ajes – instituto superior de educaÇÃo do vale do...
TRANSCRIPT
AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL NEUROCIÊNCIA E
APRENDIZAGEM / PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO
8,5
A IMPORTÂNCIA DA AUTOESTIMA NO CONTEXTO ESCOLAR E SOCIAL, E
SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DO ENSINO INFANTIL
Juliana Carla Barbieri
Orientador: Ilso Fernandes do Carmo
PRIMAVERA DO LESTE/2014
AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL NEUROCIÊNCIA E
APRENDIZAGEM / PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA AUTOESTIMA NO CONTEXTO ESCOLAR E SOCIAL, E
SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DO ENSINO INFANTIL
Juliana Carla Barbieri
Orientador: Ilso Fernandes do Carmo
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Educação Infantil Neurociência e Aprendizagem / Psicopedagogia e Educação.”
PRIMAVERA DO LESTE/2013
AGRADECIMENTOS
À Deus por dar-me inspiração e esperança, a minha família
pelo amor incondicional e incentivo, a meus amigos pelo apoio,
ao meu professor orientador Ilso Fernandes do Carmo, às
colegas, aos funcionários, a todos os meus professores que
durante muito tempo me ensinaram e me mostraram o quanto
estudar é bom.
DEDICATÓRIA
Ao eterno e grandioso Deus que me
permitiu realizar este trabalho, à minha
mãe que me estimulou e me deu força, e
à Gilvani Reinke pelo incentivo aos
estudos e pela amizade.
"Não escrevo para heróis, mas para
pessoas que sabem que educar é realizar
a mais bela e complexa arte da
inteligência. Educar é acreditar na vida,
mesmo que derramemos lágrimas.
Educar é ter esperança no futuro mesmo
que os jovens nos decepcionem no
presente. Educar é semear com sabedoria
e colher com paciência. Educar é ser um
garimpeiro que procura os tesouros do
coração."
(Augusto Cury)
RESUMO
A auto-estima tem uma grande influência no processo ensino-aprendizagem.
Esta pode contribuir significativamente nas relações íntimas e pessoais, motivando o
sucesso quando positiva e fomentando os fracassos e sofrimentos quando negativa.
A presente pesquisa visou apresentar a importância da auto-estima de crianças no
contexto escolar, e também, sua influência na aprendizagem de alunos da educação
infantil. Uma criança com baixa auto-estima encontrará dificuldades de autonomia e
tem o pensamento de que o fracasso é um ponto consumado, desta forma, é preciso
desconstruir o conceito negativo que a cerca.
O estudo bibliográfico apresenta a auto-estima como papel determinante na
busca do sucesso de um indivíduo, o que torna significativa a boa formação de sua
personalidade nos primeiros anos de vida.
A bibliografia confirma a relevância da auto-estima no contexto escolar e
como esta tem fator determinante no processo de aprendizagem da criança e,
também, apresentou o professor como papel relevante ao resgatar a autoconfiança
do seu aluno, sendo este o responsável por incentivar o aluno a cultivar sua auto-
estima de forma que consiga aprender e apostar em si mesmo.
Palavras – chave: autoestima – crianças - aprendizagem
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 07
CAPÍTULO I .............................................................................................................. 09
1.0 AUTOESTIMA ..................................................................................................... 09
1.1BAIXA AUTOESTIMA .......................................................................................... 19
1.2 BOA AUTOESTIMA ............................................................................................ 21
1.3 A AUTOESTIMA E A PERSONALIDADE............................................................ 22
1.4 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR E DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DA
AUTOESTIMA DA CRIANÇA .................................................................................... 24
CAPÍTULO II ............................................................................................................. 27
2.0 O FENÔMENO BULLYING ................................................................................. 27
2.1 IMPLICAÇÕES DO BULLYING NA AUTOESTIMA DE CRIANÇAS ................... 28
2.1.1 OBESIDADE INFANTIL COMO INCENTIVO AO BULLYING...........................21
2.2 BULLYING E O ENQUADRAMENTO PENAL NO BRASIL ................................. 22
CAPÍTULO III ............................................................................................................ 24
3.0 A AUTOESTIMA E SUA INFLUÊNCIA NO ENSINO-APRENDIZAGEM ............. 24
3.1 A INFLUÊNCIA DO PROFESSOR NO APRENDIZADO DA CRIANÇA .............. 26
3.2 A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO PARA A AUTOESTIMA E A
APRENDIZAGEM.......................................................................................................29
CONCLUSÃO.............................................................................................................32
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34
INTRODUÇÃO
Muito se fala sobre autoestima, e muitas vezes o seu significado é
incompreendido. Para alguns, autoestima é simplesmente gostar de si mesmo.
Outros confundem autoestima com egoísmo, presunção, arrogância. Até o termo
amor próprio tem um significado negativo, quando o ideal é que todos nós possamos
amar a todos, inclusive a nós mesmos.
Ter autoestima não é simplesmente gostar de si mesmo, mas ter confiança
no próprio potencial, confiança em nossa capacidade de pensar; confiança em nosso
direito de vencer e sermos felizes; a sensação de que temos valor, e que
merecemos e podemos afirmar as nossas necessidades e aquilo que queremos
alcançar nossas metas, colher os frutos dos nossos esforços e usufruir o direito ao
sucesso e à felicidade.
A autoestima envolve tanto crenças autossignificantes e emoções
autossignificantes associadas. Também encontra expressão no comportamento. Em
acréscimo, a autoestima pode ser construída como uma característica permanente
de personalidade ou como uma condição psicológica temporária.
É ainda na infância que a autoestima é formada, utilizando o tratamento que
se dá à criança como peça chave, ou seja, se a criança for sempre oprimida em
relação a suas atitudes terá baixa autoestima e se a criança for sempre apoiada em
relação à suas atitudes terá autoestima elevada. É importante ressaltar que a
criança pode ser apoiada em momentos em que é advertida por alguma atitude, pois
em momentos em que ocorrem as advertências dá-se a essa criança o devido valor
e ainda a ensina a ter domínio próprio e a distinguir atitudes positivas e negativas.
A autoestima de uma criança está muito relacionada com a sua
aprendizagem, uma vez que é através de seus sucessos e fracassos que, durante a
infância ocupa a maior parte de sua vida, ela vai formando o seu autoconceito. As
crianças com baixa autoestima não só têm dificuldades de adaptação à escola como
são suscetíveis de perturbar o ambiente escolar e prejudicar o aproveitamento e
bem-estar das restantes. Na maior parte dos casos o que, efetivamente, está em
causa é um desequilíbrio emocional que permite disponibilidade interior para manter
vivo o desejo e o prazer de aprender.
O comportamento do ser humano se dará de acordo com sua autoestima, tal
influência o emocional tem em sua vida que afeta diretamente em tudo o que faz. Se
o indivíduo não sentir-se seguro, agirá com medo ou esquivar-se-á de novas
experiências evitando maiores danos a seu ego, assim, uma pessoa com baixa
autoestima poderá ter menos chances de ser bem sucedida na vida, pois arriscará
menos e terá menos autoconfiança; já a boa autoestima tende a sofrer menos com
as dificuldades do dia a dia. As experiências de vida, determinará a personalidade
de uma pessoa, desta forma, um indivíduo que foi estimulado terá uma autoestima
melhor.
Dentro da escola é que tem se refletido a influência da construção emocional
da criança, sendo a autoestima determinante para o sucesso desta nos estudos.
Bons professores podem cultivar autoestima e recuperar, de forma construtiva, a
autoestima através de ações motivadoras. Ainda dentro da escola, visto as
diferenças sociais, os alunos enfrentam o bullying, o que pode agravar a situação de
autoestima baixa, reduzindo a produção escolar, tendo a obesidade sido causa para
alunos ferirem o princípio da dignidade da pessoa humana.
A influência da autoestima na vida das pessoas determina a aprendizagem
escolar, um aluno que tem uma boa autoestima tem grandes hipóteses de ter boas
notas e de ser bem-sucedido na sua vida acadêmica. Posto isso, entra o professor
como ferramenta de motivação aos alunos, de forma que atue estimulando seus
alunos, deixando uma visão positiva do seu papel enquanto educador
No primeiro capítulo será apresentado o conceito da autoestima e a
influência da autoestima na formação da personalidade do ser humano; a
importância de se cultivar boa autoestima; bem como o impacto que a mesma tem
sobre a vida, principalmente nos anos iniciais, através do professor. O segundo
capítulo trata do fenômeno bullying que pode desencadear ou aumentar sentimentos
negativos, interferindo na aprendizagem e no convívio social; também, retrata a
obesidade como agravante na ação do bullying; as implicações legais que freiam e
punem o bullying finalizam o capítulo. O terceiro e último capítulo foca na influência
da autoestima no ensino-aprendizagem; a referência do professor na escola como
exemplo a ser seguido positiva ou negativamente e apresenta a ludicidade como
estratégia de socializar a criança de forma que aprenda, se divertindo.
.
08
CAPÍTULO I
1.0 AUTOESTIMA
A autoestima afeta diretamente tudo o que o indivíduo faz, seja no seu
trabalho, nos seus estudos, na vida social, etc. Esse é um dos fatores que mais
influencia as pequenas e grandes decisões que tomamos na vida. A forma como se
lida com a consciência é o maior determinante para que uma pessoa tenha
autoestima.
A principal ferramenta com que o ser humano conta para enfrentar os
desafios do cotidiano é a autoestima, segundo ZAKABI (2007), o conselho
fundamental dos livros mais vendidos da revista VEJA que ensinam a ficar rico em
pouco tempo, a atrair sorte e progredir no trabalho, é gostar de si mesmo, acreditar
na própria capacidade, informa o mesmo autor. Assim, pode-se constatar a
importância do autoconceito no dia-a-dia do ser humano, em todos os aspectos se
encontra presente a autoestima.
No dicionário encontramos estima como o sentimento da importância ou do
valor de alguém ou de alguma coisa; e auto como algo que diz respeito a si mesmo.
Temos, então, a autoestima como a valorização de si mesmo, amor próprio (MAIA,
2005). Para a psicologia, a autoestima refere-se às crenças e opiniões que temos de
nós próprios e ao valor que acreditamos possuir enquanto pessoa, o que determina
o bem estar psicológico e a boa saúde mental. (MAGALHÃES, 2012). Sobre isso,
MAIA (2005), apresenta a auto-estima com a seguinte definição:
(...) a opinião acerca de si, somada ao valor ou sentimento que se tem de si mesmo, adicionado a todos os demais comportamentos e pensamentos que demonstrem a confiança, segurança e valor que o indivíduo dá a si, nas relações e interações com outras pessoas e com o mundo. Então, não estamos falando apenas de um sentimento que temos por nós mesmos. Mais que isso, estamos falando de pensamentos e comportamentos que temos relacionados a nós mesmos.
Ter uma boa autoestima, contribui para a sensação de felicidade e de
realização pessoal, podendo determinar o seu fracasso ou sucesso como pessoa.
Como a vida depende em grande parte das escolhas que se faz, é necessário se
pensar em como anda a visão que se tem a respeito de si próprio.
Conhecer seu próprio eu é fundamental, pois, implica ter ciência de seus
aspectos positivos e negativos, e valorizar as virtudes encontradas. Este diálogo
interior requer um voltar-se para si mesmo, a determinação de empreender essa
jornada rumo à essência do ser, deixando um pouco de lado o domínio do ego. O
caminho mais viável para uma autoavaliação positiva é o autoconhecimento.
O INSTITUTO CALUSA (2013), informa que a identidade do ser humano é
formada por meio de um processo de experiências, com resultados positivos ou não,
bem como o que os pais e os outros dizem e ensinam. Partindo deste ponto, o
autoconceito apresenta-se como uma espécie de mapa e se baseia principalmente
em todas as experiências que a pessoa viveu no passado, as quais permanecem na
memória. O mesmo Instituto define a autoestima como o resultado da avaliação de si
mesmo, ou seja, a nota que o indivíduo dá a si mesmo, por isso considera que os
valores são a base para o bom funcionamento do seu autoconceito, proporcionando
o tipo de comportamento satisfatório que conduz à autoestima.
O NÚCLEO desenvolvimento humano (2013), expõe que as bases da
autoestima são a autoconfiança e o autorespeito. Sobre isso, o site define:
Autoconfiança: confiar em si mesmo, saber-se capaz mesmo diante de situações novas. Isto não quer dizer que a pessoa tem que saber tudo a respeito de tudo, e sim que ela confia que é capaz de agir positivamente em circunstâncias desconhecidas, e às vezes adversas.
Autorrespeito: a consciência e a aceitação do próprio potencial, mesmo quando os resultados são diferentes do esperado. É a ação resultante da própria escala de valores.
Toda a ação tem uma reação, com a autoestima é a mesma coisa. Quando
a pessoa está bem consigo mesma e com os próximos, automaticamente também
ficará mais confiante, saberá se colocar e não terá medo de fugir do habitual.
Quanto mais confiante o indivíduo se sentir com sua autoimagem, mais ele estará
apto a se relacionar, tomar iniciativas e lidar com os problemas da vida. Sobre isso,
ROCHA (2003), destaca que o indivíduo com boa autoestima não procura
impressionar os outros, pois este já conhece o seu valor. Desta forma, a ideia que a
criança faz de si mesma influencia:
[...] além do aprendizado escolar, a escolha dos amigos, a maneira pela qual se entende com os outros, o tipo de pessoa com que se casa e a produtividade que terá; afetando, também, sua criatividade, integridade, estabilidade e até mesmo a possibilidade de ser um líder, ou um seguidor. (p.25).
Portanto, conhecer o mundo interior de si mesmo implica ter ciência de seus
aspectos positivos e negativos. Esse reconhecimento faz do indivíduo capaz de
10
enfrentar os obstáculos e desafios do cotidiano, uma vez que agora ele conhece seu
potencial de resistência e a intensidade de sua coragem e determinação.
A autoestima é a base para o ser humano. É a cura para todas as
dificuldades e sofrimentos. E mais, é a cura para todas as doenças de origem
emocional e relações destrutivas.
1.1 BAIXA AUTOESTIMA Se autoestima, é definida como a valorização de si mesmo, uma pessoa
com baixa autoestima terá postura de corpo e de voz de uma pessoa sem valor. O
indivíduo tende a se colocar em último plano, pois não sente que merece ser
gostado e nem respeitado, simplesmente por não se sentir satisfeito com a imagem
que ele vê de si mesmo.
A pessoa que tem a autoestima negativa, não gosta de si mesmo, não
considera que há algo de bom em si, não sente alegria de viver e não se sente
competente, merecedora e adequada. Ela não acredita em si mesma, se sente
errada diante das pessoas e da vida e não se motiva a mudar os conceitos
negativos que faz de si mesma, pois ela não tem convicção de que é capaz.
Tal comportamento afeta diretamente o lado afetivo do ser humano, tanto na
vida profissional, como nas vidas pessoal e sentimental. BUENO (2012), defende
este estudo apresentando o seguinte conceito:
[...] pessoas com uma imagem negativa de si mesmas tendem a ter mais dificuldades para se relacionar e para lidar com desafios, sentem-se menos capazes de resolver problemas, além de menos confiantes e seguras. Logo, sofrem mais com o estresse e podem até mesmo apresentar sintomas físicos e psicológicos.
De acordo com BUENO (2012), em pesquisa realizada pelo Centro
Internacional Para Saúde e Sociedade, de Londres, liderado pelo pesquisador
Michael Marmot, publicada no British Medical Journal em 2003, há ligação direta
entre autoestima e saúde. A pesquisa apontou que pessoas com autoestima muito
baixa correm risco maior de desenvolver doenças como infartos, acidentes
vasculares cerebrais (AVC), doenças respiratórias e gastrointestinais, devido a uma
diminuição da atividade do sistema imunológico. O autor informa que a pesquisa
apresentou também que essas pessoas tendem a sofrer mais com estresse e
11
depressão, além de ter menor disposição para fazer exercícios físicos ou manter
uma dieta saudável. Sem contar uma tendência maior a abusar de bebidas
alcoólicas, drogas e medicamentos que funcionam como desibinidores e calmantes.
De acordo com o site “Minha Vida” (2013) , todos os transtornos emocionais,
como síndrome do pânico, depressão, ansiedade, entre outros, estão diretamente
ligados à autoestima rebaixada. Tais sentimentos deixam a pessoa vulnerável à
procura de outras formas de suprir o vazio que sentem dentro de si. O que ela
procura é ver nela mesma uma pessoa de quem ela goste.
O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID,
2013), informa que o motivo que leva o jovem a fazer uso de droga é a busca do
prazer, da alegria e da emoção, tudo isto faz esquecer a vida real e se afundar num
mar de sonhos e fantasias. O artigo explica que o uso de drogas pode ser uma
tentativa de amenizar sentimentos de solidão, de inadequação, baixa autoestima ou
falta de confiança.
As pessoas sem autoestima são muito carentes de afeto e, para obter
segurança afetiva a pessoa vai fazer necessária a presença do outro na vida dela,
colocando-se numa condição de fragilidade (SILVA; MARINHO et al, 1998).
Segundo o autor, fragilizada, a pessoa pode sentir-se humilhada caso o outro não
esteja disponível quando solicitado, o que pode fazer com que essas pessoas
esquivem-se do relacionamento interpessoal.
SILVA e MARINHO (et al, 1998), expõe que o indivíduo pode pensar que
não agrada os outros e, por conta da baixa autoestima elas se comportam com
timidez e retraimento e muitas vezes vistas como “metidas”, por não disporem de um
repertório de habilidades sociais apropriado para se relacionarem. SOUZA (2002)
expressa seu ponto de vista com o seguinte pensamento:
[...] sente a rejeição em sua vida e passa a considerar-se inferior aos outros e na maioria das vezes pessimista, tornando-se muitas vezes agressiva, hostil ou indiferente, apática. (p.20).
O indivíduo com baixa autoestima se doa mais, não havendo a igual troca de
valores, ele sempre supervaloriza o outro (SILVA e MARINHO, 2003). As pessoas
sem autoestima tendem a valorizar mais os pontos fortes de outras pessoas e
evidenciar os seus fracos e, às vezes, não se sente merecedor de elogios. Mas, no
fundo, expressa com atitudes e sentimentos tudo o que este espera que as outras
12
pessoas lhe ofertem, porém não acredita que mereça tal demonstração de carinho.
Quem não tem autoestima se deixa levar pela vontade dos outros, porque
não se gosta e mostra para os outros uma imagem de quem não merece ser
gostado nem respeitado, explica a Psicóloga Marisa de Abreu (2010). O indivíduo
cuja autoestima é baixa, necessita da aprovação do outro, ele tende a dedicar-se
para agradar e chamar a atenção para si, destaca a Psicóloga. Costuma esquecer-
se de si mesmo, dando grande importância ao outro, por isso acaba se
decepcionando na maioria das vezes por empenhar-se demais e não conseguir o
retorno de atenção na mesma intensidade.
O ideal seria que todos tivessem excelente autoestima. Mas não é a
realidade. Muitos se sentem inadequados, sentem medos, insegurança, culpa, um
sentimento de não ser suficiente. Todas as pessoas são capazes de desenvolver
sua autoestima, desenvolver a convicção de que é merecedor de viver com
felicidade, e aí ter mais autoconfiança, mas ainda assim não utiliza esta capacidade,
e passa a vida com sentimentos de inferioridade.
1.2 BOA AUTOESTIMA Através do PORTAL Ciência e Vida (2013), Beatriz Acampora apresenta a
autoestima como a fonte do poder pessoal do ser humano, da capacidade que ele
tem de influenciar e ser influenciado. Ela determina como o indivíduo se comporta,
seja no sentido emocional ou a forma que este age.
De acordo com GUILHARDI (2002), a pessoa com boa autoestima aprende
a exercitar o autoconhecimento. Esta é livre do outro, não havendo o sentimento de
dependência, ela se ama e promove o que é bom para si.
Muitos confundem a autoestima como ter um ego elevado ou, até mesmo,
orgulho demasiado. Porém, o site GNT (2012), coloca que “a autoestima tem mais a
ver com paz interior, tranquilidade nos pensamentos e uma percepção de se sentir
presente dentro de você.”
Da mesma forma que a baixa autoestima causa danos à saúde, a
autoestima elevada permite que uma pessoa mantenha a sua saúde em equilíbrio.
Pois esta, com boa autoestima, além de se sentir de bem consigo mesma, sentirá
13
mais disposição para trabalhar, desenvolver suas tarefas e praticar atividade física,
entre outros.
O site GNT (2012), publicou uma reportagem onde coloca a autoestima
como a aliada para a saúde. Segundo o site, com ela em alta, funciona como uma
vacina contra todos os tropeços, curvas fechadas e declives da vida. Sobre isso o
site GNT (2012), explica que:
Vários estudos têm indicado que a maioria das enfermidades acontecem quando estamos com a imunidade em baixa. E a imunidade tem muito a ver com nossa autoestima. Tem a ver com prestar atenção às nossas emoções, aos nossos limites, e saber ouvir seu corpo quando ele pede um descanso, um alimento ou um movimento.
Desta forma, a maneira como uma pessoa se alimenta, pratica atividades
físicas, cuida de seu organismo vai depender muito de seu estado emocional. Então,
quando a alta autoestima está presente, a pessoa fará tudo o que estiver de acordo
com seu bem estar. Ela tentará relacionar-se com pessoas que transmitem coisas
boas, comportar-se-á de maneira amigável e receptiva, a pessoa buscará realizar
novos projetos, terá boas ideias. Quando um indivíduo apresenta autoestima boa,
ele buscará tudo o que proporciona positividade em sua vida, assim, terá uma
probabilidade muito grande de obter sucesso tanto na vida profissional, nos
relacionamentos, como nos seus estudos, entre outros.
1.3 AUTOESTIMA E A PERSONALIDADE A autoestima é um sentimento que não nasce com a criança, mas que pode
ser desenvolvido durante a vida da pessoa. (GUILHARDI, 2002). Diante disso, o
autor destaca que a autoestima é o produto de contingências de reforçamento
positivo de origem social que os pais podem apresentar para a criança, desde que
devidamente orientados sobre como fazê-lo. Nesse sentido, fica evidente o seguinte
embasamento argumentativo:
Do ponto de vista comportamental, o indivíduo, ao nascer, é essencialmente incompetente e carente de cuidados. Os pais são os responsáveis diretos por esse novo ser. São eles que vão fornecer os cuidados iniciais para a sobrevivência do indivíduo e as primeiras oportunidades de relacionamento social (SILVA; MARINHO, 1998, p.230).
Segundo RECINELLA (2011), a autoestima começa a se formar na infância,
através do relacionamento com as outras pessoas, podendo haver influência
14
significativa das experiências do passado, o que determinará a autoestima quando
adulto. SOUZA (2002), posiciona-se com o seguinte pensamento:
Ninguém nasce bom ou mau, porém o autoconceito que cada um tem de si e a visão que o próprio mundo tem de cada pessoa, faz com que ela acredite nesta imagem e viva como tal (p.20).
A criança percebe no olhar e na expressão amorosa dos pais que está
recebendo atenção, que aqueles que a cercam se encantam e se preocupam com
ela. Os pais atuam como espelhos, que devolvem determinadas imagens ao filho.
Para a criação do autoconceito a criança se baseia nas relações que tem
com as pessoas à sua volta (MOYSES, 2001, p. 20). O autor informa que ela situa-
se no número de sutilezas recebidas, “como as reações de alegria ou de
aborrecimento que seus atos provocam nos outros”, como suas vontades são
satisfeitas e, também, como ele é segurado no colo. (p. 20).
A personalidade de uma pessoa é formada por características inatas, onde
se acumulam experiências e ações recíprocas entre o ser humano e o meio em que
vive. (BRANDÂO, 2013). Assim, a autora coloca que a personalidade pode se formar
de 0 a 5 anos, mas continua em formação ao longo do tempo, podendo ir até a
adolescência.
Crianças que vivem em situação de vulnerabilidade, como é o exemplo de
conflitos familiares, violência ou agressividade, tendem a apresentar timidez
excessiva, dificuldades de relações sociais e uma série de dificuldades, mas não
significa que toda criança que nasça num ambiente desfavorável seja
necessariamente uma pessoa com personalidade fracassada. (BRANDÂO, 2013).
O primeiro contato que a criança tem com as pessoas acontece através de
seus pais, por isso é preciso que os pais a apresentem um mundo agradável, de
forma que ela consiga se sentir parte deste mundo. A autoestima da criança pode
estar relacionada com a forma que seus pais reagem a cada ação dos filhos. Sobre
o assunto é evidenciado que:
[...] sempre que uma criança se comporta de uma maneira específica, e os pais a consequenciam com alguma forma de atenção, carinho, afago físico, sorriso [...], estão usando contingências de reforçamento positivo, estão gratificando o filho. Por outro lado, toda vez que uma criança se comporta e os pais a repreendem, a criticam, se afastam dela, não a tocam, nem conversam com ela [...], estão usando contingências coercitivas ou punindo o filho. A primeira condição aumenta a autoestima, a segunda a diminui. (GUILHARDI, 2002, p.7).
15
GUILHARDI (2002), informa que os pais, normalmente, querem acertar na
educação de seus filhos e aconselha que os pais criem uma estratégia para
minimizar o problema, onde um se coloca em dever de corrigir, como exemplo, o pai
exigente com o desempenho do filho e a mãe que age como intercessora sem
desautorizar o pai.
MICELI (2003), divide o indivíduo em duas relações causais, o eu privado e
o eu público; o eu privado diz respeito a o que o indivíduo pensa sobre si mesmo e o
eu público refere-se a o que os outros pensam dele. Ou seja, uma criança para
constituir a sua autoestima vai precisar, antes de tudo, de ser amada pelos que a
rodeiam. A partir desse afeto, ela vai sentir-se com valor para depois dar ela própria
o afeto aos outros.
O Guia Infantil (2013), apresenta que a desvalorização de si mesma pode levar a criança a não ter objetivos e a sentir-se incapaz de fazer qualquer coisa. Partindo disso, seguimos para o seguinte embasamento:
Essa postura pode levá-la a não ter objetivos, a não ver sentido em nada, e a convencer-se de que é incapaz de conseguir qualquer coisa que se proponha. O que acontece é que não consegue compreender que todos somos diferentes e únicos, e que ninguém é perfeito. Que todos erramos e começamos de novo. (GUIA INFANTIL, 2013).
Conforme NOGUEIRA (2013), a personalidade de uma pessoa inicia-se no nascimento, “os primeiros anos de vida de uma pessoa são decisivos para a gênese de sua futura personalidade”. A relação da criança com os pais deve suprir todas as necessidades físicas e psicológicas, pelo contrário poderá causar sérios riscos à formação da personalidade. (NOGUEIRA, 2013).
1.4 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR E DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DA
AUTOESTIMA DA CRIANÇA
Sabe-se que a escola é a segunda casa da criança. O primeiro contato da
criança com o convívio social acontece através de sua família e, quando esta entra
para a idade escolar encontra outros tipos de relacionamentos, com pessoas que
não tem ligação de sangue com ela. Assim, a criança toma consciência de que o
mundo é diferente e grande, e terá que enfrentar novos desafios na vida, que
exigem mais responsabilidade.
SOUZA (2002), no seu estudo aponta que “o contato com diferentes grupos
sociais possibilita a construção do autoconceito da pessoa.” (p.17). A autora cita
16
que, primeiramente, a criança experimenta o contato afetivo do primeiro grupo social
(família e amigos); posteriormente, ela ingressa na escola e se esta tiver uma visão
negativa de si mesma, demonstrará um comportamento agressivo, dificultando seu
desempenho escolar.
Na escola, a criança também começa a lidar com frustrações, com perdas e
também com rejeições, quando não é reconhecida ou aceita por alguém ou por um
grupo. É natural que a criança se recuse a aceitar a escola nos primeiros dias de
aula, pois ela está conhecendo um novo ambiente e pode se sentir insegura e
desprotegida, envolta por pessoas desconhecidas. A acolhida e o carinho do
ambiente escolar são importantes para ajudar a criança a reelaborar tais situações e
superá-las.
JUNIOR (2002), aponta que o professor é importante “no sentido de fazer
com que seus alunos descubram seus encantos e valores, fortalecendo sua
autoestima.” (p.6). De acordo com SOUZA (2002), através da construção das
capacidades afetivas as crianças podem investir no afeto e ter sentimentos validados
nelas mesmas.
Estando o professor no contato direto com os alunos, ele deve atuar de
maneira que as crianças se sintam queridas e desejem estar em sala de aula. É
importante que o educador estabeleça metas realistas e adequadas a idade de seus
alunos, dê-lhes oportunidade de desenvolverem-se sem superprotegê-los ou sem
pressioná-los, nem compará-los com outras crianças. Segundo SOUZA (2002):
Desenvolvido o vínculo afetivo, a aprendizagem, a motivação e a disciplina tornam-se conquistas significativas para o autocontrole do aluno e seu bem estar escolar. Percebe-se uma forte relação entre professor e aluno, influenciando na formação da autoestima (sic), pois o professor que não tem amor pela profissão, e apresenta diferentes reações diante de um aluno indiferente ou agressivo, pode comprometer o desenvolvimento escolar da turma. (p.17-18).
É costume de alguns professores dedicarem maior atenção ao aluno mais
comunicativo da turma e desprezarem aquele que não se comporta bem ou aquele
que fica quieto a aula inteira. Na verdade o educador supervaloriza alguns alunos e
desestimula tantos outros, os colocando na condição de inferioridade perante seus
colegas “mais espertos” (grifo nosso). De forma semelhante, percebe-se no cotidiano
escolar:
[...] que alguns alunos com rendimento brilhante, têm extrema dificuldade de se expressar em grupo e formar vínculos de amizade que reforçariam a autoestima deles [...] outros cujo rendimento é regular, até mesmo insuficiente; apresentem facilidade de [...] interação com os outros colegas. Elevando a autoestima [...] (JUNIOR, 2002).
17
Sempre acontece de, numa mesma sala de aula, haver crianças super
participativas e outras muito introvertidas. O professor deve perceber estas
diferenças e investir em atividades que estimulem àqueles que menos participam,
ele deve descobrir o que mais os chama a atenção e focar seu empenho de modo
que consiga motivá-las.
A afetividade vem sendo abordada com mais intensidade pelos profissionais
da educação, pois, a violência, a agressividade e desrespeito “podem ter causas de
fundo afetivo, por conta da falta de valorização da pessoa como ser humano.”
(SOUZA, 2002, p.18).
MENDES (2012), informa sobre “a necessidade de desenvolver uma escola
em que os profissionais tenham atitudes positivas, para que possam ter eficácia na
sua ação pedagógica” (p.2). Concordando com o autor anterior encontra-se o
seguinte embasamento:
A importância e atuação dos profissionais da escola, principalmente, orientadores educacionais e pedagógicos, da família [...] manter uma boa autoestima no ambiente escolar, servindo de modelo positivo para os alunos [...]. (JUNIOR, 2002, p.10).
Portanto, a escola, além de ser o local onde a criança adquire conhecimento,
precisa ser o local onde as crianças potencializem suas qualidades, valorizando seu
autoconceito e gostando de si mesmas, influenciando positivamente no ambiente da
escola, bem como na vida social. E, posteriormente na vida adulta, possuir boa
autoestima, o que proporcionará ao indivíduo maior possibilidade de sucesso em
sua vida.
18
CAPÍTULO II
2.0 O FENÔMENO BULLYING
De acordo com TOGNETTA e VINHA (2010), a definição do bullying vem da
língua inglesa bully, que significa intimidação, dizendo respeito às formas de
humilhação e menosprezo.
CAMARGO (2013), expõe que este termo se refere às formas intencionais e
repetitivitas de promover atitudes agressivas. O site informa que tal ato não tem
motivação evidente e objetiva intimidar ou agredir a pessoa indefesa, dentro de uma
relação desigual de forças ou poder
Seguindo o mesmo conceito, BANDEIRA e HUTZ (2010), caracterizam o
bullying por “atos repetidos de opressão, tirania, agressão e dominação de pessoas
ou grupos sobre outras pessoas ou grupos, subjugados pela força dos primeiros”
(p.132), “considerado um poderoso processo de controle social.” (p.132).
O bullying é praticado em qualquer ambiente, ou seja, na rua, na escola, na
igreja, no clube etc. Muitas vezes é praticado por pessoas dentro da própria casa da
vítima.
Segundo o estudo de BANDEIRA e HUTZ (2010), o bullying classifica-se nos
tipos, verbal, físico, relacional e eletrônico. Sobre os tipos de comportamento
agressivo, os autores definem:
O tipo físico envolve socos, chutes, pontapés, empurrões, bem como roubo de lanche ou material. [...]. O tipo verbal inclui práticas que consistem em insultar e atribuir apelidos vergonhosos ou humilhantes [...]. O tipo relacional é aquele que afeta o relacionamento social da vítima com seus colegas. [...]. O tipo eletrônico, [...], ocorre quando os ataques são feitos por vias eletrônicas. [...] através de e-mail, mensagens instantâneas, salas de bate-papo, web site ou através de mensagens digitais ou imagens enviadas pelo celular (p.36).
As implicações de tal comportamento toma proporções gigantescas na
criança vítima da violência, podendo extinguir de vez sua autoestima. Pois, ao sofrer
as agressões ela acaba por se colocar na condição de vulnerabilidade e por estas
agressões serem persistentes, passa a acreditar nos seus agressores, confiando
que realmente estão vulneráveis por incapacidade. A partir das informações de
CAMARGO (2013), tem-se o conhecimento que:
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios
problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O opressor sente prazer em dominar, em causar danos e, geralmente é o
mais forte que seu alvo. Os autores colocam que estes apresentam tendência maior
para comportamentos de risco, como o consumo de tabaco, álcool ou outras drogas
e porte de armas e consolidam o papel de agressor ao longo da vida.
TOGNETTA e VINHA (2010), definem que são cinco as características do
bullying sob o ponto de vista psicológico: A primeira forma de ridicularizarão dos
seus algozes “trata-se de uma forma de violência entre pares, ou seja, não há
desnível de poder ou de autoridade entre aqueles que participam” (p.3); a segunda é
o fenômeno de repetição; a terceira característica aponta a atitude com intenção de
ferir; temos a quarta característica a vítima que possui imagens empobrecidas de si
mesma e revigoram as características postas em evidência pelos autores e a última
característica é apontada através do público que assiste e corresponde com as
apelações de quem ironiza.
Segundo BANDEIRA e HUTZ (2010), o fenômeno bullying tem diferentes
implicações na autoestima em relação a gêneros. Segundo o autor, inicialmente o
bullying era entendido como uma prática dos meninos, pela ideia de que as meninas
seriam incapazes de cometerem agressões. Mais tarde, fora entendido que as
opressões físicas ou morais estão presentes em ambos os gêneros. Porém, a
diferença está no sentido de os meninos serem mais agressivos fisicamente, já as
meninas expressam atitudes mais positivas em relação às vítimas.
2.1 IMPLICAÇÕES DO BULLYING NA AUTOESTIMA DE CRIANÇAS
Bullying, é uma experiência extremamente agressiva para quem a sofre.
KOTAKA (2012), diz que algumas crianças acabam esquecendo situações
constrangedoras a que foram expostas, outras carregam em suas memórias
imagens vividas que lhes causam dor e ressentimento. Situações comportamentais
como o bullying são fontes geradoras de grande estresse, e que pode, na grande
maioria das vezes, afetar a autoimagem e autoestima.
Em entrevista à REVISTA Veja (2013) a especialista Cleo Fante enfatiza
que ‘”é um equívoco dizer que o bullying é uma brincadeira e que os alunos o
20
superam sozinhos.” Em resposta à pergunta sobre os traumas que o mesmo pode
gerar as vítimas, a especialista explica:
A curto e longo prazo, o bullying interfere na autoestima, na concentração, na motivação para os estudos, no rendimento escolar e nos males psicossomáticos [...] da vítima. A longo prazo, a vítima pode desenvolver transtornos de ansiedade e de alimentação [...]. Se não houver intervenção, pode haver efeitos para o resto da vida. A vítima pode ser sempre insegura. Alguns têm resiliência, o poder de resistir e superar situações difíceis, mas outros penam.
Ninguém pode administrar a dor que uma pessoa está sentindo quando
exposta a tal humilhação, apenas ela mesma. A psicóloga clínica e hospitalar
Fernanda Grimberg (2012), informa que as consequências mais graves do bullying
são as psíquicas e comportamentais, prática que agrava o problema pré-existente e
abre novos quadros, tem-se como exemplo a autoestima.
GRINBERG (2012), explica que “brincadeiras saudáveis são aquelas em que
todos os participantes se divertem.” Assim, tanto pais e profissionais da educação
devem ficar atentos às mudanças de comportamento das crianças. A criança pode
apresentar um quadro de depressão, fobia escolar, fobia social, timidez, transtornos
alimentares, diz a psicóloga.
2.1.1 OBESIDADE INFANTIL COMO INCENTIVO AO BULLYING
O obeso é um alvo muito fácil para as situações de bullying, pois recebem
vários apelidos, além de todo estresse que vivencia em sua rotina diária, que já lhe
constrange. Essa experiência acaba por dilacerar a autoestima, ao invés de
fortalecer a vítima para que possa desenvolver recursos em busca de mudanças.
GATTI (2011), informa que “além das consequências negativas para o
organismo infantil, a obesidade também pode afetar o convívio social da criança.” De
acordo com o autor, na última pesquisa realizada pela Universidade de Michigan,
nos Estados Unidos, ficou constatado que crianças obesas ou acima do peso têm
60% a mais de chances de sofrer bullying”. O autor alerta que o fato de os dias
atuais exigirem certo padrão estético, é possível ocorrer a manifestação de anorexia,
bulimia ou dietas extremas para perder peso, devido a crianças obesas serem
vítimas do bullying. A este respeito encontra-se o seguinte embasamento:
21
[...] o indivíduo obeso tende a atrair rejeição e efeitos negativos pelo simples fato de ser obeso e que esses indivíduos tendem a ser estigmatizados como responsáveis por sua própria condição, sendo taxados de preguiçosos ou relaxados. Essa culpabilidade atribuída, segundo os autores, aumentaria os efeitos negativos nas relações sociais de tais indivíduos (COSTA; SOUZA; OLIVEIRA, 2012, p.656).
Segundo COSTA, SOUZA; OLIVEIRA (2012), foram avaliadas, em 1984, as
características sociais em crianças obesas, o que se constatou que:
[...] as crianças obesas, quando comparadas às não obesas, eram menos
desejáveis como amigas e rejeitadas com uma frequência maior pelos
colegas de classe. As crianças obesas, em sua autoavaliação, também
relataram maior nível de depressão e baixa autoestima. (p.656).
A criança obesa tem mais probabilidades de sofrer de doenças e
preconceitos, explica MIRANDA (2013), desta forma, os educadores devem intervir
no sentido de incentivar tanto os alunos, como seus pais a procurar tratamento. De
acordo com o site OBESIDADE Controlada (2011), quanto mais rápido for
identificada a situação, menores os transtornos e futuros traumas, tanto para quem
sofre quanto para quem pratica o Bullying.
2.2 BULLYING E O ENQUADRAMENTO PENAL NO BRASIL
O bullying é uma atitude que está cada dia mais frequente em nossa
sociedade. Nunca o fenômeno bullying foi tão discutido e, devido ao termo estar
tanto em evidência, tal ato fora enquadrado nas leis como forma de frear as
agressões e punir os agressores. Assim expressa CARVALHO (2013), do Tribunal
de Justiça do Piauí:
Ao nosso ver, a prática do bullying, denominada por nossos juristas como intimidação vexatória, dentro de nosso contexto vernacular, deve ser exemplar e eficazmente combatido. [...] o estancamento desta vil prática está na prevenção, resolução prática de conflitos através da Justiça Restaurativa, ou na repressão, como a expulsão do aluno agressor ou a interferência do Poder Judiciário.
Assim, segundo CARVALHO (2013), está previsto, no Projeto do Novo
Código Penal Brasileiro, PL 236/2012, “passando efetivamente a ser crime previsto
em tipo penal específico e autônomo”. Desta forma, se concretiza bullying:
[...] intimidar, constranger, ameaçar, assediar sexualmente, ofender, castigar, agredir, segregar a criança ou o adolescente, de forma intencional e reiterada, direta ou indiretamente, por qualquer meio [...], valendo-se de pretensa situação superioridade e causando sofrimento físico, psicológico ou dano patrimonial. A conduta é punida com prisão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e depende de repressão da vítima/ de representante legal, para que se deflagre a ação penal (art. 148 PNCP), (CARVALHO, 2013).
22
Apresentado como um problema mundial, CAMARGO (2013), informa que o
bullying pode acontecer em qualquer contexto onde haja interação social, tais como
escola, família, trabalho e entre vizinhos. Tal embasamento na lei podemos
encontrar nos estudos de CAMARGO (2013):
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
De acordo com o art. 15 do ECA, “a criança [... ] têm direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e
como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas
leis”. No art. 17 encontra-se o direito à “inviolabilidade da integridade física, psíquica
e moral da criança [...], abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da
autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”. E no art.
18 expõe o “dever de todos velarem pela dignidade da criança [...], pondo-os a salvo
de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor”.
Entende-se como dever, tanto dos pais como dos profissionais da educação
proteger a criança contra quaisquer danos físicos e psíquicos, podendo ser punido o
ato embasado em leis. Sobre isso, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (2013),
informa que “são sujeitos que exigem proteção por parte dos adultos, pois as
crianças muitas vezes não sabem reivindicar seus direitos.”
23
CAPÍTULO III
3.0 A AUTOESTIMA E SUA INFLUÊNCIA NO ENSINO-APRENDIZAGEM
O conceito de autoestima é bastante importante no campo da
psicopedagogia. Esta disciplina, segundo REBELO (2012), considera a autoestima
como sendo a causa das atitudes construtivas nos indivíduos, e não a consequência
das mesmas. Posto isto, um aluno que tem uma boa autoestima tem grandes
hipóteses de ter boas notas e de ser bem-sucedido na sua vida acadêmica.
ROCHA (2003, p. 10), considera:
a aprendizagem humana possível pela ação de um mediador que se interpõe entre os estímulos e o organismo para captar da mente as significações interiorizadas que advêm da própria experiência de aprendizagem.
A autora explica com a seguinte argumentação:
[...] a aprendizagem humana não se explica ou esgota apenas pela genética [...], mas emerge uma relação indivíduo-meio que é midiatizada por outro indivíduo mais experiente, cujas práticas e crenças culturais são transmitidas às gerações futuras, promovendo nelas zonas mais amplas de desenvolvimento cognitivo crítico e criativo. (p.10).
Muitas evidências e experiências de professores, terapeutas e psicólogos
“indicam que a maioria das crianças com problemas de aprendizado nas salas de
aula vêm de situações problemáticas no lar e têm dificuldades de autoestima.”
(HUMPHREYS, 2001, p.11).
Segundo HUMPHREYS (2001), todas as crianças querem agradar seus pais
e, quando estas sofrem humilhação através da critica e supressão de amor, elas
podem sofrer duas reações: esquivarem-se dos esforços na escola por temer
humilhação e rejeição ou investem dedicação demasiada na tentativa de eliminar
qualquer possibilidade de fracasso. De acordo com o autor, os filhos dos professores
tendem a ser mais vulneráveis, por serem mais cobrados em seus desempenhos
dentro da sala de aula.
Para a criança ter uma boa relação social, ela precisa de educação. Uma
boa educação é aquela que estimula à criatividade, a interatividade, a cidadania,
buscando desenvolver e multiplicar as potencialidades da criança. SCHIMITZ (2004),
expressa seu ponto de vista com o seguinte pensamento:
As crianças que acreditam em suas capacidades individuais, em seu potencial têm mais possibilidades de vencer e superar com sucesso, os
obstáculos que surgem durante sua vida escolar, profissional, afetiva, cognitiva e familiar. Portanto, cabe a cada um cuidar para jamais desqualificar o ser humano e proporcionar condições de desenvolver a noção de valor próprio, acreditar no seu potencial e incentivá-lo a usar mais a sua capacidade. (p.43).
Segundo CAMPOS (2008), a inteligência é, em partes, hereditária, com perfil
heterogêneo, ou seja, com pontos fortes e fracos, assim, se explica as diferentes
habilidades encontradas numa mesma sala de aula. A autora cita alguns fatores
determinantes para que a criança desenvolva esta inteligência, são elas:
estimulação afetiva e as experiências vividas com entes próximos.
MARQUES (2013), mostra, em seu estudo, que o desenvolvimento da
autoestima antecede à própria cognição, sendo necessário o ambiente propício para
progredir e aprimorar o desenvolvimento humano e a autoconstrução. De acordo
com SCHIMITZ (2004), “a autoestima quando não estimulada, pode inibir o
comportamento criativo da criança” (p. 44). A autora complementa que:
O estímulo cognitivo não é suficiente para desenvolver a criança como um todo. É necessário elevar sua autoestima para que tenha um bom autoconceito de si mesma, garantindo assim um bom desenvolvimento e consequentemente um bom desempenho escolar. (p.44).
A criança precisa ser estimulada para aprender, ela “precisa se sentir aceita
e valorizada para que possa exercer seu potencial de maneira eficaz.” (ROCHA,
(2003). O estímulo através da afetividade e da autoestima permite que a criança
sinta-se bem, cultivando autoconceito positivo de si mesma. Se ela acredita que
pode aprender, será impulsionada a alimentar o conceito que faz de si na busca por
novas experiências, enfrentando as dificuldades sempre com o objetivo de superá-
las.
MRUK, apud BERNARDI & STOBÃUS (2011), informa que a autoestima
deteriorada reflete na aprendizagem, trazendo características negativas, como por
exemplo, o sentimento de inferioridade, insegurança, ansiedade, etc. Neste sentido,
a criança se torna “muito vulnerável às críticas e julgamentos negativos de seus
colegas e professores.” (p.36-37).
A valorização de si mesmo é constituída com motivações internas, assim,
quando a criança é estimulada a alcançar outros progressos e vencer dificuldades,
ela se sente capaz de aprender, “a autoestima elevada é uma das consequências da
aprendizagem [...].” (VICHESSI, 2008).
25
Se a criança não se encontra em harmonia consigo mesma, ela não
consegue explorar o conhecimento para conseguir o seu melhor. Quando há
autoestima baixa, a criança não acredita que é capaz de desenvolver uma atividade
mais complexa, se torna mais cômodo permanecer na sua zona de conforto.
ROCHA (2003), alerta que, quando a criança se sente insegura, ela pode produzir
menos, desta forma:
Sentindo-se ameaçada, vai evitar agir; esse agir pode ser escrever, desenhar, falar, ou qualquer atividade que precise de um mínimo de raciocínio. Essa hesitação, possivelmente interromperá o processo saudável da aprendizagem.
É comum encontrar crianças que, antes mesmo de tentar fazer uma
atividade diz que não sabe executá-la, que não consegue. Na verdade, ela
encontrou uma maneira de esconder a crença de sua incapacidade, ela não quer
tentar para não correr o risco de errar, possivelmente tenha sido repreendida por
suas tentativas falhas. O aluno que não exterioriza suas qualidades não se deixa
conhecer. O receio de expor uma ideia que não seja aceita fá-lo fugir de situações
que o coloque em evidência, por este motivo, a criança dá a entender que realmente
não sabe, não consegue.
3.1 A INFLUÊNCIA DO PROFESSOR NO APRENDIZADO DA CRIANÇA
Na escola, o professor é a referência do aluno. O professor deve ser
motivado a atuar de forma que estimule seus alunos, deixando uma visão positiva do
seu papel enquanto educador. Em seu estudo, THOMPSON (2010), identificou que
o aluno que se identifica com seu professor, consegue um aproveitamento melhor,
por conta do vínculo estabelecido com o mesmo. Assim como é exigido do aluno
interesse em aprender, também o professor deve interessar-se em ensinar, diz a
autora.
Acima de tudo, o professor deve possuir uma boa autoestima para que
possa transferir a seus alunos a sensação agradável em aprender. Sobre isso, VOLI
(2002) ,comunica que “o professor, como pessoa realizada e com autoestima
elevada, poderá, assim, projetar em seus alunos um modelo de adulto que os motive
e ajude a conseguir uma formação pessoa similar." (p.15).
26
VOLI (2002), expõe que o professor normalmente projeta em seus alunos a
sua própria personalidade, desta forma, é esperado que ele seja o melhor exemplo
que a criança utilize como modelo de ser humano. Neste contexto, o autor informa
que “um professor consciente de suas possibilidades transformadoras é a chave que
a sociedade precisa para acionar o processo de mudanças nas novas gerações.”
(p.11).
A partir do momento que o educador consegue criar um vínculo positivo com
seu aluno, ele consegue transmitir confiança para que a criança sinta-se segura.
MARQUES (2013), expõe a importância da expectativa do professor sobre a
potencialidade do aluno na ideia que:
[...] Permanentemente, caberia ao educador o papel de acolher, nutrir e sustentar o educando, permitindo que ele se desenvolvesse. O que corresponde a um ato “amoroso”, um ato de acolhimento de suas dificuldades, incertezas, dúvidas e limites. O ato “amoroso” é estar ciente de que o papel do educador é dar suporte para que o aluno se desenvolva mais, se torne mais senhor de si, mais autônomo, mais independente.
O educador deve fazer predominar a sensação de que o aluno é bem
querido, gostado, amado. A atuação do professor deve ser voltada para a autonomia
do aluno, proporcionando a ele o gosto de descobrir, conhecer; despertando o
desejo de crescer, pensar, sonhar, criar, viver. (CAMPOS, 2008).
De acordo com ROMANELLI (2009), “o professor é o principal responsável
pelo sucesso da aprendizagem e sua atuação em sala é determinante para o
desempenho dos alunos”, sendo superior à qualidade de um sistema educacional.
O que determina um profissional de qualidade não é apenas o conhecimento
que ele possui, sobre este aspecto ROMANELLI (2009) estabelece alguns critérios:
- Além de dominar o conteúdo, o professor precisa dominar as técnicas de ensino,
desta forma, é importante uma boa formação inicial, bem como uma carreira com
prática orientada por professores mais experientes;
- O educador deve sempre buscar novas metodologias, atualizar-se, superar-se,
através de formação continuada;
- O professor deve ter didática, paciência e sensibilidade para respeitar o tempo e
as diferenças de cada aluno, incentivando-os a ajudarem entre si de forma a igualar
o nível da turma;
27
- A boa relação do professor com os alunos favorece a aprendizagem, portanto, o
profissional deve se mostrar interessado e receptivo com seus alunos;
- O educador precisa conhecer seu aluno, seja sua cultura e valores, como respeitar
as fases de amadurecimento. Isso representa um acesso mais fácil e uma
aproximação entre as duas partes;
- O aluno deve ser estimulado à curiosidade. Além de impulsionar o conhecimento, a
curiosidade faz com que os alunos se interessem mais e o professor contribui para a
solução de seus questionamentos;
- Na condição de transmissor de conhecimento, o educador não deve se colocar
como único detentor do mesmo, ele deve estar aberto também a receber
conhecimento;
- A valorização do profissional de educação reflete em seu desempenho em sala de
aula. Professores que trabalham satisfeitos, transmitem o conteúdo de forma positiva
aos alunos;
Conclui, ROMANELLI (2009), que este conjunto de atributos são
encontrados nos bons professores, a atitude destes diante dos alunos é
determinante para a qualidade do ensino, podendo este potencializar um bom aluno
e vice-versa.
A especialista em Psicopedagogia, Irene Maluf (2013), comenta sobre a
importância do elogio na vida das pessoas. Ela destaca que o sucesso escolar parte
da motivação da criança aos estudos, se a criança não desenvolver sua autoestima,
esta não desejará alcançar o sucesso. A respeito disso, Irene Maluf (2013), enfatiza
que:
Crianças desmotivadas apresentam comportamentos de frustração, ansiedade e desorganização, pois o insucesso constitui um processo paralisante: todos sabemos que após duas ou três experiências desastrosas, as pessoas saudáveis procuram se resguardar, evitando um novo contato desagradável e penoso com aquilo que gerou o fracasso. [...] crianças e jovens com alguma dificuldade real de aprendizagem muitas vezes também são acusadas de "preguiçosas" e frequente notamos na avaliação psicopedagógica, as consequências calamitosas que essa situação gera no seu desenvolvimento afetivo e intelectual.
O professor deve ter uma relação próxima com seus alunos, pois eles são
receptivos à matéria, partindo da forma de agir do seu professor, muitos alunos
buscam em seu professor referências de comportamentos, por isso a importância de
apresentar atitudes e valores que possam tornar os vínculos positivos. O trabalho
28
construtivo, inicia na relação de reciprocidade, simpatia e respeito em que o aluno é
tratado como uma parte importante que compõe um todo e não como um todo
dividido por partes.
Não é possível educar sem que exista o diálogo entre aluno e professor. Ao
relacionar-se bem com seus alunos o educador receberá de volta a atenção e o
carinho que fora investido. Se o aluno se sentir bem dentro da sala de aula, ele
também sentir-se-á confiante, dá-se então os ingredientes para uma aprendizagem
satisfatória.
3.2 A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO PARA A AUTOESTIMA E A APRENDIZAGEM
São vários os desafios que os profissionais da educação enfrentam nos dias
de hoje. A tecnologia veio para facilitar a vida de todos. Na área da educação, a
tecnologia tem sido de grande valia no sentido de captar a atenção das crianças que
nascem na era da modernidade, onde tudo se renova, tudo se interliga, tudo é mais
prático, porém acaba por individualizar os seres humanos em alguns aspectos.
Os professores dispostos a alavancar a educação enriquecedora não podem
dar-se por satisfeitos no que diz respeito ao conhecimento. Eles devem reciclar seus
métodos, buscar inovações, usar novas técnicas, de forma que seus alunos sempre
se encontrem motivados a aprender.
Não bastasse o desafio de adequar-se à tecnologia, o professor precisa
introduzir em suas aulas métodos simples, porém muito significativos que capte a
atenção dos alunos. Materiais simples exigem, além de muita criatividade, grande
conhecimento para fazer de pouco tempo, grandes momentos.
O lúdico veio provar que contribui grandemente na educação das crianças,
pois ela sociabiliza e faz com que a criança aprenda, se divertindo. Este método
descontraído de ensinar representam situações, segundo BERNARDES (2006), em
que o aluno enfrenta seus próprios limites através de regras e superação, além de
aprender de forma prazerosa e alegre, proporcionando o vínculo afetivo. A autora
aponta que as atividades lúdicas propiciam a sensibilidade e criatividade, ampliando,
modificando e construindo seu conhecimento.
29
Lúdico, segundo o DICIONÁRIO, corresponde a “Forma de desenvolver a
criatividade, os conhecimentos, através de jogos, música e dança. O intuito é
educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros.” (DICIONÁRIO Informal,
2008).
As atividades lúdicas podem ser definidas como brincadeiras com normas e
regras flexíveis, elas não têm como objetivo principal a competição, mas a motivação
em cumprir uma tarefa. Elas têm,como papel desenvolver a imaginação, criatividade,
capacidade motora e raciocínio. O lúdico pode ser direcionado a um objetivo
específico, sob a perspectiva que é importante no desenvolvimento afetivo, motor,
mental, intelectual, social, fortalecendo, assim, a autoestima e a segurança. Neste
sentido, encontra-se o seguinte embasamento teórico:
[...] as atividades lúdicas educativas podem criar condições de desenvolvimento nas características da autoestima da criança [...] a criança tenta superar suas limitações sem sentir-se envergonhada, pois a partir do momento em que ela se sente livre para imaginar, criar, agir, sem medo de ser reprimida, passa a sentir mais confiança em si, demonstra interesse por querer desenvolver as atividades e assim sente-se ativa e aceita no meio social em que vive (TUROLLO, 2010, p.2380).
Em seus estudo TUROLLO (2010), concluiu que as atividades lúdicas criam
condições para o desenvolvimento da auto-estima em vários aspectos, são eles:
[...] a autoconfiança, o autoconhecimento de suas possibilidades e limites, assim como a sua segurança em agir, sua coragem em enfrentar desafios, sua necessidade de interação com o outro e de se sentir respeitada e querida no grupo, dentre outras possibilidades, as quais, quando orientadas pelo professor, poderão se desenvolver a possibilitar condições diferenciadas de desenvolvimento da autoestima das crianças na escola.
Através das brincadeiras a criança se expressa e exterioriza seus
pensamentos, desta forma, a brincadeira dentro de um processo educativo faz com
que a criança aprenda os conteúdos, deixando pra trás os métodos tradicionais de
ensino (OLIVEIRA, 2010). O professor pode utilizar o lúdico tornando as aulas mais
dinâmicas e participativas e, partindo do princípio que o lúdico propõe a
compreensão dos conteúdos a partir da reconstrução que a aprendizagem realiza,
este tem fim pedagógico (OLIVEIRA, 2010).
O lúdico entra como facilitador da aprendizagem, através dele as crianças
adquirem “motivação intrínseca necessária para uma boa aprendizagem, até
convertê-las em adultos maduros, com grande imaginação e autoconfiança.”
((OLIVEIRA, 2010, p.21). Neste contexto, a autora explica que:
30
Toda criança que brinca vive uma infância feliz, além de tornar-se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente, conseguirá superar com mais facilidade, problemas que possam surgir no seu dia-a-dia. [...] Ela adquire experiência brincando. Participar de brincadeiras é uma excelente oportunidade para que a criança viva experiências que irão ajudá-las a amadurecer emocionalmente e aprender uma forma de convivência mais rica. (p.22).
Quando a criança sente prazer no que faz, ela se abre para viver novas
experiências. Atividades mais descontraídas tendem a fazer com que as crianças
desenvolvam a coletividade e se sintam mais a vontade dentro de um ambiente com
regras e que visa o rendimento. A criança, sem se dar conta de que está sendo
avaliada e estimulada, diverte-se aprendendo.
31
CONCLUSÃO
O propósito deste trabalho foi apresentar a importância que a autoestima
tem na vida de crianças nas séries iniciais da escola, bem como a interferência da
educação no sucesso pessoal do indivíduo quando adulto.
Na conclusão deste estudo, parece bastante evidente a influência da
autoestima na construção da personalidade e o quanto esta tem significância no
sucesso do aprendizado. Houve a preocupação de abordar os aspectos familiares,
sociais e escolares, como forma de identificar que o ser humano é um ser emocional
e que seu rendimento gera em torno de suas emoções.
A autoestima apresenta-se como ferramenta para se obter a realização
pessoal. Estando feliz, a criança sentir-se-á motivada a explorar o desconhecido,
sentindo-se capaz para tanto.
Seu passado carrega experiências que podem, tanto alavancar como
deteriorar a imagem que a criança faz de si mesma, o que vai determinar o
desempenho é o fato de estas experiências terem efeitos positivos ou negativos em
sua vida.
Conforme mostra o estudo, a criança pode possuir muitas qualidades, mas
se ela não possuir uma boa autoestima, ela corre o risco de não conseguir
desenvolver tais qualidades por acreditar que não as tem. Por outro lado, a
autoestima elevada instiga a criança a arriscar e, mesmo errando, descobrir que é
capaz de aprender sem temer o julgamento.
A criança sente-se amparada pelos seus pais, assim, fica evidente a
preocupação que ela tem em receber a atenção e dedicação dos mesmos. Ela capta
as marcas percebidas pelas pessoas que a cerca e, dependendo da impressão que
ela tem, ela reage. Se a criança vive em meio a conflitos, ela tende a reagir
negativamente, se ela vive em ambientes pacíficos, age positivamente.
As crianças se espelham nas atitudes dos adultos, elas idealizam o adulto
em que querem se transformar, partindo de suas experiências com as pessoas que
convivem. Em primeiro lugar, elas desejam ser iguais a seus pais, depois, ao
entrarem na idade escolar, buscam referência no professor.
É importante destacar que o bullying apresenta-se nocivo à autoestima, os
agressores usam dos pontos fracos do indivíduo para realçar sua dominação sobre
ele, agressivo ou brando, o bullying pode aflorar medos e inseguranças que antes
estavam escondidos.
As crianças com sobrepeso ou obesas tendem a sofrer mais com o assédio,
pois são vistas como fora do padrão. Elas conhecem a condição em que se
encontram e o bullying faz com que elas se sintam avessas à sociedade. Tendo em
vista as consequências maléficas deste comportamento iníquo, enquadra-se como
crime causar sofrimento físico ou psicológico, havendo punição dos responsáveis
para tal conduta.
A pesquisa bibliográfica confirma a influência da autoestima com a
aprendizagem, deixando claro que o estímulo à criatividade, interatividade e o
desenvolvimento das potencialidades dão-se através da autoestima elevada.
Estando a criança de bem consigo mesma, ela irá explorar o seu melhor para vencer
as dificuldades.
As atividades lúdicas contribuem no sentido de usar métodos simples para
obter grandes êxitos, a criança desenvolve seu lado motor e cognitivo ao mesmo
tempo que brinca. Desta forma, o professor consegue resgatar no aluno a alegria de
estudar. O lúdico sociabiliza e faz com que a criança aprenda, se divertindo.
Por isso, espera-se que este estudo possa vir a ser relevante para todos os
que trabalham com pessoas, acreditam no potencial de crescimento dos indivíduos e
se dispõem a investir nesta permanente construção.
33
REFERÊNCIAS
ABREU, M. de. As implicações do bullying na auto-estima de adolescentes. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pee/v14n1/v14n1a14.pdf> Acesso em: 22 set. 2013. BANDEIRA, C. de M; HUTZ, C. S. Autoestima - O que pode ser feito para que você admire esta pessoa em seu espelho? 2010. Disponível em: < www.marisapsicologa.com.br/auto-estima.html> Acesso em: 21 dez. 2013. BERNARDES, J. Alunos com discalculia: o resgate da autoestima e da autoimagem através do lúdico. 2006. Disponível em: <http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php? codArquivo=369>. Acesso em: 07 out. 2013. BERNARDI, J; STOBÃUS, C. D. Alunos com discalculia: o resgate da autoestima e da autoimagem através do lúdico. 2011. Disponível em: <cascavel.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/viewFile/2386/1715>. Acesso em: 07 out. 2013. BRANDÂO, V. Saiba mais sobre a formação da personalidade. Disponível em: <http://www.folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=74524> Acesso em: 19 set. 2013. BRASIL. ECA. Estatuto da criança e do adolescente: promulgada em 5 de outubro de 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ l8069.htm> Acesso em: 23 set. 2013. BUENO, C. Auto-estima baixa pode afetar a saúde. UOL, São Paulo, jul. 2012. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/07/ 14/autoestima-baixa-pode-afetar-a-saude.htm>. Acesso em: 07 set 2013. CAMARGO, O. Bullying. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/sociologia /bullying.htm>. Acesso em: 22 set. 2013. CAMPOS, C. de. Dificuldades na aprendizagem. 2008. Disponível em: <http://educaja.com.br/2008/05/problemas-de-aprendizagem-e-a-auto-estima.html>. Acesso em: 06 out. 13. CARVALHO, L. G. B de. O bullying e sua tipificação penal. Disponível em: < http://tj-pi.jusbrasil.com.br/noticias/100552430/o-bullying-e-sua-tipificacao-penal-des-luiz-gonzaga-brandao-de-carvalho >. Acesso em: 22 set. 2013. CEBRID. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Prevenção. Disponível em: <www2.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/ prevencao.htm> Acesso em: 10 set. 2013 CHAGAS, R. Dificuldades de aprendizagem decorrentes de relações familiares.
Disponível em: <http://www.abpp.com.br/monografias/09.htm> Acesso em: 02 out. 2013. COSTA. M. A. P. da; SOUZA, M. A; OLIVEIRA, V. M. de. Obesidade infantil: a ótica dos professores. 2012. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/298/298 24608 014.pdf> Acesso em: 22 set. 2013. DICIONÁRIO Informal. Lúdico. 2008. Disponível em: < http://www.dicionarioinformal. com.br/l%C3%BAdico/> Acesso em: 07 out 13. GATTI, M. Gordinhos têm mais chance de sofrer com bullying. 2011. Disponível em: <http://blogs.odiario.com/murilogatti/2011/06/03/gordinhos-tem-mais-chance-de sofrer-com-bullying/>. Acesso em: 22 set. 2013. GNT. Autoestima é a maior aliada da nossa saúde. 2012. Disponível em: <http://gnt.globo.com/bem-estar/patricya-travassos/Autoestima-e-a-maior-aliada-da-nossa-saude.shtml> Acesso em: 19 set. 2013. GRIMBERG, F. Bullying. 2012. Disponível em: <http://www.pediatriaemfoco.com.br/ posts.php?cod=165&cat=8>. Acesso em: 22 set 2013. GUIA INFANTIL. A baixa auto-estima infantil. Disponível em: <http://br.guiainfantil.com/auto-estima/179-a-baixa-auto-estima-infantil-.html> Acesso em: 19 set. 2013. GUILHARDI, H. J. Auto-estima, autoconfiança e responsabilidade. 2002. Disponívelem:<http://www.terapiaporcontingencias.com.br/pdf/helio/Autoestima_conf_respons.pdf>. Acesso em: 07 set 2013. HUMPHREYS, T. Auto-estima: a chave para a educação do seu filho. São Paulo: Ground, 2001. INSTITUTO CALUSA. Autoconceito, auto-estima e valores. Disponível em: <http://www.institutocalusa.com.br/conteudo/index.php?option=com_content&task=view&id=73&Itemid=2>. Acesso em: 07 set.2013. JUNIOR, P. F. L. A auto-estima e sua influência no espaço escolar, com a atuação dos orientadores educacional e pedagógico. 2002. Disponível em: <http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/t205693.pdf>. Acesso em: 20 set. 2013. KOTAKA, L. Bullying como gerador de baixa autoestima. 2012. Disponível em: <www.dicasdemulher.com.br/bullying-como-gerador-de-baixa-autoestima/>. Acesso em: 20 set. 2013. MAGALHÃES, F. L. Auto-estima. 2012. Disponível em: <http://www.fernandomagalhaes. pt/autoestima.html> Acesso em: 07 set. 2013. MAIA, E. O que é autoestima? 2005. Disponível em: <http://www.inpaonline.com.br/ artigos/voce/auto_estima.htm>. Acesso em: 07 set. 2013.
35
MAIA, M. C. As escolas encaram o bullying. Disponível em: < http://veja.abril.com.br/especiais_online/bullying/ping.shtml>. Acesso em: 22 set. 2013. MALUF, M. I. Preguiça ou dificuldade de aprendizagem? Disponível em: <http://www.irenemaluf.com.br/livros.asp>. Acesso em 07 out. 2013. MARQUES, A. C. A auto-estima da criança na fase de aprendizado da leitura e escrita. Disponível em: <http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/a-auto-estima-da-crianca-na-fase-de-aprendizado-da-leitura-e-escrita/>. Acesso em: 06 out. 2013. MENDES, A. R; DOHMS, K. P; LETTNIN, C; ZACHARIAS, J; MOSQUERA. J. J. M; STOBÄUS, C. D. Autoimagem, auto-estima e autoconceito: Contribuições pessoais e profissionais na docência. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/ conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/724/374>. Acesso em: 22 set. 2013. MICELI, M. A autoestima. 2. ed. São Paulo: Paulinas, Loyola, 2003. MINHA VIDA. Síndrome do pânico. Disponível em: <www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-do-panico>. Acesso em 10 out. 2013. MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL. Responsabilidade dos profissionais da educação frente às determinações do ECA. Disponível em: <http://www.mprs.mp.br/infancia/doutrina/id109.htm> Acesso em: 23 set 2013. MIRANDA, da S. Um vôo possível – o sucesso escolar nas asas da auto-estima. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=EFBRQtqWQUUC&oi=fnd&pg=PA11&dq=autoconfian%C3%A7a+auto+respeito+auto+estima&ots=dj5suEVB8v&sig=7ohCCDNw4oxlXnB6t7PRRXVWUo#v=onepage&q=autoconfian%C3%A7a%20auto%20respeito%20auto%20estima&f=false>.Acesso em: 05 out. 2013. MIRANDA, I. . Obesidade é o meio passo para o bullying. Disponível em: <correio.rac.com.br/_conteudo//08/capa/projetos_correio/viver_melhor/196462obesidade-e-meio-passo-para-o-bullying.html> Acesso em: 23 out 2013. MOYSES, L. A autoestima se constrói passo a passo. 6. ed. Campinas: Papirus, 2001, p. 20. NOGUEIRA, F. A formação da personalidade da criança. Disponível em: <http://br.guiainfantil.com/auto-estima/179-a-baixa-auto-estima-infantil-.html>.Acesso em: 19 set. 2013. NÚCLEO desenvolvimento humano. O que é auto estima? Disponível em: <http://www.nucleo.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=31&Itemid=27>. Acesso em 07 set. 2013.
36
OBESIDADE Controlada. O bullying contra as crianças obesas. Disponível em: < www.obesidadecontrolada.com.br/o-bullying-contra-as-criancas-obesas/>. Acesso em 07 set. 2013. OLIVEIRA, F. dos S. Lúdico como instrumento facilitador na aprendizagem da educação infantil. 2010. Disponível em: <http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias _publicadas/posdistancia/35505.pdf>. Acesso em: 07 out. 2013. PORTAL Ciência e Vida. O poder da autoestima. Disponível em: <psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/80/artigo266443-1.asp>. Acesso em: 07 out. 2013. REBELO, L. C. A autoestima nas organizações públicas. 2012. Disponível em: < www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/K220701.pdf>. Acesso em: 11 out. 2013. RECINELLA, R. O que é auto-estima? 2011. Disponível em: <http://www.rrecinella. com.br/artigo.asp?id=10>. Acesso em: 07 set. 2013. ROCHA, N. M. A autoestima como um dos fatores determinantes do aprendizado da criança. 2003. Disponível em: <http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123 456789/2982/2/9961034.pdf>. Acesso em: 06 out. 2013. ROMANELLI, T. Qual o segredo de um professor de qualidade? Educar para aprender. 2008. Disponível em: < http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/ professor-qualidade-504747.shtml>. Acesso em: 06 out. 2013. SCHIMITZ, M. B. M. A importância da autoestima no conceito familiar, social e escolar. 2004. Disponível em: <http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario /000026/00 002616.pdf>.Acesso em: 05 out. 2013. SILVA, A. I da; MARINHO, G. I. Auto-estima e relações afetivas. Disponível em: <http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/cienciasaude/article /download/507/328+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Acesso em: 09 set. 2013. SOUZA, C. M. M. de. A afetividade na formação da autoestima do aluno. 2002. Disponível em: <http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias /a_afetividade_na_ formacao_da_auto.pdf>. Acesso em: 21 set. 2013. THOMPSON, P. Gostar do professor faz aluno aprender com mais facilidade. 2010. Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com/_conteudo /2010/09/669619-gostar+do+professor+faz+aluno+aprender+com+mais+facilidade .html>. Acesso em: 06 out. 2013. TOGNETTA, R. P; VINHA, T. P. Bullying e intervenção no Brasil: um problema ainda sem solução. 2010. Disponível em: <http://www.pjpp.sp.gov.br/2004/artigos/52.pdf>. Acesso em: 22 set. 2013.
37
TUROLLO, L. da S. O lúdico e sua possível relação com o desenvolvimento da autoestima. 2010. Disponível em: < https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j& q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CC4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fprope.unesp.br%2Fxxii_cic%2Fver_resumo.php%3Farea%3D100045%26subarea%3D12736%26congresso%3D30%26CPF%3D39642609835&ei=pURTUpfQBZHO9gSdmIHIDg&usg=AFQjCNHoPcmAaY9zenVLKAk4_O4BZOxH2w&bvm=bv.53537100,d.eWU>. Acesso em: 07 out. 2013. VICHESSI, B. Querer aumentar a autoestima dos alunos. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/querer-aumentar-auto-estima-alunos-450533.shtml>. Acesso em: 05 out. 2013. VOLI, F. A auto-estima do professor. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2002. ZAKABI, R. Eu, meu melhor amigo. VEJA, São Paulo: jul. 2007. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/040707/p_076.shtml>. Acesso em: 07 set. 2013.
38