apostila sobre serigrafia

117
Conteúdo FAÇA SUA MESA DE LUZ......................................................... 3 A GRAVAÇÃO DA MATRIZ......................................................... 6 COMO FAZER ARTE FINAL........................................................ 9 SERIGRAFIA CILÍNDRICA....................................................... 15 DESGRAVAÇÃO DA TELA......................................................... 15 CUIDADOS BÁSICOS............................................................ 16 A ESTAMPARIA TÊXTIL......................................................... 17 TIPOS DE SUBSTRATO.......................................................... 17 ARTE FINAL NO COMPUTADOR.................................................... 18 SUPORTES E GARRAS........................................................... 18 AS TINTAS DO TIPO MIX....................................................... 19 A EXPOSIÇÃO DA TELA......................................................... 19 OS TIPOS DE FIOS............................................................ 20 A IMPRESSÃO IRREGULAR....................................................... 21 MOLDURAS OU QUADROS......................................................... 21 CONTROLE NA MONTAGEM........................................................ 22 A INSUFICIÊNCIA DE LUZ...................................................... 23 COMO FAZER O PUXADOR........................................................ 23 OS TIPOS DE BORRACHA........................................................ 27 A AFIAÇÃO DO RODO........................................................... 27 CLASSIFICAR AS MALHAS....................................................... 28 A ARTE FINAL MANUAL......................................................... 29 A OBTENÇÃO DO FOTOLITO...................................................... 30 MONTAGEM DE MOLDURAS........................................................ 31 SERIGRAFIA EM TODO LUGAR.................................................... 33 AS LÂMPADAS DA MESA......................................................... 34 MATERIAIS NECESSÁRIOS....................................................... 35 DEFINIÇÃO E RESOLUÇÃO....................................................... 35 SOBRE FILMES................................................................ 36 MANUTENÇÃO DO RÔDO.......................................................... 36 O NYLON NA MOLDURA.......................................................... 37 MODELOS DE DESENHOS......................................................... 39 RAPIDEZ E QUALIDADE......................................................... 40

Upload: lidia-sena

Post on 19-Jan-2016

84 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Apostila Sobre Serigrafia

ConteúdoFAÇA SUA MESA DE LUZ.................................................................................................................................................3

A GRAVAÇÃO DA MATRIZ...............................................................................................................................................6

COMO FAZER ARTE FINAL..............................................................................................................................................9

SERIGRAFIA CILÍNDRICA...............................................................................................................................................15

DESGRAVAÇÃO DA TELA...............................................................................................................................................15

CUIDADOS BÁSICOS......................................................................................................................................................16

A ESTAMPARIA TÊXTIL..................................................................................................................................................17

TIPOS DE SUBSTRATO...................................................................................................................................................17

ARTE FINAL NO COMPUTADOR....................................................................................................................................18

SUPORTES E GARRAS....................................................................................................................................................18

AS TINTAS DO TIPO MIX...............................................................................................................................................19

A EXPOSIÇÃO DA TELA..................................................................................................................................................19

OS TIPOS DE FIOS.........................................................................................................................................................20

A IMPRESSÃO IRREGULAR............................................................................................................................................21

MOLDURAS OU QUADROS...........................................................................................................................................21

CONTROLE NA MONTAGEM.........................................................................................................................................22

A INSUFICIÊNCIA DE LUZ..............................................................................................................................................23

COMO FAZER O PUXADOR...........................................................................................................................................23

OS TIPOS DE BORRACHA..............................................................................................................................................27

A AFIAÇÃO DO RODO...................................................................................................................................................27

CLASSIFICAR AS MALHAS..............................................................................................................................................28

A ARTE FINAL MANUAL................................................................................................................................................29

A OBTENÇÃO DO FOTOLITO.........................................................................................................................................30

MONTAGEM DE MOLDURAS........................................................................................................................................31

SERIGRAFIA EM TODO LUGAR......................................................................................................................................33

AS LÂMPADAS DA MESA..............................................................................................................................................34

MATERIAIS NECESSÁRIOS.............................................................................................................................................35

DEFINIÇÃO E RESOLUÇÃO............................................................................................................................................35

SOBRE FILMES..............................................................................................................................................................36

MANUTENÇÃO DO RÔDO.............................................................................................................................................36

O NYLON NA MOLDURA...............................................................................................................................................37

MODELOS DE DESENHOS.............................................................................................................................................39

RAPIDEZ E QUALIDADE.................................................................................................................................................40

TECIDOS DE ALTO MÓDULO.........................................................................................................................................40

MATRIZES COM FILME.................................................................................................................................................41

OS GRUPOS DAS TINTAS...............................................................................................................................................41

Page 2: Apostila Sobre Serigrafia

OS RECORTES DO FILME...............................................................................................................................................41

TÉCNICAS DE RECORTE.................................................................................................................................................43

ADESIVOS E A ARTE FINAL............................................................................................................................................44

ONDE APLICAR SERIGRAFIA..........................................................................................................................................46

MECANISMOS ELEVAÇÃO.............................................................................................................................................46

AS GARRAS DE METAL..................................................................................................................................................50

O FORA DE CONTATO...................................................................................................................................................52

OS TIPOS DE LETRAS.....................................................................................................................................................53

COMO FAZER A IMPRESSÃO.........................................................................................................................................53

DA SEDA AO NYLON.....................................................................................................................................................56

TINTA VINÍLICA FOSCA..................................................................................................................................................56

O PROCESSO CAPILAR..................................................................................................................................................57

COMO COMEÇAR EM SILK............................................................................................................................................57

TINTA VINÍLICA BRILHANTE..........................................................................................................................................57

A COLAGEM DO FILME.................................................................................................................................................58

AS TELAS METÁLICAS....................................................................................................................................................59

A PRESSÃO DO RÔDO...................................................................................................................................................59

EMULSIONAR A TELA.............................................................................................................................................59

TENSÃO POR RANHURAS.......................................................................................................................................60

REVELAÇÃO DA TELA............................................................................................................................................62

COMO É FEITO O AFIADOR....................................................................................................................................62

PUXADOR OU RÔDO?...................................................................................................................................................63

ANTES DA IMPRESSÃO.................................................................................................................................................63

A CONFECÇÃO DA MATRIZ...........................................................................................................................................64

A DEFINIÇÃO DE SUBSTRATO.......................................................................................................................................65

A MESA DE IMPRESSÃO................................................................................................................................................65

A MONTAGEM DA TELA...............................................................................................................................................66

A TENSÃO DA MALHA...................................................................................................................................................66

APLICAÇÃO DE EMULSÃO.............................................................................................................................................66

APLICAÇÃO DA EMULSÃO............................................................................................................................................67

ARTE FINAL SERIGRÁFICA.............................................................................................................................................67

AS TINTAS TIPO EPÓXI..................................................................................................................................................68

AS VARIAÇÕES EM SILK................................................................................................................................................68

CONFECÇÃO DE MATRIZES...........................................................................................................................................73

CUIDADOS NA GRAVAÇÃO...........................................................................................................................................74

DESENGRAXE DA MALHA.............................................................................................................................................74

DIAPOSITIVO OU FOTOLITO?........................................................................................................................................75

EMULSÕES PARA SERIGRAFIA......................................................................................................................................75

Page 3: Apostila Sobre Serigrafia

IMPRESSÃO SERIGRÁFICA.............................................................................................................................................76

IMPRESSÃO VÁRIAS CORES..........................................................................................................................................77

MATERIAIS E ACESSÓRIOS............................................................................................................................................79

MODELOS DE ENCAIXE.................................................................................................................................................79

O MATERIAL DOS FIOS.................................................................................................................................................80

OS TIPOS DE EMULSÕES...............................................................................................................................................81

PRINCÍPIOS DA SERIGRAFIA..........................................................................................................................................81

QUAIS SÃO OS MATERIAIS............................................................................................................................................82

SECAGEM DA EMULSÃO...............................................................................................................................................82

SENSIBILIZAR A EMULSÃO............................................................................................................................................83

TÉCNICAS MONTAGEM................................................................................................................................................84

TENSÃO COM ALICATE.................................................................................................................................................84

TINTAS VINÍLICAS AQUOSAS.........................................................................................................................................89

TIPOS DE PUXADORES..................................................................................................................................................89

TIPOS DE TELAS............................................................................................................................................................92

TRATAMENTO NA TELA................................................................................................................................................93

USO DO FOTECAP ZIRCON............................................................................................................................................94

VEDAÇÃO DA TELA.......................................................................................................................................................95

VELOCIDADE IMPRESSÃO.............................................................................................................................................96

JÁ LI TUDO, FAÇO O QUE?............................................................................................................................................96

FAÇA SUA MESA DE LUZA copiagem de matrizes exige exposição à luz, e que deve observar certos itens, como uma mesa de luz apropriada, e rica em raios ultravioleta.Estes raios ultravioleta provocarão a reação de endurecimento da emulsão em bons níveis, garantindo à matriz uma boa qualidade no trabalho.É possível adquirir uma mesa de luz para serigrafia pronta, se você procurar nas casas do ramo, ficará muito surpreso com o valor que é cobrado por uma caixa com uma luz no meio, uma lâmpada, e às vezes um temporizador para desligar a lâmpada num determinado tempo.Como nosso objetivo é gastar pouco, optamos por explicar como fazer a mesa, isso será feito mais adiante, mas antes de começar a construção da mesa, procure e verá que você economizará pelo menos R$ 4.000,00 só na mesa de luz.Para fazer uma mesa de luz basta ter madeira, pregos e um pedaço de vidro.Na cuba será instalada a lâmpada os as lâmpadas, se assim desejar.Na cuba devem ter furos para permitir a ventilação, e seu interior deve ser branco, para melhor distribuir e refletir a luz, pode ser obtido ótimo resultado forrando o interior da cuba com papel laminado.A lâmpada deverá estar á distância de 50cm do vidro, onde será colocada a tela, pois muito próximo, provoca o endurecimento da emulsão pelo calor térmico e não pela reação da luz.Se o vidro ficar muito muito próximo da lâmpada, o calor gerado pela lâmpada provoca o endurecimento da emulsão pelo calor térmico, e não pela ação dos raios ultravioleta providentes da luz, como é o esperado.Na cuba será instalada a lâmpada, conforme já citado, a cuba deve ter furos para a ventilação, e seu interior deve ser branco ou forrado com papel laminado para melhor distribuir e refletir a luz.

Page 4: Apostila Sobre Serigrafia

Abaixo uma idéia de como dever ficar a mesa de luz quando estiver pronta.

Page 5: Apostila Sobre Serigrafia

As cubas podem ser feitas retangulares, quadradas ou cônicas, o formato não importa.

A cuba deve ser elaborada de forma que após a montagem da mesa e a colocação da lâmpada, a lâmpada deverá estar á uma distância de 50 cm do vidro, onde será colocada a tela.

O pé da mesa é formado por dois pedaços de tábuas.

Page 6: Apostila Sobre Serigrafia

A GRAVAÇÃO DA MATRIZApós ter desengraxado e aplicada a emulsão na tela, vamos à gravação propriamente dita.Todo esse processo é feito dentro da uma sala escura, desde a mistura da emulsão com o sensibilizante, até a revelação.A iluminação dentro desta sala deve ser de luz amarela ou vermelha, pois este tipo de luz não afeta a emulsão, possibilitando a sua visão durante o processo, e permitindo a locomoção do serígrafo dentro da sala de gravação.Bem, vamos começar a gravação, siga os passos seguintes:1 – Limpe bem o vidro da mesa.2 – Coloque o diapositivo sobre o vidro da mesa.3 – Sobre o diapositivo, coloque o quadro da tela, de forma que o nylon emulsionado fique em contato direto com o diapositivo.4 – Coloque sobre o quadro da tela uma cartolina preta ou pano preto.5 – Sobre a cartolina ou pano, coloca-se uma placa de vidro, ou na falta, um pedaço de madeira bem lisa e aplainada, não use nada metálico para esta função.6 – Por fim, coloque alguns pesos que servem para garantir um completo contato entre o diapositivo e o nylon emulsionado.7 – Depois dos passos descritos, é só fazer a exposição, ligando a fonte de luz da mesa.Coloque o diapositivo pela parte de trás da tela.

Fixe o diapositivo com fita adesiva transparente, como exemplo, fita durex.

Page 7: Apostila Sobre Serigrafia

Verifique se o diapositivo este bem firme, ele não deve sair do lugar ao qual foi fixado.

Limpe bem o vidro da mesa de luz, neste caso pode ser usado álcool.

Coloque a tela em cima da mesa de luz.

Coloque sobre o quadro um pedaço de cartolina duplex ou pano bem escuro, de preferência, de cor preta.

Page 8: Apostila Sobre Serigrafia

Depois coloque um pedaço de material liso, pode ser um pedaço de madeira bem lisa ou um pedaço de vidro.

Coloque pesos em cima do vidro por dentro do quadro, o peso vai garantir o perfeito contato com o nylon emulsionado.

Ligue a mesa de luz, se dando o início à exposição da luz para obter a gravação da referida tela, aí teremos a dita matriz.

Após o tempo de exposição, retire o quadro da mesa e passe para a revelação.Lembra do tempo? Fez seus próprios testes? Não sabe? Então tente 3 minutos.

Page 9: Apostila Sobre Serigrafia

Para revelar a matriz, molhe os dois lados da tela, sem fazer pressão, depois aplique jatos finos de maneira que os mínimos detalhes do desenho fiquem transparentes na tela.

COMO FAZER ARTE FINALEmbora este tipo de processo atualmente é pouco utilizado, é possível que alguém ache que é inútil, na realidade, a descrição dos passos seguintes na confecção do diapositivo manual, ou seja da arte final manual, mas serve exatamente para ver o quanto evoluiu em poucos anos o processo da serigrafia num todo, é claro que você vai fazer sua arte no computador ou tirar cópias de alguma coisa, mas saber como era feito e que ainda pode ser feito da mesma forma pode ser interessante em muitos aspectos.Caso ache que não lhe interessa, pule esta parte, mas permita-me matar um pouco da minha saudade desses tempos, e descrever para quem possa estar interessado.Lembrando que os materiais citados nesta seção só serão necessários se for tomado ao pé da letra, isto é, fazer manualmente sua arte final.Para começar, uma boa mesa de desenho, que é composta de um tampo, que pode ser fixo ou regulável na altura, e de uma estrutura denominada cavalete.A mesa pode ser toda em madeira ou ter o cavalete em metal.

Page 10: Apostila Sobre Serigrafia

Com a mesa podemos fazer nosso diapositivo de duas maneiras diferentes:Tiramos uma cópia ampliada ou reduzida do desenho ou logotipo que queremos gravar, colocamos um pedaço de vegetal ou poliéster em cima desta cópia fixa com o auxílio de fita durex outro tipo de fita, de preferência, fita transparente.

Depois basta ligar a luz da mesa de desenho para que você enxergue bem a cópia e com o auxílio de uma caneta nanquim, poderá copiá-la, obtendo a sua arte final através de outro desenho.

Existe outra maneira de obter o diapositivo, basta fazer uma cópia (em xerox) de boa qualidade, bem preta e sem serrilhas, e passar vaselina ou óleo mineral no lado de trás da folha, isso fará com que a cópia fique transparente permitindo que a luz ultrapasse no momento da gravação.O fato de sugerir que seja passado o produto no lado de trás da cópia serve para evitar que passando na frente, o produto venha a borrar a tinta usada pela copiadora, uma grande vantagem nesse processo é a rapidez na confecção da arte-final, só que para fazer dessa maneira, é preciso que tenhamos um bom original para assim conseguirmos uma boa cópia.Uma desvantagem, é que provavelmente, poderemos utilizar essa arte apenas uma vez, pois sendo de papel, ela se retorcerá toda hora na gravação devido ao calor das lâmpadas.Um detalhe importante é que ao passar o óleo ou vaselina, deve-se colocar a folha no meio de algum jornal para retirar o excesso, apertando o jornal suavemente.É bom ter em mãos alguns materiais a fim de obter um bom desenho, o qual poderá ser usado num diapositivo na gravação da tela, entre eles o transferidor, a seguir, mais alguns que poderão ser necessários, caso resolva fazer os desenhos para arte final manualmente.A caneta nanquim é composta basicamente de três partes: pena, reservatório de tinta e corpo.À parte que chamamos na realidade tem a pena propriamente dita (que é um filete metálico por onde a tinta escorre e marca o papel) dentro dela o que aparece por fora é um invólucro de plástico.

Page 11: Apostila Sobre Serigrafia

Entre a pena e o reservatório de tinta existe uma peça de união, o corpo da caneta é também um invólucro, e a tampa que protege a ponta da caneta.

Tinta preta bastante líquida, empregada em toda linha de desenhos: publicidade, arquitetura e ilustrações o traço.O nanquim é uma única tinta que abastece as canetas de desenho, podendo ser usado para pintura com pincel ou para ilustrar com penas especiais.

Pergunte a alguém com mais de 50 anos como é uma caneta tinteiro, a caneta nanquin é a mesma coisa, ss canetas nanquins possuem um reservatório para a tinta.

Quando usarmos uma caneta nanquim, devemos sacudi-la um pouco, para que a tinta desça, dando continuidade ao traço.A caneta deve ser usada na posição vertical, jamais use a caneta na posição horizontal, observe a figura abaixo.

Page 12: Apostila Sobre Serigrafia

As canetas nanquins podem ser encontradas numa numeração de 0,1mm a 2,0mm, e conforme o seu número, produz um determinado tamanho de traço.

Para limparmos a caneta devemos desmonta-la, lavar as peças, enxuga-las e montar novamente.Todas as canetas nanquins têm o mesmo sistema, por isso, sabendo como desmontar uma, não haverá problemas para desmontar outras do mesmo tipo.Ao limpar a caneta primeiro separamos todas as suas partes, tiramos o excesso de tinta e lavamos as peças, enxugamos e tornamos a montar a caneta.

Às vezes, quando a tinta fica muito tempo parada dentro da caneta, mesmo lavando ela continua entupida.As penas muito finas devem ser deixadas de molho num pote com água, depois de algumas horas, ou mesmo de um dia para outro, a tinta deve ter desgrudado e, então, lavamos e guardamos normalmente.Quando a pena é mais grossa, podemos saltá-la do invólucro de plástico e retira-la para lavagem, tendo o cuidado de na reposição, encher o invólucro de água e largar a pena dentro, ela se acomoda sozinha.Mas isso não é aconselhável fazer muitas vezes, pois sempre existe o risco de encontrar ou quebrar a pena, estragando a caneta.Outra opção é o uso de um líquido especial para limpeza de canetas nanquim, que é comercializado em lojas especializadas.As canetas nanquins têm espessuras diferentes, como as lapiseiras, sendo caracterizada cada espessura por uma determinada cor, que varia de fabricante para fabricante.Em média, as canetas variam sua espessura de 0,1mm até 2,0mm, sendo encontradas facilmente no mercado especializado.Os esquadros têm uma forma triangular, (errado o nome, deveria ser triângulo, não?) são feitos em plásticos ou acrílicos transparentes, para permitir a visualização do desenho durante a execução.

Page 13: Apostila Sobre Serigrafia

É bom ter além do esquadro, duas réguas acrílicas de boa qualidade, estas réguas devem ser uma de 30cm e a outra de 50cm ou 60cm.

Como o próprio nome diz, o adaptador é adaptado ao compasso para o uso da pena da caneta nanquim.Se usado desta forma, para fazer círculos ou riscos curvados utilizando a caneta nanquim.

As Letras Transferíveis eram muito usadas na confecção do diapositivo, quando esterequeria algum tipo de palavra ou número.A marca mais conhecida é a Letraset, ainda pode ser encontrada nas casas especializadas em material desenho.A aplicação das letras transferíveis, é simples, é só alinhar a letra desejada e com uma caneta comum, ou seja, esferográfica, friccionar levemente sobre a letra, que a letra irá se transferir automaticamente da cartela para o papel.O Estilete é formado de uma lâmina embutida num cabo e fracionada de espaço, permitindo com isso, que seja quebrada a fração já gasta, é utilizado para cortar papel ou para apontar lápis, enfim, cortar qualquer coisa.

A curva francesa é feita de plástico transparente com formas e curvas variadas, tanto em suas bordas como no seu interior, apresentando moldes vazados.Este material é muito útil para finalizar desenhos gráficos, possibilitando qualquer tipo de curva, seja ela aberta ou fechada.

Page 14: Apostila Sobre Serigrafia

O compasso é um instrumento de duas pontas, e que serve para traçar círculos em vários tipos e tamanhos.Existem compassos de diversos tamanhos e modelos, apresentando os mais variados acessórios.Os acessórios mais importantes para nós são a barra alongadora (para aumentar o raio do compasso) e os adaptadores para caneta nanquim.

Gabaritos em Acrílico são modelos vazados de círculos, quadrados, figuras, etc.A utilização de gabaritos facilita o desenho, pois basta termos o gabarito certo que, em poucos minutos, teremos o desenho original pronto.

Para traçar dentro do gabarito, devemos conduzir o traço ao longo dos contornos do gabarito uma só vez.Os gabaritos, em geral, apresentam chanfras em seus contornos ou pontos em elevação, não permitindo assim o contato direto do gabarito com o papel, evitando que borre.

Page 15: Apostila Sobre Serigrafia

SERIGRAFIA CILÍNDRICAÉ considerada como serigrafia cilíndrica, o processo serigráfico que imprime sobre uma superfície cônica ou cilíndrica.Neste processo, não há movimento do rodo, o rodo fica parado e a matriz que se movimenta, fazendo com que também se movimente o material cilíndrico, como um copo, por exemplo.A imagem na tela é gravada como um retângulo, assim, com a pressão do rodo e o movimento da tela, é possível imprimir em toda a circunferência do objeto cilíndrico.Enquanto que na serigrafia plana, a matriz serigrafica e o objeto a ser impresso permanecem imóveis, ficando dinâmico apenas o rodo.Na impressão cilíndrica, ocorre o contrário, o rodo permanece estático, enquanto que a tela e o objeto que recebem a impressão tornam-se dinâmicos, permitindo imprimir com uma matriz plana em toda a circunferência de um objeto cilíndrico.

Na serigrafia cilíndrica, a moldura, a esticagem e a gravação da imagem para obtenção de matriz seguem os mesmos princípios da serigrafia plana, sendo que poucas alterações são exigidas.O equipamento de impressão e o seu processo funcionam assim como está descrito no desenho esquemático da serigrafia cilíndrica.A serigrafia cilíndrica é usada, basicamente, para impressão de objetos cilíndricos e cônicos, tais como latas, embalagens, copos, sejam eles de vidro, madeira, plásticos, ou qualquer outro tipo de material disponível atualmente nomercado.

DESGRAVAÇÃO DA TELAÉ possível reutilizar o quadro e a tela que se encontra esticada e ainda com gravação, para poder reutilizar a tela, deve ser removida a gravação existente com produtos adequados.Podem ser utilizados na remoção da emulsão endurecida, produtos como o removedor de emulsão Tec 4, o removedor Seristrip gel, ou o removedor de emulsão HB 52.

Page 16: Apostila Sobre Serigrafia

Na falta desses produtos, que são relativamente caros (R$ 18.00 por litro), pode ser utilizada uma forma bem simples, e acima de tudo, muito barata.Essa forma é colocar dentro de um tanque água sanitária (R$ 1.50 por litro) ou cloro puro(R$ 8.00 por litro) com água, numa proporção de 3 litros de água para 1 litro de água sanitária ou cloro.

Deixe a tela de molho de 5 a 15 minutos para que a emulsão amoleça e se solte do nylon.Depois que a emulsão amolecer, basta retirar a tela do tanque e jogar água com bastante pressão, e toda a emulsão sairá, para fazer a emulsão que ficou mole devido a ação química do cloro ou do produto removedor, use um jato de mangueira com pressão moderada.Se em alguns pontos a emulsão insistir em não soltar, você deverá pegar duas estopas embebidas em álcool ou em solvente e esfregar um pouco e deixar de molho.Depois passe a mangueira com jatos de água até a tela ficar completamente livre da emulsão.Para esfregar, pode ser fixada a tela em uma morsa, e esfrega-se as estopas uma em cada lado da tela, até que os restos de emulsão desapareçam e o nylon fique totalmente transparente.Mas deve-se esfregar com cuidado para não afetar a tensão da malha.

CUIDADOS BÁSICOSAntes de aplicar a emulsão, certifique-se de que a emulsão não contém pequenas bolhas, se tiver bolhas elas podem se transformar em riscas e raias na camada.A aplicação deve ser bem lenta e contínua para evitar a formação de bolhas de ar.Nunca pare o rodo na metade do percurso, pois isso causa o acumulo de emulsão na área parada.Pare somente nas bordas e recolha com o próprio rodo o excesso de emulsão das bordas.Além do rodo, existe quem prefira usar calhas aplicadoras de emulsão, que são próprias para esta finalidade, e são facilmente encontradas no mercado especializado.Se qual for o instrumento utilizado, aplique sempre a última camada pelo lado de dentro da tela, de maneira a empurrar a capa de emulsão através da malha, para o lado de fora.Se utilizar o rodo, o rodo deve ter 1 centímetro a menos que a largura interna do quadro.Se utilizar uma calha, o comprimento da calha deve ser de 1 centímetro menor que a largura interna do quadro.Nunca use rodos ou calhas muito menores que os quadros, para evitar a super-posição de camadas.Tenha atenção na borda da calha, é muito importante esse detalhe.

Page 17: Apostila Sobre Serigrafia

Sempre prefira uma calha com a borda bem regular e tome todos os cuidados para conservá-la sempre assim.Irregularidades na borda da calha acarretam em defeitos na camada da emulsão.Para malhas mais abertas, prefira uma calha de bordas arredondadas, que depositará maior quantidade de emulsão.Para malhas mais finas, que requerem quantidades menores de emulsão, use uma calha de bordas finas.Algumas calhas têm os dois tipos de borda, uma borda de cada lado.Seguindo estas instruções, com certeza, você terá bons resultados na hora da impressão.

A ESTAMPARIA TÊXTILPara saber algumas diferenças entre os métodos dos diferentes aspectos da estamparia têxtil, é fundamental entender um pouco mais da estamparia têxtil localizada.Estamparia têxtil localizada é o tipo de estamparia que decora peças de vestuário, tanto abertas como fechadas.Este tipo de estamparia é diferente de uma estamparia têxtil corrida, que imprime sobre tecidos aos metros.Trata-se de um segmento que conta com grande volume de negócios e que tornou-se um dos mais cotados no ranking de produção, devido à Copa do Mundo e à eleição.O segmento da estamparia direcionado exclusivamente às camisetas já conta com um grau de desenvolvimento próprio muito significante, que só tem a ganhar com as novas tecnologias que vêm surgindo nos últimos anos.Por outro lado, para que este crescimento não encontre pela frente os mesmos problemas que foram observados anos atrás, nós iremos enfocar as diversas etapas que integram os processos ligados ás estamparias localizadas.A grande realidade é que somente está apto a competir seriamente no mercado (de qualquer área) quem buscar técnicas e conhecimentos mais aprofundados, mas não deixando a velha mania do improviso de lado, pois a improvisação pode ser necessária e econômica em muitos aspectos.A consciência exata do que deve ser feito, e da forma correta, precisa estar presente em cada detalhe de um trabalho, desde os diapositivos até a secagem da tinta estampada.Nesse caso, deve-se descartar as possibilidades de se utilizar diapositivos para desenhos coloridos em base de papel vegetal, porque não há estabilidade dimensional e, conseqüentemente, não haverá um encaixe preciso das cores.Quer abandonar os recursos do improviso? Então não deve esticar a malha na mão, é preciso um equipamento, no mínimo mecânico, para dar tensão à malha.Isso significa custos, e entre custo e improviso qual é sua opção? Enfim, com uma preocupação efetiva com esses e outros itens, podemos garantir que o processo terá, além de uma qualidade comprovada, uma sensível redução nos custos, pois o desempenho eficiente do seu trabalho fará com que, provavelmente, o cliente torne a procurá-lo.Assim como você pode ser um consumidor em potencial de materiais serigráficos, o seu cliente também tem o potencial para aumentar, significativamente, a demanda de serviços para você.Basta que seu trabalho esteja sempre sendo feito de acordo com as exigências de qualidade do mercado e que você procure superar-se neste sentido.

TIPOS DE SUBSTRATOA diferença entre os dois processos (substratos flexíveis e não flexíveis) está no seguinte fato:No Substrato flexível é necessário que este tipo de substrato fique preso na mesa de impressão até que sejam impressas todas as cores da imagem.Caso a impressão da primeira cor seja feita e depois retirarmos o substrato da mesa, jamais conseguiremos colocá-lo novamente no mesmo local para imprimir as cores e fazer com que se encaixem com precisão.Por isso, temos o substrato fixo e as matrizes se movendo.Existem vários tipos de equipamentos para essa finalidade.Um exemplo de substrato flexível é o tecido, e uma mesa de impressão em três cores para substrato flexível é mostrada na figura abaixo, é claro que para iniciar seu negócio você não irá precisar de uma mesa dessas, mas cabe aexplicação para que quando você tiver seus negócios aumentados, com certeza irá querer produzir cada vez mais, e o equipamento que você irá precisar para aumentar a produção já é de seu conhecimento.Para o substrato não flexível, a matriz será mantida presa num sistema de garra, tanto na impressão manual como na impressão semi-automática e o substrato será colocado na mesa e retirado quantas vezes forem necessárias para a impressão das várias cores.

Page 18: Apostila Sobre Serigrafia

Isso é possível porque o substrato pode ser colocado novamente no mesmo lugar, usando um sistema de registro por encosto ou por marcas.O vidro, o papel, alguns tipos de PVC, entre outros materiais, são exemplos de substratos não flexíveis.Na impressão em início de atividade, o substrato não flexível é o mais utilizado por quem deseja experimentar as técnicas, assim quando passa para a utilização de máquinas, já leva uma bagagem considerável, e problemas relacionados a atividade são facilmente detectados e resolvidos, devido a experiência que veio do início das atividades.

ARTE FINAL NO COMPUTADORNos dias atuais, os vários tipos de fotolitos são obtidos através de computadores e equipamentos denominados imagesetters, em um processo totalmente digital, mas as características dos filmes continuam sendo as mesmas: são filmes compostos por uma camada de poliéster revestida de película fotográfica preta.Imagesetters são equipamentos muito sofisticados, que permitem realizar gravação do filme fotográfico diretamente do arquivo feito em computador, armazenado em pen drive ou em outro tipo de mídia digital.Desta forma, você grava sua imagem num pen drive ou em outro tipo de mídia digital e envia para uma empresa que possua um imagesetter.Através da linguagem PostScript, o imagesetter gravará, ponto por ponto, a imagem no filme virgem que, após revelado em uma processadora especial, apresentará uma alta definição.As empresas que fazem esta operação, sendo especializadas na utilização de imagesetters, são chamados birôs, que somente prestam serviços de saída.Você envia seu disquete com as imagens e a empresa lhe devolve um fotolito digitalizado.Já ficou comprovado que o computador reduz custos em relação ao processo foto-mecânico, e que traz uma grande agilidade aos trabalhos.Com o lançamento de softwares gráficos como o corel draw, ficou muito mais fácil criar o desenho que você deseja sem os obstáculos e imperfeições que fazem parte do processo manual de obtenção de um diapositivo.O windows veio a facilitar ainda mais a operação com softwares de desenho e tratamento de imagens com uma série de recursos que aprimoram o desempenho desses programas.À primeira vista, operar um software pode parecer difícil e exigir muitos conhecimentos, mas muitos deles já vêm em português e o sistema windows facilita muito.Geralmente, as ferramentas do software se auto-explicam por serem identificados por ícones.Assim, programas de computação gráfica há muito tempo deixaram de ser bicho-de-sete-cabeças, e o uso crescente dos softwares mostra como a serigrafia têm evoluído quanto ao processo de impressão.Ela é uma técnica que se moderniza a cada dia, gerando produções em qualquer escala e com qualidade quase incomparável.

SUPORTES E GARRASExistem vários tipos de suportes usados na serigrafia, e que têm como objetivo principal fixar ou afirmar a moldura.Alguns tipos de suporte pode ser feito pelo próprio serígrafo.O mais simples é feito com um pedaço de madeira, de preferência da mesma espessura da moldura e é fixo por meio de parafusos na própria mesa.

Page 19: Apostila Sobre Serigrafia

A moldura deve ser colocada já com a tela e presa às dobradiças.Este é um processo simples, é obvio que existem máquinas sofisticadas e adequadas para serigrafia e que já vem prontas, restando apenas ao serígrafo colocar a telas e imprimir.Mas muitas vezes, para começo de profissão, os recursos para investimentos são pequenos.Mas é possível improvisar com ótimos resultados, utilizando uma mesa fora de uso, é claro, em boas condições, principalmente no que se refere à superfície que é um item dos mais importantes.A superfície da mesa onde você irá imprimir o seu substrato deverá estar completamente limpa e lisa, pois qualquer tipo de sujeira como grãos de areia, fiapos, fitas adesivas, enfim, qualquer coisa que estiver na mesa deixará a marca no material impresso.Se a superfície não for bem plana, poderá acontecer que em determinados pontos a tinta não pegue no substrato, deixando falhas na sua impressão.*Substrato é o nome dado a diversos tipos de material que você imprimirá.

AS TINTAS DO TIPO MIXDevido ao seu altíssimo poder de cobertura, as tintas do tipo mix são indicadas para impressão sobre tecidos escuros, de algodão ou mistos.Para a impressão sobre tecidos sintéticos, recomenda-se a adição de fixador e na estufa por 3 a 4 minutos a 120 ou 140 graus, obtendo-se maior fixação.É um tipo de tinta de acabamento semi-brilho, ótimo poder de cobertura, toque macio, muito flexível e ótima resistência à água.Esse tipo de tinta é fornecida pronto para uso, podendo ser diluída com água na proporção de 10 a 15%, caso exista a necessidade.Todas as cores podem ser misturadas entre si.As tintas do tipo mix devem secar ao ar ambiente, livre do toque em 3 a 5 minutos, manuseio em 1 hora e secagem total em 72 horas.A secagem pode ser acelerada com calor de estufa, ar quente ou outro meio, como prensa térmica.Para evitar problemas de blocagem no empilhamento, deve-se aguardar a secagem total da tinta.Para ótima fixação em tecidos mistos ou sintéticos, recomenda-se a secagem em estufa de 3 a 4 minutos a 120 ou 140 graus com adição de fixador na tinta.

A EXPOSIÇÃO DA TELAA fonte de luz deverá ser rica em raios ultra violeta para que seja possível obter a adequada sensibilização por parte da emulsão.Enfim, a exposição à luz é uma das etapas mais importantes na confecção de uma matriz, por isso é requer cuidados e atenção redobrados.Basicamente, a luz ultra violeta é usada para endurecer as áreas do estêncil que não correspondem à imagem.Para isso, deve-se usar a quantidade correta de luz, evitando os com isso os problemas de má reprodução da imagem ou de má resistência por falta de endurecimento correto da emulsão.Para evitar problemas na revelação e na resistência, determine antes o tempo de exposição ideal para suas necessidades, use um guia, anote seus testes de exposição.Opte sempre pelo tempo mais longo possível, porém sem que haja perda de definição.Para sabermos o tempo necessário para a gravação de uma tela, são necessários vários testes e provas.O tempo de exposição ideal permite a revelação de todos os elementos com relativa facilidade e ao mesmo tempo apresenta um ótimo endurecimento da emulsão sensibilizada, que não se desprende durante a revelação e mantém a matriz firme.Você com pouca experiência não vai querer ficar tentando acertar o tempo de exposição, então lhe informo que eu utilizei sempre 3 minutos exatos de exposição à luz nas minhas matrizes, que são feitas com nylon de 100 fios, e utilizo em minha mesa de fabricação caseira, uma lâmpada incandescente comum de 250 watts.É bom ter em mente alguns pontos fundamentais:1) O desenho com áreas chapadas pode ter o tempo de exposição ligeiramente maior.2) Em retículas ou detalhes muito finos, a exposição pode ser ligeiramente menor, para garantir a definição dos traços.Podem e devem ser feitos testes para saber o comportamento de cada mesa de gravação.Na primeira gravação, grave uma tela com 3 minutos de exposição e verifique o resultado.Depois grave outra com 5 minutos e depois faça outra com 4 minutos.

Page 20: Apostila Sobre Serigrafia

Analise qual foi a revelação de resultado melhor em termos de facilidade de revelação e resultado obtido, assim, você saberá qual é o tempo correto de exposição de sua mesa.A mesma mesa de luz, se colocada em ambientes diferentes pode apresentar resultados diferentes, mesmo utilizando-se o mesmo tipo de emulsão e o mesmo tempo de exposição.As condições climáticas e de secagem, assim como de preparação e de camadas de exposição, alteram bastante o tempo de exposição, daí a necessidade de serem feitos testes.Recomenda-se manter as mesmas condições, para que o tempo de exposição possa ser constante em todas as gravações, por isso, um ambiente de sala fecha e meio escura é o ideal.Camadas mais espessas de emulsão necessitam maior tempo de exposição, da mesma forma, precisam de um tempo maior de exposição, se a lâmpada estiver meio longe do vidro, e lembre-se de que o vidro deve ser totalmente transparente.Dentre as várias etapas que compreendem a gravação de uma matriz, a secagem da emulsão fotográfica tem um destaque de grande importância.Depois de aplicarmos a emulsão fotográfica em estado líquido na tela, é requerida uma secagem adequada para que o processo de exposição seja obtido de forma plena e correta.Antes da exposição à luz, a emulsão deve estar completamente seca na tela, seca e não dura.Se a camada de emulsão não for uniforme, podemos afirmar que debaixo a película superficial da emulsão aparentemente seca, podem existir áreas não secas que causarão muitos problemas na gravação, prejudicando os resultados finais.O que acontece é que as partes úmidas que possuem sensibilidade reduzida ao endurecimento através da ação da luz, tornando impossível a secagem perfeita e uniforme.A primeira regra para a secagem da emulsão é secar naturalmente ou utilizando um secador de cabelos, mas sempre longe de qualquer fonte de luz rica em raios ultravioletas, conforme já foram citadas diversas vezes, uma sala meio escura é o ideal.Só serão obtidos ótimos resultados na secagem da emulsão se ela for aplicada em penumbra.É óbvio que não dá pra trabalhar no escuro, então absolutamente necessário secar a emulsão em sala iluminada com lâmpada amarela ou vermelha, dessas de decorações natalinas, ou secar a emulsão em sala em penumbra sem nenhum tipo de luz.

OS TIPOS DE FIOSMultifilamento: São fios formados com vários fios menores entorcidos.

Monofilamento: É formado por um único fio.

Espessura do fio:Com o objetivo de proporcionar melhor adaptação aos diversos tipos de impressão, são feitas malhas de mesma lineatura, porém, com espessuras de fio diferentes.Podemos encontrar fios mais finos que deixam passar para o local onde será aplicada a serigrafia (substrato) uma quantidade menor de tinta.Os fios mais grossos produzem uma camada maior de tinta e ainda têm a vantagem de serem mais resistentes ao esforço do rodo e do tensionamento.A indústria espacializada os apresenta em 3 tipos:

Page 21: Apostila Sobre Serigrafia

Os fios mais finos, fios médios e fios grossos, observe a figura abaxo.

A IMPRESSÃO IRREGULARA realização de impressão sobre materiais das mais diversas formas requer fixação desses materiais, para que possam receber a impressão.Um desses processos utilizados para a fixação é a elaboração de formas, onde o material se encaixe perfeitamente, de maneira a mantê-lo seguro na posição.

Muitos materiais podem ser utilizados na confecção das formas (cola de borracha, durepoxi, gesso, borracha de silicone, madeira, etc.).Um exemplo desta utilização é a impressão de isqueiros.Neste caso, utiliza-se a borracha de silicone, para a confecção da forma, em razão da sua estabilidade dimensional e excelente resistência.As fôrmas são confeccionadas usando uma peça de material a ser impresso como molde, a peça será envolvida por uma borracha de silicone, dessa maneira, possibilita a colocação e a retirada do material a ser impresso e também o mantendo firme no momento da impressão.

MOLDURAS OU QUADROSOs quadros ou molduras podem ser feitos de madeira ou alumínio, a função da moldura é sustentar e manter esticado o nylon.

Page 22: Apostila Sobre Serigrafia

Quando são utilizadas molduras de madeira, a fixação da tela pode ser feita preferencialmente com grampos de estofaria, usando um grampeador para isto, mas na falta dos grampos e grampeador, a fixação da tela pode ser feita usando tachinhas (percevejos) ou até mesmo usando pregos de sapateiro ou parecidos.A madeira utilizada na montagem da moldura deve ser bem seca e um pouco macia, de preferência de pinho ou cedro, a moldura pode ser feita até com pedaços de sarrafos de 2 x 2 cm, mais adiante será descrito em detalhes os passos para a confecção do quadro ou moldura.

Caso não saiba como fazer uma moldura por não ter pedaços de madeira, peça a um marceneiro que faça para você, quando pedir ao marceneiro para fazer a moldura, não esqueça de informar a ele o tamanho da moldura (quadro) que você deseja, os sarrafos utilizados na montagem da moldura devem ser de 2 x 2 cm, mas se a moldura for maior do que 50 x 50, os sarrafos podem ser mais reforçados, aí o marceneiro pode sugerir a partir dos restolhos que ele possuir.Um marceneiro, irá cobrar em média R$ 1.00 a R$ 2.00 por quadro, dependendo do tamanho, já que ele vai utilizar restos de madeira para isso, além disso, você poderá fazer uma boa parceria com ele, estampando algo produzido por ele.

CONTROLE NA MONTAGEMManter um controle de esquadro na confecção de molduras para matrizes serigráficas é uma tarefa simples, mas de grande importância para os resultados da impressão.Muitas firmas de grande porte que utilizam a serigrafia em grande quantidade, por isso mesmo é que confeccionam suas próprias molduras, e que devem ser feitas sob controle preciso de esquadro e de empenamento.Estes detalhes interferem muito e diretamente nos resultados finais de depósito de tinta, definição e registro.Um dispositivo simples pode ser utilizado para essa montagem, garantindo total precisão.Consiste de quatro barras reguláveis, com apoio de esquadrejamento.Suas extremidades ficam presas a um sistema de controle de pressão exercido por parafusos e borboletas.Veja os detalhes do dispositivo onde a moldura deve ser colocada, apenas com cola para que facilite os ajustes de esquadro e do empenhamento para depois ser pregado.

Page 23: Apostila Sobre Serigrafia

A INSUFICIÊNCIA DE LUZA insuficiência de luz ultra violeta causa o que se chama de sub-exposição e reduz a durabilidade do estêncil, além de prejudicar seu corte e definição.No caso da sub-exposição, os resíduos podem se depositar em áreas de imagem, danificando a matriz.Em matrizes com sub-exposição é comum o aparecimento de furinhos e ao contrário do que se imagina, a sub-exposição sempre acaba dificultando a recuperação da tela, na verdade nunca mais ficará boa se não for começado desde o primeiro processo que o desengraxar.Além do mais, a emulsão poderá se soltar por completo na hora da revelação.É importante saber também que o excesso de luz ultra violeta resulta no endurecimento total da emulsão.A luz difusa se espalha por detrás das áreas negras do fotolito, atingindo os limites da imagem, e a revelação se torna difícil e os detalhes finos desaparecem.

COMO FAZER O PUXADOROs puxadores são encontrados já prontos para a venda, mas isto não impede que você possa fazer o seu próprio puxador, existem puxadores com diversos tamanhos, e o tamanho depende da aplicação, podendo ser de 5 cm a um metro ou maior, mas é bom saber como é feito, pois podem existir situações em que você mesmo deva fazer seu puxador, se não precisar, a finalidade passa a ser didática.É muito simples fazer um puxador e não requer ferramentas sofisticadas, basta um serrote, martelo, pregos, madeira e a borracha que deve ser comprada em casas especializadas de materiais para serigrafia.Precisamos de um pedaço de madeira, de preferência bem seca, com 2 cm de largura por 8 cm de altura.Com uma lixa, aredonde a parte superior para facilitar o manuseio, esta parte é chamada de empunhadura.

Page 24: Apostila Sobre Serigrafia

A seguir devemos providenciar dois sarrafos para serem pregados e colocados na madeira.

O sarrafo deve ser pregado e colado, deixando o espaço adequado para ser colocada a borracha.

Page 25: Apostila Sobre Serigrafia

A borracha deve ser do tamanho e da largura do espaço entre os sarrafinhoss.Para fixar a borracha, coloque-a no espaço livre entre os sarrafinhos e pregue-a neles.Como dá para perceber, o puxador é bem simples, mas é fundamental para uma boa impressão.

Chegou o momento de usar as ferramentas, inicialmente,  um serrote e um formão.A empunhadura do puxador poderá ser reta, ou anatômica, que é a melhor opção.O vinco deve ser feito com o uso de um serrote ou de um formão, e é preciso de muita paciência para fazer o vinco.

Page 26: Apostila Sobre Serigrafia
Page 27: Apostila Sobre Serigrafia

Para colocar a borracha deve ser usado cola e depois pregar a borracha enquanto a cola estiver úmida, os pregos, além da cola têm a finalidade de fixar a borracha.

OS TIPOS DE BORRACHABorracha sintéticaA borracha sintética tem como principal características a cor preta.Este tipo de borracha possui boa resistência a solventes e a abrasão, mas possuí o inconveniente de escurecer a tinta, principalmente as tintas transparentes claras, pois com o atrito na matriz, ela solta pó de borracha com coloração escura.Borracha nitrílicaA borracha nitrílica tem a coloração cinza chumbo, não escurece a tinta tanto quanto a sintética, e é mais resistente aos solventes e a abrasão.Borracha PoliuretanoA borracha de poliuretano está à disposição em diferentes colorações, este tipo de borracha possui alta resistência a abrasão e isso significa longa durabilidade, permitindo que o perfil não se altere em longas jornadas de trabalho, além de ser extremamente resistente a solventes, em grande maioria, é o material utilizado para os rodos, o único inconveniente da borracha de poliuretano é que ela gera carga eletrostática.

A AFIAÇÃO DO RODOSeja qual for o tipo de impressão serigráfica, o rodo exige constante acerto de fio, pois é através dele que é feito o controle da definição e da quantidade do depósito de tinta.Como existem diversos tipos de fio, também existem equipamentos especiais com a finalidade de afiar os rodos, são os chamados afiadores.Essas ferramentas de afiação também são produzidas no Brasil, e com uma qualidade muito boa, embora os fabricantes internacionais ainda tenham um destaque maior, pelo maior grau de eficiência de seus produtos.

Page 28: Apostila Sobre Serigrafia

CLASSIFICAR AS MALHASA malha é um dos importantes fatores que determina a descarga de tinta que será feita sobre o o material que vai receber a aplicação serigráfica, além de reter a emulsão que delineará a(s) figura(s) ou a(s) letra(s) a ser(em) impressa(s).As malhas são classificadas quanto à linearidade, quanto ao tipo de fio e quanto ao material usado na fabricação do fio.A lineatura da malha é indicada por um número, que significa quantos fios a malha possui por centímetro quadrado.Isto quer dizer que podemos encontrar malhas de 20, 30, 44, 90, 120, e outras quantidades de fios por centímetro quadrado.Observe as figuras abaixo:

Vista geral da malha

Page 29: Apostila Sobre Serigrafia

Maior depósito de tinta

Menor depósito de tintaQuanto menor for numeração da malha, menor será a quantidades de fios por centímetro quadrado e maior a descarga de tinta na impressão.Quanto maior for a numeração, maior será o número de fios por centímetro quadrado e menor será a descarga de tinta.

A ARTE FINAL MANUALOs materiais utilizados para praticar serigrafia podem ser fabricados pelo próprio interessado, também são necessários alguns acessórios, alguns podem ser fabricados e outros devem ser comprados.Os materiais que são usados para confeccionar a arte final não são feitos pelo serígrafo, eles devem ser comprados nas lojas especializadas em materiais para serem usados em serigrafia.Segue a lista do material básico:• Canetas nanquin devem ser de vários diâmetros, por isso a preferência deve recair sobre as de nº 0.5° a 1.0.• Letra decalc ou letra set.• Papel poliéster ou vegetal.• Papel quadriculado.• Fotolito, se o caso for o de brindes personalizados com foto.

Page 30: Apostila Sobre Serigrafia

Para fazer uma arte final pelo processo manual, o papel milimetrado deve ser colocado sobre a mesa e sobre ele o poliester ou vegetal.Com o auxílio da letra set, o nome ou frase que queira revelar deve ser escrito, no caso de brindes de aniversário, deve-se colocar abaixo do nome, a data do aniversário ou de nascimento da criança.No caso de querer desenhar uma logomarca em brindes, camisetas, sacolas, bolas, a caneta nanquim será usada para reproduzir o desenho ou logomarca em papel poliéster, se for fotografia o fotolito deve ser usado.A técnica de fazer uma arte final manual perfeita consiste em fazer os desenhos ou as letras em partes, faça cada linha em separado, depois use um estilete para cortar as partes, depois junte a 1ª parte com a 2ª parte, e e as outras partes que fazem parte da arte final, as partes serão juntadas e assim estará pronta a arte final. Coloque a arte final na luz para ver se não existem defeitos na colocação das letras ou no contorno do desenho, os defeitos são fácies de serem detectados pois são partes escuras no desenho.

A OBTENÇÃO DO FOTOLITOCom diapositivo fotomecânico o fotolito é obtido através de um processo conhecido como fotomecânico que embora tenha características semelhantes ao processo comum de fotografia, guarda aspectos específicos para a aplicação em artes gráficas.O fotolito é um diapositivo fotomecânico, e independentemente do tipo, tamanho ounúmero de cores, os fotolitos são de uma qualidade muita boa para a gravação de uma matriz devido à sua estabilidade dimensional, transparência na base e enegrecimento nas áreas do motivo a ser impresso.De um modo geral, fotolitos fotomecânico são de custo alto para muitos tipos de trabalhos, veja abaixo um exemplo de copiadora para fotolitos fotomecânicos.

No fotolito fotomecânico, o princípio de transferir a imagem de um original para um filme gráfico.Durante o processo, a luz atua quimicamente sobre o filme virgem, e após a revelação, o desenho fica gravado no filme.E no final do processo, a gravação apresenta enegrecimento nas áreas que compõem o desenho e transparências nas áreas que não o compõem.

Page 31: Apostila Sobre Serigrafia

O enegrecimento do filme acontece devido à existência de partículas do brometo de prata, que são sensíveis à luz que após a revelação, deixam uma camada de prata metálica nas áreas expostas.

As máquinas de fotolito consistem em uma porta original, ajusta-se a ampliação e o foco, o filme virgem é colocado no porta-filme e efetua-se a exposição.As áreas brancas originais serão refletidas para dentro da máquina, atingindo o filme virgem que ficará preto nessas áreas depois da revelação e as áreas pretas não refletidas ficarão transparentes depois da fixação.Após a revelação, percebemos que o filme está com o motivo (desenho) gravado no tamanho desejado, que poderá ser reduzido ou ampliado, mas com a imagem em negativo.

À esquerda acima, exemplo de fotolito positivo, e à direita, exemplo de fotolito negativo.Para inverter a imagem e obter o diapositivo em positivo, é necessário tirar um contato (cópia) desse negativo para outro filme virgem, obtendo assim a imagem da forma desejada.

MONTAGEM DE MOLDURASCorte as madeiras das molduras e passa cola e cole-as.

Observe abaixo o detalhe de apoio de esquadro.

Page 32: Apostila Sobre Serigrafia

Coloque os apoios de esquadro, um em cada canto da moldura e tire o com o parafuso à barra regulável.

Regule a distância das barras e firme-as através dos parafusos que são colocados nas canaletas das barras e fixados aos apoios de esquadro.

Gire o parafuso central, que vai fazer pressão nas barras.

Page 33: Apostila Sobre Serigrafia

As setas indicam o sentido da pressão que o sistema vai fazer sob a moldura.

SERIGRAFIA EM TODO LUGAROlhe ao seu redor, tudo aquilo que você observa em volta, ou tem de fábrica ou poderia ser aplicada a impressão serigráfica, por isso, pode pensar em ser um profissional dessa área.Quando começamos nossas atividades nos anos 80, tínhamos que pagar para fazer todo tipo de impresso, a impressão do envelope timbrado, nossos folders publicitários, nossas placas de circuito impresso, as camisetas promocionais, até a caixa de papelão na qual são despachadas nossas encomendas, enfim, pagávamos por tudo que deveria ser impresso.Não é preciso dizer que a terceirização dos serviços geram custos, sem contar que nem sempre os prazos de entrega são cumpridos pelos prestadores de serviço, então, além de gerar despesas, não tínhamos como cumprir os prazos prometidos aos nossos clientes.Então passamos a procurar uma alternativa para a solução de dois problemas, e encontramos na serigrafia a solução, bastava aprender e usar a serigrafia nós mesmos, treinando apenas uma pessoa, o resultado foi muito animador, pois além de poucos custos, se aproveita tudo e a qualidade final é ótima.Como fomos pioneiros nesta área em nossa cidade, fomos convidados a ministrar cursos para pessoas com dificuldades em conseguir emprego, pois como a serigrafia é algo que não depende de altos conhecimentos, até pessoas que não sabem ler, aprenderam a prática da serigrafia nas salas onde ministramos os cursos.Mas existem aqueles as quais não podemos alcançar devido a distancia geográfica, e talvez você possa ser uma destas pessoas que deseja aprender um pouco mais e quem sabe complementar sua renda pessoal ou familiar através da serigrafia, por isso elaboramos um curso onde qualquer pessoa que saiba ler e que tenha acesso à internet possa aprender a também praticar a serigrafia, para ganhar uma grana extra, quem sabe profissionalmente ou apenas para hobby.A serigrafia é um processo gráfico dos mais variados que se tem conhecimento.Certamente você já observou algumas impressões e se per guntou como foi feito o rótulo daquela lata ou daquela garrafa de refrigerante.

Page 34: Apostila Sobre Serigrafia

A utilização de processo de impressão em serigrafia permite a impressão sobre qualquer superfície.E mesmo que atualmente existam diversos tipos de impressão industrializada, o processo em serigrafia é muito barato em relação ao demais processos de impressão, e por isso oferece um campo de oportunidades, principalmente para quem deseja ser autônomo e ter sua própria estamparia.Os custos para a montagem de uma estamparia em serigrafia são bem pequenos, e mesmo que não seja para fins profissionais, saber como imprimir camisetas, adesivos, ou fazer suas próprias placas de circuito impresso, ou tudo que possa ser imaginado em impressão, pode ser feito com serigrafia.

AS LÂMPADAS DA MESAA fonte de luz deve ser rica em raios ultravioletas que proporcionarão uma reação de endurecimento da emulsão em maiores níveis.As lâmpadas mais empregadas em serigrafia são foto flood e Fluorescentes, mas não são as que apresentam melhores resultados.As lâmpadas Foto Flood são do tipo comum e as incandescentes possuem pouca, ou quase nenhuma radiação ultravioleta.

A busca de melhor qualidade na gravação, nesse caso, não será alcançada, mesmo que se use uma emulsão de melhor performance do tipo Fotopolímeras ou Diazo-fotopolímeras.As lâmpadas fluorescentes não tem uma incidência total de raios ultravioleta, mas tem uma radiação que pode gravar telas de uma forma geral.

As lâmpadas citadas abaixo são de modo geral, as de melhor qualidade.As fluorescentes de Luz Negra possuem uma boa radiação de ultra violeta, que possibilita a gravação de uma tela com muita qualidade.A lâmpada de Vapor de Mercúrio tem uma posição espectral definida nas radiações ultravioleta, com este tipo de iluminação, torna-se possível obter bons resultados.As lâmpadas de Hologênio Metálico são consideradas uma ótima opção por terem uma boa posição espectral.

Page 35: Apostila Sobre Serigrafia

Existem alguns problemas que são comuns, a falta de nitidez, a redução da vida útil da matriz e revelação difícil, e que só acontecem quando as lâmpadas não possuem uma boa radiação ultravioleta.

MATERIAIS NECESSÁRIOSPara a prática de serigrafia, inicialmente você vai precisar de uma mesa ou uma  superfície plana, de nylon, pedaços de sarrafos para fazer a moldura ou comprar a moldura pronta, de um puxador ou rodo, de um grampeador de estofador e grampos de estofaria, de um martelo e pregos pequenos, de uma mesa de luz, um alicate de bico, emulsão fotográfica, sensibilizante, cola para madeira, fita crepe (opcional) tintas nas cores a serem aplicadas e saber como utilizar o material mencionado.Se por acaso o praticante de serigrafia não tiver e não ter como adquirir um grampeador, podem ser usados percevejos (tachinhas) no lugar dos grampos, e em último caso, podem ser utilizados preguinhos de sapateiro, desde que obtenha uma tela bem esticada.

Se forem usados os grampos, não é preciso usar cola especial para manter esticado o nylon, mas se o nylon for fixado com tachinhas ou preguinhos de sapateiro, é recomendável que seja usada cola com a finalidade de ajudar a fixar o nylon na moldura, a cola a que me refiro é do tipo especial para serigrafia, e que pode ser facilmente encontrada em lojas em produtos para serigrafia.Como se observa, se forem somados os valores a serem gastos, num primeiro trabalho para um cliente já poderá ser reavido todo o valor gasto no investimento em materiais.

DEFINIÇÃO E RESOLUÇÃOEntende-se como definição a capacidade da emulsão de recortar com precisão os limites da imagem.Quando uma emulsão tem boa resolução, os mais finos reticulados são reproduzidos com muita perfeição.

Page 36: Apostila Sobre Serigrafia

As etapas da preparação de uma tela emulsionada são a sensibilização, aplicação da emulsão e a secagem da emulsão.Como detalhe muito importante, essas três etapas devem ser feitas em uma sala escura.Chama-se sala escura um ambiente com iluminação adequada para o trabalho com produtos sensíveis à luz, neste caso, a iluminação do ambiente tem que ser tal que não afete a emulsão.A luz que impressiona as emulsões serigráficas é a que contem radiações na faixa do azul, do violeta e do ultravioleta, e isto inclui a luz branca.Por isso deve ser evitada toda luz que contiver estas radiações, inclusive a luz do dia, isso apenas antes de revelar a matriz.Basta manter o ambiente de trabalho sob iluminação de predominância do amarelo ou vermelho.Isto é fácil como o uso de lâmpadas amarelas ou vermelhas, hoje em dia, pois são bastante comuns.Nas primeiras visitas de amigos, eles estranham, pensam algo estranho, como uma discoteca ou boate, não ligue, isso aconteceu comigo também.

SOBRE FILMESO que você deve saber sobre filmes:Quando você for comprar um filme, fique atento(a) para que ele seja novo, pois sendo novo, o papel suporte, neste caso chamado poliéster, sai mais facilmente, por isso, causa menos riscos à matriz.Quando você for retirar o papel suporte e a película começar a levantar, pare imediatamente.Se a película tende a se levantar, umedeça uma estopa em thinner e umedeça o filme por baixo da matriz contra o nylon.Deixe a estopa de lado rapidamente e com dois dedos, um em cima do filme e outro embaixo, faça pressão para que o filme cole a parte que descolou.Repita o processo de retirar o suporte, ou seja, o poliéster, puxe bem devagar até sair todo o papel suporte.Deixe a matriz secar e estará pronta para ser utilizada para imprimir o “motivo” impresso no substrato.

MANUTENÇÃO DO RÔDOOs puxadores, após terem sido usados, devem ser limpos e serem guardados em lugares que permitam uma boa ventilação e fácil acesso ao serígrafo.Desta forma, fazemos o uso de um cabide que permitem serem guardados vários puxadores de vários tamanhos ao mesmo tempo.O cabide é muito simples e fácil e até podemos nós mesmos fazê-lo.O cabide pode ser feito de um pedaço de madeira, que pode ser uma tábua com furos um pouco inclinados para cima, de forma que o puxador não caia.Nestes furos são colocados pedaços de madeira arredondados.Lembra um pouco um escorredor de copos desses de parede.

Page 37: Apostila Sobre Serigrafia

O NYLON NA MOLDURAEstique o nylon para que fique bem esticado, para que a tela não borre na hora da impressão.Ao grampear, coloque os grampos, tachinas ou preguinhos, à uma distância de mais ou menos 1 centímetro cada.O nylon deve ser fixado nos quatro cantos, sempre puxando o nylon de maneira que fique bem esticado para que a tela não borre na hora da impressão.O nylon deve ser esticado com muito cuidado e usando apenas os dedos.

Page 38: Apostila Sobre Serigrafia

Coloque os grampos, tachinhas ou preguinhos distanciados em mais ou menos 1 centímetro.Puxe o nylon no sentido do comprimento da moldura e fixe o terceiro canto.Puxe o nylon no sentido diagonal e fixe o quarto canto.

Page 39: Apostila Sobre Serigrafia

Após ter fixado na diagonal, vamos começar a colocar os grampos, tachinhas ou preguinhos, sempre esticando o nylon até terminar.Lembre-se: O nylon deve ser esticado com muito cuidado e usando apenas os dedos, mas deve ficar esticado uniformemente para que a tela não borre na hora em que for feita a aplicação.Depois de grampeado ou pregado o nylon na moldura, corte as sobras do nylon, e coloque uma fita adesiva para que cubra o nylon e a metade da moldura, isso servirá para evitar que a tinta escorra por ela.

MODELOS DE DESENHOSObserve que os desenhos mostrados abaixo não tem detalhes, isso facilita em muito o recorte.

Conforme já foi mencionado, é altamente recomendável iniciar a técnica de recorte do filme pelas letras, que são mais fáceis, ou iniciar com desenhos sem detalhes.Imagine que você vai recortar a letra E.

Page 40: Apostila Sobre Serigrafia

Após destacar a película, o meio da letra vai continuar grudado no papel suporte, pois a cola vai manter aquela parte grudada até o momento de transferir para a matriz.Ao recortar um desenho ou letra usando filme de recorte, não é necessário cortar com força, é preciso jeito, e isso evita que atinja o poliéster.Conforme já citado, o poliéster é uma espécie de plástico transparente, chamado de papel suporte.Observe a figura abaixo, note que ao retirar a película, o desenho ficou nítido, ou seja, ficou transparente, que no exemplo é a letra E.

Tudo aquilo que estiver em branco no filme, é o local onde vai permitir a passagem da tinta, e onde estiver na cor do filme a tinta não passará.

RAPIDEZ E QUALIDADEOs trabalhos em serigrafia sofreram uma enorme evolução, o que antes exigia uma infinidade de layouts e inúmeras marcações de cores, hoje tornou-se muito fácil graças à computação gráfica.Os softwares são ferramentas de criação perfeitas, capazes de reproduzir qualquer idéia e que está evoluindo constantemente.Com aliados tão fortes, os serviços de serigrafia foram bastante facilitados, eliminando etapas antes muito complicadas, demoradas e principalmente que envolviam custos muito altos.Para a serigrafia, programas que sejam capazes de produzir layouts e diapositivos poupam tempo e gastos, além de garantirem precisão e qualidade.São detalhes tecnológicos aliados aos custos de montagem e produção que despertam interesse na produção de impressões serigráficas em pequena, média e em larga escala.

TECIDOS DE ALTO MÓDULOOs tecidos de alto módulo são aqueles tecidos que resistem a maior tensão e tem maior durabilidade e também permitem uma maior velocidade de impressão.Os tecidos de alto módulo devem ser usados quando o trabalho de impressão exigir maior velocidade, melhor qualidade e uma tiragem grande com a mesma qualidade.Os tecidos de alto módulo devem ser usados em impressões de grandes formatos, onde o fora de contato tem que ser maior e os tecidos convencionais perdem a tensão mais rápida.

Page 41: Apostila Sobre Serigrafia

Os tecidos de alto módulo tem mais durabilidade porque a pressão provocada é reduzida e porque facilita a passagem da tinta no momento da impressão.

MATRIZES COM FILMEMatrizes com filmes são feitas com um filme de poliéster no qual foi aplicada uma camada de tinta colorida e translúcida, e que depois de seca transformou-se numa película de baixa resistência ao corte.Como o filme de recorte tem um certo grau de transparência, coloca-se o filme sobre a arte final e usando um estilete bem afiado, a película deve ser recortada no formato do desenho.A película é recortada no formato do desenho a ser impresso, os recortes das partes da matriz pelos quais deve passar a tinta deverão permanecer vazadas, e mantendo-se no suporte de poliéster as áreas que serão usadas para vedar o tecido da matriz.Existem filmes de recorte cuja a película é de cor vermelha, âmbar ou de outras cores.A película é sensível ao tipo de solvente que é especialmente recomendado pelo fabricante do filme, portanto, devem ser seguidas as recomendações do fabricante do filme, e utilizar o solvente recomendado.Os materiais usados na confecção da matriz pelo processo de recorte são poucos, apenas o filme de recorte, que também é chamado de amberline, faca pequena ou estilete, thinner serigráfico recomendado pelo fabricante do filme e pedaços de estopa.

OS GRUPOS DAS TINTASAs tintas serigráficas são formuladas dentro de padrões estabelecidos para cumprirem uma determinada função, elas podem e devem ser misturadas para permitir o preparo de cores, passar com precisão pela malha serigráfica sem provocar entupimento das tramas, permitir boa definição sobre o substrato, secar rapidamente e apresentar perfeita aderência ao substrato.Cada fabricante pesquisa e desenvolve matérias-primas específicas para que as tintas tenham todas essas características, e não é nada fácil formular tintas para serigrafia.Em função da grande quantidade de substratos sobre os quais se pode imprimir com serigrafia, as formulações dessas tintas tornam-se muito diferentes umas das outras, apresentando uma grande variedade de tintas.Assim é indispensável um conhecimento mínimo de como utiliza-los no desenvolvimento do trabalho serigráfico.As tintas serigráficas são dividas em dois grandes grupos, as tintas foscas e as tintas brilhantes.As tintas foscas tem como vantagens a secagem rápida, preço menor, bom acabamento e boa aderência.Como desvantagem, as tintas foscas secam muito rápido na tela, principalmente em lugares muito quentes, mas não possuem nenhum brilho, e por isso riscam muito fácil.As tintas brilhantes tem como vantagens a secagem rápida, bom acabamento, boa aderência e durabilidade.Como desvantagens, deixam uma espécie de fiapos na tela se a temperatura ambiente for muito alta, se os substratos forem adesivos e se forem recolhidos antes da secagem total costumam grudar uns nos outros, ou seja, acontece o que se chama blocagem.

OS RECORTES DO FILMEPara recortar o filme, coloque o filme sobre o desenho, é recomendável que o filme e o desenhos estejam fixos entre si, eu usava uma fita durex para fixar nos lados, assim o filme não foge da posição que foi colocada.

Page 42: Apostila Sobre Serigrafia

Recorte o desenho com um estilete ou uma faca pequena, é necessário que o material cortante esteja muito bem afiado.

E então retire a película que foi cortada.

Após o recorte de todo o desenho, retire a película com o auxílio de um estilete, sempre com muito cuidado e atenção, evitando cortar ou até mesmo ferir o suporte de poliéster do filme, pois caso a tela venha a ser cortada, todo o processo deve ser reiniciado.

Page 43: Apostila Sobre Serigrafia

Observação:O recorte do filme deve ser feito sempre pelo lado fosco.Conforme já citado, o recorte parece simples e fácil, mais vai exigir muita habilidade e treino, com o tempo a prática aparece.Conforme já foi citado em outros links do site, esta é uma técnica pouco utilizada atualmente, já que com o uso dos computadores, as artes são feitas de outras formas, mas como se trata de um curso de serigrafia, é interessante que sejam abordadas todas as técnicas.

TÉCNICAS DE RECORTEQuando recortamos uma figura que possua linhas retas, devemos usar uma régua, de preferência de metal, deve-se ter sempre uma boa visão da linha.

O corte deve ser feito sempre de modo que a régua fique paralela à linha a ser cortada.

Page 44: Apostila Sobre Serigrafia

Quando uma letra a ser recortada possuir curvas, deve-se recortar antes as partes retas com o auxílio de uma régua, e depois as curvas com moldes exatos conforme a curva ou então cortar manualmente.

Volto a lembrar que as partes curvas devem ser feitas com modelos exatos, na falta desses, deve ser feito a mão livre, ou seja, cortadas sem a ajuda da régua.

Observação:O recorte do filme deve ser feito sempre pelo lado fosco.O recorte parece simples e fácil, mais vai exigir habilidade e treino e é da qualidade do recorte que vai ser obtido o resultado final.Vale lembrar que atualmente o recorte é uma técnica muito pouco utilizada, já que com o uso dos computadores, as artes são feitas por computadores, mas como se trata de um curso de serigrafia, é interessante que sejam abordadas todas as técnicas.

ADESIVOS E A ARTE FINALAdesivos são colocados em cima das mais diversas superfícies como armários, embalagens, etc.As matrizes para adesivos devem ser  gravadas normalmente, ou seja, o diapositivo (a arte final) deve ser colocado em cima da mesa de gravação com a parte escrita ou desenhada voltada para a tela.

Page 45: Apostila Sobre Serigrafia

Adesivos para vidro que serão colocados por dentro dos carros ou nas vitrines de lojas.Para adesivos para vidros, a gravação é feita de modo invertido, ou seja, a parte escrita ou desenhada do diapositivo deve ser colocada virada para baixo, isto é, virada para o vidro da mesa de gravação.

Quem olha de fora para dentro, vê a imagem de forma correta, e de dentro para fora, a imagem será vista ao contrário, lembre-se sempre disso ao colocar o diapositivo na tela.Imagem normal para camiseta ou qualquer superfície.

Imagem invertida para vidros para ser aplicada na parte interna.

Page 46: Apostila Sobre Serigrafia

ONDE APLICAR SERIGRAFIAAs principais aplicações da serigrafia são em estamparia em tecidos, cartazes para publicidade, faixas publicitárias, azulejos decorativos, cartões de natal personalizados, posters, convites, rotular camisetas, flâmulas, chaveiros, etiquetas, panfletos, embalagens para latas, garrafas, etc., decalques, brindes, placas sinalizadoras ou publicitárias, cartazes para políticos, placas de circuito impresso para circuitos eletrônicos, estamparia de CDs personalizados, sacolas plásticas, tapetes, capas de livros, toalhas de mesa, brinquedos diversos, guardanapos, e tudo aquilo que sua imaginação possa criar.Além de ser um hobby, pode ser um bom tipo de negócio por ser altamente lucrativo e que requer poucos investimentos, e principalmente, porque pode ser iniciado em sua própria casa.Além de exigir um investimento muito pequeno, não é necessário ser desenhista ou pintor para fazer estampas, você pode até utilizar os serviços de um desenhista, isto se você não tiver um computador, e certamente você tem um computador, então com os desenhos não será preciso se preocupar.Além disso, você mesmo pode adaptar os vários desenhos existentes em revistas ou na internet, ou em último caso, criar suas próprias artes para serigrafia.Se os desenhos, as figuras, as paisagens, as fotografias ou os layout para placas de circuito impresso, ou o que a sua imaginação pode criar não lhe dá ânimo em relação a serigrafia, pense nos riscos de bordar, que dão ótimos resultados pois já vem na medida certa para serem copiados, e que tal uma pequena frase colocada na frente de uma camiseta de malha?

MECANISMOS ELEVAÇÃOExistem mesas industriais em que o mecanismo de elevação está presente automaticamente.Observe a ilustração abaixo, é uma mesa com garras simples e contra peso para impressão plana com processo manual.

Page 47: Apostila Sobre Serigrafia

Abaixo a ilustração de uma mesa de impressão plana, manual e semi-automática.

Abaixo outra ilustração de mesa, no caso uma mesa rotativa para impressão de camisetas com 6 berços simples, como tem seis berços, fácil deduzir, é para imprimir em seis cores.

Outro exemplo de mesa, agora uma mesa rotativa para impressão de camisetas com dois berços simples, este tipo de mesa pode imprimir em quatro cores.

Page 48: Apostila Sobre Serigrafia

Outro exemplo de mesa para impressão em serigrafia, também é manual com garra simples e contra peso, este tipo de mesa é utilizado para a impressão de objetos para brindes.

Veja a seguir alguns mecanismos simples e fáceis de fazer, que você poderão ser adaptados à sua tela.O mecanismo mostrado abaixo é composto de um peso e um pedaço de corda.

É importante lembrar que o peso não deve ser muito leve e nem pesado demais, deve ter um peso moderado, de acordo com a moldura.O mecanismo mostrado abaixo é composto de uma haste com um contrapeso, o ideal é que quando o interessado confeccionar a haste, procure uma haste com rosca sem fim, se não encontrar, mande para um torneiro fazer uma rosca sem fim, de modo a possibilitar a regulagem do peso.

A rosca sem fim vai possibilitar o movimento para a regulagem do contrapeso, e também devem ser utilizadas duas porcas, uma de cada lado do contrapeso, que fixarão o contrapeso, evitando que ele se desloque no momento de levantar a tela.

Page 49: Apostila Sobre Serigrafia

Outra sugestão é utilizar uma mola presa na moldura e no suporte.

Page 50: Apostila Sobre Serigrafia

Observe a ilustração acima, foi utilizado um pedaço de madeira como mecanismo de elevação.

Observe os detalhes da ilustração acima, o peso é preso à moldura.Certamente você iria querer perguntar, mas, qual é a finalidade destes mecanismos?A resposta é que a finalidade é agilizar o trabalho do serígrafo e facilitar o levantamento da moldura.Não pode ser perdido tempo quando está sendo executando o trabalho de impressão, pois corremos o risco da tinta secar na tela, e se a tinta endurecer prejudicará muito o trabalho, porque será preciso parar a impressão para limpar a tela.Neste caso, devemos retirar toda a tinta da tela, usando uma espátula ou pedaço de régua de acrílico ou plástico.Limpa-se a tela com o solvente natural da mesa, ou seja, se a tinta for a base de água, naturalmente a limpeza será feita com água e uma esponja macia.Após a lavagem a tela deve ser seca com o auxílio de um pano seco ou estopa.Para tirar qualquer dúvida sobre à limpeza dos traços do desenho, coloque a tela numa mesa de luz ou lhe através da tela contra a claridade, todos os furos onde a tinta deve passar, devem estar sem obstruções.Acredito que agora ficou bem clara a importância dos mecanismos de elevação, que sevem para agilizar o processo de impressão, servem também para evitar que a moldura encoste no material que está sendo impresso.Com o descrito até aqui, certamente deu para notar é muito fácil a arte da serigrafia.Certamente você também observou que a maioria dos instrumentos podem ser feitos por você mesmo, mas se desejar gastar uns trocados, todo o material pode ser adquirido em casas especializadas.

AS GARRAS DE METALAs garras de metal são em forma de um C, e possuem tem um ou dois parafusos para firmar a moldura, ou seja, a tela.

Page 51: Apostila Sobre Serigrafia

Existem garras bem simples, um pouco mais estreitas, contendo apenas um parafuso de aperto.

Também existem garras duplas que são mais compridas e contêm dois parafusos de aperto.As garras de metal podem ser encontradas em casas especializadas em materiais para serigrafia, existe também quem mande fazer garras específicas em tornearia.Quando a garra tiver a sua espessura um pouco grossa, deve-se usar um material adicional para nivelar um pouco.

O material para nivelar só deve ser usado quando a diferença for muito grande, porque na verdade a tela não deve ficar completamente encostada na mesa.Se a tela ficar encostada na mesa, corre-se o risco de borrar o trabalho impresso.Entre a moldura com a tela e a mesa, deve ter mais ou menos 3 milímetros de espaço.Portanto, não é correto deixar completamente nivelada a tela com a superfície da mesa, veja na figura abaixo o erro a que estamos nos referindo:

Page 52: Apostila Sobre Serigrafia

Ao passar o puxador, a tela deverá ceder e após o puxador ter sido passado, a tela deverá voltar a posição normal.A tela deverá ser encaixada dentro da garra e usado o parafuso para apertar, deixando a tela firme.As garras com dois parafusos de aperto são as mais indicadas, tendo em vista que ela estará firme em dois pontos, ao invés de apenas um.

Quando existe um só parafuso de aperto, a tela fica sujeita a girar e no caso de encaixe de cores poderão se desencaixar.

O FORA DE CONTATOEntendemos por fora de contato a distância entre a malha da matriz e o substrato a ser impresso.A finalidade é promover o desprendimento da malha do substrato no ato da impressão.A medida em que vamos imprimindo, a malha vai se desprendendo no mesmo ponto onde o rodo toca o substrato.Esse percurso permite um perfeito controle de camada de tinta e, ao mesmo tempo, impede que a imagem borre.Nas máquinas semi-automáticas ou ainda em muitas mesas de impressão manual, o fora de contato pode ser ajustado por meio de dispositivos que fazem parte do equipamento.Já na impressão manual dependemos de outros recursos para o controle do fora de contato.Calços dos mais variados materiais são utilizados para estabelecer fora de contato na impressão manual.Esses calços são presos a matriz por meio de fitas adesivas, mas podem provocar um desnivelamento da matriz quando são usados sem a mesma espessura.

Page 53: Apostila Sobre Serigrafia

Para o caso da impressão manual teremos uma certa dificuldade em estabelecer um fora de contato de 2 milímetros em todos os quatros cantos da matriz serigrafia se não usarmos um dispositivo ou uma forma de medir essa espessura.Um critério simples e fácil de usar é a barra para controle do fora de contato.

OS TIPOS DE LETRASOs tipos de letras podem ser os mais diversificados, isso depende da exigência ou gosto do cliente, mas atualmente este não é um ponto que dificulte qualquer trabalho, já que com o uso de computador, pelo menos 100 tipos de fontes (letras) já estão instalados, isso é uma variedade razoável.Obviamente que podem ser escolhidas fontes personalizadas, porque pode ser uma marca do cliente ou algo parecido.É óbvio que se o serígráfo for escolher o tipo da letra, ele vai optar por letras bem vazadas e com cantos o mais quadrados possíveis, para facilitar seu próprio trabalho, e se ele for sugerir ao cliente também tentará a fazer o cliente aceitar aquele tipo de letra que melhor lhe convém, mas se o cliente tiver uma escolha definitiva, deverá seacatado o desejo do cliente por razões óbvias.

COMO FAZER A IMPRESSÃOUse uma espátula sem pontas agudas ou cortante, coloca-se um pouco de tinta no lado em que fica a garra (suporte).Use o bom senso para determinar o que é “um pouco” de tinta.

Page 54: Apostila Sobre Serigrafia

Espalhe a tinta com um puxador, de um lado ao outro da tela.

A quantidade de tinta é muita relativa, e vai depender do seu bom senso, e somente a prática determina a quantidade aproximada, é claro que sem prática não há como determinar, por isso, coloque a quantidade de tinta 20 vezes a mais da quantidade que que você calcula que usaria se fosse usar um pincel para pintar a figura da matriz.Espalhe a tinta na matriz, mas coloque uma quantidade maior de tinta na matriz do lado que fica a garra.As primeiras impressões devem ser feitas como um teste em papel jornal ou em outro material que você tenha disponível e que possa ser descartado.

Após verificar se a impressão ficou boa nos testes, é que vamos imprimir o material desejado.Coloque o material desejado no local marcado na base da mesa.

Page 55: Apostila Sobre Serigrafia

Baixe a tela e puxe em sua direção.Você notou que ao passar o rodo puxando a tinta em sua direção, o nylon da tela cedeu, e pelo nylon, nas partes onde não tem emulsão passou a tinta, fazendo a impressão?

E depois de passar o rodo puxando a tinta, o nylon voltou a posição normal, e o desenho fica impresso no material desejado?

Com o auxílio do rodo, junto um pouco mais o excesso da tinta.

Com uma das mãos, levante um pouco a tela e, com o puxador, empurre a tinta de volta a ponto de partida, isto é, para o lado onde está a garra.

Page 56: Apostila Sobre Serigrafia

Pronto, esta peça foi impressa, só retirar essa e colocar a próxima peça a ser impressa, e as demais peças deverão ser impressas executando o mesmo procedimento aqui descrito.O texto desse link é na verdade o tal do “pulo do gato“, pois existe muita coisa relacionada a serigrafia na internet, mas na verdade, nunca ensinam tudo, sempre deixam algo a ser vendido, mas aqui no Ibytes é grátis e 100% disponibilizado, faça boa utilização e recomende aos seus amigos.

DA SEDA AO NYLONSilkscreen ou serigrafia é um processo simples de impressão que não exige equipamentos caros e nem sofisticados, o processo de impressão pelo método serigráfico pode ser feito em espaços pequenos como uma garagem, uma pequena sala, ou em último caso, até em algum local que seja coberto por lona plástica.O princípio básico do silkscreen (ou serigrafia) é a impressão de um motivo (que pode ser imagens ou letras) em uma superfície através e uma tela, sendo que a tela é comumente chamada de matriz e é um tecido esticado e preso a um quadro de madeira, claro que não é qualquer tecido, o tecido deve possuir uma trama fina e ser resistente, por isso é escolhido o nylon ou o poliéster, pois é resistente e permite a passagem da tinta.O desenho que será transferido para uma superfície é gravado na tela com materiais que vedam a trama nas partes que correspondem ao desenho, o material predominante para vedar a trama é a emulsão fotográfica para serigrafia.Não faz diferença chamar o processo de silkscreen ou serigrafia, os dois termos são utilizados em vários locais, aqui e nas lojas onde comercializam os materiais que são utilizados no processo.A impressão em “tela de seda” era utilizada pelos chineses antigamente, portanto, o processo de impressão pelo método serigráfico foi criado há muitos séculos, e foi sendo modernizado com o passar do tempo e os processos industriais foram tomando o lugar do processo manual.O processo “tela de seda” é o mesmo processo silkscreen, foi a tela de seda que deu início ao processo, mas com o passar do tempo a seda foi substituída pelo nylon e pelo poliéster por serem materiais mais resistente as substâncias químicas que são usadas para gravar as imagens e lavar as telas.São praticamente incontáveis os trabalhos que podem ser feitos com impressão pelo método serigráfico, as áreas são muito abrangentes, a impressão pelo processo serigráfico vai desde a estamparia de tecidos, até a sinalização de rua e circuitos eletrônicos, aliás, foram os circuitos eletrônicos que me fizeram aprender e tomar gosto pela serigrafia.

TINTA VINÍLICA FOSCAAs tintas do tipo vinílica fosca são indicadas para a impressão sobre Vinil-PVC, poliestireno, acrílico, policarbonato e outros plásticos derivados de PVC.As tintas do tipo vinílica são tintas para acabamento fosco, tem ótima cobertura e flexibilidade, longa durabilidade ao exterior e são resistentes à luz.A preparação da tinta do tipo vinílica fosca, é uma etapa importante do processo, a tinta deve ser agitada antes do uso e diluída de acordo com a necessidade, e utilizando solvente vinílico ou retardador vinílico em clima quente e seco.Como característica importante, todas as cores podem ser misturadas entre si, com isso pode ser obtida qualquer cor.A tinta do tipo vinílica fosca deve secar ao ar ambiente, livre de toque em 5 minutos, manuseio em uma hora e secagem total em 18 horas, pode acelerada a secagem com calor de uma estufa ou ar quente, não ultrapassando 80 graus.Para evitar a blocagem (quando uma cola na outra) no empilhamento, deve-se aguardar secagem total da tinta para completa evaporação dos solventes.

Page 57: Apostila Sobre Serigrafia

O PROCESSO CAPILARO processo capilar é um sistema onde ao invés de usar emulsão, usa-se um filme pré-sensibilizado, que também permite a confecção de matrizes.Trata-se de uma nova tecnologia de filmes capilares á base de fotopolímero, livre de diazo, ou seja, que não se degeneram com o calor, que é um fator muito crítico em nosso país.Esse processo é extremamente flexível, pois proporciona ótima adesão em tecidos sintéticos, com qualquer quantidade de fios, o que permite tiragens de até 50.000 impressões, garantindo altíssima definição e resolução, permitindo que os usuários do processo indireto, possam utiliza-lo eficazmente.O filme de fotopolímero pré-sensibilizado, baseado em uma nova tecnologia, é ideal para o trabalho onde se busca camadas planas.Além de apresentar alta definição e resolução para pequenas e grandes tiragens, é de ótima resistência a solventes e totalmente recuperável.O Fotecap Zircon também apresenta ótima adesão sobre os tecidos sintéticos, com qualquer quantidade de fios.Dentre suas inúmeras vantagens técnicas, podemos destacar:a) A camada totalmente plana, mesmo com baixa espessurab) A vida útil prolongada, mesmo em condições climáticas adversasc) A revelação rápida de matrizes com camadas finas ou espessasd) Por não atrair poeira durante a preparação e a adesão do filmeO filme capilar é ideal para aplicações de retícula e linha finas impressas com tinta a base de solvente e de cura ultra violeta, proporcionando alta qualidade de impressão para médias e longas tiragens (20 a 50.000 peças).Embora descrito aqui o processo capilar, apenas 2% dos serígrafos utilizam este método, mas como faz parte da serigrafia, foi optado pela inclusão também deste processo a título de informação.

COMO COMEÇAR EM SILKObviamente deve-se iniciar com algo simples de apenas uma cor para ir pegando experiência aos poucos.Na serigrafia, assim como na maioria dos trabalhos, quanto mais é realizado o trabalho, mais perfeição, por isso, é possível que nos primeiros trabalhos realizados possam existir pequenas dificuldades que serão superadas, e sem prejuízos, pois a serigrafia tem uma série de vantagens em relação aos demais processos de estamparia, a serigrafia é o único processo que possibilita a repetição, pois as matrizes podem ser guardadas e reutilizadas por várias vezes.E a aplicação final permite que concorra com gráficos de fábricas sem adquirir nenhuma máquina cara e perigosa.E também possibilita imprimir sobre objetos de qualquer tamanho ou formato e também sobre qualquer tipo de superfície ou material.Para começar seu negócio de em estampas, ou hobby, somente uma pequena área de sua casa e equipamentos de pequeno custo, qualquer pessoa, pode imprimir camisetas, decalques, cartazes, cartões de festas, fronhas, calendários, etc.

TINTA VINÍLICA BRILHANTEAs tintas do tipo vinílica brilhante são indicadas para a impressão serigráfica sobre Vinil-PVC flexível ou rígido, poliestireno, acrílico, policarbonato e outros plásticos derivados de PVC, também são indicadas para impressão sobre polietileno tratado.As tintas do tipo vinílica brilhante são de acabamento brilhante, ótima cobertura, flexibilidade e longa durabilidade quando expostas ao exterior e bem resistente à luz.Na preparação, a tinta deve ser agitada antes do uso e diluída de acordo com a necessidade utilizando solvente vinílico ou retardador vinílico, em clima quente e seco.A quantidade de solvente ou retardador indicada é de 10% para cada quantidade a ser utilizada, e todas as cores podem ser misturadas entre si.A secagem da tinta do tipo vinílica deve ser ao ar ambiente e livre do toque em 5 minutos, manuseio em 1 hora e a secagem total é em 18 horas.Pode ser acelerado o processo de secagem com calor de uma estufa ou ar quente não ultrapassando os 80 graus.Para evitar problemas de blocagem no empilhamento,deve-se aguardar secagem total da tinta para completa evaporação dos solventes.

Page 58: Apostila Sobre Serigrafia

A COLAGEM DO FILMEOs materiais utilizados na colagem do filme na tela são apenas dois, o thinner recomendado pelo fabricante do filme e a estopa.Coloque a moldura em cima do filme de recorte, note que o filme deve estar com a película para cima.

Umedeça a estopa com um pouco de thinner e passe na tela, fazendo um pouco de pressão sobre o filme.

Após colar o filme na tela, retire o papel suporte.Escolha um dos cantos da matriz e levante o poliéster com o auxílio de um estilete, faça isso com cuidado para não romper a tela e desperdiçar todo o trabalho.

Se por acaso a película oferecer uma certa resistência para sair em alguns pontos, a solução é molhar os pontos que teimam em não se soltar com thinner e esperar pela secagem e tentar novamente.Importante:Quando for trabalhar com produtos químicos, como thinner, solventes e tintas, recomenda-se o uso de luvas de borracha para proteger as mãos, máscara de proteção individual e óculos protetores.Também evite a inalação direta dos produtos, para isso, faça seus trabalhos em áreas com boa ventilação.Atenção:O thinner derrete o filme, por isso, se o thinner for colocado em excesso poderá danificar a matriz completamente.O thinner é um solvente natural para a tinta usada na fabricação do filme, isto é, a película.A película quando entra em contato com uma quantidade limitada de thinner amole e se transforma numa semi-tinta, ou seja, uma tinta com densidade gelatinosa.A película tende a grudar no nylon quando estiver em contato direto e por estar “meio-mole”.Depois de seca, a película não se desprenderá do tecido a menos que o thinner seja usado e esfregado com uma estopa bem encharcada de thinner.Como sugestão, no início, deve-se fazer as matrizes com “motivos” simples.É aconselhado para iniciantes os recortes de letras e desenhos sem detalhes, ou seja, sem traços finos, etc.É interessante aprender a técnica exata, e praticar exatamente, deixando para depois desenhos com recortes mais detalhados.

Page 59: Apostila Sobre Serigrafia

Nos dias atuais, a técnica de corte e colagem do filme é pouco utilizada, já que com o uso dos computadores, as artes são feitas utilizando computadores, mas como se trata de um curso de serigrafia, é interessante que sejam abordadas todas as técnicas.

AS TELAS METÁLICASAs telas metálicas são feitas com um tipo de malha com fios de arame de aço inoxidável ou bronze usado na indústria serigrafia, quando são exigidas grandes tiragens na impressão de tintas altamente abrasivas como as da indústria cerâmica.São indústrias de azulejos, pisos, manufaturados de vidros, e de circuitos impressos usados na eletrônica.Como características, tem resistência muito boa, estabilidade ótima, pois resistem bem aos ácidos e solventes e tem alta resistência ao calor.Como inconveniente, é que a tela metátilica é um tipo de material muito caro e de difícil manuseio manual, por isso foge dos nossos objetivos, que é o de explicar o processo manual da serigrafia, ou seja, sem a utilização de máquinas caras.

A PRESSÃO DO RÔDODurante a impressão é necessário seja que seja exercida uma certa pressão do rodo contra a tela, a fim de que a tinta sobre a malha aberta possa atingir o objeto a ser impresso.A tinta deve ser descarregada e ainda ocorrer a raspagem da tinta excedente deixando a impressão com uma superfície uniforme, com uma aderência e com detalhes mais finos, nítidos e bem definidos.A pressão do rodo é um detalhe que o impressor precisa ter sob controle.Uma pressão demasiada provoca problemas de registro pois a malha irá se mover no sentido em que o rodo vem exercendo a pressão.Deve-se usar pouca pressão no rodo, porém, o suficiente para que a tinta encontre o substrato.Durante o processo de impressão não se deve alterar a pressão do rodo.Isto significa que num determinado tipo de serviço deve-se manter os mesmos parâmetros de pressão.Se o trabalho for de diversas cores deve-se manter a mesma pressão do rodo para todas as cores.

EMULSIONAR A TELAExistem várias técnicas para serem preparadas as matrizes.Mas todas as técnicas partem de um ponto fundamental, este ponto fundamental é a tela esticada e desengordurada que recebe a aplicação de uma emulsão, e fica dependendo do restante do processo, que é a gravação futura da matriz.Somente quando a malha desengraxada estiver bem seca e limpa, estará pronta para receber a camada de emulsão.As emulsões na forma líquida são depositadas diretamente sobre a malha utilizando o rodo de borracha, o mesmo que é utilizado para aplicar a tinta no substrato, ou por meio de uma calha.

Page 60: Apostila Sobre Serigrafia

A emulsão deve ser bem escolhida, pois normalmente a camada depositada sofre um encolhimento durante o processo de secagem.Isso faz com que essa camada tome o termo da malha, que prejudica seriamente a qualidade das impressões feitas com esta matriz.

TENSÃO POR RANHURASEm molduras providas de ranhuras (cortes longos e estreitos), o nylon é colocado e esticado temporariamente com tachinhas ou percevejos.

Assim, ao se encaixar as ripas nas ranhuras ou vinco, automaticamente o nylon será apertado, produzindo uma tensão completa, desta forma, o nylon ficará bem esticado.

Page 61: Apostila Sobre Serigrafia

Os sarrafos utilizados devem ser fixados com parafusos para que não se soltem durante o trabalho.

Para que sejam colocados os parafusos nos sarrafos, os sarrafos devem ser furadas previamente, para que não se rachem ao serem colocados os parafusos.

Após ter esticado e fixado bem o nylon, vem o acabamento, que é o corte da sobra do nylon e a colocação de uma fita adesiva, com a finalidade de vedar o nylon junto a moldura, de forma que evite o vazamento de tinta entre a moldura e o nylon.

Page 62: Apostila Sobre Serigrafia

REVELAÇÃO DA TELATerminada a exposição á luz, é preciso revelar a tela propriamente dito.Para isso deve-se ter preparado e pronto para ser utilizado um pedaço de mangueira com aproximadamente 2 metros de comprimento, que ficará com uma de suas pontas presa em uma torneira, e na outra, deveremos colocar um bico especial tipo jardineiro, que nos permitirá controlar o jato de água.Depois de tirar a matriz recém colocada à exposição da luz, é preciso revelar a tela, comece molhando bem os dois lados da tela (sem pressão).Depois dos dois lados da tela molhados, com jatos finos faça o jateamento de água fria sobre o desenho que foi gravado, até que todas as letras, traços, pontos, enfim, tudo que havia na arte final, que fique transparente na tela, sem emulsão.Para conferir se a tela está bem revelada, coloque-a contra uma luz de maneira que possa ser verificado se em todos os traços revelados, passa claridade.

Se algum traço ainda estiver obstruído por emulsão você deverá insistir, jogando mais água até que tudo esteja revelado.Caso contrário, onde ainda existir a emulsão, não passará tinta no momento de impressão.Após a revelação a tela vai estar toda molhada, para eliminar a água, coloque alguns pedaços de papel de jornal em cima de uma mesa e coloque a tela em cima do jornal.Pegue mais algumas folhas e coloque por dentro da tela, e use quantas folhas forem necessárias para absorver a água.Para finalizar a secagem, use ventilador ou secador de cabelos ou deixe secar no sol.COMO É FEITO O AFIADORO afiador mais simples e que você mesmo poderá fazer, é composto de dois pedaços de madeira, formam um ângulo de noventa graus, aonde é colocada uma lixa em um dos lados.O afiador deverá estar fixo em uma mesa para um melhor desempenho na afiação da borracha do puxador.

Page 63: Apostila Sobre Serigrafia

O serígrafo deverá colocar o puxador deitado de modo que a borracha fique paralela com a lixa.Feito isto, ele deverá segurar o puxador com as duas mãos firmemente fazendo um movimento de vai e vem.

PUXADOR OU RÔDO?É muito importante que o serígrafo conheça as características e as influências do puxador, pois dele e de seu manuseio dependerá a qualidade e a definição da impressão.A função do puxador é de puxar a tinta sobre o nylon, pressionando-a, e desta forma, fazendo-a passar pelos minúsculos furos da trama do nylon.O puxador é formado de uma peça de madeira e uma lâmina de borracha, podendo ser comprado ou até mesmo feito em casa.

ANTES DA IMPRESSÃOAntes de começar a imprimir é preciso fazer a vedação da matriz, este é o primeiro passo da impressão propriamente dita, o processo de vedação deve ser feito para ambos processos de confecção da matriz, seja pelo processo usando a revelação da tela, aquele que utiliza a mesa de luz, fotolito, emulsão e foto-sensibilizante, chamado de processo fotográfico, ou o processo de recorte de filmes, como o que estamos descrevendo.Podemos usar como elementos vedadores a laca nitro-celose, que é dissolvida em thinner, ou goma-laca, que é dissolvida em álcool.É claro que para matrizes confeccionadas com o processo fotográfico, já foi sugerido o uso de fita crepe ou similar, mas para trabalhos com um número maior de tiragens, nada impede que seja utilizado outro tipo de material para vedar a tela, isso fará com que ele dure mais tempo.Existem vedadores que são vendidos já prontos para uso, esses vedadores são encontrados em casas especializadas em material de serigrafia.

Page 64: Apostila Sobre Serigrafia

Se não souber exatamente qual o tipo de vedador exato para seu trabalho, compre em partes pequenas, mesmo pagando mais em teoria, mas não irá desperdiçar, só compre em quantidades maiores quando tiver escolhido o tipo de vedador correto para o seu trabalho, enquanto isso, a fita crepe serve tranquilamente.

Feita a vedação, pode ser iniciada a impressão, procure nos links ao lado todos os passos para a impressão.Como resultado final, a impressão da letra E, com a matriz feita pelo processo recorte.

Pode-se obter o mesmo resultado pelo processo fotográfico descrito em outros links, neste caso, ao invés de recortar a letra E com estilete, seria revelada a letra E através do processo fotográfico, conforme já citado, os processos da confecção da matriz é que são diferentes, mas sempre com o objetivo final de uma boa impressão.

A CONFECÇÃO DA MATRIZA malha é o tecido usado na confecção da matriz e o sucesso da impressão dependerá em grande parte da qualidade da malha, por isso é importante que a malha apresente as seguintes propriedades:Deve ter uma textura regular.

Page 65: Apostila Sobre Serigrafia

Deve ter uma boa resistência à abrasão e ao desgaste, para suportar os esforços mecânicos do rodo da tinta.Deve ser resistente à tração, para apresentar uma esticagem satisfatória estável.Não deve ter uma elasticidade muito grande, para não apresentar problemas de registros e ao mesmo tempo deve ter uma elasticidade que permita retornar às suas condições originais, após uma deformação.Deve ser resistente aos produtos químicos utilizados durante o processo de impressão, lavagem e recuperação da matriz.Deve permitir uma boa aderência das emulsões fotográficas e dos filmes, permitindo grandes tiragens e lavagens sem deslocamento.

A DEFINIÇÃO DE SUBSTRATOÉ definido como substrato, o material que vai receber a impressão, as características químicas e físicas é que vão definir o tipo de tinta que deverá ser utilizado.Os substratos precisam estar em condições de receber tinta e garantir uma boa aderência, para isto, eles devem estar totalmente livres de pó.Nos substratos não podem ter qualquer tipo de impurezas em sua superfície, devem estar totalmente limpos.As partículas de poeira podem chegar a entupir malhas finas, ou deixar a impressão com um relevo indesejável.

Mesmo quando a impureza sai do objeto impresso, fica a marca de onde não foi depositada a tinta, criando pontos brancos, são os pontos onde a tinta não pega ou vem a se soltar.

Um bom substrato deve estar com a superfície lisa, sem amassados e dobras, pois as irregularidades podem deixar a impressão com diferentes camadas de tinta ou então as dobras fazerem surgir faixas sem impressão.Para certos tipos de impressão, como a impressão em garrafas, é necessário fazer o aquecimento dos objetos quando a umidade relativa do ar está elevada.A oleosidade, gordura e graxa, e até mesmo a oleosidade natural de nossas mãos, podem dificultar a aderência da tinta sobre certos substratos.Este problema é altamente significativo na impressão de sacolas ou objetos de polipropileno e de polietileno.Sua fabricação resulta em uma camada superficial de óleo, que impede a fixação da tinta.Nestes casos, utiliza-se um tratamento para eliminar tal camada, chamado de tratamento corona.

A MESA DE IMPRESSÃOUma boa mesa para aplicação da tinta é um item muito importante para o desenvolvimento de um bom trabalho de impressão.Se o local escolhido para o trabalho tiver pouco espaço, pode ser usada apenas uma mesa com suportes que facilitam a troca de moldura.

Page 66: Apostila Sobre Serigrafia

A mesa neste tipo de operação deve ter suas dimensões um pouco maiores em cada lado das molduras, mais ou menos 30 centímetros.A altura ideal de uma mesa deve ser de 75 centímetros, e nunca inferior a esta medida.Uma mesa com 75 centímetros de altura facilita a execução do trabalho dando ao serígrafo uma posição cômoda.Pode ser usada para esta finalidade uma mesa fora de uso, e talvez até exista uma disponível na sua casa, se não tiver, será bem fácil montar uma.Qualquer mesa que tenha 150 centímetros (1.5 m.) de comprimento, largura de 100 centímetros (1 m.) e espessura de 2 a 3 centímetros e como já citado, altura de 75 a 85 centímetros.O local adequado para a colocação da mesa deve ser um local que ofereça o máximo de iluminação e ventilação.

A MONTAGEM DA TELAA montagem da tela é uma operação de grande importância, pois uma boa montagem com o nylon bem esticado e bem plano, são fatores fundamentais na perfeita reprodução.A montagem manual é a forma mais empregada quando montamos a tela com tecidos como o nylon, seda ou poliéster em molduras de madeira.E é no tipo de montagem manual que centralizaremos o nosso estudo, isso porque visamos que sejam feitas aplicações sem o uso de máquinas, mais adiante citaremos “apetrechos” que poderão feitos e utilizados na serigrafia, e no momento apropriado será descrita a montagem da tela passo a passo e com todos os detalhes.A montagem manual não será possível se forem usados tecidos metálicos, neste caso, devem ser utilizados aparelhos especiais para esticar e fixar as telas.

A TENSÃO DA MALHAOs quadros com telas mal esticadas ou frouxas provocam borrões da tinta na imagem impressa.Isso ocorre devido ao movimento horizontal da malha provocada pela força do rodo.O tensionamento, ou seja, a pressão do tecido interfere tanto no sentido horizontal quanto no sentido vertical da matriz, afetando diretamente o fora de contato, isto é, a distância entre a tela e o substrato.É claro que além desse fator existem muitos outros que interferem na definição da imagem depositada pela tinta serigráfica.Mas o fator que mais influencia nos problemas de má definição de uma impressão é o fora de contato.Muitos impressores sabem ou já ouviram falar que as impressões feitas em máquinas cilíndricas ficam mais nítidas.Esta qualidade não se produz somente pelo fato que o fora de contato seja menor, mas também porque a tela se separa da tinta impressa muito rapidamente logo após a passagem do rodo.Na impressão plana é possível se obter um efeito parecido através da utilização de tecidos como o poliester PET 1000, onde a forte tensão do poliéster provoca um deslocamento vertical instantâneo, onde logo após a passagem do rodo, a tela volta para a altura normal.

APLICAÇÃO DE EMULSÃOA aplicação da emulsão na tela é o processo pelo qual construímos a camada de emulsão, que resulta no estêncil da matiz serigráfica.

Por isso, esta etapa é muito importante, pois a camada aí construída é a definitiva, ela é que vai determinar a qualidade final da impressão.

Page 67: Apostila Sobre Serigrafia

Para passar a emulsão, coloca-se a tela em posição vertical e aplica-se uma camada de emulsão de maneira uniforme em toda a extensão da tela.Se a camada não for uniforme, ficarão espessuras diferentes e causarão diferenças no depósito e na cobertura de tinta.E no momento de exposição à luz, se houverem diferenças de espessura na camada de emulsão, a área com maior quantidade de emulsão precisará de mais tempo de exposição, e a área com menor espessura ficará tempo demasiado em exposição, isso vai dificultar a revelação da tela.Nos dois lados da tela devem ser passadas camadas uniformes, com cuidado muito especial no lado da tela que entrará em contato com o substrato, a emulsão deverá ser uma camada bem lisa, pois qualquer qualquer saliência, por menor que seja, prejudicará a definição da imagem.

APLICAÇÃO DA EMULSÃOA aplicação da emulsão deve ser feita dos dois lados da tela, sendo duas aplicações na tela por dentro do quadro ou moldura, ficando em contato com o substrato.

Quando é aumentado o número de camadas de emulsão por dentro, também é aumentada a resistência da matriz.No caso de serem aumentadas o número de camadas de emulsão por fora, no caso, na parte que ficará em contato com o substrato, teremos mais definição da imagem.

ARTE FINAL SERIGRÁFICAPara que a técnica serigráfica esteja entre as mais prefeitas em fidelidade ao original, muitos cuidados devem ser levados em conta na impressão.Mas antes, entenda como diapositivo, o que em outras áreas é chamado de arte final em preto e branco, na serigrafia é mais ou menos a mesma coisa com outro nome, mesmo porque, impressão tem que ser 100% opaca com papel impresso transparente, você já viu uma impressão em transparência para retroprojetor, é exatamente isto.As características que devem ser avaliadas são:A espessura da base do material determina a estabilidade dimensional do diapositivo, pequenas ou grandes variações podem ocorrer dependendo de influências externas, como as mudanças de temperatura, mudanças na umidade relativa e no processo de estocagem dos filmes.Os filmes são considerados termicamente estáveis quando têm uma variação de dimensão de cerca de 0,020% entre o tempo que forem expostos à luz e o seu uso.A definição dos contornos da imagem está diretamente relacionado com a reprodução do original, que deve estar em perfeitas condições.

Page 68: Apostila Sobre Serigrafia

Quando o diapositivo for manual, os contornos da imagem podem ser prejudicados pela variação que a tinta pode causar no papel e outros materiais, como encolhimento ou enrugamento.Os Bloqueios da luz entre os papéis usados para a confecção dos diapositivos, o nível de capacidade deve ser considerado.No caso de fotolitos, o enegrecimento da camada fotossensível deve ser de 100%.A posição do diapositivo em relação à camada de emulsão no caso específico da serigrafia, o diapositivo deve ser posicionada de modo perfeito na tela já emulsionada, para que não exista nenhum espaço entre a camada do diapositivo e a camada de emulsão.Havendo um espaço, a luz pode não fazer a gravação com uma definição perfeita, já que qualquer espaço aberto vai permitir a passagem da luz, direcionando-a a outro local que não seja o protegido pela camada de imagem do filme.O diapositivo pode ser feito manualmente e também por processo fotomecânico (parecido com um processo fotográfico).Atualmente outros processos se uniram aos dois mais conhecidos, tornando a confecção de diapositivos muito simplificada, a impressão digital a laser, o recorte do filme em plotters são exemplos disso.

AS TINTAS TIPO EPÓXIAs tintas do tipo epóxi são indicadas para a impressão serigráfica sobre metais, vidros, fórmicas, fenolite, fibras de poliéster, placa de circuito impresso poliestireno e polipropileno tratado.As tintas do tipo epóxi são tintas de acabamento brilhante, ótima cobertura, média flexibilidade, longa durabilidade ao exterior e resistentes à luz.É uma tinta com ótima resistência aos solventes, álcool, óleos, ácidos e ao calor.Tintas do tipo epóxi devem ser preparadas, devem ser misturadas com catalisador no dia do uso.A preparação da tinta deve ser de 80% de tinta e 20% de catalisador, e preparada somente a quantidade que vai ter o uso imediato, pois a vida útil da mistura é de 5 a 6 horas, se existir necessidade de diluição, utilize solvente epóxi ou retardador epóxi.Todas as cores podem ser misturadas entre si.Tintas do tipo epóxi devem ser secas ao ar livre, sem toques de 15 a 30 minutos, manuseio em 24 horas e a secagem total em 120 horas.Para secar em estufas os substratos metálicos, vidros ou outros materiais de resistentes ao calor, utilizar 5 a 10 minutos de 120 a 140 graus.Para polietileno ou polipropileno pode ser somente acelerado na estufa de 3 a 5 minutos em 80 a 90 graus para secagem de manuseio, após prosseguir a secagem em temperatura ambiente.

AS VARIAÇÕES EM SILKPodem existir variações quando existir algum erro ao puxar o filme, pois a imagem é impressa por meio de linhas, filetes ou superfícies contínuas, mas em condições normais, tem forma perfeitamente definida, sem meios tons ou sombreados.O desenho é formado por contrastes preto e branco, e é obtido por meio de fotografia, diretamente, é basicamente um xerox em preto e branco.

Page 69: Apostila Sobre Serigrafia

Benday é um conjunto de elementos definidos com pontos, linhas e traços que apresentam uma distribuição regular na superfície aplicada, dando a sensação de uma textura uniforme.Consegue-se vários efeitos que criam a sensação de tons mais claros ou mais escuros, dependendo do tamanho dos elementos.

Reticulado é o meio pelo qual se torna possível uma foto ou um motivo (desenho com meios tons, também pode ser utilizado para a obtenção de diferentes efeitos.Consiste na colocação de uma película especial, que cria uma barreira à ação da luz, durante a fotografia, para a obtenção do fotolito e divide a imagem em pequenos fragmentos chamados de pontos.

Page 70: Apostila Sobre Serigrafia

Nessa variação o desenho possui áreas mais claras, a luz será refletida com maior intensidade, vencendo o sombreado da retícula.Nas áreas mais escuras, a luz será com maior intensidade e conforme a luminosidade do original podemos reproduzir as imagens em meio tom, com um processo que imprime áreas definidas.Após a obtenção do negativo, tiramos um contato (cópia), para invertemos a imagem e chegarmos ao positivo.A utilização da retícula é feita pelo processo de fotografia e o material que proporciona o reticulado é colocado em contato com o filme virgem, pela parte da frente, na hora da fotografia, de forma que a luz passe por ela, antes de atingir o filme.Combinado é o fotolito que foi preparado com uma combinação das diferentes características dos fotolitos.O fotolito reticulado ou benday pode variar quanto à lineatura, que é a indicação de quantas linhas de pontos o fotolito apresenta.Uma lineatura de 54 linhas, significa que essa retícula ou benday, possui 54 pontos por cm linear.Quanto maior o número de linhas, mas pontos por cm e, conseqüentemente, menor o tamanho do ponto.Quanto menor a lineatura, maior o número do ponto, por isso, na encomendar um fotolito, é necessário indicar a lineatura desejada.

Page 71: Apostila Sobre Serigrafia

A quadricromia é um sistema de impressão para a reprodução de qualquer original colorido.Fazendo a decomposição da imagem em quatro cores básicas, por meio de fotomecânica.Esse processo é fundamentado na teoria das cores, onde é possível reproduzir qualquer cor, utilizando o amarelo, o cyan (azul), o magenta (vermelho) e o preto, fazendo combinações de cores em proporções diferentes.Por meio da fotomecanica, com a utilização de filtros especiais, o original é fotografado 4 vezes, uma foto para cada cor, e depois essas fotos filtragens são reticuladas.Para cada cor teremos um fotolito, que, se impressos com tintas adequadas, apresentam o visual do original, pois a sobreposição das retículas de diferentes tamanhos, com diferentes cores, fará o efeito visual da mistura de cores.Os fotolitos para a obtenção de quadricromia, são feitos de maneira convencional.Com o auxílio da eletrônica e da informática, essa separação de cores de um original colorido, pode ser feita por laser ou scanner.O processo consiste na leitura ótica do original e a reticulagem direta sobre o filme virgem.Esse processo além de ser mais preciso e mais barato, permite muita agilidade na seleção de cores.

Page 72: Apostila Sobre Serigrafia

Cuidados especiais:A retícula, ou a parte fosca do filme, deve estar em contato com a emulsão fotográfica, durante a gravação da tela, para que não haja problemas de definição dos traços na impressão.Para isso o desenho deve estar com o seu lado legível no lado que vai entrar em contato com a matriz, ou seja, no lado da emulsão.Este detalhe também deve ser mencionado quando mandamos fazer um fotolito em estúdios especializados, pois normalmente o fotolito é feito com a parte fosca do lado ilegível, isso é comum em off-set, o que poderia causar problemas de definição na impressão serigráfica, principalmente quando forem impressos traços muito finos ou reticulados.Outro cuidado a ser tomado é com a lineatura de reticulados para a impressão serigráfica.Dependendo da malha a ser usada na matriz serigrafia, os detalhes finos perdem a sua definição, chegando mesmo a não se revelar, apesar do fotolito, tecnicamente, ter sido bem feito.Fica a informação da necessidade de se usar uma lineatura menor, isto é, pontos maiores dependendo da abertura da malha da tela.Todo diapositivo (fotolito) deve ter suas partes pretas totalmente opacas e suas partes transparentes totalmente transparentes, somente assim a exposição à luz cumprirá totalmente o seu papel na gravação da matriz.BARRAS FORA DO CONTATOEsse é um instrumento que pode ser confeccionado pelo próprio serígrafo.Seu funcionamento consiste em regular a distância entre a tela e o substrato nos quatro cantos da matriz serigrafia.Para confeccionar a barra de controle você pode usa uma placa de PVC ou poliestireno de 1 milímetro de espessura.Corte a placa em tiras da largura de 5 centímetros por 30 centímetros.No total teremos 5 tiras colocadas uma nas outras, assim, a primeira terá 5 x 30 cm, a segunda 5 x25 cm, a terceira 5 x 20 cm, a quarta 5 x 15 cm e a quinta 5 x 10 cm.

Colocando as tiras entre si, teremos uma escala com variação de 1 a 5 milímetros.Dependendo da necessidade de cada trabalho, podemos fazer a barra com mais escalas.

Page 73: Apostila Sobre Serigrafia

No momento do acerto do fora de contato e ajustes da garra de impressão é interessante utilizarmos 4 barras, uma para cada canto da matriz.Dessa forma, teremos um controle preciso do fora da contato em todos os da matriz, evitando problemas de diferentes depósitos de tinta ou ainda, áreas que apresentem borrões ou falhas na impressão.O perfeito paralelismo da tela com o substrato também é fundamental para impressão de tintas transparentes.Sem esse controle de paralelismo haverá maior descarga de tinta de um dos lados da imagem com áreas mais escuras e outras mais claras.

CONFECÇÃO DE MATRIZESUma das etapas da confecção de matrizes é a aplicação de uma emulsão fotossensível na tela, esta etapa é chamada de processo direto.O princípio básico do processo direto é fundamentado na mistura de sensibilizante na emulsão, depois da mistura, e emulsão fica sensível a ação da luz, possibilitando a gravação de um diapositivo*, pois a emulsão fica sensível à ação da luz.*arte final em preto e brancoO processo é simples, as áreas que são expostas à luz sofrem uma reação química ficando insolúveis.Mas as áreas que não sofrem ação da luz, ficam protegidas pelos traços do diapositivo, ficando solúveis, e são removidas na hora da revelação da tela.

A confecção de matrizes, no decorrer do processo é a etapa de maior importância, pois ela determinará a qualidade final do trabalho final a ser realizado durante a impressão.Antes da gravação da matriz e após a mesma estar esticada, convém seguir certas etapas de preparação.Certamente você pode estar querendo perguntar qual a razão de se preparar a malha antes de aplicar a emulsão.A resposta é simples, as malhas recebem diversos tipos de tratamento químico durante sua fabricação e podem vir de fábrica impregnadas com algum tipo de produto.Além disso, durante a estocagem é praticamente impossível evitar a poeira que se acumula entre os fios.O manuseio da malha acaba por contaminá-la com a gordura proveniente das mãos dos operadores e dos esticadores.A aderência da emulsão na malha é prejudicada pela presença de detritos, por isso é preciso verificar a malha na qual vai ser aplicada a emulsão.Comece verificando a presença de poeira e gordura, a gordura e a poeira diminuem o tempo de vida da matriz.

Page 74: Apostila Sobre Serigrafia

Os olhos-de-peixe e outras manchas também têm origem no mau desengraxe da tela, também são problemas.As partículas da poeira que se soltam na revelação geram furos que precisam ser retocados e as que não se soltam durante a revelação, podem soltar depois, durante a impressão.Na limpeza das malhas não devem ser usados álcool ou solventes porque estes produtos não retiram a poeira, apenas espalham a gordura de um lado para outro, sem remove-la.Embora os detergentes e os sabões sejam mais eficientes do que o álcool, também não são indicados, pois deixam a superfície da malha muito alcalina, o que não é nada bom para a aderência da emulsão, já que a alcalinidade propicia o desagregamento das moléculas.

CUIDADOS NA GRAVAÇÃOConforme já citado, determine o tempo de exposição para o total endurecimento da emulsão, caso sinta necessidade, faça testes preliminares.Sempre posicione o diapositivo com a face fosca da camada do filme em contato com a camada de emulsão.Tanto o diapositivo quanto a emulsão devem estar em contato direto com o vidro da mesa de exposição à luz.O vidro da mesa e o diapositivo devem estar sempre muitos limpos.Malhas coloridas, como o amarelo, laranja ou vermelho são as que conseguem melhores resultados técnicos, porém necessitam de um tempo de exposição à luz maior.Se o problema for a emulsão que adere o diapositivo e ao vidro da prensa de contato, deixe a emulsão secar completamente.Não tenha pressa em secar a emulsão, pois também nesse caso, apressa será sua inimiga.Se a emulsão apresentar furos e se soltar durante a revelação, pode ser por três motivos:a) Por desengraxamento incorreto, nesse caso, ficou gordura na malha.b) Ou por tempo de secagem insuficiente.c) A emulsão do tipo diazo foi usada e guardada por um tempo longo ou foi submetida a temperaturas elevadas no lugar em que foi guardada.

DESENGRAXE DA MALHAO desengraxe é o processo de preparação da malha serigráfica antes da aplicação da emulsão.Na realidade, o processo de preparação prévio da malha envolve mais que uma simples remoção da gordura, mas o desengraxe é muito importante para obter uma boa matriz.Por isso sempre se recomenda aos serígrafos que usem produtos, específicos para o desengraxe e a preparação das malhas.Os seguintes desengraxantes podem ser encontrados em casas especializadas:Prepamsk é um desengraxante em gel concentrado, para o uso geral.É muito eficiente, não produz espuma excessiva, não é corrosivo e é biodegradável, como é ecologicamente correto, pode ser usado sem problemas.O Seriprep 102 é um desengraxante líquido concentrado, sem silicone ou aditivos concentrados, o Seriprep 102 elimina qualquer tipo de gordura e resíduos.Também reduz a carga estática e a aparição de micro-furos nas matrizes ao eliminar as partículas de óxido.Funciona como agente de superfície, aumentando substancialmente a fluidez das emulsões sobre a malha tratada.O Seriprep 101 é um tipo de desengraxante concentrado em pasta, tem uma fina ação abrasiva que risca a superfície dos fios.Este efeito é para facilitar a posterior aderência de emulsões e filmes.É especialmente indicado no desengraxe de telas novas, e nos casos onde a aderência da emulsão é mais difícil, como na aderência de filmes capilares sobre malhas de poliéster.Na realidade, o uso de Seriprep 101 é útil em qualquer situação, pois sua ação abrasiva ajuda na remoção de resíduos de tinta ou outras impurezas encontradas nas telas recuperadas.

Page 75: Apostila Sobre Serigrafia

DIAPOSITIVO OU FOTOLITO?Diapositivo ou fotolito são os nomes genéricos que são dados a uma base transparente, que contém gravada a imagem a ser impressa, o filme é o material de base transparente.O diapositivo é um elemento extremamente importante para obter a impressão com muita qualidade e muita fidelidade em relação ao original.Assim como qualquer outra etapa de processo serígráfico, a dos dispositivos também sofre uma evolução constante.Os métodos de produção dos dispositivos também são beneficiados pela tecnologia, por isso, além de considerarmos as matrizes, tintas e substratos, também devemos considerar a qualidade dos diapositivos para a obtenção de um bom resultado.Atualmente o serígrafo vem priorizando a qualidade independente do tamanho da produção ou características do trabalho, felizmente, o número de empresários do meio serigráfico que tem essa mentalidade tem aumentado consideravelmente, portanto, a escolha do método deve se basear também nesse critério.As propriedades de um bom diapositivo, é que quando exposto à luz, o diapositivo deverá ter as partes a serem impressas protegidas da luz, e no caso das impressões coloridas, cada cor deverá ter seu diapositivo correspondente e nos casos de quadricromia, quatro diapositivos reticulados.Se você está acompanhando com atenção, deve ter observado, que sempre é citado com muito ênfase, que para a boa impressão serigráfica, é importante ter uma boa matriz, que é o quadro de madeira e o nylon bem esticado e firme no quadro, que chamamos de moldura.Também é importante escolher a tinta correta para o tipo de aplicação específico, e também já descrevemos os tipos de tinta e quais tipos de substrato devem ser aplicadas.Também vamos recordar que substrato é qualquer superfície onde é desejada a aplicação da tinta pelo método serigráfico.

EMULSÕES PARA SERIGRAFIAEmulsões para serigrafia são uma mistura de resinas em suspensão aquosa, de média para alta viscosidade, que, quando sensibilizadas, se modificam com a ação da luz.Normalmente são utilizadas resinas de PVA ou de PVOH, que têm a interessante propriedade de serem solúveis em água.Por isso, todas as emulsões, mesmo depois de secas, dissolvem-se com água.Mas existe uma coisa que as torna insolúveis: é sua exposição à luz, e uma vez sensibilizadas, as emulsões ficam sujeitas à ação da luz, que modifica a estrutura de suas moléculas, tornando a camada de emulsão insolúvel em água.Se pensarmos que podemos expor à ação da luz apenas uma parte da camada de emulsão, descobrimos que podemos expor à ação da luz apenas uma parte da camada de emulsão, descobrimos que podemos usá-la para reproduzir imagens.

Page 76: Apostila Sobre Serigrafia

Assim, com o auxílio de um diapositivo (fotolito ou arte final), podemos gravar na camada de emulsão áreas solúveis e áreas insolúveis.

As áreas que não forem expostas á luz permanecerão solúveis e serão facilmente removidas com água e formarão o estêncil, que é a mascara que reproduz a imagem.Na serigrafia a emulsão funciona como astêncil, isto é, é a emulsão quem define a imagem, delimitando as áreas por onde deve passar a tinta.Pode-se dizer que são duas as propriedades exigidas de um material utilizado como estêncil:1) A fidelidade de cópia, que implica em definição e resolução.2) A resistência a produtos químicos e ao desgaste físico e também à abrasão.Uma boa emulsão deve ter fidelidade de cópia e resistência a produtos químicos e ao desgaste físico e também à abrasão.As emulsões podem ser encontradas em dois tipos:1) Própria para impressão com tinta a base de solvente.2) Especial para impressão com tinta a base de água.As emulsões não sensibilizadas podem ser armazenadas por um bom tempo, já as sensibilizadas duram até quatro semanas, quando mantidas em ambiente fresco, ventilado e protegido da luz.

IMPRESSÃO SERIGRÁFICAA impressão serigráfica em princípio é muito fácil, apenas requer alguns cuidados, em primeiro lugar, o serígrafo deve ter uma base sólida que pode ser uma mesa de impressão fabricada pela indústria especializada, ou uma mesa comum, desde que seja plana e bem firme.

As mesas de impressão fornecidas pelas indústrias do ramo, já vêm equipadas com suportes metálicos, garras, molduras, marcas, régua e outros apetrechos.Mas as garras também podem ser compradas separadamente para uso em mesas comuns fabricadas pelo próprio serígrafo.As garras possuem dobradiças que devem ser parafusadas na parte traseira das mesas.Após a fixação da tela na garra metálica, observe se a tela encontra-se por completo na base da mesa.Se o quadro da tela ou a tampa da mesa estiverem empenados, provocarão defeitos na impressão.Se o empenamento for do quadro, uma ligeira torção no sentido contrário ao empenamento resolve este tipo problema.Mas se o empenamento for na base da mesa ou na tampa, não há outra saída, a não ser usar outra mesa.

Page 77: Apostila Sobre Serigrafia

Ao colocar a tela na garra, você vai notar um pequeno espaço produzido pela espessura da garra de metal que vai ficar por baixo do quadro.Este espaço produzido pela garra é os serígrafos chamam de fora de contato.Devemos colocar do lado oposto dois calços, sobre a superfície da mesa, para apoiar o quadro da matriz na hora de fazer a impressão.O calço pode ser de madeira, cartolina, ou qualquer material, mas tem que ter a mesma espessura da altura produzida pela garra (suporte).

A maioria das impressões são feitas com a matriz calçada conforme já foi mencionado várias vezes.ATENÇÃO:Existem casos em que não devem ser usados os calços, usar ou não usar os calços vai depender muito do material a ser impresso.A escolha certa da tinta também é um fator importante para bons resultados da impressão.A tinta muito grossa (viscosa), tem a tendência a entupir o nylon da tela.Se a tinta for muito fina (rala), irá passar através do tecido, borrando a base de impressão.Obs.:As tintas à base de água, quase sempre precisam ser diluídas com um pouco de água.Já no caso das tintas à base de solventes, nem sempre requerem diluição, mas quando necessitam, deve ser usado o solvente indicado pelo fabricante.

IMPRESSÃO VÁRIAS CORESMesmo que exista o curso de serigrafia completo e gratuito, muitas pessoas não querem ler para entender o que realmente é a impressão pelo processo serigráfico, são dúvidas que já estão esclarecidas no site, basta que leiam os textos e se familiarizarão com os procedimentos para fazer uma boa impressão.Mas a pergunta campeã é como fazer para imprimir várias cores, pois bem, o modo curto e grosso de responder é que para cada cor deve ser feita uma arte final, é exatamente por isso que o custo da impressão serigráfica se altera em função da quantidade de cores desejadas pelo cliente.Se o cliente desejar 4 cores, serão 4 telas de nylon, 4 quadros de madeira, quatro aplicações de tinta, se contar os ajustes a serem feitos para que cada gabarito se encaixe perfeitamente e cada cor impressa fique perfeita.Escrever parece fácil, e é mesmo, fazer aplicações em cores na prática serigráfica também é, o que acrescenta é que para cada cor deve ser feita uma tela e cada nova impressão deve-se ter o cuidado para que a segunda, terceira e quarta impressão sejam feitas nos locais exatos.Mesmo assim vamos a um exemplo de cores sem desenhos, apenas cores e algumas letras para facilitar, olhe para a imagem abaixo, existem 4 cores a serem impressas, a cor cinza vamos considerar que seja o material onde será aplicada a tinta.Em primeiro lugar é preciso que seja dito mais uma vez que para cada cor deve ser feita uma arte final e com essa arte final deve ser confeccionada uma matriz, então para a cor verde uma matriz.

Para a cor azul uma matriz.

Page 78: Apostila Sobre Serigrafia

Para a cor verde outra matriz.

Para a cor amarela outra matriz.

Para as letras outra matriz.

Propositalmente foi deixada a cor cinza que na verdade é o nylon que é fixado no quadro de madeira ou outro material que possa fixar adequadamente o nylon e mantê-lo esticado.O detalhe de cada uma das matrizes e os respectivos tamanhos das artes e principalmente os gabaritos ou as medidas da fixação da matriz irão determinar a precisão da impressão e obviamente a qualidade final.

Page 79: Apostila Sobre Serigrafia

MATERIAIS E ACESSÓRIOSOs materiais utilizados para praticar serigrafia podem ser fabricados pelo próprio interessado, mesmo não sendo necessário ter nenhuma máquina cara, alguns acessórios são necessários.Além dos materiais citados no LINK, também são necessários alguns acessórios, alguns podem ser fabricados e outros devem ser comprados, mas nada que seja difícil de encontrar ou que seja caro.As calhas ou canaletas são usadas para aplicar a emulsão já misturada na proporção correta.Mesmo que você não vá fazer pintura, pincéis de vários tamanhos são necessários e são usados para fazer retoques nas telas.Cola do tipo que cola qualquer coisa, ela pode ser necessária para fixar tecido e outros materiais na mesa de impressão.Copos e/ou vasilhas de plástico para medir e misturar as tintas, emulsão.Estopas e/ou pedaços de panosão necessários para fazer a limpeza das telas, rodos, mesa, enfim, limpeza em geral.Estilete para fazer recortes finos, talvez cortar parte do papel da arte final, cortar papel, e outras coisas similares.Uma espátula não pode ser esquecida, ela serve para colocar e retirar a tinta nas telas.Fita crepe para ser usada na vedação da tela, ou na preparação para a impressão.Um secador de cabelos que será usado pelo menos para ventilar, na serigrafia profissional é utilizado um secador especial, mas para pequenos trabalhos um secador de cabelos na posição frio ou um ventilador de parede quebra um galho.Existem vários tipos de tintas e solventes para serigrafia, o mais comum é usar tintas à base de água e tintas a base de solvente, mas não há uma regra certa para isso, mas é bom ter ciência que cada tipo de material a ser impresso possui um tipo próprio de tinta, e consequentemente cada tinta possui seu tipo de solvente.A mesa de impressão é o local onde a tela deve ser fixada, parece algo um pouco mais distante, mas pode ser feita com dobradiças comuns.As dobradiças permitem que a tela se movimente para cima e para baixo sem perder o local onde está apoiado, digamos que a mesa fica fixa e o material a ser impresso é colocado na posição correta, impresso e retirado, o movimento de baixar e levantar a parte móvel da mesa é que é feito por diversas vezes durante a impressão.

MODELOS DE ENCAIXEPara montar a moldura devemos tomar cuidado para que ela fique firme, e se necessário, usar cola de madeira, pois é muito importante que a moldura não fique frouxa e nem fique torta, ela deve ficar plana e firme ao ser colocada em cima de uma mesa.Para quem trabalha em serigrafia, sabe que é bom ter em mãos vários tamanhos de molduras para utilizar, conforme o tipo trabalho a fazer, assim será possível utilizar uma moldura de acordo com as necessidades do trabalho a ser executado.Nas lojas especializadas são encontradas molduras em vários tamanhos, os tamanhos molduras mais comuns são:20 x 25cm25 x 40cm20 x 50cm35 x 60cm40 x 50cm

Page 80: Apostila Sobre Serigrafia

Caso não desejar ou não souber como fazer, também existe a possibilidade de comprar molduras feitas nas lojas especializadas ou pedir para que um marceneiro faça sob encomenda.Sempre é bom lembrar que um bom trabalho final de impressão depende de uma moldura bem feita, bem nivelada e bem firme, sem falar que o nylon deve ficar, e estar bem esticado.

O MATERIAL DOS FIOSEmbora a seda tenha sido a fibra que deu nome ao processo silk-screen (serigrafia), atualmente é pouco usada pela maioria dos serígrafos.Isso porque a seda tem algum inconvenientes como a fragilidade, rápido desgaste e pouca resistência.O nylon surgiu depois de muitas pesquisas feitas por uma empresa americana, as pesquisas duraram mais ou menos 10 anos, quando os cientistas descobriram uma nova substância de características parecidas com a seda, chamaram de nylon.A partir da descoberta do nylon, a utilização foi imediata, por ser mais resistente que a seda, por resistir bem a raspagem, por permitir uma grande gama de número de fios por polegada, por resistir bem aos diversos tipos de solventes e ter maior elasticidade que a seda.Nos últimos anos houve grande inovação no desenvolvimento da serigrafia e o poliéster deixou para trás seu concorrente na confecção de malhas, o nylon, considerando ambos monofilamentos.O poliéster apresenta menor alongamento e melhor registro e um fator que determina excelentes características de um tecido é o fio com menor alongamento, mais resistência, desenvolvido especialmente para o ramo serigráfico, permitindo a confecção de telas com grande estabilidade dimensional e com propriedades equilibradas de trama.O poliéster PET 1.000 é um tecido especialmente feito para o uso na serigrafia.As principais vantagens deste tecido são:1) Maior tensão que o poliéster normal e menor queda de tensão ocasionadas pelo tempo e tem mais tempo de vida útil.2) Oferece melhor registro de impressão durante o equilíbrio de forças entre o tecido esticado e o rodo de impressão.É importante lembrar que a forte tensão provoca um deslocamento vertical instantâneo e logo após a passagem do rodo, a tela volta à altura normal.3) Pela durabilidade, pois apresenta exatidão igual em maiores tiragens.

Page 81: Apostila Sobre Serigrafia

OS TIPOS DE EMULSÕESAs emulsões podem ser sensibilizadas com bicromatos oudiazo. Os bicromatos podem ser sódio, potássio e amônia, destes, o mais usado é o de sódio.O diazo possui excelente resistência ao tempo e pode ser armazenado por períodos mais longos que os bicromatos e também apresenta alto grau de definição de traços finos.Em contra partida o diazo necessita de mais tempo de exposição e sua gravação é feita com radiações luminosas ricas em raios ultravioletas, o diazo é o tipo de emulsão mais popular pelo custo e pela facilidade de manuseio.Existem outros tipos de emulsões, como a emulsão fotopolímera, que é fabricada com resinas que já são, por si só, sensíveis à luz, por isto não precisam ser sensibilizadas, elas já vêm prontas para o uso e proporcionam excelente fidelidade de cópia, obviamente, devem permanecer estocadas em ambiente seco, fresco e meio escuro, o inconveniente é que tem pouco tempo de armazenagem.Também existem as emulsõesdiazo-fotopolímeras, que são emulsões fotopolímeras que levam uma pequena dose de diazo em sua composição.São também chamadas de emulsões de dupla-cura, por terem um duplo sistema de sensibilização.Estas emulsões reúnem as melhores qualidades dos sistemas diazo e fotopolímero e são as mais resistentes, porém, são muito mais caras.Muitas delas são universais, o que significa que resistem a todo tipo de tinta utilizada na impressão de serigrafia.As emulsões emulsõesfotopolímeras e as emulsõesdiazo-fotopolímeras são menos utilizadas pelo seu alto custo, e somente em grandes estamparias podem ser encontradas.OBS.: A proporção da mistura do foto sensibilizante na emulsão é indicada para ser em 9 partes de emulsão para 1 parte de sensibilizante, isto é seguido pelos serígrafos, mas é sempre recomendável ler as instruções do fabricante, tanto da emulsão fotográfica quanto do foto sensibilizante, pois podem existir variações, neste caso, devem ser seguidas as instruções de acordo com as indicações do fabricante.

PRINCÍPIOS DA SERIGRAFIAO princípio básico do silkscreen é a impressão de imagens ou letras em uma superfície através e uma tela, e a tela é chamada de matriz.Chamar o processo de silkscreen ou serigrafia, não faz diferença, pois é a mesma coisa, os dois termos são utilizados em vários locais, o que existe de alerta é que todo tipo de trabalho só se torna perfeito depois de muita prática, nos textos disponibilizados não tem como transferir a prática, por isso transfiro o conhecimento de todo o equipamento e dos materiais.Os trabalhos que podem ser feitos com impressão pelo método serigráfico são muitos, podem ser desde a estamparia de tecidos até sinalização de placas de rua.São vários os motivos para a popularidade do silkscreen, o acesso por qualquer pessoa e a facilidade tornam as coisas menos complicadas, até porque, não são exigidas máquinas, os equipamentos utilizados podem ser fabricado pelo próprio interessado e mesmo assim podem ser feitos trabalhos de alta qualidade com baixo custo.

Page 82: Apostila Sobre Serigrafia

É comum as agências de publicidade utilizarem a serigrafia nos matériais promocionais, folhetos, cartazes, imãs, adesivos, camisetas, enfim, o que a imaginação puder criar é possível fazer.Com tantas variedades de trabalho para um mercado consumidor enorme como é o mercado brasileiro é bem simples perceber a importância deste processo, obviamente que a indústria colaborou desenvolvendo tintas e solventes para cada tipo de material, que por sinal não são poucos.

QUAIS SÃO OS MATERIAISCom tantas variedades de trabalho para um mercado consumidor enorme como é o mercado brasileiro é bem simples perceber a importância do processo de impressão pelo método da serigrafia.Acessível para pessoas de baixa renda e com pouca instrução, a serigrafia pode ser utilizada como suplemento de renda ou como fonte de renda principal, claro que depende do empenho de cada um e da prática.Os materiais utilizados, conforme já escrevi em outros links, podem ser fabricados pelo próprio interessado.O rodo impressor é utilizado para aplicar a tinta no objeto a ser impresso, consiste num pedaço de borracha, um pedaço de madeira e cola para madeira.O quadro de madeira é o componente básico da estrutura da tela, geralmente são usados sarrafos de 2x2cm provenientes de restos de madeira, o cedro e o pinho são leves e fáceis de manusear, por isso são preferidos.O nylon ou o poliéster são os tecidos utilizados para confeccionar as telas, sãos os preferidos devido a resistência aos abrasivos e aos materiais químicos.A emulsão e o sensibilizante são os dois tipos de componente que devem ser misturados nas proporções corretas, estes dois produtos fazem parte da gravação da tela.A matriz ou tela é o composto final para ser possível executar a impressão.Grampeador ou tachinhas são utilizados para fixar o nylon ou o poliéster ao quadro de madeira.Como pode ser observado, não foi citada nenhuma máquina ou material caro, obviamente que alguns acessórios são necessários para executar a aplicação da tinta no material que irá receber a impressão, mas isso é assunto para outro link.

SECAGEM DA EMULSÃODentre as várias etapas que compreendem a gravação de uma matriz, a secagem da emulsão fotográfica tem um destaque de grande importância.Depois de aplicarmos a emulsão fotográfica em estado líquido na tela, se requer uma secagem adequada para que o processo de exposição seja obtido de forma plena e correta.Antes da exposição à luz, a emulsão deve estar completamente seca na tela.Se a camada de emulsão não for uniforme, podemos afirmar que debaixo a película superficial da emulsão aparentemente seca, podem existir áreas não secas que causarão muitos problemas na gravação, prejudicando os resultados finais.Neste caso, o que acontece é que as partes úmidas que possuem sensibilidade reduzida ao endurecimento através da ação da luz, tornando impossível a secagem perfeita e uniforme.A primeira regra para a secagem da emulsão é secar naturalmente ou utilizando um secador de cabelos, mas sempre longe de qualquer fonte de luz rica em raios ultravioletas.Só são obtidos ótimos resultados na secagem da emulsão se for seca em penumbra durante a aplicação e a secagem da emulsão.É óbvio que não dá pra trabalhar no escuro, então é recomendável (e necessário) secar a emulsão em sala iluminada com lâmpada amarela ou vermelha, dessas de decorações natalinas.

Page 83: Apostila Sobre Serigrafia

SENSIBILIZAR A EMULSÃOAs emulsões podem ser sensibilizadas com bicromatos oudiazo.Os bicromatos podem ser sódio, potássio e amônia, destes, o mais usado é o de sódio.A mistura à emulsão deve ser na proporção de 9 partes de emulsão para 1 parte de sensibilizante.Deve ser usado um copo graduado para medir corretamente as partes que serão misturadas.

Na hora da mistura, deve-se ter um cuidado todo especial, que é não fazer movimentos rápidos para evitar criar bolhas na emulsão, o que irá causar olhos-de-peixe ao revelar a tela.

O correto é fazer movimentos lentos em forma de oito, até a mistura ficar bem homogênea, depois deixar repousar por pelo menos 20 minutos antes de usar para emulsionar a tela.O diazo possui excelente resistência ao tempo e pode ser armazenado por períodos mais longos que os bicromatos e também apresenta alto grau de definição de traços finos.

Page 84: Apostila Sobre Serigrafia

Em contra partida o diazo necessita de mais tempo de exposição e sua gravação é feita com radiações luminosas ricas em raios ultravioletas.OBS.: A proporção da mistura do foto sensibilizante na emulsão foi indicada para ser em 9 partes de emulsão para 1 parte de sensibilizante, isto é seguido pelos serígrafos, mas é sempre recomendável ler as instruções do fabricante, tanto da emulsão fotográfica quanto do foto sensibilizante, pois podem existir variações, neste caso, devem ser de acordo com as indicações do fabricante.

TÉCNICAS MONTAGEMPara fazer a montagem das telas é usado material básico, que consistem moldura no tamanho de acordo com o trabalho a ser executado, com 5% a mais, nylon, martelo, grampeador, grampos, tachinhas.O nylon deve ser cortado um pouco maior que o tamanho externo da moldura, e deve ter sido lavado com sabão de coco, depois de bem enxaguado, ele deve ficar sobre a moldura, e ainda molhado, as tachinhas ou o grampeador devem ser usados para fixar o nylon no quadro de madeira, fazendo com que o nylon fique sempre bem esticado, mas cuidado para não rasgá-lo.Existem duas técnicas para esticar telas por sobre o quadro de madeira, uma delas, é a que faz uso de tachinhas. A outra técnica é a técnica em que é utilizado um grampeador próprio para esta finalidade.Qual das técnicas que será utilizada não importa, o objetivo aqui é esclarecer que existem dois métodos.Quem não tiver condições de adquirir um grampeador para fazer suas experiências por achar que o seu custo não vale a experiência, a alternativa são as tachinhas, e isto não prejudica em nada, desde que seja feito de forma correta.

TENSÃO COM ALICATENesse sistema você só precisará ter em mãos um alicate que tenha duas chapas metálicas de aproximadamente 20 a 25cm de comprimento.Esse tipo de alicate deve ter garras que possibilite prender o nylon, apoiando-o no quadro para que seja possível esticá-lo ao máximo e prendê-lo com grampos de estofador, com este processo é possível montar quatro quadros de uma só vez.

O processo de tensão com auxílio do alicate especial consiste em escolher quatro molduras do mesmo tamanho e colocá-las sobre uma mesa bem nivelada, formando um quadrado.

Page 85: Apostila Sobre Serigrafia

Colocar sobre as quatro molduras um pedaço de nylon 5 centímetros maior de cada lado, isto significa que se forem utilizados neste processo de montagem, quatro quadros de 20 x 25 centímetros, o nylon deverá ser cortado com o tamanho 40 x 60 centímetros.

Grampear uma das extremidades em um dos lados de duas molduras juntas.

Page 86: Apostila Sobre Serigrafia

Colocar os outros quadros ou molduras encostadas naqueles que já tem o nylon grampeado, e iniciar a nova etapa da grampeação.

Grampear a outra extremidade do nylon nos outros dois quadros de maneira que o nylon fique 2 ou 3 centímetros menor que as molduras.Se for feito conforme descrito, ao esticar o nylon para grampear, as molduras ficarão ligeiramente levantadas sobre a superfície plana.Aperte com as mãos os quatro cantos sobre a mesa ou superfície plana e empurre-os para baixo, fazendo com que fiquem na horizontal em cima da superfície.Depois vire o quadro de maneira que o nylon fique para baixo e os quadros para cima, para facilitar, podem ser pregados (provisoriamente)sarrafos para que os quadros não voltem à sua posição original e o nylon venha a ficar frouxo, ao virar o quadro e ao ser pressionado para baixo, tende a esticar o nylon para ser possível grampear o nylon esticado.Grampeie o nylon em um dos lados que estão soltos e com o auxílio do alicate especial você fixará o nylon fazendo o esticamento final.

Page 87: Apostila Sobre Serigrafia

Você deve esticar o nylon ao máximo que seu alicate alcançar e assim esticado deverá ser grampeado, faça isso até esticar todo o último lado.Depois que os passos descritos acima foram executados, deve ser passado cola nas extremidades do nylon.

Também será poderá possível utilizar os grampos para fixar as extremidades, só que o invés dos grampos ficarem do lado de fora do quadro, eles ficarão na sua face frontal, por cima do nylon.

Esticado e preso nylon, poderão ser cortadas as beiradas do nylon que ficaram sobrando.Antes de cortar as sobras, se utilizou cola, verifique se a cola está seca, se estiver seca você poderá passar um estilete no meio dos quadros, tendo assim quatro telas prontas.

Page 88: Apostila Sobre Serigrafia

Depois que você terminar esse processo poderá tirar as ripas que tinham sido pregadas para manter a tela esticada.

No final deste processo você terá quatro telas prontas.

Page 89: Apostila Sobre Serigrafia

TINTAS VINÍLICAS AQUOSASAs tintas do tipo vinílica aquosa são indicadas na impressão sobre tecidos de algodão de tons claros.Para impressão sobre tecidos ou sintéticos recomenda-se o uso de fixador e secagem em estufa de 3 a 4 minutos.As tintas do tipo vinílica aquosa são tintas de acabamento fosco, ótimo poder de coloração (tons bem vivos), toque macio, flexível e ótima resistência à água.Este tipo de tinta já é fornecida pronta para uso, podendo, se necessário, ser diluída, na proporção de 10 a 15%, com água.Como na maioria das tintas, todas as cores são misturáveis entre si.A tinta vinílica aquosa é de secagem ao ar ambiente, livre ao toque de 3 a 5 minutos, manuseio a 1 hora e secagem total em 72 horas, podendo ser acelerada a secagem com calor de uma de estufa, ar quente ou outro meio, como prensa térmica.Para evitar problemas de blocagem no empilhamento, deve ser aguardada a secagem total da tinta.Para ótima fixação em tecidos mistos é recomendada a secagem em estufa de 3 a 4 minutos numa temperatura de 120 a 140 graus, com adição de fixador na tinta.

TIPOS DE PUXADORESUm detalhe importante refere-se ao corte da borracha do puxador, e existem cinco tipos de cortes, cada qual com o seu uso específico.Retangular, redondo, chanfrado, duplo chanfrado, com cantos arredondados.Vamos ver as características de cada tipo de corte:O corte retangular é o mais usado, pois permite uma boa impressão.

Page 90: Apostila Sobre Serigrafia

O puxador retangular quando usado corretamente evita que a tinta embole na tela e também dá uma boa definição dos detalhes.Observe a figura abaixo, e veja a borracha com corte reto.

O corte redondo é o tipo de corte de borracha muito usado em impressões industriais, principalmente nas industrias têxteis.Observe a figura abaixo, note que a borracha tem os cantos redondos.

O corte chanfrado é muito usado para impressões em cristais e vidros.Ele permite a detenção de camadas intermediárias de tintas com muito boa definição.

Page 91: Apostila Sobre Serigrafia

O corte duplo chanfrado é o tipo de puxador muito usado em superfícies curvas, tais como, litros, latas e garrafas.

O corte com cantos arredondados é recomendado nos casos onde se deseja uma maior descarga de tinta, este tipo de corte não dá uma boa definição, e tende a borrar um pouco a impressão.É muito utilizado na estamparia têxtil, onde são necessárias grandes descargas de tintas, para produzir o efeito desejado.O rodo com cantos arredondados não se encontra à venda, obter um rodo com cantos arredondados, deve-se desgastar um rodo novo ao utiliza-lo até atingir as condições adequadas.

Page 92: Apostila Sobre Serigrafia

Acreditamos que depois dessas orientações sobre os diversos tipos de corte ou puxadores, você já terá condições de escolher e identificar o puxador adequado para as suas necessidades, e de acordo com o trabalho que deverá ser feito.São encontrados para a venda puxadores, cuja a borracha pode ser trocada, estes são dotados de um parafuso em seu corpo, que permite a desmontagem.Desta maneira, o serígrafo pode trocar a borracha sem maiores dificuldades, o que também facilita uma boa limpeza de suas peças tanto da borracha como do cabo.

TIPOS DE TELASNos desenhos sem nitidez de linhas, podem ser utilizadas telas de 25 a 43 fios por centímetro, esta é uma sugestão para imprimir chapados.

Page 93: Apostila Sobre Serigrafia

Em trabalhos com nitidez média, devem ser usadas telas de 60 a 81 fios por centímetro.

Em trabalhos com alguma precisão de detalhes, devem ser usadas telas de 90 a 120 fios por centímetro.

Em trabalhos de impressão com traços finíssimos ou reticulados, usa-se telas de 130 a 200 fios por centímetro.

TRATAMENTO NA TELAToda a produção de matrizes serigráficas  implica na formação de uma camada foto sensível (é a emulsão) sobre uma malha (pode ser o nylon ou poliéster).Para serem obtidas matrizes duráveis, a união entre a emulsão e a malha deve ser a mais completa possível.

Page 94: Apostila Sobre Serigrafia

Os grandes causadores de problemas dessa natureza são as gorduras e poeiras que, se não forem removidas, prejudicarão todo procedimento de aplicação da tinta.

USO DO FOTECAP ZIRCONApós obter a tela bem esticada, é fundamental que se trate a malha serigráfica com o abrasivo próprio que, em uma só operação, desengraxará e deixará o tecido áspero, aumentando a aderência do filme capilar.Depois de enxaguar a tela, aconselha-se aplicar um condicionador para manter a malha uniformemente molhada, com uma fina e ininterrupta camada de água, no lado da impressão.

Aderindo o filme no lado da impressão da matriz, vejamos três maneiras diferentes de seguir o processo:1) Enrole o filme sobre si mesmo, com o lado da emulsão para fora.Encoste na parte superior da matriz e deixe-o desenrolar, passando depois um rodo para fixa-lo.É o método aconselhável para telas de pequenos e grandes formatos.

2) Encoste o tecido seco sobre o filme pré-sensibilizado, posicionado em uma superfície plana e molhe-o com um jato de água ou com uma esponja pelo lado do rodo.

3) Encoste o tecido úmido sobre o filme pré-sensibilizado, posicionado a uma superfície plana.Este processo é Indicando para pequenos formatos.

Page 95: Apostila Sobre Serigrafia

Passe um rolo de impressão pelo lado interno da matriz, para retirar o excesso de água e garantir a aderência do filme com o tecido.Na seqüência, deixe a matriz secar completamente, em um local seco e escuro (isento de luz branca).Depois de secar a matriz, retire o suporte plástico e deixe secar por mais alguns minutos antes da exposição.4) Proceda a exposição da matriz normalmente, lembrando que é aconselhado que utilize prensa a vácuo e fonte de luz de rica em raios ultravioleta para obter uma gravação perfeita e com qualidade.

5) Revele a matriz dirigindo um jato suave de água nos dois lados da matriz, de preferência com um espalhador.

VEDAÇÃO DA TELAA vedação da tela é o acabamento que tem por finalidade evitar vazamentos de tinta, a vedação é feita com a colocação de uma fita gomada nas bordas da tela, e também por dentro.

Page 96: Apostila Sobre Serigrafia

A fita gomada deve cobrir pelo menos a metade da moldura e um pedaço do nylon, em torno de 2 cm.

VELOCIDADE IMPRESSÃOA velocidade de impressão é a velocidade com que o rodo se desloca de um lado para o outro da tela, durante a impressão.Nas áreas impressas com maior depósito de tinta, a velocidade de impressão deverá ser sempre mais lenta, para que a tinta possa ser depositada em cada ponto da área de impressão.Nas áreas de impressão com detalhes mais finos, usa-se a velocidade mais rápida.

JÁ LI TUDO, FAÇO O QUE?Existem pessoas que querem aprender a fazer serigrafia, encontram o os tutoriais, e aprendem a teoria, mas teoria é teoria, e prática é prática, e é a prática que vai determinar se o que está sendo feito está com boa qualidade, afinal, todo mundo é assim, só vendo com os próprios olhos.Depois de ler textos e mais textos, o interessado se vê capaz de partir para a parte prática, aí começa outra maratona, principalmente se ele não sabia absolutamente nada sobre o assunto.A primeira dúvida é como encontrar o nylon para fazer a tela.Pode não parecer, mas existem em muitos locais, papelarias, lojas de material de construção, e obviamente, em casas especializadas em materiais para serigrafia, sem esquecer dos locais que comercializam artigos para artesanato.Dependendo da cidade, pode ser mais fácil ou mais difícil, mas dificilmente uma cidade de porte médio não terá uma ou mais lojas que comercializem artigos para a prática da serigrafia.Ao vendedor, diga que deseja Nylon para tela de serigrafia, o vendedor certamente irá perguntar de quantas linhas por polegada, então esse vendedor entende do que você está falando, caso contrário, você mesmo terá que ser bom o suficiente para fazer a escolha certa.Quando a tela estiver pronta, o praticante deve ter consciência de que toda impressão da arte final é em preto, simplesmente porque a parte preta da arte final é que vai proteger a emulsão fotográfica, permitindo que seja vazada na tela a parte protegida da luminosidade, quando é feita a exposição à luz.Depois da tela pronta, a parte vazada, ou a parte do desenho é a que deixa a tinta de qualquer cor passar, obviamente que a cor é escolhida em função do material que vai receber a impressão, pode ser ao contrário também, só não adianta imprimir branco em cima de branco.A sim, como se faz a tela é uma questão comum, tem gente que lê, e relê os textos, mas não encontrou o nome do produto que é passado no nylon esticado do quadro que vem a se formar uma tela, embora exista esse texto no Ibytes, anote aí: emulsão fotográfica é o nome do produto, existem para dois tipos de base, á base de água e a base de solvente, a escolha é em função do tipo de tinta a ser utilizada na impressão.

Page 97: Apostila Sobre Serigrafia

Para tintas de tecidos, a emulsão a base de água está de bom tamanho, para tintas acrílicas, deve-se preferir emulsão a base de solvente, isso quer dizer que para remover excessos de tinta o solvente da própria tinta é o que deve ser utilizado.No mais, acredito que os textos explicam de forma clara e bem objetiva os procedimentos para praticar serigrafia, em todo caso, iniciante começa engatinhando, sendo assim, comece imprimindo em uma cor apenas, com a prática, a aventura em passos seguintes passa a ser normal.BARRAS FORA DO CONTATO

Esse é um instrumento que pode ser confeccionado pelo próprio serígrafo.

Seu funcionamento consiste em regular a distância entre a tela e o substrato nos quatro cantos da matriz serigrafia.

Para confeccionar a barra de controle você pode usa uma placa de PVC ou poliestireno de 1 milímetro de espessura.

Corte a placa em tiras da largura de 5 centímetros por 30 centímetros.

No total teremos 5 tiras colocadas uma nas outras, assim, a primeira terá 5 x 30 cm, a segunda 5 x25 cm, a terceira 5 x 20 cm, a quarta 5 x 15 cm e a quinta 5 x 10 cm.

Colocando as tiras entre si, teremos uma escala com variação de 1 a 5 milímetros.

Dependendo da necessidade de cada trabalho, podemos fazer a barra com mais escalas.

No momento do acerto do fora de contato e ajustes da garra de impressão é interessante utilizarmos 4 barras, uma para cada canto da matriz.

Dessa forma, teremos um controle preciso do fora da contato em todos os da matriz, evitando problemas de diferentes depósitos de tinta ou ainda, áreas que apresentem borrões ou falhas na impressão.

O perfeito paralelismo da tela com o substrato também é fundamental para impressão de tintas transparentes.Sem esse controle de paralelismo haverá maior descarga de tinta de um dos lados da imagem com áreas mais escuras e outras mais claras.