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A PROBLEMÁTICA DO DESCARTE DE LÂMPADAS FLUORESCENTES – ESTUDO DE CASO NA UFAL Orientadora Ivete Vasconcelos Lopes Ferreira Doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento [S.Carlos]. Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, Brasil. Autores Elina Wanessa Ribeiro Lopes Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de Alagoas [email protected] Mariana Lima e Maria Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de Alagoas [email protected] Poline Cíntia Amorim de Barros Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de Alagoas [email protected] Talita Jéssica Tavares Marinho Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de Alagoas [email protected] Thaís Peixoto Souza

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A PROBLEMÁTICA DO DESCARTE DE LÂMPADAS FLUORESCENTES – ESTUDO DE CASO NA UFAL

Orientadora

Ivete Vasconcelos Lopes Ferreira

Doutorado em Engenharia Hidráulica e Saneamento [S.Carlos].

Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, Brasil.

Autores

Elina Wanessa Ribeiro Lopes

Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de [email protected]

Mariana Lima e Maria

Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de [email protected]

Poline Cíntia Amorim de Barros

Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de [email protected]

Talita Jéssica Tavares Marinho

Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de [email protected]

Thaís Peixoto Souza

Graduanda em Engenharia Ambiental – Universidade Federal de [email protected]

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RESUMO

Este artigo consiste em estudar a problemática do descarte inadequado de lâmpadas fluorescentes buscando informar como é feito esse manejo dentro do local estudado (UFAL). Tendo como objetivo quantificar esse descarte, analisar se o mesmo está sendo feito corretamente e estudar o potencial de reciclagem dentro da universidade, mediante a revisão de literatura, aplicação de questionário, visitas de campo e reuniões.

Segundo o responsável pelo setor de manutenção, há um projeto em fase de estudo que tem como finalidade promover a destinação correta das lâmpadas, em contra partida, ao longo da pesquisa foi observado que o manejo não ocorre de forma adequada. As lâmpadas fluorescentes são acumuladas e armazenadas em caixas de cimento amianto, que não são suficientes para suportar a demanda do material coletado, abrigando-as assim junto a outros materiais e ficando expostas sem nenhuma proteção e, portanto, podem ser facilmente quebradas liberando metais pesados de alto poder poluidor.

PALAVRAS-CHAVE: Descarte de lâmpadas da UFAL, gestão de resíduos sólidos, metais pesados.

1. INTRODUÇÃO

No Brasil são produzidas em média 125.281 toneladas de lixo diariamente, sendo 47,1% destinados a aterros sanitários, 22,3% a aterros controlados e 30,5% a lixões a céu aberto.

O País contabiliza cerca de 170 milhões de lâmpadas. A vida útil de cada lâmpada varia de quatro a cinco anos. Em relação a estas, 94% são descartadas anualmente e têm como destino final aterros sanitários, sem nenhum tipo de tratamento. Por custarem menos e terem maior durabilidade que as outras, as lâmpadas fluorescentes são as favoritas da população, mas precisam de cuidado especial na hora do descarte. Enquanto intactas estas lâmpadas não oferecem riscos as pessoas ou ao ambiente, mas, quando quebradas, liberam substâncias tóxicas, como o mercúrio, metal pesado com alto poder de poluição.

O mercúrio é um metal pesado de origem natural que tem fortes efeitos neurotóxicos. A via de exposição mais comum em humanos é a ingestão de metil mercúrio presente em peixe contaminado. Em menor medida, as pessoas podem estar expostas pela inalação de vapor de mercúrio inorgânico depois de um derrame ou durante um processo de fabricação que envolva este metal. O tempo de decomposição do mercúrio é muito longo, logo, quando entra em contato com o meio ambiente, fica depositado no fundo de rios, lagoas, represas, contaminando assim não só a água, mas também o solo.

Neste trabalho, será estudado o manejo das lâmpadas fluorescentes na UFAL, considerando a quantidade de lâmpadas descartadas, o potencial de reciclagem e se o descarte é realizado de forma adequada, de modo que não agrida ao meio ambiente.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

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2.1 CONTEXTO HISTÓRICO DOS RESÍDUOS BÁSICOS

Do ponto de vista histórico, os resíduos sólidos gerados pelo homem vêm caracterizando-o ao longo de sua evolução. Na antiguidade, o “lixo” produzido era basicamente constituído por restos de animais, alimentos e pedaços de cerâmica, esses resíduos eram decompostos facilmente pela ação da natureza. Com o passar dos anos, a humanidade foi se desenvolvendo e passou a buscar maneiras de simplificar o seu dia a dia, tendo assim, a necessidade de produzir artefatos que acompanhassem essa evolução, proporcionando uma melhor qualidade de vida.

Com o aumento da população e a chegada da Revolução Industrial, passou a existir a produção em série de bens de consumo, aumentando a quantidade de lixo gerado e descartado. O grande destaque da época era a ânsia pelo desenvolvimento, sem a preocupação com os possíveis impactos negativos causados pelo descarte impróprio dos resíduos resultantes desse processo.

Uma das principais necessidades era a implantação de um sistema de iluminação que fosse capaz de suprir as cidades no período noturno. Assim, com a chegada da eletricidade, foi criada a primeira lâmpada, feita de arco carbônico e composta por dois eletrodos de carbono – um pontiagudo e outro com uma cavidade – que, em contato, produziam um ponto luminoso intenso com a passagem da corrente elétrica.

2.2 LÂMPADAS

A partir daí foram criadas lâmpadas mais modernas, com novos componentes químicos visando a melhor utilização custo benefício, dentre as mais comuns têm-se as incandescentes, as halógenas e as fluorescentes. As incandescentes funcionam através da passagem da corrente elétrica por um filamento de tungstênio que, com o aquecimento, gera a luz, têm atualmente sua aplicação predominantemente residencial. Estima-se que até 2016 essas lâmpadas sejam extintas do mercado, para que sejam substituídas por modelos mais econômicos. As halógenas funcionam em tensão de rede ou em baixa tensão, são também consideradas incandescentes por terem o mesmo princípio de funcionamento; porém, são incrementadas com gases halógenos que, dentro do bulbo, se combinam com as partículas de tungstênio desprendidas do filamento. Essa combinação, associada à corrente térmica dentro da lâmpada, faz com que as partículas se depositem de volta no filamento, criando assim o ciclo regenerativo do halogênio.

2.2.1 LÂMPADAS FLUORESCENTES

As lâmpadas fluorescentes vêm sendo comercializadas desde 1938, e são consideradas um marco na evolução dos sistemas de iluminação por emitir mais energia em forma de luz que de calor. Neste período, elas foram sendo modificadas para otimizar a economia de energia elétrica e proporcionar maior conforto nos ambientes onde estejam instaladas, além de custarem menos que as outras, o que as tornaram favoritas entre os consumidores, porém necessitam de cuidado especial na hora do

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descarte. Nas cidades brasileiras, mais de 30 milhões de lâmpadas fluorescentes queimadas são anualmente descartadas como resíduos, sobretudo por estabelecimentos industriais, bancários e comerciais.

No Brasil, diferentemente de outros países, não há legislação que proíba a disposição de lâmpadas no lixo. Por exemplo, na Alemanha, a legislação determina que as lâmpadas precisam ser moídas, embaladas e enterradas em minas abandonadas. Enquanto intactas, as lâmpadas fluorescentes não oferecem riscos à saúde humana e ao meio ambiente, mas quando quebradas liberam metais pesados existentes em sua composição. A tabela 1 mostra os componentes químicos e as quantidades presentes nas mesmas.

Tabela 1 - Composição da poeira fosforosa de uma lâmpada.

Elemento Concentração Elemento Concentração Elemento Concentração

Alumínio 3.000 Chumbo 75 Manganês 4.400

Antimônio 2.300 Cobre 70 Mercúrio 4.700

Bário 610 Cromo 9 Níquel 130

Cádmio 1.000 Ferro 1.900 Sódio 1.700

Cálcio 170.000 Magnésio 1.000 Zinco 48

Fonte: Mercury Recovery Services, in TRUESDALE et al.

Dentre estes componentes o Mercúrio se destaca como mais prejucial. Uma lâmpada fluorescente contém cerca de 15mg do mesmo, o que significa baixo risco de contaminação ambiental considerando uma unidade isolada, mas os riscos aumentam no caso do descarte de grandes quantidades em um único local. Ao serem descartadas no lixo, seu vidro é triturado liberando mercúrio em forma de vapor, este retornará com a chuva contaminando o solo e os cursos d’água.

2.3 O MERCÚRIO

O mercúrio (Hg) é o único metal encontrado na forma líquida em condições de temperatura e pressão normais, formando vapores incolores e inodoros. Além disso, o mercúrio ocorre no meio ambiente associado a outros elementos químicos, formando compostos inorgânicos ou sais. Dentre estes elementos, o mais comum é o enxofre, com o qual forma o sulfeto de mercúrio insolúvel (ocorrendo na forma de cinábrio - HgS) que não é considerado tóxico. Este metal pode, também, ser encontrado na forma de compostos organometálicos. Muitos destes compostos têm importância no uso diário tanto na indústria como na agricultura.

O mercúrio é considerado um poluente de alto risco, a preocupação a respeito da poluição do mercúrio, surge dos efeitos à saúde decorrentes da exposição por

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mercúrio metilado (que é extremamente tóxico) encontrado na água e alimentos aquáticos. Como ele é considerado um metal pesado, é caracterizado por bioacumulativo, ou seja, não é eliminado, acumula-se no organismo.

2.3.1 O MERCÚRIO E O MEIO AMBIENTE

Quando um curso de água é poluído pelo mercúrio, parte deste se volatiliza na atmosfera e depois torna a cair, em seu estado original com as chuvas. Outra parte absorvida direta ou indiretamente pelas plantas e animais aquáticos circula e se concentra em grandes quantidades ao longo das cadeias alimentares. Além disso, a atividade microbiana transforma o mercúrio metálico em mercúrio orgânico, altamente tóxico.

2.3.2 O MERCÚRIO E A SAÚDE HUMANA

Ingerido ou inalado pelo ser humano, o mercúrio tem efeitos desastrosos no sistema nervoso, podendo causar desde lesões leves até a vida vegetativa ou a morte. Quando aspirado, o mercúrio entra no organismo através da corrente sanguínea, e instala-se nos órgãos. Ocorrendo isso, pode apresentar sintomas como: dor de estomago, diarréia, tremores, depressão, ansiedade, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento nas gengivas, insônia, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência.

Fluxograma 1 – Meios de intoxicação humana decorrentes do mercúrio.

2.4 LEGISLAÇÃO

Está em processo de tramitação no Congresso da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Um dos principais pontos controversos é a inclusão das lâmpadas fluorescentes

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no documento, o que implicaria na “logística reversa”. Assim, todos envolvidos na logística que gerou o produto até o consumidor final, fabricantes, centro de distribuição, pontos-de-revenda, atacadista e varejista, teriam a responsabilidade compartilhada no descarte do material, que deverá ser feito de uma forma planejada e racional. A fabricação, o transporte, a armazenagem, separação, acondicionamento, reciclagem e reutilização devem ser feitos de forma tecnicamente segura e adequada e a disposição final dos produtos em aterros deve ser evitada até ser totalmente eliminada com vistas a prevenir os riscos à saúde humana, dos animais e do meio ambiente terrestre, aéreo e aquático.

No Brasil não existe legislação específica que abarca os diversos aspectos, de modo a prevenir os riscos advindos do uso de mercúrio em lâmpadas. Entretanto, existem fundamentos legais que dão embasamento para se estabelecer padronizações de procedimentos e exigências. Também não existe determinação legal da quantidade de mercúrio que deve ser utilizada, por tipo de lâmpada, de modo a reduzir os riscos para a vida.

Os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo, já possuem uma legislação especifica e vigente para a reciclagem e destinação final dos produtos que contém mercúrio. Em outros estados da federação, vários projetos de lei aguardam ser sancionados, como por exemplo, o estado de Mato Grosso do Sul. Diversos municípios buscam também medidas e soluções para esse problema, que passou a ter uma maior apreciação devido ao impacto nocivo que o descarte indevido de mercúrio causa ao meio ambiente.

2.5 O DESCARTE EFICAZ DE LÂMPADAS FLUORESCENTES

No caso de se estocar lâmpadas fluorescentes para uma disposição futura, é recomendável que estas sejam armazenadas em local ventilado e protegidas contra sua eventual ruptura por agentes mecânicos. Lâmpadas quebradas devem ser separadas das demais e acondicionadas em recipiente hermético, como um tambor de aço com tampa e boas condições. Existe um contêiner para armazenagem e transporte de lâmpadas. Sua construção exclui quase por completo o risco de ruptura, além de dispor de filtro de carvão ativado, para eventuais emanações de vapores de mercúrio. O piso do local onde se manuseiam lâmpadas deve ser impermeável e monolítico, isto é, sem emendas ou fendas, devendo ser limpo, com aspirador de pó industrial (tendo filtro de carvão ativo), e não varrido. Semanalmente, o local deve ser coberto por uma fina lâmina de hipoclorito (água sanitária), seguida de uma solução diluída de sulfeto de sódio, em quantidades moderadas para que não escorram, devendo a primeira secar antes de se aplicar a segunda. O hipoclorito reagirá, formando cloreto de mercúrio e, por sua vez, o sulfeto reagirá com esse cloreto, resultando em sulfeto de mercúrio,

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um pó escuro e fino que é estável e insolúvel.

A finalidade dessa lavagem é a de neutralizar as microgotas que se dispersam pela porosidade do piso, podendo gerar importantes emanações de vapor de mercúrio, dada a maior superfície específica dessas microgotas.

2.6 MANEJO DE LÂMPADAS NA UFAL

2.6.1 GESTÃO DE LÂMPADAS

Atualmente são substituídas na UFAL cerca de 102 lâmpadas fluorescentes por mês, sendo as mais utilizadas as lâmpadas tubulares de 40W, em uma média de 79 lâmpadas por mês. Estes dados são colhidos do levantamento realizado pelo almoxarifado de obras e serviços entre junho de 2010 e junho 2011. Nesse período, foram registradas 1235 lâmpadas utilizadas.

É importante destacar que nestes dados estão incluídos os campos do interior e que esse número vem aumentado rapidamente com o aumento da área construída da UFAL. Essas lâmpadas são coletadas junto ao lixo comum e armazenadas separadamente para um futuro processo de reciclagem.A UFAL possui um plano de manejo das lâmpadas que está em fase de estudos.

Este plano prevê a construção de um local apropriado para armazenagem/triagem e processamento de resíduos sólidos. Em paralelo a este projeto mais amplo de reciclagem e até mesmo por causa da possibilidade de demora em sua implementação visto a necessidade de construção de espaços mais adequados à finalidade, estuda-se desde o final do ano passado a contratação de firmas específicas e habilitadas para o correto tratamento das lâmpadas.

Ainda se averigua a disponibilidade financeira para a contratação destes serviços e enquanto este contrato é viabilizado optou-se desde o início de 2010 por armazenar em separado este material para a correta destinação futura. O custo apurado até o momento com a empresa Qualitec Nordeste é de R$ 1,40 a unidade, o que resulta um custo de anual de aproximadamente R$ 1.729,00.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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Tabela 2- Cronograma.

AtividadesSemanas

01 02 03 04 05 06 07 08

A X X X X X

B X X X X

C X X X X

D X X X X

E X

Atividades

A- Revisão de LiteraturaB- Levantamento de dados de

campoC- Avaliação e discussão dos

resultadosD- Elaboração do trabalhoE- Entrega e/ou apresentação do

trabalho

Semanas

01 – 03/05/2011 – 10/05/201102 – 10/05/2011 – 17/05/201103 – 17/05/2011 – 24/05/201104 – 24/05/2011 – 31/05/201105 – 31/05/2011 – 07/06/201106 – 07/06/2011 – 14/06/201107 – 14/06/2011 – 21/06/201108 – 21/06/2011 – 28/06/2011

3.1 ÁREA DE ESTUDO

A Universidade Federal de Alagoas – maior instituição pública de ensino superior do Estado - foi criada em 25 de janeiro de 1961, por ato do então presidente Juscelino Kubitscheck, reunindo as Faculdades de Direito (1933); Medicina (1951), Filosofia (1952), Economia (1954), Engenharia (1955) e Odontologia (1957). São 25.283 alunos de graduação, distribuídos em 23 Unidades Acadêmicas do Campus Maceió, além dos campi Arapiraca e Sertão.

Os cursos de graduação estão assim distribuídos: 53 cursos no Campus Maceió, 19 no Campus Arapiraca e suas Unidades de Palmeira dos Índios, Penedo e Viçosa, além de oito cursos do Campus do Sertão, com sede em Delmiro Gouveia e a Unidade de Santana do Ipanema.

3.2 MATERIAL E MÉTODOS

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A revisão de literatura relativa ao tema foi feita a partir de artigos científicos, teses, dissertações, endereços eletrônicos, legislação, entre outros. O levantamento de dados de campo foi feito junto à superintendência de infraestrutura, SINFRA, órgão de apoio administrativo a toda a área de infraestrutura da UFAL. Após esses procedimentos, foram realizadas reuniões com o intuito de avaliar e discutir os resultados obtidos para, a partir daí, seguir com a elaboração do trabalho.

Os dados foram fornecidos pelo funcionário da gerência de serviços gerais, Lucas F. Amaral - Engenheiro Eletricista, com a aplicação do questionário seguinte:

1. Quantas lâmpadas fluorescentes, em média, são descartadas mensalmente pela UFAL?

2. Existe um cuidado específico na hora de separar essas lâmpadas para o descarte?

3. Qual o destino das lâmpadas descartadas?

4. Estão cientes dos riscos causados pelo descarte impróprio de lâmpadas fluorescentes?

5. Qual seria o custo total do descarte de lâmpadas se fossem seguidas as normas de reciclagem?

6. A UFAL possui um plano de manejo para as lâmpadas?

7. Em caso positivo, de que consta este plano?

4. RESULTADOS OBTIDOS

Em 2.6 tem-se que as lâmpadas descartadas são coletadas junto ao lixo comum e separadas para uma posterior reciclagem. Em contra partida, durante a pesquisa de campo, foi observado que as lâmpadas são descartadas de forma irregular no lixo comum, junto a matérias de baixa periculosidade. Grande parte dos profissionais, responsáveis pela manutenção, não possuem o conhecimento necessário para manuseio, armazenamento e o destinação final para resíduos perigosos, além de não apresentar respostas claras e seguras quando questionados sobre o assunto.

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Em relação ao armazenamento, as lâmpadas ficam relativamente separadas dos outros resíduos, tem-se ainda a presença de outros materiais junto a elas, correndo o risco de serem quebradas, e prejudicar a saúde e o meio ambiente.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que há interesse na melhoria do descarte de lâmpadas, pra que este seja realizado de maneira adequada. Mas existe uma série de divergências quanto ao assunto, como o custo para que o plano de descarte seja efetuado. Todos os objetivos do trabalho foram alcançados, visto que foi quantificado o descarte e que este não é feito de maneira adequada. Este projeto visa uma proposta de melhor gerenciamento das lâmpadas fluorescentes utilizadas na UFAL. A área de gestão de resíduos sólidos, onde se inclui a pesquisa realizada, é de grande importância para o curso de engenharia ambiental, já que é função do profissional avaliar e buscar métodos de minimizar os impactos causados.

6. REFERÊNCIAS

KRELL, A. As lâmpadas fluorescentes. Disponível em: <http://alkimia.tripod.com/lampadas.htm>. Acesso em: 07 de maio de 2011.

AREASEG. Mercúrio. Disponível em: <http://www.areaseg.com/toxicos/mercurio.html>. Acesso em: 07 de maio de 2011.

SOARES, C.A. Resíduos sólidos. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/residuos-solidos>. Acesso em: 07 de maio de 2011.

CATEP. Tipos de lâmpadas. Fonte: da Osram do Brasil Ltda. - fev/98. Disponível em: <http://www.catep.com.br/dicas/TIPOS%C2%A0DE%C2%A0LAMPADAS.htm>. Acesso em: 12 de maio de 2011.

Ciência Hoje. O fim das lâmpadas incandescente. Disponível em: <http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34507&op=all>. Acesso em: 12/05/2011.

Inovação Tecnológica, Reciclagem de lâmpadas fluorescentes tem solução brilhante. Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lampadas-incandescentes-sair-mercado&id=020175110110>. Acesso em: 16/05/2011.

Lâmpadas Fluorescentes.org. O surgimento da lâmpada fluorescente. Disponível em: < http://lampadasfluorescentes.org/surgimento-lampada-fluorescente/>. Acesso em: 16/05/2011.

Saúde Sem Dano, Declaração da Associação Médica Mundial Para Reduzir a Carga Global de Mercúrio. Disponível em:

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<http://www.noharm.org/lib/downloads/portugues/Declaracao_AMM_Reduzir_Mercurio.pdf>. Acesso em 15/06/2011.

GOEKING, Weruska. Lâmpadas e leds. [Editorial]. O setor elétrico. Ed. 46. 2009. Disponível em : <http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/58-artigos-e-materias-relacionadas/176-lampadas-e-leds.html>. Acesso em: 20 de maio de 2011.

REVISTA VEJA. História do lixo - linhas gerais. Minas Gerais, 1999. Disponível em : <http://www.ufmg.br/proex/geresol/lixohistoria.htm>. Acesso em : 12/05/2011.

FARIAS, J.F. Relatório final de trabalho - “LEVANTAMENTO DE DIFERENTES OPÇÕES DE TRATAMENTO DE LÂMPADAS FLUORESCENTES – ESTUDO DE CASO: UFAL”. Maceió, 2009

ZAVARIZ, Cecília. Documento de recomendações a serem implementadas com mercúrio. 2007. São Paulo. Disponível em: <www.higieneocupacional.com.br/download/lampadas.doc>. Acesso em: 12 de maio de 2011.

BRANDON INTERNATIONAL.Legislação. Disponível em: <http://www.brandonintl.com/index_parc.htm>. Acesso em: 20/05/2011.

Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado / Coordenação: Maria Luiza Otero D’Almeida, André Vilhena – 2.ed. São Paulo: IPT/CEMPRE,2000 (Publicação IPT 2622).

UFAL. Institucional. Disponível em: <http://www.ufal.edu.br/ufal/institucional>. Acesso em: 13 de junho de 2011.

Agradecimentos

Agradecemos à Ivete e Andressa que estiveram conosco todo tempo ajudando na realização deste.

7. ANEXOS

Engenharia Ambiental – 1º Período

Projeto Artigo Científico

Questionário

1. Quantas lâmpadas fluorescentes, em média, são descartadas mensalmente pela UFAL?Atualmente, são substituídas na UFAL cerca de 102 lâmpadas fluorescentes por mês, sendo as mais utilizadas as lâmpadas tubulares de 40W, em uma média de 79 lâmpadas por mês. Estes dados são colhidos do levantamento realizado pelo almoxarifado de obras

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e serviços entre junho de 2010 e junho 2011. O total de lâmpadas registradas neste É importante destacar que nestes dados estão incluídos o campos do período é de 1235.interior e que esse número vem aumentado rapidamente com o aumento da área construída da UFAL.

2. Existe um cuidado específico na hora de separar essas lâmpadas para o descarte?Sim, elas não são coletadas junto ao lixo comum. Quando há substituição das lâmpadas por novas, as recolhidas para descarte são armazenadas em um local específico em separado dos outros materiais.

3. Qual o destino das lâmpadas descartadas?

As lâmpadas usadas estão sendo estocadas para serem recicladas posteriormente.

4. Estão cientes dos riscos causados pelo descarte impróprio de lâmpadas fluorescentes?Sim. Existe inclusive preocupação dos gestores da UFAL que estão analisando propostas de diferentes empresas de reciclagem, e o as formas jurídicas de se contratar tais empresas para este tipo de serviço.

5. Qual seria o custo total do descarte de lâmpadas se fossem seguidas as normas de reciclagem? O custo apurado até o momento com a empresa Qualitec Nordeste é de R$ 1,40 a unidade, o que resulta um custo de anual de aproximadamente R$ 1.729,00.

6. A UFAL possui um plano de manejo para as lâmpadas?

Sim.

7. Em caso positivo, de que consta este plano?

A UFAL possui um plano de manejo das lâmpadas que está em fase de estudos. Existe um plano mais global de reciclagem de resíduos sólidos que prevê inclusive a construção de um local apropriado para armazenagem/triagem e processamento de resíduos sólidos. Em paralelo a este projeto mais amplo de reciclagem e até mesmo por causa da possibilidade de demora em sua implementação visto a necessidade de construção de espaços mais adequados à finalidade, estuda-se desde o final do ano passado a contratação de firmas específicas e habilitadas para o correto tratamento das lâmpadas. Ainda se averigua a disponibilidade financeira para a contratação destes serviços e enquanto este contrato é viabilizado optou-se desde o início de 2010 por armazenar em separado este material para a correta destinação futura.

Page 13: Artigo Científico PRONTO

Respondido por:

Lucas F. Amaral

Engenheiro Eletricista

DACE/GSG/SINFRA/UFAL

Universidade Federal de Alagoas

Figura 1 – Entrada do Campus A.C.Simões.

Figura 2 e 3 - Lâmpadas descartadas em lixo comum no CTEC.

Figura 2

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Figura 3

.

Figura 4 - Lâmpadas armazenadas pela SINFRA.

Figura 5 - Lâmpada descartada junto a outros materiais em frente a um galpão da SINFRA.