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AJES INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL APROVADA NOTA: 8,5 INTERVENÇÃO: CONTAR E RECONTAR HISTÓRIAS IRENE NUNES ROSSI [email protected] Orientador: Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo. ALTA FLORESTA/2016

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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM PSICOPEDAGOGIA

E EDUCAÇÃO INFANTIL

APROVADA

NOTA: 8,5

INTERVENÇÃO: CONTAR E RECONTAR HISTÓRIAS

IRENE NUNES ROSSI

[email protected]

Orientador: Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo.

ALTA FLORESTA/2016

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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM PSICOPEDAGOGIA

E EDUCAÇÃO INFANTIL

INTERVENÇÃO: CONTAR E RECONTAR HISTÓRIAS

IRENE NUNES ROSSI

Orientador: Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo.

Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Neurociência e Aprendizagem Psicopedagogia e Educação Infantil.

ALTA FLORESTA/2016

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente а

Deus, por ser essencial еm minha vida, autor

dе mеυ destino, mеυ guia, socorro presente

nа hora dа angústia e a minha família.

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AGRADECIMENTO

Dedico este trabalho primeiramente, a Deus. Ao meu esposo Giovani Beto

Rossi e meus filhos Letícia Amábile Rossi e Matheus Henrique Rossi, pois confiaram

em mim e me deram esta oportunidade de concretizar e encerrar mais uma

caminhada da minha vida. Sei que eles não mediram esforços pra que este sonho

se realizasse, sem a compreensão, ajuda e confiança deles nada disso seria

possível hoje. A eles além da dedicatória desta conquista dedico a minha vida.

Aos meus amigos, que me apoiaram e que sempre estiveram ao meu lado

durante esta longa caminhada, que muitas vezes compartilhei momentos de

tristezas, alegrias, angústias e ansiedade, mas que sempre estiveram ao meu lado

me apoiando e me ajudando.

Não poderia deixar de dedicar também este trabalho aos meus colegas de

profissão, sempre me escutando e me apoiando. A vocês meus amigos dedico este

trabalho e todo meu carinho. A estes dedico meu trabalho, sem a ajuda, confiança e

compreensão de todos, este sonho não teria se realizado.

Vocês são tudo pra mim! Muito Obrigada por tudo!

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RESUMO

O recontar histórias possibilita que as crianças desenvolvam uma estrutura

de linguagem interna mais sofisticada do que a usada na vida cotidiana. Portanto, é

preciso constatar a importância do desenvolvimento narrativo no discurso oral e

conhecer as produções das narrativas orais das crianças no momento posterior à

contação de histórias. A escolha desse tema foi feita pela busca do desenvolvimento

dos alunos de séries iniciais, onde a iniciação à alfabetização e leitura são feitas

através da contação de histórias. O trabalho consiste em uma pesquisa a campo,

através da avaliação por meio de vivência dos alunos recém iniciados a vida escolar,

através de contação de histórias. O objetivo desse estudo foi desenvolver a

oralidade, o prazer pela leitura e o gosto de contar e recontar as histórias em

crianças de séries iniciais. As avaliações foram realizadas por meios; verbal, onde a

criança expressa através da oralidade e escrita, por meio de elaboração de

desenhos livre com a temática voltada pra a história lida. Ao final das análises

individualizadas da modificabilidade permitiram constatar mudanças positivas na

eficiência do uso do vocabulário em crianças pré-escolares. Na faixa etária das

crianças assistidas, verifica-se que a aquisição do significado léxico das palavras

acontece, inicialmente, com a aprendizagem de referentes ligados a objetos que se

movem, como, por exemplo, animais e pessoas, de forma que nomes de lugares e

objetos estáticos são adquiridos mais tarde. O caráter lúdico do material proposto –

livros para contar histórias – mostrou ser capaz de envolver e motivar a participação

da criança na pesquisa, como foi possível verificar em seus relatos, na maior parte

deles positivos, sobre a ilustração dos livros e enredo das histórias.

Palavras-chaves: Criança. Séries iniciais. Aprendizagem e leitura.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 06

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 08

1.1 Literatura infantil .................................................................................................. 08

1.2 O livro infantil ....................................................................................................... 09

1.3 Contar e recontar histórias .................................................................................. 11

1.4 Contos infantis como instrumento pedagógico ...................................................... 9

1.5 Percepção infantil ................................................................................................ 11

2. MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 13

2.1 Metodologia ......................................................................................................... 13

2.2 Critérios de avaliação .......................................................................................... 20

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 21

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 21

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INTRODUÇÃO

O recontar histórias possibilita que as crianças desenvolvam uma estrutura

de linguagem interna mais sofisticada do que a usada na vida cotidiana,

aprimorando tanto a linguagem oral quanto a escrita. (SILVA, 1997).

Para recontar uma história é preciso que a criança a tenha ouvido ou lido

anteriormente. No caso de crianças pré-escolares, trata-se de ouvir histórias, pois

estamos lidando com crianças ainda não-leitoras. O adulto, ou mesmo uma criança

mais velha, assume, nessa atividade, um papel importante, pois tem mais

experiência com o assunto: seus esquemas de história já estão mais desenvolvidos.

(PATRINI, 2005).

Esse contato com os livros de histórias, antes da criança ler

convencionalmente, acontece em diversas fases, iniciando com as crianças apenas

apontando as figuras e nomeando-as e evoluindo para a leitura de faz-de-conta. A

experiência de ouvir e recontar histórias é fator decisivo para que a criança evolua

nesse contato. (ZANOTTO, 1996).

Além de ser uma atividade importante para a criança, a atividade de recontar

histórias pode ser utilizada como estratégia de avaliação pelo professor. Quando a

criança fala, nós, adultos, costumamos não prestar muita atenção na maneira como

ela fala, porque a nós importa o que ela quer dizer e, assim, preenchemos as

lacunas deixadas pela criança ao expressar-se, completando com termos, palavras

ou interjeições o seu pensamento, as suas ideias. (BAGNO, 2005).

Uma outra dica para escolher bem é contar aquelas que agradem àquele

que as conta. É muito importante que a história desperte alguma coisa em quem vai

contar: ou porque ela é bela ou divertida, ou porque tem uma boa trama, ou porque

dá margem para explorar um outro assunto ou porque acalma uma aflição

(ZANOTTO, 1996).

Depois que o professor (ou o contador) apresentou a história, várias

atividades podem ser realizadas, entre elas está o incentivar as crianças a recontá-

la, sem contudo, utilizá-la como pretexto para ensinar conteúdo. Aqui cabem dois

comentários (HOLLANDA, 1997).

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Vale a pena lembrar que a atividade de recontar histórias não precisa tornar-

se a mais importante do rol de atividades do currículo pré-escolar; todavia, não se

pode deixá-la de lado como estratégia que pode promover o desenvolvimento das

crianças: trata-se de uma alternativa que tem a sua especificidade e importância e

com a qual o professor pode enriquecer o trabalho que realiza com os alunos.

Nos decorrer do trabalho serão elucidados os capítulos: fundamentação

teórica, aprofundado no tema proposto com a contextualização de referências;

material e métodos, desenvolvido para avaliação do grupo de crianças assistidas,

demonstrando como a pesquisa foi cometida; discussão dos resultados obtidos e

conclusão do trabalho.

O objetivo desse estudo foi desenvolver a oralidade, o prazer pela leitura e o

gosto de contar e recontar as histórias em crianças de séries iniciais.

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 LITERATURA INFANTIL

A obra literária pode ser entendida como uma tomada de consciência do

mundo concreto que se caracteriza pelo sentido humano dado a esse mundo pelo

autor. Assim, não é um mero reflexo na mente, que se traduz em palavras, mas o

resultado de uma interação ao mesmo tempo receptiva e criadora. Essa interação se

processa através da mediação da linguagem verbal, escrita ou falada. (AGUIAR e

BORDINI, 1993).

É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os

diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e comportamentos

através dos quais uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus

impasses, seus desejos, suas utopias. Por isso a literatura é importante no currículo

escolar: o cidadão, para exercer, plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da

linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo

que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos. (LAJOLO, 2008)

Na perspectiva da leitura como recurso preventivo e promotor de

desenvolvimento humano, é possível vislumbrar a possibilidade de se utilizar os

livros de histórias infantis como fonte de conhecimento e compreensão dos estados

mentais (WITTER, 2004).

Para ABRAMOVICH (1991), ler para as crianças é suscitar o imaginário, é

ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é ter outras idéias para

solucionar questões. É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso dos

impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos e, assim, esclarecer

melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a solução delas.

A literatura infantil se configura não só como instrumento de formação

conceitual, mas também de emancipação da manipulação da sociedade. Se a

dependência infantil e a ausência de um padrão inato de comportamento são

questões que se interpenetram, configurando a posição da criança na relação com o

adulto, a literatura surge como um meio de superação da dependência e da carência

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por possibilitar a reformulação de conceitos e a autonomia do pensamento

(CADEMARTORI,1994).

Segundo FARIA (2004), a capacidade de educadores para perceber a

riqueza e a estrutura do livro de literatura infantil é uma das alternativas para não

reduzir a literatura a uma abordagem meramente pedagógica. Explorar o livro

infantil, sua narrativa, suas ilustrações, seu significado é um recurso que deve ser

abordado com competência e criatividade.

Trazer o livro de literatura infantil para o processo de alfabetização e

letramento não significa apenas entender este instrumento pedagógico como algo

descontraído e desvinculado das atividades rotineiras. Além do espaço preparado

para a leitura descontraída que precisa ser estrutura obrigatória da instituição, a

literatura infantil precisa estar dentro das salas de aula como trabalho pedagógico.

(FREITAS, 2012).

1.2 O LIVRO INFANTIL

O livro infantil apresenta uma função lúdica expressa por meio do texto e das

ilustrações coloridas, entre outros aspectos constituindo-se um elemento de prazer.

Compreende-se que o livro infantil é um importante instrumento de recreação e

entretenimento para a criança, e uma fonte inesgotável de formação e

conhecimento. (ROCHA, 2010).

O livro interessante para criança deve recorrer ao caráter imaginoso:

traduzidos em mitos, aparições da antiguidade, monstros ou realidades dos tempos

modernos; exposto numa forma expressiva qualquer: lenda, conto, fábula,

quadrinhos, etc.; descrito com beleza poética e ilustrações que mais sugerem do

que dizem. (SOSA, 1978).

Os contos de fadas, apesar de terem sido registrados por adultos, como

Perrault, os irmãos Grimm e Hans Christian Andersen dentre outros, surgem

apresentando um fascínio pelo fantástico e pelo maravilhoso. COELHO (2003),

verificou a presença da realidade cotidiana nos contos de Andersen no século XIX,

da fantasia adotada pelo escritor Charles Perrault no século XVII, e a incorporação

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das fábulas e das antigas narrativas da tradição oral nos contos compilados pelos

irmãos Grimm, no início do século XVIII.

BETTELHEIM (1980), ressaltou a importância da audição dos contos de

fadas pelas crianças, já que são repletos de problemas, com a presença do bem e

do mal, cuja solução indica a forma de se construir um relacionamento satisfatório

com as pessoas ao redor, uma literatura que dialoga com o inconsciente da criança,

a qual permite trabalhar com sentimentos inconscientes que revelam as múltiplas

facetas da personalidade.

Os contos infantis possibilitam o despertar de diferentes emoções e a

ampliação de visões de mundo do leitor infantil. E nesse encontro com a fantasia, a

criança entra em contato com seu mundo interior, dialoga com seus sentimentos

mais secretos, confronta seus medos e desejos escondidos, supera seus conflitos e

alcança o equilíbrio necessário para seu crescimento.

O espírito da criança precisa do drama, da movimentação das personagens, da soma das experiências populares e tudo isso dito por meio das mais elevadas formas de expressão e com inegável elevação de pensamento. (SOSA, 1978, p. 19).

Por meio do livro o leitor é capaz de projetar-se ao mundo da ficção. A leitura

é a passagem do mundo real para o mundo encantado dos livros. “Através do livro e

da leitura, a humanidade pode divinizar-se, homens e mulheres podem ser deuses,

porque imantados pelas verdades expostas nas escrituras.” (PERROTTI, 1990, p.

39).

A criança é criativa e precisa de matéria-prima sadia, e com beleza, para

organizar seu “mundo mágico”, seu universo possível, onde ela é dona absoluta:

constrói e destrói. Constrói e cria, realizando tudo o que ela deseja. A imaginação

bem motivada é uma fonte de libertação, com riqueza. É uma forma de conquista de

liberdade, que produzirá bons frutos, como a terra agreste, que se aduba e

enriquece, produz frutos sazonados. (CARVALHO, 1989).

Em seu roteiro deve constar a realização de uma seleção inicial do livro a

ser utilizado para atender a faixa etária e os interesses dos ouvintes. “A história é um

alimento da imaginação da criança e precisa ser dosada conforme sua estrutura

cerebral”. Portanto, para que o contador possa prender o ouvinte à história é preciso

que ele se envolva e goste do estilo daquilo que irá contar, dominando o enredo.

(COELHO, 1997).

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COELHO (1997), ao constatar a importância das histórias como fonte de

prazer com contribuições para o desenvolvimento da criança, estabelece critérios

que garantam segurança, naturalidade e sucesso ao narrador. Para isto, é

necessário que este elabore um plano no sentido de organizar seu desempenho,

evitando, assim, o improviso que desqualifica a obra e quebra a sequência do texto.

BUSATTO (2003), complementa que os contos de fadas apresentam sempre

uma situação a ser resolvida pelo herói ou heroína, geralmente sem nome próprio,

sendo, muitas vezes, representados apenas pela princesa, rei, rainha, mãe,

madrasta, bruxa entre outros.

Quando as personagens apresentam nomes próprios, eles são comuns,

evidenciando que qualquer criança poderia ser a personagem. Ou seja, os contos se

utilizam de uma linguagem simbólica que fala diretamente à criança, sem

intermediação de explicações, o que corresponde ao interesse dos ouvintes. As

imagens irão conversar com os medos que a assustam ou preocupam sugerindo

situações, acontecimentos, fatos que sejam significativos e atraentes para a criança.

Por isto, os livros devem fazer parte do seu cotidiano familiar e escolar. (SOSA,

1978).

ABRAMOVICH (1991), menciona que nele pode-se descobrir um mundo

imenso de conflitos e impasses, cujos problemas são enfrentados e solucionados

pelos personagens da história. Ao mergulhar neste ambiente imaginário, a criança

poderá identificar-se com alguns personagens presentes no enredo da mesma e

buscar resolver suas dificuldades pessoais.

O livro infantil, se bem que dirigido à criança, é de invenção e intenção do

adulto. Transmite os pontos de vista que este considera mais úteis à formação de

seus leitores. E transmite-os na linguagem e no estilo que adulto igualmente crê

adequados à compreensão e ao gosto do seu público. (MEIRELES, 1984).

1.3 CONTAR E RECONTAR HISTÓRIAS

Sabemos que a prática social do reconto é uma arte que ressurgiu

recentemente, depois de quase ter desaparecido no começo do século XX.

Conforme os apontamentos da autora foi uma prática rural do passado, abandonada

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com a urbanização das sociedades e que renasce nos anos 60, como um fenômeno

urbano. Ela atribui esse quase desaparecimento do conto ao surgimento das novas

mídias como o cinema e a televisão. (SILVEIRA, 2008).

Contar e ler histórias implica também em desenvolver todo o potencial crítico

da criança, pois através da audição de histórias a criança é levada a pensar,

questionar e duvidar, estimulando desta forma o seu senso crítico. Com isso,

entendemos que a oralidade da comunicação se coloca para além do texto escrito.

(PATRINI, 2005).

Segundo FREIRE (1982), é a partir da leitura de mundo que o ser humano

aprende a ler os demais textos. A literatura oral, além de expandir a leitura do

mundo, torna-se uma ferramenta eficaz para despertar a curiosidade por outras

artes e exercitar a imaginação dos ouvintes.

Contar ou ler histórias para as crianças possibilita suscitar o imaginário

infantil, responder perguntas, encontrar e criar novas idéias, estimular o intelecto,

descobrir o mundo imenso dos conflitos, das dificuldades, dos impasses, das

soluções. É ouvindo histórias que se pode sentir emoções como: raiva, tristeza,

irritação, pavor, alegria, medo, angustia, insegurança e viver profundamente tudo

que as narrativas provocam e suscitam em quem as ouve ou as lê, com toda a

significância e verdade que cada uma delas faz ou não brotar. (SILVEIRA, 2008).

EDUARDO (2007), destaca que desde as reflexões de Platão e Aristóteles já

se discutia sobre a relação entre o modo de narrar, a representação da realidade e

os efeitos exercidos sobre os ouvintes e/ou leitores. E sobre a importância da

competência no ato de narrar.

A força da história é tamanha que narrador e ouvintes caminham juntos na

trilha do enredo e ocorre uma vibração recíproca de sensibilidades, a ponto de diluir-

se o ambiente real ante a magia da palavra que comove e enleva. A ação se

desenvolve e nós participamos dela, ficando magicamente envolvidos com os

personagens; mas sem perder o senso crítico, que é estimulado pelos enredos.

(SILVA, 1997).

É o que COELHO (1997), aprofunda, citando os elementos essenciais para a

estruturação narrativa como: introdução, enredo, clímax e desfecho. A escuta de

histórias facilita o contato com a linguagem escrita, já que o primeiro contato é feito

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oralmente pelo contador. A narração oral desenvolve, assim, estratégias de

processamento da linguagem (vocabulário mais elaborado e frases completas) que

permitem o desenvolvimento da criatividade (estrutura narrativa conservada) com

variadas formas possíveis de apresentação de histórias.

BUSATTO (2003), na leitura é possível interromper para discutir, dialogar,

retomar, mostrar figuras, comentar e incentivar a participação dos ouvintes,

enquanto que na contação a participação é subjetiva somente nos momentos pré ou

pós contação, seja com perguntas, para acrescentar algo ou até mesmo recontar a

história ouvida.

COELHO (1997), concorda que além do conjunto de técnicas que a Didática

ensina, há determinadas qualidades que contribuem para a eclosão desse talento e

podem ser estimuladas, desenvolvidas. Embora emocionalmente envolvido com a

narrativa, sua postura vai influenciar muito. Um narrador não se agita, senão as

crianças não saberão a quem acompanhar, se a quem narra, se aos personagens

da história.

As formas de apresentação de histórias, seja através da simples narrativa,

da narrativa com auxílio do livro, do uso de gravuras, de flanelógrafo, de desenhos

ou da narrativa com interferências do narrador e dos ouvintes. Logo, mostra a

diferença na participação dos ouvintes. (COELHO, 2003).

As interrupções pelos participantes por motivos variados só podem ocorrem

anterior ou posteriormente à contação da história, sendo que prevalecem os

comentários atrelados ao que o narrador contou; e como recurso criativo aponta o

uso do canto pelo grupo, o que facilita a concentração do público devido à

incorporação ao texto destas interferências, tornando a narrativa mais atraente.

(COELHO, 1997).

ZANOTTO (2003), acredita na importância da audição de histórias para a

aprendizagem dos esquemas de texto narrativo (início, meio e fim). Por exemplo,

compreender que no início encontrará informações sobre o tempo e lugar,

personagens, suas características, motivações e metas a alcançar; no meio

encontrará o evento, a trama e a situação-problema; no final encontrará a resolução

desta situação-problema com um fechamento convencional.

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1.4 CONTOS INFANTIS COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO

O renascimento da prática do reconto aconteceu dentro de um lugar

especifico: a biblioteca. O reconto é uma manifestação da oralidade e se faz

presente nas mais diversas culturas do planeta, quer sejam as letradas ou as

ágrafas podemos nos interrogar porque os novos contadores surgiram dentro do

universo da escrita, diferentemente dos antigos contadores. A grande maioria dos

novos contadores conhece os contos da tradição oral através da língua escrita.

(KROM, 2000).

Os novos contadores trabalham uma matéria oral secundária, ou seja, lidam

com uma matéria marcada pela escrita. Diferentemente dos antigos contadores que

usavam uma língua oral primária. A oralidade de uma cultura totalmente desprovida

de qualquer conhecimento da escrita ou da impressão. O ressurgimento do conto

nas bibliotecas pode explicar a ligação dessa arte com as práticas de alfabetização.

(SANTOS, 2004).

Escutar histórias é o início da aprendizagem, é o primeiro contato com um

texto escrito que é feito oralmente. Das histórias contadas ou lidas conhece-se de

tudo um pouco, a vivência de contar ou ler histórias é um momento único que é

pessoal e prazeroso para cada um. (FREITAS, 2012).

Um dos recursos literários muito utilizados no trabalho com as séries iniciais

do ensino fundamental são as fábulas. Habitualmente, as fábulas refletem um

método pedagógico em que o aluno não precisa questionar ou refletir. Nessa visão

tradicionalista, a finalidade de seu uso é que os alunos se identifiquem com a moral

imposta pela fábula. (PAIVA e OLIVEIRA, 2010).

Além de ser uma atividade importante para a criança, a atividade de recontar

histórias pode ser utilizada como estratégia de avaliação pelo professor. Quando a

criança fala, nós, adultos, costumamos não prestar muita atenção na maneira como

ela fala, porque a nós importa o que ela quer dizer e, assim, preenchemos as

lacunas deixadas pela criança ao expressar-se, completando com termos, palavras

ou interjeições o seu pensamento, as suas ideias. (ZANOTTO, 2003).

A natureza da literatura infantil, o seu peso específico, é sempre o mesmo e

invariável. Mudam as formas, o revestimento, o veículo de comunicação que é a

linguagem. Os problemas ainda não superados pela Literatura Infantil encontram-se

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nas práticas pedagógicas que ainda insistem apresentar a Literatura Infantil com

exercícios intelectuais ou pedagógicos, ensino da moral e bons costumes.

Desviando, assim o poder da imaginação que a Literatura Infantil proporciona e que

seria o ideal na formação do leitor. (ARROYO, 1990).

O livro infantil só será considerado literatura infantil legítima mediante a

aprovação natural da criança. Para isso o livro precisa atender as necessidades da

criança, que seriam: povoar a imaginação, estimular a curiosidade, divertir e por

último, sem imposições, educar e instruir. (PAIVA e OLIVEIRA, 2010).

Diferentemente das fábulas que procuram apresentar o significado moral dos

seus ensinamentos de forma explícita e impositiva, a narrativa dos contos de fada

representam a possibilidade de decisão por parte do leitor ou do expectador (no

caso de uma contação de histórias), que pode escolher que significado esta história

vai assumir em sua vida. (COELHO, 2003).

As histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes

para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto lido ou

narrado) o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou

convergente, as relações espaciais e temporais (toda história tem princípio, meio e

fim) Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral

possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora para a construção da

ética e da cidadania em nossas crianças. (SILVA, 1997).

Entre as formas de acessar o comportamento linguístico infantil, as

narrativas têm sido empregadas em processos de avaliação da linguagem, estando

inseridas no bloco dos testes não padronizados, com atividades do tipo: descrições

de lâminas, recontar histórias, explicação de piadas e adivinhações, entre outras

(ACOSTA et al, 2003).

Uma das razões pelas quais as narrativas têm sido utilizadas em processos

de avaliação da linguagem infantil é sua função preditora dos resultados escolares

futuros para aquelas crianças que apresentam riscos acadêmicos e de problemas de

linguagem. (PETERSON et al., 1999).

Além disso, as narrativas estão incluídas na atividade mais geral de contar e

ouvir histórias, a qual se relaciona com o desenvolvimento da linguagem,

especialmente por permitir a ampliação do vocabulário. Neste caso, as ilustrações

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contidas nos livros, os gestos, a entonação e o ritmo da leitura favorecem a

compreensão do significado de palavras desconhecidas. (WHITEHURST et al.,

1988).

Todavia, o professor deve prestar atenção na maneira como a criança se

expressa e uma boa oportunidade para isso é quando ela reconta uma história.

Nessa ocasião é possível avaliar a criança em alguns aspectos do seu

desenvolvimento linguístico. (ZANOTTO, 2003).

1.5 PERCEPÇÃO INFANTIL

Os contos infantis possibilitam o despertar de diferentes emoções e a

ampliação de visões de mundo do leitor infantil. E nesse encontro com a fantasia, a

criança entra em contato com seu mundo interior, dialoga com seus sentimentos

mais secretos, confronta seus medos e desejos escondidos, supera seus conflitos e

alcança o equilíbrio necessário para seu crescimento. (SOSA, 1978).

Através dos contos, a criança descobre uma ética, as regras entre membros

dos dois sexos: o interditado, o permitido e o desejável. A criança aprende, as regras

a serem cumpridas com os amigos ou com os inimigos, mas também as que regem

a vida do homem no planeta e sua natureza. Aprende que existem ações perigosas

e outras benéficas, que algumas são elogiadas e outras punidas. Descobre a

relação entre causa e consequência, o papel do tempo no envelhecimento e a

inexorabilidade da morte. (PATRINI, 2005).

Sabemos que cada criança se expressa de forma diferenciada, tem gostos,

medos, interesses que divergem entre si mesmo sendo estas participantes de uma

mesma faixa etária, pois cada uma é um ser único, com uma história própria, mas é

no espaço escolar que a leitura vai fortalecer a memória afetiva do contato do pré-

leitor com a leitura, fazendo com que essa experiência, caso se dê de forma positiva

será o elo positivo entre o pré-leitor e o futuro leitor. (FERNANDES, 2010).

Para crianças de até dois anos a leitura de histórias não terá tanto efeito

quanto sua contação propriamente dita. Será preciso chamar-lhe atenção com o uso

de recursos sonoros e visuais, pois, conforme nos orienta, no início de sua vida a

atenção do bebê é livre, precisa estar atento a muitas coisas ao mesmo tempo e aos

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poucos vai aumentando a sua capacidade em focar-se em um único elemento. Daí o

fato de se dispersarem facilmente o que, porém, não quer dizer que não estão

atentos às histórias, uma vez que a rotina e a carga afetiva deste momento são

percebidas (PANIAGUA e PALÁCIOS, 2007).

Em situações formais, o professor pede que a criança reconte a história para

ele, individualmente, e pode mesmo orientar a criança, caso ela não consiga realizar

a tarefa. Lembremos mais uma vez que é uma avaliação e não uma arguição. Os

registros dessas produções, por escrito ou gravações, são importantes pois

permitem observar a evolução da criança ao longo do ano letivo. (ZANOTTO, 2003).

Portanto, para analisar a importância da literatura infantil, através do

recontar histórias, no desenvolvimento da linguagem oral das crianças em sala de

aula, é preciso constatar a importância do desenvolvimento narrativo no discurso

oral e conhecer as produções das narrativas orais das crianças no momento

posterior à contação de histórias. (ROCHA, 2010).

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2. MATERIAL E MÉTODOS

Participaram desta pesquisa 13 crianças (10 meninas e 3 meninos), com

idade entre 3 e 4 anos (média de 3 anos e 8 meses), frequentando uma Escola

Presbiteriana de Alta Floresta, MT. A escolaridade variou entre o Jardim e o Pré da

Pré-escola (50% no Jardim-de-Infância e 50% no Pré-primário). Nenhuma criança

tinha indicação de dificuldade de linguagem.

2.1 METODOLOGIA

A intervenção de contar e recontar histórias e para avaliação da atenção,

concentração e capacidade de reprodução das histórias que são desenvolvidas no

processo de ensino de crianças de faixa etária de 3 a 4 anos. Foi selecionada a

atividade, reconto de histórias para aprendizagem e oralidade dessas crianças,

usando histórias de caráter lúdico e de treino cognitivo baseado nas funções que

foram avaliadas. As tarefas selecionadas contemplam os domínios verbal, recontar

para os colegas de turma, e de execução, por desenhos, por serem dois domínios

importantes e complementares para adaptação das atividades diárias.

As crianças foram orientadas no recontar, pois isso a auxilia a prestar

atenção nos elementos importantes – cenário (onde e quando ocorreu a história),

personagens, os eventos iniciais, intermediários e finais. Perguntas do tipo: E daí? O

que aconteceu depois? Auxiliaram as crianças a relembrarem.

Em aula a educadora contou a história escolhida pelos alunos, com a

temática propicia a faixa de idade das crianças. Nos casos em que a criança não

consegue sequer iniciar a história, podem foram feitas perguntas mais gerais, tais

como: sobre o que/quem era essa história? Quando, como e onde a história

começou? Quais eram os personagens? O que aconteceu na história? Como a

história terminou?

Perguntamos, também, detalhes: O que a personagem tentou fazer para

resolver o problema? O que aconteceu quando fulano fez tal ação? Por que

aconteceu? O que a personagem queria? Por que ele fez tal coisa?

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Em alguns momentos foi dado o início da história e pedimos que a criança a

continue, se a criança não se lembra, essa foi auxiliada a relembrar, dando pistas e,

mesmo em alguns casos, reconta a história junto com ela.

O trabalho de intervenção psicopedagógica constituiu-se de diferentes

atividades, tendo como eixo os seguintes passos:

• Conto de histórias com temática apropriada a faixa etária dos educandos;

• O resgate das histórias;

• O ato de Recontar oralmente as histórias vividas;

• Expressões por meio de desenhos;

• Registros verbais escritos dos alunos sobre o processo.

Foram observadas e avaliados segundo a percepção da

psicopedagoga/pesquisadora a relação ao desenvolvimento da percepção das

crianças sobre si mesmas bem como do desenvolvimento da sua autoestima.

A análise qualitativa dos resultados desta pesquisa-intervenção foi através

dos dados de observação das crianças e do grupo, no contato direto e interativo da

psicopedagoga que avaliou e fez a intervenção, desenvolvendo também o papel de

pesquisadora.

A proposta foi deixar que o fenômeno da criação e autoconhecimento se

manifestasse na relação criativa entre a psicopedagoga e as crianças, mediadas

pelos recursos do contar a sua história, e da arteterapia, por meio do diálogo com

fotografias, montagens de figuras e desenhos. A partir das respostas verbais e não-

verbais dos alunos, foi possível fazer associações do sentido e significado dos

símbolos verbais e não-verbais das respostas dos alunos, no seu processo de

avaliação e auto-avaliação.

O estudo aqui proposto encaminhou-se para a interpretação própria dos

alunos que oralmente recontaram o texto lido pelo professor de forma coletiva, a

partir da reversibilidade dos papéis, já que o professor, detentor da autoridade de

contar histórias, cede espaço para a liberdade de expressão dos alunos, o que

possibilita a cada criança ampliar seu vocabulário, compreendendo que uma

situação pode ser recontada de várias formas.

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Figuras: Educadora (Irene Rossi) com o auxílio do livro, contando história para as crianças no cantinho da leitura.

2.2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Observar a participação de cada criança em todo o contexto, avaliando o

interesse na participação de cada um, buscando corrigir as dificuldades individuais.

Por meio de avaliação de verbal onde a criança expressa através da oralidade para

os colegas o que entendeu da história e não verbal, por meio de elaboração de

desenhos livre com a temática voltada pra a história lida. Pôde-se exercitar a

verbalização a demonstração dos sentimentos das crianças.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este estudo teve a proposta de avaliar a narrativa de crianças pré-escolares,

a partir de um procedimento assistido, apresentando uma definição de um caso para

explanar as possibilidades e capacidades de crianças desse período escolar

mediante a leitura.

Considerando que a avaliação da percepção da criança, principalmente, a

análise da dimensão com que elas assimilam a linguagem, vocabulário expressivo e

compreensivo, é importante ressaltar que ACOSTA et. al (2003), chamam a atenção

para a dificuldade em apresentar padrões evolutivos relativos a esta dimensão, uma

vez que variáveis contextuais impedem o estabelecimento de um desenvolvimento

típico por idade. Mesmo assim, em revisão teórica sobre o tema, esses autores

organizaram séries de padrões evolutivos relativos à compreensão e produção.

De outro ponto de vista, ABRAMOVICH (1997), discute como desenvolver

por intermédio da literatura, o potencial crítico da criança. Argumenta que por meio

de um material literário de qualidade, a criança é capaz de pensar criticamente e

reformular seu pensamento. Considerando a qualidade do material literário para o

bom desempenho do processo da formação do leitor literário, textos que apresentam

uma proposta ficcional que atenta o imaginário dos leitores e os excita a compor

novas possibilidades para perceber o mundo a sua volta.

Assim, em relação ao uso do vocabulário simples com o amparo figurativo –

uso de fantoches, marionetes e brinquedos – a literatura indica que crianças dessa

faixa etária não relacionam corretamente o que é ouvido com o que é expressado,

precisam de auxílio do educador para recontarem a história quanto ao retratar o que

foi ouvido.

Crianças nessa faixa etária não apresentam uma habilidade comunicativa

mais elaborada, sendo incapazes de compreender e utilizar advérbios de tempo e

lugar. Entretanto, nessa mesma faixa etária, verifica-se que a aquisição do

significado léxico das palavras acontece, inicialmente, com a aprendizagem de

referentes ligados a objetos que se movem, como, por exemplo, animais e pessoas,

de forma que nomes de lugares e objetos estáticos são adquiridos mais tarde.

(ACOSTA et. al, 2003).

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Analisando individualmente nos permitiram constatar mudanças positivas na

eficiência do uso do vocabulário em crianças pré-escolares. Quando a história não

se prendia a aspectos de locais as crianças focam nas ações dos personagens.

PAIVA e OLIVEIRA (2010), afirmam que esta constatação poderia justificar um alto

número de intervenções focalizadas no componente da narrativa relacionado ao

cenário, o qual, por sua vez, mostra-se básico nas histórias infantis.

MOTTA et al (2006), afirmam que as crianças analisadas em sua pesquisa

não demonstraram ter se fixado em aspectos do local, direcionando sua atenção às

ações das personagens. Neste caso, a proposta da avaliação assistida e de ensino

mediado mostrou-se adequada, quando as crianças já haviam passado por sessões

de mediação. Nessas sessões de mediação, focalizou-se a importância de falar

sobre o cenário quando se conta uma história.

A composição das narrativas, verificou-se que, é comum a presença de

orações puramente simples e descritivas da imagem, uma das características da

narração de histórias e por outro lado, a presença de explanações mais completas e

contextualizadas sobre os personagens, o cenário e as justificativas. No momento

em que as crianças incluem novos elementos em suas narrações, elas não foram

capazes de estruturarem um episódio completo.

MOTTA et al (2006), avaliando crianças de faixa de idade de 5 anos e 9

meses ainda estão desenvolvendo tais habilidades. Desse modo, é como se elas

tivessem as ferramentas – um vocabulário extenso e habilidades gramaticais

complexas – porém, ainda é necessário o aprimoramento dos componentes que vão

garantir a articulação dessas informações, de modo a tornar a história cada vez mais

completa e coerente.

As crianças começam a desenvolver sua competência narrativa

praticamente desde o berço, já que entre os 18 e os 20 meses de idade são em

geral capazes de recontar o passado, organizando eventos em ordem cronológica. A

competência para acompanhar uma narrativa surja “já na época do primeiro balbucio

estruturado da criança.” (APPLEBEE, 1980, p. 35). STERN (1989), observa que "um

sentido narrativo do eu" emerge em torno dos dois anos de idade, levando a criança

a reorganizar a experiência subjetiva que tem dela mesma e de sua relação com os

outros.

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Ensinar não pode ser um puro processo de transferência de conhecimentos.

A forma crítica de compreender a leitura da palavra e a leitura do mundo está na

associação da linguagem simples construída de conceitos criados na cotidianidade,

no mundo da experiência sensorial com a “linguagem difícil” que vem de conceitos

abstratos. (FREITAS, 2012).

Os temas das histórias contadas em geral foram os mesmos temas

presentes nas brincadeiras e nos desenhos produzidos pelas crianças, mas é

improvável que as crianças contassem histórias sem o exemplo dos que a rodeiam,

a educadora em momentos precisa auxiliar e incentivar as crianças a forma de

orientá-las a reproduzirem o que mais lhe chamar na história.

Uma pesquisa feita recentemente na América do Norte com crianças de pré-

escola sistematizou as seguintes orientações para os adultos interessados em

estimular o desenvolvimento narrativo infantil: escutar atentamente; reagir de forma

consistente; colaborar (com perguntas e sugestões); favorecer o contato da criança

com múltiplas vozes e gêneros narrativos e encorajá-las a usá-los; e permitir que

sejam contadas histórias sobre os temas relevantes para as crianças, ainda que

possam ser considerados inadequados pelo adulto. (ENGEL, 1999).

Outro importante espaço de prática narrativa são os grupos de crianças, em

que são contados relatos de experiência, piadas, brincadeiras. Nos grupos infantis,

escreve existe “uma cultura própria, viva, transmitida boca-a-boca”, que reelabora

segundo suas necessidades os elementos da cultura organizada pelos adultos.

(PERROTI, 1990).

Nunca é cedo demais para começar a contar histórias para crianças. A

aquisição da capacidade de narrar não se deu apenas através da conversa com os

adultos, pois estes também contavam histórias regularmente para as crianças. A

importância disso está em que, quanto mais rico for o repertório de gêneros e o

vocabulário narrativo da criança, mais competente e poderosa ela será na reflexão

sobre suas experiências e em sua comunicação aos outros. (MOTTA et al, 2006).

As crianças assistidas começam a recortar trechos estratégicos de histórias

contadas, numa reprodução caracterizada pela repetição e muitas vezes pôr em

desordem de dois tipos de narrativa com as quais a criança convive: o relato de

experiência pessoal e a estória de ficção.

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Enquanto lugar da enunciação e produto da interação verbal, o texto é o

objeto da leitura. É no texto – produto de trabalho discursivo e intersubjetivo no nível

simbólico – que a língua se configura em sua “concretude”. É o texto o “território

comum do leitor e do interlocutor.” (BAKHTIN, 1981, p. 23).

A pesquisa sobre literatura infantil demanda a leitura de textos do gênero.

Ou seja, do ponto de vista aqui proposto, o estatuto acadêmico-científico desse

campo de conhecimento está diretamente relacionado com a produção de uma

crítica específica de textos de literatura infantil, mediadora e suporte para a

produção da história e teoria também específicas do gênero. (ACOSTA et al., 2003).

E todo ato de interpretação, enquanto síntese, demanda a análise integrada

dos aspectos constitutivos de determinado texto, a fim de que o pesquisador possa

reconhecê-lo e interrogá-lo como configuração textual “saturada de agoras”

(BENJAMIN, 1985) e “objeto singular e vigoroso” (STAROBISNKY, 1988); e dele

produzir uma leitura possível e autorizada, a partir de seus próprios objetivos,

necessidades e interesses, ou seja, a partir de seu necessário envolvimento.

Para tanto, precisa analisar todos os aspectos da configuração textual –

utilizando-se também de métodos e procedimentos advindos da crítica e teoria

literárias, especialmente, assim como da pesquisa em educação –, o que lhe

permite: por um lado, produzir sentidos autorizados que conferem singularidade a

determinado texto pertencente ao gênero denominado literatura infantil e contribuir

para a construção da identidade específica do gênero e do campo de conhecimento;

e, por outro lado, contribuir também para o trabalho de professores do ensino

fundamental, oferecendo-lhes possibilidades de conhecer outros modos mais;

fecundos de ler e abordar textos de literatura infantil na escola. (FREITAS, 2012).

Podemos afirmar que o tratamento da Literatura Infantil nas escolas que

visam somente à habilidade de leitura ou como veículo para instrução moral ou

cívica, torna-se inadequada para a formação de leitor literário. Ressaltamos que a

Literatura Infantil contribui para a formação do leitor literário quando a obra-literária

propõe indagações ao leitor, estimulando a curiosidade e, instigando assim, a

produção de novos conhecimentos, podemos afirmar também que existem

equívocos na escolha do material e nas metodologias utilizadas pelos educadores

no desenvolvimento das aulas.(FARIA, 2004).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A arte de contar histórias e pedir o recontar das crianças, provenientes de

livros, desempenha um papel muito importante no desenvolvimento da oralidade e

compreensão, devendo ser incentivada junto às crianças e elevada de modo a gerar

importância nas mesmas.

O conto tem constituído um instrumento no ensino e aprendizagem pessoal

e social das crianças, abonando a probabilidade de elevação de seus anseios

inconsiderados, numa narração onde as informações podem ser dirigidas por ela em

um ambiente alegórico, próprio dessa etapa da vida humana.

Contudo, independente do caráter do material utilizado para contar histórias,

a técnica de contar e recontar histórias mostrou ser capaz de envolver e educar as

crianças pesquisadas, como foi possível observar em suas ações, na maior parte

deles positivos, sobre a ilustração dos livros e enredo das histórias.

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