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Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

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Page 1: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio

IntroduçãoAshok Menon

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22

Agenda

• Porque os Serviços são Importantes

• Tendências no Comércio de Serviços

• Análise do GATS

• Análise das Negociações dos Serviços da OMC

• Coordenação Inter-ministerial e Diálogo Sector

Público - Privado

Page 3: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

Sessão 1 – Porque os Serviços são Importantes

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Porque os Serviços são Importantes

• A globalização dos sistemas de produção colocou os serviços no centro de toda a actividade económica

• A inovação e eficiência na produção de serviços são cruciais ao crescimento económico.

• Os “inputs” dos serviços são um factor crucial para o sucesso competitivo na indústria e na actividade económica em geral.

• Os serviços são particularmente relevantes para o sucesso na economia da nova indústria.

Page 5: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

55

Porque os Serviços são Importantes

• As telecomunicações, transportes, finanças, seguros, distribuição e serviços de informação são as actividades centrais que sustentam todas as formas do comércio internacional e todos os aspectos da actividade económica global.

• Os serviços constituem ainda o grosso do emprego na nova economia, ultrapassando o emprego associado à indústria.

• Com o avançar da tecnologia, veremos o declínio do emprego no sector da indústria e o seu aumento no sector de serviços.

• O emprego associado aos serviços requer habilidades mínimas a grandes habilidades, abarcando muitos aspectos da economia.

Page 6: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

66

Porque os Serviços são Importantes

• A liberalização dos serviços nos países em desenvolvimento

pode proporcionar até $6 triliões de rendimentos adicionais no

mundo em desenvolvimento até 2015.

• Entre 1990 e 2000, o crescimento do “output” mundial de

serviços foi de 2,9%, o dobro do da agricultura, que foi apenas

de 1,4%.

• Em resultado disso, a contribuição do sector de serviços para

o produto interno bruto mundial foi de 64% em 2000, em

comparação com 57% em 1990. Fonte: World Bank Global Economic Prospects 2002 and OMC

Page 7: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

77

Porque os Serviços são Importantes

• Neste momento, os serviços correspondem a cerca de 50% ou mais

do “output” em muitas regiões dos países em desenvolvimento.

• Entre 1990 e 2000, o crescimento das exportações dos serviços

comerciais dos países em desenvolvimento (9%) ultrapassou o dos

países desenvolvidos (5,5%).

• Os 49 países menos desenvolvidos também conheceram um

crescimento particularmente notório das exportações de serviços

comerciais (6,3%).

• 25 países em desenvolvimento dependem da exportação de

serviços comerciais, que corresponde a mais de metade das suas

receitas totais de exportações.Fonte: World Bank Global Economic Prospects 2002 and OMC

Page 8: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

Sessão 2 – Tendências no Comércio de Serviços

Page 9: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

99

Exportações de Bens e Serviços, 1980-2000

0

50

100

150

200

250

300

350

400

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

(198

0=10

0)

0

1500

3000

4500

6000

7500

9000

10500

12000

13500

15000

Bili

ão $

Bens Serviços

Crescimento de Bens Crescimento de Serviços

Crescimento do PIB

Tendências no Comércio de Serviços

Serviços

Bens

PIB

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1010

Tendências no Comércio de Serviços

Crescimento no valor do comércio mundial de serviços comerciais por região seleccionada, 2000

(Biliões de dólares e percentagem)Exportações Importações

Valor Mudança percentual anual Valor Mudança percentual anual

2000 1990-00 1999 2000 2000 1990-00 1999 2000

1435 6 2 6 Mundo 1435 6 2 6

312 8 5 10 América do Norte a) 241 7 4 13

61 7 0 12 América Latina 72 8 -5 13

646 5 0 0 Europa Ocidental 615 5 1 1577 5 1 0 União Europeia (15) 571 5 1 1

31 5 10 1 África 39 4 -3 9

5 4 -4 1 África do Sul 5 8 1 0

10 7 18 4 Egipto 7 3 1 20

303 9 4 12 Ásia 365 7 6 830 18 10 15 China 36 24 17 1668 5 -2 13 Japão 116 3 3 1

145 10 7 11 6 Empresas do Leste da Ásia 138 10 8 13a) Excluindo o México

Fonte: OMC

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1111

Tendências no Comércio de Serviços

05

1015202530354045505560

Europa Ocidental América do Norte Ásia América Latina África

perc

ent

1990 1995 2000

Percentagem das Exportações de Serviços Comerciais por Regiões

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1212

África do Sul – Tendências de Serviços 1980 - 2000

África do Sul - Exportações e Importações de Serviços Comerciais (1980-2000)

0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.5

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

Bili

ões

Exportaações de Serviços Comerciais Importações de Serviços Comerciais

Fonte: Banco Mundial

Page 13: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

1313

Principais Exportadores de Serviços, 2000

Principais exportadores de serviços no comércio mundial, 2000(Biliões US$)

Rank Exportadores Valor Mudança % anual1 Estados Unidos 274.6 19.1 102 Reino Unido 99.9 7.0 -33 França 81.2 5.7 04 Alemanha 80.0 5.6 15 Japão 68.3 4.8 13

38 África do Sul 4.9 0.3 1 Total Mundial 1435.0 100.0 6

Fonte: OMC

Page 14: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

1414

Principais Exportadores de Serviços, 2000

Principais importadores de serviços comerciais no comércio mundial, 2000(Biliões US$)

Rank Exportadores Valores Percent. Mudança % anual1 Estados Unidos 198.9 13.8 132 Alemanha 132.3 9.2 03 Japão 115.7 8.1 14 Reino Unido 82.1 5.7 -15 França 61.5 4.3 -2

42 África do Sul 5 0.4 0Total Mundial 1435.0 100.0 6

Fonte: OMC

Page 15: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

1515

Análise das Exportações de Serviços em África, 2000

86.4

13.6

42.2

57.8

75.4

24.6

93.8

6.2

69.3

30.7

0.0

20.0

40.0

60.0

80.0

100.0

África do Sul Egipto Marrocos Nigéria Tunísia

Percentagem das Exportações de Bens e Serviços em Economias Seleccionadas em África, 2000 (%)

Bens Serviços ComerciaisFonte: OMC

Page 16: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

1616

Mozambique: Importance of Services

2002 2003

Agriculture 20.6 19.4

Fishing 1.5 1.4

Mining 0.3 0.3

Manufacturing 12 11.7

Public Admin & Defense 3.6 3.8

Services 60 65.7

Electricity & Water 3.7 3.9

Construction 7.9 11.7

Commerce 22.7 24.7

Restaurants & Hotels 1.3 1.3

Finance & Insurance 3.8 3.2

Real estate 1.8 1.7

Transport & Commun 11.3 12.2

Education Services 2.4 2.5

Health Services 1 1

Other Services 4.1 3.5

*Source: World Bank Country Economic Memorandum, 2005

% of GDP

38% GDP in 2002

36.6% GDP in 2003

Declining Share of

GDP

Page 17: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

Sessão 3 – Análise do Acordo GATS

Page 18: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

1818

OMC

TRIPSGATT GATS

Análise do GATSPilares da OMC

Page 19: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

1919

Análise do GATS

• O acordo aplica-se estritamente às medidas do governo que afectam os serviços.

• Estão excluídos os Serviços Públicos que não se situam no do domínio comercial.

• Disposições Chave– Capacidade de alterar compromissos – Disposições sobre a resolução de conflitos– Anexos nas telecomunicações, entrada temporária de

pessoas naturais, transportes aéreos, serviços financeiros– Maior participação dos países em desenvolvimento– Disposições para negociações futuras: o conceito de

“liberalização progressiva”.

Page 20: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2020

Análise do GATS Disposições Chave (continuação)

• Disposições Chave (continuação)– Tratamento da nação mais favorecida

– Transparência na publicação das medidas do governo

– Obrigações reguladoras internas que abordam o sentido de oportunidade, ponto de situação e possibilidade de recorrer das decisões sobre o licenciamento

Page 21: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2121

Análise do GATS Disposições Chave (continuação)

• Tratamento da Nação Mais Favorecida (NMF)– Para qualquer medida abrangida pelo Acordo, um Membro

concede um tratamento que não é menos favorável a todos os Membros do que o que concede a qualquer outro país.

– Isenções à Nação Mais Favorecida Só podem ser dadas após a conclusão da ronda inicial das

negociações (Ronda de Uruguai)As isenções são, por princípio, temporárias, sujeitas à revisão ao

fim de 5 anos, e não devem durar mais do que 10 anosAs isenções devem ser inscritas num acordo separado

Page 22: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2222

Análise do GATS Disposições Chave (continuação)

• Transparência– Todas as medidas que afectam os serviços devem ser

publicadas ou postas à disposição do público

– Notificação anual das novas medidas que afectam significativamente o comércio de serviços

– Devem ser criados locais de informação nos Governos Membros para se facultar informação nos regulamentos que afectem o comércio de serviços

Page 23: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2323

Análise do GATS Disposições Chave (continuação)

• Regulamento Interno– Os regulamentos não devem ser pesados, devem servir

objectivos legítimos de políticas e devem ser transparentes.– As medidas devem ser administradas de uma maneira razoável,

objectiva e imparcial– Os Membros devem manter tribunais judiciais ou administrativos

para permitirem uma rápida revisão e soluções para as decisões tomadas que afectem os serviços

– As autoridades devem informar aos requerentes de licenças de serviços sobre o ponto de situação do seu requerimento

– Os Membros devem negociar disciplinas que garantam que os requisitos em termos de qualificações, padrões técnicos e procedimentos de licenciamento não são barreiras desnecessárias ao comércio

Page 24: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2424

Análise do GATS Disposições Chave (continuação)

• Excepções da NMF: Acordos de Integração Económica e Acordos de Reconhecimento Mútuo.– Âmbito dos Acordos de Reconhecimento Mútuo Existentes– Perspectivas de Alargamento dos Acordos de Reconhecimento

Mútuo

• Calendarização dos Compromissos e Isenções da NMF– Quatro métodos de fornecimento– Limitações ao acesso do mercado– Tratamento nacional, que pode afectar medidas idênticas para

serviços estrangeiros e internos– Número adicional de compromissos reguladores não

discriminatórios

Page 25: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2525

Métodos de Fornecimento

• O Comércio de Serviços é definido pelas quatro formas (ou métodos) em que os serviços podem ser fornecidos:– Método 1 - Serviço de um país Membro para outro país

Membro - método “transfronteira”. Exemplo: plantas de arquitectos fornecidas electronicamente pela Internet

– Método 2 - Através de serviços que os consumidores compram noutros países Membros (método “movimento do consumidor”). Exemplo: Um turista vai para outro país e compra bens e serviços nessa qualidade.

Page 26: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2626

Métodos de Fornecimento (continuação)

– Método 3 - Através da presença comercial num país

anfitrião (método “presença comercial”). Exemplo:

Empresa de seguros cria subsidiária num outro país

– Método 4 - Através da entrada temporária de pessoas

naturais para fornecerem o serviço (método “pessoas

naturais”). Exemplo: um advogado desloca-se a um outro

país para dar assessoria jurídica aos cidadãos do país

anfitrião

Page 27: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2727

Estrutura

INDONÉSIA – LISTAS DE COMPROMISSOS ESPECÍFICOS

Métodos de fornecimento::

1)

FoFornecimento transf. 2)Consumo no estrangeiro 3)Presença comercial 4)Presence of natural persons

Sector ou sub-sector Limitações no acesso ao mercadoLimitações no tratamentonacional CompromissosAdicionais

TODOS OS SECTORES INCLUIDOS NESTA ESTRUTURA 1), 2) As specified in each sector 1), 2) As specified in each sector

3) Commercial Presence of the foreignservice provider(s) may be in the form ofjoint venture and/or representative office,unless mentioned Outrowise.

Joint venture should meet the followingrequirements:

i) should be in the form of LimitedLiability Enterprise (PerseroanTerbatas/PT),

ii)not more than 49% of the capitalshare of the Limited LiabilityEnterprise (Perseroan Terbatas/PT),may be owned by foreign partner(s).

3) The Income Tax Law provides that non-resident taxpayers will be subject towithholding tax of 20% if they derivethe following income from Indonesian

source:a) interestb) royaltiesc) dividendd) fee from service performed in

Indonesia

Land AcquisitionUndang-Undang Pokok Agraria (Land

Law) No. 5 of 1960 stipulates that noforeigners (juridical and naturalpersons) are allowed to own land. However, a joint venture enterprisecould hold the right for land use (HakGuna Usaha) and building rights (HakGuna Bangunan), and they mayrent/lease land and property.

Any juridical and natural personsshould meet professional qualificationrequirements.

1) 2) 3) 4)Presença de pessoas naturais

1), 2) As specified in each sector 1), 2) As specified in each sector

3) Commercial Presence of the foreignservice provider(s) may be in the form ofjoint venture and/or representative office,unless mentioned Outrowise.

Joint venture should meet the followingrequirements:

i) should be in the form of LimitedLiability Enterprise (PerseroanTerbatas/PT),

ii)not more than 49% of the capitalshare of the Limited LiabilityEnterprise (Perseroan Terbatas/PT),may be owned by foreign partner(s).

3) The Income Tax Law provides that non-resident taxpayers will be subject towithholding tax of 20% if they derivethe following income from Indonesian

source:a) interestb) royaltiesc) dividendd) fee from service performed in

Indonesia

Land AcquisitionUndang-Undang Pokok Agraria (Land

Law) No. 5 of 1960 stipulates that noforeigners (juridical and naturalpersons) are allowed to own land. However, a joint venture enterprisecould hold the right for land use (HakGuna Usaha) and building rights (HakGuna Bangunan), and they mayrent/lease land and property.

Any juridical and natural personsshould meet professional qualificationrequirements.

Page 28: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2828

Sub-sectores

Sector

Sector

Sector

Sector

Sector

Abordagem Base-Topo /Lista Positiva

Indicar na lista apenas os sectores em que se está pronto para assumir compromissos.

Para os sectores não indicados na lista, não se aplicam obrigações de tratamento nacional ou de acesso ao mercado

Abordagem Topo-Base /Lista Negativa

Para cada sub-sector na lista, indicar apenas as excepções ao acesso ao mercado e ao tratamento nacional em relação aos quatro métodos

Para os itens não listados, aplicam-se todas as obrigações do GATS

Tratamento Nacional Acesso ao Mercado

Método 4

Método 3

Método 2

Método 1

Sub-sectores

Sub-sectores

Sub-sectores

Estruturação dos Compromissos

Page 29: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

2929

Tratamento Nacional Acesso ao Mercado

Método 4

Método 3

Método 2

Método 1

NENHUM – não há limites no acesso ao mercado ou no tratamento nacional

TerminologiaUniforme

LIVRE – o país reserva-se o direito de introduzir ou de manter medidas nãoconsistentes com o acesso ao mercadoou com o tratamento nacional

DESCRIÇÕES TEXTUAIS – dos Compromissos que indiquem:(1) limitações ao acesso ao mercado ou notratamento nacional; ou (2) compromissos positivos para a liberalização

Estruturação dos CompromissosTerminologia Uniforme

Page 30: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3030

7. Financeiro; 8. Saúde; 9. Turismo e Viagens; 10. Recreação, Cultural, e Desportos; 11. Transportes; 12. “Outro”.

Estruturação dos CompromissosColuna 1 - Sectores e Sub-sectores

• Cobertura do Sector– Determinada pelos membros individuais com base em

negociações– Para encorajar a uniformidade máxima na estruturação, os

sectores correspondem à classificação do Secretariado do GATT que lista 12 sectores amplos (semelhante ao sistema CPC da ONU) :

1. Negócios; 2. Comunicações; 3. Construção e Engenharia; 4. Distribuição; 5. Educação; 6. Ambiente;

Page 31: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3131

Estruturação dos CompromissosColuna 2 - Acesso ao Mercado

• Acesso ao Mercado - Implica a remoção de restrições quantitativas ao comércio de serviços. Existem seis categorias de restrições que não poderão ser mantidas, salvo o especificado nas estruturas nacionais:(1) Limitações no número de fornecedores de serviços que tenham a forma de monopólios, quotas, testes de necessidades, (ex. nº de bancos estrangeiros limitado a 5)(2) Limitações no valor total de transacções de serviços ou de activos sob a forma de testes de necessidades ou quotas.(3) Limitações no número total de serviços ou na quantidade de resultados de serviços medidos por unidades numéricas. (Ex. limitações na dimensão dos retalhistas)

Page 32: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3232

Estruturação dos CompromissosColuna 2 - Acesso ao Mercado (continuação)

• Acesso ao Mercado

(4) Limitações no número total de pessoas naturais que podem ser admitidas num sector de serviços

(5) Medidas que restrinjam a forma de entrada legal (delegações, sucursais, escritórios de representação)

(6) Limitações no capital estrangeiro como percentagem do total de acções. (Estatuto de “joint venture” minoritária para empresas estrangeiras)

Page 33: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3333

Estruturação dos CompromissosColuna 3 - Tratamento Nacional

• Tratamento Nacional – Implica a aplicação de leis e regulamentos internos aos

produtores estrangeiros na mesma base em que são aplicados aos produtores nacionais

– Tratamento dos serviços e dos fornecedores de serviços estrangeiros em termos não menos favoráveis que os nacionais

– No caso de empresas, alguns exemplos são a tributação e subsídios, desempenho e requisitos de natureza local

– No caso de trabalhadores, alguns exemplos são a tributação e subsídios, recusa de acesso a benefícios, restrições aos direitos dos dependentes e tratamento injusto no local do trabalho

Page 34: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3434

Estruturação dos CompromissosColuna 4 – Compromissos Adicionais

• Compromissos Adicionais– Os lançamentos nesta coluna não são obrigatórios

– Utilizados para medidas não relacionadas com o acesso ao mercado e com o tratamento nacional (ex. qualificações, normas e questões de licenciamento)

– Deve listar apenas as realizações positivas, e não limitações ou restrições adicionais

Page 35: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3535

Compromissos Horizontais

• Compromissos Horizontais– Compromissos Horizontais - limitações que se aplicam a

todos os sectores incluídos na estrutura

– Compromissos Específicos - as limitações ao acesso ao mercado e ao tratamento nacional devem ser especificados na coluna respectiva

Deve ser especificado para cada sub-sector e Deve ser especificado para cada método de fornecimento

Page 36: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3636

Compromissos Horizontais: África do Sul

Modes of supply: 1) Cross-border supply 2) Consumption abroad 3) Commercial presence 4) Presence of natural persons

Sector or subsector Limitations on market access Limitations on national treatment Additional commitments

I. HORIZONTAL COMMITMENTS

ALL SECTORS INCLUDED IN THIS SCHEDULE

3) Local borrowing by South African registered companies with a non-resident shareholding of 25 per cent or more is limited

4) Unbound, except for the temporary presence for a period of up to three years, unless otherwise specified, without requiring compliance with an economic needs test, of the following categories of natural persons providing services:

4) Unbound, except for measures concerning the categories of natural persons referred to in the market access column

A. Services Salespersons - natural persons not based in South Africa and acquiring no remuneration from a source located within South Africa, who are engaged in activities related to representing a services provider for the purpose of negotiating for the sale of the services of that provider, without engaging in making direct sales to the general public or supplying services. Temporary presence for Services Salespersons is limited to a ninety-day period.

B. Intra-corporate Transferees - natural persons of the following categories who have been employed by a juridical person that provides services within South Africa through a branch, subsidiary, or affiliate established in South Africa and who have been in the prior employ of the juridical person outside South Africa for a period of not less than one year immediately preceding the date of application for admission:

Page 37: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3737

Compromissos Horizontais: África do Sul

B. Intra-corporate Transferees - natural persons of the following categories who have been employed by a juridical person that provides services within South Africa through a branch, subsidiary, or affiliate established in South Africa and who have been in the prior employ of the juridical person outside South Africa for a period of not less than one year immediately preceding the date of application for admission:

Executives - natural persons within the organization who primarily direct the management of the organization or establish goals and policies for the organization or a major component or function of the organization, exercise wide latitude in decision-making, and receive only general supervision or direction from higher-level executives, the board of directors, or stockholders of the business.

Managers - natural persons within an organization who primarily direct the organization, or a department or subdivision of the organization, supervise and control the work of other supervisory, professional or managerial employees, have the authority to hire and fire or recommend hiring, firing, or other personnel actions and exercise discretionary authority over day-to-day operations at a senior level.

Specialists - natural persons within an organization who possess knowledge at an advanced level of continued expertise and who possess proprietary knowledge of the organization's product, service, research equipment, techniques, or management.

Page 38: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3838

Compromissos Horizontais: África do Sul

Professionals - natural persons who are engaged, as part of a services contract negotiated by a juridical person of another Member in the activity at a professional level in a profession set out in Part II, provided such persons possess the necessary academic credentials and professional qualifications, which have been duly recognised, where appropriate, by the professional association in South Africa.

C. Personnel Engaged in Establishment - natural persons who have been employed by a juridical person for a period of longer than one year immediately preceding the date of application for admission and who occupy a managerial or executive position and are entering South Africa for the purpose of establishing a commercial presence on behalf of the juridical person.

Page 39: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

3939

Compromissos de Construção Austrália - Estrutura dos Compromissos

3) None 3) None

4) Unbound except as indicated in thehorizontal section

4) Unbound except as indicated in thehorizontal section

D. Building completion andfinishing work(517)

1) Unbound*

2) None

3) None

4) Unbound except as indicated in thehorizontal section

1) Unbound*

2) None

3) None

4) Unbound except as indicated in thehorizontal section

Sector or subsector Limitations on Market Access Limitations on National Treatment Additional Commitments

Page 40: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

Sessão 4 – Análise das Negociações de Serviços da OMC

Page 41: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

4141

Análise das Negociações de Serviços da OMC

• Três acontecimentos importantes nas

negociações de serviços da OMC

1. Lançamento das negociações de serviços em 2000,

conforme definidlo na Agenda pré-estabelecida

2. Reunião Ministerial da OMC em Seattle em 1999

3. Reunião Ministerial da OMC em Doha em 2001

Page 42: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

4242

Análise das Negociações de Serviços da OMC

• Serviços como parte da agenda “pré-estabelecida” – Acordo de Marrackech celebrado pelos Ministros para a

realização de negociações sobre serviços e agricultura até 2000.

– Inexistência de um pacote mais completo de compromissos após a Ronda de Uruguai.

– Questões pendentes relativas ao texto do GATS Procurement do Governo Salvaguardas Subsídios Liberalização Autónoma

Page 43: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

4343

Análise das Negociações de Serviços da OMC

• Princípios das Negociações de Serviços da OMC– Serviços Públicos. Serviços Governamentais - isto é, os

serviços prestados pelos governos numa base não competitiva e não comercial - estão fora do âmbito do GATS, não estando, pois, sujeitos à negociação.

– A Liberalização não significa privatização. O GATS, e as negociações em curso, não requerem a privatização, a comercialização ou nem a desregulamentação de qualquer serviço.

– É um processo voluntário. Nenhum país é obrigado a efectuar quaisquer mudanças ao seu regime de serviços em qualquer sector que não esteja em condições de conceder voluntariamente.

Page 44: Serviços, GATS e a Organização Mundial do Comércio Introdução Ashok Menon

4444

Análise das Negociações de Serviços da OMC

• Princípios das Negociações dos Serviços da OMC– Direito de regulamentar: uma premissa fundamental do GATS. O

objectivo do GATS é o de liberalizar o comércio de serviços, não o de desregulamentar os serviços, muitos dos quais estão estritamente regulamentados por muito boas razões.

– Ratificação. Os acordos e compromissos só entram em vigor um ano após a conclusão das negociações.

– Serviços Universais. Se os países decidirem abrir um sector de serviços à concorrência ao abrigo do Acordo, retêm o direito de operar qualquer obrigação de serviços universais que considerem necessária com base em razões sociais, regionais e ligadas às políticas.

– Transparência. Embora os Pedidos e Ofertas dos Membros da OMC não estejam disponíveis publicamente, todas as propostas de negociação apresentadas em 2001 encontram-se no Website da OMC. Estão disponíveis ao público em www.wto.org.

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4545

Rumo à Ronda de Negociações de Serviços de 2000

• Análise dos sectores de interesse para os participantes, especialmente os novos sectores– Comércio Electrónico

– Turismo

– Serviços de Energia

– Serviços de Entrega Expresso

• Análise de possíveis disposições reguladoras internas não discriminatórias

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Seattle e Além

• Seattle

– Não foi acordada nenhuma ronda comercial abrangente

– De acordo com Marrakech, as negociações sobre a

questão dos Serviços continuam em 2000, conforme o

previsto

– Os Membros da OMC começam a submeter propostas

de negociação

– Trabalho sobre as questões pendentes

6

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Seattle e Depois de Seattle

• Agenda de Desenvolvimento de Doha– Princípio simples—nada está acordado até tudo estar acordado

– Participantes—todos os membros da OMC e observadores

(mais TBD de IGO)

– Maior transparência—dentro da OMC e para com o público

– S&D—as negociações devem tomar em consideração

– Agenda Complexa “Questões antigas” difíceis - implementação dos compromissos da

Ronda do Uruguai

“Novas questões” – procurement do governo, investimento, política

da concorrência

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Negociações de Serviços da OMC

• Janeiro de 2000—as negociações começaram conforme a agenda pré-estabelecida

• Março de 2001—estabelecidas as directivas e os procedimentos de negociação

• Doha reafirmou o trabalho até à data e definiu o elemento chave do calendário

• Os serviços não são controversos, até foram acordados em Seattle• Calendário

– 30 de Junho de 2002—deviam ter sido entregues pedidos de acesso ao mercado– 30 de Março de 2003—deviam ter sido entregues ofertas de acesso ao mercado– Setembro de 2003—balanço na 5ª Reunião Ministerial da OMC– 1 de Janeiro de 2005—conclusão das negociações

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4949

Calendário da Ronda de Doha

2000 2001 2002 2003 20041

D

E

JAN

2005

Agenda e Serviços naAgenda Pré-estabelecida

Ag – Modalidades 3/03 Ag – Negoc. Completas

Serviços: pedido/oferta 3/03 Serviços: negoc. completas

AD/CVD - Fase I

5ª R. Ministerial9/03

AD/CVD - Fase II

Concorrência, InvestimentoProc. Gov., Facil. Com.

4ª R. Ministerial(Doha) 11/01

11

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5050

Negociações de Serviços da OMC

• Como é que as negociações se desenrolam– Pedido e oferta

Estão ainda a ser apresentados pedidos, apesar do prazo de Junho de 2002

Prazo das oferta iniciais - Março de 2003

– Outras técnicas de negociação possíveisDe maneira multilateral e plurilateral quando um grupo de

países assume compromissos idênticos

– Sessões informais, a terem lugar em Genebra, para discutir e clarificar pedidos e ofertas

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Sessão 5 – Coordenação Inter-ministerial e Diálogo Sector Público - Privado

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Preparação para as Negociações

• Elaboração da Agenda Ofensiva– Programa para abranger as indústrias de serviços sul

africanas, incluindo reuniões, questionários, etc.– Identificar quem pretende exportar e para que mercados! – Focalizar a indústria nos problemas que têm com as

medidas externas dos governos; não nas condições competitivas em geral.

– Enfoque em questões específicas de transparência (inexistência de leis e regulamentos; requisitos não claros; inexistência de procedimentos de recurso).

– Estes aspectos podem ser resolvidos através de compromissos adicionais.

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Preparação para as Negociações

• Passos importantes na elaboração da Agenda Ofensiva– Identificar Interesses de Exportação da África do Sul

Levantamento da indústriaLevantamento dos RegulamentosAnálise do pedido apresentado por um grupo de países

(SADC, COMESA, etc.) para acrescentar vantagem de negociação

Criar / juntar-se aos “amigos do grupo de serviços x”

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Preparação para as Negociações

• Elaboração de uma Agenda Defensiva– Importância de identificar áreas em que pode haver

liberalização

– Necessidade de equilibrar os pedidos com o que se está em condições de oferecer

– Não fazer pedidos de liberalização em áreas em que não se está em condições de liberalizar

– Significa que é importante comunicar com o sector privado para definir áreas críticas de liberalização

– Significa que é importante comunicar com os reguladores para identificar áreas em que pode haver liberalização.

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Preparação para as Negociações

• Passos Importantes na Elaboração da Agenda Defensiva– Identificar sectores relevantes

– Consultar reguladores e agências relevantes do governo Identificar Objectivos

É possível retirar a protecção?Interesses económicos de MoçambiqueGerir a liberalização autónoma

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5656

Preparação para as Negociações

• Regras de base para as negociações (não escritas)– Importância de responder a todos os pedidos com base na

pesquisa cuidadosa e na discussão com os reguladores / provedores do sector privado afectados

– Maior credibilidade geral em que Moçambique explica com clareza as razões porque não pode melhorar a sua estrutura devido a questões reguladoras ou políticas.

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5757

Preparação para as Negociações

• Regras de base (continuação)– Importância de uma agenda ofensiva– Fazer pedidos no maior número possível de sectores– Clarificação prévia para tirar vantagem da liberalização

autónoma– Quando se estiver a planificar a liberalização /

desregulamentação, acções temporais para “crédito” nas negociações da OMC.

– Definir argumentos que estejam ligados a menos compromissos exigidos aos países em desenvolvimento, de acordo com o Artigo XIX.

– Caso a liberalização não seja imediatamente possível, considerar a possibilidade de fasear os períodos.

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Sessão 6 – Análise dos Interesses e Questões Relativas aos Países em Desenvolvimento

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Interesse dos Países em Desenvolvimento nas Negociações de Serviços

• Ganhos Económicos Externos– Os países em desenvolvimento possuem pontos fortes

comparativos em sectores de serviços chave, nomeadamente o turismo, as profissões, engenharia de software e os serviços que requerem capital humano (método quatro)

– Melhorar a transparência e a previsibilidade de procedimentos em todos os países traz benefícios especiais para os países em desenvolvimento.

– As oportunidades de exportação geram pontos fortes nas economias de serviços dos países em desenvolvimento.

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Interesse dos Países em Desenvolvimento nas Negociações de Serviços

• Interesses Internos– Aumento significativo no Investimento Directo Estrangeiro, em

especial dos serviços financeiros.– Ganhos do consumidor resultantes da maior concorrência e

ganhos gerais na qualidade dos produtos.– Ganhos de tecnologia através do uso, pelas empresas

estrangeiras, das diferentes tecnologias.– Transferência de habilidades humanas e tecnológicas —

fornecedores estrangeiros de serviços como crescimento da capacidade nacional.

– Mudança nas alianças reguladoras e um sistema regulador mais orientado para o consumidor.

– Melhoria geral da infra-estrutura económica, tornando a economia nacional mais eficiente e competitiva no país e no estrangeiro.

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Interesse de Moçambique nas Negociações de Serviços da OMC

• Podem ser exploradas áreas importantes nas exportações, especialmente o turismo, a construção e a movimentação temporária de profissionais

• Outros sectores de interesse para as exportações?

• Oportunidades para implementar uma reforma reguladora interna em sectores de interesse para o Governo.– Maior transparência no processo regulador – Transparência no procurement do Governo – Concorrência necessária em sectores chave.

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Interesse de Moçambique nas Negociações de Serviços da OMC (continuação)

• As Concessões de Serviços têm o potencial de tirar vantagem nas concessões de bens, assim como de serviços de outros países.

• De que maneira é que o programa de liberalização e de privatização da regulamentação dos serviços da África do Sul pode estar em harmonia com as obrigações da OMC.

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Análise dos Pedidos de Serviços de outros Países

• Pedidos dos Países Desenvolvidos– Sectores

Serviços Financeiros Telecomunicações Básicas e de Valor AcrescentadoServiços ProfissionaisServiços Marítimos (não incluindo os EUA)Serviços de EnergiaServiços de Entrega ExpressoServiços a Grosso/ Retalho/ de Distribuição Serviços Audiovisuais (não incluindo a UE)

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Análise dos Pedidos de Serviços de outros Países

• Pedidos Horizontais– Regras do Comércio Electrónico– Melhores Práticas (regulamento não discriminatório).

• Objectivos de Negociação dos Países Desenvolvidos– Remoção das limitações em termos de acções – Redução nos períodos em que se prevê a realização de

obrigações – Remoção de limitações desnecessárias nas estruturas

(objectivo técnico) – Remoção das restrições de todo o tipo ao investimento

estrangeiro, incluindo a forma de constituição, direitos de aquisição e requisitos em termos de joint ventures.

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Análise dos Pedidos de Outros Países

• Remoção das restrições do método um por meio do comércio electrónico

• Pedidos de Serviços dos Países em Desenvolvimento – Remoção de restrições nas seguintes áreas:

Turismo Construção Serviços Audiovisuais (alguns países) Serviços Profissionais

• Pedidos Horizontais – Melhores compromissos no método quatro, em especial para os

profissionais mais juniores (maior parte dos países) – Negociação do Crédito para a Liberalização Autónoma

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Análise dos Pedidos de Outros Países

• Pedidos Prováveis de Moçambique– Remoção das limitações nos requisitos aplicados às joint

ventures.

– Método 4 – provedores de serviços individuais contratados

– Inclusão de “novos produtos” nas telecomunicações de valor acrescentado (serviços Internet) e serviços financeiros (obrigações)

– Compromissos do método um, salvo quando os requisitos de licenciamento são sustentáveis

– Eliminação das restrições de criação de sucursais na banca e nos seguros

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Análise dos Pedidos de Outros Países

• Pedidos de Moçambique (continuação)– Inclusão de serviços de energia

– Inclusão de serviços de entrega expresso

– Inclusão de serviços de distribuição

– Melhores práticas (compromissos adicionais) em sectores seleccionados (caso existam)

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Oportunidades para os países em desenvolvimento

• Diferentes oportunidades para países em desenvolvimento de baixa e média renda

• Economias em desenvolvimento de baixa renda– Actualmente, oportunidades mínimas de exportação– Grandes ganhos de eficiência – melhoria das reformas internas

• Economias em desenvolvimento de média renda– Grande potencial para a exportação de serviços– Ganhos também de eficiência – melhoria das reformas internas

• TODAVIA, os dois grupos devem assegurar que a forma de liberalização contribui para o processo de desenvolvimento

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Oportunidades de exportação para as nações de baixa renda

• Vantagens comparativas– Terra e mão-de-obra mais baratas

• Desvantagens– Falta de mercados de capital desenvolvidos, de conhecimentos

especializados, de um “pool” de mão-de-obra especializada

• Oportunidades– Sectores chave: turismo, construção– Métodos de fornecimento chave: movimento dos consumidores,

movimento de mão-de-obra semi-qualificada – Mercados chave: além da facilitação do comércio e turismo, as

exportações limitam-se normalmente aos países vizinhos Será a OMC o melhor fórum para desenvolver estas oportunidades?

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Oportunidades de exportação para as nações de média renda

• Vantagens comparativas– Terra, mão-de-obra mais baratas (especialmente de

profissionais)– Qualidade da mão-de-obra qualificada, dos mercados de capital,

da infra-estrutura – Proximidade de uma tecnologia/ prática empresarial de alta

qualidade

• Oportunidades– Potencial para o comércio em todos os sectores de serviços– Sectores chave

Gestão e serviços profissionais em todos os sectores Particularmente fortes no turismo (mais infra-estruturas) “outsourcing” dos serviços de retaguarda Grande potencial na saúde, educação

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Oportunidades de exportação para as nações de média renda

– Métodos de fornecimentopotencial para o comércio através da presença comercial as maiores componentes tendem a ser o movimento de

profissionais e além fronteiras

– Mercado chaveForte nas economias regionais e noutros países em

desenvolvimentoAumento da participação a nível global

• A OMC é um fórum importante a acrescentar a acordos regionais com vista a expandir as exportações

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Benefícios da própria liberalização – países de baixa e média renda

• Muitas vezes os serviços não são lucrativos nem eficientes e não têm um investimento adequado– Papel da política social - criação de emprego, alívio à

pobreza e industrialização dirigida

– Reduz a competitividade da indústria e da agricultura

• A liberalização pode injectar novo capital, tecnologia, concorrência– A concorrência tende a ser mais importante do que a

privatização

– Necessidade de preservar os objectivos de desenvolvimento num quadro competitivo

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Benefícios da liberalização – países de baixa e média renda

• Negociações, uma oportunidade para fazer passar reformas politicamente difíceis– Permite a abertura para o mercado noutros sectores para

compensar os potenciais mercados afectados pela reforma

– Um mecanismo para vincular a reforma ou o pré-compromisso em relação à reforma para evitar recuos

– Traz os interesses internacionais para os debates da política interna

– Centra as atenções nas próprias barreiras à expansão das exportações e sobre o ponto à volta do qual se deve organizar o apoio à reforma

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Benefícios da Exportação

• Para haver um esforço de negociação nas exportações de serviços, é necessário entender o benefício que traz ao país

• Métodos 1, 2 e 4– São criados no país os “outputs” e postos de emprego

Método 1 – baseado na África do Sul, exportação de serviços por telefone/ pela Internet

Método 2 – baseado na África do Sul, exportação de serviços através de deslocações de estrangeiros (Educação, Saúde)

Método 4 – movimento da força laboral, mas os gastos e o apoio da sede são no seu país (o profissional está baseado na África do Sul e irá regressar)

– Benefícios claros para a economia nacional

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Benefícios da Exportação

• Benefícios do Método 3 para a Economia Moçambicana– Remessas de lucros– Emprego e apoio na sede – Rampa de lançamento para:

Trabalho além fronteiras (por exemplo, África do Sul, base do centro internacional de recepção de chamadas) e

Exportação de outros Bens e Serviços (por exemplo, fornecimento de materiais de construção)

– Economias de escala nas aquisições– Diversificação do risco– Transferência de conhecimentos– Retenção de mão-de-obra qualificada

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Sessão 7 – Sectores de Exportação Prioritários para Moçambique: Questões

Importantes

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Turismo

• Maior indústria e de crescimento mais rápido do mundo, responsável por mais de 1/3 do valor total do comércio de serviços em todo o mundo

• Classifica-se entre as primeiras 5 categorias de exportação de 83% dos países

• Turismo e viagens em geral responsáveis por 10,7 por cento do PIB mundial em 1996, prevendo-se que este valor aumente para 11,5 por cento até 2006

• O turismo internacional tem um impacto muito significativo nos níveis do comércio e nas receitas em moeda estrangeira

• Em relação aos países em desenvolvimento, é uma área onde existem excedentes comerciais constantes

• Trabalho intensivo e fonte importante de geração de emprego.

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Classificação do Turismo e dos Serviços de Viagens Relacionados

Classificação no âmbito do GATS W/120

• Hotéis e Restaurantes (incluindo Catering)

• Agências de Viagens e Serviços de Operadores de Viagens

• Serviços de Guias Turísticos

• E Outros Serviços

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Comércio no Turismo e Serviços de Viagens Relacionados

• Oferta Transfronteiras: O consumidor faz reservas e compra directamente do provedor de serviços, ex. uma companhia aérea ou hotel, via Internet

• Consumo no estrangeiro: Cidadão dos EUA de férias em Pemba

• Presença Comercial: Estâncias Club Med localizadas no México e nas Caraíbas

• Movimento de Pessoas Naturais: Um natural do Japão a trabalhar como guia turístico na Ilha de Moçambique para servir os turistas que só falam japonês

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Exemplos de Restrições ao Comércio no Turismo e Serviços de Viagens Relacionados

• Testes das necessidades económicas (ex. novos bares ou restaurantes)

• Requisitos de capital discriminatórios para os provedores de serviços de viagens estrangeiros

• Requisitos de cidadania impostos à concessão de licenças aos guias turísticos

• Investimentos estrangeiros permitidos apenas para hotéis 3-5 estrelas

• Medidas que exigem o recurso a um parceiro local para se estabelecer no mercado

• Medidas que restringem/ requerem tipos específicos de sociedades, parcerias ou outra estrutura de organização empresarial

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Serviços de Construção

• A construção e serviços de engenharia relacionados e serviços de arquitectura e engenharia são sectores de serviços distintos, mas estreitamente interligados e que são mencionados em categorias de classificação diferentes, mas as empresas de construção muitas vezes prestam os dois tipos de categorias de serviços

• Fornece a infra-estrutura para todas as outras indústrias mas, só por si, também constitui um dos sectores mais amplos da economia

• A percentagem da construção no PIB total situa-se à volta dos 5 a 7 por cento para os países em desenvolvimento e desenvolvidos

• O sector é igualmente importante por ser um empregador importante.

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Classificação da Construção e Serviços de Engenharia Relacionados

Classificação do GATS W/120

• Obras de Construção Geral de Edifícios

• Obras de Construção Geral de Engenharia Civil

• Trabalhos de Instalação e Montagem

• Trabalho de Conclusão e Acabamentos de Edifícios

• Outros (preparação do local das obras, obras especiais de construção para fins comerciais, serviços de aluguer de equipamento, ou demolição de edifícios, ou obras de engenharia civil)

• Serviços relacionados com Consultoria e Design (tais como Arquitectura e Engenharia)

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Comércio de Serviços de Construção

• Oferta Transfronteiras: design e projectos de plantas de obras

• Consumo no estrangeiro: empresa estrangeira contrata empresa de construção local para construir fábrica ou hotel

• Estabelecimento comercial : Bateman Construction Company (SA) com escritórios nos EUA

• Movimento de Pessoas Naturais: Director de Projecto Moçambicano a gerir uma obra na Guiné Bissau para garantir a qualidade das operações da empresa

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Exemplos de Restrições ao Comércio de Serviços de Construção

• Não reconhecimento de credenciais e licenças para empresas estrangeiras

• Procedimentos de Registo e Honorários Associados Onerosos

• Limitações nos Direitos de Propriedade de Estrangeiros

• Restrições na Forma de Estabelecimento Comercial • Medidas que Afectam a Mobilidade do Equipamento

de Construção• Restrições no Movimento de Peritos/ Especialistas• Mecanismos de Controlo do Movimento de Capitais

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Serviços de Distribuição

• Ligação Crucial entre os Produtores e os Consumidores

• O âmbito do comércio internacional nos serviços de distribuição cresceu rapidamente através da expansão do comércio de mercadorias, dos regimes aplicados ao investimento directo estrangeiro e do desenvolvimento de novas tecnologias (telecomunicações)

• O sector de distribuição é responsável por 8 – 20% do PIB em alguns países e classifica-se em segundo lugar, logo a seguir à indústria

• Sector de Grande Intensidade Laboral, empregando assim um grande número de pessoas

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Classificação dos Serviços de Distribuição

Conforme Definição do GATS W/120, inclui:

• Serviços dos Agentes que Trabalham em Comissão de Serviço

• Serviços de Comércio Grossista

• Serviços de Venda a Retalho

• Franchising

• Outros

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Comércio de Serviços de Distribuição

• Transfronteiras: Franchising, ex. direitos de exploração de patentes e honorários

• Consumo no Estrangeiro: Consumidor suíço a fazer compras numa loja suíça localizada na França

• Presença Comercial: Supermercado Pick-N-Pay Localizado no Botswana

• Movimento de Pessoas Naturais: Operações da

Direcção Executiva do Pick-N-Pay no Botswana

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Exemplos de Restrições ao Comércio de Serviços de Distribuição

• Testes das necessidades económicas para os provedores de serviços

• Requisitos relativos ao valor mínimo de vendas anuais e de capital

• Restrições nas acções detidas por estrangeiros

• Limitações no volume e na variedade dos artigos à venda

• Falta de transparência nos procedimentos de licenciamento e nos regulamentos administrativos (DR)

• Procedimentos e documentação onerosos e desnecessários (DR)

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Exemplos de Restrições ao Comércio de Serviços de Distribuição (continuação)

• Limitações no tipo de entidade jurídica necessário

• Limitações na posse de bens específicos (tais como a terra)

• Limitações no âmbito das operações (restrições no número e localização de lojas)

• Requisito de constituição de uma joint venture com fornecedores locais

• A discriminação fiscal também afecta seriamente os provedores de serviços de distribuição estrangeiros

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Sessão 9 – Constrangimentos às Exportações de Serviços

Discussão em Mesa Redonda

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Áreas Prioritárias – Barreiras Estrangeiras às Exportações

• Falta de informação de que as barreiras às exportações de serviços podem ser abordadas e minimizadas através de negociações dos serviços da OMC

• Falta de informação de que o MIC pode trabalhar para reduzir estas barreiras

• Dificuldade de traduzir as barreiras enfrentadas nos mercados estrangeiros em “Linguagem do GATS”

• Necessidade de avaliar as oportunidades existentes no mercado africano e nos mercados além mar

• Diferença distinta nas barreiras estrangeiras entre os sectores cujo comércio segue os Métodos 1 e 2 (transfronteiras e consumo no estrangeiro) e o que segue os Método 3 e 4 (presença comercial e movimento de pessoas naturais)

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Áreas Prioritárias – Constrangimentos Internos às Exportações

• Não se pode pedir a liberalização noutros países se não se está disposto a liberalizar internamente– Por exemplo, o facto de os seguros de saúde não serem

válidos noutro país limita as exportações do sector da saúde da África do Sul, mas estaremos nós dispostos a conceder?

– A política de vistos restritiva da África do Sul induz a uma retaliação por parte dos outros países

• Porém, a cláusula da NMF poderá ter como resultado que os outros países abram os seus mercados para vós– Os vossos interesses (mercados, sectores) estão a ser

acautelados pelos outros países?

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Áreas Prioritárias – Constrangimentos Internos às Exportações

• A falta de eficiência e as restrições reguladoras nos sectores internos que dão um contributo chave para as exportações de serviços poderão reduzir a competitividade e limitar a capacidade de explorar oportunidades de exportação– Telecomunicações (Internet e internacionais)– Vistos de entrada– Controlo da moeda– Inexistência de regulamentos internos (ex. privacidade de dados,

obrigações, sistemas de pagamento seguros)– Tributação (dupla tributação, impostos sobre o comércio

electrónico)– Transportes aéreos

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Sessão 10 – Participação do Sector Privado nas Negociações dos Serviços da OMC: Um Estudo de

Caso dos Estados Unidos

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Diálogo do Sector Público - Privado

• Participação do Sector Público - Privado nas Negociações dos Serviços da OMC: Um Estudo de Caso dos Estados Unidos:– Comités de Assessoria do Sector da Indústria (Industry

Sector Advisory Committees - SACs)

– Coligação das Indústrias de Serviços (Coalition of Service Industries - CSI)

– Diálogo Anual Empresas - Governo

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Diálogo do Sector Público - Privado

• Comités de Assessoria do Sector da Indústria (ISACs)– Programa Consultivo do Sector da Indústria resultante da

Lei Comercial de 1974 para garantir que os negociadores coordenassem com o sector privado durante as negociações sobre o comércio

– Posteriormente renovados e alargados pela Lei dos Acordos Comerciais de 1979 e pela Lei do Comércio e Competitividade de 1988

– Existem actualmente 17 ISACs a representar a indústria, os serviços e agricultura

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Diálogo do Sector Público - Privado

• ISAC 13 - Serviços– O ISAC 13 é um comité de assessores, isto é, executivos

de empresas de serviços ou associações industriais dos Estados Unidos que exportam serviços e estão interessados na formulação da política comercial

– O ISAC - Serviços presta serviços de assessoria sobre a política comercial. Importante para a USTR, DOC e outras agências do Governo dos Estados Unidos sobre o comércio ligadas ao comércio multilateral, plurilateral e bilateral nas negociações de serviços.

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Diálogo do Sector Público - Privado

• Coligação das Indústrias de Serviços– Iniciada em 1982 pelo Administrador Delegado (CEO) da

American Express Company– O objectivo é o de mobilizar os interesses do sector de serviços

dos EUA para garantir que as questões ligadas ao comércio de serviços dos EUA fossem devidamente abordadas em negociações comerciais multilaterais

– Actualmente a organização de advocacia do comércio de serviços de vanguarda dos Estados Unidos

– A Coligação das Indústrias de Serviços representa um vasto leque de sectores de serviços que trabalham para avançar uma posição comum, isto é, reduzir as barreiras às exportações de serviços dos EUA e melhorar a competitividade global dos seus membros

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Diálogo do Sector Público - Privado

• Coligação das Indústrias de Serviços– A Coligação das Indústrias de Serviços coordena activamente

e cria o consenso com as associações das indústrias específicas ao sector (ex. American Council of Life Insurers, Air Courier Conference of America e American Bar Association) para garantir que as posições gerais sobre a política do comércio de serviços sejam abrangentes e coesas

– A Coligação das Indústrias de Serviços também trabalha em estreita colaboração com: associações comerciais, reguladores dos EUA, organizações internacionais e académicos para facilitar um diálogo activo sobre questões de

comércio de serviços

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Diálogo do Sector Público - Privado

• A Coligação das Indústrias de Serviços realiza os seus objectivos através das seguintes acções:– Advogando posições específicas sobre o comércio de serviços

às agências do governo (USTR, Tesouro e DOC) através de “briefings” e consultas regulares

– Apresentando as prioridades e as necessidades aos membros do Congresso e ao staff sobre os desenvolvimentos que afectam o comércio de serviços dos EUA

– Envolvendo oficiais chave de organizações internacionais e outros governos na promoção de posições benéficas às empresas que são membros

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Diálogo do Sector Público - Privado

• A Coligação das Indústrias de Serviços realiza os seus objectivos através das seguintes acções:– Coordenando com as organizações do sector privado, tais como

o European Services Forum, Japan Services Network e organizações de serviços de Hong Kong, do Chile e da Argentina com vista à realização dos objectivos globais do comércio de serviços

– Incentivando uma rede mundial de apoiantes do comércio liberal de serviços, organizada através da Global Services Network e da RedServ (Services Business Network of the Americas)

– Organizando missões que se deslocam a capitais como Pequim e Deli com vista a angariar apoio para a liberalização do mercado

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Diálogo do Sector Público - Privado

• Diálogo Anual Empresas - Governo sobre o Comércio de Serviços– Conferência Anual co-patrocinada pelo Departamento do

Comércio dos EUA e pela Coligação da Indústria de Serviços – Fórum público destinado a proporcionar às empresas de

serviços dos EUA uma oportunidade para ajudar a definir uma agenda de negociações dos EUA através de sessões em mesa redonda específicas à indústria e multi-sectoriais

– Diálogo interactivo entre representantes do sector privado, negociadores, reguladores, agências do governo e ONGs que resultam em recomendações multi-sectoriais e específicas relativas à agenda do comércio de serviços dos EUA

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Sessão 11 – Uma Metodologia para Aumentar a Participação nas Negociações de Serviços da

OMC

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Recomendações Finais

• Sensibilizar os Intervenientes– Sobre as oportunidades concedidas às empresas

moçambicanas através do GATS e das negociações de serviços da OMC

– Sobre a necessidade de melhorar o diálogo do sector público - privado e a comunicação entre os departamentos

• Criar uma coligação das indústrias de serviços do sector privado– Identificar líderes industriais chave– Desenvolver uma estrutura organizacional – Garantir um relacionamento sólido com o MIC e os outros

departamentos do governo

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Recomendações Finais

• Levar a cabo uma pesquisa adicional sobre as indústrias de serviços moçambicanas– Expandir os actuais estudos sobre o sector de serviços e

encomendar novos

– Melhorar a pesquisa feita pelos departamentos do governo

• Melhorar a qualidade da recolha de dados sobre o comércio de serviços– Utilizar o MSITS

– Realizar inquéritos à indústria

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Recomendações Finais

• Elaborar uma Agenda Ofensiva para as Negociações de Serviços da OMC– Programa de cobertura das indústrias moçambicanas de serviços,

incluindo reuniões, questionários, etc.

– Procurar conhecer quem pretende exportar e para que mercados!

– Focalizar a indústria sobre os problemas que enfrenta com as medidas decretadas pelos governos estrangeiros; não as condições gerais de competitividade.

– Enfoque sobre as questões específicas de transparência (inexistência de leis e de regulamentos; requisitos não claros; inexistência de procedimentos de recurso)

– Considerar o pedido apresentado por grupos de países (SADC, COMESA, etc.) para acrescentar vantagem nas negociações

– Criar/ juntar-se aos “amigos do grupo de serviços de x”

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Recomendações Finais

• Elaborar uma Agenda Defensiva para as Negociações de Serviços da OMC– Identificar áreas onde a liberalização poderá ocorrer

– Equilibrar os pedidos em função do que se está preparado para oferecer

– Não fazer pedidos de liberalização em áreas em que não se está preparado para liberalizar

– Comunicar com o sector privado para definir áreas críticas de liberalização

– Comunicar com os reguladores para identificar áreas onde a liberalização poderá ocorrer.

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Recomendações Finais

• Formalizar um processo de comunicação inter-ministerial sobre questões da OMC – O MIC deverá presidir às reuniões– Identificar elemento de contacto no ministério relevante para

tratar das questões relacionadas com o comércio– Realizar reuniões regulares

• Criar um fórum anual que inclua os reguladores, o sector privado e os negociadores– Para identificar objectivos específicos do comércio de serviços

em Genebra– Discutir questões reguladoras comuns entre agências e

provedores de serviços– Discutir interesses comuns na área das exportações e questões

estratégicas comuns para as negociações