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 Teoria da Ação Comunicativa Jürgen Habermas Luciano Fedozzi Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

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Teoria da Ao Comunicativa

Jrgen Habermas

Luciano Fedozzi Programa de Ps-Graduao em Sociologia (PPGS) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Teoria Crtica: Fundao do Instituto para Pesqisa Social (Frankfurt, 1926)Programa: Iluminismo ou Esclarecimento

1.

2.

3.

Dialtica da razo iluminista e a crtica da cincia Dupla face da cultura e a indstria cultural Estado e formas de legitimao na moderna sociedade de consumo

Teoria crtica e teoria tradicional1. O interesse pela sociedade emancipada interior prtica da cincia. 2. Comportar-se criticamente em relao realidade social implica considerar os fatos no como meros dados mas como produtos histricos que podem ser alterados. O conhecimento pensado conforme o interesse futuro.

3. O terico crtico suprime a separao entre ser e dever ser, entre teoria e prxis. E tambm por objetividade que se realiza essa separao. 4. A sociedade capitalista um produto histrico e por isso fazem tambm parte dela fatores que levam sua transformao. Esses fatores podem ser tanto emancipatrios como retrgados.

Teoria crtica e teoria tradicional5. necessrio direcionar o interesse para a descoberta das tendncias emancipatrias, sem perder de vista as contratendncias.

6. Ignorar as tendncias reais de transformao seria atentar contra a objetividade, eternizando e naturalizando a sociedade.

7. Por isso a teoria crtica no se confunde com a mera utopia. Como projeto irrealizvel, a utopia apenas refora a realidade existente por no se identificar nela as possibilidades reais da realizao almejada da justia e da liberdade.

Jrgen Habermas (1929)1929 - Nasceu em Dusseldorf

1949-1954: Estudou Filosofia, Histria, Psicologia, Economia e Literatura em Gttingen, Zurique e Bonn. Doutorou-se em 1954 com tese sobre Schelling. 1956-1959 - Ajudou Adorno como assistente no Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt1961 - Tese de Livre docncia: Mudana estrutural da Esfera Pblica (Universidade de Marburgo) 1961-1964 - Professor de Filosofia em Heidelberg 1964-1971 - Professor Titular de Filosofia e de Sociologia na Universidade de Frankfurt 1971 - Dirigiu Instituto Max Planck de Starnberg 1983 - Retorna para Frankfurt

Jrgen HabermasPrincipais Obras

Mudana estrutural da esfera pblica (1961) Lgica das cincias sociais (1967) Conhecimento e interesse (1968) Tcnica e cincia como ideologia (1973) Os problemas de legitimao do capitalismo tardio (1973) Para a reconstruo do materialismo histrico (1976) Conscincia moral e agir comunicativo Teoria da Ao Comunicativa (1982) Comentrios tica do discurso (1991) Direito e Democracia: entre facticidade e validade. 2 vol. (1992)

Nas condies do capitalismo tardio a luta poltica se desdobra nos planos:- da ao estratgica (competio pelo poder)

- da elucidao pedaggica (neutralizar a ideologia)- dos discursos prticos incluindo idealmente todos interessados (tica discursiva e democracia deliberativa) Vulnerabilidades do capitalismo tardio (crises)

- da racionalidade- da motivao - da legitimao

HABERMAS Crtica e superao dos impasses e diagnsticos da modernidade prembulo da TACa) Racionalidade em Weber(modernidade no desembocou somente na razo instrumental)

b)Pessimismo da teoria crtica de Adorno (fim do indivduo)

c) Insuficincias do paradigma da produo de Marxpara explicar o processo de esclarecimento poltico, baseado no aprendizado da relao direta entre evoluo do gnero e o processo de transformao material da natureza.

Jrgen HabermasInfluncias tericasTeoria Crtica: Marx, Hegel, Horkheimer e Adorno Kant e Apel- filosofia moral e do direito (autonomia) Weber: racionalizao do ocidente, autonomizao das esferas culturais (arte, cincia, direito, etc.) Mead e Durkheim: carter interativo do processo social Teoria Sistmica: Parsons

Fenomenologia: Husserl e Schtz - Mundo da VidaTeoria lingstica da ao: Pragmtica (Austin e Searle) Hermenutica: Gadamer

Psicologia cognitiva e do desenvolvimento moral: Piaget e Kohlberg

Fundamentos Tericos da TACTeoria social reconstrutiva, inter e multidisciplinar

Sociologia: Weber, Durkheim, Mead e Parsons

Filosofia: Kant e HusserlLingstica: Austin e Searle Psicologia estrutural-gentica: Piaget e Kohlberg

Modernidade: secular e inconclusaNo s estreitamento da racionalidade, mas substituio, na cultura, de uma forma religiosa de tica por outra secular e formal (direitos humanos e soberania popular) Diferenciao entre cultura e personalidade, na racionalizao do mundo da vida levou: Cosmovises religiosas incapazes de justificarem seus conceitos de moral, levando progressiva substituio de uma moral tradicional por uma moralidade ps-convencional, isto :

baseada na competncia scio-moral de questionamento sobre as pretenses de validez das normas e das regras sociais que fundamentam a legitimidade da decises.

Complexificao na Modernidade levou diferenciao funcional da ordem social

Sistema Poltico(Estado) (Poder) Esfera Pblica(espaos de argumentos e de legitimao)

Econmico(Mercado) (Dinheiro)

Razo Instrumental e estratgica.

Integrao sistmica.

Sociedade CivilMundo da VidaAo intersubjetiva: fatos, normas e sentimentos

Razo Comunicativa. Integrao social.

Ramificaes alternativas de esfera sociedade contempornea, tais como:

pblica

na

esfera pblica episdica (bares, ruas, shows)

esfera pblica da presena organizada: reunies de entidades, de partidos, congressos, etc;esfera pblica abstrata: produzida pela mdia

Sociedades modernas - tensoSistemas:

Subsistema Poltico - EstadoSubsistema Econmico - Mercado

Formas de coordenao da ao: - integrao sistmica, - razo instrumental e estratgica (eficcia)Mundo da Vida (Lebenswelt) Formas de coordenao da ao: - integrao social, - razo comunicativa (entendimento)

Evoluo Social: Nveis progressivamente ampliados de perspectiva scio-moral e de competncia interativaComplexificao e diferenciaes funcionais da ordem social Duas formas de racionalidade da ordem social:

Estrategicamente: clculo de utilidades econmicas e polticasComunicativamente: entendimento intersubjetivo (interpretao recproca), lingisticamente mediado, acerca de fatos, normas sociais e vivncias subjetivas.

Vigncia da ao comunicativaApoiada no desenvolvimento crescente das capacidades cognitivo-morais dos indivduos, das capacidades normativas dos grupos sociais e das capacidades de julgamento crtico do saber cultural dos cidados.

Racionalizao da moral: associada ao processo por meio do qual os indivduos e atores sociais se tornam autnomos em relao s tradies sociais no interior das quais eles foram socializados.

Compreenso da evoluo socialDestaque intersubjetividade mediada pela linguagem e pelo entendimento de que as relaes interpessoais so passveis de regulamentao tico-prtica. Nveis progressivamente mais elevados de racionalidade (embora contraditrio): fora da crtica e intensificao da solidariedade.

Solidariedade: possibilidade de realizao de pactos normativos ou a possibilidade do entendimento acerca das normas sociais ou expectativas generalizadas de comportamento social

Patologias da ModernidadeRazo tecnocrtica e estratgica: fragmenta, reifica e debilita os sistemas normativos (ticos) que condicionam a integrao social no mundo da vida.

Colonizao do mundo da vida pela razo funcional-estratgica dos sistemas de ao racional voltados eficcia.Tenso entre Sistema e Mundo da Vida: Potencialidades de Dominao ou de Resistncia e Emancipao

Mundo da Vida: pano de fundo da Ao ComunicativaRelaes sociais no mundo da vida assumem a forma da ao comunicativa: um processo interativo, lingisticamente mediado, pelo qual os indivduos coordenam seus projetos de ao e organizam suas ligaes recprocas.

Mundo da Vida (Lebenswelt) - Husserl e SchtzLugar das relaes sociais espontneas, das certezas pr-reflexivas, dos vnculos nunca postos em dvida. Sujeitos criam o contexto social da vida, direta ou indiretamente, produzindo objetos simblicos que corporificam estruturas de conhecimento pr-terico: 1. Expresses imediatas: atos-de-fala, atividades dirigidas a metas e aes cooperativas; 2. Sedimentaes dessas expresses: textos, tradies, documentos, obras de arte, cultura material, tcnicas, etc. 3. Configuraes geradas indiretamente: instituies, sistemas sociais, estruturas de personalidade

Mundo da Vida (Lebenswelt)Conceito empregado implicitamente pelos indivduos socializados, em processos de interpretao cooperativa. 1 - Tradio cultural partilhada por uma comunidade que o membro individual encontra j interpretado; 2 - Mundo intersubjetivamente partilhado forma o pano de fundo par a ao comunicativa, ou seja, forma um sistema de referncias que pressuposto nos processos comunicativos, pois define aquilo sobre o que possivelmente pode haver qualquer entendimento; 3 - o pano de fundo que permite aos sujeitos capazes de fala e de ao se entenderem mutuamente sobre algo no mundo, seja no mundo exterior natural, no mundo exterior social e no mundo interior subjetivo.

Mundo da Vida (Lebenswelt)Trs elementos estruturais (transcendentais e empricos) 1. Cultura: Estoque de saber da comunidade. Contm os contedos semnticos que abastecem os indivduos dos modelos de interpretao necessrios ao convvio social. 2. Sociedade: Ordenamentos legtimos pelos quais os membros da comunidade regulam suas solidariedades. 3. Personalidade: Processos de socializao, sua educao e incorporao das regras e tradies da sociedade, bem como a confirmao de uma personalidade sadia dentro de uma forma de vida especfica. Conjunto de competncias que qualificam um indivduo para participar da vida social.

Mundo da Vida e Teoria Lingstica Anlise semntica:Expresses lingsticas analisadas a partir do ponto de vista da verdade das proposies. Limitada relao monolgica entre sentena (linguagem) e estado-de-coisas (mundo)

Teoria Lingstica Pragmtica 1) linguagem 2) mundo 3) participantes de uma comunidade lingsticaRelao sujeito-objeto dialgicaUso de sentenas com inteno comunicativa que busca o entendimento. Entre a fala e o meio no h relao de meio e fim, mas de interpretao recproca, i. , intersubjetividade.

Fundamentao Terica da TAC

Teoria lingstica pragmticaTeoria Lingstica: estuda sentena pTeoria pragmtica: estuda sentena p como enunciado, isto , em sua conexo com o contexto concreto em que ela formulada (Teoria dos Atos de Fala) Linguagem contm sentenas com contedo descritivo e prescritivo, assim como as condies de aplicao extralingistica dessas sentenas, que modulam a compreenso e o comportamento dos atores. A mesma sentena p tem um sentido pragmtico (extra-lingstico) distinto, conforme seja verbalizada como: afirmao, ordem, promessa ou crena.

Atos de fala de Austin1.Dupla estrutura: performativo e proposicionalEx: Eu prometo (performativo) que venho amanh (proposicional).

literalmente um ato Parte performativa fundamental. Permite ao locutor executar, ao mesmo tempo que fala, a ao a que se refere o elemento performativo. No enunciado prometo que p, o locutor est ao mesmo tempo realizando a ao a que se refere a sentena, i.. , fazendo a promessa. Locutor ao mesmo tempo ator = transitividade pragmtica do enunciado (simultaneamente linguagem e ao)

Teoria dos Atos de Fala e Ao ComunicativaReformulao Habermas e Apel: Contradio performativa

Na afirmao:

Eu no detenho a verdade sobre esses fatos.Eu no detenho a verdade = componente performativo. sobre esses fatos = componente proposicional.

Segundo o princpio da contradio performativa, a comunicao por meio dessa afirmao significa, pragmaticamente, que o sujeito est agindo da seguinte forma:Eu no detenho a verdade [isto , apresento a pretenso de validez de verdade que no detenho a verdade] sobre esses fatos.

Contradio performativaComponente performativo possui base racional que reside no carter cognitivo, ou seja, passvel de exame discursivo e racional baseados em argumentos de pretenses de validade.

Verbos performativos tm pretenses de validade

Graas ao ato lingstico, a fala ao mesmo tempo ao, e a relao lingstica transforma-se em ao comunicativa.

Verbos performativos, mesmo implicitamente, geram o vnculo comunicativo e definem a sua natureza:a) Constatativos: afirmar, descrever, narrar, explicar.

Exprimem o contedo das proposies relativas aos fatosb) Regulativos: comandar, ordenar, proibir

Explicitam por meio de normas o sentido da relao entre os interlocutoresc) Representativos/expressivos: admitir, negar, confessar.

Aqueles que um interlocutor se auto-representa diante do outro manifestando intenes e vivncias subjetivas.

Tipos puros de interaes mediadas lingisticamente segundo HabermasTipos de ao

Elementos pragmtico-formais

Ao estratgica

Conversao

Ao regulada por normas

Ao dramatrgica

Atos de fala caractersticos

Perlocues imperativas

Constatativos

Regulativos

Expressivos

Funes da linguagem

Influncia sobre um oponenteOrientada ao xito Objetivante

Exposio de estados de coisasOrientada ao entendimento Objetivante

Estabelecimento de relaes interpessoaisOrientada ao entendimento

Apresentao de si mesmoOrientada ao entendimento Expressiva

Orientao da ao

Atitudes bsicas

De conformidade a normasCorreo Mundo social

Pretenses de validade Relaes com o mundo

Eficcia Mundo objetivo

Verdade Mundo objetivo

Veracidade Mundo subjetivo

Fonte: Rivera (1995)

Teoria dos Atos de Fala e Ao ComunicativaElemento performativo Trs pretenses de validade relativas a trs mundos: Mundo Objetivo das coisas - pretenses de verdade Mundo Social normas e instituies - pretenses de justia Mundo Subjetivo das vivncias - pretenses de veracidade

Pretenses de ValidadeVerdade de uma afirmao Validade de uma norma

Distines(ser e aparncia) (ser e dever ser)

MundosObjetivo (razo terica) Social (razo prtica)

Veracidade declaraes

(realidade e iluso)

Subjetivo (sinceridade)

Ao Comunicativa Ato performativo traz em si o contedo comunicativo do sujeito que tem somente o objetivo de ser entendido - O falante realiza uma ao enquanto diz algo

- Efeito determinado pela razo e no pela coaoA inteno comunicativa no vai alm de querer que o ouvinte entenda o contedo manifesto de seu ato de fala (por exemplo, uma saudao, uma ordem, uma explicao, uma advertncia), ainda que seja com fins teleolgicos de entrar em entendimento com o outro.

Ao estratgicaNos atos perlocucionrios imperativos os atos de fala so instrumentalizados para fins estratgicos que se relacionam com o sentido da expresso somente de forma contigencial. Os fins perseguidos nas aes geralmente no derivam do contedo manifesto do ato de fala, sendo identificados somente por meio da inteno do agente.Orientada ao xito

Funo da linguagem: influncia sobre oponentePretenso de validade: eficcia

Agir Comunicativo e tica DiscursivaNa ao comunicativa habitual que ocorre no mundo vivido, as pretenses de validade (pressupostas) no so sempre contestadas.

Ao comunicativa (estabelecida pela dupla estrutura da linguagem) se d atravs da expectativa de que, se necessrio, cada interlocutor poder justificar as pretenses de validade por meio de provas e argumentos.

Ao Comunicativa e tica DiscursivaQuando pretenses so postas em dvida h duas sadas: 1. razo instrumental 2. restaurao da comunicao buscando o consenso

Abandona-se o contexto interativo espontneo do mundo vivido e ingressa-se num tipo de comunicao sui-generis, o tipo argumentativo voltado para o consenso. Discurso Terico: verdades das proposies Discurso Prtico: justia das normas

Trajetria da Ao Comunicativa e do DiscursoMundo vivido: ao e fala simultaneamente

Locutor X demais atores (interao lingstica)Aceitao do que dito verdade = fatos/coisas justia = normas veracidade = expresses Refutao do que dito Questionamento sobre verdade, justeza e sinceridade

(entendimento) Restaurar a comunicao Discurso

(Impasse)

Soluo

Ao estratgica Conflito

Trajetria da Ao Comunicativa e tica DiscursivaDISCURSO: Abandona-se o contexto interativo espontneo do mundo vivido e ingressa-se num tipo de comunicao sui-generis, a argumentativa voltado para o consenso. TERICO: afirmaes sobre fatos, coisas e objetos so submetidos ao critrio da verdade (ex: cincia). PRTICO: Pretenses de validade das normas (justia) so submetidas ao critrio da legitimidade. Legitimidade: processo de argumentao dialgico, racional e democrtico, no qual so considerados todos os argumentos e ponderados seus efeitos negativos.

tica do DiscursoReformulao dialgica do Imperativo Categrico de Kant Age de modo a que a mxima de tua vontade possa, em cada momento, valer ao mesmo tempo como princpio de uma legislao universal (Crtica da Razo Prtica).

Princpio U - Universalizao Todas as normas vlidas precisam atender condio de que as conseqncias e efeitos colaterais que presumivelmente resultaro da observncia geral dessas normas, para a satisfao dos interesses, possam ser aceitas no coercitivamente por todos os envolvidos

Fundamentao da TAC e da tica DiscursivaConfirmao dada pela teoria da psicognese da conscincia desenvolvida inicialmente por Piaget e posteriormente por Kohlberg (estruturalismo gentico).

Nova teoria do Eu de Piaget e de Kohlberg: chave para a validao da TAC e da tica Discursiva.

Fundamentao da TAC e da tica DiscursivaEstruturalismo Gentico: Piaget e Kohlberg- Homologia entre evoluo da espcie e evoluo social. - Superao do paradigma dos modos de produo.

Diferentes nveis de aprendizado, relacionados aos nveis de organizao moral e poltica, no correspondem s novas formas de organizao da produo material, e, sim a graus de desenvolvimento da conscincia moral que correspondem aos nveis de competncia interativa

(Para a reconstruo do Materialismo Histrico, 1976)

Desenvolvimento da Moral e Identidade do Eu Conscincia moral capacidade de juzo moral Identidade do Eu

Desenvolvimento moral parte do desenvolvimento da personalidade

Reformulao desses nveis num quadro geral da Teoria da Ao: perspectiva scio-moral e competncia interativa

Nveis de conscincia moral propostos por Kohlberg satisfazem as condies formais de uma lgica de desenvolvimento do Eu

Fundamentao da TAC e Teoria do desenvolvimento moralTAC supe sujeitos cognitiva, lingstica e moralmente competentes para participar de discursos.

Existncia confirmada pelos estudos empricos de Kohlberg realizados em diferentes pases.Teoria do desenvolvimento da conscincia moral:reconstruo terica com base em evidncia empricas

dimenso da razo terica: Piaget dimenso da moralidade: Kohlberg

Fundamentao da TAC e da tica DiscursivaCincias Reconstrutivas

Esforo de reconstruo terica de aspectos da realidade para os quais existem evidncias empricas.(Conscincia Moral e Agir Comunicativo, 1983)

TAC baseiam-se na reconstruo hipottica, para a qual preciso buscar confirmaes plausveis. Teoria est aberta e sujeita confirmao indireta por parte de outras teorias consoantes.

Eu autnomo: competncias para o discursoSujeito que adquiriu Cognitivamente:estgio do pensamento hipottico-dedutivo (Piaget)

Lingsticamente:estgio da fala argumentativa no questionamento das pretenses de validade embutidas na linguagem e institucionalizadas (Habermas)

Moralmente:estgio de moralidade ps-convencional (Kohlberg)

Interativamente:habilidade de assumir a perspectiva dos outros luz da reciprocidade de direitos e deveres (Mead e Selman)

O Eu e a emancipao socialEu autnomo e competente aquele que resiste coero da sociedade e dos mais fortes, opondo-se heteronomia imposta pelo social. aquele capaz de questionar as pretenses de validade embutidas na linguagem institucionalizada

Eu com conscincia moral psconvencional, baseada em princpios universais de justia(Freitag, B. Piaget e a Filosofia. 1991, p. 92)