apostila sobre inclusão

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DANIELA SOARES DE AZEVEDO DELBONE INCLUSÃO SOCIAL E ESCOLAR FATEC – Faculdade de Teologia e Ciência

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Material de estudo sobre a inclusão de pessoas especiais.

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Page 1: Apostila sobre inclusão

DANIELA SOARES DE AZEVEDO DELBONE

INCLUSÃO SOCIAL E ESCOLAR

FATEC – Faculdade de Teologia e Ciência

Page 2: Apostila sobre inclusão

“Direitos Humanos, democracia e acessibilidade

são indissolúveis, pois representa o respeito e a

valorização da diversidade humana, como

instrumento de bem-estar e desenvolvimento

inclusivo.” Ministro Nilmário Miranda

“A história nada faz, ela não possui uma riqueza

colossal, ela não conduz lutas! Pelo contrário é o

homem, o homem real e vivo que tudo faz, que trava

a luta; não é a história que usa o homem para

realizar seus fins - como se fosse uma pessoa à parte

- porém ela nada mais é do que a atividade do

homem que persegue seus fins.” Karl Marx.

Page 3: Apostila sobre inclusão

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 4

1 INCLUSÃO SOCIAL ............................................................ Erro! Indicador não definido.

1.1 Definições............................................................................................................................. 6

1.1.1 Gradações das Deficiências ............................................................................................... 6

1.2 Aspectos históricos ............................................................................................................... 8

1.3 A denominação da deficiência.............................................................................................. 9

2 INCLUSÃO ESCOLAR........................................................................................................ 13

2.1 Fases da Educação para a pessoa com deficiência ............................................................. 13

2.2 Conceitos e Princípios ........................................................................................................ 14

3 LEGISLAÇÃO ...................................................................................................................... 16

3.1 Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996 .......................................................................... 16

3.2 Dados Estatísticos............................................................................................................... 20

4 DEFICIÊNCIA: VERDADES E MITOS.............................................................................. 21

4.1 Verdades ............................................................................................................................. 21

4.2 Mitos................................................................................................................................... 21

5 PRECONCEITO.................................................................................................................... 22

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................24

REFERÊNCIAS........................................................................................................................25

Page 4: Apostila sobre inclusão

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais muito se ouve falar sobre a inclusão social, sempre

mostrando os dois lados da moeda, na escola pública e na particular, nos cursos e nas

empresas, e também na mídia o que se torna muito importante para o progresso tanto da nação

como para o progresso interior, enquanto pessoa social.

Este termo “inclusão social” tem sido bastante veiculado e discutido, em

substituição ao conceito utilizado anteriormente, de “integração social”, em muitos países,

não apenas no Brasil. Porém, há várias acepções deste termo, que introduz um novo

paradigma em nossa sociedade e assinala outra etapa no processo de conquista dos direitos

por parte das pessoas com deficiência e de simpatizantes desta causa.

Inclusão (compreender, abranger) Social (sociedade ou relativo a ela).

Inclusão Social nada mais é que trazer aquele que é excluído socialmente por algum motivo,

para uma sociedade que participe de todos os aspectos e dimensões da vida - o econômico, o

cultural, o político, o religioso e todos os demais, além do ambiental.

Porém essa inclusão para muitos se torna incompreensível, porque será? É

difícil manter contatos com pessoas que necessitam dessa inclusão social? Quando dizemos

inclusão não é somente para alunos com deficiência, é para todos que de alguma forma

sentem-se excluídos em alguma situação e que geralmente são os pobres, negros e pardos,

crianças e idosos, mulheres, homossexuais entre outros.

A realidade é que a sociedade quer enxergar somente aquilo que deseja o

que torna os obstáculos ainda mais difíceis. Mas como podemos mudar esse quadro, com um

trabalho árduo de sociabilidade, respeito e cidadania. A troca de conhecimentos que será

adquirido através da inclusão social é vantajosa para todos, tanto para aqueles que ensinam

como também para aqueles que aprendem.

A inclusão social vai além de um rótulo que foi dado a ela, é o que podemos

chamar de processo de atitudes afirmativas, no sentido de inserir os menos favorecidos no

Page 5: Apostila sobre inclusão

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contexto social. É através da troca do conhecimento que ninguém sairá perdendo, todos

ganham de alguma forma seja ela através do conhecimento teórico ou também do

conhecimento afetivo adquirido em determinadas situações.

Um ponto importante sobre a inclusão social é percebemos que o fato de

incluir significa também que devemos capacitar, a quem, as pessoas, aos professores, as

empresas e até mesmo aos alunos, pois a eles competem a maior tarefa que é a de aceitação do

grupo. Claro é que essa capacitação não é de uma hora para outra, mas aos poucos isso é

relevante e dará muitos resultados.

Em outro ponto é interessante lembrar que o trabalho de conscientização

tem de ser contínuo para com a população e também através da mídia, pois essa é uma forte

aliada na luta contra a exclusão.

Sabemos que não há possibilidades de uma utopia tornar realidade, mas

sabemos que está em cada pessoa, brasileiro, professor, pai, vizinho, amigo, parente entre

muitos outros que fazem parte desse círculo à responsabilidade de trazer um sorriso de quem

foi excluído, mostrando para ele que existe uma luz em seu caminho.

A cada um de nós compete à responsabilidade social de mudarmos este

quadro em nosso país, buscando soluções para situações diversas. A inclusão social é

certamente o caminho para mudarmos a imagem do nosso país, que é palco das maiores

injustiças social.

Page 6: Apostila sobre inclusão

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1 INCLUSÃO SOCIAL

Deficiente: adj2g. 1. Em que há deficiência. S2g. 2. Pessoa que apresenta deficiência física ou psíquica.

Incluir: v.t.d. 1. Compreender, abranger. 2. Conter em si. 3. Inserir, introduzir. T.d.i. 4. Incluir (3). P. 5. Estar incluído ou compreendido; fazer parte; inserir-se. § inclusão sf.

Inserir: v.t.d.i. 1. Introduzir, incluir. P. 2. Fixar-se, implantar-se. 3. Meter-se, pôr-se.

1.1 Definições

Para melhor adentrarmos neste estudo se faz necessária uma breve passagem

pelos significados de alguns termos, no entanto, para não correr o risco de desvio de

conceitos, optamos por trabalhar inicialmente com o Minidicionário Aurélio da Língua

Portuguesa, sendo suas referências:

• Deficiência: sf. 1. Falta, carência. 2. Insuficiência.

• Inserção: sf. Ato ou efeito de inserir-(se). (FERREIRA, 2006).

1.1.1 Gradações

É fácil perceber que, qualquer que seja o tipo de deficiência, ela apresenta

gradações: há pessoas com comprometimentos maiores, que exigem equipamentos como

cadeira de rodas, e há outras cujas limitações são menores; algumas conseguem aprender a ler

e escrever, mas outras não. A Organização Mundial da Saúde define estes graus usando as

seguintes classificações:

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• Desvantagem (handicap):

No domínio da saúde, a desvantagem representa um impedimento sofrido por um dado indivíduo, resultante de uma deficiência ou de uma incapacidade, que lhe limita ou lhe impede o desempenho de uma atividade considerada normal para ele, levando em conta a idade, o sexo e os fatores sócio-culturais. (OMS, 1980, p. 37 apud GIL, 2008, p. 1).

A situação de desvantagem só se determina em relação a outros, sendo por

isso um fenômeno social. Caracteriza-se por uma discordância entre o nível de desempenho

do indivíduo e as expectativas que o seu grupo social tem em relação a ele. A situação de

desvantagem expressa, pois, o conjunto de atitudes e respostas dos que não sofrem de

desvantagens.

• Deficiência: “No domínio da saúde, deficiência representa qualquer

perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica”. Dizer

que um indivíduo “tem uma deficiência” não implica, portanto, que ele tenha uma doença

nem que tenha de ser encarado como “doente”.

• Incapacidade: No campo da saúde, indica uma desvantagem individual,

resultante da desvantagem ou da deficiência, que limita ou impede o cumprimento ou

desempenho de um papel social, dependendo da idade, sexo e fatores sociais e culturais.

A incapacidade, estabelecendo a conexão entre a deficiência e a

desvantagem, representa um desvio da norma relativamente ao comportamento ou atividade

habitualmente esperados do indivíduo. A incapacidade não é um desvio do órgão ou do

mecanismo, mas sim um “desvio” em termos de atuação global do indivíduo e pode ser

temporária ou permanente, reversível ou irreversível, progressiva ou regressiva.

Estes conceitos da OMS são seguidos por praticamente todas as

organizações internacionais que abordam a problemática da Deficiência: UNESCO,

International Rehabilitation, OIT, ONU e outras. Trazendo estes conceitos para o contexto da

inclusão das pessoas com deficiências no mercado de trabalho, podemos perceber que os

aspectos que adquirem maior relevância neste cenário são as desvantagens funcionais que eles

apresentam. Nem sempre as empresas estão preparadas para lidar com elas e não sabem o que

fazer. Isso cria um desconforto na interação social. Estas atitudes mostram a existência de

preconceitos e de estigma.

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1.2 Aspectos históricos

Segundo relatos no século XV na Roma, as crianças que nasciam com

alguma deformidade eram deixadas para serem abrigadas em igrejas, tornando-se

posteriormente em bobos da corte, ou então, eram abandonadas nos esgotos da cidade.

Entre os séculos XVI ao XIX as pessoas com deficiência ainda eram

isoladas, e só com o passar do tempo é que elas passaram a se encontrar em asilos, conventos

e albergues, mas somente no século XX que as pessoas com deficiência começaram ser

consideradas cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade, embora essa

participação ocorria prioritariamente no âmbito assistencial.

Um dos fatores que favoreceu e até mesmo mudou o olhar da população

para com as pessoas com deficiência foram as duas guerras mundiais, pois a partir delas,

muitos soldados voltaram para seu país com algum acometimento físico, ou seja, passaram a

ser deficiente.

Os Estados Unidos foi o primeiro país a promulgar leis referentes à

reabilitação vocacional para atender os soldados ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial

que naquele momento eram portadores de deficiência.

No entanto, foi entre as décadas de 60 e 70 por meio dos movimentos de

reivindicação popular e a retomada pelos então considerados grupos minoritários da Carta das

Nações Unidas de 1945 que a pessoa com deficiência foi adquirindo influencia política.

Segundo Araújo (2006, p. 251) foi a partir dos anos 70 que o movimento de

“vida independente” se inicia. Tal movimento objetivou fundamentalmente eliminar a

dependência e ressaltar o direito das pessoas com deficiência em construírem sua autonomia,

passando a serem sujeitos e não objetos das decisões.

Por volta das últimas décadas, particularmente na década de 80, é que a

abordagem da deficiência sofreu grandes alterações no que diz respeito ao seu aspecto

conceitual, introduzindo a dimensão sócio-política e passando a ser mais abrangente e não se

referir apenas ao indivíduo, mas sim a toda a sociedade.

As pessoas com deficiência, suas famílias e suas organizações tem sustentado uma luta permanente pelo reconhecimento de seus direitos como cidadão [...] Durante muito tempo a deficiência foi abordada e tratada como sendo um problema do indivíduo, e não como resultado da relação deste com co seu meio. (CANZIANI, 2006, p. 250).

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Particularmente, no Brasil, os assuntos pertinentes à pessoa com deficiência

passaram a ser incorporado a uma nova dimensão a partir dos anos 80, sendo a Constituição

Federal de 1988 um grande avanço para essa proposta, pois veio para promover e garantir os

direitos dos cidadãos, consolidando igualdade para todos:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, [...]. (Art. 5º - CF).

1.3 A denominação da deficiência

Ainda que possa parecer a alguns inexistir importância no exame da questão

sobre como devam ser chamados aqueles que tenham deficiência de algum tipo e que ensejem

cuidados especiais, a própria dignidade de cada um dos alcançados por situação dessa ordem,

no que se há ter como envolvido o principio da igualdade, faz com que, tanto por uma questão

de respeito quanto de solidariedade humana, procure-se não estabelecer tratamento que possa

significar desconsideração ou diferenciação no tocante aos demais cidadãos.

Pelo relevo que o assunto tem e o próprio tratamento díspar que se lhe tem

sido dirigido durante anos, Romeu Kazumi Sassaki (2003, p. 12-16) ocupou-se em pesquisar e

escrever o artigo intitulado Como Chamar as Pessoas que têm Deficiência?, publicado no

livreto Vida Independente: História, Movimento, Liderança, Conceito, Filosofia e

Fundamentos.

Nesse trabalho, observa seu autor que o debate sobre qual o tratamento a ser

dado às pessoas com deficiência surgiu nos movimentos mundiais em que elas se reúnem,

elaborando ele, inclusive, interessante gráfico sobre as várias épocas, termos e significados

atribuídos àqueles com tal condição, em que menciona, ademais, o valor correspondente à

pessoa, conforme o movimento, sendo oportuna sua referência nestas notas.

Assim durante séculos foram tratados como inválidos e considerados

inúteis, enquanto do início do século XX até cerca de 1960 foram chamados incapacitados

(pessoas sem capacidade), chegando, contudo, a significar pessoas com capacidade residual.

Por volta de 1960 até 1980, a denominação passa a ser a de pessoas

defeituosas (com deformidades) ou deficientes (de ordem variada), alem de excepcionais, com

o sentido de pessoas com deficiência intelectual, passando, de 1981 a 1987, ao tratamento de

“pessoas deficientes”, o que causou impacto profundo, de acordo com o autor aludido e que

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ajudou a melhorar a imagem dessas pessoas, que, a partir de 1988 até 1993, vieram a ser

tratadas como “pessoas portadoras de deficiência”.

A contar de 1990, passam a ser denominadas “pessoas com necessidades

especiais”, do que resultou “portadores de necessidades especiais”, sendo que nessa mesma

época outras formas também passaram a ser utilizadas e “surgiram expressões como ‘crianças

especiais’, ‘alunos especiais’, ‘pacientes especiais’ e assim por diante, numa tentativa de

amenizar a contundência da palavra ‘deficientes’”, ainda de acordo com Romeu Kazumi

Sassaki (2003, p. 15).

Entretanto, em junho de 1994, “A Declaração de Salamanca preconiza a

educação inclusiva para todos, tenham ou não uma deficiência, sendo que com ou sem

deficiência, [...] têm o direito de fazer parte das escolas inclusivas e da sociedade inclusiva”.

Conforme artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, por Frei Betto apud Revista do

Advogado, (2007, p. 10), propondo a utilização do termo “portadores de direitos especiais”.

Sobre essa denominação, Sassaki apresenta objeção que se tem como válida,

consubstanciada em que “O termo ‘portadores’ já vem sendo questionado por sua alusão a

‘carregadores’, pessoas que ‘portam’ (levam) uma deficiência. O termo ‘direitos especiais’ é

contraditório porque as pessoas com deficiência exigem equiparação de direitos e não direitos

especiais. E mesmo que defendessem direitos especiais, o nome ‘portadores de direitos

especiais’ não poderia ser exclusivo das pessoas com deficiência, pois qualquer outro grupo

vulnerável pode reivindicar direitos especiais”.

Há muitas maneiras de conceituar quem pode ser classificado como portador

de deficiência; estes conceitos mudaram, ao longo da História, assim como as palavras

utilizadas para exprimi-los. Termos como: retardado, doentinho, aleijado, surdo-mudo,

surdinho, mudinho, excepcional, mongolóide, débil mental e outros não são mais aceitos,

atualmente, pois carregam muitos preconceitos. E todos nós sabemos o quanto às palavras são

poderosas...

Atualmente, os termos adequados são: Pessoa Portadora de Deficiência,

Pessoa com Deficiência ou Pessoa com Necessidades Especiais. Sendo importante salientar

que dentre estas terminologias considera-se atualizada “Pessoa com deficiência”. Estes termos

sinalizam que, em primeiro lugar, referimo-nos a uma pessoa que, dentre outros atributos e

características, tem uma deficiência, mas que não deixa de ser importante e de ter qualidades e

potencialidades.

Page 11: Apostila sobre inclusão

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Vale salientar que estes termos também despertam controvérsias; cada um

deles tem defensores, com argumentos próprios. Assim acreditamos que o fundamental é

referir-se a estas pessoas ou conversar com elas de forma natural e respeitosa.

Em termos gerais, podemos definir que “Pessoa com Deficiência” é a que

apresenta, em comparação com a maioria das pessoas, significativas diferenças físicas,

sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos e/ou adquiridos, de caráter permanente

e que acarretam dificuldades em sua interação com o meio físico e social.

Quando nos referimos à pessoa com deficiência, estaremos nos referindo a

qualquer tipo de deficiência, pois o presente trabalho busca um olhar amplo para esta questão.

Para tanto, tomamos como base o artigo 4º do Decreto n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999,

que diz:

Art. 4º. É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias: I - deficiência física; II - deficiência auditiva; III - deficiência visual; IV - deficiência mental; V - deficiência múltipla.

Sendo elas:

• Deficiência Física: Alteração completa ou parcial de um ou mais

segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-

se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,

triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia

cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas

e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

• Deficiência Auditiva: Perda parcial ou total das possibilidades auditivas

sonoras, variando em graus e níveis que vão de 25 decibéis (surdez leve) a anacusia (surdez

profunda);

• Deficiência Visual: Acuidade visual igual ou menor que 20/200 no

melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20 (tabela de Snellen), ou

ocorrência simultânea de ambas as situações;

• Deficiência Mental: Funcionamento intelectual geral significativamente

abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações

associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em

responder adequadamente às demandas da sociedade;

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• Deficiência Múltipla: É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou

mais deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que

acarretam conseqüências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.

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2 INCLUSÃO ESCOLAR

2.1 Fases da Educação para a pessoa com deficiência

O processo educacional passou por diversas fases no que diz respeito ao

envolvimento da pessoa com deficiência no âmbito escolar. De uma maneira sintetizada,

segue abaixo tais etapas:

• Exclusão: nenhuma atenção educacional foi provida nesta fase. As

pessoas com deficiência eram consideradas indignas de educação escolar.

• Segregação Institucional: mediante a situação na qual as pessoas com

deficiências eram impossibilidade de acesso a educação escolar, as famílias passaram

a se unir no intuito de criar escolas especiais onde seus filhos poderiam ter acesso ao

estudo. Foi então nessa fase que se instituiu as entidades educacionais e assistenciais

para atender a esta demanda, como por exemplo, as APAES.

• Integração: a partir do movimento da integração, as crianças e jovens,

considerados mais “aptos”, passaram a ser encaminhados às escolas comuns, classes

especiais e salas de recurso. No entanto, neste período os alunos é quem deveriam

adaptar-se ao sistema escolar e não à escola, ou seja, o aluno é quem deveria fazer um

esforço exorbitante para conseguir alcançar os objetivos propostos.

• Inclusão: ainda em desenvolvimento, esta fase tem como objetivo

incluir todas as pessoas nas salas de aula. Proporcionando que os ambientes físicos e

os procedimentos educativos sejam adaptados para acomodar a diversidade do aluno.

As escolas levam em consideração as necessidades de todos os alunos.

Page 14: Apostila sobre inclusão

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2.2 Conceitos e Princípios

Teoricamente a inclusão traz consigo alguns conceitos, tanto

classificando o que é inclusão como o que não é considerado inclusão. Vejamos alguns

exemplos:

Inclusão é:

• Atender aos estudantes com deficiência nas proximidades da sua residência, sem que haja a

necessidade de uma grande locomoção até uma escola acessível;

• Propiciar ampliação do acesso desses alunos às classes comuns;

• Propiciar aos professores da classe comum um suporte técnico, com atendimento integrado;

• Perceber que as crianças aprendem juntas, mesmo tendo processos diferentes;

• Levar professores a estabelecer formas criativas de atuação.

Inclusão não é:

•Levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor especializado;

• Ignorar as necessidades específicas de cada aluno;

• Fazer crianças seguirem um processo único de desenvolvimento, ao mesmo tempo e para

todas as idades;

• Esperar que professores de classe regular ensine crianças com deficiência sem nenhum

suporte técnico.

O movimento da Educação Inclusiva começou por volta de 1975 com o

objetivo de construir uma sociedade na qual todas as pessoas, independentemente de suas

limitações possam usufruir dos benefícios postos à sociedade. Para a construção deste

movimento, foi levado em consideração, ou melhor, foram tidos como inspiração os seguintes

princípios:

- Celebração das diferenças;

- Direito de pertencer;

- Valorização da diversidade humana;

- Aprendizado cooperativo;

- Solidariedade humana;

- Igual importância das minorias em relação à maioria;

- Cidadania e qualidade de vida.

Com relação a este último item, torna-se interessante abordar que, quando a inclusão

verdadeiramente acontece à qualidade de vida tanto dos alunos com deficiência, quanto dos

alunos sem deficiência, se destaca e propicia o exercício de uma cidadania mais efetiva.

Page 15: Apostila sobre inclusão

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Vejamos alguns exemplos significativos baseados no relatório da Organização das Nações

Unidas - ONU:

Estudantes com deficiência:

• Aprendem a gostar da diversidade;

• Adquirem experiência direta com a variedade das capacidades humanas;

• Demonstram crescente responsabilidade e melhor aprendizado através do trabalho em

grupo;

• Ficam mais bem preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada, pois

entendem que são diferentes, mas não inferiores.

Estudantes sem deficiência:

• Tem acesso a uma gama bem mais ampla de papéis sociais;

• Perdem o medo e o preconceito com relação à pessoa com deficiência;

• Desenvolvem a cooperação e a tolerância;

• Adquirem grande senso de responsabilidade e melhoram o rendimento escolar;

• São mais bem preparados para a vida adulta porque desde cedo assimilam que as pessoas, as

famílias e os espaços sociais não são homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para

o ser humano.

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3 LEGISLAÇÃO

3.1 Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) define e regulariza o

sistema de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição. Foi citada

pela primeira vez na Constituição de 1934.

A primeira LDB foi criada em 1961, seguida por uma versão em 1971, que

vigorou até a promulgação da mais recente em 1996.

Com a promulgação da Constituição de 1988, a LDB anterior (4024/61) foi

considerada obsoleta, mas apenas em 1996 o debate sobre a nova lei foi concluído.

A atual LDB (Lei 9394/96) foi sancionada pelo presidente Fernando

Henrique Cardoso e pelo ministro da educação Paulo Renato em 20 de dezembro de 1996.

Baseada no princípio do direito universal à educação para todos, a LDB de 1996 trouxe

diversas mudanças em relação às leis anteriores, como a inclusão da educação infantil

(creches e pré-escolas) como primeira etapa da educação básica.

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Título I

Da Educação

Art. 1º A educação abrange os processos formativos, na convivência humana, no trabalho, nas

instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e

nas manifestações culturais.

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio

do ensino, em instituições próprias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

Título II

Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Art. 2 A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos

ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,

seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

A finalidade da Educação é de tríplice natureza:

1. Pleno desenvolvimento do educando: Educação, como processo intencional, deve

contribuir para que o organismo psicológico do aprendiz se desenvolva numa trajetória

harmoniosa e progressiva.

2. Preparo para exercício da cidadania: O conceito de cidadania centra-se na condição básica

de ser cidadão, isto é, titular de direitos e de deveres a partir de uma condição universal (Carta

de Direitos da Organização das Nações Unidas) e de uma condição particular da Constituição

Federal: todos são iguais perante a lei.

Exemplo: educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, previdência social, proteção à

maternidade e á infância.

3. Qualificação para o trabalho: A relação educação-trabalho estimula o estudante, a inserir o

aprendizado nas formas de produtividade.

Art. 3 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o

saber;

III. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância;

Page 18: Apostila sobre inclusão

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V. Coexistência de instituições públicas em estabelecimentos oficiais;

VII. Valorização do profissional da educação escolar;

VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas

de ensino;

IX. Garantia de padrão de qualidade;

X. Valorização da experiência extra-escolar;

XI. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Capítulo V

Da Educação Especial

Art. 58 Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação

escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de

necessidades especiais

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para

atender às peculiaridades da clientela da educação especial.

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados,

sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua

integração nas classes comuns de ensino regular.

§ 3º A oferta de Educação Especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária

de zero a seis anos, durante a educação infantil.

Art. 59 Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I. Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às

suas necessidades;

II. Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a

conclusão do Ensino Fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir

em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

III. Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento

especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses

educandos nas classes comuns;

IV. Educação Especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade,

inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho

Page 19: Apostila sobre inclusão

19

competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que

apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V. Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o

respectivo nível do ensino regular.

CARACTERIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

É possível identificar as seguintes alternativas de atendimento educacional

para alunos com deficiência, de acordo com os diferentes tipos, graus e níveis de ensino.

1. Estabelecimento da Rede Regular de Ensino / Classe Comum: A escola comum poderá

oferecer atendimento desde o nível pré escolar até o ensino profissionalizante, propiciando a

integração gradativa do aluno, com o apoio de serviços especializados, estruturas físicas e

pedagógicas adquiridas.

2. Classe Especial Integrada à Escola Comum: O educando passa todo o tempo na classe

especial integrada à escola comum sob os cuidados de um professor especializado,

responsável pelo planejamento e desenvolvimento das atividades educacionais específicas.

3. Sala de Recursos: Poderá ser usada para as seguintes atividades: observação do educando,

ensino, avaliação e demonstração de aprendizagem, complementação curricular específicas,

dentre outros.

4. Ensino com Professor Itinerante: trabalho educativo desenvolvido em várias escolas, no lar

e /ou hospital por docente especializado, que periodicamente trabalha com o educando

portador de necessidades especiais e com o professor de classe comum, proporcionando-lhes

orientação, ensinamentos e supervisão.

5. Escola Especial: é uma “instituição especializada, destinada a prestar atendimento a

educandos portadores de deficiências e de condutas típicas, onde são desenvolvidos e

utilizados, por profissionais qualificados, currículos adaptados, programas e procedimentos

metodológicos diferenciados, apoiados em equipamentos e materiais didáticos específicos”.

EDUCAÇÃO INFANTIL

A expansão da Educação Infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de

forma crescente nas últimas décadas, estando a sociedade mais consciente da importância das

experiências na primeira infância. Assim, desde a Constituição Federal de 1998, a Educação

Infantil em creches e pré escolas passou a ser, ao menos do ponto de vista legal, um dever do

Estado e um direito da criança (gratuidade do ensino).

Page 20: Apostila sobre inclusão

20

3.2 Dados Estatísticos

Crianças com Necessidades Especiais (CEMI – Centro de Educação Municipal Infantil)

Surdez Visual

Leve Moderado Severa Profunda Baixa

Visão Cegueira

Mental Física Total

1 1 1 3

1 1

2 2

Total 6

Crianças com Necessidades Especiais (CEM – Centro de Educação Municipal)

Surdez Visual

Leve Moderado Severa Profunda Baixa

Visão Cegueira

Mental Física Total

1 2 3

1 1

4 4

1 2 3

9 9

1 4 5

1 1

4 1 5

1 1 3 5

1 3 4

1 1 1 3

Total 1 3 1 34 2 43

Sala de Recursos

� Duas (02) Salas de Recurso em Deficiência Mental no C.E.M “Profº Faustino

Pedroso”

� Uma (01) Sala de Recurso em Surdez, Parceria com a E.E “José Manoel Lobo”

Fonte: Secretaria Municipal da Educação e Cultura de Votuporanga – Junho2008

Page 21: Apostila sobre inclusão

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4 DEFICIÊNCIA: VERDADES E MITOS

4.1 Deficiência: verdades e mitos

Muito se ouve falar a respeito das pessoas com deficiência, mas nem sempre

tudo o que se é falado tem procedência verídica. Dessa forma, no intuito de ampliarmos nosso

conhecimento referente a essa temática, se abordará de forma sucinta e objetiva algumas

frases ditas populares. Tal abordagem estará dividida em duas partes: verdades e mitos.

4.1.1 Verdades

• Deficiência não é doença;

• Algumas crianças portadoras de deficiências podem necessitar de

escolas especiais;

• As adaptações são recursos necessários para facilitar a integração dos

educandos com necessidades especiais nas escolas;

• Síndromes de origem genética não são contagiosas;

• Deficiente mental não é louco.

4.1.2 Mitos

• Todo surdo é mudo;

• Todo cego tem tendência à música;

• Deficiência é sempre fruto de herança familiar;

• Existem remédios milagrosos que curam as deficiências;

• As pessoas com necessidades especiais são eternas crianças;

• Todo deficiente mental é dependente.

Page 22: Apostila sobre inclusão

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5 PRECONCEITO

5.1 Preconceito

“Preconceito sm. 1. Idéia preconcebida. 2. Suspeita, intolerância,

intolerância, aversão a outras raças, credos, religiões, etc.” (FERREIRA, 2006).

É normal ter preconceito?

Infelizmente o preconceito faz parte da natureza humana, desde o início dos

tempos. O homem desconfia e tem medo de tudo o que é diferente dele mesmo. O “outro”

inspira receio, temor, insegurança; daí para adotar atitudes defensivas e de ataque é um passo.

Esses sentimentos eram importantes no tempo das cavernas, quando os homens eram poucos e

lutavam bravamente para sobreviver em um ambiente hostil. Infelizmente, persistem até hoje,

nas lutas entre católicos e protestantes, árabes e judeus, muçulmanos e cristãos, brancos e

negros... A lista dos pontos de divergência é grande, mas, no fundo, o ponto essencial reside

na diferença entre Eu e o Outro.

A rotina das relações sociais nos leva, mais ou menos conscientemente, a

“classificar” as pessoas de acordo com uma escala de valores a priori, como resultante da

nossa educação e das nossas referências culturais (do lugar que ocupamos na “escala social”).

Os critérios dessa “classificação” são variados: a qualidade da expressão, o modo de olhar, a

maneira de comer, a forma de andar, a forma de vestir, o senso de humor etc.

Muitas vezes, a segregação começa a partir da colocação de “rótulos” ou de

“etiquetas” nas pessoas com deficiência, do tipo “não vai aprender a ler”, “não pode fazer tal

movimento” e outros. Estas “etiquetas” têm conseqüências sobre a forma como estas pessoas

são aceitas pela sociedade e não permitem que a própria pessoa se exprima e mostre do que é

Page 23: Apostila sobre inclusão

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capaz. A ênfase recai sobre a Incapacidade, sobre a Deficiência e não sobre a Eficiência, a

Capacidade e a Possibilidade.

O normal e o estigmatizado não são pessoas concretas e sim, perspectivas que são geradas em situações sociais. Assim, nenhuma diferença é em si mesma vantajosa ou desvantajosa, pois a mesma característica pode mudar sua significação, dependendo dos olhares que se lançam sobre elas. (PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA, 1998).

Felizmente, esta postura começa a ser alterada e os profissionais,

principalmente na área da Educação, estão voltando o diagnóstico e a atuação para as

possibilidades e os recursos que a pessoa com de deficiência tem.

E, deste ponto de vista, a heterogeneidade, característica presente em

qualquer grupo humano, passa a ser vista como fator imprescindível para as interações

sociais, prioritariamente dentro das empresas.

A partir do reconhecimento e da aceitação de nossos preconceitos e

desconfianças, estamos aptos a mudar nosso comportamento e a aceitar que o objeto destes

sentimentos é uma pessoa como nós, ou seja, começaremos a identificar os pontos comuns

entre nós e não mais a acentuar as diferenças. Poderemos, então, identificar o que nos une e

constatar que nossa essência é a mesma: somos seres humanos, cuja diversidade indica

riqueza de situações e possibilidade de intercâmbio de vivências e de aprendizagem.

Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais,

contextos familiares, valores e níveis de conhecimento de cada um imprimem ao cotidiano a

possibilidade de troca de repertórios, de visão de mundo, bem como os confrontos e a ajuda

mútua, e a conseqüente ampliação das capacidades individuais.

Page 24: Apostila sobre inclusão

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Inclusão é antes de tudo uma questão de ética, e quem ganha com a

inclusão? Todos ganham.

� Ganham as crianças com deficiência, que tem a oportunidade de usufruir de um

recurso de sua comunidade, de vivenciar a riqueza do espaço escolar, de conviver com

parceiros que lhes ofereçam modelos de ação e aprendizado indispensáveis em uma

educação social;

� Ganham as crianças sem deficiência, que aprendem a conviver com a diversidade, a

respeitar e a conviver com a diferença. Serão certamente adultos mais flexíveis;

� Ganham os educadores, que enriquecem sua formação e sua prática pelo crescimento

que o desafio de educar a todos lhe proporciona;

� Ganha as famílias, que passam a ver seus filhos como um cidadão que tem direito de

partilhar dos recursos de sua comunidade;

� Em última instância, ganha a sociedade como um todo, que se torna um espaço mais

democrático, que entende que todos os seus membros são igualmente dignos.

Page 25: Apostila sobre inclusão

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Luis Aberto David. Defesa dos direitos das pessoas portadoras de deficiência. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 5 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao. htm>. Acesso em: 12 ago. 2008.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf. Acesso em 22 fev.2010.

CANZIANI, Maria de Lourdes. Direitos humanos e os novos paradigmas das pessoas com deficiência. In: Araújo, Luiz Alberto David. (coord.) Defesa dos direitos das pessoas portadoras de deficiência. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006. p. 250-262.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio em CD-ROM, versão 5.0. Revista e Atualizada do Aurélio Século XXI, O Dicionário da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2006.

GIL, Marta. O que é inclusão social? TVE Brasil. Disponível em: <http://www.tvebrasil. com.br/salto/boletins2002/ede/edetxt1.htm>. Acesso em: 16 nov. 2008.

MAFRA, Juliana. Inclusão social. Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasil escola.com/educação/ inclusão-social.htm>. Acesso em: 22 out. 2008.

MERCADANTE, Aloizio. Direitos do cidadão especial. Brasília: Senado Federal. 2004.

REVISTA DO ADVOGADO - AASP Associação dos Advogados de São Paulo. Direitos da Pessoa com Deficiência. Ano XXVII, n. 95, dez. 2007.

SÃO PAULO. Assembléia Legislativa. Pessoas portadoras de (d)eficiência: legislação federal, estadual e municipal / (organizada pelo departamento de Documentação e Informação). São Paulo: IMESP, 2004.

SASSAKI, Romeu. K. Inclusão - construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

______. Como chamar as pessoas que têm deficiência? In: ______. Vida independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo: RNR, 2003.