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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

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Page 1: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO

PRÉ-NATAL

Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira

Profa. Dra. Ana Martins

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NECESSIDADE DE SAÚDE PN

Historia patológica pregressa atual e avaliação do

estado físico da gestante;

Avaliação do estado fisiológico da mãe e do seu feto;

Nutrição adequada para manter a saúde materna e

assegurar um bom desenvolvimento do bebe;

Apoio emocional/psicológico;

Educação e orientação referente ao que esta

acontecendo no corpo da gestante bem como sua

preparação imediata para o trabalho de parto, para o

próprio parto e para a assistência ao bebê.

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DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ

Sinais e sintomas presuntivos:

Amenorréia;

Alterações da mamas;

Náuseas e vômito;

Polaciúria;

Fadiga.

VOCÊ ACREDITA?

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Sinais de probabilidade:

Aumento do abdome;

Alterações uterinas:

Tamanho, forma e consistência;

Amolecimento do colo;

Contrações uterinas;

Sinal de Rebote;

Palpação do contorno do feto.

DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ

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Teste de gravidez

Gonadotrofina coriônica humana (hCG)

- Sangue: 6 dias após a concepção

20 dias após a última menstruação

- Urina: 26 dias após a concepção

- Pico: entre 60 e 70 dias de gestação;

- Declínio: entre 100 e 130 dias de gestação

DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ

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DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ

Sinais de certeza

Ausculta e contagem dos BCF;

Percepção dos movimentos fetais

ativos;

Visualização do feto por raio-x ou ultra-

som.

 

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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA GESTAÇÃO

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Sistema Reprodutivo Útero: Crescimento:

1º trimestre: aumento dos níveis de estrogênio e progesterona;

3º trimestre: estímulo mecânico do feto em crescimento;

Hiperplasia e hipertrofia da parede uterina;

Peso: aumenta 20x (60g – 1000g); Tamanho: aumenta 5x/6x (30-35cm

compr. X 20-25cm larg. X 22cm profund.);

Volume: 500-1000x (10ml -≥ 5000ml).

Forma: Achatada → Globular → Ovóide

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Útero:

Posição

Saída pelve durante o 3º mês

- 12ª – 14ª semana: acima da sínfise púbica;

- 22ª – 24ª semana: nível do umbigo;

- 38ª – 40ª semana: quase atinge o apêndice xifóide;

Altura cai a medida que o feto começa a descer e a

encaixar-se na pelve (insinuação).

Localiza-se contra a parede abdominal (Antero – flexão)

- mudança do centro de gravidade;

- desloca o intestino para os lados.

Sistema Reprodutivo

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Útero:

Suprimento sanguíneo: aumenta 20-40x; Congestão pélvica e edema - sinal de Chadwick → coloração azul – violácea

da cérvice; - sinal de Hegar → amolecimento e

compressibilidade do istmo a partir da 6ª semana; maior friabilidade → cérvice sangra facilmente ao

ser tocada. 1/6 do volume de sangue materno → sist. Vascular

uterino.

Sistema Reprodutivo

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Útero:

Sopro uterino: ruído soproso do sangue materno

fluindo pelas artérias uterinas para a placenta em

sincronia com o pulso materno;

Sopro funicular: sincrônico com a freqüência de

pulso fetal e causado pelo sangue deste

percorrendo o cordão umbilical.

Sistema Reprodutivo

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Contratilidade:

Contrações de Braxton-Hicks:

- indolores, irregulares e intermitentes;

- facilitam o fluxo sanguíneo uterino pelos espaços

intervilosos da placenta, promovendo o fornecimento

de oxigênio para o feto;

- não aumentam de intensidade, nem produzem

dilatação cervical

Sistema Reprodutivo

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SISTEMA REPRODUTIVO

Colo- Aumento da vascularidade edema, afrouxamento e

cianose;- Espessamento do revestimento mucoso e proliferação

das glândulas da endocérvix tampão mucoso

Vagina- Aumento da vascularidade Sinal de Chadwick- Propensão às infecções fúngicas (Aumento do Ph)- Leucorréia estrogênio e progesterona- Tampão mucoso (opérculo) barreira contra a infecção

bacteriana durante a gestação

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Tubas uterinas e ovários:

― São levadas para cima pelos órgãos em

crescimento, saindo da pelve para a cavidade

abdominal;

― ↑ vascularização.

SISTEMA REPRODUTIVO

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MAMAS

Aumento de tamanho e

firmeza;

Ficam nodulares

(hipertrofia dos alvéolos);

Freqüentemente aparecem

estrias;

Aumento da vascularização

– Rede Haller.

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MAMAS Mamilos e aréolas maiores,

mais proeminentes e escuros

(aréola Secundária);

Tubérculos de Montgomery-

glândulas sebáceas

encravadas nas aréolas

primárias. Podem

desempenhar papel protetor,

mantendo os mamilos

lubrificados para a

amamentação.

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Aumento médio de 700g em

cada mama;

Proliferação de tecido glandular;

Diferenciação das células

alveolares em secretora;

A partir da 16ªs - Colostro:

cremoso, branco-amarelado;

Fim do segundo trimestre -

Colostro: fino, transparente e

viscoso.

MAMAS

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SISTEMA CARDIOVASCULAR

As adaptações cardiovasculares:

- Protegem o funcionamento fisiológico normal da

mulher;

- Preenchem as demandas metabólicas que a

gestação impõem ao seu organismo;

- Provêem as necessidades de desenvolvimento e

de crescimento fetal.

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SISTEMA CARDIOVASCULAR

Volume sanguíneo materno plasma e eritrócitos;

“Anemia fisiológica da gravidez”;

Leucócitos (leucocitose);

Débito cardíaco ( O2 - FC - trabalho basal do coração

em 30-35%);

Pulso entre 14ª-20ªsemana;

Podem ocorrer palpitações;

Gravidez gemelar: FC em 40%;

Ritmo cardíaco alterado.

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Pressão Arterial

- 1º Trimestre: permanece igual ao período pré-

gestacional ou diminui;

- 2º Trimestre: valores mais baixos de PA

- ( ↓ PAD: 10-15mmHg);

- 3º Trimestre: retorno aos valores pré-gestacional.

- “Hipotensão postural”

SISTEMA CARDIOVASCULAR

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Tempo de coagulação

- Ligeiramente diminuído durante a 32ªsemana;

- Maior tendência a coagulação devido ao aumento dos

fatores (VII, VIII, IX, X e fibrinogênio);

- Combinado com o fato de a atividade fibrinolítica estar

diminuída durante a gestação e no período pós-parto,

proporciona uma função protetora, diminuindo a chance

de sangramento;

- A mulher torna-se mais vulnerável à trombose,

principalmente após cesareana.

SISTEMA CARDIOVASCULAR

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SISTEMA RESPIRATÓRIO Aumenta a exigência de O2 materno em resposta à

aceleração do metabolismo e à hipertrofia dos tecidos

uterino e mamários.

Trato respiratório superior:

― Mais vascularizado → Estrogênio

― Hiperemia e congestão

― Edema das membrana timpânicas e das trompas de

Eustáquio→ dor ou sensação de plenitude dos ouvidos.

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Trato respiratório inferior:

― ↑diâmetro AP e transverso do tórax;

― Elevação do diafragma em 4cm;

― Respiração torácica substitui a abdominal;

― ↑Volume inspirado;

― ↑FR;

― Dispnéia.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

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SISTEMA URINÁRIO Mudanças na estrutura renal resultam da:

- Atividade hormonal;

- Pressão do útero aumentada;

- Aumento do volume de sangue.o A partir da 10ªsemana:

- 80% de dilatação bilateral da pelve renal e dos ureteres;

- Estagnação de maior volume na pelve renal e nos ureteres;

- Fluxo urinário mais lento;

- Excelente meio de cultura;

- Acúmulo de glicose e nutrientes na urina→Infecção urinária.-

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Início da Gestação- Irritabilidade da bexiga;- Noctúria;- Aumento das freqüências e urgências urinárias.

Segundo Trimestre- Bexiga é empurrada para baixo pelo útero- Alongamento dos ureteres

Fluxo plasmático renal: ↑25 a 50%

Taxa de filtração glomerular: ↑30 a 50%- ↑reabsorção de Na e K;- Glicosúria (↑infecção urinária);- Proteinúria.

SISTEMA URINÁRIO

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SISTEMA TEGUMENTAR

Alterações no equilíbrio hormonal e na dilatação

mecânica causam:

- Aumento da espessura da pele e da gordura subcutânea;

- Crescimento dos cabelos e das unhas;

- Aumento da atividade circulatória e vasomotora;

- Aumento das respostas alérgicas cutâneas;

- Hiperpigmentação.

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SISTEMA TEGUMENTAR Hiperpigmentação- Hormônio melanotropina;- Escurecimento dos mamilos,

das aréolas, das axilas e da vulva – 16 semanas;

- Cloasma gravídico – hiperpigmentação amarronzada da pele sobre a face, nariz e testa, especialmente nas gestantes de cor escura.

- Intensificado pelo sol;- Desaparece após o parto.

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SISTEMA TEGUMENTAR Linha Negra- É uma linha pigmentada que

se estende da sínfise pubiana ao topo do fundo da linha média;

- Primigestas: começando no 3º mês, sua extensão acompanha o aumento da altura do FU;

- Multigestas: toda a linha aparece, freqüentemente, antes do 3º mês;

- Nem todas gestantes apresentam

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SISTEMA TEGUMENTAR Estrias Gravídicas:- Aparecem em 50-90% das

gestantes durante a segunda metade da gravidez;

- Refletem a separação do tecido conjuntivo subjacente (colágeno) da pele;

- Causam, algumas vezes, prurido;

- Geralmente diminuem após o parto, embora nunca desaparecem completamente.

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SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO

Podem surgir os seguintes sintomas neurológicos e neuromusculares:

- compressão dos nervos pélvicos ou estase vascular: causada pelo aumento do útero pode alterar a sensibilidade das pernas.

- lordose dorsolombar: pode causar dor devido à tração sobre os nervos ou compressão das raízes nervosas.

- edema: envolvendo os nervos periféricos pode resultar em síndrome do túnel do carpo durante o 3º trimestre (parestesia e dor na mão irradiando-se para o cotovelo).

- hipocalcemia: pode causar problemas neuromusculares como a câimbra muscular ou a tetania.

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Alterações do abdome:

- modifica o contorno

- os músculos abdominais sustentam grande parte

do peso fetal

- Fim da gravidez: fundo uterino exerce pressão

contra o diafragma

- diástase

- profundidade do umbigo: plano → protuso

SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO

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SISTEMA GASTRINTESTINAL

Náuseas e vômitos;

Gengivas (epúlide);

Cáries;

Pirose

Constipação

Apetite:

- 1º Trimestre: enjôos matinais (↑hCG)

- 2º Trimestre: - aumento do apetite

- modificação do paladar – pica

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SISTEMA GASTRINTESTINAL

Boca: epúlide;

Esôfago, estômago e intestino: a maior produção

de progesterona diminui o tônus e motilidade da

musculatura lisa, provocando a regurgitação

esofágica, o tempo mais lento de esvaziamento

estomacal e o peristaltismo reverso (pirose);

Hipoperistaltismo intestinal: ↓ dos RHA,

distenção abdominal pelo úteo gravídico, compressão

dos intestinos, constipação e hemorróidas. 

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SISTEMA ENDÓCRINO

Aumento das demandas metabólicos do feto atraem a

glicose materna – pâncreas diminui a produção de

insulina

A partir do 3º trimestre: hormônios contra-insulares

(hPL, cortisol, estrogênio e progesterona) são mais

produzidos:

↑ a resistência materna à insulina

Diabetes gestacional.

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DESCONFORTOS

GESTACIONAIS

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QUEIXAS FREQÜENTES NO PERÍODO GESTACIONAL

Náuseas, vômitos e tonturas (sintomas comuns

no início da gestação):

• fracionar dieta (seis refeições leves ao dia);

• evitar frituras, gorduras e alimentos com odores fortes

ou desagradáveis, líquidos nas refeições;

• ingerir alimentos sólidos pela manhã antes de se

levantar.

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QUEIXAS FREQÜENTES NA GRAVIDEZ

Cefaléia:

Causa comum: tensão emocional

• afastar a possibilidade de pré-eclâmpsia após 20

semanas de gestação;

• conversar com a gestante sobre tensões e medos.

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QUEIXAS FREQÜENTES NA GRAVIDEZ

Edema:

CAUSA COMUM: pressão da veia cava inferior do

útero. Ocorre, normalmente, no final da gravidez,

• Manter repouso decúbito lateral esquerdo ou com

o MMII elevados,

Edema generalizado: pré-eclâmpsia.

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QUEIXAS FREQÜENTES NA GRAVIDEZ

Flatulência e constipação intestinal:

Dieta rica em resíduos (frutas cítricas, verduras,

mamão, ameixa e cereais integrais);

aumentar a ingestão de líquidos;

evitar alimentos de alta fermentação (repolho,

couve, ovo, feijão, leite e açúcar);

encorajar exercícios e caminhadas.

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QUEIXAS FREQÜENTES NA GRAVIDEZ

Varizes:

Evitar ficar de pé por tempo prolongado;

repousar elevando os MMII;

recomendar o uso de meias elásticas.

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QUEIXAS FREQÜENTES NA GRAVIDEZ

Câimbras:

Orientar a gestante ficar de pé e descalça

em superfície fria;

massagear o músculo contraído;

aplicar calor local.

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ASSISTÊNCIA

AO PRÉ-NATAL

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ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL

CONCEITO:

Assistência integral a mulher gestante durante o período

gestacional.

OBJETIVOS:

Oferecer a mulher uma assistência pré-natal de qualidade,

Acompanhar o desenvolvimento gestacional,

Educar as gestantes substituindo conceitos errôneos por

novos ensinamentos.

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ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL

1ª consulta: até o 4º mês ( + 17 semanas ),

Mínimo: 06 consultas de Pré-natal:

Mensais: até 32 semanas,

Quinzenais: 32 a 36 semanas,

Semanais: 36 semanas até o nascimento,

1ª consulta do Puerpério: até 42 dias após o parto. Trimestre da gravidez:

− abaixo de 13 semanas - 1° trimestre;

− entre 14 e 27 semanas - 2° trimestre;

− acima de 28 semanas - 3° trimestre;

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ANAMNESE OBSTÉTRICA 1ª consulta:

Identificação,

Dados epidemiológicos,

Antecedentes pessoais,

Antecedentes familiares,

Antecedentes ginecológicos,

Exames de rotina,

Nas consultas subseqüentes:

Pesquisar sinais e sintomas,

Verificar exames solicitados.

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EXAMES DA GRAVIDEZ

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Cálculo da Idade Gestacional (IG): soma-se os meses até o

dia da consulta e o resultado dividi-se por sete ( os dias

da semana );

Cálculo da Data Provável do Parto (DPP):

- GESTAÇÃO NORMAL: 280 dias ou 40 semanas,

- REGRA DE NAGELE: soma-se 07 ao primeiro dia da

última menstruação. O mês se for maior que três, subtrai-

se três,

- se o mês for menor que três, acrescenta-se nove.

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 49: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Exame físico:

Palpação obstétrica,

Medida da altura uterina,

Medida da pressão arterial,

Medida do peso,

Verificação da presença de edema,

Ausculta dos batimentos cardiofetais,

Exame de prevenção: cérvico-uterino e de mama.

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

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Exame odontológico, caso necessário,

Nutrição correta para gestante,

Consulta de retorno,

Encaminhar para grupo de gestante(Oficinas

Educativas) ou realizar abordagem educativa

individual.

CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 51: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Orientar trabalho de parto e parto, intercorrências –

sangramento, perda de liquido, contrações e ausência

de movimentação fetal,

Aleitamento materno,

Sexualidade,

Alimentação,

Vacinação.

CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

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EXAME FÍSICO

Page 53: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Identificar situação, posição e apresentação fetal

Palpação ObstétricaPalpação Obstétrica

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

1ª manobra1ª manobra 2ª manobra2ª manobra

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Palpação ObstétricaPalpação Obstétrica

3ª manobra3ª manobra 4ª manobra4ª manobra

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

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Palpação ObstétricaPalpação Obstétrica

LongitudinalLongitudinal TransversoTransverso

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 56: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Apresentação pélvica ou córmicaFinal gestação

Serviço de referência

Parto hospitalar

Palpação ObstétricaPalpação Obstétrica

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 57: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Objetivos:

Avaliar o crescimento fetal

Diagnosticar anormalidades gestacionais/relação AU-IG

Medida da Altura UterinaMedida da Altura Uterina

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 58: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Medida da Altura UterinaMedida da Altura Uterina

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 59: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Medida da Altura UterinaMedida da Altura Uterina

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 60: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Considerada alterada, se acima de 140/90

mmHg

Medida da Pressão ArterialMedida da Pressão Arterial

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 61: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Orientar repouso em decúbito lateral esquerdo, e

verificar após 15’ a PA;

Investigar presença de sinais premonitórios;

Controle de PA;

Encaminhar ao pré-natal de alto risco ou Maternidade

de referência;

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Condutas de Enfermagem as

gestantes com PA>140/90 e <160/110

mmHg?

Condutas de Enfermagem as

gestantes com PA>140/90 e <160/110

mmHg?

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Durante o 1º trimestre,  são esperados uma   perda

de  2 a 3Kg, decorrente de enjôos e vômitos, caso

não ocorra, a gestante poderá ganhar de 1 a 2Kg.

Nos próximos meses,  espera-se um ganho de

0,45Kg semanais, não ultrapassando 11Kg, ao final

da gestação.

Medida do PesoMedida do Peso

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

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Condutas de enfermagem as gestantes

com edema e aumento súbito de peso

( acima 700g):

Realizar controle de PA;

Investigar antecedentes e sinais premonitórios;

DHEG

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

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Objetivo:

Identificar ritmo, freqüência e normalidade dos BCF

Normal: 120 a 160bpm

Ausculta Batimentos Cardíacos FetaisAusculta Batimentos Cardíacos Fetais

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

Page 65: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Surgimento de colostro a partir do terceiro mês de gravidez;

Aumento da mama no decorrer da gestação;

Higienização das mamas;

Durante o banho, não usar sabonetes perfumados no

mamilo e aréola;

Uso adequado de sutiãs, mantendo as mamas firmes;

A exposição das mamas aos raios solares durante

aproximadamente l5 minutos diários.

Exame das mamasExame das mamas

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

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Programa educativo, preventivo e curativo

As gestantes são orientadas quanto a sua higiene

bucal, dieta e causas da cárie.

Tratamento odontológico individual.

Exame odontológicoExame odontológico

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

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VACINAÇÃO ANTITETÂNICA

Gestante não vacinada

2a dose até no máximo 20 dias antes da DPP

Gestante com vacinação incompleta – completar

esquema básico de 03 doses

11aa Dose Dose 22aa Dose Dose 33aa Dose Dose

PrecocePrecoce 30 – 60 d / 30 – 60 d / 11aa 120 d / 2120 d / 2aa

PrecocePrecoce 60 d / 160 d / 1aa 60 d / 260 d / 2aa

Rotinas das Consultas Rotinas das Consultas de Pré-natalde Pré-natal

Page 68: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL Profa. Enfa. Ana Railka de Souza Oliveira Profa. Dra. Ana Martins

Observações importantes:

Acolhimento a gestante, mesmo que não seja dia de

consulta pré-natal;

Horários especiais para atendimento das gestante.

ROTINAS DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL

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ENCAMINHAMENTO PARA MATERNIDADE

Gestante em Trabalho de Parto:

Contrações

Dilatação cervical

Rotura prematura de membranas

Sangramento vaginal

Crise hipertensiva – PA >160/110mmHg

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UFA!!!!!!!OBRIGADA