apostila português

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PORTUGUÊS 1 FONÉTICA É a parte da gramática que estuda os sons da fa- la humana, ou seja, os fonemas. 1. Fonemas Fonemas são sons da fala humana que, sós ou combinados, formam as sílabas que, por sua vez, formam as palavras. 2. Fonemas e Sílabas - Diferença Não há que confundir fonema e sílaba, coisas bem diferentes. Uma sílaba pode conter um (a-go- ra), dois (a-go-ra), três (es-tre-la), quatro (cris-tão) e até cinco (felds-pa-to) fonemas. 3. Letras Letras são as representações gráficas (símbolos convencionados) dos fonemas. 4. Fonema e Letra - Diferença Fonema pronuncia-se e ouve-se; letra escreve- se e vê-se. Uma palavra pode ter igual número de fonemas e letras: cabelo - 6 letras e 6 fonemas. O número de letras pode ser maior do que o nú- mero de fonemas: hoje - 4 letras e 3 fonemas, pois o “h” não é pronunciado; guerra - 6 letras e 4 fonemas, pois os dígrafos “gu” e “rr” representam apenas um fonema cada um; tanto - 5 letras e 4 fonemas, pois o “n” apenas faz com que o “a” seja nasaliza- do. Há, ainda, palavras que possuem mais fonemas do que letras: tóxico - 6 letras e 7 fonemas, pois o “x” equivale a /ks/. Por outro lado, um mesmo fonema pode ser re- presentado por letras diferentes, como podem, tam- bém, fonemas diferentes ser representados por uma mesma letra: mesa, beleza - as letras s e z represen- tam o mesmo fonema /z/; texto (x = /s/), exame (x = /z/), sexo (x = /ks/), máximo (x = /ss/), lixo (x = /ch/) - em cada uma o “x” representa fonemas diferentes. Por aí se vê que não há, rigorosamente, um sím- bolo gráfico (letra) para cada fonema de nossa lín- gua. Essa discrepância entre fonemas e letras é a responsável pela maior parte das dificuldades orto- gráficas que enfrentamos. 5. Nome da letra Não se confunda o nome da letra com o fonema respectivo. Assim, ele, eme, erre, cê são os nomes das letras l, m, r, c. Os fonemas são os sons que a leitura dessas le- tras produz na palavra. 6. Classificação dos Fonemas a) VOGAIS Não são simplesmente as letras a, e, i, o, u. Em quilo, a letra u nem é fonema. A vogal é fonema básico de toda sílaba. Não há sílaba sem vogal e não pode haver mais de uma vogal numa sílaba. Por outra, o número de vogais de um vocábulo é igual ao número de sílabas; in- versamente, o número de sílabas é igual ao número de vogais. b) CONSOANTES Como o próprio nome sugere (com + soante = soar com), consoantes são os fonemas que, para serem emitidos, necessitam do amparo de outros fonemas, ou seja, das vogais. Cabe relembrar que, para haver consoante, é necessário o fonema (ruído) e não a letra (escrita). Assim, em “hipótese”, não há a consoante “h”, mas apenas essa letra; em “ilha”, a consoante única é o fonema representado pelas letras “lh”; em “manga”, o “n” não é consoante, porque não constitui fonema, mas apenas indica a nasalização do “a”. c) SEMIVOGAIS Constituem os fonemas intermediários entre as vogais e as consoantes: não têm a fraqueza destas nem a autonomia daquelas. São, na prá- tica, o “i” e o “u”, quando, ao lado de uma vogal autêntica, soam levemente, sem a força de vo- gal. O “e” e o “o”, sempre que, na mesma cir- cunstância, forem pronunciados, respectivamen- te, como “i” e “u”, também serão semivogais. Comparem-se as diferenças de intensidades dos fonemas grifados, nas palavras que seguem: Semivogais Vogais pais país mau baú mágoa pessoa vídeo Leo Mário Maria Observações: 1ª) O a é sempre vogal, aberto ou fechado, oral ou nasal. 2ª) Qualquer uma das letras a, e, i, o, u, isolada ou entre duas consoantes, será vogal. 3ª) O fonema que receber o acento tônico será obviamente vogal. 4ª) Pode haver duas vogais juntas, mas jamais se juntarão duas semivogais. 7. Grupos ou Encontros Vocálicos Chamam-se assim os grupos ou encontros cons- tituídos de dois ou mais fonemas vocálicos (vogais e semivogais). a) DITONGO É o grupo constituído de uma vogal e uma semi- vogal ou vice-versa. O ditongo pode ser: crescente - quando a semivogal vem antes: série, água, vítreo, nódoa, quando, freqüente; decrescente - quando a semivogal vem depois: lei- te, baixo, céu, herói, mão mãe, põe, muito. Qualquer ditongo ainda pode ser: oral - quando emitido sem a participação das fossas nasais: série, água, vítreo, nódoa, quase, leite, bai- xo, céu; nasal - quando há participação das fossas nasais: quando, freqüente, põe, muito.

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  • PORTUGUS

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    FONTICA

    a parte da gramtica que estuda os sons da fa-la humana, ou seja, os fonemas.

    1. Fonemas Fonemas so sons da fala humana que, ss ou

    combinados, formam as slabas que, por sua vez, formam as palavras.

    2. Fonemas e Slabas - Diferena No h que confundir fonema e slaba, coisas

    bem diferentes. Uma slaba pode conter um (a-go-ra), dois (a-go-ra), trs (es-tre-la), quatro (cris-to) e at cinco (felds-pa-to) fonemas.

    3. Letras Letras so as representaes grficas (smbolos

    convencionados) dos fonemas.

    4. Fonema e Letra - Diferena Fonema pronuncia-se e ouve-se; letra escreve-

    se e v-se. Uma palavra pode ter igual nmero de fonemas

    e letras:

    cabelo - 6 letras e 6 fonemas.

    O nmero de letras pode ser maior do que o n-mero de fonemas:

    hoje - 4 letras e 3 fonemas, pois o h no pronunciado;

    guerra - 6 letras e 4 fonemas, pois os dgrafos gu e rr representam apenas um fonema cada um;

    tanto - 5 letras e 4 fonemas, pois o n apenas faz com que o a seja nasaliza-do.

    H, ainda, palavras que possuem mais fonemas do que letras:

    txico - 6 letras e 7 fonemas, pois o x equivale a /ks/.

    Por outro lado, um mesmo fonema pode ser re-presentado por letras diferentes, como podem, tam-bm, fonemas diferentes ser representados por uma mesma letra:

    mesa, beleza - as letras s e z represen-tam o mesmo fonema /z/;

    texto (x = /s/), exame (x = /z/), sexo (x = /ks/), mximo (x = /ss/), lixo (x = /ch/) - em cada uma o x representa fonemas diferentes.

    Por a se v que no h, rigorosamente, um sm-bolo grfico (letra) para cada fonema de nossa ln-gua. Essa discrepncia entre fonemas e letras a responsvel pela maior parte das dificuldades orto-grficas que enfrentamos.

    5. Nome da letra No se confunda o nome da letra com o fonema

    respectivo. Assim, ele, eme, erre, c so os nomes das letras l, m, r, c.

    Os fonemas so os sons que a leitura dessas le-tras produz na palavra.

    6. Classificao dos Fonemas

    a) VOGAIS No so simplesmente as letras a, e, i, o, u. Em

    quilo, a letra u nem fonema. A vogal fonema bsico de toda slaba. No h

    slaba sem vogal e no pode haver mais de uma vogal numa slaba. Por outra, o nmero de vogais de um vocbulo igual ao nmero de slabas; in-versamente, o nmero de slabas igual ao nmero de vogais.

    b) CONSOANTES Como o prprio nome sugere (com + soante =

    soar com), consoantes so os fonemas que, para serem emitidos, necessitam do amparo de outros fonemas, ou seja, das vogais.

    Cabe relembrar que, para haver consoante, necessrio o fonema (rudo) e no a letra (escrita). Assim, em hiptese, no h a consoante h, mas apenas essa letra; em ilha, a consoante nica o fonema representado pelas letras lh; em manga, o n no consoante, porque no constitui fonema, mas apenas indica a nasalizao do a.

    c) SEMIVOGAIS Constituem os fonemas intermedirios entre

    as vogais e as consoantes: no tm a fraqueza destas nem a autonomia daquelas. So, na pr-tica, o i e o u, quando, ao lado de uma vogal autntica, soam levemente, sem a fora de vo-gal. O e e o o, sempre que, na mesma cir-cunstncia, forem pronunciados, respectivamen-te, como i e u, tambm sero semivogais.

    Comparem-se as diferenas de intensidades dos fonemas grifados, nas palavras que seguem:

    Semivogais Vogais pais pas mau ba mgoa pessoa vdeo Leo Mrio Maria

    Observaes: 1) O a sempre vogal, aberto ou fechado, oral ou nasal. 2) Qualquer uma das letras a, e, i, o, u, isolada

    ou entre duas consoantes, ser vogal. 3) O fonema que receber o acento tnico ser

    obviamente vogal. 4) Pode haver duas vogais juntas, mas jamais se juntaro duas semivogais.

    7. Grupos ou Encontros Voclicos Chamam-se assim os grupos ou encontros cons-

    titudos de dois ou mais fonemas voclicos (vogais e semivogais).

    a) DITONGO o grupo constitudo de uma vogal e uma semi-vogal ou vice-versa.

    O ditongo pode ser: crescente - quando a semivogal vem antes: srie, gua, vtreo, ndoa, quando, freqente; decrescente - quando a semivogal vem depois: lei-te, baixo, cu, heri, mo me, pe, muito.

    Qualquer ditongo ainda pode ser: oral - quando emitido sem a participao das fossas nasais: srie, gua, vtreo, ndoa, quase, leite, bai-xo, cu; nasal - quando h participao das fossas nasais: quando, freqente, pe, muito.

  • PORTUGUS

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    Na prtica, os ditongo nasais so: 1 - os que levam o til: sabo, anes, me, cibra; 2 - os que vm seguidos de m ou n na mesma s-

    laba: quando, guampa; 3 - o ui de mui e muito; 4 - os grupos em, en, ens e am no final de voc-

    bulos: tambm, den, edens, armam.

    b) HIATO o encontro de duas vogais: pessoa, guria, sa-de, sada, coordenar.

    Observao: Todas as vogais repetidas constituem hiatos e,

    por isso, devem ser pronunciadas separadamente: crem, caatinga, vo, niilismo.

    c) TRITONGO o grupo formado por uma vogal entre duas semivogais: quais, saguo.

    Observao: Uma vogal ladeada por semivogais o nico jeito possvel de haver tritongo. Acautele-se, pois,

    o leitor contra a falsa impresso de tritongo que podem dar palavras como raio, tamoio, vera-neio, bia, idia. Observe-se que no h tri-tongo pelo simples fato de que uma semivogal que est entre duas vogais. Tem sido norma gra-matical separar as slabas dessas palavras assim: rai-o, ta-moi-o, ve-ra-nei-o, bi-a, i-di-a, forman-do, portanto, ditongos decrescentes.

    Os tritongos podem ser: orais - quando emitidos sem a participao das fos-sas nasais: Uruguai, desiguais; nasais - quando emitidos com a participao das fossas nasais: saguo, sagues, enxguam, -gem.

    8. Encontros Consonantais So as seqncias de duas ou mais consoantes:

    vidro, digno, escrita.

    Observao: Os encontros consonantais disjuntos (separa-

    dos silabicamente), como os de advogados, rit-mo, opo, digno, por serem de difcil elocu-o, tm proporcionado verdadeiras aberraes fonticas e at ortogrficas. comum ouvirmos e s vezes at vemos tais palavras escritas assim: adevogados, rtimo, opio, diguino. Note-se que, assim, so acrescidas de um fonema e uma slaba.

    9. Dgrafos So os grupos de duas letras representando um

    fonema apenas. No confundamos dgrafo (2 letras = 1 fonema) com encontro consonantal (cada letra = 1 fonema).

    Estes so os dgrafos: ch, lh, nh cheio, filho, ninho; gu, qu, (com o u mudo) guindaste, querido, re-quinte, segue; rr, ss terra, morro, isso, passa; sc, xc (antes de e e de i) piscina, exceto; s nasa, desa; am, an, em, en, in, im, om, on, um, un, desde que no sejam ditongos nasais (ver ditongo nasal) ou faam parte de tritongo nasal (ver tritongo nasal) tambm, canto, sempre, entre, mpio, pintura, combate, onda, lbum, funda. Em outras palavras:

    as vogais seguidas de m ou n na mesma slaba, uma vez que estes, nesse caso, so meros ndices de nasalizao.

    SEPARAO SILBICA

    1 - A diviso de slabas se processa pela silaba-o das palavras, jamais pelos elementos constituti-vos de sua formao. Sabemos, por exemplo, que bisav se forma de bis + av, mas, na silabao, teremos bi-sa-v, sendo esta a separao correta.

    2 - Toda consoante precedida de vogal forma s-laba com a vogal seguinte: janela ............... ja-ne-la

    tico ................ -ti-co desumano ....... de-su-ma-no subumano ....... su-bu-ma-no subabitao ..... su-ba-bi-ta-o superativo ........ su-pe-ra-ti-vo hipercido ........ hi-pe-r-ci-do

    Observao: Como vimos nos dgrafos, as letras m e n mui-

    tas vezes so ndices de nasalizao da vogal ante-rior. Para efeitos fnicos, como se fossem til: tran-sandino, consorte, sentido, bomba, campo, lindo. Por isso, justificam-se por essa mesma regra as se-paraes: tran-san-di-no, tran-sa-ma-z-ni-co, con-sor-te, sen-ti-do, bom-ba, cam-po, lin-do.

    3 - O que se pode e o que no se pode separar:

    No se separam: a) os ditongos e os tritongos: lei, fai-xa, a-

    zei-te, f-rias, l-gua, n-doa, cha-pu, ji-bi-a, mai-o a-ve-ri-gei, quais, pa-ra-guai-a;

    b) os dgrafos do h e do u: cha-ve, fi-lho, ne-nhum, a-qui-lo, se-gue, se-quer;

    c) os encontros consonantais no incio de pala-vras: gno-mo, mne-m-ni-co, pneu-m-ti-co, psi-c-lo-go;

    d) em geral, os grupos consonantais em que a segunda letra l ou r: a-tle-ta, o-bl-quo, a-tri-to, sa-cro, le-tra, a-dro.

    Separam-se: a) os hiatos: v-o, ga--cho, fi-lo-so-fi-a, ca-no-a,

    a-, Le-o; b) os dgrafos rr, ss, s, sc e xc: bar-ro,

    os-so, des-a, nas-ce, ex-ce-to; c) os encontros consonantais pronunciados dis-juntamente: ad-vo-ga-do, dig-no, ar-te, per-cus-

    so, sub-di-re-tor, sub-li-nhar (pronuncia-se como sub-lo-car);

    d) as consoantes duplas: oc-ci-pi-tal, fric-o; e) os encontros consonantais (de mais de duas

    consoantes) em que aparece s separam-se depois do s: es-tre-la, des-pres-t-gio, in-ters-t-cio, felds-pa-to, pers-cru-tar, ins-tru-ir.

    4 - claro que, se a palavra j for separada por hfen, essa separao ser respeitada, e, na passa-gem de uma linha para a outra (translineao), tal hfen at deve ser repetido:

    ..................................... ex- -atleta .................................. ................................... disse- -nos ..................................... .................................... obra- -prima .................................. .................................... auto- -retrato ................................

  • PORTUGUS

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    5 - Na translineao, devem-se evitar separa-es de que resultem, no fim de uma linha ou no i-ncio da outra:

    a) letras isoladas: ......................................... e- duca................................... ....................................... ba- ..........................................

    b) termos grosseiros: .....................................cus- toso ..................................... ....................................puta-tivo....................................... ................................... aps- tolo ......................................

    TESTES

    1) Analise a classificao incorreta: a) piscina, carro ......... dgrafos b) legio ..................... tritongo c) pessoa .................... hiato d) porm ....................... ditongo decrescente e) farmcia, padaria ..... ditongos crescentes

    2) Assinale o nico conjunto em que h erro de separao silbica: a) ji-a, co-m-dia, cres-ce-mos b) de-sa-jus-ta-do, sa-guo, sec-o c) mne-m-ni-ca, trans-al-pi-no, ra-i-nha d) su-pers-ti-o, e-gp-cio, res-sur-gir e) su-ben-ten-der, gra-tui-to, ab-di-ca-o

    3) A alternativa em que h um erro de diviso si-lbica, no que se refere escrita : a) cai-ar, ji-a, gl-ria b) Sa-a-ra, t-nue, -gua c) s-rie, ma-io, bi-sa-v d) co-lap-so, par-tiu, fri-s-si-mo e) sub-le-var, subs-cre-ver, pror-ro-gar

    4) Nas palavras AINDA e BEIJ-LA h, respecti-vamente: a) ditongo crescente e ditongo decrescente b) hiato e ditongo crescente c) ditongo crescente e hiato d) hiato e ditongo decrescente e) ditongo decrescente e ditongo crescente

    5) O vocbulo sossegue tem a) nove fonemas b) oito fonemas c) sete fonemas d) seis fonemas e) cinco fonemas

    6) A alternativa em que h um erro de diviso si-lbica, no que se refere lngua escrita, : a) in-te-rur-ba-no, su-bes-ti-mar b) l-rio, subs-tn-cia, c) a-lhe-io, ex-ce-o d) du-as, t-nue e) cor-re-ri-a, s-bria

    7) A alternativa em que h um erro de diviso si-lbica : a) en-sai-ar, al-ca-ti-a, v-treo b) an-ta, pr-mio, t-bua c) lap-so, frei-o, su-pe-ra-ti-vo d) sub-ins-pe-tor, sub-de-le-gar e) re-crei-o, fri-o, u-rea

    8) Assinale a alternativa cujos encontros voclicos cor-respondem, na mesma ordem, aos seguintes: JUIZ - QUEIXO - COMPE - REA a) vo - quais - corao - hbeis

    b) coroa - raio - porm - quase c) mais - queijo - quando - srie d) A, B e C correspondem. e) n.d.a.

    9) A separao das palavras subinspetor, abs-cissa, fortuito e sublinhar est correta em : a) sub-ins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to,

    su-bli-nhar b) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, sub-li-

    nhar c) sub-ins-pe-tor, ab-scis-sa, for-tui-to, su-bli-

    nhar d) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-

    nhar e) su-bins-pe-tor, abs-ci-ssa, for-tu-i-to, sub-li-

    nhar

    10) Quanto translineao, assinale a alternati-va em que h apenas uma palavra que no deve ser separada onde est o hfen: a) i-dia, alegri-a, indis-por b) sub-linhar, intu-ir, auto-controle c) fede-ral, aps-tolo, furi-bunda d) de-sateno, con-torcer, cus-tar e) circu-ito, recre-io, feld-spato

    11) Indique a alternativa em que h erro de parti-o silbica: a) a-do-les-cen-te, p-neu-m-ti-co, ab-di-car b) t-ni-co, ra-iz, ins-cre-ver, c) pers-pi-caz, fri-s-si-mo, tran-sa-ma-z-nia d) bis-ne-to, in-te-res-ta-du-al e) rai-as, ar-roi-os, ca-iu

    12) No vocbulo preguioso, temos: a) dois encontros consonantais b) um encontro consonantal e um dgrafo c) dois dgrafos d) um encontro voclico e) um ditongo

    13) Marque a relao incorreta: a) prosdia - um encontro consonantal e um ditongo b) ruim - hiato c) bno - ditongo oral d) cachorro - dois dgrafos e) palha - dgrafo

    14) Numa das seqncias, todas as palavras a-presentam hiato: a) leoa, pessoa, fiis b) coroa, boa, mgoa c) provveis, razovel, dem d) violento, suor, pais e) boa, hiato, cooperar

    15) Para responder a esta questo, examinar as afirmativas referentes ao valor de letra x: I - o x representa os fonemas /ks/ na palavra

    txico; II - o x representa os fonema /ks/ na palavra in-

    toxicar; III - o x representa o fonema /z/ na palavra ine-

    xaurvel; IV - o x representa o fonema /z/ na palavra e-

    xorcismo; V - o x representa o fonema /s/ na palavra ex-

    tirpar. Pelo exame das afirmativas, verifica-se que:

    a) apenas uma est correta b) apenas duas esto corretas c) trs esto corretas d) quatro esto corretas e) todas esto corretas

  • PORTUGUS

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    RESPOSTAS 1- E 2- C 3- C 4- D 5- D 6- C 7- D 8- B

    9- B 10- D 11- A 12- B 13- C 14- E 15- E

    PROBLEMAS ORTOGRFICOS

    I. TERMINAES

    1. Terminaes -ez (-eza), -s (-esa)

    Observe os exemplos:

    Grupo 1 Grupo 2 gentil ........ gentileza campo.......campons, camponesa belo .......... beleza baro........ baronesa mole ......... moleza burgo ........burgus, burguesa fluido ........ fluidez Pequim......pequins, pequinesa insensato .. insensatez Portugal.....portugus, portuguesa

    No Grupo 1, a palavra primitiva adjetivo, e a derivada, substantivo.

    No Grupo 2, a palavra primitiva substantivo, e a derivada, adjetivo.

    Portanto, usa-se -ez(-eza), quando a palavra de-riva de um adjetivo, e -s(-esa), quando a palavra deriva de um substantivo.

    2. Terminao -oso(s), -osa(s) Essa terminao (sufixo) forma muitas palavras

    adjetivas na Lngua Portuguesa. desnecessrio dizer que ela ser sempre com s: bondoso(s), bondosa(s); gasoso(s), gasosa(s); bilioso(s), bilio-sa(s); maravilhoso(s), maravilhosa(s).

    O substantivo gozo(s) e todas as formas do ver-bo gozar (eu gozo, tu gozas, ele goza etc.) so com z, mas no constituem exceo, porque essas palavras no tm sufixos, isto , no so derivadas de outra menor.

    3. Teminaes -izar, -(is)ar Com a terminao izar (sufixo com z), formam-

    se muitos verbos na Lngua Portuguesa: canal ......... canalizar

    brbaro ..... barbarizar nacional .... nacionalizar estilo ......... estilizar humano ..... humanizar

    Observe-se que, realmente, acrescentamos -izar, retirando, quando muito, uma letra da palavra primitiva.

    H alguns verbos que, aparentemente, apresen-tam a terminao -isar (com s):

    anlise ...... analisar paralisia .... paralisar pesquisa .... pesquisar friso ............ frisar

    Observe-se que, nestes exemplos, acrescenta-mos apenas -ar, pois is j estava na palavra primiti-va, o que significa que no existe o sufixo -isar, e sim -ar.

    - IZAR - quando a palavra primitiva no oferece IS. - ISAR - quando a palavra primitiva oferece IS.

    Nota: A conjugao desses verbos, bem como as palavras que se formam a partir deles, evidente-mente, mantm o z ou o s, conforme o caso:

    canalizar - canalizao, canalizado, canalizamos etc; paralisar - paralisao, paralisado, paralisaremos, paralisando etc.

    4. Terminao -inho Esse sufixo liga-se ao radical por duas maneiras:

    a) diretamente, eliminando, quando muito, uma vogal da palavra primitiva:

    curral + inho = curralinho, dent(e) + inho = dentinho, nariz + inho = narizinho, barc(o) + inho = barquinho, cant(o) + inho = canti-nho, lag(o) + inho = laguinho.

    As consoantes finais do radical l, z, t, c, (trans-formada em qu) e g (transformada em gu)] permi-tem que esta ligao direta acontea.

    Isso igualmente acontece, quando a consoante final da palavra primitiva, tomada no singular, for o s. Por isso, temos:

    pas + inho = paisinho, mes(a) + inha = mesinha, pes(o) + inho = pesinho, Lus(a) + inha = Luisinha.

    Nestes exemplos, seria to absurdo substituir o s por outra letra (z), como seria absurdo substituir as consoantes dos exemplos anteriores.

    b) Entretanto, se o radical no oferecer uma consoante que permita essa ligao espont-nea, natural, ser preciso recorrer a uma, que se a-crescenta; e essa consoante dever ser o z, e ape-nas o z:

    pai + z + inho = paizinho, me + z + inha = mezinha, guri + z + inho = gurizinho, rvore + z + inha = arvorezinha.

    - (S) INHO- quando o radical oferecer S. - ZINHO- quando o radical no oferecer S ou outra

    consoante.

    Observao: As palavras formadas com sufixos como -ito, -al, -o, aro, -arro obedecem mes-ma norma ortogrfica:

    pi + z + ito = piazito, pai + z + o = paizo, capim + z + al = capinzal, homem + z + arro = homenzarro; lpis + ito = lapisito, Lus + o = Luiso, cas(a) + aro = casaro.

    5. Terminaes -agem, -igem, -ugem Eis terminaes que geralmente se grafam com

    g: garagem, a viagem, fuligem, ferrugem, verti-gem.

    Todavia, os verbos em -ajar, -ijar e -ujar (viajar, alijar, enferrujar etc.) mantm, na conjugao, o j. Por isso, temos: que eles viajem, que eles alijem, que eles enferrujem etc.

    Nota: As pessoas mais desavisadas tm certa dificuldade em distinguir, na frase, o substantivo viagem (com g) do verbo viajem (com j). A elas basta que se diga que o substantivo admite o plu-ral viagens e que o verbo pode mudar para qual-quer outra pessoa (viaje, viajemos etc.);

    Que viajem! Na prxima vez, viajem vo-cs. (Que viagens! Na prxima vez, viaje vo-c.)

    6. Terminaes -ear, -iar Muitos so os verbos terminados em -ear e -

    iar. Eis alguns:

    campear passear financiar veranear acarear aviar estrear negociar amaciar recear acariciar copiar

  • PORTUGUS

    5

    Como evitar trocas entre e e i na hora de empre-gar essas formas infinitivas?

    Conjugando o verbo na primeira pessoa do pre-sente do indicativo: se esta terminar em -eio, o infi-nitivo ser com -ear; se terminar em -io, o infinitivo ser com iar:

    eu campeio eu passeio eu financio eu veraneio eu acareio eu avio eu estrio eu negocio eu amacio eu receio eu acaricio eu copio

    Observao: Apenas cinco verbos fazem eu -eio, apresen-

    tando, contudo, o infinitivo com -iar. So os da Regra do MRIO: mediar, ansiar, remediar, in-cendiar e odiar.

    7. Terminaes -(e)eiro -(e)eira, -(i)eiro, -(i)eira s vezes, surgem dvidas entre o emprego de e ou i antes das terminaes -eiro, -eira. A dvida desaparece, se atentarmos para a origem da pala-vra formada com essas terminaes, pois a letra da dvida (e ou i) ser a mesma que estiver na palavra primitiva:

    cume ....... cumeeira estncia .... estancieiro lume ........ lumeeiro espcie ..... especieiro candeia...... candeeiro frio ........... frieira areia .......... areeiro

    8. Terminaes -am, -o Nas formas verbais, a terminao ser -am (e

    no -o), se a slaba tnica for a penltima (parox-tona): captaram, fizeram, comeram, realizaram. Se a slaba tnica for a ltima (oxtona), a terminao ser -o: cantaro, vendero, faro, comero.

    II. LETRAS

    1. X a) Jamais use ch em vez de x, se houver di-

    tongo antes: caixa, faixa, peixe, ameixa, frouxo.

    b) Em geral, depois de me e mi iniciais: mexer, mexerica, mixuruca. Exceo: a mecha.

    c) Em geral, depois de en. enxada, enxergar, enxurrada, enxame.

    Observao: Se a palavra derivar de uma que tem ch, este se

    mantm: enchavear (en+chave+ar)

    2. Correlao nd x ns Escreva ns e no nc, se houver outra da famlia

    com nd: compreenso (compreender), extenso (estender).

    3. Correlao c x z Na dvida entre z ou s em certos vocbulos,

    basta ver se h uma famlia que se escreve com c: atroz, (atrocidade), falaz (falcia), vizinho (vicinal).

    4. Correlao t x c() Outra correlao entre palavras da mesma famlia

    que soluciona muitas dvidas: exceo (exceto), torcer, toro (torto).

    5. Correlaes ced x cess, prim x press, gred x gress, tir x sso

    concesso (conceder), excesso (exceder), agresso (agredir), progressivo (progredir), opressivo (oprimir), impresso (imprimir), discusso (discutir), repercusso (reper-cutir).

    6. H mudo no meio s na bahia dos baianos

    desonesto, desonra, subumano.

    7. K, W, Y So usadas apenas em abreviaturas (W.C. -

    water-closet), smbolos (kg - quilograma) e nomes prprios (Kant, Byron) ou palavras derivadas deles (kantismo, byroniano).

    8. S e NO Z a) Depois de ditongo, usa-se sempre s:

    lousa, maisena, Sousa, nusea, Neusa.

    b) Se a palavra no for oxtona, jamais use z no fim: ourives, lpis, nibus, lvares, Ramires, Rodrigues.

    III - PALAVRAS E EXPRESSES

    1. JEITO com j, porque no tem outro jeito. E assim seus derivados: jeitinho, jeitoso, ajei-tar, rejeitar etc.

    2. REIvindicar - REI, depois vindicar.

    3. Se laranja com j, laranjeira tambm ser. Se cume com e, cumeeira manter o e. Se can-deia tem e depois do d, candeeiro manter o e. E, assim, a grafia correta de muitas palavras depende apenas de observao inteligente.

    4. A FIM DE - Se h DE separado, separe o A. AFIM (junto) significa afinidade e, geralmente, usado no plural:

    Ns temos idias afins.

    5. QUIS (com S) e FIZ (com Z). Por qu? Ligue-se no infinito, no nome do verbo. Se este contiver Z, est na cara que ele no deve ser trocado por S na conjugao. Se o infinitivo no contiver Z, ento, na conjuno, devemos usar S:

    FAZER (com Z) - fiz, fizemos, fizeste etc. DIZER (com Z) - diz, dizemos etc. APRAZER (com Z) - apraz, aprazia etc. Mas: QUERER (sem Z) - quis, quiseste, quisera etc. PR (certo) - pus, ps, pusemos, pusera etc.

    6. EXPECTATIVA (com X), que significa espera. ESPECTADOR, o que assiste a um espetculo, que com S.

    7. Os verbos terminados em uir mantm o i na 3 pessoa do singular:

    possui, constitui, constri, anui, rui, flui.

    8. PRIVILGIO (com i) vem de PRIVADO (com i).

    9. CONSCINCIA todo mundo sabe que com sc; logo, os derivados sero com sc:

    conscientizar, inconscincia, conscienti-zao etc.

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    10. ATRASADO, segundo o Prof. dison de Olivei-ra, quem escreve atrasado com z.

    11. EXCESSO - No confundir com exceo.

    12. A PAR x AO PAR - A expresso de uso co-mum a par. Ao par usa-se no mundo financeiro para indicar equivalncia de moedas e ttulos. A par de (=ao lado de) sinnimo de de par com:

    A par da (ou De par com a) beleza, de-vemos ressaltar sua inteligncia.

    13. AFORA Andava pelo mundo afora. Afora o lder, todos riram.

    Existem de fora, por fora, em fora; mas no e-xiste fora. , pois, erro grosseiro escrever: Anda-va pelo mundo fora.

    14. TAMPOUCO x TO POUCO - Tampouco significa tambm no:

    No fuma, tampouco bebe.

    To pouco traz a idia de muito pouco: Ele estuda to pouco, que no passar.

    15. TO-S e TO-SOMENTE - So expres-ses que to-somente servem para reforar somen-te. Empregam-se com hfen.

    16. ACERCA DE x H CERCA DE x A CERCA DE - As trs expresses so usadas: a primeira sig-nifica a respeito de (S falava acerca de suas a-venturas); a segunda indica tempo transcorrido, em que h igual a faz (H cerca de dez anos, est-vamos no incio desta obra); a terceira indica um tempo futuro (Daqui a cerca de trs meses inicia-remos a obra).

    17. IR AO ENCONTRA DA NAMORADA ou IR DE ENCONTRA NAMORADA? muito melhor ir ao encontra da namorada. Ir de encontra a significa chocar-se, abalroar:

    O automvel foi de encontro ao barranco.

    18. AO INVS DE x EM VEZ DE - Aproximam-se no significado, mas no so exatamente iguais. Ao invs de traz a idia de ao contrrio de:

    Quando ouviu a piada, ao invs de rir, chorou.

    Em vez de significa em lugar de: Em vez de trabalhar, foi ao cinema.

    19. PORVENTURA Significa acaso, por acaso. No se separa.

    20. EMPECILHO (com e e lh) - Vem de empe-cer, que significa estorvar, criar obstculos.

    IV - EMPREGO DO HFEN

    1 - Certos prefixos, s vezes, exigem hfen. Examinemos este quadro:

    Palavra iniciada por: PREFIXOS VOGAL h r s

    a) pseudo, auto, neo, infra, supra, extra, proto, intra, contra, ultra, semi

    SIM

    SIM

    SIM

    SIM

    b) circum, pan, mal

    SIM SIM NO NO c) ante, anti, arqui, sobre

    NO SIM SIM SIM

    d) super, inter, hi-per

    NO SIM SIM NO e) sub (tambm se separa antes de b.) NO NO SIM NO

    Exemplos: a) pseudo-homem, auto-retrato, neo-sectrio, in-

    fra-assinado, supra-renal, extra-oficial, (extraordi-nrio a nica exceo desse quadro), proto- -histria, intra-uterino, contra-revolucionrio, ultra- -som, semi-reta, semi-ndio;

    b) circum-adjacente, circum-hospitalar, pan- -amaricano, pan-helenismo, mal-estar, mal- -humorado; mas: circunsesso, circunrodar, pan-sexual, panruralismo, malroupido, malso;

    c) ante-histrico, ante-sala, ante-republicano, arqui-rabino, arqui-secular, sobre-humano, sobre- -restar; mas: anteontem, antiimperialista, arquiav, sobreaviso, sobreeminncia.

    d) super-homem, super-resistente, inter- -humano, inter-radical: mas: superativo, superinfluen-te, superunio, interurbano, interagir, intersindical.

    e) sub-reitor, sub-ramo, sub-base, sub-biblioteca; mas: subalimentado, subalugar, suboficial, subumano, subsolo, subseo.

    Observao: Atente-se bem para o fato de que todos esses

    prefixos se uniro palavra radical, se esta no comear por vogal, h, r, ou s (HORAS - o e a re-presentam as vogais).

    Sem HORAS, no haver hfen.

    Neoclssico, autodidata, internacional, pseudo-progresso, superbase, infravermelho, circumpolar, malcriado, supermercado, subchefe, subdiretor, antebrao, anticristo.

    2 - Sempre exigiro hfen:

    a) prefixos tnicos, com acento: alm, aqum, recm, pr, pr, ps, gr, gro: alm-tmulo, a-lm-mar, aqum-fronteira, pr-creches, ps-guerra, gro-mestre, gr- -finagem.

    b) soto, sota, vice: soto-mestre, sota- -piloto, vice-governador, vice-almirante.

    c) bem, sem: bem-humorado, sem- -vergonha, bem-amado, bem-estar, sem- -cerimnia.

    d) ex, significando estado anterior, que j foi: ex-colega, ex-presidente, ex- -empregado.

    e) no, quando empregado como prefixo: no-agresso, no-alinhado, no- -violncia.

    3 - Nunca exigiro hfen outros elementos de composio que no tm vida prpria na lngua, tais como: micro, macro termo, bi, tri, tetra, penta, hexa, hepta, aero, angi, bio, cis, ego, eletro, fisio, hemi, hidro, mono, multi, mini, maxi, neuro, oni, psico, quadri, radio, retro, sesqui, tele, termo, turbo, zoo: micronibus, macroatacado, termodi-nmica, bicampeo, aeroespacial, anfiteatro, bioe-xaustor, cisplatino, egocentrista, eletromagntico, fi-sioterapia, retropropulsor, telejornalismo, turbolice, zoobotnica.

    Observao: Quando os elementos que no exigem hfen se ligam a palavras iniciadas por h, r, e s poder ser necessrio fazer adaptao orto-grfica:

    sub + humano = subumano (no h h mudo no meio),

  • PORTUGUS

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    turbo + hlice = turbolice, mini + saia = minissaia (sem ss tera-mos de ler minizaia), radio + reprter = radiorreporter.

    V - POR QUE - POR QU - PORQUE - PORQU(S)

    No se trata, como dizem por a, da mesma pa-lavra com grafias diferentes; trata-se, na verdade, de palavras de categorias diferentes, cujo emprego depende da frase em que se inserem.

    Vejamos cada caso:

    POR QUE

    Funciona como advrbio interrogativo, nas frases interrogativas diretas ou indiretas:

    Por que discordas de mim? (interrogati-va direta) Gostaria de saber por que discordas de mim. (interrogativa indireta) Por que h tanta celeuma? (interrogativa direta) Dize-me por que h tanta celeuma. (in-terrogativa indireta)

    Pode ser, ainda, a preposio por e o pronome relativo que. Ora, se pode ser pronome precedido de preposio, semelhana de a que, de que, em que etc., est errado quem diz que se usa por que somente nas perguntas:

    A causa por que lutamos vencer. Os caminhos por que andamos so tor-tuosos.

    Comprova-se, na prtica, o uso de por que (preposio e pronome separados), substituindo-os pela expresso PELO QUAL (PELOS QUAIS, PELA QUAL, PELAS QUAIS):

    A causa pela qual lutamos vencer. Os caminhos pelos quais andamos so tortuosos.

    Embora no seja necessrio, porque as frases interrogativas so fceis de reconhecer, artifcio seme-lhante pode ser aplicado ao advrbio interrogativo:

    Por qual razo h tanta celeuma? Dize-me a razo pela qual h tanta ce-

    leuma.

    Resumindo, usa-se por que, sempre que for possvel substitu-lo por uma expresso onde apa-rea QUAL ou QUAIS.

    POR QU

    S pode ser advrbio interrogativo: Vieste to tarde, por qu ? Podes sair, mas quero saber por qu. Por qu, afinal ?

    O acento se justifica pelo fato de o qu haver ad-quirido tonicidade, o que acontece quando for insulado ou est em final de frase. Pelos exemplos, observa-se que muito freqente nos dilogos das narrativas.

    Seu reconhecimento, na prtica, faz-se pelo mesmo artifcio do anterior. Receber o acento, se bater num sinal de pontuao.

    PORQUE sempre conjuno. Em geral, substituvel por

    POIS e nunca substituvel por uma expresso em que aparece QUAL ou QUAIS:

    Trabalha, porque o trabalho enobrece. H pessoas que no se abatem, porque possuem muita fora de vontade.

    Na prtica, se no for substituvel por POIS, reco-nhece-se pela excluso de POR QUE e POR QU:

    Neste captulo, h muitos porqus, mas porque ele versa sobre eles e no porque o autor seja manaco

    PORQU(S)

    Trata-se de uma substantivao. Como ocorre com os substantivos em geral, admite ser pluraliza-do, ao contrrio dos casos anteriores em que temos palavras invariveis:

    No fcil compreender o porqu desse comportamento. Eram tantos os porqus, que comea-mos a duvidar.

    Se o pomos ou podemos p-lo no plural, usemos PORQUS ou PORQU.

    VI - QUE, QU(S) O que a palavra que mais funes pode e-

    xercer na frase. Isso, entretanto, no nos interessa analisar aqui. Para os objetivos deste captulo, bas-ta que saibamos os raros casos nos quais deve ser acentuado por adquirir tonicidade.

    Esses casos, podemos reduzi-los a dois:

    1)quando encerra a frase ou for exclamativo, cir-cunstncias em que vir necessariamente seguindo de ponto:

    Disseste o qu? Qu! No acredito.

    2) quando for substantivado, caso em que admite ser pluralizado:

    Tinha um qu estranho no olhar. (Tinha uns qus estranhos no olhar.)

    TESTES

    1) Uma das palavras est grafada incorretamen-te em: a) insensatez, consulesa b) improvisado, ajuizado c) descortezia, atrasaram d) propusemos, quisemos e) formalizaram, paralisaram

    2) Idem: a) excesses, utenslios b) trigsimo, concesses c) inadmissvel, necessidade d) transgresses, percurso e) desclassificaram, assessoraram

    3) Idem: a) cochilaram, encorajei b) enxergavam, linchavam c) trajetria, relaxaram d) homenageiam, regeitavam e) contagiante, majestoso

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    4) Uma das palavras est grafada incorretamen-te em: a) hesitamos, seiscentos b) asterisco, idoneidade c) sessenta, repercuo d) aeroporto, beneficente e) meteorolgico, madeireira

    5) A nica palavra que no se escreve com - X -, na srie abaixo, : a) bruxulear b) enxumaar c) debuxo d) mexilho e) enxame

    6) Assinale o item em que o emprego da letra Z num vocbulo est incorreto: a) catequizar, abalizar, rezar b) matizar, modernizar, agonizar c) ajuizar, finalizar, simbolizar d) granizar, amenizar, frizar e) suavizar, fiscalizar, anarquizar

    7) As ........................... passara ficaram gravadas em seu .............................. . a) vississitudes porque subconsciente b) vicissitudes porque sub-consciente c) vississitudes por que sub-consciente d) vicissitudes por que subconsciente e) vicissitudes porque subconsciente

    8) Somente em um dos termos seguintes, est correto o uso do hfen: a) super-produo b) super-humano c) super-bomba d) super-confiante e) super-potente

    9) Pense nos ideais ...................... batalhamos h tanto tempo, e diga-me ................. fracassamos. Ser ............ fomos incapazes ou descuidados em algum ponto? a) por que por que por que b) por que por que porque c) porque porque porque d) porque por que porque e) por que porque por que

    10) Ento .............no posso ir tambm? S ............. sou mais novo? Responda, ou no vai me dizer ....... ? a) porque porque porque b) porque por que por qu c) por que por que por qu d) por que porque por qu e) por que por que porque

    11) Assinale a alternativa correspondente gra-fia correta dos vocbulos: 1. desli_e 2. vi_inho 3. atrav_ 4. empre_a a) z z s s b) z s z z c) s z s s d) s s z s e) z z s z

    12) Em solenidade realizada no .............. . do Pal-cio Piratini, dentro da programao .......... Semana Farroupilha, o Governador procedeu ao ............... do ............. crioulo.

    a) saguo aluziva acendimento candieiro

    b) sago alusiva ascendimento candeeiro c) saguo alusiva acendimento candeeiro d) sago aluziva ascendimento candieiro e) saguo aluziva assendimento candieiro

    13) Como resultado das reformas da Igreja Cat-lica ............, lanaram-se as bases de uma das mais .......... experincias educacionais, que atenuaram a ............. pedaggica ............... . a) pos-conciliar profcuas cisudez vijente b) ps-conciliar proficuas sizudez vigente c) psconciliar profcuas sisuds vijente d) ps-conciliar profcuas sisudez vigente e) posconciliar profcuas sisudz vijente

    14) Ao dedor, a testemunha ............ propor uma ............. fiel dos fatos e conseguiu realizar a .......... perfeita dos acontecimentos. a) quis discrio recreao b) quis descrio recriao c) quiz descrio recriao d) quiz descrio recreao e) quiz discrio recriao

    15) Se qui_esse, o vice-diretor da Revista envia-ria o escritor para uma via_em ao e_trangeiro. a) z j x b) s g s c) s j x d) z g s e) s g x

    16) Olhando, pesqui_ando, anali_ando e refletin-do, o homem descobrir os ideais ...............................deve lutar. a) z z porque b) s s porque c) z z por que d) s s por que e) s z por que

    17) O amor verdadeiro provoca sempre alegria. ..................? ................ crescimento, realizao, dom de vida. No entanto, voc poderia perguntar ............... sofrem aqueles que amam. a) Porque Por que porque b) Por qu Por que porque c) Porque Porque por que d) Por que Porque por que e) Por qu Porque por que

    18) ............. a condio em que vivem as fam-lias............................... a) subumana superpobres b) subhumana superpobres c) sub-humana super-pobres d) sub-humana superpobres e) subumana super-pobres

    19) Assinale a alternativa em que no h erro quanto ao hfen: a) subdiretor, autodidata,

    anticonvencional, antedata b) pseudo-progresso, super-desenvolvido,

    sub-chefe c) pr-carnavalesco, macro-atacado,

    bi-campeo, micro-nibus d) ultra-moderno, neo-clssico,

    super-resistente, super-homem e) sub-solo, arqui-av, sobre-eminncia,

    pr-cabralino

    20) H erro de grafia na alternativa: a) Por que voc decidiu cursar Comunicao Soci-

    al? b) Eu ignoro o porqu de sua deciso em cursar

    Comunicao Social.

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    c) Eu ignoro por que motivo voc se decidiu cursar Comunicao Social.

    d) Eu ignoro por que voc se decidiu cursar Comu-nicao Social.

    e) Voc se decidiu cursar Comunicao Social s por que pensa que o curso oferece boas pers-pectivas?

    21) A manifestao do Ministro foi contundente: ............ dar................ aos ............... ? a) Por que subsdios privilegiados b) Por que subsdios previlegiados c) Porque subisdios privilegiados d) Por que subisdios privilegiados e) Porque subsdios previlegiados

    22) Indique a alternativa onde todas as palavras esto corretas: a) vice-reitor, pr-carnavalesco, anti-comunista b) super-produo, auto-didata, ultra-saudvel c) pseudo-profeta, inter-resistente, ps-guerra d) sobre-humano, intra-muscular, ante-sala e) ante-republicano, neo-humanismo, semi-reta

    RESPOSTAS 1- C 2- A 3- D 4- C 5- B 6- D 7- D 8- B

    9- B 10- D 11- A 12- C 13- D 14- B 15- B 16- D 17- E 18- A 19- A 20- E 21- A 22- E

    PROSDIA

    Objetivo da prosdia Prosdia a parte da fontica que se ocupa

    principalmente do estudo da slaba tnica dos voc-bulos.

    Slaba Tnica a slaba que recebe o acento tnico. oportuno lembrar que existem algumas pala-

    vras que no tm slaba tnica, constituindo o gru-po das palavras tonas. So elas:

    - os artigos: o. a os, as, um uma, uns, umas;

    os pronomes oblquos tonos: me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes;

    os pronomes relativos: que, quem, qual;

    as proposies monossilbicas: a, com, de, em, por, sem, sob;

    a proposio "para"; - algumas conjunes: e, nem, ou, por-

    que, se, que, como; - quaisquer combinaes dessas clas-

    ses: do (de+o), duma (do+uma), pelos (por+os); lha (lhe+a), no-lo (nos+o) etc.

    Acento Tnico Quase toda palavra possui uma slaba que

    mais forte a slaba tnica a qual recebe um impulso de voz maior do que despendemos com as outras slabas. Esse impulso de voz a mais que concentramos na slaba tnica o que chamamos de acento tnico.

    Vogal Tnica a vogal da slaba tnica.

    H palavras que, conforme deslocarmos a slaba tnica, mudam o significado: S-bia (inteligente), sa-Bi-a (verbo "saber"), sa-bi- (pssaro).

    Acento Grfico

    o sinal () ou (^) que indica, por escrito, a posi-o da slaba tnica. No se confunda acento grfi-co (grafado) com acento tnico (pronunciado). As-sim, nas palavras azul e esquecido existe acento tnico, mas no existe acento grfico; j na palavra esplndido existem acento tnico e acento grfico.

    Modernamente, o acento grave (`) empregado apenas para indicar o fenmeno da crase.

    Slaba Subtnica a primitiva slaba tnica dos vocbulos que re-cebem o sufixo -mente ou tem sufixo introduzido pela letra Z (-zinho, -zito, -zal, -zeiro etc.).

    a m a r g a + m e n t e = a m a r g a m e n t e slaba tnica slaba slaba subtnica tnica

    Classificao das Palavras Segundo a Posi-o da Slaba Tnica

    A slaba tnica s pode ser a antepenltima, a penltima ou a ltima.

    Se a slaba tnica for a antepenltima, a palavra se chamar PROPAROXTONA: esplndido, mdi-co, rvore, lmpada, amos, fssemos.

    Se a slaba tnica for a penltima, a palavra se chamar PAROXTONA: esquecido, somente, cafezi-nho, janela, fcil, rgo.

    costume entre gramticas classificar as PA-ROXTONAS terminadas por ditongo crescente tambm como PROPAROXTONAS RELATIVAS ou EVENTUAIS, porque tal ditongo pode ser pronunci-ado separadamente (di-vr-ci-o, t-nu-e, O-I-vi-a), embora no possa ser separado graficamente (di-vr-cio), t-nue, O-l-via).

    Se a slaba tnica for a ltima, a palavra se cha-mar OXTONA: azul, jacar, portugus, veloz, Ju-venal, desesperao.

    Erros Comuns de Prosdia (ou Silabadas)

    Quando algum, ao pronunciar uma palavra, co-loca o acento tnico numa slaba que no a tni-ca, dizemos que cometeu uma silabada.

    Segue-se uma relao de palavras, cuja vogal tnica grifamos, comumente mal pronunciadas:

    avaro decano nenfar gape edito (decreto, lei) Normandia arete dito (ordem judicial) Nobel aziago estratgia novel alcone fortuito pntano aerlito filantropo pegada arqutipo gratuito perito batavo grcil pudico bvaro mprobo refm barbaria inaudito revrbero barbrie nclito ruim bmano intuito rubrica boemia nterim strapa cartomancia ibero trnsfuga ciclope lvedo ureter circuito maquinaria znite crisntemo misantropo zfiro

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    ACENTUAO GRFICA

    Advertncia A soluo, em termos gerais e definitivos, do

    problema de acentuar depende da assimilao o aplicao correta de um pequeno conjunto de re-gras. Evidentemente, essa aplicao correta s a consegue aquele que tiver conhecimentos bsicos de Fontica e Prosdia. preciso, pois, se neces-srio, revis-los, porque de nada valem as regras de acentuao para quem, por exemplo, no sabe achar a slaba tnica. Alis, indic-la o fim exclu-sivo da acentuao grfica. Por isso, qualquer a-cento colocado numa slaba no-tnica (tona ou subtnica) constitui erro muito grave.

    1 - Regra das Proparoxtonas Coloca-se acento grfico sobre a vogal tnica de

    todas as proparoxtonas, todas, sem exceo: mdico, rvore, lmpada, estilstica, in-cmodo, inclume, dermatolgico, can-tssemos, vendssemos, cantaramos, revlveres, lderes.

    2 - Regra das Paroxtonas Coloca-se acento grfico sobre a vogal tnica

    das paroxtonas terminadas por:

    a) ditongo crescente: srie, gua, mgoa, exign-cia, ptria, Histria, Mrio, Antnio, rduo, vdeo, gmeo - singular ou plural;

    b) , s: m, stos, rgo, rfs: o, os: sto, stos, rgo, rgos; ei, eis: jquei, pnei, pneis, hbeis, vendsseis; i, is: txi, txis, jri, jris, lpis; om, ons: indom, rndom, prtons, nutrons, -ons; um, uns: lbum, lbuns, frum, vade-mcum, facttum; us: bnus, nus;

    c) I, n, r, x: fcil, rptil, mvel, cnsul, inconstil, h-fen, den, smen, prton, nutron, on, lder, f-mur, revlver, carter, trax, nix, ltex.

    d) ps: bceps, frceps, Quops.

    Observaes e artifcios: 1) H um caminho prtico o eficiente para o re-

    conhecimento das paroxtonas terminadas por di-tongo crescente. So palavras que apresentam du-as letras vogais no fim (seguidas ou no de s), e a vogal tnica est na slaba anterior. Veja-se bem: duas letras-vogais no fim e vogal tnica antes: gl-ria, -rea, f-tuo, -nio, ex-ce-ln-cia. Se a vogal t-nica for uma das ltimas (Fi-lo-so-fi-a, ca-no-a, pe-ru-a, en-vi-e, ja-mais, a-o), ou se houver mais de duas letras-vogais no fim (rai-o, estei-o, tamoi-o, a-rei-a), no teremos paroxtona terminada em diton-go crescente.

    2) Observe-se, para memorizar, que as vogais a, e, i, o, u esto presentes, pela ordem, nas termi-naes do item b.

    3) As terminaes do item c podem ser lem-bradas pelos iniciais do seguinte rgo fictcio: Liga Nacional do Raio X.

    4) Os prefixos latinos terminados em i e r no levam acento: semi-rico, anti-semita, super-homem, inter- -resistente.

    3 - Regra das Oxtonas Coloca-se acento grfico sobre a vogal tnica das

    palavras oxtonas terminadas por:

    a) o, os: av, av, avs, cip, cips, props, p, ps, Feij; e, es: ip, ips, p, ps, cem, cafs, v, vs, descr, portugus; a, as: cajs, p, ps, far, fars, atrs, m, ms;

    b) em, ens (com mais de uma slaba): alm, porm, armazm, armazns, parabns, aqum.

    Artifcio: As terminaes do item a podem ser lembradas

    pela O.E.A. (Organizao dos Estados Americanos).

    Observaes: 1) Na acentuao, respeita-se a individuali-

    dade fontica das partes que esto antes e de-pois do hfen, procedendo como se fossem palavras independentes. Por isso: caf-concerto, limpa-ps, rvore-de-blsamo, dir-nos-, contar-lhe-s, cant-la-amos, convid-lo-emos.

    2) A 3 pessoa do plural do presente do indi-cativo dos verbos ter, vir e seus derivados (reter, conter, advir, provir etc) recebe acento circun-flexo. As demais formas submetem-se regra, item b. (tu) tens vens contns provns (ele) tem vem contm provm (eles) tm vm contm provm

    4 - Regra da Quebra de Ditongo Coloca-se acento grfico sobre a vogal tnica

    dos hiatos formados por vogal + i(s) ou u(s), para evitar que sejam confundidos com ditongos. Com-paremos:

    ai x a- pais x pa-s mau x ba- ruivo x ru--do

    Por outras palavras: acentuam-se o i e o u, quando preencherem, simultaneamente, as trs condies seguintes: - forem tnicos; - vierem antecedidos de vogal; - formarem slabas sozinhos ou com s.

    mido, gacho, fasca, balastre, juzes, Graja, Tramanda, sada, usque.

    Observao: O i seguido de nh no leva acento, por causa

    da nasalizao: rainha, tainha, bainha, fuinha, ven-toinha.

    Tambm no se acentuam o i ou u tnicos, mas sem vogal antes, ou formando slaba com ou-tra letra que no o s: item, idem, ali, bauru, tatu, urubu, jacu, Cairu, juiz, Raul, sair, ruim, caiu, saiu.

    5 - Regra dos Hiatos OO e EE Coloca-se acento grfico sobre a 1 vogal dos

    hiatos oo e ee, se ela for tnica: vo, enjo, perdo, lem, vem, crem, descrem, antevem, relem.

    Observao: Os verbos ler, dar, ver e crer (Leda v, cr!) e

    seus derivados so os que ainda apresentam e na terceira pessoa do plural.

    6 - Regra dos Ditongos Abertos Coloca-se acento grfico sobre a vogal tnica

    dos ditongos eu, ei, oi (Eu sei, boi!), quando forem abertos: chapu, fogaru, rus, cu, idia, protico, ri, heris, herico, bia, parania, estico.

    7 - Regra do Trema O trema depende de uma condio bsica: u

    precedido de q ou g, seguido de e ou i. Sem essa

  • PORTUGUS

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    condio, abandona-se a hiptese de trema. fcil de entender: o trema sinal de sonorizao do u. E s h necessidade de indicar tal sonorizao, quan-do houver o risco de no ser pronunciado. Esse ris-co s existe naquela condio bsica.

    Fora disso, ser sempre pronunciado. Assim, por exemplo, qinqenal, sem os tremas, poderamos ler kinkenal, mas aguada, aquoso, qurum no correriam risco de deformao.

    Resumindo: coloca-se trema sobre o u, quando, entre q ou g e e ou i, for pronunciado: tranqilo, sa-gi, conseqncia, agentar.

    Fora da condio bsica ou mudo, nada leva.

    Se, havendo a condio bsica, o u for tnico, substitui-se o trema por um acento agudo: obliqes, argem.

    Observaes: 1) Algumas palavras admitem duas pronncias;

    por isso, dupla grafia: lquido, lqido. 2) Uma palavra no admite dois acentos, mas

    admite tantos tremas quantos forem necessrios e tambm o acento: qinqegenrio, qinqelnge, lingstica.

    8 - REGRA DO ACENTO DIFERENCIAL

    a) Acentua-se pde (pretrito perfeito) pa-ra dife-renciar de pode (presente do indicativo).

    b) Acentuam-se as seguintes palavras para diferen-ci-las de correspondentes tonas:

    pr (verbo) pra (verbo parar) plo, plas, pla (verbo pelar) pla, plas (substantivo = jogo) plo, plos (substantivo = cabelo) plo, plos (substantivo = ave) plo, plos (substantivo = extremo ou jogo) pra (substantivo = fruta ou barba) ca, cas (verbo coar).

    Correspondentes tonas:

    por (preposio) para (preposio) pelo, pela, pelas (prep. + artigo) pela, pelas (preposio + artigo) pelo, pelos (preposio + artigo) polo, polos (prep. + artigo antiga) pera (preposio antiga) coa, coas (preposio + artigo).

    Observaes: 1) Note-se que, no item a, o acento diferencia

    pronncias (aberto-fechado), ao passo que, em b, indica palavra tnica em oposio a palavra tona de mesma grafia.

    2) So apenas esses os acentos diferenciais remanescentes da Lei n. 5.765, de 18 de dezem-bro de 1971.

    NOTA FINAL - Os nomes prprios esto sujeitos s mesmas regras. A gramtica no cuida de questes her-dadas ao arrepio do vernculo.

    NOTAES LXICAS So os sinais de que nos servimos, na escrita,

    para indicar a pronncia correta da palavra. Alm

    do acento agudo (), do acento circunflexo (^) e do trema (), so notaes lxicas:

    a) o til - indica a nasalizao das vogais a e o: ma, ao, me, pe, coraes;

    b) a cedilha - indica que o c tem valor de ss an-tes de a, o e u: raa, bao, caula;

    c) o apstrofo - indica a supresso de fonema: pau-d'arco;

    d) o hfen - usa-se nas derivaes prefixais, nos compostos e para ligar os pronomes oblquos ao verbo;

    e) o acento grave - modernamente, apenas se usa para indicar a crase.

    TESTES

    1) H erro de acentuao num dos conjuntos seguintes: a) grtis - jibia - jutiti - altrusmo b) aqui - Nobel - tambm - rubrica c) apio - item - espelho - tnue d) varo - ngreme - trgua - carter e) circuito - bomia - nterim - Nlson

    2) Apenas num dos conjuntos seguintes existe erro de acentuao: a) urubu - juriti - jri b) ba - Tramanda - admiti-lo c) rubrica - blis - suter d) voc - plens - Lindia e) item - independncia - Leo

    3) A alternativa em que h um erro de acentua-do grfica : a) seriamente - caju - sab-lo-emos - tranqilo b) repor - abenoa - mov-lo-ias - tnheis c) vezes - abeno - feri-lo - ventoinha d) retm-no - txtil - p-lo- - ter e) for - descrem - contrat-lo-iamos - herona

    4) A alternativa em que todas as palavras obe-decem mesma norma de acentuao : a) distrada - di - alumnio b) pblico - plida - esprito c) experincia - srie - distrada d) clula - indstria - tambm e) lder - fcil - herico

    5) O barulho ............. que o ouvido humano tole-ra de cento e trinta ..............., .............. de um ja-to no aeroporto. a) maximo - decibis - rudo h) maximo - decibeis - ruido c) mximo - decibeis - ruido d) mximo - decibis - rudo e) mximo - decibis - ruido

    6) Argumentando com........., o promotor exige que ......... a exatido das declaraes do depoente. a) eloquencia - avergem h) eloqncia - averguem c) eloquncia - averiguem d) eloqncia - averigem e) eloqencia - averigem

    7) O ........ resulta da ............ entre alga e fungo. a) lquen - simbiose b) liquen - simbiose c) liquem - simbiose d) lquen - simbise e) lquem - simbise

    8) Todos os carros ........... forosamente ............ ponto, porque as obras da estrada........... a passa-gem.

  • PORTUGUS

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    a) param - naquele - obstruram b) param - naqule - obstruram c) pram - naquele - obstruram d) pram - naquele - obstruiram e) param - naquele - obstruiram

    9) A sria em que h erro de acentuao : a) cido, prtons, tens h) fcil, rudo, atravs c) fez, trem, caracu, d) otrio, herico, sagi e) perdo, ip, ndio

    10) A alternativa que apresenta todas as pala-vras com acentuao grfica correta : a) plido - cafzinho - femur b) chapu - umb - eles provm c) sozinho - pr (verbo) - averige d) mgoa - serio - biceps e) porem - esplendido - mido

    11) Aceita um ............. ? Ento ponha o ............ na ............... a) cafezinho - aucar - xicara b) cafezinho - acar - xcara c) cafzinho - aucar - xcara d) cafzinho - acar - xcara e) cafzinho - acar - xicara

    12) H ERRO relacionado com a acentuao grfica numa das palavras em: a) prejuzos - reduzi-lo-iam b) (as) rubricas - destroem c) (os) mistres - itens d) aperfeioe - predispem e) apiem - propors

    13) H ERRO relacionado com a acentuao grfica em: a) Deverias pr as barbas de molho. b) As indstrias txteis estavam em grande expan-

    so. c) A localizao dos polos petroqumicos provocou

    grande discusso. d) As razes das rvores rasgavam o solo. e) Os contribuintes consideram muito elevadas as

    alquotas.

    14) Todas as palavras devem ser acentuadas na alternativa: a) pudico - pegada - rubrica b) gratuito - avaro - policromo c) abdomen - itens - harem d) magoe - perdoe - ecoa e) contribuia - atribuimos - caiste

    15) A srie em que nem todas as palavras se acentuam pelo mesmo motivo : a) juzo, a, sade, bas b) potica, rabes, lrica, metfora c) glria, apia, srie, incuo d) rptil, fmur, contbeis, m

    e) assemblia, di, papis, cu 16) A vogal tnica est destacada incorreta-

    mente numa das palavras em: a) mistEr, filantrOpo b) a rUbrica, gratUito c) decAno, uretEr d) novEl, ruIm e) pudIco, fortUito

    17) Somente o singular exige acento grfico em: a) consul - consules b) carater - caracteres c) lider - lideres

    d) sofrivel - sofriveis e) pulover - puloveres

    18) Somente o plural exige acento grfico em: a) refem - refens b) hifen - hifens c) mes - meses d) textil - texteis e) cascavel - cascaveis

    19) Ocorre erro de acentuao grfica em: a) quilmetros b) mercantis c) nus d) aspctos e) logaritmo

    RESPOSTAS 1- D 2- D 3- E 4- B 5- D 6- D 7- A 8- A 9- A 10-

    C 11-B 12-C 13-C 14-E 15-C 16-B 17-B 18-E 19-D

    SEMNTICA

    A semntica trata do significado das palavras a-travs do tempo e do espao. Nesse cho, estu-dam-se:

    1. Sinnimos So palavras relacionadas por um sentido co-

    mum, mas diferentes na forma. Os sinnimos so perfeitos, quando o sentido

    igual:

    alfabeto = abecedrio brado = grito extinguir = apagar adversrio = antagonista contraveneno = antdoto

    Os sinnimos so imperfeitos, quando a signifi-cao semelhante:

    bela - formosa livro - volume caridade - bondade

    2. Antnimos So palavras de significao oposta:

    ordem x anarquia soberba x humildade louvar x censurar

    A antonmia pode originar-se de um prefixo de sentido contrrio ou negativo:

    bendizer x maldizer simptico x antiptico progredir x regredir concrdia x discrdia explcito x implcito ativo x inativo esperar x desesperar simtrico x assimtrico

    3. Sentido Prprio

    Diz-se da palavra que empregada na sua signi-ficao natural. , em ltima anlise, o sentido que a palavra tem originalmente.

    4. Sentido Figurado Ocorre quando a palavra est empregada em

    sentido translato, ou seja, quando, por um processo de analogia, empregada em sentido diverso do prprio:

    A dama trazia uma flor nos cabelos. (sentido prprio) A dama pertence flor da sociedade. (sentido figurado)

  • PORTUGUS

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    noite, no campo, podemos admirar as estrelas. (sentido prprio). A lua (... ) salpicava de estrelas o nosso cho".(sentido figurado)

    5. Denotao e Conotao conveniente guardar estas duas palavras: DENOTAO (= sentido prprio) e CONOTAO (= sentido figurado). Nos textos dissertativos (artigos, monografias e

    teses), narrativas de fatos (noticirios, reportagens) e livros cientficos, predomina a linguagem denotati-va, que racional, lgica, objetiva.

    J nos textos literrios em geral, principalmente na poesia, o artista usa, com freqncia, linguagem figurada, subjetiva, sentimental, isto , conotativa.

    5. Homnimos Se duas palavras de significados diferentes so

    iguais na grafia, ou na pronncia, ou nas duas coi-sas, tais palavras so HOMNIMAS:

    o porto (substantivo) - eu porto (verbo) cozer (cozinhar) - coser (costurar) ser (verbo) - o ser (substantivo)

    Relao de palavras homnimas:

    acender (atear fogo) ascender (elevar-se) acento (sinal grfico) assento (banco) acerto (preciso) asserto (afirmao) aprear (marcar o preo de) apressar (acelerar)

    caar (apanhar, perseguir cassar (invalidar) animais)

    cegar (privar da viso) segar (ceifar) cela (cubculo) sela (arreio) censo (recenseamento) senso (juzo) cerrar (fechar) serrar (cortar) cesso (ato de ceder) seo/seco (parte, sesso (reunio) setor) concertar (harmonizar) consertar (remendar,

    arrumar)

    incipiente (principiante) insipiente (ignorante) tacha (prego) taxa (imposto)

    6. Parnimas So palavras apenas semelhantes, sem nenhu-

    ma igualdade, mas a semelhana faz com que a gente embarque na canoa de usar uma peja outra:

    retificar (corrigir) - ratificar (confirmar) imergir (submergir) - emergir (vir tona) mal (contrrio de "bem") - mau (contrrio de "bom")

    Relao de palavras parnimas:

    acidente (desastre) - incidente (acontecimento inesperado)

    atuar (agir) - autuar (processar) casual (ocasional) - causal (relativo causa) cavaleiro (homem que - cavalheiro (homem corts) anda a cavalo) delatar (trair) - dilatar (aumentar) descrio (ato de des- - discrio (qualidade de ser crever) discreto) descriminar (inocentar) - discriminar (diferenciar) despercebido (desatento) - desapercebido (desprevenido) eminente (notvel) - iminente (imediato, prestes a) infligir (aplicar (pena) - infringir (violar) pleito (eleio) - preito (homenagem, respeito) prever (antever) - prover (abastecer) ratificar (confirmar) - retificar (corrigir) sortir (prover) - surtir (produzir efeito) trfego (trnsito) - trfico (comrcio ilcito) vestirio (recinto para - vesturio (traje) troca de roupa) vultoso (grande) - vultuoso (inchado)

    TESTES

    1) Devemos alterar, ou seja, ............... agora es-te projeto, porque, aps, no sero permitias ................

    a) ratificar - ratificaes b) retificar - retificaes c) ratificar - retificaes d) retificar - ratificaes

    2) ............. as minhas palavras iniciais, pois no sou homem de fazer modificaes no que est feito. Acho que tenho o equilbrio suficiente para no ............ certas normas. a) Ratifico - infringir b) Ratifico - infligir c) Retifico - infringir d) Retifico - infligir

    3) No .......... do violoncelista ......... havia muitas pessoas, pois era uma ......... beneficente. a) conserto - eminente - sesso b) concerto - iminente - seo c) conserto - iminente - seo d) concerto - eminente - sesso

    4) O submarino .............. do mar. a) holands imergiu b) holandez imergiu c) holands emergiu d) holandez emergiu

    5) .......... sem licena; teve a licena ............ a) Caava - caada b) Caava - cassada c) Cassava - caada d) Cassava - cassada

    6) D o sinnimo da palavra "propenso": a) vontade b) tendncia c) indiferena d) firmeza e) indisposio

    7) Aponte o antnimo do vocbulo "sucinto": a) conciso b) inerente c) ampliado d) breve e) eficaz

    8) Assinale o homnimo de "censo": a) seno b) ceno c) sensso d) cenzo e) senso

    RESPOSTAS: 1-B 2-A 3-D 4-C 5-B 6-B 7-C 8-E

  • PORTUGUS

    14

    MORFOLOGIA (AS 10 CLASSES GRAMATICAIS)

    1. Substantivo Substantivos so as palavras que representam

    os seres em geral, quer sejam concretos (livro), quer sejam abstratos (liberdade), quer sejam co-muns (rio, cidade, homem) quer sejam prprios (Ja-cu, Porto Alegre, Jos), quer sejam termos primiti-vos (sapato), quer sejam derivados (sapataria), quer sejam termos simples (flor, sol), quer sejam com-postos (beija-flor, girassol), quer sejam coletivos (bando, enxame).

    Mas qualquer palavra pode ser substantivada, desde que exera funo de substantivo na frase. Por exemplo, "sbio" adjetivo, porque podemos dizer "homem sbio", mas, em "O sbio estuda", passa a ser substantivo, porque exerce funo (su-jeito) tpica de substantivo. Nessa condio, aceita at ser adjetivado: "O sbio responsvel estuda". Em "Viver alegre contrape-se a morrer triste", "vi-ver" e "morrer" so verbos substantivados, porque exercem, respectivamente, as funes de ncleo do sujeito e ncleo do objeto indireto.

    2. Adjetivo a palavra que expressa uma qualidade e "en-

    caixa diretamente" ao lado de um substantivo. Tomemos a palavra "bondoso" para exemplo. ,

    com efeito, um adjetivo, porque, alm de expressar uma qualidade, pode ser encaixada diretamente ao lado de um substantivo: homem bondoso, moa bondosa, pessoa bondosa

    J com a palavra "bondade", embora expresse uma qualidade, no acontece o mesmo; no faz sentido dizer: homem bondade, moa bondade, pessoa bondade.

    "Bondade", portanto, no adjetivo, mas subs-tantivo, porque admite o artigo: "a bondade". O substantivo encaixa ao lado de outro substantivo, mas no diretamente e, sim, atravs de uma propo-sio: homem de bondade, moa de bondade, pes-soa de bondade.

    3. Pronomes

    PESSOAIS Os pronomes pessoais, que tomam o lugar da

    pessoa que fala (1 pessoa), da pessoa com que fa-lamos (2 pessoa) ou da pessoa de que falamos (3 pessoa), podem ser:

    a) RETOS E OBLQUOS

    PRONOMES PESSOAIS Pessoa Retos Oblquos

    Gramatical tonos Tnicos 1 singular eu me mim, (co) migo 1 plural ns nos (co) nosco 2 singular tu te ti, (con) tigo 2 plural vs vos (con) vosco 3 singular ele, ela se, o, a, lhe si, (con) sigo 3 plural eles, elas se, os, as, lhes si, (con) sigo

    EMPREGO (CERTO X ERRADO)

    a) Eu e tu x mim e ti - Se houver preposio antes, devemos usar mim e/ou ti, e no eu e/ou tu:

    Entre mim e ti no h desavenas. Sobre Joana e ti nada se pode dizer Devo a ti esta conquista. Constri esta casa para mim.

    Se, todavia, acrescentarmos um verbo no infini-tivo, devemos usar eu e/ou tu:

    Constri esta casa para eu morar. Ele disse que para eu e tu partirmos.

    b) Si e consigo - Estes pronomes somente podem ser empregados, se se referirem ao sujeito da orao:

    Joana s pensa em si. ("Si" refere-se a "Joana": sujeito) O poeta gosta de ficar consigo mesmo. ("Consigo" refere-se a "poe-ta": sujeito.)

    Esto erradas, portanto, frases como estas: Creio muito em si, meu amigo. Quero falar consigo.

    "Si" e "consigo" esto referindo-se pessoa com quem falamos, o no ao sujeito de "creio" e "quero", que "eu", subentendido. Para corrigi-las, basta substituir "si" e "consigo" por "voc", "senhor", "V.Sa." etc., conforme exigir a situao:

    Creio muito em voc, meu amigo. Quero falar com o senhor.

    c) Conosco e convosco - Se vierem seguidos de uma expresso complementar, desdobram-se em "com ns" e "com vs":

    Esta misso com ns mesmos. Com vs, jovens, sempre estou bem.

    d) Ele(s), ela(s) x o(s), a(s) - No raras vezes ouvimos: "Vi ela no teatro", "No queremos eles aqui", frases em que o pronome reto, erradamen-te, est exercendo a funo de objeto direto. O certo : "Vi-a no teatro", "No os queremos aqui".

    b) DE TRATAMENT0 So pronomes de tratamento voc, senhor,

    senhora, senhorita, fulano, sicrano, beltrano e as expresses que integram o quadro seguinte:

    PRONOME ABREVIATURA SINGULAR

    ABREVIATURA PLURAL

    USA-SE PARA:

    Vossa(s) Excelncia(s) V. Ex. V. Ex.

    as 1

    Vossa(s) Magnifi-cncia(s) V. Mag. V. Mag.

    as 2

    Vossa(s) Senhoria(s) V. S. V. S.

    as 3

    Vossa(s) Santidade(s) V. S. VV. SS. 4 Vossa(s) Eminncia(s) V. Em. V. Em.

    as 5

    Vossa(s) Excelncia(s) Reverendssima(s)

    V. Ex. Rev.ma V. Ex.as Rev. mas 6

    Vossa(s) Reverendssima(s) V. Rev.

    ma V. Rev. mas 7

    Vossa(s) Reverncia(s) V. Rev. V. Rev.

    as 8

    Vossa(s) Majestade(s) V. M. VV. MM. 9 Vossa(s) Alteza(s) V. A. VV. AA. 10

    1) Presidente (sem abreviatura), ministro, embai-xador, governador, secretrio de Estado, prefei-to, senador, deputado federal e estadual, juiz, general, almirante, brigadeiro e presidente de cmara de vereadores;

    2) Reitor de universidade para o qual tambm se pode usar V. Ex.;

    3) Qualquer autoridade ou pessoa civil no citada acima;

    4) Papa;

    5) Cardeal;

  • PORTUGUS

    15

    6) Arcebispo e bispo;

    7) Autoridade religiosa inferior s acima citadas;

    8) Religioso sem graduao;

    9) Rei e imperador;

    10) Prncipe, arquiduque e duque.

    Observao: Todas essas expresses se apresentam tam-

    bm com SUA para cujas abreviaturas basta subs-tituir o "V" por "S".

    EMPREGO a) Vossa Excelncia etc. x Sua Excelncia

    etc. - Os pronomes de tratamento com "Vossa(s)" empregam-se em relao pessoa com quem fa-lamos:

    Espero que V. Ex., Senhor Ministro, comparea a este encontro.

    Com "Sua(s)" so empregados, quando fa-lamos a respeito da pessoa:

    Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelncia, o Senhor Presiden-te da Repblica, agiu com propriedade.

    b) 3 pessoa - Os pronomes de tratamento so da 3 pessoa; portanto, os verbos, os prono-mes possessivos e os pronomes oblquos empre-gados em relao a eles devem ficar na 3 pesso-a;

    Basta que V. Ex.as cumpram a tera par-te das suas promessas, para que seus eleitores lhes fiquem reconhecidos.

    c) Uniformidade de Tratamento - Quando escrevemos ou nos dirigimos a algum, no permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por e-xemplo, se comeamos a chamar algum de "vo-c", no poderemos usar "te" ou "teu", o os ver-bos, evidentemente, vo para a 3 pessoa. Eis um texto errado, do tipo, alis, muito freqente em nossa msica popular:

    Quando voc vier, eu te abraarei e en-rolar-me-ei nos teus cabelos. No mais permitirei que te afastes de mim.

    Ou corrigimo-lo assim: Quando voc vier, eu a abraarei e enro-lar-me-ei nos seus cabelos. No mais permitirei que se afaste de mim.

    Ou assim: Quando tu vieres, eu te abraarei e en-rolar-me-ei nos teus cabelos. No mais permitirei que te afastes de mim.

    POSSESSIVOS Com eles indicamos a coisa possuda e a pes-

    soa gramatical possuidora. No quadro abaixo, ve-mo-los relacionados aos respectivos pronomes pes-soais:

    PESSOAIS POSSESSIVOS Eu meu, minha, meus, minhas Tu teu, tua, teus, tuas Ele, voc, V. Ex. etc.

    seu, sua, seus, suas

    Ns nosso, nossa, nossos, nossas Vs vosso, vossa, vossos, vossas Eles seu, sua, seus, suas

    EMPREGO

    a) Ambigidade - "Seu", "sua", "seus" e "suas" tm dado origem a frases como estas:

    O policial prendeu o ladro em sua casa. O jovem foi com a namorada para o seu colgio.

    A casa a do policial ou a do ladro? o colgio o do jovem ou o da namorada?

    Corrigem-se, substituindo o pronome por outro ou aproximando a coisa possuda do possuidor:

    O policial prendeu o ladro na casa des-te. O jovem foi para o seu colgio com a namorada.

    b) "Machuquei a minha mo" - No se usam os possessivos em relao s partes do corpo ou s faculdades do esprito. Devemos, pois, dizer:

    Machuquei a mo. (E no "a minha mo") Ele bateu a cabea. (E no "a sua cabea") Perdeste a razo? (E no "a tua razo")

    RELATIVOS So as palavras que, quem, qual, cujo, onde,

    como, quando, quanto, desde que: a) tenham como precedente um substantivo e

    como conseqente um verbo; b) possam ser substitudos, sem quebra de sen-

    tido, por uma expresso onde aparece qual ou quais:

    Os livros que li ajudaram-me. (Os livros os quais li ajudaram-me.) A casa onde moro tem goteiras. (A casa na qual moro tem goteiras.)

    DEMONSTRATIVOS So os que localizam ou identificam o substanti-

    vo.

    MASCULINO FEMININO NEUTRO este(s) esta(s) isto esse(s) essa(s) isso aquele(s) aquela(s) aquilo

    Ainda so demonstrativos O, A. OS, AS, quando antecedem o QUE e podem ser substitudos por AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO:

    No ouvi o que disseste. (No ouvi aqui-lo que disseste.) Esta rua no a que te indiquei. (Esta rua no aquela que te indiquei.)

    EMPREGO

    Este(s), esta(s), isto indicam que o ser est prximo da pessoa que fala:

    Este livro que tenho aqui em minha mo esclarece o assunto.

    Esse(s), essa(s), isso indicam o ser que est prximo da pessoa com quem falamos:

    Essa caneta com que escreves pertence a mim.

    Aquele(s), aquela(s), aquilo indicam o ser que estiver longe de ambas as pessoas:

    Aquele quadro que vemos na parede antigo.

    Agora, prestemos ateno a estes exemplos:

    1) "A mim s interessa isto: realizar os meu ideais." "Realizar os meus ideais: isso o que me interessa."

    Isto (ou este, ou esta) indica uma idia que a-inda no foi expressa. Isso (ou esse, ou essa) in-dica uma idia que j foi expressa.

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    2) "As palavras afetuosas e os ditos irnicos so como as flores e os espinhos: aquelas perfu-mam; estes ferem.(ou estes ferem; aquelas per-fumam.)"

    Ao nos referirmos a duas idias anteriormente expostas, este(s), esta(s), isto (jamais esse ... ) indicam a idia mais prxima, isto , a ltima; a-quele(s), aquela(s), aquilo indicam a idia mais afastada, isto , a primeira.

    3) "Esta seo precisa de papel." "Esperamos que essa seo atenda ao nosso

    pedido." Este(s), esta(s), isto indicam o local (cidade,

    rua, repartio, estado etc.) de onde escrevemos. Esse(s), essa(s), isso indicam o local em que se encontra o nosso correspondente.

    4) "Neste sculo XX, vimos coisas de espan-tar." "Naquele (ou Nesse) tempo, dizia Jesus..."

    Em relao a tempo, este(s), esta(s) indicam o presente; o passado indica-se por esse ou aquele.

    Observao: Os pronomes demonstrativos podem combinar-

    se com preposies: neste, desse, naquele etc.), o que em nada modifica os empregos referidos.

    INDEFINIDOS So os que determinam o substantivo de modo

    vago, de maneira imprecisa.

    LISTA DOS INDEFINIDOS VARIVEIS

    MASCULINO FEMININO INVARIEIS SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL

    algum alguns alguma algumas algum certo certos certa certas algo muito muitos muita muitas nada nenhum nenhuns nenhuma nenhumas ningum outro outros outra outras outrem qualquer quaisquer qualquer quaisquer cada quanto quantos quanta quantas tanto tantos tanta tantas todo todos toda todas tudo vrio vrios vria vrias pouco poucos pouca poucas

    INTERROGATIVOS Chamam-se interrogativos os pronomes que,

    quem, qual o quanto, empregados para formular uma pergunta direta ou indireta:

    Que trabalho esto fazendo? Diga-me que trabalho esto fazendo. Quem disse tal coisa? Ignoramos quem disse tal coisa. Qual dos livros preferes? No sei qual dos livros preferes. Quantos passageiros desembarcaram? Pergunte quantos passageiros desem-barcaram.

    DIFERENA ENTRE OS PRONOMES SUBS-TANTIVOS E OS PRONOMES ADJETIVOS

    Pronomes adjetivos so aqueles que simples-mente acompanham os substantivos:

    Este moo meu irmo. Estes dois simpticos e elegantes mo-os so meus irmos.

    Pronomes substantivos so aqueles que substi-tuem ou representam to bem o substantivo, que como se ele estivesse presente:

    Nem tudo est perdido. (Nem todos os bens esto perdidos.)

    Os pronomes "fanticos" so os pessoais e os relativos. Eles so sempre substantivos; por isso, dispensam essa classificao. Basta cham-los

    simplesmente pronomes pessoais e pronomes rela-tivos.

    Os outros ora so pronomes substantivos, ora so pronomes adjetivos.

    Sendo assim, nos exemplos seguintes, eles se comportam como:

    A caneta minha. minha pron. subst. possessivo. Minha sogra um anjo. minha pron. adj. possessivo. Aquilo que fizeste no se faz. aquilo pron. subst. demonstrativo. Aquela criana veio ao mundo por aciden-te. aquela pron. adj. demonstrativo. Ningum entra em fria por querer. ningum pron. subst. indefinido. Nenhum homem conseguir convenc-la. nenhum pron. adj. indefinido. Que queres comigo? que pron. subst. interrogativo. Quantas moedas vais oferecer? quantas pron. adj. interrogativo.

    4. Artigo artigo a palavra que, vindo (diretamente ou

    no) antes de um substantivo, indica se o mesmo est sendo empregado de maneira definida ou inde-finida. por isso que os artigos se subdividem em:

    a) Artigos definidos - o, a, os, as - porque dei-xam definido, determinado o substantivo a que se referem.

    Ao dizermos: "Mrio, joga fora o cigarro!" esta-mos nos referindo a um cigarro determinado: a-quele que Mrio provavelmente estaria fumando.

    b) Artigos indefinidos - um, uma, uns, umas - porque deixam indefinido, indeterminado, vago o substantivo a que se referem.

    Quando dizemos: "Mrio, d-me um cigarro!" estamo-nos referindo a um cigarro indeterminado. Mrio nos daria qualquer um dos que ele tivesse no mao. Mas eu e Mrio teramos o mau hbito (defi-nido) de fumar

    5. Numeral a palavra que indica uma quantidade exata ou

    um lugar numa srie. Os numerais podem ser: a) Cardinais - quando indicam um nmero bsi-

    co: um, dois, trs, cem mil... b) Ordinais - quando indicam um lugar numa

    srie: primeiro, segundo, terceiro, centsimo, mil-simo...

    Segue uma lista dos ordinais que mais se er-ram: 40 - quadragsimo 300 - trecentsimo 50 - qinquagsimo 400 - quadringentsimo 60 - sexagsimo 500 - qingentsimo 70 - septuagsimo 600 - sexcentsimo 80 - octogsimo 700 - septingentsimo 90 - nonagsimo 800 - octingentsimo 100 - centsimo 900 - nongentsimo 200 - ducentsimo 1.000 - milsimo

    c) Multiplicativos - quando indicam uma quan-tidade multiplicativa: dobro, triplo, qudruplo...

    d) Fracionrios - quando indicam parte de um inteiro: meio, metade, dois teros...

    6. Advrbio a palavra invarivel que se relaciona ao verbo para atribuir-lhe uma circunstncia. Segundo a no-

  • PORTUGUS

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    va nomenclatura gramatical brasileira, os advrbios podem ser:

    a) de afirmao - sim, certamente, efetivamente etc.;

    b) de dvida - talvez, qui, porventura, acaso, provavelmente etc.;

    c) de intensidade - muito, pouco, assaz, bastan-te, mais, menos, to, tanto, quo etc.:

    Nota: de observar que as palavras "muito", "pouco" o "tanto" tambm podem ser pronomes indefinidos. A diferenciao fcil: podendo va-riar em gnero ou nmero, sero pronomes inde-finidos; quando forem invariveis, sero advr-bios.

    Maurcio estuda pouco. Ele dispe de pouco tempo.

    No primeiro exemplo, qualquer que seja a mo-dificao de gnero ou nmero introduzida na frase, "pouco" permanecer invarivel.

    No segundo exemplo, basta substituir "tempo" por "horas", para que tenhamos:

    Ele dispe de poucas horas. Portanto, o primeiro advrbio e o segundo

    pronome indefinido.

    d) de interrogao - onde, como, quando e por que nas interrogaes diretas ou indiretas:

    Onde vais? Como vais? Quando vais? Por que voltaste? Quero saber onde vais. Mandaram perguntar como vais.

    Nota: No se deve confundir advrbio interro-gativo com pronome interrogativo.

    e) de lugar - aqui, ali, a, alm, aqum, acima, abaixo, atrs, dentro, junto, defronte, perto, longe etc.

    f) de modo - assim, bem, mal, depressa, deva-gar, melhor, pior e a maior parte das palavras for-madas de um adjetivo, mais a terminao "mente" (leve + mente = levemente; calma + mente = cal-mamente).

    g) de negao - no, tampouco. h) de tempo - agora, j, depois, anteontem, ontem, ho-

    je, jamais, sempre, outrora, breve etc.

    Observao 1: Foi dito que o advrbio se refere ao verbo; a-

    crescente-se, agora, que ele tambm pode refe-rir-se a um adjetivo ou a outro advrbio.

    Ele trabalha muito. muito trabalha Ele muito trabalhador. muito trabalhador Ele poderia trabalhar muito mais. muito mais

    Observao 2: Tambm existem as chamadas locues ad-

    verbiais que vm quase sempre introduzidas por uma preposio: farta (= fartamente), s pres-sas (= apressadamente), toa, s cegas, s es-curas, s tontas, s vezes, de quando em quan-do, de vez em quando etc.

    7. Preposio

    a palavra invarivel que serve de ligao entre dois termos de uma orao ou, s vezes, entre duas oraes:

    Ele comprou um livro de poesia. Ele tinha medo de ficar solitrio.

    Como se v, a preposio "de", no primeiro e-xemplo, liga termos de uma mesma orao; no se-gundo, liga oraes.

    Preposies Simples - Eis a lista: a, ante, at, aps, com, contra, de, desde, durante, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trs.

    Locues Prepositivas

    Alm das preposies simples, existem tam-bm as chamadas locues prepositivas, que terminam sempre por uma preposio simples: abaixo de, acerca de, acima de, a despeito de, a-diante de, a fim de, alm de, antes de, ao lado de, a par de, apesar de, a respeito de, atrs de, atra-vs de, de acordo com, debaixo de, de cima de, defronte de, dentro de, depois de, diante de, em-baixo de, em cima de, em frente de(a), em lugar de, em redor de, em torno de, em vez de, graas a, junto a (de), para baixo de, para cima de, para com, perto de, por baixo de, por causa de, por ci-ma de, por detrs de, por diante de, por entre, por trs de.

    8. Interjeies

    So palavras, sem valor sinttico, que exprimem estados sbitos de alma:

    "ai!", "oh!", "socorro!"

    9. Conjunes

    Palavras ou locues invariveis que ligam ora-es.

    Dividem-se em dois grupos: coordenativas e su-bordinativas.

    COORDENATIVAS

    Aditivas Tipo: e Relao: e, nem (= e no), tambm, que, no

    s... mas tambm, no s... como, tanto ... como, assim... como etc.

    Observao: Em geral, cada categoria tem uma conjuno t-

    pica. Assim que, para classificar uma funo ou lo-

    cao conjuntiva, preciso que ela seja substituvel, sem mudar o sentido do perodo, pelo tipo. Por e-xemplo, o "que" somente ser conjuno coordena-tiva aditiva, se for substituvel pelo tipo "e":

    "Dize-me com quem andas, que eu te di-rei quem s".

    Alternativas Relao: ou... ou, j ... j, seja... seja, quer...

    quer, ora... ora, agora... agora.

    Observao: As alternativas caracterizam-se pela repetio,

    exceto "ou" cujo primeiro elemento pode ficar sub-entendido.

    Adversativas Tipo: mas Relao: mas, porm, contudo, todavia, no entan-

    to, entretanto, seno, no obstante.

    Observao:

  • PORTUGUS

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    As alternativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Nesse caso, a substituio pelo tipo s possvel, se devolvidas ao incio da orao:

    Esforou-se muito; no logrou, contudo, xito. Esforou-se muito, contudo (=mas) no logrou xito.

    Conclusivas Tipo: portanto Relao: portanto, logo, por conseguinte, assim,

    pois, ento, por isso, por fim, enfim, conseguinte-mente, conseqentemente.

    Explicativas Tipo: porque Relao: porque, pois, pois que, que, porquanto, j que, uma vez que, visto que, sendo que, dado

    que, como.

    SUBORDINATIVAS

    Causais Idem s explicativas. A diferenciao, na prtica,

    faz-se examinando a orao anterior. Se esta tiver o verbo no imperativo, a conjuno ser coordenativa explicativa:

    Fecha a janela, porque faz frio.

    Condicionais Tipo: se Relao: se, caso, contanto que, desde que,

    uma vez que, dado que, a no ser que, a menos que, suposto que, salvo se, exceto se.

    Concessivas Tipo: embora Relao: embora, conquanto, ainda que, posto

    que, mesmo que. em que, se bem que, por mais que.

    Conformativas Tipo: conforme Relao: conforme, consoante, segundo, como,

    da mesma maneira que.

    Consecutivas Relao: que (precedido de "to", "tal", "tama-

    nho" ou "tanto), de maneira que, de modo que, de forma que, de sorte que, de molde que, de jeito que.

    Comparativas Relao: que, do que (precedidos de "mais", "me-

    nos", "maior", menor", "melhor" ou "pior"), como (pre-cedido de "to", "tal" ou "tanto), qual (precedido de "tal"), quanto (precedido de "tanto"), quo (precedido de "to").

    Finais Tipo: a fim de que Relao: a fim de que, para que, porque, que.

    Integrantes Relao: que, se

    Observao: O "que" a o "se" sero conjunes subordinati-

    vas integrantes, se a orao por eles iniciada res-ponder pergunta "Qual a coisa que ... ?, formu-lada com o verbo da orao anterior.

    No sei se se morre de amor. - Qual a coisa que no sei? - Se se morre de amor.

    Proporcionais Tipo: proporo que

    Relao: proporo que, medida que, ao passo que.

    Temporais Tipo: quando Relao: quando, logo que, assim que, depois

    que, enquanto, ao tempo que, apenas, mal.

    Valor das conjunes

    Para l de importante ter domnio sobre o valor semntico (o significado) das conjunes, ou seja, preciso saber que circunstncias nos trazem as ora-es iniciadas por elas, relativamente idia ex-pressa na orao qual esto ligadas. Tais cir-cunstncias inferem-se, em geral, do prprio nome das conjunes. Por exemplo, na frase: "Estamos bem preparados, portanto teremos um bom de-sempenho", a conjuno (portanto) conclusiva, e a orao iniciada por ela (negrito) expressa uma concluso, decorrente do que se diz na orao ante-rior, isto , do fato de estarmos bem preparados.

    Assim, as conjunes, alm de ligar oraes, in-dicam as seguintes circunstncias:

    Aditiva - adio, soma, aproximao: As flores embelezam e perfumam o ambiente.

    Alternativa - alternncia, excluso: "Ou troteia, ou sai da estrada."

    Adversativa - adversidade, oposio: O Brasil um pas rico, mas os brasileiros so pobres.

    Conclusiva - concluso, conseqncia, resultado: "Penso, logo existo."

    Explicativa - explicao, motivo: Trabalhemos, porque o trabalho dignifica.

    Causal - causa, razo: "Estou triste, porque no tenho voc perto de mim."

    Condicional - condio: Se a chuva parar, iremos ao jogo.

    Concessiva - concesso (isto : a orao iniciada por ela concede uma garantia de que a idia da ou-tra se realizar):

    Embora tenhamos pouco tempo, concluiremos o trabalho.

    Conformativa - conformidade, concordncia: Devemos proceder conforme es-tabelece o regulamento.

    Consecutiva - conseqncia, efeito: Tem contado tantas mentiras, que ningum acredita nele.

    Comparativa - comparao: O perfume de jasmim to saliente quanto o da rosa discreto.

    Final - finalidade, resultado desejado ou precon-cebido:

    Estudarei esse assunto, a fim de que possa compreend-lo.

    Proporcional - proporo, medida: proporo que estudava, com-preendia melhor o assunto.

    Temporal - tempo: Quando voltares, visita-me.

  • PORTUGUS

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    Integrante - a conjunto integrante inicia uma ora-o que integra o sentido (alm de exercer uma funo sinttica) de um termo da orao anterior:

    Espera-se que venas. (sujeito de "espera-se") A verdade que vencers. (predi-cativo) Sei que vencers. (objeto direto de "sei") Tudo depende de que estudes. (objeto indireto de "depende) Tenho medo de que fracasses. (complemento nominal de "medo")

    10. Verbo a palavra com que se expressa uma ao (cantar, vender) ou um estado (ser, estar). Nota: Quanto conjugao e emprego dos tem-

    pos, ver "Flexo Verbal".

    TESTES

    1) Marque a opo em que h erro relativo ao emprego de pronome. a) Estive com Sua Excelncia ontem, e ele nada

    me revelou sobre seu problema. b) Nada deves fazer sem eu estar presente. c) O sono ou a viglia, que me importa esta ou es-

    se? d) Aviso-o de que chegarei a essa cidade no dia 10

    de junho. e) Os tipos de artigos so estes: definidos e indefi-

    nidos.

    2) Observe as palavras grifadas da seguinte fra-se: "Encaminhamos ao Diretor cpia autntica do Edital n 19/94."

    Elas so, respectivamente: a) verbo, substantivo e substantivo. b) verbo, substantivo e advrbio. c) verbo, substantivo e adjetivo. d) pronome, adjetivo e adjetivo. e) pronome, adjetivo e substantivo.

    3) O pronome est empregado incorretamente em: a) para mim fiscalizar aqueles volumes. b) Tudo ficou esclarecido entre mim e ti. c) Os herdeiros dividiram os bens entre si, sem de-

    savenas. d) So muitas as pessoas de quem dependemos. e) No h razo para eu ficar triste.

    4) Aponte a frase em que o pronome demonstra-tivo est incorreto: a) Este veraneio est maravilhoso. b) Isso a deve ser transportado com cuidado. c) Neste tempo, no havia os perigos de hoje. d) Isto meu e possui valor estimativo. e) Aquele sujeito teimoso e bravo.

    5) Instruo: Para responder a esta questo, preencher adequadamente as lacunas e numerar a coluna A de acordo com a coluna B.

    Coluna A ( ) O candidato no consegue aprovao ( ) O candidato merece ser aprovado __ ( ) O candidato busca um local sossegado. ( ) O candidato ter sucesso. ( ) O candidato tem dificuldade em algumas ma-trias.

    Coluna B 1 - por mais que estude 2 - uma vez que estudou 3 - para que possa estudar 4 - assim que estudar

    Est correta a numerao da alternativa: a) 2,3,4,2,1 b) 3,4,4,1,2 c) 1,2,3,4,1 d) 3,2,1,4,3 e) 1.3,2,1,4

    6) O perodo em que a segunda orao apre-senta uma idia de condio : a) Os artistas devem trabalhar na solido, uma vez

    que desejem uma viso mais profunda dos fatos. b) O jornalista tem de trabalhar dentro dos fatos,

    posto que tal cuidado acarrete dificuldades. c) O jornalista pode bem informar, j que participa

    dos fatos. d) Os artistas trabalham na solido, at que consi-

    gam revelar o sentido profundo dos fatos. e) O jornalista vive no meio dos acontecimentos, de

    modo que pode bem informar.

    7) H uma relao de causa e conseqncia na alternativa: a) Quando submetidos reao repressiva da soci-

    edade, os meninos de rua tm vida curta. b) Caso no se iniciem na delinqncia, os meninos

    de rua no sobrevivem. c) Ainda que se entreguem delinqncia, os me-

    ninos de rua tm vida curta. d) Como a ao da palmatria da necessidade

    impositiva, os meninos de rua aderem ao crime. e) Sem que se dem conta, os meninos de rua es-

    to dominados pelas drogas.

    RESPOSTAS: 1- C 2- C 3- A 4- C 5- C 6- A 7- D

    FLEXO NOMINAL

    FORMAO DO PLURAL

    1. REGRA GERAL Em palavra terminada por vogal acrescenta-se

    "s": Livro - livros, srie - sries, p - ps, caf - cafs.

    2. REGRAS ESPECIAIS a) Regra do "LEO e do CIDADO ALEMO". No plural, teremos: "Os LEES e os CIDADOS

    ALEMES. Assim, as palavras terminadas em O: - trocam O por ES (plural mais freqente: bales, botes, canes, coraes... e os aumentativos: ca-sares, livres); - acrescentam "s": cidados, cortesos, cristos, des-vos, irmos, pagos e as paroxtonas terminadas em "o"(stos, rgos); - trocam O por ES: basties, ces, capeles, ca-pites, catales, charlates, escrives, guardies, pes, sacristes, tabelies.

    Observao: Apresentam mltiplos plurais: alo - ales, alos, ales; alazo - alazes, alazes; aldeo - aldees, aldees; vilo - viles, vilos; ancio - ancies, ancios, ancies; vero - veres, veros; castelo - casteles, castelos; rufio - rufies, rufies; ermito - ermites, ermitos, ermites; sulto - sultes, sultos, sultes.

  • PORTUGUS

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    b) Regra dos AMORES s GRISES LUZES. s terminaes R, S ou Z acrescenta-se ES.

    Observao: No-oxtonas terminadas em S so invariveis:

    os pires, os atlas, os lpis, os nibus.

    c) Regra do - AL, - EL, - OL -UL. As palavras com essas terminaes formam o

    plural trocando o L por IS: bananais, papis, faris, pauis, azuis.

    d) Regra do ARDIL do RPTIL As palavras terminadas por IL: oxtonas trocam o

    L por S (funis, barris); paroxtonas trocam IL por EIS (fceis, hbeis) .

    e) Regra do FOGO nos CORPOS (metafonia) Na passagem do singular para o plural, h pala-

    vras que trocam o timbre fechado da vogal tnica em aberto, como em:

    FOGO () - FOGOS () e CORPO () - CORPOS (). o que acontece com: abrolho, contorno, caro-o, corcovo, corvo, coro, despojo, destroo, escolho, esforo, estorvo, forno, foro, fosso, imposto. jogo, miolo, olho, osso, ovo, poo, porco, posto, povo, re-foro, socorro, tijolo, toco, torto, troco.

    f) Palavras terminadas em X so invariveis: os trax.

    3. PLURAL DOS DIMINUTIVOS Para formar o plural dos diminutivos terminados

    em ZINHO e ZITO, proceda da seguinte forma: 1) forme o plural da palavra primitiva; 2) retire o "s"; 3) acrescente "zinho" ou "zito"; 4) recoloque o "s":

    marzinho ......... marezinhos cozito .........cezitos

    Assim formamos pezinhos, florezinhas, anezi-nhos, fogezinhos, anzoizinhos etc.

    4. PLURAL DOS COMPOSTOS Quanto ao plural dos compostos, podemos for-

    mular uma regra que de enorme valor prtico. Ei-la:

    Em princpio, variam as palavras do composto que forem variveis isoladamente.

    cartas-bilhetes, amores-perfeitos, cabras-cegas, segundas-feiras, guarda-chuvas, sempre-vivas, gro-duques, bate-bocas, os ganha-pouco, os pisa-mansinho, os leva-e-traz, os vai-volta.

    Em "guarda-civil", "guarda-noturno" etc., "guar-da" substantivo; portanto, palavra varivel, moti-vo pelo qual temos "guardas- -civis", "guardas-noturnos" etc.

    Guarde bem essa regra, mas no se esquea destas excees importantes e fceis de fixar:

    a) Quando o composto contive