argamassas - trabalho pronto
DESCRIPTION
Argamassas - Trabalho ProntoTRANSCRIPT
-
Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Departamento de Arquitetura e Urbanismo - DEARQ
Arquitetura e Urbanismo
Argamassa
Trabalho referente disciplina Materiais
de Construo (CIV600) ministrada pelo
professor Edzio Alves de Souza
Brbara de Castro Santos
Estela Duarte Gabriel
Joyce Karla Mateus Marinho
Raquel Gomes Garcia
Tamires Pereira Marcelini
Wellington Phillipe Alcntara Spinola
Ouro Preto - MG
Setembro de 2013
-
SUMRIO
1 INTRODUO 4
2 PROPRIEDADES MECNICAS 5
2.1 Fatores que influem na resistncia dos revestimentos e na sua evoluo 5
2.1.1 Quantidade de cimento 5
2.1.2 Teor de cal 5
2.1.3 Incorporao de ar 5
2.1.4 Relao gua/cimento 6
3 CLASSIFICAO 6
3.1 Argamassa de assentamento 6
3.1.1 Propriedades 6
3.1.1.1 Trabalhabilidade 6
3.1.1.2 Retentividade de gua 7
3.1.1.3 Aderncia 7
3.1.1.4 Resistividade mecnica 7
3.1.2 Classificao quanto aos aglomerantes 7
3.1.2.1 Argamassa de cal 7
3.1.2.2 Argamassa de cimento 7
3.1.2.3 Argamassa mista de cimento e cal 8
3.1.2.4 Argamassa mista de cimento e saibro 8
3.2 Argamassa de revestimento 8
3.2.1 Propriedades 9
3.2.1.1 Quando fresca 9
3.2.1.1.1 Adeso inicial 9
3.2.1.1.2 Consistncia e plasticidade 9
3.2.1.1.3 Reteno de gua de consistncia 9
3.2.1.2 Quando endurecida 9
3.2.1.2.1 Resistncia mecnica 10
3.2.2 Solicitaes 10
-
3.2.2.1 Movimentao volumtrica da base 10
3.2.2.2 Deformao da base 10
3.2.2.3 Movimento do revestimento 10
3.2.2.4 Retrao do revestimento 10
4 UTILIZAO DA ARGAMASSA NA ARQUITETURA 11
5 CONCLUSO 12
-
4
1 INTRODUO
Estudos apontam a origem da argamassa na Prsia antiga, onde era usada alvenaria de
tijolos secos ao sol juntamente com o assentamento de argamassa de cal, mas foi em Roma, que
aps grande utilizao, o material foi desenvolvido. Durante o Imprio o desenvolvimento da
tecnologia se mostrou na ideia de misturar materiais aglomerantes, como a pozolana, em
materiais inertes. Paulatinamente o material foi aperfeioado e sua utilizao tornou-se mais
abrangente: usado em pavimentaes e edificaes at os dias de hoje.
No incio do perodo colonial brasileiro a argamassa surgiu com a funo de
assentamento de pedra. A cal era obtida atravs da queima de conchas e mariscos. Tambm
observa-se o uso do leo de baleia como aglomerante.
Segundo a NBR 13281 1 (ABNT, 2001), a argamassa se caracteriza por um a mistura
de fase homognea entre aglomerantes, agregados e gua, com variao entre caractersticas de
endurecimento e aderncia se adequando ao fim de utilizao. Sua finalidade bem vasta na
construo civil, entre elas podemos citar:
Impermeabilizar superfcies;
Assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cermica e tacos de madeira;
Regularizar paredes, pisos e tetos (tapar buracos, eliminar ondulaes, nivelar e
aprumar);
Dar acabamento s superfcies (liso, spero, rugoso, texturizado, etc.).
-
5
2 PROPRIEDADES MECNICAS
A argamassa resiste aos esforos horizontais que ocorrem em uma parede, como flexo
e cisalhamento causado pelo vento, perpendiculares ou paralelos ao plano das paredes.
Entretanto, no resiste muito bem compresso, papel que cabe aos blocos de alvenaria.
Uma argamassa de qualidade deve ter boa resistncia mecnica, impermeabilidade,
aderncia, durabilidade e volume constante. Na escolha da argamassa, essas qualidades so
valorizadas de acordo com as exigncias da obra.
2.1 Fatores que influem na resistncia dos revestimentos e na sua evoluo
2.1.1 Quantidade de cimento
A resistncia mecnica das argamassas - trao, compresso, abraso e aderncia - so
melhoradas com o aumento do consumo de cimento.
2.1.2 Teor de cal
A resistncia mecnica aumenta com pequenos volumes de cal na argamassa e decresce
significativamente com teores mais elevados. Um teor equilibrado de Cal (0,25 a 1,0), confere
ao revestimento um ganho de aderncia, pois esse aglomerante aumenta a capacidade dos
revestimentos de resistir a deformaes.
H, contudo, que se ter cuidado com a cura, pois a cal tem um endurecimento lento em
presena do gs carbnico contido no ar. Somente aps 30 dias ocorre a recarbonatao
superficial completa do hidrxido de clcio.
2.1.3 Incorporao de ar
Esta propriedade diminui a massa volumtrica aparente de argamassa, tendo por
consequncia uma menor resistncia mecnica.
-
6
2.1.4 Relao gua/cimento
A relao gua/cimento um fator determinante de resistncia mecnica. No entanto
deve ser interpretado com reserva quando se trata de revestimentos.
Nas argamassas ricas em aglomerantes, maiores valores de aderncia podero ser
conseguidos com um aumento de plasticidade, isto , maior teor de gua. Em revestimentos
com argamassa pobre em aglomerante, s um ponto timo no fator gua/cimento poder
incrementar a resistncia mecnica sem prejuzo da trabalhabilidade, resultando na otimizao
da aderncia.
3 CLASSIFICAO
As argamassas so classificadas segundo seu emprego, tipo de aglomerante, nmero de
elementos ativos, dosagem e consistncia.
Segundo sua consistncia classificam-se em secas, plsticas e fluidas.
Segundo o tipo de aglomerante classificam-se em: hidrulicas, aquelas que endurecem
pela ao qumica exclusiva da gua; areas, que endurecem pela ao qumica do CO2 do ar e
mistas, compostas por um aglomerante hidrulico e um areo.
Em relao ao seu emprego, encontramos argamassas para assentamento, argamassas
para rejuntamentos, argamassas para revestimentos, etc.
3.1 Argamassa de assentamento
3.1.1 Propriedades
3.1.1.1 Trabalhabilidade
Uma argamassa tem boa trabalhabilidade quando distribui-se com facilidade ao ser
assentada, preenchendo todos os vazios. Alm disso, no separa-se ao ser transportada, agarra
-
7
a colher do pedreiro, no endurece quando toca blocos de suco alta, e permanece plstica por
um bom tempo.
3.1.1.2 Retentividade de gua
Est relacionada com a manuteno da consistncia da argamassa. a propriedade da
argamassa de no perder a gua que possui para o elemento onde foi assentada.
3.1.1.3 Aderncia
No uma caracterstica prpria da argamassa. Depende das condies da mesma, e da
unidade da alvenaria. A aderncia um processo mecnico; a argamassa se ancora na alvenaria
pela penetrao nas suas reentrncias.
3.1.1.4 Resistividade mecnica
O principal esforo que a argamassa de assentamento sofre o de compresso. Tambm
sofre flexo e cisalhamento por esforos laterais nas paredes, porm em menor quantidade.
3.1.2 Classificao quanto aos aglomerantes
3.1.2.1 Argamassa de cal
A argamassa de cal uma mistura de areia e cal que preenche os vazios entre os blocos
ou tijolos, cimentando-os. A cal pode ser de dois tipos: a cal virgem e a cal hidratada. A
primeira, para ser usada, deve passar por um processo de hidratao; enquanto que a segunda
pode ser comprada pronta. A cal pode se apresentar em trs estados para a mistura com o
agregado na formao da argamassa: pasta, leite de cal ou p.
A cal d argamassa uma boa trabalhabilidade e capacidade de reter gua, entretanto,
quando est endurecida, apresenta baixa resistncia.
3.1.2.2 Argamassa de cimento
-
8
As argamassas de cimento e areia so indicadas para suportar maiores cargas, pois
possuem alta resistncia. Argamassas ricas em cimento tm boa trabalhabilidade, porm so
pouco econmicas. Para ter-se o mximo de qualidade deve-se observar os cuidados com a
estocagem e o prazo de utilizao.
3.1.2.3 Argamassa mista de cimento e cal
Esse tipo de argamassa tem propores adequadas de cada componente, cada qual
contribuindo com suas caractersticas, formando uma mistura mais completa. A funo da cal
plastificante, por sua capacidade de reter gua e ter trabalhabilidade. A funo do cimento
dar resistncia e aumentar a velocidade de endurecimento.
A argamassa mista de cimento e cal possui melhor adaptao e indicada para vrios
usos em alvenaria, seja ela estrutural ou no.
3.1.2.4 Argamassa mista de cimento e saibro
uma argamassa de cimento em que o saibro atua como plastificante, aumentando o
volume da mistura e melhorando sua trabalhabilidade. No se sabe muito sobre o emprego do
saibro nas argamassas, mas seu uso vem de uma tradio herdada dos antigos mestres de obra.
Vale tambm por sua economia.
3.2 Argamassa de revestimento
Revestimento o recobrimento de uma superfcie lisa ou spera com uma ou mais
camadas superpostas de argamassa em espessura uniforme, apta a receber, sem danos, uma
decorao final.
Aderncia a propriedade do revestimento de resistir a tenses normais ou tangenciais
nas superfcies de interface com o substrato.
Nas edificaes, uma das maiores razes de falha das argamassas de revestimento est
relacionada com a perda ou falta de aderncia ao substrato. Assim, a capacidade da argamassa
de atingir uma completa, resistente e durvel aderncia com a base talvez seja a mais importante
propriedade concernente ao comportamento de um revestimento.
-
9
3.2.1 Propriedades
3.2.1.1 Quando fresca
3.2.1.1.1 Adeso inicial
a propriedade que a argamassa fresca de revestimento possui de permanecer
adequadamente unida base de aplicao, aps o seu lanamento manual ou mecnico,
auxiliada pela sua plasticidade - traduzida pela coeso entre as partculas slidas - e dificultada
pela influncia da fora da gravidade. Adeso inicial uma das principais propriedades
tecnolgicas para a determinao de trabalhabilidade requerida s argamassas.
3.2.1.1.2 Consistncia e plasticidade
So os principais fatores condicionantes da trabalhabilidade das argamassas, a qual pode
garantir que o revestimento fique adequadamente aderido ao substrato e dar o acabamento
superficial conforme prescrito, caso essa propriedade no seja muito alterada pelas
caractersticas do substrato.
A consistncia e a plasticidade podem alterar-se completamente em funo da relao
gua/aglomerante, da relao aglomerante/areia, e da natureza e qualidade do aglomerante. So
vrios os mtodos empregados para a medida da consistncia. Os mtodos que impem
argamassa uma deformao atravs de vibrao ou choque medem ao mesmo tempo a
consistncia e a plasticidade.
3.2.1.1.3 Reteno de gua de consistncia
Define-se reteno de gua de uma argamassa como a propriedade que a mesma possui
de reter mais ou menos gua de amassamento ao entrar em contato com uma superfcie de maior
nvel de absoro. Nas argamassas mistas de cimento e cal, os aglomerantes so os principais
responsveis pela capacidade de reteno de gua. No entanto as partculas de agregado tambm
so responsveis por essa propriedade.
-
10
3.2.1.2 Quando endurecida
3.2.1.2.1 Resistncia mecnica
a propriedade das argamassas endurecidas de acompanhar a deformao gerada por
esforos internos ou externos de diversas origens e de retornar dimenso original quando
cessam esses esforos sem se romperem, ou atravs do surgimento de fissuras microscpicas
que no comprometam o desempenho do revestimento no que diz respeito aderncia,
estanqueidade e durabilidade.
A resistncia mecnica uma das principais propriedades responsveis pelo xito das
argamassas nas diversas funes do revestimento, para tanto devem apresentar mdulo de
deformao compatvel com cada funo.
3.2.2 Solicitaes
3.2.2.1 Movimentao volumtrica da base
A variao dimensional por umedecimento e secagem a mais comum, que ocorre por
ao dos agentes externos, como temperatura e umidade.
3.2.2.2 Deformao da base
Devido a deformao lenta do concreto da estrutura e recalques das funes.
3.2.1.3 Movimentao do revestimento
Ligadas s condies climticas, as variaes de temperatura provocam o fenmeno de
dilatao e contrao do revestimento.
3.2.2.4 Retrao do revestimento
-
11
Tenses internas so provocadas pelo movimento de retrao em consequncia de uma
diminuio de volume devido perda de gua para a base, por evaporao, e ainda devido s
reaes de hidratao do cimento. Quando as tenses internas atuantes no revestimento superam
a sua resistncia trao, surge a fissura. A retrao pode ocorrer aps a secagem do
revestimento, por variaes no ambiente.
4 UTILIZAO DA ARGAMASSA NA ARQUITETURA
As argamassas so muito utilizadas em obras por poder assumir diversas funes, tais
como: assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cermicas e tacos de madeira,
impermeabilizar superfcies, regularizar, isto , tapar buracos, eliminar ondulaes, nivelar e
aprumar paredes, pisos e tetos, alm de dar acabamento liso, spero, rugoso ou texturizado s
superfcies.
Para a execuo, deve-se seguir a normalizao brasileira, sendo as normas NBR
7200/1998 Execuo de revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgnicas
Procedimento, NBR 13281/2001 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e
tetos Requisitos, NBR 13530/1995 Revestimento de paredes e tetos de argamassas
inorgnicas, NBR 13749/1996 Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgnicas
Especificao.
Os equipamentos e ferramentas utilizados para o manuseio da argamassa em
construes arquitetnicas so, entre outros, a colher de pedreiro, prumo de face, linha de
nilon, broxa, rgua de alumnio (sarrafo), desempenadeira que pode ser de madeira, PVC,
poliestireno de alto impacto ou at ao, padiolas, masseiras, gabarito de junta, frisador,
andaimes e balancim.
-
12
5 CONCLUSO
As argamassas tem sido de grande importncia e utilizao na construo civil desde os
tempos antigos at hoje por ser o elemento bsico na ligao de elementos e acabamentos das
obras. Tem-se buscado inovaes tecnolgicas atravs da criao de associaes para o estudo
tcnico de melhores materiais e qualidade dos componentes visando um produto final melhor e
mais seguro, atendo s normas tcnicas hoje to rigorosas. Alm disso, devem-se ter os devidos
cuidados para a boa dosagem e preparao da pasta de argamassa, evitando problemas na
trabalhabilidade (pasta fresca) e posteriormente na boa qualidade da obra (pasta endurecida).