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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
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A IMPORTÂNCIA DAS FÁBULAS NO PROCESSO DE
ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA
Gislainne Elizetti Dias Menon – Professora PDE
Anelise Copetti Dalla Corte – Orientadora
RESUMO: O seguinte artigo foi elaborado a partir de um projeto de implementação, onde se puderam relatar possibilidades de ensino subsidiadas pelo professor durante as práticas docentes realizadas nas aulas de Língua Inglesa. Tais subsídios permearam-se mediante a utilização das Fábulas, pois se acredita que as mesmas além de serem eficientes e apresentarem-se como gênero textual de caráter dinâmico, interessante e menos formal, ainda possuem em sua essência um material rico em arte, dando ao aluno garantias de uma aprendizagem efetiva, melhorando, sobretudo características da leitura e da escrita. Neste sentido, é importante ter em mãos gêneros textuais como as Fábulas, pois se acredita que tais narrativas auxiliarão aluno/professor na melhoria do ensino/aprendizagem visando à ampliação de uma prática eficiente, onde poderá vir a atingir, sobretudo o objetivo central que aposta no estímulo e melhoria da leitura e escrita nas aulas em questão. Sendo assim, tal estudo foi realizado no 9º ano do Ensino Fundamental, no Colégio Estadual Padre Orestes Preima, localizado em área rural na cidade de Prudentópolis, Estado do Paraná.
PALAVRAS-CHAVE: Língua Inglesa. Fábulas. Leitura/escrita.
Ensino/aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa realizou-se junto aos alunos do 9º ano, estudantes do
Ensino fundamental, no Colégio Estadual Pe. José Orestes Preima – Ensino
Fundamental e Médio, matriculados no período vespertino, com duração de 32
horas/aula. O referido colégio está localizado na zona rural do município de
Prudentópolis, com alunos advindos de localidades próximas.
A temática escolhida para o desenvolvimento do estudo foi o processo de
ensino/aprendizagem nas aulas de Inglês, centrando o objetivo que se refere a
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estimular os alunos estudantes do 9º ano do ensino fundamental a demonstrarem
maior interesse pela leitura e escrita nas aulas de Língua Inglesa, apresentando
como recurso didático facilitador de todo esse processo as Fábulas, pois se acredita
que tal ferramenta venha a dinamizar o ensino através de caminhos pedagógicos
menos abstratos, já que as mesmas possuem aspectos lúdicos o que é fundamental
em qualquer área de ensino, pois são instrumentos facilitadores de aprendizagem e
auxiliam na construção de conhecimentos mais elaborados, estabelecendo
benefícios que propiciam o desenvolvimento integral do educando, ou seja, a
ampliação do conhecimento nas esferas cognitiva, social e afetiva.
Como se vê, o estudo aborda a importância das fábulas como recurso
didático facilitador no processo de ensino/aprendizagem nas aulas de Inglês, e
grande é a responsabilidade do professor em privilegiar este material como recurso
didático de apoio na sua prática docente, pois ao utilizá-lo poderá despertar no aluno
o gosto pela leitura e escrita, porém deverá permear caminhos, definindo os
objetivos a serem alcançados, e, sobretudo, analisar e conhecer as peculiaridades
inerentes a cada tipo de fábula para não correr o risco de tornar sua prática pouco
relevante.
Ao aprender uma língua estrangeira, busca-se, no entanto, desenvolver
algumas habilidades, como leitura e escrita, por exemplo. Assim, torna-se
necessário que estejamos motivados a desenvolver atividades eficientes e
condizentes ao ensino voltados à língua alvo.
Partindo do pressuposto embasado na questão norteadora de que, com o
passar dos anos, o educando perde o interesse pela aprendizagem da Língua
Inglesa, o estudo a seguir aborda em sua essência itens que visam esclarecer a
importância das fábulas na mediação do ensino, tornando-o para o aluno um meio
efetivo de alcançar êxito no processo de aprendizagem nas aulas em questão.
Desse modo, levantaram-se questões sobre o conhecimento prévio dos
alunos em relação às fábulas. Buscou-se, portanto, variadas pesquisas na internet
em relação ao tema, onde puderam junto ao grupo refletir sobre os valores passados
elas mesmas podendo recriá-los com novos finais. Assim, os grupos selecionaram
as fábulas que mais lhes agradaram em Português para, em seguida, traduzi-las
para o Inglês. Ao término, houve a organização dos textos em um único livro de
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fábula em Inglês, previamente selecionadas e ilustradas onde o produto final foi
comentado e avaliado por todos os participantes do grupo e postado em vídeo para
visualização on-line.
Falar em uma língua estrangeira, portanto, torna-se fundamental nos dias
atuais, e com o processo de globalização aumenta a responsabilidade do professor
em encontrar uma metodologia de ensino que venha de encontro ao interesse dos
alunos, pois a dificuldade em compreender a gramática e a fonética de tal disciplina
faz com que os alunos sintam dificuldades de assimilação e compreensão da língua
estudada.
É nesse sentido que o trabalho com fábulas se justifica, sendo o professor o
mediador do ensino, onde munido de estratégias, poderá instigar o aluno no
desencadeamento da leitura e da escrita. O uso das fábulas, no entanto, favorece a
construção dos conhecimentos, pois, além de rica em arte, tal ferramenta estabelece
o desenvolvimento moral, social e intelectual do educando. Ler e produzir textos em
língua Inglesa, no entanto, tonou-se um grande desafio para o aluno de hoje, pois a
grande maioria tem dificuldades na elaboração de textos na própria língua materna
e, por conseguinte, produzir textos em outra língua torna-se uma atividade
extremamente difícil, cansativa e desmotivante.
As Fábulas e o Ensino Aprendizagem de Língua Inglesa
Nos dias atuais torna-se imprescindível o professor repensar a sua prática de
ensino, reconhecendo as diversas dificuldades existentes em cada aluno, pois se
sabe que cada um tem suas limitações com ritmos e dificuldades diferentes no que
se refere à aprendizagem. Assim, o professor munido de estratégias condizentes a
sua clientela torna-se capaz de obter objetivos precisos referentes ao ensino.
Tendo em vista tais considerações, optou-se por uma metodologia dinâmica e
de cunho lúdico, ou seja, as Fábulas no processo de desenvolvimento do ensino
aprendizagem nas aulas de Língua Inglesa. Partindo da ideia de que as Fábulas
possam vir a dinamizar o ensino nas aulas de Língua Inglesa, tornando-as atraentes
e significativas, faz-se necessário colocar em pauta que tais gêneros textuais, a fim
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de contribuírem na melhoria da oralidade e escrita, estabelecendo campos frutíferos
para a ampliação do vocabulário, pois sua inserção no ensino garante possibilidades
para que o aluno esteja em contato com real e o imaginário, garantindo uma
aprendizagem efetiva,
que venha a propiciar acima de tudo o desenvolvimento integral do
educando, pois quando há contribuição nesse sentido, estamos colaborando
também na formação de um cidadão apto para atuar na sociedade.
Existem diversos conceitos relacionados a esse gênero textual, alguns
comprovam as mesmas como recurso importante para fins educacionais, como se
pode observar abaixo:
A Fábula é uma narrativa figurada, na qual as personagens são geralmente animais que possuem características humanas. Pode ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por uma lição de moral, constatada na conclusão da história. A fábula está presente em nosso meio há muito tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. (FÁBULAS, 20141)
Entretanto, para as aulas de Língua Inglesa, a valorização das Fábulas,
significa ensinar um novo idioma com qualidade, responsabilidade e dinamismo,
auxiliando cada aluno nos processos de construção do seu conhecimento, dando
oportunidades para a abertura de novos caminhos já que o inglês é uma língua
falada em todo o mundo, e para o mercado de trabalho atual se torna um grande
diferencial no momento da competitividade.
Como se vê, as fábulas são excelentes materiais, capazes de dinamizar o
ensino e transformá-lo interessante para o aluno, principalmente nas práticas de
Língua Inglesa, pois o professor poderá planejar suas aulas com auxílio das novas
tecnologias educacionais como o computador, por exemplo, assim privilegiará o
aluno no contato com sons e observação de imagens promovendo momentos de
descontrações e garantindo um ensino/aprendizagem agradável e consoante com os
interesses do aluno.
1 Disponível em< http://fabullas.blogspot.com.br/> Acesso em 20/12/2014
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Diante dos levantamentos, pode-se constatar que os gêneros textuais ao qual
o estudo refere-se é observado por diversos autores, onde esclarecem questões
relacionadas à área educacional, demonstrando assim que os mesmos tomaram
verdadeira forma como aspecto educativo, como podemos verificar no estudo
abaixo:
Esse é provavelmente o mais conhecido dos textos que circulam na escola. Contribuem para esse conhecimento à extensão (texto curto), os personagens (animais falantes na maioria), o tratamento dialógico (personagens dialogam ao longo do texto, permitindo pontos de vista diferentes), a moral explicita (às vezes implícita) no inicio ou no final da narrativa, que evita contradições, facilita e condiciona a compreensão do que foi lido. (COSTA, 2007 p.74).
É nesse sentido que se aprimora a questão de um ensino fazendo o uso do
gênero literário Fábulas, pois se acredita que este é uma ferramenta eficaz no
desenvolvimento da aprendizagem, já que desde criança ouvimos histórias onde os
personagens se refletem em animais falantes, relatos de experiências humanas,
conflitos existentes entre os mesmos, apresentando-se de forma curta e precisa,
terminando com um fundo moral que pode ser adaptado ao mundo real.
Compreender essa narrativa, como facilitadora no
ensino/aprendizagem voltado para a área de língua inglesa, seria, no entanto poder
adicionar curiosidades e, sobretudo, formar leitores capazes com diversas
habilidades, pois transportar as Fábulas para a educação significa favorecer no
aluno seu desenvolvimento pessoal, social e cultural, facilitando-o nos processos de
interação, expressão, comunicação e construção do conhecimento.
O Ensino da leitura e Escrita a partir do Gênero Fábula
Despertar o interesse do aluno na sala de aula vem se tornando um desafio
constante entre os educadores. Dinamizar o ensino, portanto, torna-se tarefa
fundamental na busca do conhecimento. Nesse sentido, possibilitar a aprendizagem
utilizando subsídios eficientes contribui para que a prática pedagógica ocorra de
modo produtivo e significativo.
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Ao utilizar as fábulas como recurso didático nas aulas de Língua Inglesa, com
alunos estudantes do ensino fundamental, o professor espera que ocorra a
construção de atitudes e valores, pois o aluno estará em contato com a leitura, o
raciocínio, a escrita, bem como, com a relação de valores morais presentes nas
composições literárias.
Segundo Chagas:
A leitura é insubstituível, porque inclui as novas palavras, desde a sua primeira apresentação, em contextos amplos que as definem em conexão com outros vocábulos, e ao mesmo tempo, esclarecem pouco a pouco os seus vários sentidos e acepções, muitas vezes tão sutis que de outro modo não poderiam jamais ser configurados. (CHAGAS 1979, p.255).
Nessa perspectiva, para utilizar as Fábulas no ensino fundamental
objetivando o desenvolvimento da leitura e da escrita nas aulas de Língua Inglesa
faz-se necessário à elaboração de um planejamento eficiente onde se desenvolva
estratégias de ensino bem elaboradas e condizentes ao nível dos alunos,
valorizando, assim, os conhecimentos que já possuem para que a aprendizagem
aconteça de maneira saudável e prazerosa, tornando o professor o agente
construtor desse processo.
Estudos relatam a importância dos gêneros textuais na prática do professor,
pois ao deparar-se com essa diversidade textual, tais narrativas poderão inserir o
aluno dentro de sua própria realidade. Faria (2004, p.129) nos faz refletir quando
relata que “os limites da intervenção devem ser observados em cada contexto, em
cada livro, a partir das características de cada turma e, se possível, de cada aluno”.
A utilização de diferentes gêneros textuais constitui-se um meio e não um fim
para se efetivar práticas comunicativas interessantes em Língua Inglesa.
Apropriando-se de tal ferramenta, portanto, o professor suscitará no aluno relações
com suas vivências pessoais, incentivando-o nesse desafio de querer aprender, pois
quando se estabelece relações que envolvam diferentes fatos e acontecimentos de
nossa própria vida, o ensino torna-se agradável, contribuindo para uma
aprendizagem mais significativa.
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Nesse sentido é que as fábulas podem contribuir no interesse e
desenvolvimento do aprendiz, pois são subsídios atrativos que além de levar o aluno
a uma viagem imaginária, melhora a oralidade e desperta o gosto pela leitura. Como
relatam estudos de Faria:
Não se trata, contudo, de levar os alunos da escola fundamental a adquirir noções de teoria da literatura, mas de organizar o que Poslaniec chama de “pequenos saberes” que as crianças já possuem em seu contato diário com todo tipo de história que acontecem à sua volta: dos relatos de acontecimentos familiares aos vistos na tevê, que incluem não apenas os programas infantis e os desenhos animados, mas também os fatos dos noticiários e reportagens dos jornais televisivos cujos elementos básicos são geralmente organizados com a estrutura de narrativas. (FARIA, 2004 p. 21).
Desse modo, as fábulas apresentam-se como materiais eficientes não só para
o desenvolvimento intelectual como moral, pois colabora para a formação de valores
das crianças, dentro e fora da escola, despertando, acima de tudo, o interesse pelo
aprendizado.
Portanto, utilizar essas narrativas para o desenvolvimento da leitura e escrita
em um novo idioma, é transportar o aluno para o mundo da comunicação e da
imaginação, visto que utilizar-se de elementos diversos para fins comunicativos
colaboram para que a Língua Inglesa não seja vista como uma vilã, mas como uma
língua que acrescenta habilidades que impulsionam para o mercado de trabalho
abarcando conhecimentos diversos.
Dessa forma, faz-se necessário argumentar que o professor, antes de iniciar
um trabalho usando as fábulas, proponha novas possibilidades em relação a elas,
além de novos conceitos para a literatura em questão, traçando objetivos e métodos
que podem ser alcançados por meio da leitura e da escrita.
Faria aborda em seus estudos elementos que devem ser considerados pelo
professor no desenvolvimento da leitura:
O professor, o animador – conheça razoavelmente bem tais instâncias dos discursos literários. Assim ele pode perceber as sutilezas e as muitas maneiras de ler um livro atendendo sempre as expectativas e competências dos pequenos leitores. Com isso, sem
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dúvida, tornará a atividade de leitura em sala de aula mais rica e prazerosa. (FARIA 2004, p.12)
Nesse sentido, utilizar a literatura dentro da sala de aula, como ferramenta de
ensino nas aulas de Língua Inglesa, pode vir a propiciar no aluno um leque de
informações com inúmeras possibilidades de construção de conhecimentos, tanto
nas esferas sociais quanto emocionais e cognitivas. Porém, cabe ao professor ser o
estimulador, que munido de estratégias de ação possa vir a contribuir de maneira
significativa nesse processo de desenvolvimento do ensino/aprendizagem.
Partindo do exposto, vale ressaltar que o aluno, ao chegar à escola, já revela
bagagens vivenciadas em seu meio social, lembrando que as Fábulas são
apresentadas a ele desde o jardim de infância, através de uma perspectiva lúdica,
que agora o professor poderá transformá-la e adequá-la ao ensino tornando a
aprendizagem significativa. Nesse sentido, quando falamos em leitura/escrita torna-
se preciso estimular o aluno a gostar de ler, e as Fábulas apresentam-se em
contextos breves, com fundo moral que podem vir a despertar o gosto e o interesse
pela leitura o que favorecerá no bom desenvolvimento da escrita.
Como revelam os estudos abaixo:
O desenvolvimento da leitura e da escrita em todas as áreas continua sendo prioridade. Os alunos vão utilizar a linguagem escrita com vários propósitos: ler para aprender, ler para ampliar seus conhecimentos, ler por prazer. Vão escrever para guardar suas memórias, informar alguém próximo a eles, publicar ideias e pensamentos, argumentar. Por este motivo, são preparados para dominar a língua em diversas situações de comunicação. Assim, a dimensão do diálogo torna-se o principal fundamento da prática educativa. As experiências educativas marcadas pela vivência dialógica contribuem para a valorização da diversidade e o respeito ao outro, orientando o fazer pedagógico em uma perspectiva ética e social. (PROGRAMA “TEM JEITO SIM” – COLÉGIO NACIONAL, p. 05, 20142)
Diante do que foi mencionado na citação acima, pode-se refletir, portanto
sobre a ampliação de conhecimentos através da leitura/escrita, pois é lendo que o
2 Disponível em http://www.nacionalnet.com.br//como-educamos/ensinofundamental-ii/ Acesso em
20/12/2014.
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aluno poderá expandir ideias e conhecimentos, e quando se trata do ensino de
Língua Inglesa, os esforços redobram durante a mediação da prática docente, pois
estamos falando em um trabalho voltado para o desenvolvimento de atividades em
outro idioma, o que denotará a efetivação de ações que facilitem a aquisição dos
conteúdos relacionados à leitura/escrita em questão.
Como se vê diversos são os argumentos que demonstram a importância das
Fábulas no processo de ensino/aprendizagem de Língua Inglesa, pois estas além de
priorizar o desenvolvimento da leitura e escrita, abordam em sua essência
ensinamentos que podem favorecer o aluno enquanto ser humano, pois o habilita na
observação que poderá atingir além das palavras transcritas em cada texto,
trazendo para a sua vida, novos saberes, pois estas são grandes feitoras de valores
humanos.
IMPLEMENTAÇÃO
O presente estudo obteve resultados positivos, em relação aos objetivos
almejados. Evidenciou-se durante a implementação alunos ativos, criativos e
participativos, permitindo assim um bom desempenho na concretização das
atividades realizadas. Constatou-se, portanto que o objetivo central do projeto veio
de encontro com a prática, pois os alunos atenderam a todas as demandas
prescritas em relação ao interesse pelo gênero textual Fábulas, quanto pelo
desenvolvimento da leitura e escrita nas aulas de Língua Inglesa.
As atividades aconteceram em vários momentos, houve a classificação das
Fábulas para iniciarmos o trabalho, onde, diante disso, levantaram-se questionários,
interpretação de textos e utilização de tecnologias digitais, para que os alunos
pudessem estar em contato com as Fábulas, aprimorando a leitura/escrita através
de áudio e vídeo. Iniciamos com a fábula “O leão e o rato”. Foram feitas atividades
aonde os alunos puderam melhorar seu conhecimento em relação as quatro
habilidades (reading) leitura, (writing) escrita, listening (ouvir) e ( speaking) falar. A
atividade seguinte foi sobre o conhecimento lingüístico referente às formas verbais
do passado simples. Visto que a gramática estando inserida dentro do contexto
torna-se muito importante para o ensino/aprendizagem. A segunda fábula trabalhada
com os alunos foi “A raposa e a cegonha”. Os alunos foram levados a produzir seu
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próprio final para a história, instigando neles a criatividade e o levantamento de
vocabulário. Nossa próxima fábula foi “A cigarra e a formiga”, fábula que levou os
alunos a pensar em suas próprias ações do dia a dia. Atividades como interpretação
e produção de textos foram realizadas. ‘O corvo e o jarro” foi uma fábula que
chamou bastante atenção pois fez com que os alunos fizessem críticas sobre si
mesmos e como eles agiriam em situações parecidas. Também foram trabalhados
os elementos linguísticos verbos modais bem como interpretação e atividades
lúdicas. Na fábula “A tartaruga e o coelho” eles puderam fazer comparações entre
a fábula e a história do Sapinho Surdo. Nesta atividade eles realizaram atividades
orais e escritas. O uso do dicionário também foi bastante relevante. Foram
realizadas atividades de revisão com atividades lúdicas, permitindo ao aluno a
relembrar todo o conteúdo visto. Estas atividades contribuíram para que eles
compreendessem de uma forma mais descontraída o uso do gênero textual fábulas.
O trabalho final foi elaborado em grupos, onde cada qual optou por uma
Fábula realizando a ilustração em cartazes e produção de textos. Observou-se
bastante interesse por parte dos alunos, pois ficaram entusiasmados pelo fato de
seus trabalhos serem postados na internet. Após o término postou-se em um site na
rede para que o leitor possa observar o produto final on-line.
Nesse sentido faz-se necessário argumentar que o professor tornou-se o
agente principal na mediação do ensino munido de estratégias de ação onde
acontecesse por meio da narrativa em questão, assim, salienta-se que “é a busca de
informações que irão subsidiar a prática pedagógica, acreditando que enquanto
profissional da educação, temos a capacidade de ensinar e que os alunos têm
potencialidades para aprender”. (GUEBERT, 2007 p.38).
Diante das reflexões, o estudo adotou como procedimentos metodológicos os
aspectos da abordagem qualitativa de pesquisa, onde as suposições reproduzem-se
à volta do pesquisador, assim o mesmo transcreve abordando sua visão em relação
ao objeto investigado.
Pode-se notar, portanto, através dos resultados práticos e das bibliografias
pesquisadas que o estudo guiou-se por hipóteses delineadas através de
características onde teceram informações precisas sobre o foco em questão, ou
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seja, “A Importância das Fábulas no Processo de Desenvolvimento de Língua
Inglesa”, estabelecendo assim a efetivação dos objetivos estabelecidos, já que a
teoria caminhou em consonância com a prática no decorrer de toda a
implementação do projeto, visando suporte para estudos posteriores.
CONCLUSÃO
Trabalhar com alunos do ensino fundamental tornou-se um desafio constante
nos dias atuais. Vivemos em uma era com diversidade ampla de informações em
relação a avanços tecnológicos e científicos, modificando o modo de agir e pensar
de nossos aprendizes.
Estudos relatam, no entanto, que nessa fase os adolescentes deixam de
serem crianças, mas ainda estão distantes da idade adulta, assim, cabe a nós
educadores incentivá-los na busca de melhorias, gerando possibilidades de ensino
que venha a atrair seus interesses individuais e coletivos valorizando, sobretudo os
conhecimentos que já possuem.
Nesse sentido, comprovou-se ser possível permear o ensino adaptando o
gênero textual Fábulas no desenvolvimento da leitura e escrita nas aulas de Língua
Inglesa, pois estas narrativas podem vir de encontro ao interesse de nossos alunos,
onde por meio da era digital poderão estar ampliando seus valores, e enriquecendo
sua formação emocional, social e cultural.
De acordo, com o que se demonstrou, é factível concluir a preservação das
Fábulas nas instituições de ensino, pois as mesmas além de revelarem caráter
dinâmico, atraindo a atenção do aluno, são excelentes ferramentas de ensino que
contribuem no processo de construção do pensamento. Em contrapartida,
destacou-se a importância da prática docente, onde se constatou nesta um papel
relevante, desde que venha a ser efetuado através de etapas bem elaboradas,
permitindo ao aluno a conhecer as reais possibilidades que as Fábulas podem trazer
para seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, valorizando suas
peculiaridades e tornando-o um cidadão atuante na sociedade e preparado para
atuar no mundo competitivo.
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Dessa forma, entendendo que o uso de gêneros textuais pode auxiliar nessa
tarefa árdua, pois utilizar-se das fábulas como metodologia de ensino/aprendizagem
da Língua Inglesa, acaba por dar à aula um caráter mais dinâmico, mais
interessante e menos formal, onde o professor não será o único a ensinar, um
aprenderá com o outro, lendo, interpretando, representando e ilustrando.
REFERÊNCIAS:
BRASIL, Diretrizes curriculares da educação básica. Língua estrangeira moderna/Governo do Paraná – Secretaria do Estado do Paraná – Departamento de Educação Básica: 2008.
CHAGAS, Valmir. Didática especial de línguas modernas. 3ª Ed. São Paulo: Editora Nacional, 1979.
COSTA, Marta Moraes da. Metodologia do ensino da literatura infantil. 20ª Ed. Curitiba: IBPEX, 2007.
FARIA Maria Alice. Como Usar a Literatura Infantil na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2004.
GUEBERT, M. C. Inclusão: uma realidade em discussão. 2ª Ed. Curitiba: IBEPX, 2007.