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Apostila da matéria Segurança do trabalho 1

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CURSO TCNICO EM SEGURANA DO TRABALHO

INTRODUO

SEGURANA DO TRABALHO

RENATO DE JESUS FREITAS

2

Eng. Mec. e Eng. de Seg. do Trabalho

1. CONCEITOS / OBJETIVOS / FINALIDADES.

HIGIENE DO TRABALHO

a cincia e arte dedicados ao reconhecimento, avaliao e controle dos riscos provocadas pelo lugar de trabalho e que pode ocasionar enfermidades, destruir a sade e o bem-estar, ou criar algum mal-estar significativo entre os

trabalhadores ou os cidados da comunidade.

(American Industrial Association)Cincia que trata da antecipao, reconhecimento, avaliao e controle dos riscos originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a sade e o bem-estar dos trabalhadores, tendo em vista tambm o possvel impacto nas comunidades vizinha e no meio ambiente

(American Industrial Hygiene Association)ATUAO PREVENTIVA

Conciliar o esforo mental que exige do trabalhador em seu posto seja adaptado as suas atividades, necessidades e limitaes anatmicas, fisiolgicas e psicolgicas.

Adotar medidas a fim de proteger as pessoas que sejam vulnerveis s condies prejudiciais do meio laboral.

Identificar e corrigir condies de trabalho que podem deteriorar a sade do trabalhador, afim de que no altere seu ndice de morbilidade em relao a populao.

Educar os trabalhadores da empresa com respeito ao cumprimento de suas obrigaes Como atuar na higiene do trabalho:

Reconhecendo os fatores ambientais que influem sobre a sade dos

trabalhadores, procurando conhecer produtos, mtodos, processos das instalaes.

Avaliar os riscos, atravs da organizao das condies ambientais e sua comparao com padres mdios permissveis.

CONTROLE DOS RISCOSSade um estado de completo bem-estar fsico, mental e social e no

apenas a ausncia de doenas, levando-se em conta que o homem um ser que se distingue no somente por suas atividades fsicas, mas tambm por seus 3

atributos mentais, espirituais e morais e por sua adaptao ao meio em que

vive. (Organizao Mundial da Sade).

Todos os seres humanos tm direito ao melhor estado de sade,

independente de raa, religio, opinio poltica, condio econmica ou social.

As doenas podem ter as mais variadas causas, sendo umas geradas pela atividade produtiva, conhecidas como doenas especficas, tais como silicose, asbestose, bissinose, etc.. e outras, as inespecficas, que no possuem suas causas relacionadas diretamente com o trabalho.

As doenas acima relacionadas so especficas, geradas por uma nica causa.

Esto reconhecidas pela Organizao Internacional do Trabalho.

As doenas inespecficas so geradas por causas diversas, podendo ter alguma causa relacionada com a atividade produtiva, tais como gastrite, lcera, enxaqueca, etc., geralmente apresentando alguma relao com fatores estressantes.

Os agentes causadores de doenas do trabalho podem ser fsicos, qumicos ou biolgicos. A exposio a agentes fsicos calor, rudo, radiaes diversas -, a agentes qumicos benzeno, asbesto, fumos metlicos, etc. e a agentes biolgicos bactrias, fungos, bacilos causam doenas especficas do trabalho.

A atividade produtiva pode deixar o trabalhador exposto a esses agentes e, em o monitoramento e controle deles, causar doenas irreversveis e at mesmo a morte.

Existem outros agentes causadores de doenas, tais como movimento

repetitivos, ansiedade, responsabilidade, que vo causar agravos sade do trabalhador.

So causas indiretas que afetam o bem-estar dos trabalhadores: o

analfabetismo, o alcoolismo, o tabagismo, a habitao inadequada, entre outras.

Para evitar a ocorrncia de doenas, a melhor maneira a preveno. Para tanto, foram criadas leis que obrigam as empresas e os empresrios a dedicarem ateno sade de seus empregados, seja realizando os exames mdicos (peridicos, admissionais, demissionais, de retorno ao trabalho e de mudana de

funo), ou cumprindo o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO), que visa a dar melhores condies de trabalho aos empregados, monitorando os problemas de sade detectados ou, ainda, identificando os locais4

de risco e adotando medidas para evitar a doena, realizando, tambm, a educao sanitria, alm de outras medidas. O MEIO AMBIENTE E O TRABALHADOR

O meio ambiente deve ser entendido como o espao, dentro e fora do local de trabalho. O trabalhador parte integrante desse meio.

A busca incessante pela melhoria da qualidade de vida e pela excelncia nos processos produtivos, aliada aos avanos tecnolgicos tende a usufruir, indiscriminadamente, dos recursos naturais, oriundos da natureza (solo, ar e gua), comprometendo a prpria sobrevivncia do homem.

O resduos da produo, sejam slidos ou lquidos, desde que no tenham um destino adequado, entram em contato com os elementos da natureza e prejudicam a qualidade do ar, da agricultura, da pecuria e das guas.

Alm de deixarem resduos, os processos produtivos destroem os elementos da natureza e, na maioria das vezes, esgotam os recursos. Exemplificando: adevastao das florestas, a poluio dos rios e o desaparecimento da vida aqutica e at dos prprios leitos dos rios. Hoje, no h organismo de defesa ecolgica que no esteja preocupado com a destruio da camada de oznio, provocada por produtos qumicos lanados na atmosfera.

A qualidade da vida do ser humano afeta diretamente o seu desempenho no local de trabalho. Quanto melhor estiverem suas funes orgnicas, melhor ser a sua resistncia e menor ser a fadiga e o estresse. Assim sendo, se o homem estiver organicamente, ele estar com uma maior propenso a cometer erros e a sofrer ou a causar um acidente.

O melhor estado de sade, fsica e mental, do ser humano pode ser afetado pelas condies do ambiente, seja ele dentro ou fora do local de trabalho.

As condies desfavorveis nos locais de trabalho, como o rudo excessivo, o excesso de calor ou frio, a exposio a produtos qumicos e as vibraes, entre outros, provocam tenses no trabalhador, causando desconforto e originando

acidentes. Quando a exposio torna-se freqente, comum surgirem danos sade.

Torna-se necessria a adoo de programas voltados para a preveno. Os programas de Qualidade Total, to em moda atualmente, devem estabelecer5

medidas de proteo ao homem e ao ambiente, estendendo-se a toda a comunidade que vive em torno das empresas, pois, afinal, ela praticamente obrigada a conviver com os resduos resultantes do processo de produo.

O Homem, por sua vez, deve esquecer a ganncia e, no desenvolvimento de suas atividades produtivas, cercar-se de medida que protejam o trabalhador no seu local de trabalho, no esquecendo que, fora do seu posto, deve ter precaues com as mesmas atividades, para manter o equilbrio ecolgico e garantir a melhoria da qualidade de vida, para conseguir a Qualidade Total nas empresas.

O PAPEL DOS SINDICATOS E DAS EMPRESAS NA SADE E NA SEGURANA DO TRABALHOO acidente de trabalho um fato indesejado que traz prejuzos aos

trabalhadores, aos empresrios, s famlias e a toda a nao. Entre as entidades organizadas que atuam diretamente na produo de bens e servios e detm a responsabilidade de promover a preveno, indiscutivelmente, as empresas e os sindicatos, principalmente aqueles que defendem os direitos dos trabalhadores,

podem interferir na diminuio das ocorrncias.

Ao recorrermos aos dados histricos, no sculo XIX, na primeira fase da Revoluo Industrial, as pssimas condies de trabalho e o aumento do nmero de acidentes motivaram a transformao das associaes de profissionais existentes, que tinham um carter assistencial, em entidades de defesa dos interesses profissionais, com o intuito de promover a melhoria das condies de trabalho. A partir dessa conquista, a participao dos sindicatos tem sido decisiva para a manuteno e ampliao dos direitos dos trabalhadores. Sendo o

trabalhador o principal afetado pelo acidente do trabalho (afinal, ele envolve-se diretamente com o fato), existe uma grande possibilidade de participao nas aes preventivas, onde se pode destacar:

fiscalizao do cumprimento das normas de segurana, dentro das

empresas, por meio de denncias ou inspees nos locais de trabalho; incluso de clusulas contratuais que ampliem os direitos e ou as aes preventivas;

promoo de cursos ou treinamentos voltados sade, segurana e

preveno de acidentes do trabalho;

promoo de seminrios, palestras, encontros, etc., com temas voltados s condies e necessidades de seus associados;

participao na elaborao de normas e leis que visem ao avano da legislao e, conseqentemente, melhoria dos locais de trabalho;

esclarecimento aos trabalhadores sobre aspectos bsicos de higiene e sade;

realizao de campanhas com os associados, visando informao para a conscientizao em relao prtica de atitudes prevencionista;

formao profissional, preparando os futuros trabalhadores para adotarem atitudes e comportamentos prevencionista;

outras providncias que se fizerem necessrias, de acordo com a sua finalidade e interesse de seus associados.

Por outro lado, as empresas que se utilizam da mo-de-obra como parte integrante do processo produtivo e oferecem situaes de risco aos trabalhadores devem por fora de lei ou at mesmo pela prpria funo social que exercem criar os meios e dispositivos para eliminar, diminuir ou ainda controlar os riscos existentes. As empresas, representadas por empresrios, tm a responsabilidade

pela manuteno e melhoria das condies de trabalho. Entre suas obrigaes,

podem-se destacar:

a) Cumprir e fazer cumprir as disposies legais e regulamentares sobre Segurana e Medicina do Trabalho;

b) elaborar ordens de servio sobre Segurana e Medicina do Trabalho, dando cincia aos empregados, com os seguintes objetivos:

prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;

divulgar as obrigaes e proibies que os empregados devam conhecer e cumprir;

dar conhecimento aos empregados de que sero passveis de punio, pelo descumprimento das ordens de servio expedidas;

determinar os procedimentos que devero ser adotados em caso de

acidente do trabalho e doenas profissionais ou do trabalho;

adotar medidas determinadas pelo Ministrio do Trabalho (MTb);

adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condies inseguras de trabalho;

c) Informar aos trabalhadores:

os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

os meios de prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

os resultados dos exames mdicos e de exames complementares de diagnstico aos quais os prprios trabalhadores forem submetidos;

os resultados das avaliaes ambientais realizadas nos locais de trabalho.d) Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalizao dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurana e Medicina do Trabalho.

Alm dessas obrigaes, as empresas podem destinar parte de seus lucros para investimentos na educao e aperfeioamento de seus empregados. Cabe lembrar que as empresas desempenham um papel importante para o desenvolvimento social de uma comunidade. Alm de gerar lucros, com a produo de bens e servios, ela tambm gera empregos, distribuio de renda e propicia o desenvolvimento do ser humano, por meio do desempenho de suas atividades.

inconcebvel, portanto, que o homem, na execuo de seu trabalho,

prejudique a sua sade ou sofra acidentes que lhe provoquem mutilaes ou, na pior das hipteses, causem a morte.

2. ACIDENTES NO TRABALHO: CONCEITO LEGAL / CONCEITO TCNICO.

CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DE TRABALHOLei n 8.213, de 24 de julho de 1991, alterada pelo Decreto n 611. de 21 de julho de 1992.

Artigo 19 Acidente de trabalho aquele que ocorre pelo exerccio do trabalho, a servio da empresa ou, ainda, pelo servio de trabalho de segurados especiais, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte, a perda ou reduo da capacidade para o trabalho, permanente ou temporria.

A Legislao Brasileira tambm considera como acidente de trabalho:

1. a doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante na relao organizada pelo Ministrio da Previdncia Social;

2. a doena do trabalho, assim entendida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que constante da relao organizada pelo MPS;

3. em caso excepcional, constando-se que a doena no consta da relao do MPS, mas resultou de condies especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente. A Previdncia Social, nesse caso, deve consider-la acidente de trabalho.

No sero consideradas como doena do trabalho:

a) a doena degenerativa;

b) a inerente ao grupo etrio;

c) a que no produz incapacidade laborativa;

d) a doena endmica, salvo comprovao de que resultou de exposio ou contato direto, determinado pela natureza do trabalho.

Equiparam-se ao acidente de trabalho:

I. O acidente ligado ao trabalho, embora no tenha sido a causa nica, que haja contribudo diretamente para a morte, para a perda ou a reduo da capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a recuperao.

II. O acidente sofrido pelo empregado no local e no horrio de trabalho,

em conseqncia de:

a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiros ou

companheiro de trabalho;

b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;

c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razo;

e) desabamento, inundao ou incndio e outros casos fortuitos

decorrentes de fora maior.

III. A doena proveniente da contaminao acidental do empregado no

exerccio de sua atividade.

IV. O acidente sofrido, ainda que fora do local e do horrio de trabalho:

a) na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade

da empresa;

b) na prestao espontnea de qualquer servio empresa, para lhe

evitar prejuzo ou proporcionar proveito:

c) em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo, quando

financiado por esta, dentro de seus planos para melhorar a capacitao de mo-de-obra, independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do empregado;

d) no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de

propriedade do empregado.

Ser considerado agravamento de acidente aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade da Reabilitao Profissional.

Obs.: Nos perodos destinados refeio ou ao descanso, ou por ocasio de satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado ser considerado a servio da empresa.SITUAES EM QUE O EMPREGADO NO EST A SERVIO DA EMPRESA

Cabe lembrar que, de acordo com a Norma Brasileira NB 18 o empregado no ser considerado a servio da empresa, quando:

a) fora da rea da empresa, por motivos pessoais, no do interesse do empregador ou do seu preposto;

b) em estacionamento proporcionado pela empresa para seu veculo, no estando exercendo qualquer funo do seu emprego;

c) empenhado em atividades esportivas patrocinadas pela empresa, pelas quais no receba qualquer pagamento direta ou indiretamente;

d) embora residindo em propriedade da empresa, esteja exercendo atividades no relacionadas com o seu emprego;

e) envolvido em luta corporal ou outra disputa sobre assunto no relacionado com o seu emprego.

CONCEITO PREVENCIONISTA DE ACIDENTESComo se v, pela lei brasileira, o acidente confundido com o prejuzo fsico sofrido pelo trabalhador (leso, perturbao funcional ou doena).

Do ponto de vista prevencionista, entretanto, essa definio no

satisfatria, pois o acidente definido em funo de suas conseqncias sobre o homem, ou seja, as leses perturbaes ou doenas.

Visando a sua preveno, o acidente, que interfere na produo, deve ser definido como qualquer ocorrncia que interfere no andamento normal do trabalho, pois alm do homem, podem ser envolvidos nos acidentes, outros fatores de produo, como mquinas, ferramentas, equipamentos e tempo.

D-se um acidente no trabalho quando ocorre alguma coisa que interfere no andamento normal de um trabalho qualquer. Por exemplo, se uma pessoa tiver carregando uma caixa e deixa cair, ocasionando uma simples interrupo no trabalho, j nos encontraremos face a um acidente. Mesmo que esta caixa no se

quebre, mesmo que no haja qualquer prejuzo material e nem dano fsico, ainda assim teremos um acidente.

Este conceito de acidente o mais amplo possvel. Todavia, se a caixa ao cair se quebrar, e inutilizar o material que havia dentro dela, teremos um acidente com perda material. Aqui, o acidente j estar

causando maiores prejuzos. Os dois tipos de acidentes citados nos exemplos so os que aparecem em maior quantidade e so denominados acidentes sem leso.

Assim que as conseqncias mais freqentes dos acidentes do trabalho so estragos materiais nas mquinas, nos equipamentos de fbrica, atrasos e perturbaes na produo.

claro que a vida e a sade humana tm mais valor do que as perdas materiais; da serem considerados como mais importantes os acidentes com leso.

Por exemplo, se a caixa ao cair, atingir o p da pessoa que a est carregando, e lhe causar uma leso, teremos um acidente mais grave, porque, alm da perda material, ter havido um dano fsico. Se a caixa cair em cima do carregador e o matar, teremos um dano maior ainda, porque ter provocado a morte de um ser humano.

Assim, mais importante o acidente que provoca leso ou dano fsico no trabalhador, mas para afast-lo, dever ele procurar evitar todo e qualquer tipo de acidente. Dever evitar os acidentes sem leso porque, se forem eliminados estes, automaticamente estar afastada a quase totalidade dos outros. Por exemplo, se o trabalhador tivesse evitado que a caixa casse no cho, ela no teria cado em seu p. Teria sido mais seguro e mais fcil evitar a queda da caixa, do que tirar o p na hora em que casse. Devemos lembrar ainda que os estudos realizados no Brasil e no exterior, tm revelado que o custo de acidentes leves igual ao dos acidentes sob o encargo do INAMPS, em virtude daqueles serem muito mais numerosos que estes.

Podemos ainda, classificar os acidentes segundo o esquema a seguir.

3. LEIS ACIDENTRIAS LEI N 8.213/91.

Dispe sobre os Planos de Benefcios da Previdncia

Social e d outras providncias.

TTULO I

DA FINALIDADE E DOS PRINCPIOS BSICOS DA PREVIDNCIA SOCIAL

Art. 1 A Previdncia Social, mediante contribuio, tem por fim assegurar aos seus

beneficirios meios indispensveis de manuteno, por motivo de incapacidade, desemprego involuntrio, idade avanada, tempo de servio, encargos familiares e priso ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.

Art. 10. Os beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social classificam-se como

segurados e dependentes

Art. 14. Consideram-se:

I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econmica urbana ou rural, com fins lucrativos ou no, bem como os rgos e entidades da administrao pblica direta, indireta ou fundacional;

II - empregador domstico - a pessoa ou famlia que admite a seu servio, sem finalidade lucrativa, empregado domstico.

Art. 15. Mantm a qualidade de segurado, independentemente de contribuies:

I - sem limite de prazo, quem est em gozo de benefcio;

II - at 12 (doze) meses aps a cessao das contribuies, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdncia Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remunerao;

Seo V

Dos Benefcios

Subseo I

Da Aposentadoria por Invalidez

Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carncia exigida, ser devida ao segurado que, estando ou no em gozo de auxlio-doena, for considerado incapaz e insusceptvel de reabilitao para o exerccio de atividade que lhe garanta a subsistncia, e ser-lhe- paga enquanto permanecer nesta condio.

1 A concesso de aposentadoria por invalidez depender da verificao da condio de incapacidade mediante exame mdico-pericial a cargo da Previdncia Social, podendo o segurado, s suas expensas, fazer-se acompanhar de mdico de sua confiana.

2 A doena ou leso de que o segurado j era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdncia Social no lhe conferir direito aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso.

Art. 43. A aposentadoria por invalidez ser devida a partir do dia imediato ao da cessao do auxlio-doena, ressalvado o disposto nos 1, 2 e 3 deste artigo.

1 Concluindo a percia mdica inicial pela existncia de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez ser devida: (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

a) ao segurado empregado, a contar do dcimo sexto dia do afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias; (Redao Dada pela Lei n 9.876, de 26/11/99)

b) ao segurado empregado domstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar da data do incio da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.(Redao Dada pela Lei n 9.876, de 26/11/99)

2o Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caber empresa pagar ao segurado empregado o salrio. (Redao Dada pela Lei n 9.876, de 26/11/99)

3 . (Revogado pela Lei n 9.032, de 1995)

Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistir numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salrio-debenefcio, observado o disposto na Seo III, especialmente no art. 33 desta Lei. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

1 (Revogado pela Lei n 9.528, de 1997)

2 Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de auxlio-doena, o valor da aposentadoria por invalidez ser igual ao do auxlio-doena se este, por fora de

reajustamento, for superior ao previsto neste artigo.

Subseo IV

Da Aposentadoria Especial

Art. 57. A aposentadoria especial ser devida, uma vez cumprida a carncia exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

1 A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistir numa renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salrio-de-benefcio. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

2 A data de incio do benefcio ser fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49.

3 A concesso da aposentadoria especial depender de comprovao pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro SocialINSS, do tempo de trabalho permanente, no ocasional nem intermitente, em condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, durante o perodo mnimo fixado. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

4 O segurado dever comprovar, alm do tempo de trabalho, exposio aos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais sade ou integridade fsica, pelo perodo equivalente ao exigido para a concesso do benefcio. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

5 O tempo de trabalho exercido sob condies especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais sade ou integridade fsica ser somado, aps a respectiva converso ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critrios estabelecidos pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social, para efeito de concesso de qualquer benefcio. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995)

6 O benefcio previsto neste artigo ser financiado com os recursos provenientes da contribuio de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alquotas sero acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a servio da empresa permita a concesso de aposentadoria especial

14aps quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuio, respectivamente. (Redao dada pela Lein 9.732, de 11/12/98)

Subseo V

Do Auxlio-Doena

Art. 59. O auxlio-doena ser devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o perodo de carncia exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

Pargrafo nico. No ser devido auxlio-doena ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdncia Social j portador da doena ou da leso invocada como causa para o benefcio, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso. (Convalidado pelo Ato Declaratrio n 1 do Senado Federal de 20.7.2005)

Art. 60. O auxlio-doena ser devido ao segurado empregado a contar do dcimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do incio da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. (Redao dada pela Lei n 9.876, de 26/11/99)

1 Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 (trinta) dias, o auxlio-doena ser devido a contar da data da entrada do requerimento.

2 (Revogado pela Lei n 9.032, de 1995)

3o Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doena, incumbir empresa pagar ao segurado empregado o seu salrio integral. (Redao dada pela Lei n 9.876, de 26/11/99)

Subseo VIII

Da Penso por Morte

Art. 74. A penso por morte ser devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou no, a contar da data: (Redao dada pela Lei n 9.528, de 1997)

I - do bito, quando requerida at trinta dias depois deste; .(Includo pela Lei n 9.528, de 1997)

II - do requerimento, quando requerida aps o prazo previsto no inciso anterior; .(Includo pela Lei n 9.528, de 1997)

III - da deciso judicial, no caso de morte presumida. .(Includo pela Lei n 9.528, de 1997)

Art. 75. O valor mensal da penso por morte ser de cem por cento do valor da

aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o disposto no art. 33 desta lei. (Redao dada pela Lei n 9.528, de 1997)

Art. 76. A concesso da penso por morte no ser protelada pela falta de habilitao de outro possvel dependente, e qualquer inscrio ou habilitao posterior que importe em excluso ou incluso de dependente s produzir efeito a contar da data da inscrio ou habilitao.

1 O cnjuge ausente no exclui do direito penso por morte o companheiro ou a companheira, que somente far jus ao benefcio a partir da data de sua habilitao e mediante prova de dependncia econmica.

2 O cnjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia penso de alimentos concorrer em igualdade de condies com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei.

Art. 77. A penso por morte, havendo mais de um pensionista, ser rateada entre todos em parte iguais. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

1 Reverter em favor dos demais a parte daquele cujo direito penso cessar. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

2 A parte individual da penso extingue-se: (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

I - pela morte do pensionista; (Includo pela Lei n 9.032, de 1995)

II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmo, de ambos os sexos, pela

emancipao ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for invlido; (Includo pela Lei n 9.032, de 1995)

III - para o pensionista invlido, pela cessao da invalidez. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995)

3 Com a extino da parte do ltimo pensionista a penso extinguir-se-. (Includo pela Lei n 9.032, de 1995)

Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial competente, depois de 6 (seis) meses de ausncia, ser concedida penso provisria, na forma desta Subseo.

1 Mediante prova do desaparecimento do segurado em conseqncia de acidente, desastre ou catstrofe, seus dependentes faro jus penso provisria independentemente da declarao e do prazo deste artigo.

2 Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da penso cessar

imediatamente, desobrigados os dependentes da reposio dos valores recebidos, salvo mf.

Art. 79. No se aplica o disposto no art. 103 desta Lei ao pensionista menor, incapaz ou ausente, na forma da lei.

Subseo XI

Do Auxlio-Acidente

Art. 86. O auxlio-acidente ser concedido, como indenizao, ao segurado quando, aps consolidao das leses decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqelas que impliquem reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Redao dada pela Lei n 9.528, de 1997)

1 O auxlio-acidente mensal corresponder a cinqenta por cento do salrio-de-benefcio e ser devido, observado o disposto no 5, at a vspera do incio de qualquer aposentadoria ou at a data do bito do segurado. (Redao dada pela Lei n 9.528, de 1997)

2 O auxlio-acidente ser devido a partir do dia seguinte ao da cessao do auxliodoena, independentemente de qualquer remunerao ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulao com qualquer aposentadoria. (Redao dada pela Lei n 9.528, de 1997)

3 O recebimento de salrio ou concesso de outro benefcio, exceto de aposentadoria, observado o disposto no 5, no prejudicar a continuidade do recebimento do auxlio acidente.

(Redao dada pela Lei n 9.528, de 1997)

4 (Revogado pela Lei n 9.032, de 1995)

5 .(Revogado pela Lei n 9.032, de 1995)

4 A empresa que dispuser de servio mdico, prprio ou em convnio, ter a seu cargo o exame mdico e o abono das faltas correspondentes ao perodo referido no 3, somente devendo encaminhar o segurado percia mdica da Previdncia Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.

Art. 61. O auxlio-doena, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, consistir numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salrio-de-benefcio, observado o disposto na Seo III, especialmente no art. 33 desta Lei. (Redao dada pela Lei n 9.032, de 1995)

Art. 62. O segurado em gozo de auxlio-doena, insusceptvel de recuperao para sua atividade habitual, dever submeter-se a processo de reabilitao profissional para o exerccio de outra atividade. No cessar o benefcio at que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistncia ou, quando considerado no recupervel, for aposentado por invalidez.

Art. 63. O segurado empregado em gozo de auxlio-doena ser considerado pela empresa como licenciado.

Pargrafo nico. A empresa que garantir ao segurado licena remunerada ficar obrigada a pagar lhe durante o perodo de auxlio-doena a eventual diferena entre o valor deste e a importncia garantida pela licena.

LEGISLAO RELATIVA SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO

A Legislao relativa Segurana e Medicina do Trabalho parte integrante da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), constituindo o Captulo V, Ttulo II da mesma, sob o ttulo DA SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO.

Aprovada inicialmente em 1/5/43 pelo Decreto-lei n. 5452, o captulo V da CLT foi alterado pela lei 6514 de 22/12/77, publicada no Dirio Oficial da Unio (DOU) em 23/12/77.

Posteriormente em 8/6/78 a Portaria n. 3214 do Ministrio do Trabalho

aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) do Captulo V da CLT, as quais, so constantemente atualizadas.

Alm das NR e do Captulo V da CLT, foram publicados posteriormente outros

dispositivos legais pertinentes ao assunto.

Neste caso citamos como exemplos:

a Lei 7369 de 20/9/85 e o Decreto 93412 de 14/10/86 que instituiu e

regulamentou o salrio adicional para os empregados do setor de energia

eltrica em condies de periculosidade;

a Portaria 3067 de 12/4/88 do Ministrio do Trabalho que aprovou as

Normas Regulamentadoras Rurais (NRR).

Periodicamente so editados publicaes contendo as NR atualizadas assim

como a legislao complementar relativa a matria, podendo ser citadas, entre

outras, como fontes de consulta:

o Manual de Legislao Atlas, volume 16 Segurana e Medicina do

Trabalho, j disponvel em sua 50 edio 2002.1

Publicaes de assessoria empresarial, as quais periodicamente atualizam

suas informaes, fornecendo inclusive interpretao e orientao dos

textos para seus assinantes.2 3

Na seqncia so apresentadas as legislaes citadas e seus principais itens.

O CAPTULO V DA CLT DA SEGURANA E MEDICINA DO

TRABALHO Estabelece os dispositivos gerais a serem observados em todos os locais de trabalho.

significativo o Art. 154 da referida Lei, transcrito a seguir:

Art. 154. A observncia, em todos os locais de trabalho, do dispositivo neste

Captulo, no desobriga as empresas do cumprimento de outras disposies que, com relao matria, sejam includas em cdigos de obras ou regulamentos sanitrios dos Estados ou Municpios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenes coletivas de trabalho.

Seo I Define as competncias dos rgos Governamentais, das empresas e dos empregados relativas a segurana e medicina do trabalho;

Seo II - Relaciona aspectos relativos ao funcionamento, embargo e interdio de estabelecimentos;

Seo III - Torna obrigatria s empresas manter servios especializados em segurana e medicina do trabalho;

1 MANUAIS DE LEGISLAO ATLAS Segurana e Medicina do Trabalho, So Paulo: Editora Atlas www.atlasnet.com.br edies atualizadas anualmente.2 MAPA FISCAL Orientador Trabalhista

3 IOB Orientador Trabalhista

Seo IV - Estabelece a obrigatoriedade do fornecimento pelas

empresas de equipamentos de proteo individual (EPI)

aos operrios;

Seo V - Define as medidas preventivas de medicina do trabalho

a serem observadas pelo empregador;

Seo VI a XII - Estabelecem as condies a serem observadas nos ambientes de trabalho, com relao s edificaes, iluminao, conforto trmico, instalaes eltricas, movimentao, armazenagem e manuseio de materiais, caldeiras, fornos e recipientes sob presso;

Seo XIII - Define as atividades insalubres e (ou) perigosas, como feita sua caracterizao, eliminao, ou neutralizao, assim como os valores dos adicionais a serem pagos aos trabalhadores;

Seo XIV e XV - Estabelecem medidas de preveno da fadiga e outras medidas especiais de proteo ao trabalhador;

Seo XVI - Define as penalidades decorrentes do no cumprimento

do disposto no Captulo V da CLT.

AS NORMAS REGULAMENTADOREAS DE SEGURANA E

MEDICINA DO TRABALHO (NR)

Regulamentam o Captulo V, Ttulo II da CLT.

Foram aprovadas pela Portaria 3214 de 8/6/78 do Ministrio do Trabalho,e

legislao complementar, sendo atualmente (maro 2003) em nmero de trinta,

cujo contedo bsico apresentado a seguir.

NR 1 DISPOSIES GERAIS

Estabelece as competncias relativas s NR no mbito dos rgo governamentais, define os principais termos usados nas normas e estabelece as obrigaes gerais do empregador e do empregado.

NR 2 INSPEO PRVIA

Estabelece os procedimentos a serem seguidos para o incio das atividades de

qualquer estabelecimento visando obter junto ao rgo Regional do MTb a aprovao de suas instalaes e do Certificado de Aprovao de Instalaes.NR 3 EMBARGO OU INTERDIO

Estabelece as condies em que pode ocorrer interdio de um estabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento ou embargo de uma obras em funo da existncia de risco grave e iminente para o trabalhador.

NR 4 SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANA

E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT)

Define as empresas que devero manter SESMT, e estabelece que o dimensionamento deste servio vincula-se gradao do risco da atividade principal e ao nmero total de empregados do estabelecimento;

apresenta o quadro de Classificao Nacional de Atividades Econmicas e

seu correspondente grau de risco;

estabelece os requisitos a serem observados pelos profissionais que venham a ocupar os cargos de mdico do trabalho, engenheiro de segurana do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e tcnico de segurana do trabalho;

relaciona as competncias dos profissionais integrantes do SESMT;

define o nmero de profissionais que ir constituir o SESMT e a jornada

mnima de trabalho dos mesmos, atravs do relacionamento entre o grau

de risco do estabelecimento e o nmero de operrios.

NR 5 COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES (CIPA)

Estabelece a obrigatoriedade da constituio da CIPA nas empresas, seus objetivos, como deve ser constituda, suas obrigaes junto ao MTb, as atribuies, deveres e direitos de seus componentes e as obrigaes dos empregados e do empregador relativas a seu funcionamento.

NR 6 EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL (EPI)

Define o que so EPI;

estabelece as obrigaes do empregador quanto aos fornecimento gratuito os EPI, treinamento dos funcionrios para o uso dos mesmos, a responsabilidade de tornar obrigatrio seu uso e d outras disposies;

estabelece as obrigaes dos empregados relativas ao uso dos EPI;

define as obrigaes do fabricante e do importador de EPI;

estabelece que todo EPI deve possuir Certificado de Aprovao(CA)

fornecido pelo MTb e d outras disposies relativas ao assunto.

NR 7 PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SADE

OCUPACIONAL(PCMSO)

Estabelece a obrigatoriedade por parte dos empregadores em elaborar e implementar PCMSO, assim como o acompanhamento do programa;

define as diretrizes e responsabilidades do empregador e do mdico

coordenador relativas ao PCMSO;

estabelece a realizao obrigatria de exames mdicos nos operrios, sua

freqncia, a necessidade da realizao de exames complementares e d

outras disposies;

torna obrigatria a emisso de Atestado de sade Ocupacional (ASO),

seu contedo mnimo e o direito do trabalhador em receber uma via do

mesmo;

estabelece a obrigao dos estabelecimentos em possurem materiais para

prestao de primeiros socorros.

NR 8 EDIFICAES

Estabelece os requisitos tcnicos mnimos que devem ser observados nas

edificaes para garantir o conforto aos que nelas trabalham.

NR 9 PROGRAMA DE PREVENO DE RISCOS AMBIENTAIS(PPRA)

Estabelece a obrigatoriedade do empregador de elaborar e implementar o

PPRA visando a preservao da sade e da integridade dos trabalhadores atravs da antecipao, reconhecimento, avaliao e conseqente controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em considerao o meio ambiente e os recursos naturais;

define os responsveis pela elaborao do PPRA a forma como devem ser levadas a efeito as aes, os parmetros mnimos a serem observados em sua elaborao, sua estrutura e forma de acompanhamento e registro de dados e d outras disposies.

NR 10 INSTALAES E SERVIOS EM ELETRICIDADE

Fixa as condies mnimas exigveis para garantir a segurana dos empregados que tenham em instalaes eltricas em suas diversas etapas, incluindo o projeto, execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao e ainda a segurana de usurios e terceiros;

estabelece as condies mnimas que qualificam os trabalhadores que atuam em redes eltricas e d outras disposies.

NR 11 TRANSPORTE, MOVIMENTAO, ARMAZENAMENTO E

MANUSEIO DE MATERIAIS

Define as normas de segurana para operao de elevadores, guindastes,

transportadores industriais e mquinas transportadoras;

estabelece as normas de segurana para a atividades de transporte de

sacas e de armazenamento de materiais.

NR 12 MQUINAS E EQUIPAMENTOS

estabelece as condies a serem observadas nas instalaes e reas de

trabalho;

define as normas de segurana das mquinas e equipamentos, assim

como sua manuteno e operao;

estabelece critrios a serem observados na fabricao, importao, venda

e locao de mquinas e equipamentos.

NR 13 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSO

Estabelece as normas de segurana relativas a instalao, documentao, funcionamento, manuteno, inspeo e habilitao de pessoal para operao de caldeiras e vasos sob presso e da outras disposies relativas ao assunto.

NR 14 FORNOS

Estabelece os requisitos necessrios para a construo e funcionamento de

fornos.

NR 15 ATIVIDADES E OPRAES NSALUBRES

Define Limites de Tolerncia e as atividades e operaes consideradas insalubres e sua graduao (graus de insalubridade), que so relacionadas em 14 (quatorze) anexos referida norma que so os seguintes:

Anexo 1 - Limites de tolerncia para rudo contnuo ou intermitente;

Anexo 2 - Limites de tolerncia para rudos de impacto;

Anexo 3 - Limites de tolerncia para exposio ao calor;

Anexo 4 - Foi revogado (referia-se a iluminao dos locais de trabalho);

Anexo 5 - Limite de tolerncia para radiaes ionizantes;

Anexo 6 - Trabalhos sob condies hiperbricas;

Anexo 7 - Radiaes no ionizantes;

Anexo 8 - Vibraes

Anexo 9 - Frio ;

Anexo 10-Umidade;

Anexo 11-Agentes qumicos cuja insalubridade caracterizada por limite de tolerncia e inspeo no local de trabalho;

Anexo 12- Limites de tolerncia para poeiras minerais (arbestos, mangans e seus compostos e slica livre cristalizada);

Anexo 13 Agentes qumicos;

Anexo 14 Agentes biolgicos.

NR 16 ATIVIDADES E OPERAES PERIGOSAS

Estabelece as atividades e operaes perigosas assim como as reas de risco para fins de pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores, as quais esto relacionadas nos anexos referida norma que so:

Anexo 1 Atividades e operaes perigosas com explosivos;

Anexo 2 Atividades e operaes perigosas com inflamveis;

Anexo 3 acrescentando pela Port. 3393 de 17/12/87 - atividades e operaes perigosas com radiaes ionizantes ou substncias radioativas.

Observao: Alm das situaes previstas na NR-16 tero tambm direito ao adicional de periculosidade os operrios do setor de energia eltrica nas situaes previstas no Decreto 93412 de 14/10/86 que regulamentou a Lei 7369 de 20/9/85.

NR 17 ERGONOMIA

Estabelece os parmetros que permitem a adaptao das condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores incluindo:

O levantamento, transporte e descarga individual de materiais;

Mobilirio dos postos de trabalho;

Equipamentos dos postos de trabalho;

Condies ambientais de trabalho;

Organizao do trabalho.

NR 18 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDSTRIA

DA CONSTRUO

Estabelece as diretrizes de ordem administrativa e de planejamento de

organizao que objetivam a implementao de medidas de controle e sistemas preventivos de segurana nos processos, nas condies, e no meio ambiente de trabalho na indstria de construo.

NR 19 - EXPLOSIVOS

Define e classifica os explosivos assim como as normas de segurana para

o manuseio e transporte destes produtos;

Estabelece os requisitos para a construo de depsitos de explosivos;

Define os perodos para inspeo dos explosivos de forma a verificar sua

condio de uso.

NR 20 - LQUIDOS COMBUSTVEIS E INFLAMVEIS

Define e classifica lquidos combustveis e inflamveis;

Estabelece normas de segurana para a armazenagem destes produtos

inclusive para os gases liquefeitos.

NR 21 - TRABALHO A CU ABERTO

Estabelece as medidas de proteo para trabalhos realizados a cu aberto,

incluindo as condies de moradia do trabalhador e de sua famlia que residirem no local de trabalho;

define as normas de segurana do trabalho no servio de explorao de

pedreiras.

NR 22 - TRABALHOS SUBTERRNEOS

Estabelece as normas gerais de segurana para o trabalho em minas.

NR 23 - PROTEO CONTRA INCNDIOS

Define as necessidades bsicas que as empresas devem possuir para proteo contra incndios e as atitudes a serem tomadas no combate a incndios;

define as classes de fogo;

estabelece normas relativas a extino de incndios por meio de gua;

normatiza o uso de extintores de incndio e estabelece critrios relativos aos extintores portteis;

indica os extintores recomendados s diversas classes de fogo, como deve

ser feita a inspeo destes equipamentos, o nmero de extintores e sua distribuio nos ambientes de trabalho, a localizao e sinalizao dos extintores e as situaes em que h necessidade de serem instalados sistemas de alarmes para incndios.

NR 24 - CONDIES SANITRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAUS DE

TRABALHO

Estabelece os critrios a serem observados nos locais de trabalho relativos s instalaes sanitrias, vestirios, refeitrios (incluindo condies de higiene e

conforto por ocasio das refeies), cozinhas, alojamento e d outros dispositivos pertinentes matria.

NR 25 - RESDUOS INDUSTRIAIS

Estabelece critrios para a eliminao de resduos industriais slidos, lquidos

e gasosos no ambiente.

NR 26 - SINALIZAO DE SEGURANA

Fixa as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para preveno de

acidentes, identificando os equipamentos de segurana, delimitando reas, identificando as canalizaes empregadas nas industrias para a conduo de

fludos (lquidos e gases), e advertindo contra riscos.

NR 27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TCNICO DE SEGURANA DO

TRABALHO NO MINISTRIO DO TRABALHO E PREVIDNCIA

SOCIAL

Fixa os critrios para o exerccio da profisso de "Tcnico de Segurana do Trabalho" e d outras disposies relativas ao registro destes profissionais na

secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho.

NR 28 - FISCALIZAO E PENALIDADES

Define os critrios relativos a fiscalizao do cumprimento das disposies

legais e(ou) regulamentares sobre segurana e sade do trabalhador, incluindo os processos resultantes da ao fiscalizadora, o embargo ou interdio de locais de trabalho, mquinas ou equipamentos;

Estabelece a graduao das multas, em UFIR, referentes aos preceitos legais e (ou) regulamentares sobre segurana e sade do trabalhador.

NR 29 - SEGURANA E SADE NO TRABALHO PORTURIO

Refere-se as condies de segurana dos trabalhadores porturios.

NR-30 SEGURANA E SADE NO TRABALHO AQUAVIRIO

Regulamenta as condies de segurana e sade dos trabalhadores aquavirios.

LEGISLAO COMPLEMENTAR

Desde sua divulgao em 8/6/78 a Portaria 3214 as Normas

Regulamentadoras (NR), vem sendo sistematicamente atualizadas atravs de

legislao complementar. Estas alteraes passam a constar do texto das edificaes das NR feitas aps a publicao destes instrumentos legais, razo pela qual recomenda-se sempre verificar a data do fechamento da edio da literatura em uso, bem como evitar a utilizao de edies cujo contedo possa estar superado.

Alm das NR, so publicados sistematicamente outros preceitos legais relativos a segurana e medicina do trabalho, os quais fazem parte da literatura

especializada no assunto.

Entre os textos publicados posteriormente s NR e que no passaram a fazer

parte das mesmas citamos aqueles que promulgam as Convenes da Organizao Internacional do Trabalho e aqueles a seguir relacionados:

a) Port. 3067, de 12/4/88 aprova as Normas Regulamentadoras Rurais (NRR);

b) Instruo Normativa 001, de 17/5/83 - Disciplina o mecanismo de funcionamento da Declarao de Instalao da empresa;

c) Port. 08, de 07/03/85 - Institui modelo do Termo de Notificao a ser utilizado pelos Agentes de Inspeo do Trabalho na fiscalizao de Segurana e Medicina do Trabalho;

d) Lei 7369, de 20/9/85 e Decreto 9314 de 14/10/86 - Institui e regulamenta

o adicional de periculosidade para empregados no setor de energia

eltrica;

e) Prot. 3275 de 21/09/89 - Define que os valores das multas previstas na NR 28 passaro a vigorar com os valores convertidos em BTN;

f) Port. 3 de 20/2/92 - Classifica os "cremes protetores" como EPI;

g) Resoluo n. 359 de 3137/91 - CONFEA - Dispe sobre o exerccio profissional, o registro e as atividades de Engenheiro de Segurana do

Trabalho, e d outras providncias.

h) Port. 865, de 14/09/95 - Estabelece critrios de fiscalizao de condies

de trabalho constantes de convenes ou acordos coletivos de trabalho.

i) Port. n 20 de 13/09/01 Dispe sobre os locais e servios considerados

perigosos ou insalubres para menores de 18 anos.

4. CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO: FATORES MATERIAIS / FATORES PESSOAIS.

PRINCIPAIS FATORES QUE CAUSAM OS ACIDENTES E DOENAS

PROFISSIONAIS

Sob o ponto de vista prevencionista, causa de acidente qualquer fato que, se removido a tempo, teria evitado o acidente. Os acidentes so evitveis, no surgem por acaso e, portanto, so passveis de preveno.

Sabemos que os acidentes ocorrem por falha humana ou por fatores ambientais.

1) FALHA HUMANA A falha humana, tambm chamada de Ato Inseguro,

definida como sendo aquela que decorre da execuo de tarefas de forma contrria s normas de segurana. So os fatores pessoais que contribuem para a ocorrncia de acidentes ou a maneira pela qual o trabalhador se expe,

consciente ou inconscientemente a riscos de acidentes capaz de provocar algum dano ao trabalhador, aos companheiros de trabalho ou s mquinas, aos materiais e equipamentos.

Os processos educativos, a repetio das inspees, as campanhas e outros recursos se prestaro a reduzir sensivelmente tais falhas, que podem ocorrer em virtude de:

a) inaptido entre o homem e a funo;

b) desconhecimento dos riscos da funo e ou da forma de evit-los;

c) desajustamento, motivado por:

seleo ineficaz;

falhas de treinamento;

problemas de relacionamento com a chefia ou companheiros;

poltica salarial e promocional imprpria;

clima de insegurana quanto manuteno do emprego;

diversas caractersticas de personalidade.

Segundo estatsticas correntes cerca e 80% do total dos acidentes do trabalho so oriundos do prprio trabalhador. Portanto, os aos inseguros no trabalho, provocam a grande maioria dos acidentes; no raro o trabalhador se serve de ferramentas inadequadas por estarem mais prximas, ou procura limpar mquinas em movimento por ter preguia de deslig-las, ou distrai e desvia sua ateno do local de trabalho, ou opera sem os culos e aparelhos adequados.

FIG. 01 Trabalho em andaime suspenso.

Ao estudar os atos inseguros praticados no devem ser consideradas as

razes para o comportamento da pessoa que o cometeu, o que se deve fazer

to somente relacionar tais atos inseguros.

Os mais comuns so:

Levantamento imprprio de carga ( com esforo desenvolvido custa da musculatura das costas).

Permanecer embaixo de cargas suspensas.

Manuteno, lubrificao ou limpeza de mquinas em movimento.

Abusos, brincadeiras grosseiras, etc.

Realizao de operaes para as quais no esteja devidamente

autorizado.

Remoo de dispositivos de proteo das mquinas ou alterao em seu

funcionamento, de maneira a torn-los ineficientes.

Operao de mquinas a velocidades inseguras.

Uso de equipamentos inadequado, inseguro ou de forma incorreta (no

segura).

Falha o uso de equipamento de proteo individual necessrio para a

execuo de sua tarefa.

Uso de calados inseguros ( sapatos ou sandlias de saltos altos) em pisos

escorregadios, encerados ou vitrificados.

Abrir ou fechar portas bruscamente.

Nota-se, portanto, a necessidade de analisar tecnicamente um acidente, levantando todas as causas possveis, uma vez que a falha humana pode ser provocada por circunstncias que fogem ao alcance do empregado e poderiam ser evitadas. Tais circunstncias poderiam, inclusive, no apontar o homem como o maior causador dos acidentes.

2) FATORES AMBIENTAIS Os fatores ambientais (condies inseguras) de um local de trabalho so as falhas fsicas que comprometem a segurana

do trabalho. Exemplificando, podemos citar:

a) falta de iluminao;

b) rudos em excesso;

c) falta de proteo nas partes mveis das mquinas;

d) falta de limpeza e ordem (asseio);

e) passagens e corredores obstrudos;

f) piso escorregadio;

g) proteo insuficiente ou ausente para o trabalhador.

Por ocasio das inspees de segurana so levantados os fatores ambientais de insegurana e, por meio de recomendaes para correo de tais falhas, elas podero ser evitadas.

Embora nem todas as condies inseguras possam ser resolvidas, sempre possvel encontrar solues parciais para as situaes mais complexas e solues totais para a maior parte dos problemas observados. Os fenmenos da natureza podem ser previstos, mas so de difcil controle pelo homem (raios, furaces, tempestades, etc.)

Se conseguirmos controlar as falhas humanas e os fatores ambientais que concorrem para a causa de um acidente de trabalho, estaremos eliminando os

acidentes.

Os instrumentos mais eficazes para a preveno dos acidentes so:

a) Inspees de segurana.

b) Processos educativos para o trabalhador.

c) Campanhas de segurana

d) Anlise dos acidentes

e) CIPA atuante.

Um acidente pode envolver qualquer um, ou uma combinao dos seguintes

fatores:

HOMEM Uma leso, que representa apenas um dos possveis resultados

de um acidente.

MATERIAL Quando o acidente afeta apenas o material.

MAQUINARIA Quando o acidente afeta apenas as mquinas. Raramente

um acidente com mquina se limita a danificar somente a mquina.

EQUIPAMENTO Quando envolver equipamentos, tais como:

empilhadeiras, guindastes, transportadoras, etc.

TEMPO Perda de tempo o resultado constante de todo acidente,

mesmo que no haja dano a nenhum dos fatores acima mencionados.

FIG. 02 Trabalho em silos.

5. CONSEQUNCIA DOS ACIDENTES.Muitas vezes, pior que o acidente em si, so as suas conseqncias. Todos sofrem: a vtima, que fica incapacitada de forma total ou parcial, temporria ou

permanente para o trabalho; a famlia, que tem seu padro de vida afetado pela falta dos ganhos normais, correndo o risco de cair na marginalidade; as

empresas, com a perda de mo-de-obra, de material, de equipamentos, tempo

etc., e, conseqentemente, elevao dos custos operacionais; a sociedade, com o nmero crescente de invlidos e dependentes da Previdncia Social. Sofre, enfim, o prprio pas, com todo o conjunto de efeitos negativos dos acidentes do trabalho.

Um acidente do trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa

apenas por algumas horas, o que chamado de acidente sem afastamento. o que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em seguida. Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas atividades por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado no retornar ao trabalho imediatamente ou at na jornada seguinte, temos o chamado acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade temporria, ou na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, na incapacidade total e permanente para o trabalho.

A incapacidade temporria a perda da capacidade para o trabalho por um perodo limitado de tempo, aps o qual o trabalhador retorna s suas atividades

normais. A incapacidade parcial e permanente a diminuio, por toda vida, da

capacidade fsica total para o trabalho. o que acontece, por exemplo, quando

ocorre a perda de um dedo ou de uma vista. A incapacidade total e permanente a invalidez incurvel para o trabalho. Nesse caso, o trabalhador no tem mais

condies para trabalhar. o que acontece, por exemplo, se um trabalhador perde as duas vistas em um acidente do trabalho. Nos casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador.

Os danos causados pelos acidentes so sempre bem maiores do que se imagina primeira vista. Analise, por exemplo, a seguinte situao: Um trabalhador desvia sua ateno do trabalho por frao de segundo, ocasionando um acidente srio. Alm do prprio trabalhador so atingidos mais dois colegas que trabalham ao seu lado. O trabalhador tem de ser removido urgentemente para o hospital e os dois outros trabalhadores envolvidos so atendidos no ambulatrio da empresa. Um equipamento de fundamental importncia paralisado em conseqncia de quebra de algumas peas. Resultados imediatos:

trs trabalhadores afastados, paralisao temporria das atividades da seo, equipamento danificado, tenso no ambiente de trabalho.A anlise das conseqncias do acidente poderia parar por a. Mas, em casos como esse, conveniente pensar tambm na potencialidade de danos e riscos que se originaram do acidente. O equipamento parado uma guilhotina que corta a matria-prima para vrios setores de produo. Deve, portanto, ser reparada com toda urgncia possvel. Nesse caso, o setor de manuteno precisa entrar em ao rapidamente e, justamente por isso, apresenta a tendncia de passar por cima de muitos princpios de segurana, devido pressa em consertar a mquina. Alm disso, na remoo do acidentado para o hospital, novos riscos podero ser criados.

A pressa do motorista da ambulncia, para chegar o mais rpido possvel ao hospital, poder criar condies desfavorveis sua segurana e dos demais ocupantes do veculo e de outros veculos na rua.

Voc percebe como um acidente do trabalho tem, muitas vezes, uma fora ainda maior do que simplesmente causar os danos que se observam na ocorrncia do acidente em si? Esse mais um fator que pesa, favoravelmente, na justificativa de uma atitude prevencionista!

No melhor prevenir o acidente do que enfrentar as conseqncias? A preveno de acidentes uma atividade perfeitamente ao alcance do homem, visto que uma das mais evidentes caractersticas de superioridade do ser humano sobre os demais seres vivos a sua capacidade de raciocnio e a previso dos fatos e ocorrncias que afetam os seus meio ambiente. Esses aspectos, voltados para os riscos ambientais e para a preveno de acidentes do trabalho.

6. INVESTIGAO E ANLISE DE ACIDENTESO texto a seguir um mtodo que pode auxiliar o profissional da rea de Segurana do Trabalho no momento da anlise do acidente seja ele com ou sem perda, utilizando e valorizando em muito o trabalho em equipe, deixando de ser uma tarefa exclusiva do setor de Segurana do Trabalho.

Aps a ocorrncia de um acidente a primeira coisa que se pensa ir logo ao

local da ocorrncia e levantarmos todos os dados possveis para a anlise das

causas do acidente, tirar fotos, filmar, isolar rea, etc; E na maioria das vezes a

concluso destas anlises sempre a mesma, ato inseguro, falta de ateno,

descuido, etc, e fica por a. Muita das vezes se deixa de ir mais fundo nas anlises dos acidentes e se conclui um anlise somente com os fatos visto no momento aps a ocorrncia, ou seja se perde o fio da meada, ou melhor se deixa ir o fio da meada , na maioria das vezes por falta o apoio da administrao, pela falta de liberdade para se trabalhar entre outras dificuldades que enfrentamos. Devemos ir mais profundo nestes acontecimentos utilizando o trabalho em equipe que podemos fazer da seguinte forma.

Aps o acidente deve-se reunir os colaboradores do setor envolvido, o supervisor e o encarregado e se possvel o acidentado comunicar e explicar a

todos o fato ocorrido e fazer juntamente com eles um BRAINSTORMING (Tempestade de Idias) do fato levantando-se todas as possveis causas que gerou o acidente, muito importante no desprezar nenhuma causa levantada

por menor que seja. Depois de levantar e anotar as possveis causas fazer a montagem do Diagrama de Yshikawa ou Espinha de Peixe (Anexo 1) para um

melhor agrupamento das causas. Depois devemos montar um relatrio que podemos chamar de RELATRIO DE CAUSAS (Anexo 2) onde iremos descrever o acidente e todas as possveis causas relatadas durante o BRAINSTORMING.

A partir deste relatrio montaremos um plano de ao (Anexo 3) juntamente com os participantes do BRAINSTORMING, determinando as medidas a serem tomadas, os responsveis pela execuo das medidas, onde as medidas sero implantadas (geralmente na rea do acidente), como se implantar estas medidas e o prazo para implantao das medidas para eliminar as causas que

gerou o acidente. muito importante tambm, durante este trabalho procurar outros possveis riscos que possam causar problemas futuros agindo preventivamente em outros possveis acidentes naquele setor.

Logo aps a elaborao e aprovao do plano de ao deve-se procurar divulgar este plano de ao no setor (quadros de aviso, reunies de segurana,

etc) para se buscar um maior envolvimento de todos colabores e demonstrar que se est trabalhando sobre o fato, fazer um acompanhamento rigoroso do

cumprimento das medidas dentro dos prazos.

Para se executar um trabalho de anlise bem feito fundamental o comprometimento de toda a equipe, supervisor de produo, encarregado de produo, gerente de produo e principalmente dos colaboradores.

ANEXO 1 Diagrama de Yshikawa ou Espinha de Peixe

Mo de obra: Toda causa que envolve uma atitude do colaborador (ex: Procedimento Inadequado, Pressa, Imprudncia, Ato Inseguro, etc.) Material: Toda causa que envolve o material que estava sendo trabalho.

Mtodo: Toda causa envolvendo o mtodo que estava sendo executado o trabalho. Mquina: Toda causa envolvendo mquina que estava sendo operada. Medida: Toda causa que envolve uma medida tomada anteriormente para modificar processo, etc. Meio Ambiente: Toda causa que envolve o meio ambiente em si (poluio, calor, poeira, etc.) e o ambiente de trabalho (Lay Out, falta de espao, dimensionamento inadequado dos equipamentos, etc.)

ANEXO 2

Relatrio de Causas Modelo Bsico

RELATRIO DE CAUSAS

1 (RELATO DO ACIDENTE)

2 (CAUSAS LEVANTADAS DURANTE O BRAINSTORING)

3 (CONCLUSO)

4- (PARTICIPANTES DO BRAINSTORMING)

ANEXO 3

Plano de Ao

Modelo Bsico

N O QUE (Tarefas) Quem Onde Porque Como Quando

1 Ao a ser tomada Responsvel pela ao

Local onde a ao ser tomada O porque da ao Como ser tomada a ao Prazo para execuo da ao

OBS: Em um nico plano de ao pode se ter vrias aes, medidas ou modificaes a serem feitas sendo desta forma se utiliza uma linha para cada ao, podendo um plano de ao ter vrias linhas de aes a serem tomadas.

Este mtodo de anlise de acidentes contribui e muito para solucionar as causas que influenciaram no acidente e causas que poderiam causar outros acidentes e acima de tudo envolve todos os colaboradores do setor fazendo com que eles se sintam envolvidos no trabalho do Setor de Segurana, dando a eles liberdade para se expressarem sobre condies e atos inseguros no setor.

7. LEVANTAMENTO ESTATSTICO DE ACIDENTESA partir de 1968 que os acidentes do trabalho passaram a ser conhecidos quantitativamente e servindo de indicadores das condies de trabalho com a

criao do INPS (Instituto Nacional de Previdncia Social) segundo a previdncia Social, 2006.

O nmero de acidentes do trabalho registrados junto ao Ministrio da Previdncia Social nos ltimos anos, demonstrado na Tabela 1, reproduz as estatsticas de acidentes notificados na Previdncia Social no Brasil entre 2001 a 2004 em todas as atividades econmicas tais como: Industria, servios e agricultura.

Percebe-se que os acidentes tpicos so os de maior ocorrncia, com uma mdia de 83,01%, enquanto que os acidentes de trajeto com mdia de 11,96% e os acidentes por doena do trabalho com mdia de 5,51%.

A tabela 2 mostra a regio sul do estado, onde os acidentes tpicos possuem

um percentual mdio de 86,30% e que os percentuais de acidentes de trajeto

mdio correspondem a 9,95% e os acidentes por doena do trabalho com valor

mdio de 4,07%.

A tabela 3 apresenta as quantidades de acidentes do trabalho no Estado do Paran, com percentual mdio dos acidentes tpicos igual a 86,5%, acidentes de trajeto com mdia de 10,22% e acidentes por doena do trabalho correspondente a 3,39.

A tabela 4 apresenta os acidentes registrados na regio do sudoeste do Paran, para o ano 2002, os acidentes tpicos foram 655, de trajeto 68, doena do trabalho 5 e nmero de bitos 9. No ano 2003 foram registrados acidentes tpicos 638, Acidente de trajeto 81 e doena do trabalho 4 e o nmero de bitos

8. PROTEO DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS

MEDIDAS DE PREVENO

O equipamento o principal meio de produo em uma fbrica. A inovao simplificou os processos de manufatura e aprimorou o projeto e a qualidade de

produo. As inovaes na engenharia em equipamentos diminuram o grau de

especializao necessrio s operaes ainda executadas manualmente. Alm

disso, as mquinas e equipamentos tornaram-se mais avanados e o nmero de peas tambm aumentou, dificultando a manuteno da eficincia do equipamento e a preveno de avarias.

Portanto, imprescindvel garantir que as peas sejam projetadas para serem confiveis, evitando as falhas e quebras, principalmente com equipamentos automatizados onde houver envolvimento direto dos operadores.

Nas indstrias, um nmero significativo de acidentes causado por falhas humanas. Alguns acidentes resultam de medidas em relao necessidade de treinamento em equipamentos de produo (independente das melhorias feitas nos equipamentos) e outros resultam da falta de conhecimento sobre o funcionamento do equipamento. Outros acidentes podem ser provocados por mau funcionamento dos mecanismos de segurana das prprias mquinas que, em contrapartida, so provocados por vibraes, peas ou componentes soltos e acmulo de poeira e sujeira.

Entretanto, esses mecanismos no so imunes a avarias. Em momentos crticos, problemas com os componentes desses dispositivos provocam acidentes. Por exemplo, h casos em que o mau posicionamento de uma clula fotoeltrica, ou uma instalao mal feita provoca um mau funcionamento do dispositivo de segurana, resultando em um acidente.

Da conclui-se a necessidade de estabelecer um check-list para verificao dos pontos crticos da mquina.

PROTEO DAS PARTES MVEIS

A fonte mais freqente de acidentes com mquinas so as suas partes que se movimentam. A proteo destas partes, com finalidade de evitar o contato acidental do trabalhador, o aspecto mais importante da proteo de mquinas e equipamentos.

Poderemos dividir as partes mveis das mquinas em duas categorias:

1 Os mecanismos de transmisso de fora, que so as engrenagens, correias, alavancas, etc., que transmitem a fora mecnica gerada pelos motores;

2 As ferramentas que executam suas operaes sobre a pea que est sendo trabalhada.

Do ponto de vista preventivo, a importncia desta classificao das partes mveis est em que os mecanismos de transmisso de fora, quase sempre, podem ser isolados do contato com o operador da mquina atravs do uso de anteparos adequados ou enclausurados (isto , colocados em um recipientes que os isole do ambiente ao redor). Isto pode ser feito sem grande dificuldade tcnica e sem que atrapalhe ou prejudique a operao da mquina.

J no o que acontece em relao aos pontos de operao das mquinas onde as ferramentas executam seus movimentos. Isto porque o trabalhador precisa, pelo menos, colocar e retirar as peas que esto sendo trabalhadas, como o caso das mquinas semi-automticas.

As medidas preventivas em relao aos pontos de operao so as mais diversas possveis e dependem de cada tipo de mquina. Podem variar desde a automao completa da mquina, dispensando o trabalhador de qualquer contato manual com o ponto de operao, at a reduo do ritmo de trabalho de modo que a diminuio da velocidade dificulte o aparecimento de erros na

operao da mquina, causa importante de acidentes.

Outro tipo de risco importante que surge nos pontos de operao o arremesso e projeo de partculas e fagulhas, especialmente naqueles em que as ferramentas ou peas so submetidas a movimentos rotatrios.

Em mquinas como o esmeril isto muito comum, e o perigo maior o dos olhos serem atingidos.

Menos comuns, porm de maior gravidade, so os acidentes em que se quebra um pedao da pea que est sendo trabalhada ou da ferramenta utilizada e estes objetos so arremessados contra o operador da mquina ou algum que esteja passando por perto. Pela velocidade com que so projetados, estes pedaos de material tornam-se verdadeiros projetis e, se atingem algum, as conseqncias podem ser graves. H casos de morte que so conseqncia de tais acidentes.

A proteo contra este tipo de risco pode ser feita atravs da instalao de anteparos ou do enclausuramento do ponto de operao. Outro cuidado a utilizao de ferramentas sem defeitos e de boa qualidade, alm de dispositivos de fixao adequados para o aprisionamento da pea que ser trabalhada.

Resumindo, para a avaliao das condies de segurana de determinada mquina, indispensvel:

a. Observar todas as partes mveis da mquina e verificar se os dispositivos de proteo esto corretamente posicionados, ou mesmo instalados, para evitar o contato acidental com essas partes, seja do operador seja de algum que esteja passando.

b. Identificar a possibilidade de haver risco de arremesso de objetos e partculas do ponto de operao e as medidas preventivas necessrias para evitar ou reduzir este risco.

FIG. 04 Esmeril. Este esmeril tem dois tipos de Proteo:

1 Uma coifa que envolve o rebolo parcialmente e;

2 Um visor colocado sobre o campo de operao.

Ambos impedem os espalhamento de fagulhas ou fragmentos de peas.

FIG. 05 Proteo em correias.

As correias de transmisso de motores devem ser protegidas. O desenho

mostra o seu enclausuramento utilizando-se de grades.

VRIAS MANEIRAS DE PROTEO DE UMA MQUINA

FIG. 06 Prensa 1.

A prensa a pedal sem protees uma mquina onde o risco de acidentes

com as mos muito grande.

FIG. 07 Prensa 2.

Aqui, a utilizao de uma pina para colocar e retirar a pea que ser

trabalhada ajuda a proteger as mos do trabalhador.

FIG. 08 Prensa 3.

Para acionar esta prensa, preciso que o trabalhador aperte simultaneamente dois botes. Desta maneira reduz-se o risco que esteja com a mo no ponto de operao quando houver o golpe do estampo.

DISPOSITIVOS DE ACIONAMENTO E PARDA

Ligar acidentalmente uma mquina pode causar um acidente quando o acionamento ocorrer no momento em que o operador estiver realizando alguma

atividade no ponto de operao. Outra situao em que o acionamento acidental da mquina pode gerar um acidente ocorre quando se est realizando a sua limpeza ou manuteno.

Por estes motivos, os mecanismos de acionamento que ligam a mquina devem ser construdos de modo a evitar que a mquina seja ligada acidentalmente. evidente que as caractersticas desses dispositivos protetores iro variar de acordo com o tipo de equipamento.

Quanto parada da mquina, os cuidados devem ser dirigidos no sentido de existirem dispositivos que a desliguem e parem o seu movimento, quando surgir alguma falha em seu funcionamento ou ocorrer algum acidente. importante assinalar que no basta a mquina ser desligada; necessrio que

existam mecanismos que brequem imediatamente os seus movimentos.A existncia de mecanismos de acionamento e parada voltados para a preveno de acidentes especialmente importante em mquinas que funcionam com o acionamento repetitivo, como o caso de prensas e guilhotinas. O grande perigo destas mquinas elas serem colocadas ou entrarem em movimento acidentalmente, quando o seu operador estiver colocando, ajustando ou retirando peas de seus pontos de operao.

FIG. 09 Serra circlar.

A serra circular uma mquina muito perigosa. Neste desenho so mostrados

alguns dispositivos que ajudam a prevenir acidentes. A coifa ajustada sobre a

serra, quando a mquina est em funcionamento.

MANUTENO E OPERAO

O funcionamento correto das mquinas e equipamentos um requisito importante na preveno de acidentes do trabalho. A sua limpeza e manuteno contribuem de modo significativo neste sentido. Em relao manuteno, preciso salientar que ela deve ser feita periodicamente, independente de a mquina apresentar defeito ou no. Esta manuteno preventiva importante porque em algumas mquinas ou equipamentos no se pode esperar que se surja algum defeito para ento consert-lo (manuteno corretiva); quando alguma falha ocorrer, poder ser tarde demais para se evitar um acidente.

RISCOS COM ELETRICIDADES

Choques eltricos so perigosos para trabalhadores que operam mquinas e equipamentos que utilizam eletricidade para seu funcionamento.

Os problemas causados por choques eltricos so de dois tipos:

- O primeiro provocado pelo choque em si que, dependendo da intensidade da corrente eltrica, pode causar queimaduras graves ou at mesmo a morte por parada cardaca;

- O segundo devido reao do indivduo quando leva o choque;

por exemplo, o choque eltrico pode assustar o trabalhador, levando-o perda de controle momentnea de seus movimentos e causando um acidente; ou ento o trabalhador pode perder o equilbrio e sofrer uma queda.

Atualmente, a maioria das mquinas, equipamentos ou ferramentas manuais fabricada com duplo isolamento, para evitar que a corrente eltrica, mesmo no caso de defeito no isolamento interno, passe pela carcaa do aparelho, energizando-a e provocando choques no operador.

Quando for usar a mquina, certifique-se de que ela tem duplo isolamento. Caso contrrio, ser necessrio providenciar o seu aterramento. Isto feito pela conexo da mquina rede eltrica, usando-se plugue de trs pinos, sendo um deles o fio terra.

9. SUPERFICIES DE TRABALHO: ANDAIME / RAMPAS /

PASSARELAS.

DEFINIES BSICAS

Superfcies de Passagem Estruturas para trnsito de pessoas, equipamentos e materiais leves utilizados na indstria da construo. Podem ser classificadas em escadas, rampas e passarelas:

a) Escadas utilizadas na indstria da construo, de uso temporrio, com o objetivo de transpor pessoas entre pisos com diferena de nvel e para servios em altura.

b) Rampas so planos inclinados, de uso temporrio, utilizados na indstria

da construo para transpor pisos com diferena de nvel.

c) Passarelas so planos horizontais, de uso temporrio, e destinam-se transposio sobre escavaes ou vos cujas margens estejam no mesmo nvel.

As escadas, rampas e passarelas so tambm definidas conforme seu ngulo

de inclinao com relao horizontal.

FIG. 10 ngulos de inclinao para surperfcie de passagem.

CONSIDERAES GERAIS SOBRE SUPERFCIES DE PASSAGEM

As escadas, rampas e passarelas, quando de madeira, recomenda-se que:

a) na construo a madeira deve ser resistente, de boa qualidade, sem presentar ns, rachaduras e estar completamente seca;

b) no utilizar tintas sobre a madeira que possam esconder eventuais defeitos, e sim aplicar produtos conservantes transparentes (vernizes, selantes, imunizantes e outros).

As escadas, rampas e passarelas podem ser tambm construdas em estruturas metlicas ou outro material que resista aos esforos solicitados. As escadas, rampas e passarelas devem ser utilizadas para o fim a que se destinam, evitando-se qualquer tipo de improvisao.

As escadas, rampas e passarelas devero ser submetidas a freqentes inspees de suas condies de uso, em especial antes de serem instaladas e/ou utilizadas.

Os pisos das escadas, rampas e passarelas devero ser dotados de sistema antiderrapante para evitar que os trabalhadores escorreguem. Tipos: chanfros,

ranhuras, rguas, frisos, entre outros, que devem ser adequados a cada tipo de

superfcie.

FIG 11 Sistema antiderrapante

Recomendamos que antes da transposio de qualquer superfcie de passagem sejam colocados, quando necessrio, capachos para limpeza da sola do calado de segurana, a fim de evitar possveis escorregamentos e quedas do trabalhador.

As partes estruturais das superfcies de passagem que sero tocadas pelas mos dos trabalhadores (montantes e corrimo) devem ser lixadas de maneira a no provocar ferimentos por farpas, rebarbas ou outras imperfeies.

ESCADAS

As escadas podem ser portteis ou fixas.

As escadas portteis podem ser de 3 tipos:

de uso individual (de mo);

dupla (cavalete ou de abrir);

extensvel.

As escadas fixas podem ser:

gaiola (marinheiro);

de uso coletivo.

ESCADAS PORTTEIS

Na utilizao de escadas portteis em local de freqente circulao de pessoas e/ou veculos, deve haver sinalizao para alertar contra possveis abalroamentos (choques, impactos, etc.).

FIG. 12 Sinalizao de escadas. De uso individual (de mo)

Utilizadas para transpor nveis e restritas para acessos provisrios e

servios de pequeno porte.

FIG. 13 Escada de uso individual (de mo).

Montantes so elementos verticais para fixao das travessas (degraus) da escada, capazes de suportar o esforo solicitado, com comprimento mximo de 7 m (sete metros) e espaamento entre eles de no mnimo 0,45 m (quarenta e cinco centmetros) e no mximo de 0,55 m (cinqenta e cincocentmetros).

Travessas (degraus) so elementos horizontais fixados nos montantes, capazes de suportar o esforo solicitado, com espaamento entre eles de no mnimo 0,25 m (vinte e cinco centmetros) e no mximo de 0,30 m (trinta centmetros), de forma constante, devendo suportar uma carga de 160 kgf (cento e sessenta quilogramas-fora) em seu ponto mais desfavorvel. As travessas devero ser fixadas aos montantes por meio de cavilhas ou outros meios que garantam sua rigidez.

FIG. 14 Travessas e cavilhas.

FIG. 15 Dimensionamento e ngulo ideal.

54

FIG. 16 Amarrao de escadas.

RAMPAS E PASSARELAS

As rampas so superfcies de passagem para transpor pessoas e materiais, constitudas de planos inclinados que formam com a horizontal ngulos que variam de 0 (zero grau) at 15 (quinze graus). Os ngulos citados so uma recomendao visando evitar esforo excessivo dos trabalhadores ao transpora

rampa.

FIG. 17 Rampa GCR, para transpor pessoas e materiais.

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As passarelas so superfcies de passagem para transpor pessoas e

materiais sobre vos constitudos por um plano horizontal (0 zero grau).

FIG. 18 Rampa com CGR.

No deve haver ressaltos entre o piso da rampa ou passarela e as

superfcies a serem atingidas.

Para obter um maior fluxo de trabalhadores, sem prejudicar sua segurana,

a largura da rampa ou passarela dada em funo do nmero de trabalhadores

que a utilizam. Desse modo se estabelece:

TABELA 03 Largura de rampas.

A rampa ou passarela com largura superior a 1,50 m (um metro e

cinqenta centmetros) deve possuir reforo inferior intermedirio para evitar a

flexo do piso.

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FIG. 19 Rampa

As rampas e passarelas devem ser providas de um guarda-corpo com

altura de 1,20 m (um metro e vinte centmetros) para o travesso superior, 0,70

m (setenta centmetros) para o travesso intermedirio, com rodap 0,20 m

(vinte centmetros) de altura.

FIG. 20 - Passarela com GCR.

As rampas com inclinao entre 6 (seis graus) e 20 (vinte graus) devem

ser dotadas de sistema antiderrapante, tipo friso, rguas ou outros meios que

evitem escorregamento do trabalhador.

Os apoios das extremidades das passarelas devem ultrapassar, no mnimo,

de cada lado, 1/4 da largura total do vo, e devero ser fixados de modo a

garantir sua estabilidade.

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Dever ser tecnicamente garantida a estabilidade do talude em terrenos

naturais instveis.

As reas prximas aos acessos das rampas ou passarelas devero ser

protegidas por sistema de guarda-corpo, bem como ser sinalizadas.

Escadas, tbuas e outros materiais no podero ser utilizados como rampas

e passarelas, devendo ser evitada qualquer improvisao.

FIG. 21 Rampa com sinalizao.

10. INSPEO DE SEGURANA NOS AMBIENTES DE

TRABALHO.

CONCEITO

Inspeo e Segurana uma vistoria feita nos locais de trabalho, reas

externas e instalaes, abordando os aspectos relativos a Higiene, Segurana do

Trabalho e Preveno de Incndios

IMPORTNCIA

A inspeo para descobrir riscos corrigveis, a inspeo de segurana, como

chamada geralmente, sem dvida alguma a forma mais antiga de evitar

acidentes.

O movimento em favor da segurana industrial teve o seu comeo ao

compreender-se que, pelo menos, determinados riscos podiam e deviam ser

evitados. Quando um operrio teve seus dedos amputados entre um par de

engrenagens ou morreu ao cair de um passadio elevado que no tinha corrimo

ao largo da plataforma, concluiu-se tambm da necessidade de se fazer uma

inspeo nos locais de trabalho em busca de outros pontos de perigo.

58

Portanto, desde os princpios do movimento, a inspeo de segurana

constitui-se uma atividade muito importante em todas as empresas que tratavam

verdadeiramente de evitar as leses entre seus empregados. Assim, o programa

de inspeo bem organizado e diversificado, tem sido considerado um meio eficaz

para estimular e preservar o interesse dos empregados quanto segurana.

A inspeo de segurana possibilita a determinao dos meios preventivos,

antes da ocorrncia dos acidentes, estimula e preserva o interesse dos

empregados quanto segurana, e desenvolve a mentalidade prevencionista.

A inspeo de segurana tem como finalidade, identificar prticas e

condies inseguras, dependncias de higiene precria, possveis focos de

princpios de incndios, com o propsito de elimina-los de imediato, se possvel.

a parte integrante da rotina de trabalho dos Tcnicos de Segurana do Trabalho.

FASES

Observao fundamental para detectar problemas

Informao - setores inspecionados devem ser informados das

irregularidades detectadas.

Registro os resultados devem ser registrados em documentos prprios.

Encaminhamento aps o registro, o documento deve ser encaminhado

para o setor que dever que dever tomar as providncias cabveis.

Acompanhamento certifica-se que os procedimentos esto de acordo

com o planejado

Aprovao Final os servios devero ter o aval do profissional de

segurana.

CLASSIFICAO DAS INSPEES

I. QUANTO ABRAGNCIA

a) Inspees Gerais abrangem toda a rea da empresa, de maneira a

vistoriar os aspectos relacionados higiene e segurana do trabalho.

conveniente que delas participem Chefes de Departamentos, Chefe de

Diviso, Mdicos, Engenheiros e Supervisores de Segurana do

Trabalho.

59

b) Inspees Parciais So as que se limitam apenas a parte da rea

total, a determinadas atividades, ou a certos equipamentos e

mquinas existentes.

II. QUANTO PERIODICIDADE

a) Peridicas realizadas em intervalos regulares efetuadas conforme

uma prvia programao, em funo de especificidade do local de

trabalho, recomendaes de fabricantes ou normas. Visam apontar

riscos previstos, isto , que possam surgir, devido a desgastes,

fadigas, exposio a certas agressividades do ambiente a que esto

submetidas mquianas, ferramentas, instalaes, etc. Algumas

dessas inspees so obrigatrias por lei, como no caso de extintores

de incndio, caldeiras, elevadores.

b) De rotina em funo de uma certa frequncia, visando detectar

problemas de segurana do dia-a-dia

c) Eventuais sem aviso prvio, objetivando determinar situaes que

rotineiramente no so detectadas.

III. QUANTO AO CARTER

a) Especiais atendendo a solicitao de algum setor da

empresa/estabelecimento, em decorrncia de problemas detectados

ou denunciados.

b) Oficiais atendendo a notificao de alguma autoridade

constituida.

RESULTADOS

Possibilitam o entrosamento entre os servios de segurana e os

demais setores.

Ajudam a fixar nos empregados os propsitos da segurana do

trabalho.

Incentivam todas as pessoas a participarem como inspetores de

segurana.

Divulgam as atividades do servio de segurana da empresa.