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JÜRGEN HABERMAS JÜRGEN HABERMAS TEORIA CRÍTICA, AÇÃO COMUNICATIVA E EDUCAÇÃO TEORIA CRÍTICA, AÇÃO COMUNICATIVA E EDUCAÇÃO 1 Prof. Luiz Roberto Gomes - DEd E-mail: [email protected]

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JÜRGEN HABERMASJÜRGEN HABERMASTEORIA CRÍTICA, AÇÃO COMUNICATIVA E EDUCAÇÃO TEORIA CRÍTICA, AÇÃO COMUNICATIVA E EDUCAÇÃO

1

Prof. Luiz Roberto Gomes - DEdE-mail: [email protected]

“A racionalidade comunicativa possui conotações que, em última instância, se remontam à experiência central da capacidade, sem o recurso de coações, de gerar consenso, em que a argumentação de diversos participantes do processo comunicativo superam a subjetividade inicial de seus respectivos pontos de vista, e graça à uma comunidade de convicções racionalmente motivada asseguram a unidade do mundo objetivo e da intersubjetividade do contexto em que desenvolvem suas vidas” (Habermas, TAC, 1981).

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“Chamo ação comunicativa aquela forma de interação social em que os planos de ação social dos diversos atores ficam coordenados pelo intercâmbio de atos comunicativos, que se utilizam da linguagem com o propósito do entendimento” (Habermas, TAC, 1981).

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Tópicos da exposição:Tópicos da exposição:

1. Dados biográficos e bibliográficos de Habermas

2. A Teoria Crítica da Sociedade

3. A Teoria da Ação Comunicativa

4. Habermas e a Educação

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Jürgen Habermas

(Nascido em Düsseldorf, na Alemanha, em 18 de junho de 1929)

1. Dados Biográficos e Bibliográficos do autor

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- É considerado o filósofo vivo mais importante da contemporaneidade;

- Autor da segunda geração da Escola de Frankfurt (assistente de Theodor Adorno na Univ. de Frankfurt);

- Produção teórica nas áreas de Filosofia, Sociologia, História, Direito, Economia, Psicologia e Literatura Alemã. Educação?

1. Dados Biográficos e Bibliográficos do autor

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• “O absoluto na história: sobre o conflito no pensamento de Schelling” (1954)• “Os estudantes e a política” (1961) • “Mudança estrutural da esfera pública” (1962) • "Teoria e Práxis" (1963) • "Sobre a lógica das ciências sociais" (1967)• “Técnica e Ciência como Ideologia” (1968) • "Conhecimento e Interesse" (1968)• “Perfis Filosófico-Políticos (1971)• “Hermenêutica e Crítica da Ideologia” (1971)• “A crise de legitimação do capitalismo tardio” (1973)• “Cultura e Crítica” (1973)• “Para a reconstrução do materialismo histórico” (1976)• “Política, arte e religião” (1978)• “A situação espiritual do nosso tempo” (1979)• “Teoria do Agir Comunicativo" (1981)• “Consciência Moral e Agir Comunicativo" (1983)• “O Discurso Filosófico da Modernidade” (1985)

1. 1. Principais obras - livros

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• “A nova intransparência: pequenos escritos políticos” (1985)• “Pensamento Pós-metafísico: estudos filosóficos” (1986)• “Uma forma de lidar com os prejuízos: pequenos escritos políticos” (1987)• “Passado como futuro” (1990)• “A revolução recuperadora: pequenos escritos políticos” (1990)• “Esclarecimentos sobre a ética discursiva” (1991)•“ Texto e contexto” (1991)• “Direito e Moral” (1992)• “Facticidade e Validade: uma teoria discursiva do direito e da democracia” (1992)• “A normalidade de uma República Berlinense: pequenos escritos políticos” (1995)• “A inclusão do Outro: estudos de teoria política” (1996)• “De uma impressão sensível a uma expressão simbólica” (1997)• “A constelação pós-nacional: ensaios políticos” (1998)

1. 1. Principais obras - livros

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• “Verdade e Justificação” (1999)• “Tempo de passagem” (2001)• “Agir Comunicativo e Razão Descentralizada” (2001)• “Era das Transições” (2001)• “O futuro da natureza humana” (2001)• “Filosofia em Tempos de Terror: diálogos com Habermas e Derrida” (2003)• “Entre Naturalismo e Religião” (2005)

1. 1. Principais obras - livros

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a)Estudos teórico-epistemológicos: "Teoria e Práxis" (1962), "Sobre a lógica das ciências sociais" (1967) e Conhecimento e Interesse" (1968);b)Estudos sobre a pragmática da linguagem: "Teoria do Agir Comunicativo" (1981) e "Consciência Moral e Agir Comunicativo" (1981)c)Estudos hermenêuticos e de Teoria Política: “Textos e Contextos” (1991), “Direito e Democracia” (1992), “A inclusão do outro” (1996), “Verdade e Justificação” (1999)d)Estudos sobre Religião: “O futuro da natureza humana” (2001), “Entre Naturalismo e Religião” (2005)

1. 2. Fases da produção bibliográfica

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2. A Teoria Crítica da 2. A Teoria Crítica da SociedadeSociedade

Tradição intelectual do Instituto de Pesquisa Social, situado em Frankfurt, na Alemanha (anos 1930...)

“Escola de Frankfurt”

Filosofia e Ciências Humanas

Horkheimer, Adorno, Marcuse, Benjamin, Habermas... 11

2. A Teoria Crítica da 2. A Teoria Crítica da SociedadeSociedade

Jürgen Habermas, orientando e sucessor de Adorno, no Instituto de Pesquisa Social, é um autor da 2ª. Geração da “Escola de Frankfurt”.

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2. A Teoria Crítica da 2. A Teoria Crítica da SociedadeSociedade

Tarefa da Teoria Crítica da Sociedade:

Pensar as possibilidades de emancipação em uma sociedade colonizada e administrada pelo mundo sistêmico (dinheiro e poder) e pela racionalidade instrumental (técnica).

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2. A Teoria Crítica da 2. A Teoria Crítica da SociedadeSociedade

Tarefa da Teoria Crítica da Sociedade:

Em outras palavras...

Mostrar “como as coisas são”, a partir da perspectiva de “como deveriam ser”.

Estudo crítico das condições e possibilidades da emancipação social.

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2. A Teoria Crítica da 2. A Teoria Crítica da SociedadeSociedade

Como conceber uma teoria crítica da educação?

“Que Auschwitz não se repita!” (Adorno)- Educação crítica - Educação para a emancipação“Formação da competência comunicativa dos atores sociais” (Habermas)

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3. A Teoria da Ação 3. A Teoria da Ação ComunicativaComunicativa

• A teoria crítica como teoria da ação social• Paradigma Subjetivo x Paradigma Intersubjetivo• A linguagem como expressão da racionalidade• A razão comunicativa – crítica à razão monológica• Pretensões de validade do discurso (verdade, correção, e sinceridade) 16

3. A Teoria da Ação 3. A Teoria da Ação ComunicativaComunicativa

• Os mecanismos de coordenação das ações sociais• Ação estratégica e Ação comunicativa• Uma teoria da modernidade• Os conceitos de mundo da vida e sistema• A colonização do mundo da vida pelo sistema• A superação dos processos de racionalização (dominação) social? 17

3. A Teoria da Ação 3. A Teoria da Ação ComunicativaComunicativaCompetência comunicativa:“Todo agente que atue comunicativamente tem que assegurar na execução de qualquer ato de fala, pretensões universais de validade e supor que tais pretensões podem desempenhar-se. Na medida em que queira participar em um processo de entendimento, não pode deixar de assegurar as seguintes pretensões universais de validade: a de estar-se expressando inteligivelmente, a de estar dando a entender algo, a de estar permitindo-se a entender, e a de entender-se com os demais (Habermas, TAC, 1981).

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3. A Teoria da Ação 3. A Teoria da Ação ComunicativaComunicativa

O conhecimento como teoria social • Crítica epistemológica ao positivismo• Metodologia “histórico-hermenêutica”• A linguagem como instituição social• A emancipação como orientação social

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4. Habermas e a 4. Habermas e a EducaçãoEducação• Habermas não escreve uma teoria da educação• No Brasil existem vários pesquisadores que adotam categorias da teoria de Habermas, para a análise da questão educacional (Goergen, Mühl, Boufleuer, Gomes, Nadja Herman, Bannell...)• Que temas foram abordados por esses pesquisadores?

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4. Habermas e a 4. Habermas e a EducaçãoEducação

Temas abordados pelos pesquisadores:. Razão comunicativa e emancipação (Mazzi, 1992)

. Modernidade, Razão Comunicativa e Educação (Goergen, 1996). Conselho de Escola e TAC (Pinto, 1996). Razão Comunicativa na Escola (Nadja Herman, 1996). Pedagogia da Ação Comunicativa (Boufleuer, 1998). Mimésis e razão comunicativa (Trevisan, 2000). Ação pedagógica como agir comunicativo (Mühl, 2003). Educação e consenso em Habermas (Gomes, 2007)

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4. Habermas e a 4. Habermas e a EducaçãoEducação

Conceitos mais utilizados na educação:. Razão e Ação Comunicativa

. Emancipação Social

. Modernidade

. Processos de aprendizagem

. Mecanismos de coordenação da ação social

. Consenso

. Sistema e Mundo da Vida

. Discurso argumentativo

. Processo deliberativo

. Legitimação social22

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“A educação do nosso tempo deve basear-se na competência comunicativa, de modo a nos permitir uma participação mais ativa e crítica na sociedade. Se pretendemos superar a desigualdade que gera a exclusão das pessoas, que não têm acesso ao universo cultural global, devemos pensar sobre que tipo de habilidades estão sendo potencializadas nos contextos formativos, e se com isso é facilitada a interpretação da realidade a partir de uma perspectiva crítico-emancipatória, que busca coordenar às ações por meio da ação comunicativa” (Gomes, 2007).