as polacas - book

26
apresenta

Upload: comunicaacoes

Post on 30-Mar-2016

221 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Book de Venda do espetáculo AS POLACAS - FLORES DO LOBO.

TRANSCRIPT

Page 1: As Polacas - Book

ap r e s e n t a

Page 2: As Polacas - Book
Page 3: As Polacas - Book

E ao acenar pelo mar na alegria das regatas,Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas,

Jovens polacas e por batalhões de mulatas.

João Bosco (Mestre-sala dos Mares)

Page 4: As Polacas - Book

v ã o a c a b a r c om a p r a ç a XI

A frase corre pela cidade do Rio de Janeiro nos anos de 1941, indicando que a destruição do berço do samba é iminente.

A imprensa faz estardalhaço, a boemia protesta, mas não adianta. A região será arrasada para dar lugar a novas avenidas.

Por isso, a famosa canção Praça XI, de Grande Otelo e Herivelto Martins, sucesso de Dalva de Oliveira, testemunha um episódio dramático na história da cidade. Um conjunto de prédios residenciais, bares e prostíbulos é demolido e, com ele, a essência da alma carioca é atacada.

O prefeito varre do mapa símbolos como a Casa da Tia Ciata, situada nas imediações da praça e ponto de encontro de músicos como Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres e Sinhô. Ignora o samba e dá as costas a um dos marcos da cultura popular carioca: a mistura de etnias e classes sociais. Ali convivem jornalistas, boêmios, prostitutas e imigrantes.

Para se ter uma idéia, desde o começo do século XX, o carnaval da Praça XI concentrava o maior número de cordões carnavalescos vindos de todos os bairros para competir. O prêmio era medidopelo número de coroas conquistadas, oferecidas por casas funerárias da região. Uma estranha mescla de vida e morte, conforme a mais autêntica tradição do carnaval medieval.

A Praça XI era, portanto, lugar de consagração e teste de qualidade musical, ou seja, da capacidade de eletrizar a massa dosfoliões.

É dali, da Praça XI, que surge a nova geração de compositores cariocas1. É este lugar que o prefeito resolve botar abaixo.

1 Jornal do Brasil, 5ª feira, 20-09-1962, Cad. B – 6

http://acervos.ims.uol.com.br/php/level.php?lang=pt

&component=38&item=36

Page 5: As Polacas - Book
Page 6: As Polacas - Book

a s p o l a c a s

Page 7: As Polacas - Book

Na contramão do estrago feito pela prefeitura, um grupode mulheres se destaca pela biografia de luta e coragem: são as judias “polacas”, fio condutor de nosso espetáculo.

Essas jovens abandonam o Leste europeu por causa da fome. No Brasil, tornam-se prostitutas. Apesar da rejeição da própria comunidade, promovem a cultura judaica, patrocinam jornais e peças teatrais em iídiche.

As prostituas viram mecenas! E anunciam, sem querer, a letra de um samba do paulista Paulo Vanzolini, escrito meio século depois: “levanta, sacode a poeira e dá volta por cima!”

Idealizada pela atriz Luciana Mitkiewicz, a montagem estreou dia 19 de outubro de 2011 no Teatro I do CCBB-Rio e fez temporada na cidade de São Paulo, de 11 de agosto a 09 de setembro de 2012, no SESC Ipiranga. Em Florianópolis, a peça participou do FLORIPA FESTIVAL, com apresentações nos dias 22 e 23 de setembro de 2012.

Em cena, o encontro de prostitutas judias e prostitutas negras na antiga Praça Onze carioca mostra como as polacas mudaram o curso da História, lutando contra o estigma e conquistando valores muito além do meretrício.

Page 8: As Polacas - Book

o b e r ç o d o s amba

O cenário em que se passa a trama é a Praça Onze, berço do samba e da boemia carioca. A história vai e vem no tempo, sem obedecer a uma cronologia precisa. Fato é que as polacas desembarcaram no Brasil fugindo da fome e da perseguição religiosa. Pobres, longe da família, semi-analfabetas e sem saber falar o idioma, foram discriminadas pela própria comunidade judaica e, de início, também pelas prostitutas negras que temiam a nova concorrência. Da rotina amarga sobrou coragem para mudar o rumo da realidade: elas criam uma associação de apoio mútuo e erguem o próprio cemitério, ajudando a promover a cultura e religião judaica entre os brasileiros.

João das Neves conta essa história por um novo viés, misturando samba e polca, negros e brancos. “Não é um musical, a palavra é o ponto alto do espetáculo. Mas tirei partido sim do contexto, afinal a peça se situa entre duas culturas muito musicais”, conta o diretor. Assim, surge no palco primeiro a rivalidade entre as prostitutas estrangeiras e brasileiras (a maioria ex-escravas). Em seguida, a transformação do estranhamento em amizade e laços de solidariedade.

Do roteiro musical fazem parte canções originais, especialmente compostas pelo diretor musical Alexandre Elias, além de samba, polca, maxixe e milonga.

Page 9: As Polacas - Book
Page 10: As Polacas - Book

s o b r e o t e x t oO texto retrata a saga das polacas na capital da República no período entre-guerras. A peça acompanha os passos de Esther e Celina da juventude à idade madura. A árdua convivência nos prostíbulos cariocas, a violência da polícia e dos cafetões, a aspereza das cafetinas, o preconceito social, a rejeição dos filhos, tudo ganha um enquadramento especial no palco. Algumas destas mulheres já eram prostitutas em sua terra natal, mas a maioria chegou aqui em busca de uma vida melhor, enganadas por traficantes de mulheres – muitos, inclusive, judeus. “Chegando aqui elas eram levadas para as casas de tolerância e passavam a viver como párias sociais. As famílias judias também recém-chegadas ao Rio não queriam ver seus nomes ligados ao destas jovens e as tratavam muito mal”, conta João.

Naquela época, as cocottes francesas se tornaram a elite do meretrício – a França era vista como um símbolo da modernidade e “freqüentar” essas mulheres significava status. Enquanto elas ocupavam pensões do Flamengo,

Page 11: As Polacas - Book

Glória e Catete e foram absorvidas pela burguesia em ascensão, as polacas ficaram relegadas aos prostíbulos da Zona do Mangue, nas cercanias da Praça Onze. Com os próprios recursos fundaram a Associação Beneficente Funerária e Religiosa Israelita que, entre outras ações, construiu o Cemitério Israelita de Inhaúma – hoje administrado pelo Cemitério Comunal Israelita do Caju. Como no judaismo prostitutas e suicidas são considerados impuros – suas lápides são separadas por muros – elas resolveram criar seu próprio cemitério. Ali, eram enterradas com todos os rituais da sua religião. “Uma forma de manterem sua identidade, fé e dignidade”, diz João.

A atriz carioca Luciana Mitkiewicz começou a pesquisar a história das polacas em 2007. Assunto sobre o qual pesquisou durante os últimos três anos, entre outros, em farta bibliografia, músicas e cinema. “Me dediquei a levantar esta pesquisa em 2008 quando convidei o João, com quem trabalhei, a criar esta dramaturgia original mostrando como a Pequena África se aproximou dos primeiros momentos da cultura judaica no Rio”, conta Luciana.A Praça Onze e seus arredores, onde as polacas se estabeleceram, têm papel importante na encenação. Ali conviviam

ricos e pobres, ex-escravos e imigrantes europeus, famílias de “bem” e prostitutas, boêmios, artistas, jornalistas e sambistas. Considerada no início do século passado um dos locais mais cosmopolitas da cidade, a área era um verdadeiro caldeirão onde se misturavam diferentes culturas, crenças e etnias. A região chegou a abrigar a maior concentração de judeus da história do Rio de Janeiro. Eles elegeram o local principalmente porque ali existiam casas perfeitas para o comércio, com espaço para lojas no térreo e residências nos andares superiores.

Ao longo de As Polacas – Flores do Lodo o público vai se deparar com Moreira da Silva, Ismael Silva e a Casa da Tia Ciata surgindo em cena. Afinal, a Praça Onze abrigou centenas de estabelecimentos judaicos, bem como clubes, grêmios políticos e sinagogas. Por outro lado, a região também era reduto dos negros recém-libertos da escravidão.

No final da década de 1930, a maioria dos prédios, casas comerciais, prostíbulos e bares desta área foram demolidos para dar lugar a Avenida Presidente Vargas. A associação das polacas fechou as portas em 1966 por falta de arrecadação.

Page 12: As Polacas - Book

j o ã o d a s n e v e s

Page 13: As Polacas - Book

Um dos maiores nomes do Teatro Brasileiro, dramaturgo, diretor, ator e escritor, tem um currículo eclético que inclui diversos prêmios. Dirigiu o teatro de Rua do CPC da UNE e foi um dos fundadores do Grupo Opinião. Dirigiu também shows de MPB: Chico Buarque, Milton Nascimento, Baden Powell e MPB4, entre inúmeros outros. Sua peça mais conhecida, “O Último Carro”, ficou mais de dois anos em cartaz no Rio de Janeiro e em São Paulo, no fim dos anos 70, tendo levantado mais de vinte premiações. Radicado em Belo Horizonte a partir de 1992, adaptou e dirigiu o projeto Primeiras Estórias, repetindo o feito como diretor convidado pela Unicamp para a montagem de formatura de 1995. Colaborou com a cantora Titane como diretor de seus espetáculos “Inseto Raro” e “Sá Rainha” (2000 e 2001). Atualmente, circulam pelo país seus espetáculos “Besouro Cordão de Ouro”, “A Santinha” e “Os Congadeiros”, “Titane e o Campo das Vertentes” e “A Farsa da Boa Preguiça”. É premiado com o Molière de melhor direção e Prêmio Brasília de melhor autor, ambos em 1976, e com o Prêmio Mambembe de melhor diretor, em 1977. Nos últimos anos, foi indicado ao prêmio Shell pela direção de “Besouro, Cordão de Ouro” (2007) e de “Farsa da Boa Preguiça” (2009), no Rio de Janeiro.

Page 14: As Polacas - Book

l u c i a n a m i t k i e w i c z

Atriz, produtora, pesquisadora e docente, é formada em Artes Cênicas pela Unicamp (2003) e Mestre em Teatro pela Unirio, em 2007. Como bolsista da FAPESP e da Capes, desenvolveu estudo focado no trabalho do intérprete e na direção de atores, tanto em pesquisa iniciada durante seus estudos de graduação (Bolsa FAPESP – Treinamento Técnico e Pré-Expressividade) e em oficinas na Escola de Cinema de Santo Antonio de los Baños/ EICTV, Cuba (direção de atores para cinema). Trabalhou com renomados diretores de teatro, como Márcio Aurélio, Renato Cohen e João das Neves, e foi premiada como melhor atriz na IV Mostra de Diálogos Dramáticos de Limeira, pelo espetáculo Tea Party. Em 2006, forma o grupo Bonecas Quebradas e encena O CHÁ. O espetáculo realiza temporadas e apresentações nas cidades de Curitiba, Campinas, Rio de Janeiro, Niterói, Barra Mansa e nas unidades do SESC de Madureira, Ramos e São Gonçalo, nos anos de 2007 e 2008. Como docente, prestou serviço para a administração pública (Projeto Vocacional/ SP, Oficinas Culturais do Estado de São Paulo e Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro), e trabalhou como professora nos cursos do Centro de Culturas Ancestrais Sybila Rudana/ RJ e no SENAC SP, unidade Lapa Scipião, no Curso Técnico de ator. Como produtora, cria, formata, inscreve em Leis de Incentivo e desenvolve projetos próprios e para terceiros na área da cultura. Seus últimos projetos foram: Jogo Coreográfico – em parceria com Lígia Tourinho – vencedor do Prêmio FUNARTE de Performances de Rua, de 2010, e As Polacas, aprovado no edital do CCBB 2011.

Page 15: As Polacas - Book
Page 16: As Polacas - Book

b o n e c a s q u e b r a d a s

A Bonecas Quebradas Produções Artísticas representa atrizes e pesquisadoras das artes cênicas, cujo interesse comum é o da criação de espetáculos que tenham por tema universos femininos em variados contextos.

O primeiro espetáculo do grupo, O Chá, retratava de maneira crítica a alta-sociedade carioca, apresentando três mulheres que se encontram para um chá. O espetáculo foi apresentado no Festival de Curitiba em 2007, no qual se destacou como uma das cinco melhores peças da Mostra, bem como realizou temporada no Teatro Vanucci, no Shopping da Gávea, de outubro a dezembro do mesmo ano.Em fevereiro de 2008, o espetáculo foi apresentado a preços populares no SESC Niterói e convidado a participar do Circuito SESC pelo interior do estado do Rio de Janeiro, em maio e junho do mesmo ano, em cidades como Barra Mansa e Teresópolis, nas unidades de Madureira e

Ramos e no município de São Gonçalo.No ano de 2009, a Produtora formatou projetos para terceiros (Tupinamboys e Tiradentes/ Portinari, para a Imagineage, de São Paulo, e Portela-patrão, Mário-motorista, para Boa Companhia, de Campinas) e divulgou o evento Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito, realizado pela ARPEF e CCBB/SP, nas escolas, entidades e instituições voltadas para o público com deficiência auditiva e visual.

Em 2010, recebeu o Prêmio Funarte Klauss Vianna com o projeto Jogo Coreográfico e deu continuidade ao projeto Cinema Nacional Legendado no CCBB/SP.

Também conseguiu os direitos das peças do autor e diretor João das Neves, “Lazarilho de Tormes” e “Ulisses, a Trajetória”, para realizá-las no Rio e em Minas Gerais, respectivamente, no ano de 2012.

Page 17: As Polacas - Book

Em 2011, prosseguiu na produção da Mostra de Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito em São Paulo e teve seu projeto AS POLACAS aprovado pelo Centro Cultural do Banco do Brasil para compor a grade de programação da unidade do Rio de Janeiro, realizando temporada da peça de 19 de outubro a 18 de dezembro do mesmo ano.

Page 18: As Polacas - Book

f i c h a t é c n i c a

TEXTO E DIREÇÃO

João das NevesDIRETOR MUSICAL

Alexandre EliasASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO MUSICAL E

PREPARAÇÃO VOCAL

Felipe Habib

CENÁRIOS

Hélio EichbauerFIGURINOS

Rodrigo CohenILUMINAÇÃO

Aurélio Di SimonePREPARAÇÃO CORPORAL

Angel Vianna e Marito Olsson-Forsberg

ASSESSORIA JUDAICA

Frida Zalcman

ELENCO

Alexandre Akerman, Beth Zalcman, Carla Soares, Eduardo Osorio,

Érico Damineli, Felipe Habib, Ilea Ferraz, Lígia Tourinho, Luciana

Mitkiewicz, Marina Elias, Rodrigo Cohen e Wilson Rabelo

STAND IN

Érico Bomfim (piano)OPERADOR DE LUZ

Rafael Bessa MottaOPERADO(A) DE SOM E VÍDEO

Luiz Carlos Zabel

CONTRA-REGRA

Zé MárioCAMAREIRA

Cris FélixASSISTENTE DE CAMAREIRA

Aline dos Reis

IDEALIZAÇÃO

Luciana Mitkiewicz

PRODUÇÃO

Bonecas Quebradas Produções Artísticas

Page 19: As Polacas - Book
Page 20: As Polacas - Book

p l a n t a b a i x a

Page 21: As Polacas - Book

DIMENSÕES DE PALCOPLANTA BAIXA

Obs.: As dimensões apresentadas são referentes ao local de apresentação do espetáculo no Rio de janeiro (Teatro I do CCBB Rio). O espaço ideal para as apresentações deve assemelhar-se ao acima descrito, não excluindo a possibilidade de adaptação; Não há necessidade de elevador.Altura do espaço: 5,0m (palco ao urdimento)

MAPA DE SOM E VÍDEOMesa de som 01 CDJ04 caixas de PA: 02 à frente da boca de cena (em L) e 02 no fundo do teatro na mesma direção das frontais (em R). Em caso de o espaço ser maior que as dimensões apresentadas, serão necessários dois monitores (side).01 Projetor de, no mínimo 4.500 Ancilumens para projeções em cena.

NECESSIDADES ESPECIAIS01 Piano de armário afinado05 varas para pernas laterais01 projetor de imagens com 4.500 Ansi lumens04 camarinsRotunda preta com espaço de circulação atrás

Page 22: As Polacas - Book

mapa d e l u z

Page 23: As Polacas - Book

LUZ | NECESSIDADES

A disposição dos refletores estão dispostas segundo as possibilidades do espaço de apresentação da peça e adaptáveis às realidades do local.

Page 24: As Polacas - Book

Para acessar as matérias feitas sobre o espetaculo basta acessar o link abaixo. Copie e cole em seu navegador de internet.

http://issuu.com/comunica.acoes/docs/aspolacasimprensa

i m p r e n s a

Page 25: As Polacas - Book
Page 26: As Polacas - Book

LUCIANA MITKIEWICZ

(19) 3232 2667 | 9178 8023(21) 8821 1308

[email protected]