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Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.18, n.4, p.455-460, 2016 455
ISSN: 1517-8595
ARTIGO TÉCNICO
ESTUDO DA SECAGEM DA SEMENTE DO CUPUAÇU (Theobroma grandiflorum Schum)
Petrik Kelvyn da Silva Silva1, Matheus Pereira Pereira
2, Larissa Cristina
Coelho Marinho3
RESUMO
O presente trabalho teve por objetivo fazer o estudo de secagem da semente do cupuaçu
(Theobroma grandiflorum Schum), cujo o interesse pela indústria de alimentos vem crescendo em virtude da similaridade dos seu produtos com os do cacau, como por exemplo o chocolate. A
secagem foi feita em um secador tipo túnel operando com fluxo de ar a 2,2 m/s e temperatura
media de 41,9 °C. Obteve-se uma redução de 78% do teor de água em 6,5 horas de experimento. Os dados de secagem foram ajustados aos modelos de Lewis, Page, Henderson & Pabis e de
Midilli, sendo este ultimo o que teve melhor resultado.
Palavras chave: Theobroma grandiflorum, cinética de secagem, modelos matemáticos
DRYING STUDY OF THE CUPUAÇU FRUIT (Theobroma grandiflorum Schum)
SEEDS
ABSTRACT
The present assingment aimed to develop a study about drying of the cupuaçu fruit (Theobroma grandiflorum Schum) seeds, which its relevance to the food industry is growing, based on its
similarities with cocoa products, for example the chocolate. The drying process was made in lab
scale tunnel dryer with airflow rate of 2.2 m.s-1
and temperature of 41.9 ºC. The reduction of the moisture content was 78% in 6.5 hours of experiment. The collected data was used in
mathematical models such as Lewis, Page, Henderson & Pabis and Midilli, which this last one,
best represents the experiment with its established conditions.
Keywords: Theobroma grandiflorum, drying process, mathematical models
Protocolo 18 2015 40 de 28/06/2015 1 Aluno do curso de Graduação em Engenharia Química, UEAP. Av. Presidente Getúlio Vargas 650, Centro, CEP 68900-070, Macapá-AP E-mail: [email protected] 2 Aluno do curso de Graduação em Engenharia Química, UEAP. Av. Presidente Getúlio Vargas 650, Centro, CEP 68900-070, Macapá-AP E-mail: [email protected] 3 Aluno do curso de Graduação em Engenharia Química, UEAP. Av. Presidente Getúlio Vargas 650, Centro, CEP 68900-070, Macapá-AP E-mail: [email protected]
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.18, n.4, p.455-460, 2016 456
ISSN: 1517-8595
INTRODUÇÃO
O Cupuaçu (Theobroma grandiflorum
Schum) é nativo da Região amazônica e sua
polpa apresenta características ideais para o aproveitamento industrial (Costa et al.,
2003).Embora o valor econômico do fruto do
cupuaçuzeiro seja representado pela polpa, um dos subprodutos de seu processamento, as
sementes, tem despertado interesse pelo setor
industrial, haja vista que podem ser utilizadas para obtenção de alimento semelhante ao
chocolate.
Segundo Cohen (2005) o aumento da
industrialização da polpa de cupuaçu, tem propiciado um volume significativo de
sementes, que correspondem a 20% do peso do
fruto. Estas são ricas em gordura e, quando fermentadas, secas e torradas adequadamente,
podem ser utilizadas na elaboração de produtos
análogos aos oriundos das amêndoas de cacau. O interesse do setor industrial pelas
sementes do cupuaçu é acompanhado da
necessidade de se obter formas para sua
conservação, reduzindo as perdas pós-colheita, geralmente provocadas pelo tempo demandado
no transporte, visto que muitas regiões
potencialmente produtoras de cupuaçu estão afastadas de pólos industriais.
A secagem de sólidos é uma das mais
antigas e usuais operações unitárias, encontrada
nos mais diversos processos. (Menon & Mujumdar, 1987). Esse processo visa à retirada
parcial da água de um solido através da
transferência de calor do ar para o solido e de massa de água do solido para o ar. (Foust et al.,
1982). Em consonância Park (2007) afirma que
a secagem tem a finalidade de eliminar um líquido volátil contido num corpo não volátil,
através de evaporação.
A desumidificação do material solido
ocorre através da evaporação da água na superfície do solido devido a diferença da
concentração e da pressão de vapor. Na medida
em que ocorre a retirada da água na superfície ocorre à difusão da umidade do interior do
material para a superfície, tendendo em manter
o equilíbrio. Na Figura 1 há um esquema de secagem, onde “sorvedor de vapor de água” é o
receptor de vapor de água (geralmente o Ar).
Figura 1: Esquema de Secagem. Fonte: Alonso
(1998)
Para Sonia Celestino (2010) dentre as
vantagens atribuídas a secagem dos alimentos
estão: o aumento da vida útil do produto, a redução do volume e consequentemente a
facilidade no transporte. Andrade et al (2003)
explica que o aumento da vida útil ocorre em
virtude da desidratação, pois a quantidade de água livre é responsável pelas principais causas
de deterioração nos alimentos. Sendo assim a
secagem provoca um grande impacto econômico, visto que alem de reduzir custos
com transportes e perdas pós-colheita tem um
baixo custo de processamento.
A secagem de sementes pode ser descrita pelos métodos teóricos, semiteóricos ou
semiempiricos e empíricos. Em geral, os
métodos teóricos consideram as condições, os mecanismos internos de transferência de
energia e massa, incluindo seus efeitos, e as
condições operacionais externas (Brookeret al., 1992). Os métodos empíricos tem como base
uma abordagem experimental onde apresentam
uma relação direta entre o tempo de secagem e
o conteúdo médio de umidade. Os modelos semi-empiricos mesclam a teoria relacionada ao
processo e a facilidade de utilização. Segundo
Brookeret al. (1992) os modelos semi-empiricos se baseiam na Lei de resfriamento de
Newton aplicada a transferência de massa, onde
assume-se que a resistência e a transferência de massa ocorram apenas na superfície do solido e
que a operação ocorre em condições
isotérmicas.
Os modelos semiteóricos são amplamente utilizados, pois estes contribuem
para que haja harmonia entre teoria e prática,
além da sua facilidade de uso (Antônio, 2009). Entre os modelos semiteóricos, o modelo de
Dois Termos, o de Henderson e Pabis, o de
Lewis e o de Page e Midilli, são os mais
utilizados (Panchariya et al., 2002). Sendo assim o presente trabalho objetiva
obter dados de secagem para subsidiar esse
processo como forma de conservação da amêndoa do cupuaçu. Os dados do experimento
457
de secagem serão analisados por meio de
simulação matemática e analise estatística com
o intuito de determinar modelos matemáticos que representem satisfatoriamente esse
processo.
MATERIAIS E METODOS
Os ensaios de secagem foram
realizados no Núcleo Tecnológico de Engenharia (NTE) da Universidade do Estado
do Amapá (UEAP) Macapá, AP onde
contempla um secador do tipo túnel.
Matéria Prima
Foram selecionadas três frutas de cupuaçu para a retirada das sementes,
inicialmente, as sementes do cupuaçu passaram
por um processo de remoção da polpa e das membranas externas através do atrito da
semente com um pano (Figura 2A) e
posteriormente foram cuminuidas para facilitar
a secagem (Figura 2B).
Fonte: Auto
Figura 2: Sementes (A) antes e após a retirada
dos vestígios da polpa.(B) Trituradas pré-
secagem. Antes do ensaio de secagem no túnel de
secagem determinou-se o teor de umidade da
amostra (ou umidade de equilíbrio) obedecendo
ao Método de secagem das sementes inteiras em estufa elétrica a 105 °C durante 24 horas. O
resultado foi obtido através da diferença de
massa da amostra úmida e seca, conforme explicito na Tabela 1.
Tabela 1: Dados da secagem em estufa
Amostra
Massa
Inicial
(Mi)
Massa
Final
(Mf)
Diferença Teor de
água (%)
1 33,239 19,980 13,258 39,8885
2 35,070 21,428 13,642 38,8992
O teor de água foi calculado pela equação
abaixo. A média da umidade obtida foi de 39,3938%.
𝑋(%) = (𝑋𝑖 − 𝑋𝑓
𝑋𝑖) . 100
MATERIAIS E MÉTODOS
Para os ensaios de secagem utilizou-se
o sistema de secagem composto por um secador
tipo túnel (Figura 3) com estrutura para operar com fluxo de ar a 2,2 m/s e com resistências
elétricas que estabilizaram a temperatura média
em 41,9 °C.
Figura 3: Secador Tipo Túnel. Fonte: Autor
Foram utilizadas 87,81 g de semente de
cupuaçu para o ensaio. Após o início dos testes,a redução do teor de umidade das
sementes foi monitorada em intervalos 3, 5, 10
e 15 minutos, apurando a variação em termos de massa mediante pesagens em balança
digital,a fim de construir a curva de secagem
com os dados obtidos assim como alimentar os
modelos matemáticos e proceder com análise estatística.
Concomitantemente à analise das massas
foram determinadas a temperatura e a umidade relativa do ar de secagem, por meio de um
Anemômetro Digital Portátil.
Para o ajuste dos dados experimentais foram utilizados os seguintes modelos
empíricos e semiempiricos:
Tabela 2:Modelos de Secagem
MODELO EQUAÇÃO
Lewis (1921) 𝑅𝑋 = exp(−𝑘. 𝑡)
Page (1994) 𝑅𝑋 = exp(−𝑘. 𝑡𝑛)
Henderson E Pabis
(1979) 𝑅𝑋 = 𝑎. exp(−𝑘. 𝑡)
Midilli (2002) 𝑅𝑋 = 𝑎. exp(−𝑘. 𝑡𝑛)
+ 𝑏. 𝑡
k – Constante de secagem; a,b,n – Constante do
modelo
Os parâmetros dos modelos foram determinados pelo método de Quasi-Newton no
software Statistica e os gráficos foram plotados
no Software OriginLabPro8.
458
As modelagens das curvas de secagem
foram obtidas pela conversão dos dados
referentes à perda de água no parâmetro adimensional razão de teor de água (RX). A
razão de teor de água é essencial para descrever
diferentes modelos de secagem (Andreza,
2015). O parâmetro adimensional RX foi obtido pela seguinte equação e esta disposto na Tabela
2:
𝑅𝑋 =𝑋(𝑡)
𝑋0
onde:
X(t) – Umidade em t
X0 – Umidade Inicial
A representação dos dados
experimentais pelos modelos testados foi
avaliada através do coeficiente de correlação
(R2)e o erro percentual médio (P) para avaliar
se os modelos utilizados foram ou não preditivos (P < 10%),dado pela equação (1):
𝑃 =100
𝑁∑
𝑅𝑋𝑒𝑥𝑝−𝑅𝑋𝑝𝑟𝑒𝑑
𝑅𝑋𝑒𝑥𝑝
𝑛𝑖=1 (1)
onde,
P = Erro percentual médio (%);
RXexp= razão de umidade experimental;
RXobs= razão de umidade predita pelo modelo; N = número de dados experimentais.
RESULTADOS E DISCUSÕES
Os dados obtidos durante o procedimento
de secagem estão expostos no Grafico1.
Com base nesses dados foram construída as curva de secagem conforme o Gráfico 1.
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
60
65
70
75
80
85
90
Ma
ssa
(g
)
t(min) Grafico1: Curvas de secagens: (1) massa x tempo (2) teor de água x tempo
Observou-se uma redução de 26,88 g em
massa da semente, o que corresponde a uma
redução de 30% da massa inicial e de 78% do teor de água.
As modelagens das curvas de secagem
foram obtidas utilizando o teor de água
adimensional das sementes (vide Tabela 2), e
plotando em função do tempo. Os parâmetros obtidos pelo software Statistica para cada
modelo estão na Tabela 4.
Tabela 4:Parâmetro dos Modelos de secagem
Modelo Parâmetro
k n a b
Lewis 0,0062 ±1,726E-4 - - -
Page 0,01815 ±1,66E-3 0,77815±1,87E-2 - -
Henderson &
Pabis 0,005487±2,008-4 - 0,93288±1,46E-2 -
Midilli 0,013709±4,464E-4 0,89028±6,74E-3 1,03980±2,83E-3 0,0004083± 7,03E-6
Teo
r d
e ág
ua
459
(a) (b)
(c) (d)
Grafico 2 - Adequação da curva aos modelos de secagem (a) Lewis, (b) Page, (c) Henderson & Pabis, (d) Midilli
Os resultados das analises estatísticas
estão na Tabela 5:
Tabela 5:Parâmetros de avaliação de modelos R
2 e P
MODELO R2 P
Lewis 0,9501 12,64214
Page 0,9854 6,167475
Henderson & Pabis 0,9627 10,00959
Midilli 0,9998 0,560889
Sendo assim o modelo de Midilli foi o que melhor representou os dados experimentais com
um R2 igual a 0,99984 e um erro percentual de
0,560889, a boa adequação se explica pelo
numero de parâmetros do modelo. O Modelo de Page apresentou resultado satisfatório para o
numero de parâmetros utilizados obtendo um R2
de 0,98574 e um erro de 6,167475. O resultado
obtido pelo modelo de Page era previsto, pois
Bruce (1985) afirma que o modelo de page
descreve melhor a secagem de produtos agrícolas e Shamar (1982) ressalta a eficiência
desse modelo para descrever a secagem de
grãos em camada fina.
CONCLUSÕES
Neste trabalho foi feito a analise do
processo de Secagem da amêndoa do cupuaçu.
Obtendo-se uma redução de 78% do teor de
umidade em 6,5 horas de experimento a 41,9 °C.
Os modelos que melhor descrevem esse
processo são o de Page e o de Midilli que obtiveram coeficiente de correlação (R
2) de
0,99984 e 0,98574, respectivamente.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0 RX
t (min)
Experimental Lewis
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
RX
t (min)
Expeimental Page
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
RX
t (min)
Experimental Henderson & Pabis
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1
RX
t (min)
Expeimnetal Midilli
460
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461
Tempo
(min)
Ambiente Temperatura
de Secagem
do Ar
Massa
(g)
Teor de
Umidade (%)
Razão de teor de
agua (RU) Umidade
Relativa
3 60,2 42 87,81 39,39 1 6 60,2 42 86,77 38,21 0,970 9 60,3 42 85,97 37,29 0,947
12 60,4 42 85,25 36,47 0,926 15 60,4 42 84,49 35,61 0,904 18 60,7 42 83,63 34,63 0,879 21 60,7 42 82,87 33,76 0,857 24 60,7 42 82,03 32,81 0,833 27 60,8 43 81,38 32,07 0,814 30 61 43 80,69 31,28 0,794 33 63,9 43 80,07 30,58 0,776 36 66 43 79,49 29,91 0,759 39 69,9 43 78,95 29,30 0,744 42 69,9 43 78,43 28,71 0,729 45 71,1 43 77,91 28,12 0,714 48 73,9 43 77,39 27,52 0,699 51 73,7 43 76,94 27,01 0,686 54 75,7 43 76,42 26,42 0,671 57 75,7 43 75,72 25,62 0,650 60 75,7 43 75,19 25,02 0,635 65 76,4 43 74,49 24,22 0,615 70 76,4 43 73,79 23,42 0,595 75 76,7 43 73,09 22,63 0,574 80 77 43 72,51 21,97 0,558 85 78 43 71,95 21,33 0,541 90 78,4 43 71,41 20,71 0,526 95 80,1 43 70,89 20,12 0,511 100 78,3 43 70,34 19,49 0,495 105 79,6 43 69,83 18,91 0,480 110 78,4 43 69,31 18,32 0,465 120 75 42 68,48 17,38 0,441 130 74,8 42 67,62 16,40 0,416 140 74,8 41 66,94 15,62 0,397 150 72,5 41 66,32 14,92 0,379 160 73,8 41 65,8 14,32 0,364 170 73,2 41 65,27 13,72 0,348 180 72,5 41 64,88 13,28 0,337 190 72,1 41 64,48 12,82 0,325 200 72,2 41 64,03 12,31 0,312 210 69,9 41 63,41 11,60 0,295 225 72 41 62,91 11,03 0,280 240 72,9 41 62,39 10,44 0,265 255 74,3 41 62,1 10,11 0,257 270 74,5 40 61,7 9,66 0,245 285 75,3 40 61,62 9,56 0,243 300 75,4 40 61,5 9,43 0,239 315 75,4 40 61,33 9,23 0,234 330 75,3 41 61,28 9,18 0,233 345 72,2 41 61,05 8,92 0,226 360 73 41 60,99 8,85 0,225 375 75,7 41 60,94 8,79 0,223 390 75,4 41 60,93 8,78 0,223
Tabela 3: Dados de Secagem no Túnel