exercício de português apostila

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Exercício de portugês

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    MULTIRIO MULTIRIO

    Sejam bem-vindos!

    ensinandoquimica.wordpress.com

    EDUARDO PAES PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO CLAUDIA COSTIN SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO REGINA HELENA DINIZ BOMENY SUBSECRETARIA DE ENSINO MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOS COORDENADORIA DE EDUCAO ELISABETE GOMES BARBOSA ALVES MARIA DE FTIMA CUNHA SANDRA MARIA DE SOUZA MATEUS COORDENADORIA TCNICA GINA PAULA BERNARDINO CAPITO MOR ORGANIZAO WELINGTON MARTINS MACHADO ELABORAO CARLA DA ROCHA FARIA LEILA CUNHA DE OLIVEIRA SIMONE CARDOZO VITAL DA SILVA REVISO DALVA MARIA MOREIRA PINTO FBIO DA SILVA MARCELO ALVES COELHO JNIOR DESIGN GRFICO EDIOURO GRFICA E EDITORA LTDA. EDITORAO E IMPRESSO

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    Querido Aluno, Querida Aluna,

    Vocs esto iniciando mais um ano de estudos e ns estamos

    aqui, mais uma vez, junto com seu Professor, para apoi-los na aventura do saber.

    Neste primeiro Caderno de 2013, vamos rever conceitos j estudados, consolidar conhecimentos e ajud-los a se apropriar de novos e relevantes conceitos, ampliando, assim, sua capacidade de leitura e de produo de textos.

    Que sejamos todos bem-sucedidos!

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    De palavras e de no palavras faz-se a linguagem... Voc, com certeza, j reparou que vivemos em um mundo cercado de mensagens; um mundo que exige nossa

    ateno e nossa participao. Deparamo-nos a todo momento com mensagens que precisamos entender, seja em uma conversa com amigos,

    em um cartaz de rua, em um questionrio a preencher, em uma nota de compra, em uma manchete de jornal, em uma imagem televisiva, em uma mensagem via internet, em... ufa! So tantos os meios, no mesmo?

    Agora, pense e responda:

    MU

    LTIRIO

    _____________________________________ _____________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________

    ogerente.com.br

    iea.sp.gov.br

    facebook.com

    Precisamos entender o que nos dizem essas mensagens; precisamos tambm dar nossas respostas, saber produzir nossas mensagens e nos fazer entender.

    Precisamos nos comunicar, interagir.

    gec7

    .blo

    gspo

    t.com

    http://www.educopedia.com.br/Cadastros/Atividade/Visualizar. aspx?pgn_id=71802&tipo=2&pgant=v

    Sobre linguagem verbal e linguagem no verbal sugerimos uma visita Educopedia. Acesse:

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    Que meios voc mais usa para se comunicar no

    seu dia a dia?

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    As mensagens que recebemos so organizadas de diferentes formas. Nelas podem ter sido utilizados diferentes elementos de comunicao que no sejam as palavras. So mensagens organizadas em linguagem no verbal, que precisamos entender, para entender o mundo em que vivemos e com ele interagir.

    1- Observe as imagens abaixo e traduza, para a lngua escrita, o que elas podem nos transmitir.

    blog

    doke

    dj.c

    om

    kawanam

    u.blogspot.com

    escolakids.uol.com.br

    ________________________________________________

    ______________ ______________ ______________ ______________

    ______________________________ ______________________________ ______________________________

    fotolog.com

    ________________________ ________________________

    colegioweb.com

    .br

    Quando conversamos com algum, quando escrevemos ou lemos uma carta, um livro ou qualquer outra mensagem escrita, estamos utilizando a palavra como cdigo de comunicao. Esse tipo de linguagem conhecido como linguagem verbal. Essa forma de linguagem pode ser a que mais usamos, mas no a nica.

    _______________ _______________ _______________

    __________________ ____________________________________

    2- Que elemento, nas duas placas acima, indica proibio? ____________________________________________________________________ __________________________________

    clker.com

    seton.com.br

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    LNGUA E LINGUAGEM

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    ___________

    portaldoprofessor.mec.gov.br

    4- Abaixo, o desenho (linguagem no verbal) do menino, esperando para atravessar a rua, ilustra a obedincia a uma regra do trnsito, expressa em linguagem verbal, na legenda do desenho. Com base nessa informao, pinte, com as cores correspondentes, a luz que est acesa no sinal luminoso para pedestres, ao lado do menino, e no sinal luminoso para carros (no outro desenho).

    smar

    tkid

    s.co

    m.b

    r 3- Observe as imagens do quadro abaixo. De que se trata?

    ______________________________________________________________________________

    site

    s.go

    ogle

    .com

    trollada.com

    6- O que simboliza cada figura abaixo?

    ___________

    ______________________

    ecoviva.blogspot.com

    ________________________________

    _______________________

    liviabaiana.blogspot.com

    5- O desenho abaixo um smbolo. O que ele representa?

    6

    inde

    ia.b

    logs

    pot.c

    om

    Sempre atravesse na faixa de segurana e olhe sempre para os dois lados da rua.

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    escudoshumanos.zip.net

    A todo conjunto de sinais que utilizamos para expressar ideias e para nos comunicarmos chamamos LINGUAGEM. Assim, alm das palavras, podemos fazer uso de cores, de imagens, de gestos, de smbolos matemticos..., ou seja, da linguagem no verbal.

    A linguagem compartilhada pelos membros de uma coletividade, quando se utilizam de palavras faladas ou escritas, para expressar ideias e se comunicar, a LNGUA a linguagem verbal. A Lngua Portuguesa, por exemplo, o cdigo prprio do brasileiro em suas comunicaes orais e/ou escritas.

    Observe a linguagem utilizada em cada um dos textos a seguir.

    QUINO. Toda Mafalda. So Paulo: Martins Fontes, 1993. 7

    TEXTO 1 TEXTO 2

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    1- No texto I, uma pequena histria em quadrinhos, a personagem Mafalda uma criana que descobre a importncia do dedo indicador. Que exemplo ela usa para explicar essa importncia? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- No ltimo quadrinho, Mafalda chega a uma concluso. Que relao ela estabeleceu para chegar a essa concluso? _________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3- Que efeito de sentido causa a expresso de Mafalda AAAAAH!..., do jeito como foi grafada no 3. quadrinho? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Pode-se afirmar que a histria possui um contedo crtico. Justifique sua resposta. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    TEXTO 1

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    1- O texto 2 uma charge que expressa uma crtica sobre um tema importante. Que tema esse? ___________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- Observe a imagem do homem, que vem na direo contrria do lugar para onde vai a fumaa emitida pelas chamins e tenta sair do ambiente poludo, trazendo na mo uma flor. Qual a inteno do homem? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3- Observe a imagem das borboletas voando em bando em direo ao homem, que corre assustado, levando a flor. A que concluso se pode chegar sobre a inteno das borboletas? Por que elas tm essa inteno? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Podemos afirmar que no lugar de onde o homem veio havia muitas flores? Justifique. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    TEXTO 2

    RELACIONANDO OS TEXTOS...

    Observe a linguagem utilizada em cada um dos textos e explique a diferena que h entre elas. ________________________________________________________________________________________________ 9

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    escudoshumanos.zip.net

    3.bp.blogspot.com

    Em todos os textos que lemos, fundamental observar com ateno os elementos que se combinam para expressar da melhor forma uma mensagem. Nos textos de linguagem verbal, por exemplo, precisamos observar como as palavras se combinam nas frases, como se d a coeso entre as oraes, os perodos, os pargrafos... O mesmo ocorre com elementos que organizam a mensagem nos textos de linguagem no verbal.

    Observe atentamente os elementos de linguagem no verbal (a posio e os movimentos dos personagens, suas expresses fisionmicas, detalhes do ambiente retratado...) presentes nas charges abaixo.

    CHARGE 1 CHARGE 2

    1- Que elemento justifica, a) na charge 1, a atitude desesperada do pequeno pssaro, ao pousar na lmina do machado, e a expresso em sua fisionomia? ________________________________________________________

    b) na charge 2, a atitude do goleiro, ao deixar passar a bola e saltar para agarrar a gota dgua? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10

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    Saiba mais sobre os gneros Crnica, Charge e Letra de cano, visitando,

    na Educopedia, o link:

    escu

    dosh

    uman

    os.z

    ip.n

    et

    Relacione agora a charge (texto 1) com a letra de cano (texto 2), observando-lhes o tema e as linguagens utilizadas para produzir suas mensagens.

    PASSAREDO Composio: Francis Hime e Chico Buarque Ei, pintassilgo Oi, pintarroxo Melro, uirapuru Ai, chega-e-vira Engole-vento Sara, inhambu Foge asa-branca Vai, patativa Tordo, tuju, tuim X, ti-sangue X, ti-fogo X, rouxinol sem fim Some, coleiro Anda, trigueiro Te esconde colibri Voa, macuco Voa, viva Utiariti Bico calado Toma cuidado Que o homem vem a O homem vem a O homem vem a

    Ei, quero-quero Oi, tico-tico Anum, pardal, chapim X, cotovia X, ave-fria X, pescador-martim Some, rolinha Anda, andorinha Te esconde, bem-te-vi Voa, bicudo Voa, sanhao Vai, juriti Bico calado Muito cuidado Que o homem vem a O homem vem a O homem vem a

    1- Com relao ao tema e linguagem utilizada, que semelhana e que diferena h entre os dois textos? _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________

    http://letras.mus.br/chico-buarque/80825/

    www.educopedia.com.br/Cadastros/Atividade/

    Visualizar.aspx?pgn_id=49014&tipo=2&pgant=v

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    TEXTO 1 TEXTO 2

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    espacoetico.files.wordpress.com

    Voc vai ler agora um cartaz publicitrio, produzido em linguagem verbal, mas com as palavras

    organizadas de uma forma diferente, que refora a ideia daquilo que se quer comunicar. Vamos ler.

    Vamos olhar atentamente a estruturao da

    mensagem no cartaz. A frase: Crimes na internet

    sempre ocorrem quando perdemos tica est

    arrumada com as palavras uma abaixo da outra e,

    como resultado dessa arrumao, podemos

    perceber a formao (na vertical) da palavra

    INTERNET.

    A palavra clik uma onomatopeia, ou seja,

    uma palavra criada a partir do som, do rudo

    emitido por aquilo que nomeia, no caso, o ato de

    apertar um boto para (CLICK!), velozmente, se

    realizar uma mudana (acender ou apagar uma luz;

    ligar um aparelho; mudar de canal; sair de uma

    pgina da web...). Ter, de repente, uma boa ideia,

    no dar um click?

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    Faculdade de Tecnologia Senac Gois Curso Superior de Tecnologia em Segurana da Informao

    tica e Cidadania V Mdulo Noturno

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    Se voc usa qualquer rede social (Orkut, Facebook, MySpace, MSN) ou frequenta as salas de bate-papo da rede, saiba que pode estar correndo riscos. Lgico que entrar e conhecer gente nova, de tudo quanto lugar do mundo, parece sempre divertido. Mas, nessas viagens pelo mundo da internet, voc pode cruzar com gente que no to bacana! E mais! Em algumas situaes, arrisca at mesmo esbarrar em algum muito mal-intencionado. Denuncie.

    (Dr.Jairo Bouer, em www.educacional.com.br)

    1- Qual o tema do cartaz? E sua finalidade? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2- De acordo com o texto, o que favorece a ocorrncia de crimes na internet? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3- Qual o significado da palavra tica? _________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Na frase Um click que faz a diferena!, o que sugere o termo em destaque? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    !!!FIQUE LIGADO

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    GLOBINHO Sbado, 13 de agosto de 2011.

    GLOBINHO Sbado, 27 de agosto de 2011.

    1- Relacione os elementos das linguagens verbal e no verbal presentes nas tirinhas abaixo e explique como foi estruturada a mensagem, respondendo pergunta sobre cada uma delas.

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    a) Como sabemos que se trata de um filme assustador?

    b) Como sabemos que se trata de um filme triste?

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    QUINO. Toda Mafalda. So Paulo: Martins Fontes, 1993.

    Observamos at aqui que as mensagens se organizam com diferentes elementos de linguagem, verbais ou no verbais, e muitas vezes misturando as duas linguagens. O importante perceber que, para ler os textos, entender suas mensagens e interagir com elas, precisamos observar atentamente como nelas os elementos se combinam, como se conectam (coeso textual) para alcanar o entendimento do que se quis dizer (coerncia textual). Lembramos que, para haver dilogo, efetiva comunicao, preciso que os interlocutores se entendam.

    Observe com ateno alguns elementos que aparecem na sequncia dos quadrinhos ao lado. Perceba como eles se combinam para contar, com coerncia, mais essa pequena histria da Mafalda. Pense na funo desses elementos.

    Observe agora os elementos do desenho abaixo, e a expresso fisionmica da Mafalda ao olhar para o globo terrestre. No que estar pensando a Mafalda? Imagine e escreva no balo. (Lembre-se do esprito crtico que caracteriza a personagem!)

    mon

    ipin

    .blo

    gspo

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    O relgio Observe que, no 5. quadrinho, aparece o desenho de um relgio. Que funo tem essa imagem na histria narrada? A cor Observe a mudana na cor de fundo dos dois ltimos quadrinhos. Essa mudana tem a funo de indicar o qu? O desenho dos trs olhos que se abrem, no ltimo quadrinho Observe que, no quadrinho anterior, a luz foi apagada e s aparece a imagem do relgio. Portanto, o pai e a me de Mafalda esto de olhos fechados, talvez j dormindo. Observe ainda a posio do pai, no 3. quadrinho, deitado de lado, com apenas um dos olhos mostra. Que funo tm, ento, os desenhos dos trs olhinhos abertos, na escurido do ltimo quadrinho? Os bales de fala Nas histrias em quadrinhos, os bales tm a funo de indicar o discurso direto falas ou pensamentos dos personagens. Observe o desenho dos bales que indicam falas da Mafalda dirigidas ao pai. Que funo tm as setas indicativas dos bales apontando para fora dos quadrinhos?

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    O som no funcionou; da, as falas no serem reproduzidas... Leia a histria.

    Observe o personagem do diretor de cena, que

    aparece no 3. quadrinho. Somente quando ele

    surge que percebemos o motivo pelo qual os

    bales dos quadrinhos anteriores aparecem

    vazios...

    1- O que significa probleminha com o udio e que consequncia teve esse problema para a elaborao da histria? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2- Como o problema com o udio foi representado no texto em quadrinhos? ________________________________________________________________________________________________ 3- O som voltou! Agora o diretor da cena voc! Imagine uma histria a ser narrada nos quadrinhos abaixo e preencha os bales com as falas dos personagens, combinando linguagem verbal e no verbal de acordo com a histria que voc imaginou. Que tal convidar um colega para criar a histria com voc? Combine com seu Professor.

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    Para entender um pouco mais sobre os textos organizados em linguagem no verbal, combinada ou no

    com a linguagem verbal, voc leu aqui algumas charges e algumas histrias em quadrinhos, textos onde a

    ateno aos elementos de linguagem no verbal indispensvel para o entendimento da mensagem.

    As charges e as pequenas histrias em quadrinhos, chamadas tambm tiras ou tirinhas, funcionam

    como crnicas do cotidiano, por semelhana de funo e de meios de publicao que tm com outro gnero

    textual, a CRNICA, que vamos estudar a seguir.

    Por que CRNICA?

    Porque, em geral, sai publicada em

    jornais, em revistas, em blogs, que

    so publicaes dirias, semanais

    ou mensais, ou seja, que

    obedecem a uma periodicidade de

    tempo. A palavra crnica tem

    sua origem em khrnos, vocbulo

    grego que significa tempo.

    Por que crnica do cotidiano?

    Porque, em geral, tem como tema um

    acontecimento da atualidade, um fato

    cotidiano ou situaes comuns na vida

    diria. A crnica funciona como um

    comentrio aos fatos da vida. O modo de

    o cronista comentar (atravs de uma

    histria que ele narra, de uma opinio ou

    de uma anlise objetiva; com um olhar

    mais humorstico, potico ou mais reflexivo)

    que vai caracterizar a crnica como

    narrativa, lrica, argumentativa...

    tjmg.jus.br

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    MEU IDEAL SERIA ESCREVER...

    Rubem Braga

    Meu ideal seria escrever uma histria to

    engraada que aquela moa que est doente

    naquela casa cinzenta quando lesse minha histria

    no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e

    dissesse "ai meu Deus, que histria mais

    engraada!". [...]

    BRAGA, Rubem. A traio das elegantes. Editora

    Sabi : Rio de Janeiro, 1967.

    O NASCIMENTO DA CRNICA

    Machado de Assis

    H um meio certo de comear a crnica por uma

    trivialidade. dizer: Que calor! Que desenfreado

    calor! Diz-se isto, agitando as pontas do leno,

    bufando como um touro, ou simplesmente

    sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor

    aos fenmenos atmosfricos, fazem-se algumas

    conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a

    febre amarela, (...) Est comeada a crnica. [...]

    Machado de Assis. Crnicas Escolhidas. So

    Paulo: Editora tica, 1994.

    O ESPRITO DA CRNICA

    Leia a seguir dois incios de crnicas escritas por dois de nossos maiores cronistas e que o ajudaro a entender um

    pouco mais sobre o que seja o esprito da crnica.

    2- Esse incio de crnica mostra um cronista preocupado em escrever histrias de um modo leve, engraado, que cative o leitor. Que fato da vida ele tomaria como ponto de partida para sua crnica? ____________________________________________

    1- Nesse incio de crnica, o cronista fala sobre a arte de escrever crnicas a partir de trivialidades, ou seja, de assuntos comuns, banais, do conhecimento de todos. De que fato cotidiano ele diz que uma crnica pode partir? _________________________________ 18

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    A LTIMA CRNICA

    A caminho de casa, entro num botequim da Gvea para tomar um caf junto ao balco. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

    A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com xito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisrio no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diria algo de seu disperso contedo humano, fruto da convivncia, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episdico. Nesta perseguio do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criana ou num acidente domstico, torno-me simples espectador e perco a noo do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabea e tomo meu caf, enquanto o verso do poeta se repete na lembrana: "assim eu quereria o meu ltimo poema". No sou poeta e estou sem assunto. Lano ento um ltimo olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crnica.

    Voc vai ler, a seguir, uma crnica de Fernando Sabino, um mestre na arte de escrever crnicas. Ao lado, algumas observaes e questes que ajudam a perceber o passo a passo do cronista ao escrever sua crnica.

    METALINGUAGEM No 2. pargrafo, observa-se que o narrador fala um pouco sobre a arte de escrever crnica, sobre a busca dos assuntos que, na sua opinio, merecem uma crnica. Quando, em um texto, fala-se sobre a prpria arte de escrev-lo dizemos que se fez uso da metalinguagem.

    Observe o TTULO que o cronista deu a sua crnica. Leia a crnica. Depois, responda: Voc acha que o ttulo foi bem escolhido? Justifique sua opinio. ____________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________

    A FIGURA DO NARRADOR No 1. pargrafo, pargrafo de introduo, percebe-se que o cronista fala dele mesmo, ou seja, ele se coloca como narrador que participa da situao inicial. Que palavras no 1. pargrafo nos permitem perceber isso? _____________________________________________ ONDE? QUANDO? No 1. pargrafo tambm se antecipam o espao e o tempo, ou seja, o local e o momento da cena. Onde e quando se passa? ____________________________________________________________________________________________

    Passo a passo da crnica

    Continua

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    INTERTEXTUALIDADE

    Ao recurso de um texto fazer referncia a outro texto chamamos de intertextualidade. Leia o poema a

    cujo verso o narrador faz referncia, no segundo pargrafo:

    O LTIMO POEMA (Manuel Bandeira)

    Assim eu quereria meu ltimo poema

    Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais

    Que fosse ardente como um soluo sem lgrimas

    Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume

    A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais lmpidos

    A paixo dos suicidas que se matam sem explicao.

    orm.com

    .br

    Fernando Sabino re

    vist

    aepo

    ca.g

    lobo

    .com

    Manuel Bandeira

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    A LTIMA CRNICA (continuao)

    Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das ltimas mesas de mrmore ao longo da

    parede de espelhos. A compostura da humildade, na conteno de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela

    presena de uma negrinha de seus trs anos, lao na cabea, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou

    tambm mesa: mal ousa balanar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Trs

    seres esquivos que compem em torno mesa a instituio tradicional da famlia, clula da sociedade. Vejo, porm,

    que se preparam para algo mais que matar a fome.

    Passo a observ-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garom,

    inclinando-se para trs na cadeira, e aponta no balco um pedao de bolo sob a redoma. A me limita-se a ficar

    olhando imvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovao do garom. Este ouve, concentrado, o pedido

    do homem e depois se afasta para atend-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da

    naturalidade de sua presena ali. A meu lado o garom encaminha a ordem do fregus. O homem atrs do balco

    apanha a poro do bolo com a mo, larga-o no pratinho um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena

    fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garom deixou

    sua frente. Por que no comea a comer? Vejo que os trs, pai, me e filha, obedecem em torno mesa a um

    discreto ritual. A me remexe na bolsa de plstico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa

    de fsforos, e espera. A filha aguarda tambm, atenta como um animalzinho. Ningum mais os observa alm de mim.

    Parece que o cronista j descobriu o assunto que merece uma crnica. Leia a continuao da crnica.

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    Continua

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    QUEM? O QU? No 3. pargrafo, ele apresenta os personagens (Quem?) da cena que ele observa e que vai ser o assunto (O qu?) que, na sua opinio, merece uma crnica. Quem so os personagens? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Observe as palavras que usa para se referir aos pais como um casal de pretos e filhinha deles como negrinha. So palavras que, em determinadas contextos, podem revelar um olhar preconceituoso. No o que acontece no contexto dessa crnica, em que o narrador dirige um olhar de respeito, de admirao e de carinho aos personagens e cena que protagonizam. Transcreva do 3. pargrafo trechos que expressam admirao e respeito pelo casal e carinho pela menina. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    A partir do 4. pargrafo, o narrador passa a registrar a sequncia de aes da cena que observou. Numere os parnteses de acordo com a ordem com que as aes so apresentadas. A mulher mostra-se intranquila. ( )

    O garom leva o pratinho com bolo e a garrafa de Coca-Cola e os coloca frente da menina. ( )

    O garom, depois de ouvir o pedido, afasta-se para comandar o pedido junto ao homem atrs do

    balco. ( )

    A menina aguarda algo, antes de comear a comer. ( )

    O pai assegura-se de que tem como pagar o que vai encomendar ao garom. ( )

    Passo a passo da crnica

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    A ltima crnica (final) So trs velinhas brancas, minsculas, que a me

    espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fsforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mrmore e sopra com fora, apagando as chamas. Imediatamente pe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabns pra voc, parabns pra voc..." Depois a me recolhe as velas, torna a guard-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mos sfregas e pe-se a com-lo. A mulher est olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebrao. D comigo de sbito, a observ-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido vacila, ameaa abaixar a cabea, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

    Assim eu quereria minha ltima crnica: que fosse pura como esse sorriso."

    SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Record, 1965.

    No pargrafo anterior, o narrador se pergunta, observando a menina: Por que no comea a comer? Neste pargrafo, ficamos sabendo o porqu. O que ela aguardava? _________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ Aps a comemorao, o pai, satisfeito, olha em volta para saber se algum observava a cena. O que causou no pai um constrangimento inicial? __________________________________________________________________________________ Transcreva o trecho em que o pai se mostra aos olhos do nico observador, orgulhoso da comemorao em famlia. ___________________________________________________________________________________________________________________________

    No desfecho da crnica (pargrafo final), o narrador volta a se referir ao verso de Manuel Bandeira e explica o que o fez utilizar a cena observada como assunto de sua crnica. Escreva aqui o motivo da utilizao da cena. _________________________________________

    O cronista vai descobrir por que a menina no comea a comer. Leia o final da crnica. Passo a passo da crnica

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    INSERIDO NO CONTEXTO

    A partir do momento em que a famlia chega ao botequim para comemorar o aniversrio da filhinha, voc

    percebe, em palavras utilizadas pelo narrador, que ele observa a famlia com um olhar de admirao, de

    respeito, de carinho. So palavras que formam o contexto da crnica e que devem ser entendidas dentro

    desse contexto. Como vimos, no 3. pargrafo, somente o contexto permite entender que termos com que o

    narrador se refere aos personagens (casal de pretos, negrinha) foram usados sem qualquer carga de

    preconceito.

    Assista a um vdeo da MultiRio sobre a importncia do contexto. Link: http://www.youtube.com/watch?v=XMyeHYfHzm8&feature=related tud

    oem

    dia.

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    CONTEXTO a relao entre o texto e a situao a partir da

    qual ele se produziu. As circunstncias em que se produz a

    mensagem que permitem sua correta compreenso.

    MULTIRIO

    !!!FIQUE LIGADO

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    Martha Medeiros publica crnicas semanalmente em uma revista. Seu assunto dessa vez so as colunas frases da semana, que os jornais e revistas costumam publicar, e o risco de ler essas frases tiradas de seus contextos.

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    A grande maioria de jornais e revistas traz hoje uma seo que das mais populares: traz as frases destacadas de polticos, artistas, empresrios e demais notveis. A pessoa deu uma longa entrevista e dela pinada uma pequena declarao ao que vai para o rol das "frases da semana. Quem no l? Todo mundo l e curte.

    Algumas frases so fortes, outras divertidas, h as ridculas, as burras, as geniais. Mas todas, absolutamente todas, correm o risco de estarem descaracterizadas. Porque aquilo que subtrado do contexto ganha projeo, para o bem ou para o mal. E isso, por si s, uma forma sutil de manipular o leitor.

    Em tudo h um contexto. No seu pedido de demisso, na sua defesa dos animais, na sua confisso para o padre, no seu desabafo para o analista, na sua briga de casal, na sua campanha politica, at na escolha da roupa que voc vai vestir pela manh.

    Cada atitude, cada escolha, cada argumentao, cada lamria est vinculada a uma srie de outras coisas que orbitam em volta do assunto principal. No existe "no vem ao caso: Tudo vem ao caso.

    A namorada, depois de aprontar muito, diz que voc o homem da vida dela. Essa frase, sozinha, reconstitui relaes, mas e o contexto todo, onde fica? Seu chefe considera voc um ingrato por desligar-se da empresa de uma hora para a outra, mas e a quantidade de sapos que voc engoliu por meses, no explica? Voc considerado um sequelado por descer pelo elevador do prdio de cala laranja, camiseta pink, jaqueta roxa e culos de lentes verdes, mas algum levar em considerao que voc um artista performtico? Voc diz para o analista que seu pai a odeia, e o analista precisa acreditar em voc, mas jamais lhe dar alta at que descubra o contexto. O contexto soberano,

    Fora do contexto

    Continua

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    o contexto revelador, o contexto no pode ser ignorado, assim na vida, assim na imprensa.

    Hoje em dia, desconfio muito do que publicado entre aspas na abertura de matrias, as tais declaraes explosivas que s so explosivas at que se leia a reportagem toda. H quem corte frases no meio, publicando em manchete apenas aquilo que far com que o entrevistado parea algum sem papas na lngua, e assim estar garantida a reproduo da sentena em vrios outros veculos. Recentemente, li a declarao de uma atriz sobre sua separao, e eu, que nem a conheo, me senti solidria a ela, que visivelmente foi vtima de uma dessas edies mal-intencionadas. Ou assim me pareceu posso tambm estar confiando mais do que devo no ser humano.

    Porque aquilo que subtrado do contexto ganha projeo, para o bem ou para o mal. E isso, por si s, uma forma sutil de manipular o leitor."

    Como destacar uma ironia sem contextualiz-la? A ironia soar grosseira. E aquele que ao ser entrevistado para a tev estava visivelmente brincando, mas que por escrito pareceu estar falando srio? E o comentrio dito no entusiasmo do momento, sem compromisso, que ganha ares de profetizao? Falou, imprimiu, j era.

    Explicar o contexto exige tempo, exige dedicao, exige compromisso, e est tudo em falta: tempo, dedicao, compromisso. Quer-se o bombstico de deglutio fcil. Quer-se o vexame pblico, o mico, a constatao constrangedora, a genialidade de pronta-entrega, quer-se o impacto imediato, sem olhar para os lados. O contexto so os lados ignorados.

    Eu leio essas "frases da semana, voc tambm l. Mas, na falta da contextualizao, no percamos o critrio. Acreditemos com um olho fechado e outro bem arregalado.

    Adaptado - REVISTA O GLOBO. 23 de setembro de 2012.

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    1- De acordo com o 2. pargrafo, que consequncia pode ter o fato de se publicarem, separadas de seus contextos, frases ditas pelas pessoas em entrevistas ou depoimentos mais longos? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- Transcreva do 2. pargrafo a expresso usada pela cronista para significar que algo, retirado de seu contexto, pode ser entendido de forma positiva ou de forma negativa. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3- Observe, no final do 3. pargrafo, a expresso escrita entre aspas, no vem ao caso. a) Com que significado ela usada? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Que funo tm as aspas nesse uso? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Observe, no 4. pargrafo, as expresses em destaque usadas pela cronista. So grias, expresses prprias da linguagem informal. De acordo com cada contexto, que significado tem cada uma delas? a) A namorada, depois de aprontar muito... _______________________________________________________________________________________________ b) ...mas e a quantidade de sapos que voc engoliu... ? _______________________________________________________________________________________________ c) Voc considerado um sequelado... _______________________________________________________________________________________________

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    5- Procure na crnica outras expresses desse tipo (grias) e transcreva-as. _______________________________________________________________________________________________ 6- Ainda no 4. pargrafo, a cronista faz uso de alguns exemplos para falar da importncia do contexto em algumas situaes. Indique a que contexto ela se refere em cada exemplo. a) A namorada que diz voc o homem da minha vida. ________________________________________________________________________________________________ b) O chefe considerar ingrata a atitude do funcionrio. ________________________________________________________________________________________________ c) O rapaz que sai de casa vestido de forma extravagante. ________________________________________________________________________________________________ d) A cliente que diz ao analista que o pai a odeia. ________________________________________________________ 7- No 5. pargrafo, a cronista afirma que desconfia muito do que publicado entre aspas na abertura de algumas matrias. Na prpria publicao de sua crnica, h um exemplo disso de que ela desconfia. Transcreva-o. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8- De acordo com o penltimo pargrafo, qual a possvel causa para a ocorrncia dessas situaes em que no se leva em conta o contexto? ________________________________________________________________________________________________ 9- Nesse penltimo pargrafo da crnica, h uma definio da cronista para o que seja contexto. Transcreva-a. ________________________________________________________________________________________________

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    A crnica que voc acabou de ler um exemplo do que chamamos crnica de opinio ou crnica argumentativa, um texto em que o cronista aborda um assunto da atualidade, do dia a dia, expressando uma opinio sobre ele, usando argumentos com que defende sua opinio e, assim, propondo ao leitor uma reflexo sobre o assunto.

    A crnica anterior a essa, A ltima crnica, de Fernando Sabino, um exemplo de crnica narrativa, em que o cronista aborda o assunto atravs de uma histria, real ou fictcia, narrada na crnica.

    Leia os quadros abaixo, em que se comparam as duas crnicas.

    A ltima crnica

    TEXTO DE BASE NARRATIVA

    O cronista aparece na figura do narrador, o que conta uma histria (ora em 1. pessoa, quando participante; ora em 3. pessoa, como mero observador do que narra).

    H personagens que participam da cena narrada.

    H uma situao inicial, um enredo que se desenvolve at chegar ao desfecho da histria.

    A linguagem literria e tem o tom da informalidade, da leveza, sendo a crnica sempre uma conversa com o leitor.

    Fora do contexto TEXTO DE BASE ARGUMENTATIVA

    O cronista aparece como o que analisa, reflete sobre o assunto, emitindo sua opinio e argumentos que sustentem essa opinio.

    No h personagens, podendo apresentar situaes que sirvam como exemplos, como argumentos.

    H uma introduo, onde se apresenta o tema, um desenvolvimento da ideia central e uma concluso sobre o tema, a partir da ideia desenvolvida.

    A linguagem menos literria, mais objetiva, mas sempre no tom informal, que caracteriza as crnicas.

    Saiba um pouco mais sobre crnica narrativa. Muito frequentemente o cronista, para se referir a acontecimentos cotidianos, conta uma histria. Uma notcia de jornal, por exemplo, pode dar origem a uma bela fico. quando a crnica mostra semelhana com a estrutura de um conto. Como o conto, a crnica narrativa tem ttulo, personagens, com um enredo que se organiza e se desenvolve em torno de um s ncleo, de um nica situao, de um nico problema o conflito gerador apresentando um ponto de mxima tenso o clmax e uma concluso o desfecho.

    A crnica que voc vai ler a seguir baseia-se em uma notcia de jornal. A partir de um fato noticiado, o narrador cria uma histria e a narra para seus leitores. 29

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    Moacyr Scliar escreveu algumas de suas crnicas a partir de anncios, manchetes ou notcias que chamavam sua ateno nos jornais. Leia. Ao lado, no passo a passo da produo escrita, voc pode observar aspectos da estrutura da crnica e os elementos caractersticos da narrativa.

    O AMOR RECICLADO Telefone celular se transforma em flor: o aparelho ecolgico fabricado a partir de polmeros biodegradveis. Na composio do celular os fabricantes tambm inserem uma semente de flor, que germinar quando o usurio decidir reciclar seu celular, plantando-o na terra (Folha de So Paulo, 30/11/2005). Como presente de fim de ano, a namorada, entusiasta defensora da ecologia, deu-lhe um celular biodegradvel. [...] um aparelho especial, feito de um plstico que, decompondo-se, no poluiria a natureza. E, detalhe potico, havia ali uma semente de flor que germinaria quando o aparelho fosse jogado terra. Ele agradeceu muito [...] A namorada, contudo, fez uma exigncia: ele s poderia usar o celular em chamadas para ela. [...] Com o que ele concordou. O aparelho daria testemunho do amor deles, amor que, achava, seria eterno. Estava enganado. Dois meses depois ela ligou, de uma cidade distante. Pelo celular biodegradvel ele ouviu a notcia que o deixou arrasado: na viagem, ela conhecera um rapaz, adepto, como ela, da ecologia, e se apaixonara. Voc entende, ela explicou, tudo na vida tem de de ser reciclado, inclusive o amor, [...]

    Observe o TTULO. Lida a crnica, volte aqui e diga se achou o ttulo bem escolhido ou no, justificando sua opinio. ____________________________________________________________________________________________________

    Aqui o cronista transcreve a notcia a partir da qual escrever sua narrativa. Essa parte que introduz o texto propriamente dito, como um comentrio ao texto, chama-se EPGRAFE. Nem sempre se faz uso da epgrafe.

    Aqui, a SITUAO INICIAL A namorada presenteia o namorado com um celular biodegradvel. a) Em que poca ocorre? _____________________________ b) Que personagens voc identifica? __________________________________________________

    Aqui, o CONFLITO GERADOR ou a COMPLICAO da situao a namorada faz uma exigncia de que o namorado s use o celular para falar com ela.

    Aqui, o DESENVOLVIMENTO DO CONFLITO A namorada liga para o celular biodegradvel do namorado, para romper o namoro com ele. a) Que expresso de tempo marca o tempo decorrido entre a situao inicial e o rompimento do namoro? _________________________________________________ b) Que consequncia a notcia teve para o rapaz? _________________________________________________ c) Que explicao ela deu para que ele entendesse a mudana ocorrida? _________________________________________________

    Passo a passo da crnica

    30 Continua

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    O AMOR RECICLADO (continuao) Furioso, ele atirou o celular pela janela da casa. Nunca mais queria ouvir falar daquela coisa. Nunca mais queria ouvir falar da infiel namorada. Era uma pgina virada de sua vida. Algo que pretendia esquecer e da forma mais completa possvel. [...] Mas a aconteceu o imprevisto. No jardim de sua casa brotou uma flor. O que, num primeiro momento, deixou-o intrigado. S ele cuidava daquele jardim e no se lembrava de ter plantado coisa alguma recentemente. De sbito deu-se conta: era a semente que estava no celular biodegradvel. Era o passado que voltava sob a forma de uma flor. Que, curiosamente, tem um perfume parecido ao da antiga namorada. Mais: quando ele est junto flor e sempre que ele pode est junto flor parece-lhe ouvir a voz dela sussurrando-lhe doces palavras de paixo. E dizendo que tudo na vida pode ser reciclado. Inclusive o amor. SCLIAR, Moacyr. Histrias que os jornais no contam. Rio de Janeiro: Agir, 2009.

    Aqui, ainda o DESENVOLVIMENTO DO CONFLITO As atitudes do rapaz e a deciso que ele toma a respeito da ex-namorada. a) Qual a primeira atitude do rapaz, arrasado ao receber a notcia?___________________________________________ b) Que deciso ele toma? _________________________________________________

    Aqui o CLMAX, o momento de maior tenso da histria O rapaz descobre que a flor em seu jardim vinha da semente de seu celular biodegradvel. Transcreva da crnica a) o trecho que faz referncia semente como caracterstica daquele celular (localize em outro pargrafo). ______________ ___________________________________________________ b) o trecho que explica o fato de a semente ter brotado no jardim da casa do rapaz (localize em outro pargrafo). ___________________________________________________ c) as duas expresses do 5. pargrafo que indicam momentos em que ocorrem mudanas de situao. ___________________________________________________

    O ltimo pargrafo contm o DESFECHO da crnica. Atravs da flor, o rapaz relembra sua antiga namorada. a) Ao procurar estar sempre junto da flor, para sentir nela o perfume da ex-namorada e para lembrar de sua voz e das coisas que lhe disse na poca de namoro, o que o rapaz descobre? ________________________________________ _________________________________________________

    Passo a passo da crnica

    Moacyr Scliar

    infoescola.com

    revistapress.com.br O tempo na narrativa - Observe as formas verbais em cada

    pargrafo da crnica. Em que pargrafo o narrador fala do tempo presente, de algo que ocorre no momento em que est narrando? __________________________________________ 31

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    Personagem

    Quem?

    Tempo em que ocorre a narrativa

    Quando?

    Espao onde ocorre a narrativa

    Onde?

    Ao

    O qu?

    Narrador Quem conta a histria?

    Protagonista(s) Antagonista(s) Coadjuvante(s)

    Que fato(s)

    (so) narrado(s) e como se

    desenrola(m).

    Narrador participante

    (em 1. pessoa) ou observador (em 3.

    pessoa).

    Situao inicial

    Complicao ou conflito

    gerador

    Clmax

    Desfecho

    Situao de equilbrio.

    Complicao da situao, motivo que desencadeia a

    histria.

    Momento de maior tenso na histria.

    Resoluo do conflito e final da narrativa.

    Observe os quadros dos ELEMENTOS BSICOS EM UM TEXTO DE BASE NARRATIVA e o de DESENVOLVIMENTO DO ENREDO.

    ALGUMAS CARACTERSTICAS QUE AJUDAM A ENTENDER O GNERO CRNICA

    Assunto/tema - A crnica um comentrio leve e breve sobre assuntos comuns, os fatos do dia a dia, os problemas cotidianos das pessoas, da vida, da cidade, do pas e mesmo do mundo. Abordagem - A crnica apresenta diferenas no modo de abordagem e na linguagem. H crnicas mais narrativas ou mais descritivas, mais lricas ou mais humorsticas, mais reflexivas ou mais emocionais. Finalidade A finalidade da crnica agradar aos leitores, falando de assuntos significativos para eles, em uma linguagem que lhes seja prxima. Linguagem - As crnicas apresentam linguagem simples, espontnea, como se fossem uma conversa com o leitor. O lirismo e o humor so caractersticas bastante presentes nas crnicas.

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    Voc vai ler a seguir outra crnica narrativa. Observe com ateno os elementos bsicos da narrativa e como se d o desenvolvimento do enredo. Observe ainda como a cronista fez uso dos recursos expressivos dos sinais de pontuao, principalmente na fala dos personagens. Ateno: A leitura expressiva dos textos, respeitando o ritmo e a entonao adequada, sinalizados pela pontuao, ajuda-nos muito a entender um texto e a ter maior prazer com o ato de ler. Que tal ler em voz alta com os colegas e com o Professor?

    33

    Isto aconteceu na Bahia, numa tarde em que eu visitava a mais antiga e arruinada igreja que encontrei por

    l, perdida na ltima rua do ltimo bairro. Aproximou-se de mim um padre velhinho, mas to velhinho, to

    velhinho que mais parecia feito de cinza, de teia, de bruma, de sopro do que de carne e osso. Aproximou-se e

    tocou o meu ombro:

    Vejo que aprecia essas imagens antigas sussurrou-me com sua voz dbil. E descerrando os lbios

    murchos num sorriso amvel: Tenho na sacristia algumas preciosidades. Quer v-las?

    Solcito e trmulo, foi-me mostrando os pequenos tesouros da sua igreja [...] Mostrou-me todas as

    raridades, to velhas e to gastas quanto ele prprio. Em seguida, desvanecido com o interesse que demonstrei

    por tudo, acompanhou-me cheio de gratido at a porta.

    Volte sempre pediu-me.

    Impossvel eu disse. No moro aqui, mas, em todo o caso, quem sabe um dia acrescentei sem

    nenhuma esperana.

    E ento, at logo! ele murmurou descerrando os lbios num sorriso que me pareceu melanclico como

    o destroo de um naufrgio.

    Lygia Fagundes Telles

    ENTO, ADEUS!

    Continua

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    Olhei-o. Sob a luz azulada do crepsculo, aquela face branca e transparente era de tamanha fragilidade,

    que cheguei a me comover. At logo? Ento, adeus!, ele deveria ter dito. Eu ia embarcar para o Rio no dia

    seguinte e no tinha nenhuma ideia de voltar to cedo Bahia. E mesmo que voltasse, encontraria ainda de p

    aquela igrejinha arruinada que achei por acaso em meio das minhas andanas? E mesmo que desse de novo

    com ela, encontraria vivo aquele ser to velhinho que mais parecia um antigo morto esquecido de partir?!

    Oua, leitor: tenho poucas certezas nesta incerta vida, to poucas que poderia enumer-las nesta breve

    linha. Porm, uma certeza eu tive naquele instante, a mais absoluta das certezas: Jamais o verei. Apertei-lhe a

    mo, que tinha a mesma frialdade seca da morte.

    At logo! eu disse cheia de enternecimento pelo seu ingnuo otimismo.

    Afastei-me e de longe ainda o vi, imvel no topo da escadaria. A brisa agitava-lhe os cabelos ralos e

    murchos como uma chama prestes a extinguir-se. Ento, adeus!, pensei comovida ao acenar-lhe pela ltima

    vez. Adeus.

    Nesta mesma noite houve o clssico jantar de despedida em casa de um casal amigo. E, em meio de um

    grupo, eu j me encaminhava para a mesa, quando de repente algum tocou o meu ombro, um toque muito

    leve, mais parecia o roar de uma folha seca.

    Antes de virar a pgina para continuar lendo a crnica, tente imaginar o que ir acontecer a partir daqui...

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    ENTO, ADEUS! (continuao)

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    Voltei-me. Diante de mim, o padre velhinho sorria.

    Boa noite!

    Fiquei muda. Ali estava aquele de quem horas antes eu me despedira para sempre.

    Que coincidncia balbuciei afinal. Foi a nica banalidade que me ocorreu dizer. Eu no esperava

    v-lo to cedo.

    Ele sorria, sorria sempre. E desta vez achei que aquele sorriso era mais malicioso do que melanclico. Era

    com se ele tivesse adivinhado meu pensamento quando nos despedimos na igreja e agora ento, de um certo modo

    desafiante, estivesse a divertir-se com a minha surpresa. Eu no disse, at logo? os olhinhos enevoados

    pareciam perguntar com ironia.

    [...]

    Meu vizinho da esquerda quis saber entre duas garfadas:

    Ento a senhora vai mesmo nos deixar amanh?

    Olhei para a bolsa que tinha no regao e dentro da qual j estava minha passagem de volta com a data do

    dia seguinte. E sorri para o velhinho l na ponta da mesa.

    Ah, no sei Antes eu sabia, mas agora j no sei.

    (Org.) Joaquim Ferreira dos Santos. As cem melhores crnicas brasileiras. Rio de Janeiro, Objetiva, 2007.

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    ENTO, ADEUS! (continuao)

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    1- Em vrios trechos, ao longo de toda a crnica, a narradora descreve, com traos fsicos e de personalidade, o personagem do padre. Com base nesses trechos, caracterize o padre. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- No 1. pargrafo, a que se refere a palavra em destaque, no trecho a mais antiga e arruinada igreja que encontrei por l? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ 3- Em que pargrafo o narrador se dirige diretamente ao leitor da crnica? _______________________________________________________________________________________________ 4- Observe com ateno a pontuao em E mesmo que desse de novo com ela, encontraria vivo aquele ser to

    velhinho que mais parecia um antigo morto esquecido de partir?!, no final do 7. pargrafo da crnica.

    Explique o efeito de sentido do uso simultneo de trs sinais: ?! ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 36

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    5- No 16. pargrafo, ao reencontrar a mulher, o velho padre lhe diz, em tom de pergunta e com certa malcia, Eu

    no disse, at logo?.

    a) A que momento da histria ele se refere? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    b) Com que sentido ele diz isso, destacando com a voz a expresso at logo? ______________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    6- No pargrafo final, Ah, no sei Antes eu sabia, mas agora j no sei., a que tempos o narrador se refere com

    as palavras em destaque? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    7- Na resposta que a personagem d ao padre, no desfecho da crnica, o que se pode entender sobre o final dessa

    histria, de acordo com o contexto? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    Personagem

    Tempo em que ocorre a narrativa

    Espao onde ocorre a narrativa

    Os fatos narrados

    Narrador

    Situao inicial

    Complicao ou conflito

    gerador

    Clmax

    Desfecho

    8- Localize na crnica de Lygia Fagundes Telles, Ento, adeus! os elementos bsicos da narrativa e com eles complete o quadro abaixo.

    9- Complete o quadro seguinte, de acordo com o desenvolvimento do enredo da crnica lida.

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    O FUTEBOL E A MATEMTICA Modelo matemtico prev gols no futebol. ( Mundo, 23 mar.1999) O tcnico reuniu o time dois dias antes da partida com o tradicional

    adversrio. Tinha uma importante comunicao a fazer. Meus amigos, hoje comea uma nova fase na vida do nosso clube.

    At agora, cada um jogava o futebol que sabia. Eu ensinava alguma coisa, verdade, mas a gente se guiava mesmo era pelo instinto. Isso acabou. Graas a um dos nossos diretores, que um cara avanado e sabe das coisas, ns vamos jogar de maneira completamente diferente. Ns vamos jogar de maneira cientfica.

    Abriu uma pasta e de l tirou uma srie de tabelas e grficos feitos em computador.

    Sabem o que isso? o modelo matemtico para o nosso jogo. Foi feito com base em todas as partidas que jogamos contra o nosso adversrio, desde 1923. Est tudo aqui, cientificamente analisado. E est aqui tambm a previso para a nossa prxima partida. Eles provaram estatisticamente que o adversrio vai marcar um gol aos 12 minutos do primeiro tempo. Ns vamos empatar aos 24 minutos do segundo tempo e vamos marcar o gol da vitria aos 43 minutos. Portanto no percam a calma. Esperem pelo segundo tempo. a que vamos ganhar.

    Os jogadores se olharam, perplexos. Mas cincia cincia; tudo o que eles tinham a fazer era jogar de acordo com o modelo matemtico.

    Veio o grande dia. Estdio lotado, comeou a partida, e, tal como o previsto, o adversrio fez um gol aos 12 minutos. E a sucedeu o inesperado.

    bolacheiafc.com

    Voc vai ler a seguir uma outra crnica narrativa de Moacyr Scliar. Essa tambm conta uma histria imaginada a partir de uma notcia de jornal (observe a manchete, na epgrafe) que tem tambm estrutura e elementos parecidos com os de um conto. Leia.

    Antes de virar a pgina para continuar a leitura da crnica, tente imaginar: que inesperado ter acontecido?

    SITUAO INICIAL

    TTULO

    EPGRAFE s vezes, um autor faz uso da epgrafe, que esta

    parte, anterior ao incio de um texto, em que

    se cita um outro texto. Aqui, faz-se referncia

    notcia sobre a qual se baseia a

    crnica. APARECE

    APENAS EM ALGUNS TEXTOS.

    diadematem

    atica.com

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    Continua

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    Um jogador chamado Fuinha, um rapaz magrinho, novo no time, pegou a bola,

    invadiu a rea, chutou forte e empatou. Cinco minutos depois, fez mais um gol. E outro. E

    outro... O jogo terminou com o marcador de 7 a 1, um escore nunca registrado na histria

    dos dois times.

    Todos se cumprimentavam, felizes. S o tcnico no estava muito satisfeito.

    Gostei muito de sua atuao, Fuinha, mas voc no me obedeceu. Por que no

    seguiu o modelo matemtico?

    O rapaz fez uma cara triste:

    Ah, seu Osvaldo, eu nunca fui muito bom nessa tal de matemtica. Alis, foi por

    isso que o meu pai me tirou do colgio e me mandou jogar futebol. Se eu soubesse fazer

    contas, no estaria aqui jogando para o senhor.

    O tcnico suspirou. Acabara de concluir: uma coisa o modelo matemtico. Outra

    coisa a vida propriamente dita, nela includa o futebol.

    SCLIAR, Moacyr. O imaginrio cotidiano. So Paulo: Global, 2002.

    ...Continuao

    CLMAX

    OMPLICAO OU CONFLITO

    GERADOR

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    1- Quem so os personagens da crnica? _____________________________________________________________________________________________ 2- O que acontece na situao inicial da crnica? _____________________________________________________________________________________________ 3- Quando e para qu acontece? _____________________________________________________________________________________________ 4- Em que se baseou o modelo matemtico apresentado pelo tcnico? _____________________________________________________________________________________________ 5- Atravs de que recurso matemtico os elaboradores do modelo chegaram previso feita para a prxima partida? _____________________________________________________________________________________________ 6- Que expresso, no 6. pargrafo, marca o momento em que a situao prevista comea a mudar? _____________________________________________________________________________________________ 7- A que se refere o termo o inesperado, que conclui o 6. pargrafo, na pgina anterior? _____________________________________________________________________________________________

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    8- Que consequncias a ao do Fuinha teve para o modelo matemtico e para o resultado final do jogo? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 9- Que efeito de sentido tem a repetio, seguida das reticncias, no trecho E outro. E outro... ( 7. pargrafo)? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10- Transcreva do 4. pargrafo o trecho que contm a orientao dada pelo tcnico e que Fuinha desobedeceu, ao marcar o gol de empate logo aps o primeiro gol do adversrio. _____________________________________________________________________________________________ 11- Que explicao o jogador Fuinha deu para a sua atitude? _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 12- De acordo com o contexto, que lio o tcnico aprendeu com a concluso a que chegou, no desfecho da crnica? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    Conhea mais sobre o gnero Crnica visitando a Educopdia. Acesse:

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    Personagem

    Tempo em que ocorre a narrativa

    Espao onde ocorre a narrativa

    Os fatos narrados

    Narrador

    Situao inicial

    Complicao ou conflito

    gerador

    Clmax

    Desfecho

    13- Agora, a partir da leitura da crnica e com os elementos bsicos da narrativa e do desenvolvimento do enredo que voc identificou, preencha os quadros abaixo.

    http://www.educopedia.com.br/Cadastros/Atividade/Visualizar.aspx?pgn_id=49922&tipo=2&pgant=v Educopdia

    Link: http://www.youtube.com/watch?v=aVzkEpjvisQ tud

    oem

    dia.

    com

    http://www.multirio.rj.gov.br/

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    O G

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    sa e

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    so. S

    bad

    o,15

    de

    outu

    bro

    de 2

    011.

    sc

    ream

    yell.

    com

    .br

    Voc leu at aqui crnicas narrativas, escritas a partir de notcias

    e de situaes do dia a dia. Leu tambm crnicas sobre a arte de

    escrever crnica, uma crnica sobre a importncia do contexto para o

    entendimento de textos e de situaes cotidianas...

    Leia agora, ao lado, o trecho de entrevista com uma grande

    cronista sobre a inspirao para escrever crnica.

    Releia as crnicas aqui apresentadas, leia outras crnicas, volte

    aos quadros com os elementos caractersticos da crnica narrativa e

    dos contos, porque AGORA, VOC VAI SER O(A) CRONISTA!

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    VEJA EXEMPLOS DE NOTCIAS/SITUAES QUE PODEM INSPIRAR UMA CRNICA.

    12/10/2012 06h00 Cerca de 120 pessoas aguardam "fim do

    mundo" hoje em casa do Piau (UOL Notcias Cotidiano)

    Viciados em internet passam cada vez mais tempo vivendo virtualmente (globo.com/jornal-hoje)

    Leitura de livros reduzir pena de presos em cadeias federais

    (zerohora.clicrbs.com.br 22/06/2012)

    O G

    LOB

    O. S

    exta

    -feira

    , 9 d

    e de

    zem

    bro

    de 2

    011.

    blogigualzero.blogspot.com

    Voc vai escolher um fato e criar uma histria a partir dele. Pode ser uma notcia de jornal, como nos exemplos abaixo. Pode ser sobre o seu dia a dia, o dia a dia de seu bairro; sobre um fato interessante que voc tenha presenciado ou de que tenha tomado conhecimento. Lembre-se: a linguagem simples, informal, como em uma conversa com o leitor.

    Inspire-se, planeje, rascunhe, corrija, escreva e reescreva... Escreva a forma final da crnica, narrando a histria que voc imaginou, em uma folha parte. Anexe a este

    Caderno a pgina com a sua crnica ou combine com seu Professor para afix-la no mural de sua turma. Pode, se desejar, convidar um colega para escrever junto com voc.

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    AGORA, VOC VAI SER O(A) CRONISTA!

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    07.03.2012 - 18:34 Messi, o novo atleta do Sculo? Juca Kfouri

    Rei Pel foi o Atleta do Sculo 20 depois de ter atuado em trs dcadas as de 50, no fim dela; 60, inteira e

    fabulosamente; e 70, quase toda e ainda muito bem.

    A crnica especializada... Os jornais, as revistas, os blogs so espaos de informao que trazem comumente crnicas sobre fatos ou assuntos do dia a dia, com reflexes crticas, bem humoradas, por vezes mais poticas, ou mais argumentativas; geralmente em linguagem leve, como uma conversa do cronista com os leitores. A crnica a seguir uma crnica de opinio ou argumentativa, mais especificamente uma crnica esportiva. O assunto futebol. Leia.

    A que sculo o ttulo faz referncia? _____________________________________________ O que a interrogao no ttulo indica ao leitor? _____________________________________________

    46

    Lionel Messi, em sua segunda dcada do sculo 21 j desponta como o cara, eleito trs vezes o melhor do mundo.

    E com marcas que podem fazer dele at maior que Pel. Vou repetir: com marcas que PODEM fazer dele at maior que Pel. Ainda no e est longe de ser. Mas agora h pouco, marcou cinco vezes na goleada do Barcelona no

    Bayer Leverkusen, vice-campeo alemo, pelas oitavas-de-final da Liga dos Campees da Europa, na qual, em sete participaes, j marcou 12 vezes.

    Um show, com direito a dois gols de cavadinha, um com o p esquerdo, outro com o direito.

    Messi certamente ganhar mais ttulos importantes pelo Barcelona do que Pel ganhou pelo Santos, embora dificilmente seja tricampeo mundial pela Argentina como Pel foi pelo Brasil.

    Mas, lembremos, Pel jogou com Nlton Santos, com Didi, com Man Garrincha, com Carlos Alberto Torres, com Grson, Tosto e Rivellino.

    http://blogdojuca.uol.com.br/2012/03/messi-o-novo-atleta-do-seculo

    Messi, na Argentina, no tem nada nem parecido como companhia, embora as tenha de sobra no time catalo, com Xavi, Iniesta, Fbregas.

    [...]

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    1 - Quem aparece na foto que ilustra a crnica? ____________________________________________________________________________________________ 2 - Que comparao se estabelece como tema da crnica? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 3 - Marque, no 1. pargrafo, termos que indicam temporalidade, tempo passado. ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 4 - Observe o trecho Ainda no e est longe de ser. Trata-se de um fato ou de uma opinio? A quem se refere? O que quer dizer? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 5 - Observe, no final da crnica, a expresso time catalo. Voc sabe a que se refere a palavra catalo? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 6 - Com que sentido foi usada a expresso da linguagem informal, o cara, para se referir a Messi? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 7 - Que efeito de sentido tem o destaque dado palavra PODEM ? ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________

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    8 - O que indica a expresso agora h pouco, usada para se referir partida em que houve a goleada? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 9 - A que se refere o termo na qual? ________________________________________________________________________________________________ Observe o termo embora, que aparece sublinhado nos dois ltimos pargrafos da crnica. Que circunstncia expressa nos dois perodos? ________________________________________________________________________________________________ 10- No ltimo pargrafo, o cronista tenta justificar por que, na sua opinio, Messi dificilmente ser tricampeo pela Argentina, como Pel o foi para o Brasil. Que explicao ele d? ____________________________________________________________________________________________________________________

    ASSUNTO X TEMA

    Em um texto, fcil distinguir o que seja assunto e o que seja tema. Vejamos.

    Assunto o aspecto mais geral do que tratado,

    o que se desdobra em temas. Tema o foco, a especificao de um assunto.

    Educao, por exemplo, um assunto; a influncia da Internet na educao do adolescente um tema.

    bolacheiafc.com

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    O tema foi a comparao entre Pel, o melhor do sculo passado, e Lionel Messi,

    atleta de destaque no sculo atual.

    !!!

    FIQUE LIG

    ADO

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    Ele falou que sempre que via um pr de sol bonito como aquele sentia que no era

    para ele. No sabia explicar. Era como se o pr de sol fosse para outros e ele estivesse

    vendo clandestinamente, sem autorizao, espiando o que no lhe dizia respeito. Sentia-se,

    assim, um penetra no espetculo dos outros.

    Ela no entendeu. Voc acha que no merece, isso? Que bonito demais para

    voc? Que voc no tem direito a um pr de sol dessa magnitude? Que o sol deveria se pr

    com mais discrio para pessoas como voc, que cada pr de sol deveria ter uma verso

    condensada, menos espetacular, para os imerecedores da Terra, isso?

    No, no, disse ele. Eu mereo. No uma questo de humildade. uma questo

    de... E deu outro exemplo. Sorvete de doce de leite. Sempre que comia sorvete de doce de

    leite tinha a mesma sensao de clandestinidade. Aquela doura, aquele prazer, no podia

    estar assim disponvel para todos como, como... como um pr de sol!

    [...]

    Ele no defendia uma aristocracia com acesso exclusivo ao bom e ao bonito. S

    achava que ver um pr do sol fantstico comendo sorvete de doce de leite deveria ser,

    assim, como se voc fosse um dos escolhidos do mundo, com o crach correspondente.

    Licena para se extasiar. E ento ele deu outro exemplo: voc aqui na minha frente, com as

    cores do pr do sol refletidas no seu rosto. Uma exclusividade minha, um privilgio dos

    meus olhos, uma injustia para todos os homens do planeta que esto olhando outra coisa.

    E ela falou "No exagera, vai". O Globo, 14 abril 2011.

    A crnica que voc vai ler agora de Lus Fernando

    Verssimo. Observe que se trata de uma

    crnica narrativa com uma

    linguagem mais potica, mais

    lrica.

    xtase Lus Fernando Verssimo

    O autor

    fertilitat.com.br

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    1- Que palavras o cronista usou para nomear os personagens da crnica? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- Transcreva do primeiro pargrafo o trecho que revela como ele se sente diante das coisas belas da vida. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3- A palavra penetra uma gria, uma expresso prpria da linguagem informal. Que significado tem? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- No 2. pargrafo, ela faz a ele uma srie de perguntas. Com que finalidade faz isso? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5- Que efeito de sentido tm as reticncias usadas em dois trechos do 3. pargrafo? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6- Ainda no 3. pargrafo, ele usa exemplos para tentar definir aquilo a que sentia no ter direito. a) Que exemplos ele deu? ____________________________________________________________________________________________ b) Que palavra ele utiliza para estabelecer uma comparao entre os exemplos dados? ____________________________________________________________________________________________ c) Na comparao que ele faz, que opinio expressa sobre os dois exemplos? ____________________________________________________________________________________________

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    7- Que efeito de sentido tem a repetio do como, no final do 3. pargrafo? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    8- No incio do 4. pargrafo, ocorre uma negao da ideia de privilgio (aristocracia com acesso exclusivo ao bom e

    ao bonito), seguida de uma afirmao dessa mesma ideia (ser um dos escolhidos com licena para se extasiar).

    Pode-se interpretar que a inteno do cronista foi mostrar, mais uma vez, ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    9- No pargrafo final, para tentar explicar a ela o que estava querendo dizer, ele lanou mo de um outro exemplo.

    a) Que outro exemplo ele usou? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Ao us-la como exemplo, que opinio ele expressa sobre ela? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) Que opinio ela teve sobre esse seu modo de ver? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    COMPARAO X METFORA uma relao de semelhana

    COMPARAO e METFORA so figuras de linguagem, recursos muito utilizados na linguagem literria para se

    conseguir um certo efeito de sentido. Atravs delas, estabelece-se uma relao entre coisas ou ideias por alguma

    semelhana entre elas. Muitas vezes a semelhana estabelecida pela sensibilidade particular do autor da

    comparao ou da metfora. A diferena que na comparao usam-se termos que estabelecem a comparao e

    na metfora isso no acontece.

    No caso da crnica que voc acabou de ler, por exemplo, ele usaria a COMPARAO, se dissesse Voc

    como um pr de sol, no pode estar disponvel para todos! ou Ver voc em um pr de sol como poder comer

    um sorvete de doce de leite.

    Agora, se ele dissesse Voc um pr de sol ou Ver voc ao pr do sol comer um sorvete de doce de leite no

    final da tarde., estaria usando METFORAS (que so comparaes sem o termo de comparao).

    11- Na linguagem literria, um outro recurso muito utilizado o da HIPRBOLE, que consiste no exagero de uma imagem para conseguir um efeito de sentido. No final da crnica, ela diz No exagera, vai!. Qual foi o exagero dele, ou seja, que HIPRBOLE ele usou e com que efeito de sentido? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________

    10- Depois de ler o Fique ligado!!! acima reescreva a seguinte frase, substituindo as comparaes por METFORAS. O pr do sol um espetculo prazeroso como um sorvete de doce de leite e ela fantstica como um sorvete de doce de leite ao pr do sol. _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________

    !!!FIQUE LIGADO

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    Como vimos, os cronistas fazem uso, em suas crnicas, de uma linguagem simples, cotidiana, informal, que se assemelha a uma conversa, uma forma de se aproximar e de agradar ao seu leitor. Ao contrrio desse uso informal da lngua, temos um uso mais formal, que obedece com mais rigidez ao padro gramatical. Temos, portanto:

    LINGUAGEM FORMAL

    A lngua mais de acordo com a norma padro, usada em comunicaes mais formais, em solenidades, em discursos de autoridade, em comunicaes entre empresas, em artigos especializados... A formalidade de certas situaes de interao exige que se siga o padro estabelecido pela gramtica da Lngua Portuguesa.

    LINGUAGEM INFORMAL

    A lngua usada com maior liberdade gramatical, lngua da comunicao diria, usada em situaes informais, em conversas, em bate-papos, em trocas mais cotidianas de informaes... As diferentes formas que essa informalidade assume dependem dos diferentes grupos sociais e de seus objetivos, em situaes de interao.

    L N G U A

    A lngua e suas muitas linguagens

    MARCAS DA INFORMALIDADE nos textos escritos

    Uso de grias as grias, as expresses criadas por grupos em suas conversas, so marcas da oralidade trazidas para a escrita. Escrever como se fala alguns textos escritos tentam traduzir o modo de falar mais informal. o caso, por exemplo, de t (para estou), de t (para estar ou est), de pra (por para), de n (por no )... Os exemplos so variados. Linguagem coloquial digital o uso informal da lngua nos meios informatizados (computadores, telefones celulares...) tem marcas prprias, muitas vezes determinadas pelas caractersticas dos meios, pela velocidade, pela instantaneidade da situao de interao. Muito usada nas redes sociais da internet, nos torpedos e em outras mensagens digitais.

    VARIAES NO USO DA LNGUA

    Variante social observada em formas de falar de diferentes grupos sociais. Variante regional em diferentes reas de um mesmo estado, em diferentes regies do Pas, fala-se a mesma Lngua, mas com caractersticas bastante prprias. H a dico (sotaque), o uso de palavras ou expresses locais... Variante histrica a lngua evolui atravs do uso que fazemos dela. Isso vai deixando marcas. Modos de falar, expresses usadas por nossos antepassados caem em desuso, mas ficam registradas em textos escritos nos quais se percebem as marcas do tempo.

  • Lngu

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    1- A partir dessas observaes sobre as muitas linguagens que cabem em nossa Lngua, observe os textos a seguir e identifique em cada um marca(s) caracterstica(s) do uso da lngua.

    a)

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