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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA-
AJES
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – ISE
CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM
EDUCAÇÃO INFANTIL
DIFICULDADES E IMPORTÂNCIA DA LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS
Maria Tereza de Carvalho de Castro
Orientador: Prof. ILSO FERNANDES DO CARMO
ALTA FLORESTA/2011
ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA-
AJES
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – ISE
CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM
EDUCAÇÃO INFANTIL
DIFICULDADES E IMPORTÂNCIA DA LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS
Maria Tereza de Carvalho de Castro
Orientador: Prof. ILSO FERNANDES DO CARMO
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do titulo de Especialização em Psicopedagogia com Ênfase em Educação Infantil”.
ALTA FLORESTA/2011
ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA-
AJES
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – ISE
CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM
EDUCAÇÃO INFANTIL
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
ORIENTADOR
Prof. Ilso Fernandes do Carmo
AGRADECIMENTO
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelo dom da vida que ele me deu, sua presença constante em meu viver, pela força, coragem e determinação, pois sei que a minha vitória foi ele quem deu. Á minha filha, ao meu querido esposo, pelos momentos difíceis, compreensão e carinho que me fizeram crescer e acreditar cada vez mais nos meus ideais.
“Ler não é caminhar e nem voar sobre as palavras. Ler é reescrever o que estamos lendo, é perceber a conexão entre o texto e o contexto e como vincula com o meu contexto” (Paulo Freire)
RESUMO
A pesquisa apresenta uma análise das dificuldades de aprendizagem
na Leitura e Escrita dos alunos em séries iniciais do ensino fundamental. O estudo
se pautou na abordagem qualitativa na realização das atividades, através da
observação e entrevista com professores e alunos de Escolas do Município, que
proporcionou compreender o processo de aprendizagem da leitura e escrita. Durante
a pesquisa constatamos que as principais dificuldades que os alunos apresentam
para ler e escrever, são decorrentes de vários fatores, porém enfatizamos os mais
importantes como: falta de acompanhamento individual tanto da família como da
escola. Falta de paciência dos professores, recursos inadequados, bem como a
responsabilidade da família em manter as crianças na escola. Sendo assim,
consideramos que o presente estudo trouxe-nos resposta satisfatória para nossos
questionamentos a respeito das dificuldades enfrentadas pelos alunos no processo
da leitura e escrita. Deste modo estamos estimuladas a avançar nossos estudos,
contribuindo assim, não só para a nossa prática pedagógica, mas também para
vocês leitores em virtude de algumas dúvidas a respeito desse conhecimento.
SUMÁRIO
Introdução...................................................................................................................07
1. História da leitura.............................................................................................11
2. Importância da leitura......................................................................................13
3. Escola e leitura................................................................................................15
4. A importância da contribuição da família no processo da leitura....................17
5. Leitura como fonte de informação e prazer.....................................................19
6. Pesquisa de campo.........................................................................................23
Conclusão...................................................................................................................25
Referências bibliográficas..........................................................................................27
Anexos........................................................................................................................29
INTRODUÇÃO
O mundo passa atualmente por uma revolução tecnológica que está
alterando profundamente as formas de trabalho e de interação, onde, numa
economia cada vez mais globalizada, a competitividade desponta como necessária à
subsistência humana. No afã de auto-superar o homem moderno terminou o século
XX em desarmonia consigo mesmo, sem reflexão crítica sobre as suas reais
necessidades, as quais deveriam permear o próximo milênio.
Sobre este prisma, torna-se oportuna a discussão sobre as formas de
lidar com os novos tempos e, portanto, emergir o discurso sobre a qualidade de
ensino nas escola, atentando para a ascensão no nível de educação de toda
população e detectando os fatores que possam atender às novas exigências
educativas que a própria vida cotidiana impõe de maneira crescente no meio social.
Neste sentido, um dos instrumentos imprescindíveis para uma
formação geral e que possibilite cidadãos críticos, autônomos e atuantes, nesta
sociedade em constante mutação, seria a prática de leituras variadas que promova,
de maneira direta ou indireta, uma reflexão sobre o contexto social em que estão
inseridas, uma vez que o movimento dialético da leitura deve inserir o leitor na
história deste milênio e o constituir como agente produtor de seu próprio futuro.
O exercício da leitura, tal qual se encontra atualmente legitimado nas
escolas, não vai além de mera decodificação de signos gráficos, os quais são
permeados de fragmentos de livros didáticos, para não fugir à regra imposta
coativamente aos longos dos tempos da história do ensino em nosso país, servindo
como fonte de disseminação de uma ideologia, a ideologia que vai ao encontro dos
interesses dos detentores do poder: a massificação e formatação do conhecimento
humano.
Tal postura transforma o ato de ler enfadonho, acrítico, mecânico e,
dessa forma, distante de uma categoria que una o ato de ler ao prazer, que permita
a leitura como fonte de lazer.
As fracas experiências com a leitura afastam o leitor do contexto social
e cultural, faz com que desconheça o que de mais profundo o homem pensou e
escreveu sobre si, alienando-se das informações e, conseqüentemente obsta sua
participação ativa e efetiva na sociedade em que está inserido.
Por esta perspectiva, obvia-se a necessidade da formação de leitores,
pois se percebe que sua participação no contexto social depende de sua visão de
mundo, de seus valores, de seus conhecimentos, de sua reflexão e visão crítica,
enfim, da leitura como instrumento do conhecimento.
Diante dos impasses tecnológicos e culturais do final do milênio, a
Escola se revela como uma das instituições mais ameaçadas pelos novos rumos da
sociedade. Espaço privilegiado do saber, a Escola mantém a escrita da palavra
como texto básico no ensino, embora o mundo das imagens virtuais já faça parte da
realidade de muitos alunos.
A velocidade das novas linguagens invadiu o cotidiano, atropelando o
ritmo harmônico do aprendizado, e ao pretender uma atualização, a Escola assimila
o novo sem a devida reflexão. Ou seja, persiste num ritmo de leitura pouco
apropriado à formação do pensamento crítico, com as informações e novidades
sendo incorporadas de maneira aleatória, sem uma visão científica necessária para
a construção do conhecimento.
Na pressa de estar em sintonia com as inovações, a Escola
desconsidera o processo formador de aprendizagem, limitando-se a investir na
circulação de imagens e deixando de observar a qualidade dos textos que oferece a
seus alunos como fonte de leitura, promovido no seu espaço. Priorizando a
substituição do conhecimento por informação, a Escola se descompassa e, sem
formar leitores críticos ou incutir o hábito da leitura, prepara mal o cidadão que
escreverá o “texto futuro”, que escreverá e perpetuará a nossa história.
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Nesta perspectiva, o exercício da leitura transcende, em muito, a
utilização de materiais, muitas vezes empregados como modismos em sala de aula.
A formação do leitor impõe-se como prioridade a ser seguida, pressupondo a figura
do professor como interlocutor ativo no diálogo da leitura, a fim de instigar e
promover leitores que estejam à procura de respostas às suas próprias indagações
e a desconfiar dos sentidos das letras impostas por textos insignificantes para, desta
forma, encontrar nos livros, a fonte de sua sabedoria e inspiração, resgatando a
história do conhecimento, tão necessária nos novos tempos, em que as mudanças
são rápidas e atropelam o próprio “saber humano”.
O desafio se encontra na necessidade da busca e implementação de
mecanismos que propiciem a atração pela leitura na mais tenra idade, na fase da
infância, em que a criança está descobrindo seu microcosmo, seu mundo, está
despertando para a realidade subjacente e tentando participar desta realidade com
suas novas fantasias e descobertas.
Assim como destaca GÓES (1990, p. 16) “A leitura para a criança não
é, como às vezes se ouve, meio de evasão ou apenas compensação”. É um modo
de representação do real. Através de um "fingimento", o leitor reage, reavalia,
experimenta as próprias emoções e reações.
A Escola insere-se neste contexto como instrumento hábil a
implementar a leitura nas Séries Iniciais, motivando os jovens leitores através de
uma mudança de concepção, ou seja, transformando a leitura como algo agradável,
fonte não apenas de informação, mas principalmente de lazer.
É o que se pretende ao longo deste trabalho monográfico de pesquisa
bibliográfica, através de a escrita demonstrar aos leitores a relevância do educador
na formação de novos leitores, numa concepção de que, sem rupturas no processo
ensino-aprendizagem, a leitura pode ser empregada como mecanismo de lazer,
cultura e formação.
A fim de propiciar melhor entendimento aos leitores, esta monografia
está construída das seguintes partes: história da leitura, importância da leitura,
escola e leitura, a importância da contribuição da família no processo da leitura,
leitura como fonte de informação e prazer. Na pesquisa de campo, percebemos o
quanto é importante à mesma na vida diária e futura do pequeno leitor, pois será de
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sua responsabilidade proporcioná-los espaços adequados de leitura, transformando
estes espaços em situações prazerosas de aprendizagem.
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1 HISTÓRIA DA LEITURA
Há milhares de anos, segundo LAROUSSE JÚNIOR (2003), o homem
pintava nas paredes das cavernas touros e bisões, renas e cavalos, esse tipo de
pintura era chamado de pictografia. No desenvolvimento da escrita, o homem
substituiu a representação visual pela sonora. O sinal se libertou do objeto e a
linguagem adquire a sua verdadeira natureza que é oral. A humanidade é
possuidora da razão, possibilitando assim a comunicação e o relacionamento com
outros homens.
Antigamente, segundo LAROUSSE JÚNIOR (2003), o conhecimento
era transmitido oralmente. Por isso, a arte da oratória era a base dos ensinamentos,
sendo através do diálogo que os mestres ensinavam os aprendizes. Em função das
dificuldades de publicar e divulgar as obras escritas, o leitor era um ouvinte, onde
leitores e não leitores tinham mais contato no sentido de registrar os textos. Os
textos eram escritos em volumes, rolos de papiros, um dos primeiros registros de
pensamentos.
A leitura e a escrita estavam restritas a poucas pessoas. Na Grécia,
segundo LAROUSSE JÚNIOR (2003), restringia-se somente aos filósofos e
aristocratas, enquanto em Roma ela tornou-se uma forma de garantir os direitos do
povo as suas propriedades. Na Idade Média, uma minoria era alfabetizada, as
igrejas, os mosteiros e as abadias converteram-se nos únicos centros da cultura
letrada. Nos mosteiros e abadias medievais encontravam-se as únicas escolas e
bibliotecas da época, e era lá que se preservavam e restauravam textos antigos da
herança greco-romana.
A educação formal entrou em crise na Alta Idade média, segundo
LAROUSSE JÚNIOR (2003), ficando restrita basicamente ao meio clerical. Durante
esse período, a igreja manteve escolas episcopais para garantir a formação do clero,
enquanto dentro dos mosteiros realizava-se a leitura e a copia de documentos
escritos e de alguns livros das civilizações romanas e gregas. A leitura tinha o
caráter religioso e não tinha a obrigação de ensinar ler. A escrita tornou-se um
símbolo sagrado, assim à igreja vinculou a idéia de que o individuo que não sabia ler
tinha que respeitar sem contestar os ensinamentos sagrados, devendo apenas
escutá-los e memorizá-los.
Durante muito tempo, a leitura ficou atrelada à esfera clerical, porém, lá
pela metade do século XI, segundo LAROUSSE JÚNIOR (2003), com o aumento
das atividades comerciais e manufatureiras, que provocaram o crescimento das
zonas urbanas, a igreja começou a perder, pouco a pouco, o poder sobre o ensino.
Nesse sentido a escrita avançou então alem dos muros da igreja e chegava também
ao alcance dos leigos.
Foi então, segundo LAROUSSE JÚNIOR (2003), devido a esse
desenvolvimento econômico e social, que aumentaram as necessidades de
instituições da população. Com isso, foram implantadas escolas públicas as quais
gradativamente passaram a crescer.
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2. IMPORTÂNCIA DA LEITURA
É através da leitura, segundo FREIRE (1999), que fazemos a
internalização das informações e por meio desta adquirimos a habilidade de ver as
coisas com novos significados, novas perspectivas, além do que a leitura é uma
forma de nos apropriarmos da realidade na qual estamos condicionados. Fazer uma
conscientização dessa importância, principalmente na base da formação dos futuros
leitores que se inicia nas séries iniciais, enfatizando que independente do tipo de
leitura, seja ela informativa ou não, apresenta uma relação com o real, despertando
também o imaginário, a criatividade, realçando ainda que a mesma seja mediadora
entre cada ser humano, facilitando a comunicação entre todos. Portanto o professor
e a escola devem favorecer a leitura, trabalhando-a para o desenvolvimento do
senso crítico, o raciocínio, enfatizando que a mesma propicia momentos prazerosos
e possibilita novas descobertas e assim mais conhecimentos, além de enriquecer o
vocabulário, o aprimoramento da grafia e conseqüentemente a dicção, evidenciando
ainda que a leitura proporcione resultados benéficos não apenas nas pesquisas
escolares, mas principalmente em sua vida social.
A leitura, segundo FREIRE (1999), é um dos principais instrumentos
para que o indivíduo construa o seu conhecimento e aprenda a exercer sua
cidadania e também o exercício da fantasia e levando quem lê a construir um mundo
imaginário, exercendo a reflexão crítica e promovendo o debate de idéias. Sabe-se
também que a leitura é uma condição prévia para a escrita, pois bons leitores são
bons escritores. Demonstra também que o ato de ler deve ir além da leitura das
letras, de palavras; levando o indivíduo à leitura de mundo, do contexto cultural onde
ele vive possibilitando assim o desenvolvimento do senso crítico, tornando-o sujeito
do processo do conhecimento.
O filósofo iluminista Voltaire (1694 - 1778), citado por AGUIAR &
DORIA (2009), dizia que “a leitura engrandece a alma”.
Para John F. Kennedy, citado por AGUIAR & DORIA (2009), o amor
pela leitura significava trocar horas de fastio por horas de inefável e deliciosa
companhia.
Carlos Drummond de Andrade, citado por AGUIAR & DORIA (2009),
defendia que a leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que
pareça, a quase totalidade não sente esta sede.
Ziraldo, citado por AGUIAR & DORIA (2009), reforça a importância de
motivar a criança para a leitura, para a aventura de ler.
Como quase tudo na vida, fica muito mais fácil tomar o gosto pela
leitura desde criança. O incentivo começa em casa, muitas vezes pelo reflexo dos
pais. É preciso oportunizar o acesso aos livros.
“Na escola, além das técnicas didáticas dos professores com práticas de leitura, é importante ressaltar que um aspecto muito relevante na formação de um bom leitor é a importância da família nesse processo.” (YUNES , 1985, p. 21).
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3 ESCOLA E LEITURA
O papel da escola é o de incentivadora do ato de leitura. Ela, além de
formar o leitor, deve sempre trabalhar com a leitura. O ensino deve ser pautado
sempre na criação e na crítica da realidade. No Brasil, temos uma porcentagem
muito pequena de leitores assíduos e, muitas vezes, isso afeta o aprendizado e
desenvolvimento dos estudantes na escola. Por isso, a escola deve pautar os
processos de ensino-aprendizagem sempre na leitura. Assim, facilita o aprendizado
pela autonomia e crítica da realidade que a leitura proporciona e ajuda no incentivo à
leitura daqueles que ainda não possuem simpatia por ela. Acreditamos que somente
com a leitura, poderemos educar cidadãos autônomos, críticos e transformadores da
realidade. É através da leitura, em sua rede de significados, que podemos reler a
realidade e transformá-la. A leitura pela memorização e pela reprodução forma
somente leitores. A leitura pela crítica da realidade forma leitores autônomos e
transformadores do meio que estão inseridos. E, por isso, a Biblioteca escolar deve
estar sempre presente no processo de formação de bons leitores e escritores.
No que se refere à Escola e aos objetivos da leitura ou ao “Para que
ler na escola?”, pode-se afirmar que ainda não existe nos currículos conhecidos e
analisados, uma concretização de um pressuposto geral básico, qual seja, o da
articulação entre a função social da leitura e o papel da escola na formação do leitor.
Se dimensionarmos essa função social como sendo a necessidade do conhecimento
e a apropriação de bens culturais, a leitura funciona, em certa medida, um meio e
não um fim em si mesmo. Daí a importância do papel da escola em relação à leitura,
que é o de oferecer aos alunos mecanismos e situações em que eles “aprendam a
ler e, lendo, aprendam algo”.
Oportuna a citação:
“A leitura dentro do espaço educacional deve ser tratada como um ato de liberdade. Para que se obtenha uma resposta às significações atribuídas pelo autor, é necessário que se busque aquilo que irá satisfazer o leitor. Nesse caminho, o indivíduo participa do dialogo educacional, expressando seus pontos de vista e mostrando os caminhos que o levaram a ter esse posicionamento.” (SILVA, 2005, p. 79).
Nesse sentido, a construção do conhecimento, segundo entendimento
de alguns autores como elemento principal, se efetivará pelo hábito da leitura, uma
vez inserida e enfatizada no contexto escolar. Afinal, é principalmente através da
leitura que os alunos poderão encontrar respostas aos seus questionamentos,
dúvidas e indagações, mormente no que concerne aos caminhos por onde
permeiam na construção do seu conhecimento, e não apenas vinculados e adstritos
a uma metodologia tradicional.
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4 A IMPORTÂNCIA DA CONTRIBUIÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO DO
APRENDIZADO DA LEITURA
É de suma importância a participação da família na vida escolar dos
alunos, uma vez que a família participa no processo de ensino aprendizagem, os
alunos se sentem mais motivado e seguro quanto as suas ações. A contribuição da
família beneficia tanto o aluno quanto a escola e os próprios professores, pois em
sala de aula nem sempre o aluno assimila todo conteúdo passado, então o mesmo
necessita da contribuição da família.
Por tanto para que a escola desenvolva sua real função de construir
cidadãos críticos, reflexivos, capazes de transformar a realidade. É necessário que a
instituição escolar busque meios de conscientizar a comunidade escolar quanto a
importância da família na escola e seu papel no processo de ensino-aprendizagem.
A presença da família é relevante na apreensão do conhecimento.
Nessa perspectiva REGO (1998), aponta que o desenvolvimento do
aprendizado do aluno incide na participação do adulto, seja ele o professor, os pais,
ou outros adultos que convivem com os alunos.
A participação dos pais junto aos filhos é a primeira associação
possível entre o mundo da família e o da escola para que a criança inicie sua
escolarização, é aquela entre a socialização primária e socialização secundária. Nas
palavras de BERGER & LUCKMANN (1999, p. 175), “a socialização primaria é a
primeira socialização que o individuo apresenta na infância, e em virtude da qual se
torna membro da sociedade”.
Observa-se que o contexto familiar dos alunos pertencentes às classes
menos favorecidas, os níveis de aprendizado da família em alguns momentos
impedem-nas de progredir na leitura e escrita, pois a leitura e escrita são
apropriadas pelos alunos também no convívio com outras pessoas.
Nesse caso, o ambiente sócio-familiar de acordo com o pensamento
expresso por BOURDIE (1999), impede que o capital cultural seja favorável a
ascensão das crianças das classes menos favorecidas a terem êxito na escola.
O ambiente familiar representa um papel importante no
desenvolvimento do ser humano, especialmente na formação de atitudes e hábitos.
Segundo RÊGO (1998), a imitação desempenha aspecto relevante na
formação da personalidade da criança e o contato com o adulto possibilita o
aprendizado em dimensões significativas. Visto que vivemos numa sociedade
letrada, onde se revela a valorização da leitura e essa competência na criança pode
ser aprendida no ambiente familiar quando os pais são bons leitores.
Entende-se que os processos de aquisição de leitura e escrita em
diversos casos não são exclusividade da deficiência apresentada pela escola, pois o
ambiente familiar expresso por muitas crianças não oferece condições de elevar seu
aprendizado.
Portanto, tornam-se necessários estudos e análises sobre a aquisição
de leitura e escrita pela escola dos fatores que impedem o desenvolvimento da
criança neste processo construtivo da leitura e escrita, estabelecendo propostas
pedagógicas favoráveis a elevação do nível qualitativo de aprendizagem da criança,
juntamente com a participação da família. Expressar níveis de domínio de leitura e
escrita pode ser favoráveis para o desenvolvimento da criança, o que certamente
poderá mudar a realidade de suas vidas.
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5. LEITURA COMO FONTE DE INFORMAÇÃO E PRAZER
A escola, espaço que convencionamos como sendo específico e
privilegiado do saber, no que concerne à leitura, precisa rever suas práticas,
mormente diante de leituras impostas em salas de aulas onde faz imperar um
dualismo: de um lado algumas escolas que, ao pretenderem uma rápida atualização
com o presente, assimilam o novo sem a devida reflexão utilizando
inadequadamente instrumentos modernos de ensino e tornando seus leitores
passivos diante de imagens efêmeras. Em contraposição, outras escolas utilizam
textos fragmentados de manuais didáticos como único meio auxiliar para a leitura,
objetivando o trabalho de unidades curriculares como mera fixação e memorização
de conteúdos, quase sempre aleatórias à realidade dos alunos.
Esta antinomia existente em tais práticas de leitura está longe de
resgatar a história do conhecimento humano, de estimular o pensamento ou induzir
o aluno ao prazer em ler.
Neste sentido, esta ambigüidade da prática educativa torna os alunos
alheios a realidade que os circundam, tornando-os vulneráveis a dominação de uma
minoria que pensa e se mantêm bem informados. Parte-se então do pressuposto
que a prática da leitura significa a possibilidade de domínio através de um
instrumento de poder, chamado linguagem formal, pois é desta forma que estão
escritas as leis que regem nosso país, e assim perceber os direitos que se tem, o
direito das elites que, com um discurso ideológico em prol da liberdade e da justiça,
os mantêm na condição de detentores do Poder.
Manter grande parte da população escolar perto do alcance desta
linguagem formal, este é o grande desafio, a fim de que, com uma visão crítica e
reflexiva e através do discernimento, não se permita a perpetuação de sua condição
de dominados.
Neste sentido torna-se oportuno citar FOUCAMBERT (1994, p. 121):
“(...) a leitura aparece também como um instrumento de conquista de poder por outros atores, antes de ser meio de lazer ou evasão. O “acesso a leitura” de novas camadas sociais implica que leitura e produção de texto se tornem ferramentas de pensamento de uma experiência social renovada; ela supõe a busca de novos pontos de vista sobre uma realidade mais ampla, que a escrita ajuda a conceber e a mudar, a invenção simultânea e recíproca de novas relações, novos escritos e novos leitores. Nesse sentido torna-se leitor pela transformação da situação que faz que não se o seja.”
Faz-se mister que as escolas revejam as condições restritas impostas
ao ensino da leitura. Entretanto mudar as condições de produção da leitura na
escola não significa apenas alterar os instrumentos de sua codificação e
decodificação, vai muito mais além:
Conforme Paulo Freire (1997, p. 11):
“(...) o ato de ler não se esgota da decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra (...) linguagem e realidade se prendem dinamicamente.”
Exige-se da escola, principalmente, o redimensionamento de todo o
trabalho educativo que engloba: ousadia, seleção de materiais variados, espaço
para socialização, respeito a opiniões divergentes, enfim novas propostas de
trabalhos pedagógicos com leituras críticas e variadas.
Reafirmamos que o exercício e prática da leitura transcendem ao uso
de materiais como meios auxiliares de ensino, empregados como modismos em sala
de aula ou como atividade ligada à lição e a intenção didática instrucional.
Além da leitura como informação e, conseqüentemente, como fonte de
acesso ao conhecimento e ao poder, o mais importante é a capacidade de se aliar
isso ao prazer e entretenimento, pois é de se deduzir, por essa linha de pensamento
que, o contrário sensu, o prazer na prática da leitura levará automaticamente o leitor
ao conhecimento.
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Assim, a leitura singular dos livros didáticos deve ceder espaço aos
livros de literatura infantil, jornais, revistas, gibis, bulas de remédios, receitas
caseiras, etc., que fazem parte dos objetos de uso cotidiano, articulado a uma leitura
significativa e, portanto, compreensiva e mais agradável como processo pedagógico.
Leitura é conhecimento, e o conhecimento é um processo de
construção em que o protagonista é o aluno, e respaldando tal assertiva é oportuno
citar Paulo Freire:
“Uma educação que procura desenvolver a tomada de consciências e a atitude crítica, graças à qual o homem escolhe e decide, liberta-o em lugar de submetê-lo, de domesticá-lo, de adaptá-lo, como faz com muita freqüência a educação em vigor num grande número de países do mundo, educação que tende a ajustar o indivíduo à sociedade em lugar de promovê-lo em sua própria linha.” (1997, p. 11).
Com essa ideologia na prática pedagógica, poderá se propor nas
escolas alternativas de promoção de leitura, objetivando despertar o interesse e a
vontade de ler por parte dos alunos através, por exemplo, segundo Paulo Freire
(1997), das seguintes ações:
Substituição dos livros didáticos por livros de literatura;
a) Dramatizações com a participação dos alunos;
b) Atividades com ORIGAMI, arte japonesa que constitui na dobradura
artística de papéis, criando personagens das histórias;
c) Manipulação de argila e construção de maquetes, fundamentados na
releitura das histórias;
d) Realização de atividades com bulas de remédios. Com a troca de
informações, experiências e conselhos;
e) Criação de caixinhas de remédios e elaboração de bulas com base em
algum medicamento natural conhecido;
f) Exploração de receitas culinárias;
g) Trabalho com jornais;
h) Leitura de histórias em quadrinhos:
As histórias em quadrinhos têm um efeito surpreendente como
mecanismo de incentivo à leitura. Tais histórias atraem os alunos pela identificação
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que estes fazem com alguns personagens, semelhante ao mundo fático. A fantasia
transforma a leitura em modalidade de ensino e de prazer.
A realização destas propostas pedagógicas, como alternativas e
complementares, poderá estimular nos alunos a vontade e o prazer da leitura.
Há muito a se discutir, refletir e pesquisar para que se consiga
concretizar de maneira efetiva, nas salas de aula, esta audaciosa proposta. Para
isso, se faz mister uma mudança na postura dos educadores e também da
consciência de que, como enfatizamos nos capítulos iniciais, exigirá a quebra de
alguns paradigmas no processo educativo.
Trata-se de um primeiro passo e de um grande desafio: romper
barreiras para melhor ensinar, visando, sobretudo, uma educação que permita ao
aluno o exercício pleno de sua cidadania e o seu desenvolvimento como pessoa
humana através do hábito de ler, não apenas como fonte de conhecimento, mas
também como informação e prazer!
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6. PESQUISA DE CAMPO
Refletir sobre a leitura suas dificuldades e conseqüentemente sobre a
atuação do professor em sala de aula tornou-se comportamento mais do que
adequado para resolver o impasse de incapacidade de grande parte das crianças
em atribuir sentido ao se deparar com um texto.
Em busca dessa reflexão, realizei pesquisa que pretende identificar as
dificuldades e a importância da leitura nas séries iniciais. A pesquisa de campo
entrevistou alunos e docentes que lecionam nas séries iniciais do Ensino
Fundamental em Alta Floresta. Ao compartilharem suas vivências de leitura e a
mediação desempenhada em sala de aula, as entrevistadas, cuja formação é de
ensino superior completo em Pedagogia e Normal Superior, provaram que a
qualidade da mediação oferecida na docência está intimamente relacionada às
práticas de leitura por elas vividas desde a infância até a fase adulta. As
professoras, que são leitoras, são capazes de propiciar um contato mais significativo
do aluno com o texto. O mesmo não ocorre com aquelas profissionais com repertório
restrito ou limitado a leituras repetitivas. A ausência de leitura do professor, portanto,
é a grande responsável pela dificuldade na formação dos alunos para a leitura. Uma
efetiva formação leitora exige a simetria de comportamentos entre aluno leitor e
professor leitor. Os professores também relataram que não possui materiais
didáticos para trabalhar a leitura.
Os alunos demonstraram desconhecimento das funções sociais da
escrita e pouco conhecimento extralingüístico, o que leva a acreditar que a oralidade
não é muito trabalhada nas séries iniciais. Alguns não sabiam o nome dos pais,
apesar de morarem com os mesmos, não sabiam os seus nomes completos.
Mencionaram que a professora não lê para eles e não os leva a biblioteca e quando
lê ela não deixa eles lerem o que gostam.
Com base em meus estudos, concordo com JOLIBERT (1994), quando
esta afirma que o papel do professor em sala de aula é o de proporcionar aos
alunos, situações de leitura, estimular o senso crítico no aluno, elaborar com a turma
materiais de leitura como fichários, dicionário alfabético entre outros, e ajudá-los a
desenvolver o gosto pela leitura. O professor é responsável pelo estímulo do aluno,
assim, se o professor em sala de aula lê narrativas, poesias, músicas, entre outros
textos, utiliza-se destas leituras para estimular seus alunos, dando-lhes oportunidade
para desenvolver o gosto pela leitura, reconhecendo a função social da leitura e da
escrita na sociedade em que vive.
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CONCLUSÃO
A experiência obtida com o trabalho foi relevante em todos os aspectos
educacionais.
Os conhecimentos adquiridos serviram-nos como suporte para a
prática pedagógica.
No entanto acredito que para acontecer o avanço na prática da leitura é
preciso que os professores sejam comprometidos com a desmistificação das
relações sociais, tenham clareza teórica e estimule a presença, a discussão, a
pesquisa, o debate e enfrentamento de tudo que se constrói o ser.
Além do mais, que esse profissional seja reflexivo em sua prática
pedagógica, deve ser sensível a apreensão de possibilidades alternativas, deve ter
consciência que é passível de erros, esteja sempre se questionando no seu fazer
em sala de aula, indo além das atividades imediatistas, tendo em mente o tipo de
homem que quer formar.
Compreendemos que o processo de leitura e escrita inicia muito antes
da criança entrar em contato com o mundo adulto, recebendo estímulo para depois
chegar à escrita convencional.
Ao longo dessas linhas buscou-se inspiração, sobretudo, na crença e
firme convicção como educadora, de que o futuro está na educação, principalmente
na Educação Infantil e Séries Iniciais.
O desfio do novo educador, daquele adequado ao mundo
contemporâneo, está justamente em fazer frente às ideologias dominantes que
insistem em práticas educativas tradicionais e descomprometidas com o objetivo
máximo da educação, centro para onde deveriam convergir todos os interesses: o
aluno.
Nesse desiderato, comprometidos com o amanhã e com o futuro de
nossos filhos, de nossa história, e porque não dizer de nossa própria existência,
incumbe-nos, através de um discurso pragmático e não meramente dogmático,
persuadir o público que tem compromisso com a educação, na realidade da família
ao professor, da Escola ao próprio Estado, a implementar ações voltadas para a
formação do futuro cidadão, sendo a inculpação do hábito da leitura o mais ideal
dos instrumentos para essa conquista.
Concluímos que a leitura é essencial para a construção de sujeitos
ativos, participativos e transformadores da realidade. Atos de participação, crítica e
de transformação. Como defendia FREIRE (1988, p. 2), a leitura do mundo antecede
a leitura da palavra e a leitura da palavra é a continuidade e releitura da leitura do
mundo. Assim, a escola em articulação com a Biblioteca escolar, os pais tem um
papel fundamental no incentivo à leitura para uma educação de qualidade, crítica,
transformadora e como ato político para a emancipação social.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, F. & DORIA, O. (Orgs.). A escola e a letra. São Paulo: Boitempo, 2009. BAMBERGER, Richardo. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 1991. BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. BOURDIEU, Pierre. Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1999. CÓCCO, Maria Fernandes e HAILER, Marcos Antônio. Didática da alfabetização. SãoPaulo: FTD, 1996. FERREIRO, Emília. Com todas as letras. 9. ed . São Paulo: Cortez,1992. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. ___ ______.Professora sim, tia não. 8. ed. São Paulo:Olho d’água,1997. _________.A importância do ato de ler. In: FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1988. _________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1999. (coleção leitura). GÓES, Lucia Pimentel. A aventura da literatura para crianças. São Paulo: Melhoramentos, 1990;
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YUNES, Eliana. A leitura e a formação do leitor: questões culturais e pedagógicas. Rio de Janeiro: Edições Antares, 1985
_________.Os processos de leitura e escrita.Porto Alegre: Artes Médicas, 1987 _________.Psicogênese da língua escrita. 4. ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1991. _________.Dificuldade na aprendizagem da leitura. Teoria e pratica. 2. ed. São Paulo: 1997. Disponível em http://www.novaescola.com.br. Acesso em: 22 ago. 2010.
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ANEXOS
Questionário Para Professores Caro professor (a) Solicito a sua colaboração no sentido de responder s questões abaixo, de forma sincera, pois os dados servirão de apoio para efetivação do nosso projeto de pesquisa. Grata Maria Teresa 1- Dados Gerais: Idade ______ Quantos anos atua como professor (a)? _______ Qual sua formação?___________ 2- Questões Específicas a) Como você exerce sua práxis, a fim de alcançar os objetivos educacionais da escola? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ b) Que metodologia você utiliza para garantir às crianças clareza e segurança no seu aprendizado? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) O que você faz, quando descobre em sua turma uma criança com dificuldade de leitura. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) Quais os recursos que você utiliza para trabalhar com essa criança? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ e) Você faz um trabalho individualizado ou coletivo já que essa criança tem dificuldade na leitura? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ f) Quais as dificuldades vivenciadas pelas crianças no processo de aprendizagem referente à leitura? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________
Anexo 2 QUESTIONÁRIOS DESTINADOS AOS ALUNOS 1) Para você o que é ler ? Comente. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2) Você tem dificuldades na leitura ? Por quê? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3) A leitura é importante para você?Por quê? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 4) Como você acha que a escola deveria trabalhar para melhorar o trabalho da leitura ? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________5) Você acha que a escola esta lhe ajudando no desenvolvimento da sua leitura? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________6) Quem tem hábito de ler em sua casa? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________