atuação do psicologo na assistência social cras e creas

Upload: rachelf

Post on 18-Jul-2015

5.804 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Slides para apresentação da atuação de psicologos no CRAS e CREAS.

TRANSCRIPT

ATUAO DO PSICLOGO NA ASSISTNCIA SOCIALClique para editar o estilo do subttulo mestre

4/14/12

Histrico e polticas pblicas que regem a Assistncia Social

4/14/12

Diferentes experincias possibilitaram a divulgao de um conjunto de prticas direcionadas aos problemas sociais brasileiros.v

4/14/12

O processo de industrializao do pas fez surgir a necessidade de regulao dos conflitos da nova realidade socioeconmica.v

A prtica social s chegava a quem tinha carteira de trabalho com profisso e sindicatos reconhecidos pelo 4/14/12 Estado.

Historicamente, a assistncia social tem sido entendida como poltica social de prticas assistencialistas, dito de maneira mais simples, como aquela que pratica a caridade. No entanto, a partir da luta dos profissionais da assistncia, foi possvel transformar o que 4/14/12

1930 Construo de um Sistema de proteo social no Brasil. 1938 Criao do 1 rgo pblico de A.S. do estado brasileiro . CNSS Conselho Nacional de Servio Social. 1942 LBA Legio Brasileira 4/14/12 de Assistncia .

1962 - Aprovao, no dia 27 de Agosto deste ano, da Lei n 4.119 que regulamenta a profisso e a formao do psiclogo brasileiro.

CENRIO DA PSICOLOGIA

1971 Criao, atravs da Lei n 5.766, do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia. 1975 Aprovao do Primeiro Cdigo de tica Profissional.4/14/12

v

Por POLTICAS PBLICAS

entende-se o conjunto de aes coletivas geridas e implementadas pelo estado, que devem estar voltadas para a garantia dos direitos sociais, norteando-se pelos princpios da impessoalidade, 4/14/12 universalidade, economia e

A trajetria da A.S. comea em 1988 com a constituio, que visa aes articuladas com a sade e a previdncia social. Antes deste momento a A.S. era tratada como uma poltica isolada e complementar . Apenas a previdncia social era vlida , assegurando direitos trabalhistas. 1990 Primeira redao da LOAS Lei orgnica da assistncia social. Aprovada apenas em 1993. assegurava a gesto pblica e participativa da A.S. por meio de conselhos deliberativos, com participao nos governos federal, estadual, municipal. 1993- Redao do Assistncia social. SUAS Sistema nico de

PNAS Poltica Nacional de Assistncia Social , estabelecida em 2003. 4/14/12 Todos tem direitos e no apenas aqueles que

SUAS

4/14/12

O SUAS foi a principal deliberao da IV conferencia Nacional de assistncia social, realizada em Braslia(DF) em 2003.

4/14/12

A organizao na perspectiva de um sistema tem

como objetivo romper com uma forte tendncia de oferta de servios, programas, projetos e benefcios socioassitenciais segmentados e desarticulados, sem definio de referencias e contra-referencias, fluxos e procedimentos de recepo e interveno social, gerando superposio e paralelismo de servios.(CRUS, 2006, p. 81)

4/14/12

Proteo Social Bsica CRAS

4/14/12

A proteo social bsica tem como objetivos prevenir situaes de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisies, e o fortalecimento de vnculos familiares e comunitrios.v

Destina-se populao que vive em situao de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privao (ausncia de renda, precrio ou nulo acesso aos servios pblicos, dentre outros) e, ou, fragilizao de vnculos afetivos relacionais e de pertencimento social (discriminaes etrias, tnicas, de gnero ou por deficincias, dentre outras).v

Prev o desenvolvimento de servios, programas e projetos locais de acolhimento, convivncia e socializao de famlias e de indivduos, conforme identificao da situao de vulnerabilidade 4/14/12 apresentada.v

Os benefcios, tanto de prestao continuada como os eventuais, compem a proteo social bsica, dada natureza de sua realizao.v v

So eles:

Programa de Ateno Integral s Famlias PAIF; Programas de incluso produtiva e projetos de enfrentamento da pobreza; Centro de Convivncias para Idosos; Servios para crianas de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento do vnculo familiar, com aes que favoream a socializao do brinquedo e a defesa dos direitos da criana; Servios socioeducativos para crianas e adolescentes na faixa de 6 a 14 anos, visando a sua proteo, socializao e o fortalecimento 4/14/12 dos vnculos familiares e comunitrios;

4/14/12

Todos os programas listados podem ser geridos pelo CRAS Centro de Referncia da Assistncia Social, que uma unidade pblica estatal, que atua com famlias e indivduos em seu contexto comunitrio, visando orientao e o fortalecimento do convvio scio-familiar. Nesse sentido, o CRAS o responsvel pela oferta e o desenvolvimento do PAIF.v

4/14/12

O Centro de Referncia de Assistncia Social (CRAS) uma unidade pblica estatal descentralizada da Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS).

O CRAS atua como a principal porta de entrada do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS), dada sua capilaridade nos territrios e responsvel pela organizao e oferta de servios da Proteo Social Bsica nas reas de vulnerabilidade e risco social.

Alm de ofertar servios e aes de proteo bsica, o CRAS possui a funo de gesto territorial da rede de assistncia social bsica, promovendo a organizao e a articulao das unidades a ele referenciadas e o gerenciamento dos processos nele envolvidos.

O principal servio ofertado pelo CRAS o Servio de 4/14/12 Proteo e Atendimento Integral Famlia (Paif), cuja execuo

Proteo Social Especial CREAS

4/14/12

4/14/12

A Proteo Social Especial voltada proteo de famlias e indivduos em situao de risco pessoal e social. A proteo social especial deve ser organizada para acolher e atender usurios e famlias com direitos ameaados ou violados e que esto, portanto, vivenciando situaes de maior complexidade, que exigem atuao interdisciplinar, multiprofissional e especializada que, na maioria dos casos, requer acompanhamento individual e/ou em grupo, e a interveno, em geral, deve ser conjunta, com outras organizaes atuantes na Rede de Proteo Social e no Sistema de 4/14/12 Garantia de Direitos.

Os servios e as aes da proteo social especial so organizados em nveis de complexidade: 1) Mdia complexidade : So considerados servios de mdia complexidade aqueles que oferecem atendimento s famlias e indivduos com seus direitos violados, mas cujos vnculos familiares e comunitrios no foram rompidos. 2) Alta complexidade : Os servios de proteo social especial de alta complexidade so aqueles que garantem proteo integral moradia, alimentao, higienizao e trabalho protegido para famlias e indivduos que se encontram sem referncia e/ou em situao de ameaa, necessitando ser retirado do convvio familiar e/ou comunitrio.

4/14/12

O CREAS, neste primeiro momento, prestar atendimento especializado e continuado a indivduos, famlias, crianas e adolescentes com os diretos violados por ocorrncia, entre outras, de negligncia, abandono, ameaas, maustratos, abuso e explorao sexual, violaes fsicas e psquicas, situao de trabalho infantil, situao de rua e a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, por cometimento de ato infracional, direcionando o foco das aes para a famlia, na perspectiva de potencializar 4/14/12 sua capacidade de proteo a suas crianas e

Servio de Proteo Social a Crianas e Adolescentes Vtimas de Violncia, Abuso e Explorao Sexual e suas Famlias. Em linhas gerais, a adolescentes pode ser dividida em: Intrafamiliar Extrafamiliar Negligncia violncia contra crianas e

4/14/12

Em relao s formas de apresentao, a violncia contra crianas e adolescentes pode ser classificada como: Negligncia, violncia fsica, violncia psicolgica e violncia sexual; Abuso sexual; Explorao sexual de crianas e adolescentes; Prostituio infantil; Turismo sexual; Pornografia; Trfico para fins sexuais.

4/14/12

DADOS SOBRE SERVIO SOCIAL NO BRASILO Brasil tem hoje aproximadamente 102.000 profissionais que atuam, predominantemente, na formulao, planejamento e execuo de polticas pblicas como educao, sade, previdncia, assistncia social, habitao, transporte, entre outras, movidos/as pela perspectiva de defesa e ampliao dos direitos da populao brasileira.4/14/12

Nos ltimos 2 anos o oramento do MDS foi de R$ 25,8 bilhes, apenas para a A.S. , sem a participao dos programas de segurana alimentar e nutricional e o Bolsa Famlia. Atualmente o SUAS tem aproximadamente 44 mil profissionais que trabalham no CRAS. 4/14/12 Mais de 21 mil so de nvel superior,

Psiclogos no campo da assistncia Social

4/14/12

De acordo com o Cdigo de tica Profissional do (a) psiclogo (a) toda profisso define-se a partir de um corpo de prticas que busca atender demandas sociais, norteado por elevados padres tcnicos e pela existncia de normas ticas que garantam a adequada relao de cada 4/14/12 profissional com seus pares e

A atuao dos (as) psiclogos (a) no SUAS (Sistema nico de Assistncia Social) deve estar fundamentada na compreenso da dimenso subjetiva dos fenmenos sociais e coletivos, sob diferentes enfoques tericos e metodolgicos, com o objetivo de problematizar e propor aes no mbito social. O (a) psiclogo (a), nesse campo, pode desenvolver diferentes atividades em espaos institucionais e comunitrios.4/14/12

De acordo com a cartilha Parmetro para atuao de assistentes sociais e psiclogos (as) na Poltica de Assistncia Social desenvolvida pelo Conselho Federal de Servio Social (CFESS) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) em 2007: O trabalho do psiclogo como trabalhador na assistncia social envolve proposies de polticas e aes relacionadas comunidade em geral e aos movimentos sociais de grupos tnico-raciais, religiosos, de gnero, geracionais, de orientao sexual, de classes sociais e de outros segmentos socioculturais, com vistas realizao de projetos da rea social e/ou definio de polticas pblicas. Deve realizar estudos, pesquisas e superviso sobre temas pertinentes relao do indivduo com a sociedade, 4/14/12 com o intuito de promover a problematizao e a

Desafios da Psicologia na Assistncia Social

4/14/12

* Um dos principais desafios da psicologia ampliar a atuao dos (as) psiclogos(as) na esfera pblica, expandindo a contribuio profissional da Psicologia para a sociedade brasileira e, conseqentemente, colaborando para a promoo dos Direitos Humanos no pas.4/14/12

A Psicologia tem produzido conhecimentos que embasam a atuao profissional no campo da Assistncia Social . Esses conhecimentos possibilitam que o psiclogo realize aes relacionadas comunidade em geral e aos movimentos sociais de grupos tnicoraciais, religiosos, de gnero, de orientao sexual, de classes sociais e de outros segmentos socioculturais, com vistas realizao de projetos da rea social e/ou definio de polticas pblicas.4/14/12

Limitaes da Psicologia na Assistncia Social

4/14/12

A atividade do psiclogo no campo das polticas de assistncia social exige que esse tenha um profundo conhecimento sobre os processos de excluso/incluso e os afetos resultantes do mesmo, no patologizando e individualizando o sofrimento, mas entendendo-o como pertencente a uma coletividade. Nesse sentido, o papel primordial do psiclogo elucidar que as experincias individuais de desrespeito so experincias cruciais tpicas de um grupo inteiro, pois carregam em si a histria de uma classe, de uma raa. Considerando que os afetos produtos da desigualdade social geram uma tenso que s pode ser dissolvida mediante o engajamento em uma luta pelo 4/14/12 reconhecimento nesse sentido que o

Entrevista e visita ao CREAS Alagoinhas - BA

4/14/12

CREASCentro de Referncia Especializado em assistncia social. um programa da Secretaria Municipal de Assistncia Social-SEMAS. Antes era uma sentinela que atendia apenas a criana e adolescente que tivesse sofrido abuso sexual, depois ela tomou uma abrangncia se transformou em CREAS. Seu objetivo contribuir para o enfrentamento da violncia fsica, psicolgica, material, sexual e domestica; Prestar esclarecimento populao sobre seus direitos e tentar fazer com que a rede de atendimento social funcione. Trabalha dentro do sistema de

4/14/12

Organizao- Composio do corpo profissional A equipe conta com: 1 coordenadora de assistncia social; 3 assistentes sociais; 2 psiclogos; 4 educadores social; 1 auxiliar administrativo; 1 advogado. Horrio de funcionamento: todos os dias das 08hs-17hs. Coordenadora: Alexsandra Pestana. Publico Alvo: Todas as pessoas vtimas de violao dos seus direitos.

4/14/12

Servios oferecidos: Ateno psicossocial e jurdica, a qualquer indivduo vtima de violao do direito. Aes de preveno: O CRAS o que d a preveno. Chega ate ns as causas quando j ocorreu a violao do direito. Porem a organizao faz campanhas educativas, seminrios, abordagem nas ruas para manter a populao informada. Tentam levar essas informaes s escolas, nos comrcios, nas indstrias, nas comunidades. Projetos: Semana de enfrentamento a violncia da mulher domstica; O ms de maios acontece o projeto infanto juvenil, sexual. Trabalhando junto com o PETI na preveno do trabalho infantil. Medidas educativas para adolescente (Liberdade assistida) e prestao de servios a comunidade.4/14/12

Projetos: Semana de enfrentamento a violncia da mulher domstica; No ms de maio acontece o projeto infanto juvenil, sexual. Trabalhando junto com o PETI na preveno do trabalho infantil. Medidas educativas para adolescente (Liberdade assistida) e prestao de servios a comunidade. A avaliao dos processos de trabalho em 2011O CREAS promoveu e participou de seminrios, palestras, campanhas, conferncias para melhor atender a populao. Atendeu aos casos que lhe compete: a violao dos direitos da criana e do adolescente; mulher em situao de violncia domstica; moradores em situao de rua; idosos; pessoas deficincia com e qualquer individuo, homens ou mulheres, que tenha tido seus direitos violados.4/14/12

Consideraes FinaisA participao do psiclogo junto rede de proteo social, embora regulada pela Norma Operacional Bsica de Recursos Humanos para o SUAS (NOB-RH/SUAS) e, que dispe de que forma e onde devem atuar os psiclogos trabalhadores da assistncia social, ainda algo novo, e que deve, portanto, ser amplamente divulgado e compreendido no 4/14/12 somente pelos psiclogos, mas

O objetivo destacar que o interesse por esta temtica surge no somente por ser um novo campo de atuao para os profissionais da psicologia, mas em particular, responder questes que, enquanto psiclogos temos acerca do tema.

4/14/12

Referncias

Parmetro para atuao de assistentes sociais e psiclogos(as) na Poltica de Assistncia Social / Conselho Federal de Psicologia (CFP), Conselho Federal de Servio Social (CFESS). -- Braslia, CFP/CEFESS, 2007.52 p

.

Revista Dilogo , edio n 7. Polticas de Assistncia Social. Conselho Federal de Psicologia. Cdigo de tica profissional do psiclogo. Cdigo de tica profissional de Assistncia Social. /www.encontro2011.abrapso.org.br CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Banco Social de Servios. Relatrio Final. Braslia: CFP, 2005.

LEI ORGNICA DA ASSISTNCIA SOCIAL (LOAS), Lei n 8.742, de 7 4/14/12 de dezembro de 1993, publicada no Dirio Oficial da Unio (DOU)