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Page 1: Artigo Pronto Rose

Um Núcleo de Gestão para os Trabalhadores de Saúde Mental em Salvador – BA

A Core Management for Mental Health Workers in Salvador - BA

ROSIMARY BISPO DE ANDRADE [email protected]

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Um Núcleo de Gestão para os Trabalhadores de Saúde Mental em Salvador – BA

A Core Management for Mental Health Workers in Salvador - BA

Rosimary Bispo de Andrade 1

RESUMO:

O presente artigo tem como foco principal suscitar o estudo, a analise a criação de um núcleo de gestão de pessoas na área dos trabalhadores da saúde mental, tendo em vista a melhoria dos servidos prestados aos portadores de necessidades especiais da cidade de salvador

PALAVRAS–CHAVE

Qualidade de vida. Trabalhador. Saúde mental. Portadores de Necessidades Especiais.

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Abstract

This article focuses mainly on the raising the study analyzing the creation of a core of

people management in the area of the mental health workers, with a view to

improving the serviced provided to people with special needs in the city of Salvador.

Key- words

Quality of life. People management. Worker. Mental health. Special Needs.

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INTRODUÇÃO

A realização deste artigo é fruto da experiência profissional desenvolvido ao

longo dos anos no CAPS, do Engenho velho de Brotas, ajudando e auxiliando

enfermos portadores de necessidades especiais mentais, que para lá acorrem com

seus familiares e parentes responsáveis em busca de solução e minimização de

suas angustias..

Desde então vislumbrou-se estudar e analisar escrever sobre um tema de

relevância pessoa e sensibilidade profissional. Este tema foi a propositura de um

núcleo que visa gestar os trabalhadores da saúde mental em salvador, como forma

de capacitá-los de um exercício mais digno de suas profissões.

A problemática que norteia este trabalho é a seguinte: de que forma a criação

de um núcleo especial e gestor para trabalhadores da saúde mental em Salvador,

impactaria positivamente na vida dos profissionais da saúde da área e por extensão,

dos portadores de necessidades especiais mentais?

Busca-se com isto demonstrar que a criação de um espaço específico de

ajuda aos trabalhadores de saúde mental para ajudá-los em suas necessidades

especiais pode contribuir com a diminuição de problemas pessoais, emocionais,

mentais e psicológicos destes profissionais assim contribuir com a qualidade de vida

dos portadores necessidades especiais freqüentadores da rede de saúde da cidade

de Salvador.

Desta forma, o maior objetivo deste trabalho é mostrar a relevância de se criar

uma instituição específica que trate dos trabalhadores de saúde mental na cidade de

Salvador, com a intenção ajuda-los em suas carências e assim auxiliá-los a

retomarem suas atividades com mais vigor e força, viabilizando uma ajuda mais

efetiva aos enfermos mentais.

A elaboração deste trabalho se justifica porque nenhum trabalhador pode

dispor de potenciais inerentes a sua profissão quando ele esta passando por

problemas pessoais ou quando está desestimulado com o local de trabalho. È fato

que um trabalhador cheio de problemas pessoais e familiares não disponibiliza ao

local em que trabalha a melhor de suas idéias e soluções.

A má qualidade de vida do trabalhador aliado a insatisfação do trabalho faz

com que isto se converta em um exercício profissional sem estímulo nenhum com o

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local e não há uma contribuição efetiva e positiva com os colegas e as funções e

responsabilidades próprias do cargo em que ocupa.

Além do que um trabalhador da saúde que trata de enfermos mentais tem que

contribuir mais do que as técnicas de seu cargo. Este tem que contribuir com uma

carga emocional mais apurada, uma atenção, uma recepção mais a efetiva que

somente é possível com este não possui tantas angustias pessoais a resolver fora

do seu meio de trabalho. Mais um motivo que se constrói para a elaboração de um

núcleo gestor.

Com a intenção de se alcançar o objetivo, o presente estudo será estruturado

em uma pesquisa qualitativa, de base bibliográfica, exploratória e descritiva e que

visem comprovar as questões mais relevantes sobre este tema.

Em suma, com este artigo busca a construção de um saber voltado para

estimulação da criação de um núcleo gestor específico para os trabalhadores da

rede de saúde mental de Salvador, por acreditar que com este fato o trabalhador se

sentirá mais apto para em exercer suas responsabilidades e assim, por extensão,

conseguir o bem estar dos portadores de necessidades especiais mentais.

QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO

Em meados da década de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS)

acabou por ratificar, definitivamente, que a expressão “qualidade de vida“ era:

multidimensional, bipolar, subjetiva. Em outras palavras, a OMS confirmou a

abrangência social assim como a multiplicidade semântica da expressão em

questão. Sobre esta específica questão Takayanagui e Kluthcovsky (2007),

asseveram que:

Embora não haja consenso sobre o conceito de qualidade de vida, um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde, de diferentes culturas, num projeto colaborativo multicêntrico, obteve três aspectos fundamentais referentes ao construto qualidade de vida: a subjetividade, a multidimensionalidade (inclui, pelo menos, as dimensões física, psicológica e social) e a bipolaridade (presença de dimensões positivas e negativas). (TAKAYANAGUI & KLUTHCOVSKY, 2007,p.3)

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A Whoqol Group (1995) garante como sendo qualidade de vida “a percepção

do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos

quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e

preocupações”. Nessa definição proposta pela Organização Mundial de Saúde estão

inclusos seis domínios principais: saúde física, estado psicológico níveis de

independência, relacionamento social, características ambientais e padrão espiritual.

É imerso neste ambiente conceitual da percepção do individuo em relação ao

seu espaço cultural multifacetado e diverso e sua análise sobre o mesmo,

emergindo daí o conceito multidimensional, bipolar e subjetivo da qualidade de vida,

que se valerá este trabalho para argumentar sobre a qualidade de vida das pessoas

no trabalho cotidiano. (WHOQOL GROUP, 1995)

Afinal de contas, como conciliar a qualidade de vida com o trabalho da forma

como ele se apresenta nos dias atuais, tão exigente e globalizado? O profissional

nos dias de hoje exercita suas atividades de forma dinâmica, veloz, rápida,

constante e por que assim o mercado das relações trabalhistas o exige e preconiza.

Trabalhador eficiente é aquele que está pronto 24 horas por dia para trabalhar

tanto em função da empresa, propondo saídas e soluções aos conflitos diários e

emergentes e, quanto em função da melhoria do eu próprio status. Na ânsia de

conseguir tantos os objetivos pessoais quanto os corporativos, os colaboradores

atuais acabam por esquecer e delegar a segundo plano a qualidade de vida que o

fazem existir entre os seres humanos.

Em função da mudança dos tempos exige-se do profissional atual que ele

tenha um perfil mais agressivo e empreendedor. Este deve ter como qualidades e

requisitos explícitos: uma visão ampla de um mundo globalizado e sistêmico, gostar

de ser líder e trabalhar muito eficientemente em grupo, ser um trabalhador flexível

quanto as dificuldades e implacável quanto as soluções, ser criativo e principalmente

ter uma curiosidade imperiosa que o leve sempre a um patamar constante de

crescimento pessoal e profissional. (IANNI, 2002)

Neste sentido porque muitos profissionais do serviço social ao saírem das

faculdades buscam pós-graduação relacionadas a família, a saúde básica, a saúde

no município, entre outras, buscando a capacitação deste para sua imersão ou

mesmo a permanência no mercado de trabalho.

Este é o profissional que o mercado de trabalho exige nos dias de hoje. Um

profissional apto para varias funções a exercer num mesmo local. O que acontece é

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que na ânsia de querer vencer todos os obstáculos, superar todos os desafios que

lhe são impostos e alcançar a felicidade pecuniária e pessoal, ele esquece do motor

principal desta engrenagem: ele mesmo.

A existência de uma cultura corporativa que legitima o exercício das máximas

quantidades de trabalho faz com que se justifique o exagero laboral implantado no

seio do mercado empregador, revelando uma ideologia macabra de que o sucesso

não rime com qualidade de vida. (IANNI, 2002)

A vida sem tempo seria o pedágio inevitável para se alcançar o sucesso

material e profissional. Até porque quem não veste os ideais da empresa ou de uma

ideologia corporativa corre um sério risco de não arranjar mais empregos que

proporcionem um certo nível de bem estar material e pessoal

O aumento da competição entre as empresas, mais a globalização dos

mercados mundiais, tem ratificado a cada dia que passa a cultura de um sacrifício

humano em busca das realizações mundanas. O medo de perder o emprego e a

estabilidade tão sonhada, mascarados pela ânsia e desejos de concretizar seus

ideais, estão prejudicando os ideais de qualidade de vida tão ansiados por todas as

pessoas “normais.” .

O trabalho com pouca liberdade é a tônica destes anos globalizados, dessa

nova ordem mundial, que retira do trabalhador a possibilidade de crescimento e

desenvolvimento com tranqüilidade e prazer de viver. Não se consegue mais

conciliar as duas coisas: trabalho e vida pessoal. A desumanização nas empresas já

não é um aspecto tão obscuro assim. . (IANNI, 2002)

As grandes corporações mundiais, até as pequenas empresas brasileiras,

exigem que seus empregados doem todo o seu capital intelectual, além de suas

horas supostamente extras a serviços relacionados ao trabalho. São viagens,

conferências, reuniões, coffebreaks, brainstormins e tantas outras atividades que

sugam do funcionário eficiente a sua atividade constitucionalmente adquirida de

lazer e de desporto. (IANNI, 2002)

A ética workaholic de viver para trabalhar, onde a carreira é a sua vida, e os

seus deuses são os grandes donos de empresas bem sucedidas, vige de uma forma

impressionante nos mercados e nas relações de trabalho atualmente. Afinal, como o

sucesso, a glória, a fama, os grandes projetos de vida, são um destino hipotético, o

trabalho do funcionário eficaz e competente em busca daquilo que deseja nunca tem

fim. Ele pode até alcançar tudo que deseja, mas paga um preço muito alto por isto.

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Então pode-se asseverar que este padrão de comportamento praticado em

quase todas as categorias de trabalho é paradoxalmente paradigmático e

autodestrutivo. E é notório que trabalhadores cansados, insatisfeitos, tristes com as

suas tarefas e o local aonde exercem suas profissões não rendem o que se espera

deles. Suas vidas se tornam enfadonhas em virtude de uma carga de trabalho

excessiva que os leva a fadiga, desencanto, insegurança e não rendimento de suas

melhores capacidades laborais. (IANNI, 2002)

Então pode-se expressar que qualidade de vida como ampla e envolvendo

todos os aspectos do ser humano e o trabalho Workaholic, como preconizam o

paradigma global são contraditórios. As pessoas lutam para ter qualidade de

vida ,baseadas em um excesso de trabalho,o que acaba acarretando um perda do

seu bem estar cotidiano.

Pois, não se está querendo apenas retratar os bens materiais. A felicidade, o

prazer de viver, o estar com família, a saúde em si, o não ter problemas familiares e

sociais, será que não podem ser contados como contribuintes de um

estabelecimento da qualidade de vida , pelo entendimento abrangente da OMS?

Neste sentido, apresenta-se um grande dilema do século XXI que é conciliar a

qualidade de vida de seus funcionários, de forma que eles potencializem suas

qualidades em prol de qualquer empresa e ainda se mantenham sadios e saudáveis

que é o que as empresas buscam para dirimir este dilema no universo do trabalho.

NÚCLEO DE GESTÃO PARA OS TRABALHADORES DE SAÚDE MENTAL: QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA SAÚDE MENTAL NO ESPAÇO DE TRABALHO EM SALVADOR

Prescreve a constituição brasileira de 1988, em seu art. 06, que o Trabalho é

um direito social e que este deve conduzir o cidadão brasileiro a inclusão social e

assim proporcionar a dignidade humana. A Carta Magna brasileira consolidou a

importância do trabalho, estabelecendo valores sociais ao mesmo e consolidando

direitos históricos dos trabalhadores.

Mas até que ponto exercer uma profissão dentro de um CAPS, cheio de

irregularidades infra-estruturais, lotado de indivíduos portando as mais variadas

necessidades especiais e com regrados recursos disponíveis a serem utilizados em

prol destes necessitados, trará a dignidade humana e a relevante inclusão social,

que estabelece a constituição de 1988?

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É fato que os centros de atenção psicossocial brasileiros não são os melhores

locais para se trabalhar. Primeiro a sua infra-estrutura nem sempre é a mais

adequada para se alojar os portadores de necessidades especiais em virtude dos

locais apresentarem: as paredes que sofrem com as chuvas e aparentam

infiltrações, mal iluminados e falta de materiais para realizar dinâmicas importantes

para a noção de inclusão social.

A demanda atual dentro CAPS (incluso aqui uma parcela dos hospitais

particulares) é enorme. É muita gente apresentando diversas patologias e

necessidades diferentes que nem sempre podem ser atendidas por não ter

profissionais da saúde (médicos, psicólogos, terapeutas, assistentes sociais) a casa

ou até mesmo não comportar a quantidade de pessoas que acorrem para estes

locas coma finalidade de minimizar suas angústias.

A situação piora quando se analisa que há uma defasagem entre

trabalhadores de saúde mental, especificamente, e uma quantidade maior de

pessoas que se dirigem a estes centros para solucionar os problemas de seus

parentes e familiares.

Conforme De Marco, Citero & Moraes (2008) os profissionais da saúde

mental não estão dando conta da quantidade de pessoas que estão se dirigindo aos

centros de atenção psicossocial. A demanda alta está delegando a estes um

excesso de trabalho que acaba por afetar suas vidas particulares e íntimas, bem

como a própria qualidade de vida do trabalhador.

Assim, não raro os profissionais da saúde se queixam de cansaço, fadiga,

stress, doenças ocupacionais, distúrbios do sono e tantos outros sinais de doenças

futuras em função de inúmeras responsabilidades que adquirem e são chamados a

exercer dento da estrutura de auxilio aos outros.

Aqui vale frisar que o profissional da saúde mental alem de trabalhar com as

técnicas inerentes a profissão, este ainda tem que trabalhar com o lado emocional

diariamente, com uma sensibilidade aflorada, para lidar de forma mais humana com

os portadores de necessidades especiais. Assim e neste sentido, este esforço

laboral faz com que ele se sinta mais cansado, mais fadigado com o esforço

desprendido.

E aqui há um fator a mais a se complementar toda esta situação, segundo

Rebouças Et Al. (2008). O não reconhecimento de seu esforço laboral, com uma

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remuneração que nem sempre esta altura de seu exercício profissional, desestimula

o profissional da saúde mental.

O fato de trabalhar bastante para ter uma renda mensal que dignifique seu

esforço diário e o não reconhecimento de seu trabalho de forma mais evidente faz

com os níveis de insatisfação com o campo do seu trabalho cresça. Essa

insatisfação não advém do relacionamento como paciente em si, mas com local de

trabalho haja vista que este profissional de saúde mental se desdobra e se multiplica

em mil tarefas diárias criativas e inusitadas, justamente para suprir as carências que

os centro de saúde psicossocial possuem relação a oferecer aos seus portadores de

necessidades especiais em tratamento.

Em face deste contexto, como ofertar atendimento humanizado a pessoas

enfermas se os cuidadores destes possuem uma vida com baixa qualidade, difícil e

pouco respeitosa? Em outras palavras: como conciliar a dignidade de um trabalho

estressante, precário e responsável pela vida de outrem com um atendimento

humanizado prestado por profissionais de saúde mental?

Uma das primeiras soluções asseveradas por Brasil (2005) é garantir a

reestruturação física e material dos CAPS de modo que este possam definitivamente

oferecer um serviço de qualidade para as pessoas acometidas de alguma

enfermidade, superando modelos antigos, hospitalocêntricos e precários.

Um estabelecimento psicossocial que possui condições físicas (infra-

estrutura) bem elaboradas como: com remédios e medicações existentes nas

prateleiras; banheiros, cadeiras asseadas já se constitui em um passo inicial para o

estabelecimento de um trabalho voltado para a humanização entre pacientes e

colaboradores da saúde mental.

Em seguida, segundo Munhoz (2010), é cuidar do profissional que atende o

enfermo, possibilitando uma remuneração digna, condições de trabalho e uma

discussão sobre a necessidade de implementar o atendimento, acolhimento,

humanizado em suas práticas.

Aqui vale enfatizar algo muito importante. Muitos dos profissionais que estão

nos CAPS estão tão acostumados em trabalhar de forma tão metódica, fixa, diante

anos de condições difíceis e precárias, que se faz necessário uma conscientização

e uma capacitação especial profissional que instrumentalize os profissionais da

saúde mental para que possam atuar humanamente em relação aos desejos.

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Até porque não se pode esperar que uma geração que está se formando nas

universidades em geral assuma os postos da saúde no Brasil para que seja

implementada um melhoria nos serviços prestados pelo CAPS. É preciso investir na

capacitação dos profissionais antigos e ainda em exercício para que a realidade do

atendimento, acolhimento, atuação se altere e haja uma melhoria dos serviços intra-

hospitalares.

Além disso, estabelecer um sistema de trabalho e uma política de cargos e

salários, segundo Munhoz (2010), para o profissional da saúde mental, de modo

que este não se estresse, não sinta fadigado, menosprezado em seus afarezes de

alta responsabilidade, apesar de tantas tarefas a serem realizadas dentro de um

espaço como os que estão em questão.

E se assim proceder o governo estará dando um grande passo para a

efetividade das melhorias do sistema de saúde mental no Brasil, além é claro da

qualidade de vida do mesmo. Mas, ainda resta analisar a questão própria da

formação de um núcleo para trabalhadores as saúde mental no município da

Salvador/Ba e sua importância.

Em virtude deste contexto, é que se levanta o argumento, propondo a

construção de um núcleo de gestão de pessoas próprio ligado ao Estado ou ao

Município da cidade de Salvador que trate de forma especial e separada os

trabalhadores da saúde mental no Brasil haja vista a relevância de cuidar de quem

cuida, de quem tem a imensa tarefa e responsabilidades de tratar de forma especial

e humanizada pacientes cujas as deficiências e carências são muito especiais.

É dentro deste sentido que este núcleo irá atuar procurando servir como

órgão e ouvidoria para as queixas, necessidades e angústias, tantos

pessoais/íntimas como profissionais, dos trabalhadores da saúde mental, de modo

que este núcleo, viabilize o bom exercício profissional destes colaboradores, em

função de pessoas mais necessitadas.

Portanto, a criação de um núcleo de trabalhadores da saúde mental em

Salvador viria a atuar na promoção da qualidade de vida destes

colaboradores/profissionais, servindo de suporte e auxílio cotidiano para a

construção de atendimento humanizado aos portadores de necessidades especiais.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Espera se ter demonstrando a importância de se criar uma instituição que

cuide dos trabalhadores da saúde mental, que vem do fato da relevância em cuidar

de quem cuida. Em outras palavras, somente é possível oferecer um atendimento

saudável e qualificado se o profissional da saúde mental estiver em plena condições

de exercer as suas habilidades e competências (que não são poucas) senão esta

realização se torna inviável.

Principalmente se for levar em consideração a situação da saúde dos dias

atuais, em que se apresenta longe dos princípios dos SUS (evidenciando serviços

precários e deficientes) que norteou e determinou a conjuntura do sistema de saúde

brasileiro que hoje se apresenta a população em geral.

Mais ainda se pensar que este sistema de saúde tinha a intenção de

promover a qualidade devida de seus cidadãos, incluindo aqui, logicamente, os

trabalhadores de saúde mental. Qualidade de vida das pessoas é fundamental para

existir de forma digna, honesta, satisfazendo suas necessidades físicas, psíquicas e

emocionais.

Características importantíssimas e que fazem parte diariamente no trato e na

acompanhamento de portadores de necessidades especiais, por parte dos

trabalhadores da saúde mental.Mais que técnica, a colaboradores desta área doam

a emoção, o sensibilidade, o carinho, o afeto,muitas vezes não tendo em casa ou no

local em que está inserido socialmente.

Portanto, a emergência de um núcleo para os trabalhadores da saúde mental

em Salvador, viria a facilitar a atividade laboral de profissionais que oferecem

cotidianamente, um serviço com qualidade, sem que tenham a chance e nem a

escolha de serem, eles próprios, bem tratados nem ouvidos.

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REFERÊNCIAS

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