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Oficina: A importância do registro na Recuperação Paralela

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Material para incrementar os Registros na Sala de Aula para RP

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Page 1: Registros Menon

Oficina: A importância do registro na Recuperação

Paralela

Page 2: Registros Menon

...Esse processo partirá dos conhecimentos

e das experiências práticas já acumulados, ou

seja, da sistematização, revisão e recuperação

de documentos, publicações e diagnósticos já

existentes e do levantamento e análise dos resultados de projetos ou iniciativas realizados.

Page 3: Registros Menon

subsidiar na formação dos Professores quanto à importância dos registros, relacionando teoria e prática;

Responder as questões:

O que é registro?

O que registrar?

Como realizar um bom registro?

Page 4: Registros Menon

Apresentação;

Discussão;

Page 5: Registros Menon
Page 6: Registros Menon

Relato 1 – de sua mãe

Miguel levantou-se correndo, não quis tomar café e nem ligou para o bolo que eu havia feito especialmente para ele. Só apanhou o maço de cigarros e a caixa de fósforos. Não quis colocar o cachecol que eu lhe dei. Disse que estava com pressa e reagiu com impaciência a meus pedidos para se alimentar e abrigar-se direito. Ele continua sendo uma criança que precisa de atendimento, pois não reconhece o que é bom para si mesmo.

Page 7: Registros Menon

Relato 2 – do garçom da boate

Ontem à noite ele chegou aqui acompanhado de uma morena, bem bonita, por sinal, mas não deu a mínima bola para ela. Quando entrou uma loura, de vestido colante, ele me chamou e queria saber quem era ela. Como eu não a conhecia, ele não teve dúvidas: levantou-se e foi à mesa falar com ela. Eu disfarcei, mas só pude ouvir que ele marcava um encontro, às 9 da manhã, bem nas barbas do acompanhante dela. Sujeito peitudo!

Page 8: Registros Menon

Relato 3 - do motorista de táxi

Hoje de manhã, apanhei um sujeito e não fui com a cara dele. Estava de cara amarrada, seco, não queria saber de conversa. Tentei falar sobre futebol, política, sobre o trânsito e ele sempre me mandava calar, dizendo que precisava se concentrar. Desconfio que ele é daqueles que o pessoal chama de subversivo, desses que a polícia anda procurando ou desses que assaltam motorista de táxi. Aposto que anda armado. Fiquei louco para me livrar dele.

Page 9: Registros Menon

Relato 4 - do zelador do edifício

Esse Miguel, ele não é certo da bola, não! Às vezes cumprimenta, às vezes finge que não vê ninguém. As conversas dele, a gente não entende. É parecido com um parente meu que enlouqueceu. Hoje de manhã, ele chegou falando sozinho. Eu dei bom dia e ele me olhou com um olhar estranho e disse que tudo no mundo era relativo, que as palavras não eram iguais para todos, nem as pessoas. Deu um puxão na minha gola e apontou para uma senhora que passava. Disse, também, que quando pintava um quadro, aquilo é que era a realidade. Dava risadas e mais risadas... Esse cara é um lunático!

Page 10: Registros Menon

Relato 5 - da faxineira

Ele anda sempre com um ar misterioso. Os quadros que ele pinta, a gente não entende. Quando ele chegou, na manhã de ontem, me olhou meio enviesado. Tive um pressentimento ruim, como se fosse acontecer alguma coisa. Pouco depois chegou a moça loura. Ela me perguntou onde ele estava e eu disse. Daí a pouco ouvi ela gritar e acudi correndo. Abri a porta de supetão e ele estava com uma cara furiosa, olhando para ela cheio de ódio. Ela estava jogada no divã e no chão tinha uma faca. Eu saí gritando: Assassino! Assassino!

Page 11: Registros Menon

Relato do próprio Miguel sobre o ocorrido nesse dia

Eu me dedico à pintura de corpo e alma. O resto não tem importância. Há meses que eu quero pintar uma Madona do século XX, mas não encontro uma modelo adequada, que encarne a beleza, a pureza e o sofrimento que eu

quero retratar.Na véspera daquele dia, uma amiga me telefonou dizendo

que tinha encontrado a modelo que eu procurava e propôs nos encontrarmos na boate. Eu estava ansioso para vê-la. Quando ela chegou fiquei fascinado; era exatamente o que eu queria. Não tive dúvidas. Já que o garçom não a conhecia, fui até a mesa dela, me apresentei e pedi para ela posar para mim. Ela aceitou e marcamos um encontro no meu ateliê às 9 horas da manhã.

Page 12: Registros Menon

Eu não dormi direito naquela noite. Levantei-me ansioso, louco para começar o quadro, nem pude tomar café, de tão afobado. No táxi, comecei a fazer um esboço, pensando nos ângulos da figura, no jogo de luz e sombra, na textura, nos matizes... Nem notei que o motorista falava comigo.

Quando entrei no edifício, eu falava baixinho. O zelador tinha falado comigo e eu nem tinha prestado atenção. Aí, eu perguntei: o que foi? E ele disse: bom-dia! Nada mais do que bom-dia. Ele não sabia o que aquele dia significava para mim. Sonhos, fantasias e aspirações... Tudo iria se tornar real, enfim, com a execução daquele quadro. Eu tentei explicar para ele que a verdade era relativa, que cada pessoa vê a outra à sua maneira. Ele me chamou de lunático. Eu dei uma risada e disse: está aí a prova do que eu disse. O lunático que você vê, não existe.

Page 13: Registros Menon

Quando eu pude entrar, dei de cara com aquela velha mexeriqueira. Entrei no ateliê e comecei a preparar a tela e as tintas. Foi quando ela chegou. Estava com o mesmo vestido da véspera e explicou que passara a noite em claro, numa festa. Aí eu pedi que se sentasse no lugar indicado e que olhasse para o alto, que imaginasse inocência, sofrimento... que...

Aí ela me enlaçou o pescoço com os braços e disse que eu era simpático. Eu afastei seus braços e perguntei se ela tinha bebido. Ela disse que sim, que a festa estava ótima, que foi pena eu não ter estado lá e que sentiu minha falta. Enfim, que estava gostando de mim. Quando ela me enlaçou de novo eu a empurrei e ela caiu no divã e gritou. Nesse instante a faxineira entrou e saiu berrando: Assassino! Assassino!

A loura levantou-se e foi embora. Antes, me chamou de idiota. Então, eu suspirei e disse: ah, minha Madona!

Autor desconhecido

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O registro permite a sistematização de umestudo feito ou de uma situação deaprendizagem vivida. O registro é História,memória individual e coletiva eternizadas napalavra grafada. É o meio capaz de tornar oeducador consciente de sua prática deensino, tanto quanto do compromissopolítico que a reveste.

Madalena Freire

Page 15: Registros Menon

A produção escrita do educador hoje deveestar a serviço da identificação ecompreensão de todos os movimentos queinterferem nas relações de ensino eaprendizagem.

Edmilson de Castro

Page 16: Registros Menon

Desenvolver uma metodologia do registropressupõe, contudo, reeducação do olhar doeducador e, consequentemente, de suasinterpretações acerca dos fatos escolares.

Edmilson de Castro

Page 17: Registros Menon

registro de uma prática desenvolvida peloprofessor:

anotação de observações do professor sobre osalunos,

fichas e relatórios retratando um período deavaliação,

anotações dos alunos sobre a suaaprendizagem,

anotações da escola sobre a história escolardos alunos.

Page 18: Registros Menon

o que planejou;

como foi executado e o que percebeu durante as atividades realizadas (os materiais selecionados, os processos escolhidos e as intenções propiciadas);

o acompanhamento das atividades e intervenções realizadas,

pode ser utilizado para divulgar o seu trabalho,

pode ser apresentado em congressos,

publicado em revistas

Page 19: Registros Menon

permite a outros professores conhecerem oque cada um está fazendo (socialização);

permite a ele mesmo refletir sobre o que estáfazendo;

possibilita ao professor ser autor na suaprática;

instrumento reflexivo de investigaçãodidática;

Page 20: Registros Menon

numa primeira fase: registrar suas reflexõessobre o próprio processo de aprendizagem;

numa fase posterior: registrar o que estápercebendo de mudança na sua prática;

entre uma fase e outra: manter debates comcolegas (revê o que está fazendo, reorganizaas atividades de ensino).

Page 21: Registros Menon

o desenvolvimento integral do aluno, considerandoaspectos cognitivos, sócio-afetivos e motores;

o processo do aluno na construção de conhecimentosespecíficos e gerais (descrição e análise);

observações sobre o desenvolvimento da autonomia;

a realização das atividades, o envolvimento dosalunos, os questionamentos...

Page 22: Registros Menon

Resolução SE 93, de 8-12-2009

Dispõe sobre estudos de recuperação aos alunos do ciclo II do ensino fundamental e do ensino médio, das escolas da rede pública estadual

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II - avaliar sistematicamente o desempenho dos alunos, registrando os avanços observados em sala de aula e na recuperação paralela, com vistas a sinalizar o tempo necessário de permanência deles na recuperação, para superação das dificuldades diagnosticadas;

Page 24: Registros Menon

VI - zelar pela incorporação e registro dosresultados da avaliação das atividades derecuperação, na síntese do desempenhobimestral obtido pelo aluno na respectivadisciplina;

Page 25: Registros Menon

WEISZ, Telma. O Diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 1999.

ANDRÉ, M.; DARSIE, M. M. P. Novas práticas de avaliação e a escrita do diário: atendimento às diferenças? In: ANDRÉ, Marli (org.) Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas, SP: Papirus, 1999.

CASTEDO, Mirta L. Uma alternativa de Capacitação Docente para a Alfabetização Inicial. Bogotá, 1993 (mimeo).

CASTRO, Edmilson de. A produção do registro do educador: decifrandosinais. In: http://www.pedagogico.com.br/edicoes/8/artigo2241-1.asp?o=r, acesso em 21/01/2010.

Page 26: Registros Menon

FREIRE, Madalena. O papel do registro na formação do educador . In: <http://www.pedagogico.com.br/edicoes/8/artigo2242-1.asp?o=r > acesso em20/01/2010

FREITAS, Alexandre S. Os desafios da Formação de Professores no Século XXI:

Telma F. Formação continuada de professores: questões para reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

GÓMEZ, C. M. – O pensamento Prático do Professor – A formação do Professor como Profissional reflexivo. In: NÓVOA, A. Os professores e sua Formação. Lisboa: Pub. Dom Quixote, 1995.

PERRENOUD, Philippe. A Prática reflexiva do professor : profissionalização e razão docente. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.

NÓVOA, A. (org.)- Os Professores e sua Formação. Lisboa: Pub. Dom Quixote, 1995.

http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?id_projeto=27&ID_OBJETO=35606&tipo=ob&cp=000000&cb=&n1=&n2=Biblioteca%20Virtual&n3=Dicion%E1rio%20da%20Educa%E7%E3o&n4=&b=s

http://www.alb.com.br/anais16/sem10pdf/sm10ss09_09.pdf

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O que é registro?

O que registrar?

Como realizar um bom registro?