexo profundo junto à hipoderme e o superfi cial na derme papilar), fi bras musculares do folículo pi-loso e neurônios que interagem com receptores sensoriais (os de Meissner, responsáveis pelo tato, os de Pacini, pela pressão, os de Ruffi ni, pela sensação térmica de calor, e os de Krause, pelo frio – Figura 4).

Figura 4 - Receptores sensoriais na pele: destacam-se os de Meissner, de Pacini e de Ruffi ni

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CAPÍTULO 5DERMATOLOGIA

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Doenças infectocontagiosas fúngicas – micoses superficiais

Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues

1. IntroduçãoOs fungos são seres anaeróbios, saprófi tas, que fazem

uma parede celular estável de quiti na e são capazes de se reproduzirem sexuada e assexuadamente, formando colônias. Os fungos patogênicos podem levar a quadros infecciosos que podem ser classifi cados em superfi ciais e profundos. Das micoses superfi ciais, as mais importantes e que serão abordadas neste capítulo são as dermatofi -toses e as micoses por leveduras (candidíase e piti ríase versicolor).

2. Dermatofitoses

A - Introdução

O grupo de fungos conhecidos como dermatófi tos é formado por elementos hialinos micelianos que têm gran-de afi nidade pela cerati na e, portanto, infectam a epider-me e seus anexos (unhas e pelos), sendo as manifestações clínicas dependentes da localização em questão. Não são capazes de levar a quadros sistêmicos por disseminação. Os gêneros englobados nesse grupo são Trichophyton sp., Epidermophyton sp. e Microsporum sp.

B - Epidemiologia

A transmissão ocorre por contato com fontes contami-nadas, que podem ser por meio de fungos antropofí licos (inter-humano), zoofí licos (animais domésti cos) e geofí licos (solo contaminado). Estados de imunossupressão, como diabetes mellitus, HIV e transplantados, causam aumento da incidência. As faixas etárias de acometi mento dependem da apresentação clínica.

Tabela 1 - Dermatófi tos classifi cados quanto ao modo de trans-missão

Antropofí licos- Trichophyton rubrum;

- Trichophyton sp.

Geofí licosMicrosporum gypseum

Zoofí licos- Microsporum canis;

- Microsporum gallinae.

C - Fisiopatologia

Não é necessária a porta de entrada para haver contá-gio por esses fungos; devido à presença de enzimas que di-gerem a cerati na, elas são capazes de propagar a infecção na epiderme e em seus anexos. Alguns fatores no sangue do hospedeiro protegem contra a infecção: transferrina e alfa-2-macroglobulina. A imunidade celular Th1 é muito im-portante no controle dos fungos.

D - Quadro clínico, métodos diagnósti cos e tra-tamento

Classicamente, as infecções por dermatófi tos são deno-minadas “ti nhas”.

Assim, têm-se as seguintes variantes clínicas: - Tinha de corpo, face e barba: caracterizadas por pla-cas eritematodescamati vas com bordas elevadas e bem delimitadas e clareamento central, com aspecto de lesão anular; em alguns casos de ti nha da barba, os achados podem simular foliculite. No corpo, uma área frequentemente acometi da é a região inguinal, devido à umidade e maceração local; nesse caso, o diagnósti -

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co diferencial é com o eritrasma, causado por uma cori-nebactéria. Para o diagnósti co, o exame micológico dire-to (raspagem da lesão para análise em microscopia após a clarifi cação com hidróxido de potássio) é rápido e tem boa acurácia. O diagnósti co diferencial é feito com ecze-mas e psoríase, e o tratamento pode ser feito apenas com cremes de imidazólicos (cetoconazol, isoconazol etc.) nos casos mais localizados e com medicações sis-têmicas (terbinafi na ou itraconazol) nos disseminados;

Figura 1 - Tinha da face: placas eritematosas e descamati vas com aspecto anular na região mentoniana

Figura 2 - Tinha do corpo: placas eritematosas e descamati vas com bordas elevadas e tendência de cura no centro

- Tinha do couro cabeludo (Tinea capiti s): muito fre-quente em crianças e rara em adultos e idosos, pode ter manifestações mais brandas, com placas descama-ti vas com alopecia e cotos pilosos, denominada ti nha tonsurante, ou uma variante mais infl amatória e exu-berante, chamada Kerion celsi, normalmente associa-da a fungos zoofí licos e geofí licos (menos adaptados à pele humana, como M. canis). A ti nha favosa é a mais grave de todas, pois pode cursar com alopecia cica-tricial irreversível, e é causada pelo T. schoenleinii. O exame micológico direto em hidróxido de potássio dos pelos pode dar o diagnósti co, e a cultura leva ao agen-te causador:

• Tinha tonsurante: T. tonsurans e M. audoinii; • Tinha favosa: T. schoenleinii; • Kerion celsi: M. canis e T. violaceum.

A lâmpada de Wood (luz negra) provoca fl uorescência verde-azulada em infecções por M. canis e M. audoinii. O diagnósti co diferencial em crianças é feito com a pso-ríase e a pseudoti nha amiantácea (placas descamati vas presentes em atópicos). Nos adultos, deve-se diferen-ciar da psoríase e da dermati te seborreica. Anti fúngi-cos orais são indicados na maioria dos casos. Desses, a griseofulvina é o padrão-ouro para crianças, com altas taxas de cura e menos efeitos colaterais. Os adultos po-dem ser tratados com itraconazol e terbinafi na por 2 a 4 semanas, dependendo da melhora clínica;

Figura 3 - Tinha do couro cabeludo: forma tonsurante com placa de alopecia apresentando descamação simples

Figura 4 - Tinha do couro cabeludo: forma Kerion com placa de alopecia apresentando intensa infl amação e crostas por infecção

- Tinha dos pés: popularmente chamada de frieira, tem diferentes apresentações: pode manifestar-se apenas com descamação e maceração interdigitais, ou com espessamento e fi ssuras plantares, com progressão para a região dorsal do pé (padrão “mocassim”) ou com quadros vesicobolhosos agudos e pruriginosos. O acometi mento de 2 pés e 1 mão é altamente suges-ti vo (síndrome dos 2 pés e 1 mão). O T. rubrum e o T. mentagrophytes são os agentes mais envolvidos. O

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CASOS CLÍNICOS

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CASOS CLÍNICOS

MEDCEL2. N.A.C., 57 anos, branca, divorciada, trabalhadora au-tônoma (vendas), natural de Minas Gerais e procedente de Rondônia há 30 anos, vem ao consultório com queixa de fraqueza generalizada há 1 semana, com presença de dor localizada na região toracodorsal esquerda de inten-sidade 7 em 10, refratária a analgesia. Apresentou, nesse período, episódios de febre não aferida. Relata que há 3 dias, no local da dor, surgiu vermelhidão e que há 1 dia apareceram “bolinhas” nessa mesma área (Figura). Nega demais alterações sistêmicas. Ao exame dermatológico, observaram-se lesões vesiculares múlti plas, algumas con-fl uentes em base eritematosa que acompanha um dermá-tomo na região toracodorsal no hemicorpo à esquerda. Observam-se algumas lesões com superfí cie coberta por crostas melicéricas.

a) Quais são o provável diagnósti co e o agente envolvido?

b) Cite 1 exame ambulatorial inicial para confi rmação do quadro.

c) Qual é a principal complicação que pode surgir?

d) Qual é o tratamento indicado?

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DERMATOLOGIA

CASO

S CL

ÍNIC

OS

147

RESPOSTASCaso 1

a) Nódulos eritematosos contusiformes, profundos, nos membros inferiores.

b) Sindromicamente, temos síndrome de paniculite. O eritema nodoso é o diagnósti co eti ológico. Cerca de 50% dos casos são idiopáti cos, porém, neste, suspeita--se de eritema nodoso como manifestação de doença sistêmica (tuberculose, sarcoidose, micose profunda). Em nosso meio, é comum eritema nodoso pós-infecção estreptocócica, bem como pelo uso de anti concepcio-nais orais. Entretanto, a anamnese descarta as 2 pos-sibilidades.

c) - Hemograma com contagem de plaquetas;- Biópsia da lesão cutânea;- Proteína purifi cada derivada;- Raio x de tórax.

d) Micoses profundas (paracoccidioidomicose, histoplas-mose) e sarcoidose.Ambas cursam com comprometi mento do estado geral e sintomatologia pulmonar semelhante. As micoses pro-fundas devem sempre fazer parte do diagnósti co dife-rencial da tuberculose, sendo importante achar o fungo no exame direto. A sarcoidose consti tui diagnósti co de exclusão, assim que descartamos as demais possibilida-des em um paciente com adenomegalia hilar bilateral ti picamente associada a sintomatologia pulmonar.

e) Pesquisa de Bacilo Álcool-Ácido-Resistente (BAAR) e fungos no escarro; lavado broncoalveolar com pesqui-sa de fungos e micobactéria.O diagnósti co da causa do eritema nodoso depende da história clínica e do exame fí sico, associados a exa-mes direcionados para a suspeita. A maioria dos casos não tem eti ologia defi nida. Entretanto, devemos sem-pre questi onar sobre o uso de medicações e infecções estreptocócicas prévias. Cerca de 30% dos pacientes com tuberculose podem cursar com eritema nodoso, e, como no Brasil há alta prevalência dessa micobactéria, devemos sempre pensar nessa possibilidade diagnós-ti ca. No caso de suspeita clínica importante, devemos pesquisar BAAR no escarro, pela maior prevalência de tuberculose pulmonar. Entretanto, a tuberculose pode afetar qualquer órgão. Outro exame complementar im-portante é o lavado broncoalveolar com pesquisa de BAAR, principalmente nos casos com essa pesquisa no escarro negati va e história clínica sugesti va. Em virtude da possibilidade de micoses profundas no diagnósti co diferencial, a pesquisa de fungos tanto no escarro como no lavado broncoalveolar também se faz necessária.

f) Esquema I: rifampicina, isoniazida e pirazinamida por 2 meses + rifampicina e isoniazida por 4 meses.

O tratamento deve ser orientado para tuberculose com rifampicina 600mg/d nos primeiros 6 meses, associada a isoniazida 400mg/d por 6 meses e pirazinamida 2g/d nos 2 primeiros meses. O quadro cutâneo melhora con-forme o controle do quadro infeccioso.

Caso 2

a) Nesse caso clínico, o mais provável é que seja herpes--zóster (sendo o agente o vírus varicela herpes-zóster – VZV ou HHV-3), pois a paciente apresenta quadro tí -pico dessa patologia (dores nevrálgicas antecedendo as lesões cutâneas). Como característi cas, temos vesículas sobre base eritematosa, erupção unilateral que rara-mente ultrapassa a linha mediana, seguindo um nervo (distribuição dermatômica), surgindo gradualmente entre 2 e 4 dias. Cerca de 53% dos casos acometem a região toracodorsal, que é o caso dessa paciente. O VZV, em geral, infecta o homem na infância, causando a varicela. Após a fase de disseminação hematogênica, ati nge a pele e caminha pelos nervos periféricos até os gânglios nervosos, onde poderá fi car em latência por toda a vida, até que diversos estí mulos imunossupresso-res façam que o vírus seja reati vado e desenvolva qua-dro patológico de herpes-zóster. Sendo este o meio mais frequente de desenvolvimento da doença, também pode surgir após o contato com doentes de varicela ou até mesmo com outro doente de zóster, o que indica a possibilidade de reinfecção em paciente previamente imunizado. É também possível uma criança adquirir va-ricela por contato de doente com zóster.A infecção é mais comum em adultos e idosos, mas também é encontrada em adolescentes e adultos jo-vens, nos quais se deve sempre investi gar imunossu-pressão.

b) O diagnósti co é basicamente clínico, a parti r da análise da história clínica e das lesões. Para verifi car a histologia das lesões cutâneas é realizado o esfregaço de Tzanck. Mas o diagnósti co defi niti vo só é obti do pelo isolamen-to do vírus em cultura de células inoculadas com o líqui-do de vesícula, sangue, líquido espinal, tecido infectado ou por identi fi cação direta dos antí genos ou do ácido nucleico do VZV.

c) A complicação mais frequente é a infecção secundá-ria bacteriana das vesículas, geralmente por Staphy-lococcus ou Streptococcus, que podem produzir im-petigo, furúnculo, celulite, erisipela e até gangrena. Mas muitas pessoas confundem como sendo a mais frequente (anterior) com a neuralgia pós-herpética, que é, na realidade, a complicação mais severa, aco-metendo 8 a 15% dos casos de herpes-zóster, em que o dano ao nervo periférico e aos neurônios do gânglio dispara sinais aferentes de dor. A inflamação da pele desencadeia sinais nociceptivos, que amplificam a dor cutânea.

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QUESTÕES

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176

QUESTÕES

Quais são o diagnósti co e a conduta adotada nesse caso?a) paroníquia aguda – cantoplasti ab) paroníquia crônica – prescrever anti bióti coc) paroníquia aguda – drenagem e curati vod) unha encravada – cantoplasti ae) unha encravada – prescrever anti bióti co e calor local

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2013 - UNICAMP - CLÍNICA MÉDICA148. Uma mulher de 36 anos tem lesões papulares e pla-cas pruriginosas e migratórias que acometem o tronco e os membros e que se iniciaram há 3 meses. Refere que o prurido é muito intenso e que responde parcialmente à hi-droxizina. Não há relação com consumo de determinados alimentos, medicações ou exposição a produtos químicos. Qual é o diagnósti co clínico e quais exames devem obriga-toriamente ser solicitados?a) dermati te atópica; IgE total e hemogramab) urti cária aguda; protoparasitologia, hemograma e IgEc) urti cária crônica; IgE, hemograma, TSH e T4 livred) urti cária crônica; IgE, complemento sérico C3/C4 e he-

mograma

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2013 - UFPR - CLÍNICA MÉDICA149. Correlacione as descrições de pele às respecti vas do-enças e enumere a 1ª coluna de acordo com a sua corres-pondência:I - Placa eritematosa, de 1cm de tamanho, pruriginosa, com vesículas de 1 a 2mm com conteúdo claro, drenagem de secreção serosa, pruriginosa, em lateral do pescoço à esquerda, com 5 dias de evoluçãoII - Placa ovalada, eritematodescamati va, com 2cm, as-sintomáti ca, localizada no cotovelo esquerdo, com crosta prateada e sinal de Koebner, com 3 anos de evoluçãoIII - Pápulas eritematovioláceas, achatadas, com estrias brancas de entremeio, com 1 a 5mm de tamanho, localiza-das na face fl exora dos punhos, pruriginosas, com 15 dias de evolução

IV - Placa anular, de 5cm, com bordos circinados, erite-matodescamati vas, pruriginosas, no membro superior es-querdo, presente há 2 semanasV - Placa eritematosa com vesículas pequenas agrupadas em cacho no interior, com cerca de 6mm, queixa de ardên-cia local, localizada no canto direito da boca com 3 dias de evolução( ) Tinea corporis( ) Herpes-simples( ) Psoríase vulgar( ) Líquen plano( ) Dermati te de contato agudaAssinale a numeração correta:a) IV, I, III, II, Vb) II, III, IV, V, Ic) III, I, II, V, IVd) IV, V, II, III, Ie) I, II, III, IV, V

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2013 - UFSC - CLÍNICA MÉDICA150. Assinale a alternati va correta com relação às doenças bolhosas da pele:a) o descolamento da camada mais superfi cial da epider-

me após a fricção (sinal de Nikolsky) é o achado patog-nomônico de pênfi go vulgar

b) habitualmente, observamos acometi mento mucocutâ-neo no pênfi go vulgar, enquanto no pênfi go foliáceo as mucosas são menos acometi das

c) a acantólise (perda de coesão entre as células da epider-me), que leva à formação de bolhas superfi ciais, é uma das característi cas do penfi goide bolhoso

d) o pênfi go vulgar habitualmente é uma manifestação pa-raneoplásica

e) a biópsia das lesões bolhosas, quando da suspeita de pênfi go, não está indicada na fase aguda, em virtude do alto risco de infecção secundária, sendo iniciado trata-mento empírico

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2013 - UFRN151. Uma mulher, de 30 anos, apresenta quadro cutâneo de início abrupto, caracterizado por lesões eritematopa-pulobolhosas simétricas, polimorfas, localizadas predomi-nantemente no dorso dos pés e das mãos e na face exten-sora dos membros. Esse quadro é sugesti vo de:a) eritema multi formeb) eritema anular centrífugoc) urti cária policíclicad) eritema migratório necrolíti co

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COMENTÁRIOS

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DERMATOLOGIA

203

COM

ENTÁ

RIOS

Questão 20. A correta é a alternati va “a”, pois o molusco contagioso, causado por um poxvírus, com a quebra da barreira cutânea devido à xerose do inverno acaba tendo maior facilidade de penetração na pele. A síndrome mão–pé–boca tem aumento de incidência no fi m do verão e da primavera, e pode estar associada a diversos vírus, entre eles coxsackie A16 ou enterovírus 71. O penfi goide bolho-so raramente acomete as mucosas, e os antí genos envolvi-dos são o BP-180 e BP-230. Já o penfi goide paraneoplásico é bem mais dramáti co, sendo frequente nas mucosas oral e ocular, e como mostra polimorfi smo, descobriu-se que pode estar associado a diversos antí genos proteicos da pele (desmogleínas, envoplaquinas, fi lamentos intermediários etc.). Ambos são mais frequentes nos idosos.Gabarito = A

Questão 21. A forma clássica manifesta-se com verrugas planas e tem herança autossômica recessiva. Não é cerato-se seborreica, não está associada a HPV 6 e 11 e, nos imu-nossuprimidos, não é herdada (é adquirida).Gabarito = A

Questão 22. Pleurodinia, chamada também doença de Bor-nholm, é uma infecção relacionada ao vírus do coxsackie que causa espasmos dolorosos nos músculos da caixa to-rácica e do abdome superior e pode fazer diferencial com o zóster sine herpete (neuralgia pelo herpes-zóster). O her-pes-simples faz diferencial com o zóster na forma localizada (este últi mo se diferencia, pois raramente é recorrente). Gabarito = A

Questão 23. A doença exantemáti ca em adolescente, ini-ciando-se no seguimento de cabeça e pescoço com disse-minação centrípeta e adenomegalia retroauricular, está a favor de rubéola. Para mononucleose, faltaram as hepato e esplenomegalias. Sarampo cursa com quadros gripais catar-rais, febre alta e manchas de Köplik. Roseola infantum tem um exantema mais fugaz e menos disseminado. A doença de Lyme, uma borreliose, na forma aguda cursa com o eri-tema fi gurado localizado e artrite.Gabarito = B

Questão 24. A varicela é causada pelo herpes ti po III (o ti po I causa o herpes-simples). Todas as demais são aproveitá-veis para o seu aprendizado.Gabarito = A

Questão 25. O herpes-vírus 3 é exclusivo de humanos. Sua primoinfecção é a varicela, e a recorrência é o zóster (lesões vesiculosas em distribuição de dermátomo). O tratamento é feito com anti virais como aciclovir, fanciclovir e outros, e pode acelerar o tempo de cicatrização se começado nas primeiras 24 horas, o que é raro na práti ca. A vacina é efi -caz nos adultos e pode prevenir complicações como pneu-monia viral e encefalite herpéti ca. Outra complicação é a neuralgia pós-herpéti ca, mais comum nos idosos. O teste

de Tzanck dá o diagnósti co de infecção pelo herpes-vírus, mas não diferencia os subti pos.Gabarito = B

Questão 26. Numa criança hígida, tal quadro caracteriza-do por pápulas umbilicadas assintomáti cas é altamente su-gesti vo de molusco contagioso. Melanose pustulosa é um quadro de hiperpigmentação (manchas); dermati te atópica cursa com placas eczematosas; impeti go se apresenta com lesões crostosas melicéricas, e estrófulo, com lesões papu-lovesiculosas altamente pruriginosas.Gabarito = E

Questão 27. O quadro é tí pico de herpes-zóster cursando com neuralgia. Impeti go e dermati te venenata não cursam com dor importante, notalgia parestésica percorre com prurido e disestesia, mas não tem vesículas, e neurite e ce-lulite seriam uma associação pouco provável.Gabarito = D

Questão 28. Todas as característi cas relacionadas nas alterna-ti vas de “a” a “e” são comuns às infecções herpéti cas, exceto a recorrência periódica numa mesma área (“d”), que é uma peculiaridade das infecções pelos herpes-vírus 1 e 2 (herpes--simples). O zóster tem um acometi mento em dermátomo, mas não sendo recorrente num mesmo dermátomo.Gabarito = D

Questão 29. A criança apresenta um quadro infeccioso agu-do que lembra IVAS, porém as manchas punti formes na mu-cosa oral dão sinais de sarampo (manchas de Köplik).Gabarito = B

DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS BACTERIANAS AGUDAS

Questão 30. Todo paciente tuberculoide é capaz de montar uma boa resposta contra o bacilo, já que sua linhagem Th1 é mais predominante. Consequentemente, teremos poucas lesões (não ocorre disseminação) e poucos bacilos (bacilos-copia negati va) e o teste de Mitsuda, que mostra uma boa imunidade celular, será positi vo.Gabarito = B

Questão 31. O enunciado descreve um quadro de celuli-te que evoluiu com abscesso de partes moles. Sempre os agentes mais frequentes são os cocos Gram positi vos (esta-fi lococo e estreptococo). Nesse caso, como o paciente é dia-béti co e tem algum grau de imunossupressão, o S. aureus torna-se mais provável. Também pela própria agressividade do quadro, em que houve evolução para partes mais pro-fundas com formação de abscessos.Gabarito = B