apostila oficial justiça do rio grande do sul

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 1 SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................................................................................. 03 LÍNGUA PORTUGUESA I – PROFESSOR ANDRESAN............................................................................ 05 FUNÇÕES SINTÁTICAS......................................................................................................................... 05 CONCORDÂNCIA VERBAL.................................................................................................................... 19 REGÊNCIA VERBAL............................................................................................................................... 29 CRASE..................................................................................................................................................... 37 DIVISÃO SILÁBICA................................................................................................................................. 51 HÍFEN...................................................................................................................................................... 55 LÍNGUA PORTUGUESA II – PROFESSOR MARCELLO........................................................................... 59 RELAÇÃO ENTRE SONS E LETRAS, PRONÚNCIA E GRAFIA............................................................ 59 ACENTUAÇÃO GRÁFICA....................................................................................................................... 65 ORAÇÕES............................................................................................................................................... 75 PONTUAÇÃO.......................................................................................................................................... 89 CONCORDÂNCIA NOMINAL.................................................................................................................. 103 CLASSES DE PALAVRAS E SEUS EMPREGOS................................................................................... 119 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS........................................................................................ 127 VERBOS.................................................................................................................................................. 135 VOZES VERBAIS.................................................................................................................................... 157 DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO...................................................................................... 163 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS............................................................................................................. 167 LEGISLAÇÃO............................................................................................................................................... 175 MATÉRIA ADMINISTRATIVA E DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA........................................................... 177 CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO (COJE)......................................................... 177 CONSOLIDAÇÃO NORMATIVA JUDICIAL............................................................................................. 183 DIREITO CONSTITUCIONAL...................................................................................................................... 198 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988................................................ 198 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – 1989....................................................... 228 ANEXO I – PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO ORGANOGRAMA..................................................... 239 ANEXO II – COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.................................................................. 241 DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL...................................................................................................... 249 CÓDIGO CIVIL......................................................................................................................................... 249 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL............................................................................................................. 253 LEI Nº 8.245/1991 – LEI DO INQUILINATO............................................................................................ 270 LEI Nº 9.099/1995 - JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS....................................................... 272 LEI Nº 12.153/09 – JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA.................................................... 275 LEI Nº 8.069/90 - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE..................................................... 279

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 1

SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA.................................. ............................................................................................ 03

LÍNGUA PORTUGUESA I – PROFESSOR ANDRESAN........... ................................................................. 05

FUNÇÕES SINTÁTICAS......................................................................................................................... 05

CONCORDÂNCIA VERBAL.................................................................................................................... 19

REGÊNCIA VERBAL............................................................................................................................... 29

CRASE..................................................................................................................................................... 37

DIVISÃO SILÁBICA................................................................................................................................. 51

HÍFEN...................................................................................................................................................... 55

LÍNGUA PORTUGUESA II – PROFESSOR MARCELLO.......... ................................................................. 59

RELAÇÃO ENTRE SONS E LETRAS, PRONÚNCIA E GRAFIA............................................................ 59

ACENTUAÇÃO GRÁFICA....................................................................................................................... 65

ORAÇÕES............................................................................................................................................... 75

PONTUAÇÃO.......................................................................................................................................... 89

CONCORDÂNCIA NOMINAL.................................................................................................................. 103

CLASSES DE PALAVRAS E SEUS EMPREGOS................................................................................... 119

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS........................................................................................ 127

VERBOS.................................................................................................................................................. 135

VOZES VERBAIS.................................................................................................................................... 157

DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO...................................................................................... 163

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS............................................................................................................. 167

LEGISLAÇÃO......................................... ...................................................................................................... 175

MATÉRIA ADMINISTRATIVA E DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA. .......................................................... 177

CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO (COJE)......................................................... 177

CONSOLIDAÇÃO NORMATIVA JUDICIAL............................................................................................. 183

DIREITO CONSTITUCIONAL............................. ......................................................................................... 198

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988................................................ 198

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – 1989....................................................... 228

ANEXO I – PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO – ORGANOGRAMA..................................................... 239

ANEXO II – COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.................................................................. 241

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL................... ................................................................................... 249

CÓDIGO CIVIL......................................................................................................................................... 249

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL............................................................................................................. 253

LEI Nº 8.245/1991 – LEI DO INQUILINATO............................................................................................ 270

LEI Nº 9.099/1995 - JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS....................................................... 272

LEI Nº 12.153/09 – JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA.................................................... 275

LEI Nº 8.069/90 - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE..................................................... 279

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 2

DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL................... ............................................................................. 285

CÓDIGO PENAL...................................................................................................................................... 285

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.......................................................................................................... 288

LEI Nº 11.340/2006 – LEI MARIA DA PENHA......................................................................................... 291

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 5

FUNÇÕES SINTÁTICAS Localização do sujeito Definição gramatical: Sujeito é o ser sobre o qual se faz uma declaração. Reconhecimento do sujeito Exs.: A) B) C)

EXEMPLOS

LÍNGUA PORTUGUESA I PROFESSOR ANDRESAN

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 6

2. OBJETO DIRETO é o complemento de um verbo transitivo direto. Vem, normalmente, ligado ao verbo sem preposição. PONTOS IMPORTANTES A) Pergunta para encontrar o objeto direto. B) Sujeito X Objeto Direto C) Pronome oblíquo de terceira pessoa que representa objeto direto. 3. OBJETO INDIRETO é o complemento de um verbo transitivo indireto, isto é, o complemento se liga ao verbo por meio de preposição. PONTOS IMPORTANTES A) Pergunta para encontrar o objeto indireto. B) Pronome Oblíquo que representa objeto indireto.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 7

OBJETO DIRETO X OBJETO INDIRETO

EXERCÍCIOS I Classifique os complementos verbais (objeto direto ou objeto indireto) em destaque nas frases abaixo. 1) Ceda o lugar aos mais velhos. 2) Construí uma bela casa. 3) O quarentão se apaixonou por uma adolescente. 4) Chamei um técnico. 5) As orquídeas gostam de ambientes úmidos e quentes. 6) A televisão deve às crianças programações mais ricas e educativas. 7) Não respondia às minhas perguntas. 8) Os pais preocupam-se com os filhos. 9) Devemos comunicar o fato ao diretor. 10) Procurei o livro, mas não o encontrei. 11) Deste modo prejudicas-te. 12) Roberto hostilizava o amigo.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 8

13) Nunca desobedeci ao meu pai. 14) A namorada não te esperou? 15) Ela me traiu. 16) Confiou-me as chaves. 17) A terra nos pertencia. Complete com a forma correta. 1) Sobram- _____ qualidades e recursos. (os/lhes) 2) Isto não ________ convém. (o/lhe) 3) Procurei- ________ muito. (a/lhe) 4) Ninguém __________ viu. (o/lhe) 5) Ela ________________ confessará tudo. (os/lhes) 6) Conheço-________.(o/lhe) 7) Como _____ invejam. (a/lhe) 8) Ela não ______ entregou os documentos. (os/lhes) 9) Nunca _________ ofendi. (o/lhe) 10) Já _______ disse isso várias vezes. (o/lhe) Anotações

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 9

4. AGENTE DA PASSIVA é o complemento que, na voz passiva com auxiliar, designa o ser que pratica a ação sofrida ou recebida pelo sujeito. Este complemento verbal vem normalmente introduzido pela preposição por e, algumas vezes, por de. EXEMPLOS O livro foi feito pelos alunos . O procedimento de Carlos era conhecido de todos. 5. ADJUNTO ADVERBIAL é o termo da oração que indica uma circunstância do fato expresso pelo verbo ou intensifica o sentido do verbo, do adjetivo e do advérbio. O adjunto adverbial exerce, portanto, a função de modificador e de intensificador. Principais tipos de Adjunto Adverbial a) b) c) d) 2) Outros tipos ASSUNTO Falávamos sobre futebol. CONFORMIDADE Vivemos conforme a situação. INSTRUMENTO Ela o matou com uma faca. MEIO Iremos de carro. INTENSIDADE Maria Eduarda ficou muito triste. MATÉRIA A vela é feita de cera. OPOSIÇÃO Lutaremos contra a injustiça. COMPANHIA Fomos com Maria. CONCESSÃO Apesar da chuva, foi à praia. FINALIDADE Prepare-se para a festa. DÚVIDA Acaso ele entende mesmo de poema? NEGAÇÃO João não virá.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 10

6. APOSTO é um termo de caráter nominal que se junta a um substantivo, a um pronome, ou a um equivalente destes, a título de explicação ou de esclarecimento.

PONTOS IMPORTANTES

7. VOCATIVO é um termo classificado à parte, pois não pertence ao sujeito nem ao predicado. É utilizado para realizar invocações, chamados. Deve ser colocado sempre entre vírgulas, no caso de aparecer no meio da oração, e seguido ou antecedido de vírgula, caso ocorra no início ou no fim de uma oração. PONTOS IMPORTANTES

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8. PREDICATIVO é o termo da oração que indica uma característica que se atribui ao sujeito ou ao objeto.

PONTOS IMPORTANTES a) Predicativo do Sujeito Eles parecem tristes . b) Predicativo do Objeto João considerou o negócio ótimo . 9. COMPLEMENTO NOMINAL é o termo que se liga a um substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio, através de uma preposição, com a função de completar algum desses termos. O complemento nominal tem sempre sentido passivo. PONTOS IMPORTANTES 10. ADJUNTO ADNOMINAL é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste. Tem sentido ativo quando introduzido por uma preposição.

PONTOS IMPORTANTES

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COMPLEMENTO NOMINAL X ADJUNTO ADNOMINAL

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 13

EXERCÍCIOS II Use o seguinte código para os termos sublinhados: ( CN) complemento nominal, (AA) adjunto adnominal. 1. Ninguém fez referência ao namoro de Susana . ( ) 2. Este é um livro de magia . ( ) 3. O funcionário não aceitou a apresentação dos documentos . ( ) 4. A admiração de José por Renata é flagrante. ( ) ( ) 5. João comprou uma linda casa de pedra. ( ) 6. Ele tem gosto pelas artes . ( ) 7. A compra daquele jogador foi uma grande aquisição do clube. ( ) 8. Estou apto para o serviço . ( ) 9. A obediência às leis é importante. ( ) 10. O computador de Carlos está aqui. ( ) 11. A insistência no detalhe , às vezes, é irritante. ( ) 12. A lembrança do pai era dolorida. Ele sempre se lembrava dos filhos que estavam longe. ( ) 13. A lembrança do pai era dolorida. Os filhos sempre se lembravam dele que estava longe. ( ) 14. O telefone dos alunos tem de ficar no silencioso. ( ) 15. O lápis de Antônio foi roubado. ( ) 16. Seria aquele o arpão do pescador ? ( ) 17. O carro passava pela porta do mestre José Amaro e Lula tirava o chapéu para ele. ( ) 18. ... saio à rua e desço a ladeira em busca do pão e dos jornais . ( ) 19. Ela tinha uma incrível simpatia por crianças . ( ) 20. A destruição da casa ocorreu ontem. ( ) 21. A leitura da revista de modas foi feita pela filha de Maria . ( ) ( ) ( ) 22. Isso é referente a pessoas casadas ? ( ) 23. Sou favorável ao professor de Matemática. ( )

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Para responder às questões de 1 a 50 siga o enunciado abaixo: Assinale a alternativa correta quanto à função sintática das palavras ou expressões sublinhadas. 1. A engenharia brasileira está agindo rápido para combater a crise de energia. a) objeto direto – objeto indireto b) sujeito – objeto indireto c) sujeito – complemento nominal d) sujeito – objeto direto e) sujeito – predicativo do sujeito 2. O observador olha o morro. a) sujeito b) adjunto adnominal c) objeto direto d) aposto e) vocativo 3. Choveu pela manhã. a) objeto indireto b) adjunto adverbial c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 4. Os pássaros fazem seus ninhos. a) sujeito – objeto indireto; b) sujeito – aposto; c) vocativo – aposto; d) vocativo – complemento nominal; e) sujeito – objeto direto. 5. Cabe ao diretor a decisão . a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 6. A passeata seguia rapidamente. a) predicativo do sujeito b) adjunto adverbial c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 7. O tempo, inimigo impiedoso, foge apressado. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo

8. Amigos, eu os convido a sentar. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 9. Seguem anexas as declarações. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 10. Os comprovantes seguem, em anexo. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 11. Os soldados estão felizes. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 12. Uma noite, no seio da cabana, a virgem de Tupã tornou-se esposa de Martim.” (Alencar) a) aposto b) adjunto adverbial c) agente da passiva d) sujeito e) objeto indireto 13. Moramos perto. a) objeto indireto b) adjunto adverbial c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) predicativo do sujeito 14. Pediu informações à minha secretária. a) sujeito – objeto indireto; b) sujeito – objeto direto; c) objeto direto – objeto indireto; d) objeto direto – complemento nominal; e) objeto direto – objeto direto. 15. Naquela época, o governo destinava mais verbas para a saúde. a) adjunto adverbial – objeto indireto; b) adjunto adverbial – objeto direto; c) objeto indireto – objeto direto; d) objeto indireto – sujeito; e) adjunto adverbial – sujeito.

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16. Talvez o governo destine mais recursos para a área da saúde. a) objeto indireto b) adjunto adverbial c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) predicativo do sujeito 17. Estou certo de sua inocência. a) predicativo do sujeito b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 18. Precisava, naquele dia, de um ombro amigo. a) predicativo do sujeito b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 19. Merai, cidade do sul da Índia, não tem nenhum homem com menos de sessenta anos. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 20. Tenho certeza da vitória do Inter. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 21. Existe louco para tudo, até para acreditar no impossível. a) sujeito – objeto indireto; b) sujeito – objeto direto; c) objeto direto – objeto indireto; d) objeto direto – complemento nominal; e) objeto direto – objeto direto. 22. Sonhar não custa nada. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 23. Não fiquemos tristes. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo

24. O livro foi feito pelos alunos. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 25. Durante a noite, ele teve um sonho terrível. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 26. Jurandir, músico muito conhecido, está desempregado. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 27. O clima era diferente. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 28. Ele abriu a porta, nada viu. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 29. A explicação destes assuntos ao diretor não convenceu. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 30. Carla mora perto de minha casa. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 16

31. O colapso da civilização Maia, um dos grandes mistérios da civilização pré-colombiana, parece finalmente ter encontrado uma explicação razoável. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 32. Poderá haver algumas modificações. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 33. Vendem-se carros usados. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 34. Assistiu-se a peças espetaculares. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 35. A decisão foi tomada por quem? a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 36. A bom entendedor meia palavra basta. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 37. Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 38. Quando nós encontramos o tesouro, nós não o procurávamos. a) objeto direto – objeto direto; b) objeto direto – objeto indireto; c) adjunto adnominal – objeto direto; d) sujeito – adjunto adnominal; e) adjunto adverbial – objeto direto.

39. Quem não arrisca não petisca. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 40. Os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: aprender. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 41. O cão não ladra por valentia e sim por medo. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 42. Não há pior inimigo que um falso amigo. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 43. O meu ódio a ela crescia dia a dia. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 44. Fiz-lhe um pedido. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 45. João ainda não fez dez anos; ele os faz hoje. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo 46. As mesas? Eles as trouxeram hoje. a) sujeito b) predicativo do sujeito c) objeto direto d) aposto e) vocativo

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 17

47. Carlos nunca lhe obedecia. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 48. De lá surgia um novo conceito. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal 49. Aquilo lhe foi desagradável. a) Objeto direto b) objeto indireto c) predicativo do sujeito d) adjunto adnominal e) complemento nominal

50. A compra do material teve de ser feita. a) adjunto adverbial b) objeto indireto c) agente da passiva d) adjunto adnominal e) complemento nominal

GABARITO – FUNÇÕES SINTÁTICAS 01.d 02.b 03.b 04.e 05.a 06.b 07.d 08.e 09.a 10.a 11.b 12.b 13.b 14.c 15.b 16.b 17.e 18.b 19.d 20.e 21.a 22.a 23.b 24.c 25.a 26.d 27.b 28.c 29.e 30.e 31.d 32.c 33.a 34.b 35.c 36.b 37.d 38.c 39.a 40.d 41.a 42.c 43.e 44.b 45.c 46.c 47.b 48.d 49.c 50.e

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 18

Respostas EXERCÍCIOS I Classifique os complementos verbais (objeto direto ou objeto indireto) em destaque nas frases abaixo. 1) Ceda o lugar aos mais velhos. OD, OI 2) Construí uma bela casa. OD 3) O quarentão se apaixonou por uma adolescente. OI 4) Chamei um técnico. OD 5) As orquídeas gostam de ambientes úmidos e quentes. OI 6) A televisão deve às crianças programações mais ricas e educativas. OI, OD 7) Não respondia às minhas perguntas. OI 8) Os pais preocupam-se com os filhos. OI 9) Devemos comunicar o fato ao diretor. OD, OI 10) Procurei o livro, mas não o encontrei. OD, OD 11) Deste modo prejudicas-te. OD 12) Roberto hostilizava o amigo. OD 13) Nunca desobedeci ao meu pai. OI 14) A namorada não te esperou? OD 15) Ela me traiu. OD 16) Confiou-me as chaves. OI 17) A terra nos pertencia. OI Complete com a forma correta. 1) Sobram- _____ qualidades e recursos. (lhes) 2) Isto não ________ convém. (lhe) 3) Procurei- ________ muito. (a) 4) Ninguém __________ viu. (o) 5) Ela ________________ confessará tudo. (lhes) 6) Conheço-________.(o) 7) Como _____ invejam. (a) 8) Ela não ______ entregou os documentos. (lhes) 9) Nunca _________ ofendi. (o) 10) Já _______ disse isso várias vezes. (lhe) EXERCÍCIOS II Use o seguinte código para os termos sublinhados: ( CN) complemento nominal , (AA) adjunto adnominal. 1. Ninguém fez referência ao namoro de Susana . ( CN ) 2. Este é um livro de magia . ( AA ) 3. O funcionário não aceitou a apresentação dos documentos . ( CN ) 4. A admiração de José por Renata é flagrante. ( AA ) ( CN ) 5. João comprou uma linda casa de pedra . ( AA ) 6. Ele tem gosto pelas artes . ( CN ) 7. A compra daquele jogador foi uma grande aquisição do clube. ( CN ) 8. Estou apto para o serviço . ( CN ) 9. A obediência às leis é importante. ( CN ) 10. O computador de Carlos está aqui. ( AA ) 11. A insistência no detalhe , às vezes, é irritante. ( CN ) 12. A lembrança do pai era dolorida. Ele sempre se lembrava dos filhos que estavam longe. ( AA ) 13. A lembrança do pai era dolorida. Os filhos sempre se lembravam dele que estava longe. ( CN ) 14. O telefone dos alunos tem de ficar no silencioso. ( AA ) 15. O lápis de Antônio foi roubado. ( AA ) 16. Seria aquele o arpão do pescador ? ( AA ) 17. O carro passava pela porta do mestre José Amaro e Lula tirava o chapéu para ele. ( AA ) 18. ... saio à rua e desço a ladeira em busca do pão e dos jornais . ( CN ) 19. Ela tinha uma incrível simpatia por crianças . ( CN ) 20. A destruição da casa ocorreu ontem. ( CN ) 21. A leitura da revista de modas foi feita pela filha de Maria . ( CN ) ( AA ) ( AA ) 22. Isso é referente a pessoas casadas ? ( CN ) 23. Sou favorável ao professor de Matemática. ( CN )

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CONCORDÂNCIA VERBAL Regra Geral � O verbo concorda com o núcleo sujeito em número e pessoa. Corrija, quando necessário, a concordância do verbo.

1. Não existe, pois, no futebol brasileiro, razões para angústias, 2. Faltam, no gramado de nossos estádios, talentos incomparáveis. 3. Já chegou hoje os três representantes da Argentina. 4. Resta ainda alguns participantes. 5. As acusações ao antigo amigo do partido levou a polícia a abrir investigações. 6. Existem na atualidade diferentes tipos de comportamento. 7. Uma pesquisa de pessoas especializadas revelou o verdadeiro problema do medicamento. 8. Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa para esses crimes. 9. Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos desse gás. 10. Os preparativos para a conferência internacional terminou ontem.

Questão Típica

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20 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

CASOS ESPECIAIS 1. Verbos impessoais � Há verbos que não têm sujeito. É o caso dos verbos impessoais 1.1. HAVER – no sentido de existir

Ex.: Havia poucas mulheres na sala. Obs.: Caso forme locução com outro verbo, a impessoalidade do verbo haver o contaminará. Exs.: Vai haver novas oportunidades. Poderá haver algumas modificações. ATENÇÃO: Nem sempre o verbo haver é empregado no se ntido de EXISTIR.

Ex.: Naquele dia, eles haviam chegado tarde. 1.2 FAZER – indicando tempo, temperatura.

Exs.: Faz dez anos que partiu. Faz dias quentes em Recife.

Obs.: Formando locação com outro verbo. A impessoalidade do verbo FAZER passará para o outro.

Exs.: Vai fazer três meses que estou sem namorado.

Exercícios Sublinhe a forma correta: 1. Onde você andava? Fazem/Faz mais de três horas que a espero. 2. Talvez houvessem/houvesse soluções melhores do que aquela. 3. Vão/Vai terminar acontecendo coisas desagradáveis. 4. Vão/Vai terminar havendo coisas desagradáveis. 5. Haviam/Havia ocorrido vários acidentes naquele local. 6. Haviam/Havia vários carros naquele local. 7. Acho que devem/deve haver duas colheres ali. 8. Acho que devem/deve bastar duas colheres de açúcar. 9. Hão/Há de haver outras saídas. 10. Hão/Há de existir outras saídas. 11. Espero que hajam/haja sobrado algumas cervejas. 12. Espero que hajam/haja algumas cervejas no gelo. 13. Já começam/começa a haver esperanças. 14. Não podem/pode haver hesitações 15. No domingo, farão/fará seis meses que as aulas começaram; pode-se dizer que só faltam/falta trinta dias para as férias.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 21

2. Concordância na PASSIVA SINTÉTICA ���� Quando o verbo vier acompanhado da partícula se, haverá sujeito e com ele será feita a concordância, se for passiva sintética ou pronominal. Observe os exemplos: Fazem-se carretos.

Vende-se um apartamento. Vendem-se dois apartamentos. Consertam-se calçados. Contrataram-se professores.

ATENÇÃO ���� Não haverá concordância, se o termo que acompanha o verbo for preposicionado (objeto indireto) ou se o verbo for intransitivo. Nesses casos, temos o sujeito indeterminado. Exs.: Necessita-se de ajudantes. Precisa-se de excelentes jogadores. Assistiu-se a bons espetáculos. Vive-se bem em Alvorada. Preencha as lacunas. 1. ____________________________ as reformas administrativas. (anunciou-se / anunciaram-se) 2. Amanhã se ________________ os últimos exames. (fará / farão) 3. _____________________ de questões polêmicas. (Trata-se / Tratam-se) 4. Ainda não se _________________ os verdadeiros responsáveis. (conhece / conhecem) 5. Não mais se _____________________ aos pais como antigamente. (obedece / obedecem) 6. ________________________ às médicas mais experientes. (Apelou-se / Apelaram-se) 7. É necessário que se _________________ as provas até segunda-feira. (aplique / apliquem) 8. Você não sabe como se ____________________ estes cheques? (preenche / preenchem) 9. Nas ilhas do Pacífico é onde melhor se _________________ os velhos. (trata – tratam) 10. Ele prefere não opinar quando se ___________________ em eleições. (fala / falam} 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 3.1 Concordância com o verbo SER � Se o verbo SER for impessoal, ou seja, indicando hora,data, distância, concordará com o predicativo. 3.2 Sujeito composto

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3.3 A concordância com expressões partitivas será o pcional. 3.4. Concordância com os verbos VIR e TER e derivad os.

Ex.: Ele tem dois filhos. Ele mantém a decisão. Eles têm dois filhos. Eles mantêm a decisão.

Anotações

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CONCORDÂNCIA VERBAL 01. (Técnico Judiciário – TRT 4ª Região – FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente a lacuna com traço contínuo da frase abaixo. Mulheres solteiras ____________ não ____________ em si mesmas um ponto de equilíbrio. a) parecem – conseguir encontrar b) parece – conseguirem encontrar c) parecem – conseguirem encontrar d) parecem – conseguirem encontrarem e) parece – conseguir encontrarem 02. (Procurador – Prefeitura de Caxias do Sul/RS - FAURGS) Analise as seguintes afirmações, considerando o emprego do verbo haver na frase abaixo. Aqui, no Rio Grande do Sul, há vários exemplos. I – A forma verbal há, no contexto em que aparece, é impessoal; por essa razão se apresenta na 3ª pessoa do singular. II – A substituição da forma verbal há por existe manteria a correção gramatical e o significado original da frase. III – Caso o período fosse passado para o pretérito perfeito de modo indicativo, a forma verbal há deveria ser substituída por houveram. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) Apenas I e III 03. (Auxiliar de Perícias – IGP/RS FAURGS) A expressão que preenche correta e respectivamente a lacuna pontilhada da frase abaixo “Os ferimentos causados nas vítimas dos três crimes ............... pelas mesmas armas?” a) fora feito. b) foram feitos. c) foram feito. d) foi feitos. e) foi feito.

04. (Técnico Judiciário – TRT 4ª Região – FAURGS) Como depois ela aparece beijando os avós, aos quais sempre agrediu, a violência intrafamiliar acabou consagrada como o melhor método educacional. Caso a expressão a violência da frase acima fosse substituída por “as agressões” , quantas outras palavras da mesma frase sofreriam alteração, para fins de concordância? a) Uma b) Duas c) Três d) Quatro e) Cinco 05. (Procurador – Prefeitura de Caxias do Sul/RS – FAURGS) Considere as seguintes sugestões de substituição de palavras ou expressões em frases do texto, que acarretariam, obrigatoriamente , ajustes de concordância para que se mantivesse a correção. I – Esse preconceito nos limita e nos faz sofrer. Substituição de Esse preconceito por Esses preconceitos . II – Por um instante desejei ter chegado, enfim, ao mesmo patamar – onde coisas pelas quais luto hoje e sofro fossem uma celebração, recobertas de uma beleza menos ilusória. Substituição de coisas por tudo . O número de outras palavras, em cada período, que sofreria ajustes, nos casos I e II respectivamente, é a) 1 e 2. b) 2 e 3. c) 2 e 4. d) 3 e 3. e) 3 e 4. 06. (Téc. em Higiene Dental – Prefeitura de Alvorada/RS – FAURGS) Suas crônicas jornalísticas retratam como era a vida no Rio de Janeiro de sua época. Caso a palavra crônicas fosse substituída por crônica , quantas outras palavras da mesma frase sofreriam alteração par afins de concordância? a) Uma b) Duas c) Três d) Quatro e) Cinco

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07. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS – FAURGS) No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”. Caso se substituísse, na frase acima, a palavra aluno por aluna , as outras palavras da frase que deveriam, obrigatoriamente, sofrer ajustes para fins de concordância seriam a) novo e chamado b) chamado e “Gaúcho” c) o, novo, sendo e chamado d) o, novo, chamado e “Gaúcho” e) o, novo, sendo e chamado e “Gaúcho” 08. (Analista Judiciário – TRT 4ª Região – FAURGS) Na ânsia de afastar a qualquer custo a sensação dolorosa, mediante o uso abusivo de analgésicos, relaxantes musculares, antiinflamatórios e outros medicamentos, as pessoas podem estar se privando de seu sinalizador mais perfeito – um alarme preciso que a natureza instalou no organismo para soar a cada ameaça de dano ou desequilíbrio. Na frase acima, caso o segmento as pessoas fosse substituída pelo pronome nós , quantas outras alterações seriam obrigatórias nesta frase? a) Uma b) Duas c) Três d) Quatro e) Cinco 09. (Motorista – MP/RS – FAURGS) Na frase Os números são tão grandes que costumam deixar muitas pessoas insensíveis, incapazes de compreender a gravidade do problema , caso a expressão Os números fosse substituída por O índice , quantas outras palavras do período deveriam obrigatoriamente sofrer ajustes para fins de concordância? a) Uma. b) Duas. c) Três. d) Quatro. e) Cinco. 10. (Auxiliar de Perícias – IGP/RS – FAURGS) Se no parágrafo “Eu sei”, disse Vilela. “Mas tenho que fazer umas investigações e queria saber se há possibilidade de os tiros terem sido disparados pelas mesmas armas.” a palavra Eu fosse substituída por Nós , quantas outras palavras do parágrafo precisariam sofrer ajustes, para fins de concordância? a) Uma b) Duas c) Três d) Quatro e) Cinco

11. (Contador – BANRISUL/RS – FAURGS) Na frase Uma coisa que aprendi de cara: tudo aquilo que era vendido aos pobres era de péssima qualidade caso a expressão tudo aquilo fosse substituída por todos os produtos , as alterações que se fariam na frase para fins de concordância resultariam em a) todos os produtos que eram vendidos aos pobres eram de péssima qualidade. b) todos os produtos que eram vendidos aos pobres era de péssima qualidade. c) todos os produtos que eram vendido aos pobres eram de péssima qualidade. d) todos os produtos que eram vendido aos pobres era de péssima qualidade. e) todos os produtos que era vendido aos pobres eram de péssima qualidade. 12. (Advogado – FEBEM/RS – FAURGS) Na frase Os olhos de vidro muito pretos e o focinho de plástico, também preto, davam ao boneco um ar meigo , caso a palavra olhos fosse passada para o singular, quantas outras palavras do mesmo período teriam de sofrer ajustes para fins de concordância? a) Uma. b) Duas. c) Três. d) Quatro. e) Cinco. 13. (Assistente de Operações – TRENSURB/RS – FAURGS) Na frase Ela dura muito mais do que um filme e tem muito menos sentido do que um filme, caso a palavra Ela fosse substituída por Vidas, quantas outras palavras do período deveriam, obrigatoriamente, ser alteradas para fins de concordância? a) Uma. b) Duas. c) Três. d) Quatro. e) Cinco.

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14. (Perito Químico – Forense – IGP/RS – FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre questões de concordância no texto. I – “Bem”, disse alguém, “não há necessidade ; se não pode não pode – não vamos romper os regulamentos.” Mesmo que a palavra necessidade fosse substituída por exigências , o verbo haver não sofreria alteração. II – “O auto de exame cadavérico é peça essencial do processo. Se a expressão O auto de exame cadavérico fosse substituída por Os exames periciais , a continuação correta da frase seria são peças essenciais dos processos . III – Tiraram a saia, a blusa, as peças íntimas. A forma verbal Tiraram está no plural por que seu sujeito, a saia, a blusa, as peças íntimas, é composto. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) I, II e III 15. (Agente Administrativo – MP/RS – FAURGS) Na frase Predispostos assim às interações solidárias, ao estabelecimento de vínculos duradouros, condenamos as condutas egoístas e prezamos as altruístas , se em lugar de condenamos empregássemos o ser humano condena , quantas outras palavras da frase deveriam sofrer ajustes de concordância? a) Apenas uma. b) Apenas duas. c) Apenas três. d) Quatro. e) Nenhuma. 16. (Motorista – FEBEM/RS – FAURGS) Caso se substituísse a palavra ciência por ciências na frase E nesse aspecto a ciência dá uma ajuda indispensável aos jovens papais, as outras palavras no período que deveriam, obrigatoriamente , sofrer ajustes para fins de concordância seriam as seguintes: a) dá. b) a – dá. c) aspecto – a – dá. d) nesse – aspecto – a – dá. e) nesse – aspecto – a – dá – indispensável.

17. (Auxiliar de Contabilidade – BANRISUL/RS – FAURGS) Caso a palavra dados fosse substituída na frase abaixo por informações , quantas outras palavras deveriam, obrigatoriamente , sofrer ajustes para fins de concordância? Os dados são da ONU e podem ser confirmados pelo lucro dos bancos, das empresas de segurança privada e pelas grades na frente da sua casa. a) Nenhuma. b) Uma. c) Duas. d) Três. e) Quatro. 18. (Escrivão de Polícia – Polícia Civi/RS – FAURGS) Quantas outras palavras do período deveriam sofrer ajuste obrigatório para fins de concordância caso o segmento os agentes públicos na frase abaixo fosse substituída por o poder público ? Constatado tal erro, os agentes públicos buscam agora uma meta que substitua a antiga utopia e estão encontrando alternativas promissoras. a) Uma. b) Duas. c) Três. d) Quatro. e) Cinco. 19. (Operador de Informática – EPTC/RS – FAURGS) A palavra Toda na frase abaixo, significa. Toda pessoa ficaria extremamente entediada se nada de diferente ou desafiador jamais acontecesse em sua vida. a) Alguma b) Cada c) Certa d) Uma ou outra e) Qualquer

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20. (Auxiliar de Radiologia – Prefeitura de Caxias do Sul/RS – FAURGS) Caso se substituísse, na frase abaixo, a palavra homem por pessoas , todas as outras palavras da frase que deveriam obrigatoriamente sofrer ajustes para fins de concordância seriam Cada vez mais, o homem moderno prefere buscar nas prateleiras dos supermercados a água que consome. a) o e moderno. b) o, moderno e prefere. c) o, moderno e busca . d) o, moderno , prefere e consome. e) o, moderno , prefere , buscar e consome 21. (UFRGS) – Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase abaixo: ............ os casos. “As estrelas parecem brilhar” e “As estrelas parece brilharem”. ....... de duas frases ........ escritas, variando apenas o foco de concordância. a) observe-se – tratam-se – bem b) observem-se – tratam-se – mal c) observe-se – trata-se – mal d) observem-se – trata-se – bem e) observem-se – tratam-se - bem 22. Responda conforme o texto: “ O complexo cipoal de questões envolvidas na tentativa. de definir o termo ideologia........... não ter fim. Na história das ciências sociais talvez não ...... outros termos tão enigmáticos e polissêmicos. No curso dos dois últimos séculos, ................ em torno dele ambigüidades , paradoxos, arbitrariedades , equívocos. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto: a) parece – hajam – acumularam-se b) parecem – hajam – acumulou-se c) parecem – haja – acumulou-se d) parece – haja – acumularam-se e) parece – hajam – acumulou-se 23. Os seres aparecem, então, como produtos, como conseqüências de forças preexistentes que limitam a sua responsabilidade e que os tornam, nos casos extremos, verdadeiros joguetes das condições. Se substituíssemos seres por ser, essa substituição provocaria mudança em mais ............. palavras. a) cinco b) oito c) seis d) nove e) sete

24. (UFRGS) - .................... anos que não se colhem bons frutos: ...................... pragas a assolarem os pomares. a) Faz – deve haver b) Fazem – deve haver c) Fazem – devem haver d) Faz – devem de haver e) Faz – devem haverem 25. Utilizando a norma culta da língua, a opção correta seria a seguinte: a) Não entendi. Houveram modificações em seu comportamento. b) Não entendi. Verificou-se modificações em seu comportamento. c) Não entendi. Existiu modificações em seu comportamento. d) Não entendi. Ocorreram modificações em seu comportamento. f) Não entendi. Aconteceu modificações em seu comportamento CONCORDÂNCIA VERBAL 01. A 06. C 11. A 16. B 21. D 02. A 07. D 12. B 17. C 22. D 03. B 08. C 13. B 18. B 23. E 04. C 09. C 14. A 19. E 24. A 05. C 10. C 15. B 20. D 25. D

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RESPOSTAS Sublinhe a forma correta: 1. Onde você andava? Faz mais de três horas que a espero. 2. Talvez houvesse soluções melhores do que aquela. 3. Vão terminar acontecendo coisas desagradáveis. 4. Vai terminar havendo coisas desagradáveis. 5. Haviam ocorrido vários acidentes naquele local. 6. Havia vários carros naquele local. 7. Acho que deve haver duas colheres ali. 8. Acho que devem bastar duas colheres de açúcar. 9. Há de haver outras saídas. 10. Hão de existir outras saídas. 11. Espero que hajam sobrado algumas cervejas. 12. Espero que haja algumas cervejas no gelo. 13. Já começa a haver esperanças. 14. Não pode haver hesitações 15. No domingo, fará seis meses que as aulas começaram; pode-se dizer que só faltam trinta dias para as férias. EXERCÍCIOS VI Preencha as lacunas. 1. ____________________________ as reformas administrativas. (anunciou-se / anunciaram-se ) 2. Amanhã se ________________ os últimos exames. (fará / farão ) 3. _____________________ de questões polêmicas. (Trata-se / Tratam-se) 4. Ainda não se _________________ os verdadeiros responsáveis. (conhece / conhecem ) 5. Não mais se _____________________ aos pais como antigamente. (obedece / obedecem) 6. ________________________ para os médicos mais experientes. (Apelou-se / Apelaram-se) 7. É necessário que se _________________ as provas até segunda-feira. (aplique / apliquem ) 8. Você não sabe como se ____________________ estes cheques? (preenche / preenchem ) 9. Nas ilhas do Pacífico é onde melhor se _________________ os velhos. (trata – tratam ) 10. Ele prefere não opinar quando se ___________________ em eleições. (fala / falam)

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REGÊNCIA VERBAL A regência verbal se ocupa do estudo da relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).

1. A turma do Q.PPPAAAVOR 1. Querer - VTD = desejar / VTI = estimar, querer bem, gostar. 2. Pagar e Perdoar VTD - OD – coisa / VTI - OI - A pessoa / VTDI - alguma COISA A ALGUÉM: 3. Proceder Proceder = “realizar”, “dar início”: 4. Assistir VTD = dar assistência / VTI = presenciar (prep. A obrigatória): 5. Aspirar VTD = cheirar, sorver / VTI = ambicionar (prep. A obrigatória): 6. Agradar VTD = acariciar / VTI = satisfazer 7. Visar VTD = pôr o visto / VTD = apontar, mirar / VTI = ambicionar 8. Obedecer VTI A sempre 9. Responder Quando houver apenas um objeto, este terá de ser obrigatoriamente OBJETO INDIRETO:

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EXERCÍCIOS I Complete as frases quando for necessário 1. Pagou_____ médico, pagou __________ empregadas e sobrou dinheiro. 2. Devemos obedecer____ apelos do coração. 3. Respondeu ________bilhete, mas não respondeu _______ carta. 4. Visamos _____ paz e ________ entendimento. 5. Maria quer porque quer_______ carro. 6. Pedro pagava pouco _______empregados. 7. Ela não perdoou _______ amante. 8. Essa empresa paga em dia _______ salário dos empregados. 9. Assisti _____combate dos lutadores. 10. Eles aspiram ________ dias melhores. 11. Aspiremos _____esse ar maravilhoso da primavera. 12. Vamos proceder ______uma devassa na empresa. 13. Não visamos _____qualquer lucro. 14. Os filhos, geralmente, querem muito_______ seus pais. 15. Pagou ____ carnê, pagou _____ credores, e sobrou dinheiro. 16. O funcionário visou ____passaporte. 17. Joãozinho quer muito____ pais. 18. Vários candidatos aspiraram ___ cargo. 19. Ontem nós assistimos ___ um bom jogo. 20. O médico assistiu ___ rapaz acidentado. 2. Regência de alguns verbos 2.1. Implicar - No sentido de acarretar é VTD. 2.2. Preferir - Preferir exige a prep. A : 2.3. Ir, Voltar, Chegar - Solicitam as preposições A ou DE ou PARA. 2.4. Morar, Residir, Estar situado (Residente, Sito ) - Solicitam a preposição EM. 2.5. Esquecer-se, Lembrar-se / Esquecer, Lembrar - Quando pronominais, solicitam a preposição DE.

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EXERCÍCIOS II Complete as frases com as preposições adequadas. 1. Residia ____ Rua Duque de Caxias. 2. Eles moram _____ Avenida João Pessoa. 3. Foi_______ Minas, assistir ____ um jogo do Inter. 4. Vai ______ Roma como embaixador e lá permanecerá seis anos. 5. O contrabando implica _____perigos imensos. 6. Estudar para o vestibular implica______ sacrifícios e renúncias. 7. É preferível ser rico e ter saúde __________ ser pobre e doente. 8. Nunca mais esqueceu _____ primeira namorada. 9. Nunca mais se esqueceu ____ primeira namorada. 10. À noite, às vezes, lembrava ______ beijos apaixonados que trocavam ao luar. 11. Lembrava-se _____ beijos apaixonados. 12. Prefiro cachorro ____ gato. 13. Prefiro a paz ____ guerra. 14. Chegou ____ Porto Alegre bem cedo. 15. Voltaremos ____ Pelotas no próximo ano. 16. José foi _____Rio de Janeiro definitivamente. 17. Ele nunca se lembrou _____ mim. 18. Isso implicará______ conseqüências sérias. 19. Prefiro futebol _______vôlei. 20. Lembrei-me _____você. QUESTÕES 1. Leia atentamente: “Refiro-me a esta carta e não aquela que recebi ontem.” Na frase acima, a falta de um acento gráfico indica um erro de: a) pontuação b) regência nominal c) regência verbal d) concordância nominal e) colocação pronominal 2. Indique a alternativa correta: a) Preferia brincar do que trabalhar. b) Preferia mais brincar a trabalhar. c) Preferia brincar a trabalhar. d) Preferia brincar à trabalhar. e) Preferia mais brincar do que trabalhar. 3. Indique a regência que está de acordo com a norma culta: a) Estes são os recursos que dispomos. b) Perdôo aos teus erros. c) Assiste ao debate dos candidatos. d) Paguei a uma dívida atrasada. e) Perdoei o amigo que me ofendeu. Gabarito

1) c 2) c 3) c

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3. CUIDADO Avisar, informar, comunicar, advertir, prevenir ... quando VTDI (OD - coisa ou pessoa) (OI - coisa ou pessoa) Ex.: Avisei o aluno da mudança. Avisei ao aluno a mudança. Avisei-o de que era proibido. Avisei-lhe que era proibido Parte 3 Complete as frases com os pronomes adequados. 1. Enviaram - _______ uma carta muito reveladora. 2. Comuniquei - ________ o fato. 3. Informei -__ ______ de tudo que se passava. 4. Proibiram - ______ os pratos apimentados e as bebidas alcoólicas. 5. Proibiram - _______ de ver o namorado. 6. Mostrei -_________ os fatos e aconselhei - _______ a ter cautela. 7. Eu ________ preparei a prova. 8. Apresentei - _________ aos meus amigos. 9. Apresentei - _________ os meus amigos. 10. Impediram - _______ de falar. 11. Permitiram -______ ficar. 12. Felicitei - _______ pela aprovação. 13. Não _________ aconselharam cautela. Aconselharam -_____ a ser ousado. 14. Ordenaram - _______ que fosse pontual. 15. Convenceram -______ a revelar o segredo.

ANOTAÇÕES

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QUESTÕES 1. Isso ......... autorizava ........... tomar iniciativas. a) o - à. b) lhe - de. c) o - de. d) o - a. e) lhe - a. 2. A situação ........ aspiras não é compatível ........... tuas posses. a) que - para. b) a que - de. c) que - de. d) à que - de. e) a que - com. 3. Ansiava ............. encontrá-lo, a fim de ............ pelo sucesso. a) por - cumprimentá-lo. b) de - cumprimentar-lhe. c) com - cumprimentá-lo. d) em - cumprimentar-lhe. e) para - cumprimentar-lhe.

Gabarito

1) D 2) e 3) a

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QUESTÕES DE CONCURSO 1. Considere as afirmativas sobre a regência de verbos do texto. 1. “Chegar” pede a preposição a junto à expressão locativa. 2. Está correto o emprego da locução “do que” depois do verbo “preferir”. 3. Deve-se evitar a construção popular: Fui no cinema. Está incorreto o que se afirma a) apenas em 1. b) apenas em 2. c) apenas em 3. d) apenas em 1 e 2. e) em 1, 2 e 3. 2. Assinale a alternativa que apresenta correta regência verbal. a) Esta decisão implicará em muitas reclamações. b) Proibiram-lhe a entrada naquele espetáculo. c) O processo consta cento e cinqüenta páginas. d) Mandou proceder o recolhimento das provas. e) Prefiro antes um chá do que café 3. A regência do verbo “gostar”, no trecho 2, não está de acordo com a norma culta padrão. Assinale a alternativa que sugere a correção para tal problema. a) para fazer aquilo em que se gosta. b) para fazer aquilo que gosta. c) para fazer aquilo de que se gosta. d) para fazer aquilo a que se gosta. e) para fazer aquilo por que se gosta. 4. (FAURGS) As lacunas com traço contínuo das frases abaixo devem ser preenchidas, correta e respectivamente, por Belinda precisava esforçar-se para ___________. Aparecida ____________ o brinquedo, dizendo que era dela. Depois , quando compreendeu do que se tratava, uma sensação esquisita começou a _______________ . a) compreendê-la – estendeu-lhe – sufocá-la b) compreendê-la – estendeu a – sufocá-la c) compreendê-la – estendeu-lhe – sufocar-lhe d) compreender-lhe – estendeu-a – sufocar-lhe e) compreender-lhe – estendeu-a – sufocá-la 5. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhas das frases abaixo. Quem não gostaria de tomar um elixir que garantisse uma memória .............. prova de falhas? Use ao máximo sua memória, procure sempre aprender coisas novas, atualize-se e comente com alguém o que ......... observou. Principalmente, dê preferência a atividade que .............. dão prazer. a) à – você – as b) a – você – lhes c) à – você – lhe d) à – tu – lhe e) a – tu – as

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6. Considere as frases seguintes. 1. Chegamos cedo na reunião. 2. Tua atitude implicará em contrariedades futuras. 8. Pretendo assistir à inauguração da nova sede. Está(ão) correta(s) a) apenas a 1. b) apenas a 2. c) apenas a 3. d) apenas a 1 e a 2. e) 1, 2 e 3. 7. Assinale a alternativa que apresenta correta regência verbal. a) Prefiro nadar do que jogar futebol. b) Naquela época, eu não visava ao cargo de presidente. c) Liberdade implica em muita responsabilidade. d) É necessário que todos obedeçam as leis do trânsito. e) Ao final do jogo, procedeu-se uma entrega de prêmios. 8. Assinale a alternativa que apresenta correta regência verbal. a) Ele costumava implicar o cãozinho até cansá-lo. b) Temos o prazer de convidar a Vossa Senhoria para nossa formatura. c) Chegamos cedo na palestra do professor. d) Aquela senhora queria muito aos netos. e) Agradeci ao meu pai pela ajuda que me deu. 9. Analise as afirmativas sobre o verbo “chegar’. I. Constrói-se normalmente com adjunto adverbial introduzido pela preposição “a”. II. Indica movimento. III. Está correta a construção: O novo diretor planeja chegar na cidade amanhã. Qual(is) está(ão) correta(s)? a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas a I e a II. e) I, II e III. 10. Assinale a alternativa em que haja erro de regência. a) Atender crianças implica em muita paciência. b) Logo simpatizamos com suas idéias criativas. c) Ainda não paguei a primeira parcela do empréstimo à financiadora. d) Não lhe acudia naquele instante o nome de sua amiga. e) Assisti ao show na primeira fila. 11. Assinale a alternativa que apresenta erro de regência verbal. a) Eles chegaram na cidade decididos a ficarem ricos. b) Estamos aptos para o trabalho indicado. c) Preferes ficar parado a trabalhar? d) Lembro dos tempos bons que juntos vivemos. e) O novo projeto agradou os empresários.

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12. (FAURGS) A forma verbal que poderia substituir sonham na frase abaixo, sem provocar alteração obrigatória no emprego de preposição é A praia também é a democracia econômica com que tantos sonham. a) se iludem. b) imaginam. c) idealizam. d) desejam. e) almejam. 13. (FAURGS) Associe as colunas, relacionando a classe de palavras com a preposição que ela rege em destaque nas linhas abaixo. (V) Verbo (N) Nome (substantivo ou adjetivo) ( ) não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades ( ) não se limitar apenas ( ) tarefas que foram dadas a você, contribui para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário. ( ) Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas pode tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua ( ) aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as atividades. A alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses da segunda coluna, de cima para baixo é a) N – V – N – V b) N – N – V – V c) N – V – V – N d) V – N – N – V e) V – N – V – N PÁGINA 1. B 2. B 3. C 4. A 5. C 6. C 7. B 8. D 9. D 10. A 11. A 12. A 13. C

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CRASE

Princípio geral A Crase (dita) Proibida: a. Antes de substantivo masculino Andar a cavalo. Vendeu a prazo. Chegou a tempo. É claro, você recorda que crase é a preposição a mais artigo feminino a. Evidentemente, este último não ocorrerá antes de substantivo masculino. b. Antes de verbo Começou a chover. Ficou a contemplar a paisagem. Quedou-se a meditar. Crase é proposição + artigo. Você naturalmente sabe que não pode existir artigo antes de verbo. c. Antes de artigo indefinido Levou o automóvel a uma oficina. Se o a fosse crase, teríamos dois artigos (porque crase é também artigo) diante do mesmo substantivo. Isso não pode acontecer. d. Antes de pronomes pessoais, demonstrativos ou in definidos Dei a ela o prêmio merecido. A ninguém é lícito fugir do trabalho. Refiro-me a esta moça. Os “as” das frases acima são meras preposições, porque os pronomes pessoais, demonstrativos e indefinidos (estes últimos com poucas exceções) não admitem anteposição de artigo. e. Antes de expressão de tratamento introduzida pel o possessivo “VOSSA” ou “SUA” Trouxe a V.Sa a mensagem fatal. f. Quando o “a” estiver no singular e a palavra seg uinte no plural Refiro-me a lendas antigas. O “a” é simples preposição: não contém artigo, pois, se isso ocorresse, estaria no plural, já que o artigo concorda com o gênero e número com o substantivo ao qual se refere. g. Depois de preposições Compareceu perante a banca examinadora. A reunião foi marcada para as cinco horas. Claro, porque não pode haver duas preposições em sucessão, e crase é preposição mais artigo. Observação: excetua-se o caso da preposição a seguir: Foi até a praia, ou foi até à praia.

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SOLUÇÃO PRÁTICA Não ocorrendo qualquer dos casos anteriores, pode haver crase ou não. Para verificarmos, basta

substituir a palavra feminina que vem após o “a” por um termo masculino. Feita essa substituição, três coisas podem acontecer:

1) O a transforma-se em o : Ex.: Releu a revista. Releu o livro. 2) O a permanece inalterado: Ex.: Elas estavam cara a cara. Elas estavam frente a frente. 3) O a transforma-se em ao : Ex.: Refiro-me a moça. Refiro-me ao moço. Nesse caso, ocorre a fusão; portanto, temos a crase e o acento grave é indispensável. Refiro-me à moça. EXERCÍCIOS I

Acentue o “a”, se for necessário,

1. É hora de dar um basta a essa barbárie.

2. A pesquisa não se refere a questões polêmicas.

3. Fizemos alusão a opinião de João.

4. Dê o cartão a Sua Excelência.

5. Ela não fez referência a tese discutida.

6. Você está se referindo a secretárias?

7. Quando chegamos a igreja, começou a chover.

8. A morte ninguém foge, por mais que nos apeguemos a esta vida.

9. Devemos dar atenção as leis de trânsito.

10. A princípio, o deputado levava a sério a função exercida.

11. Levou a carta a amante.

12. Chegamos a conclusão de que nada foi feito.

13. Enviou a quantia a uma instituição beneficente.

14. Graças a precaução tomada, conseguimos um bom resultado.

15. Escreveu a universidade, solicitando a entrega do diploma.

16. A inteligência de alguns pesquisadores deve a humanidade as primeiras conquistas e os primeiros

passos rumo a civilização.

17. Induziu a namorada a acompanhá-lo.

18. Renata sempre foi contrária as atitudes do pai.

19. Veio a cavalo e chegou a tempo de trazer a mensagem a todos.

20. Ficou a contemplar a paisagem.

21. Esta avenida é paralela a que passa pela minha casa.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 39

22. Algumas pessoas foram a Igreja.

23. Alguns alunos se referiram a você.

24. Ninguém encontrou a saída.

25. Não direi nada a Vossa Excelência.

26. A mulher fez elogios as filhas.

27. Comunique nossas decisões as pessoas interessadas.

28. Envie dinheiro a estas instituições beneficentes.

29. Nada posso dizer-lhe a respeito disso.

30. Não posso mais comprar a crédito.

CASOS ESPECIAIS

1. Crase com os pronomes demonstrativos:

AQUELE (S), AQUELA (S), AQUILO. Basta trocar os pronomes aquele, aquela, aquilo por este, esta, isto. Se, na troca, surgir a este (ou a esta, a isto), existirá crase. Se surgir apenas este (ou esta, isto), não existirá crase. 2. Nomes de lugar. VOLTEI DE = A VOLTEI DA = À 3. Crase com “A QUE” “A DE”

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Intensivo Oficial de Justiça– TJ/RS 40

4. Palavras como “MODA” podem funcionar ocultamente para efeitos da crase. EXERCÍCIOS II

Acentue o “a”, se for necessário,

1. Li aquela questão com muita atenção.

2. Chegamos aquela conclusão depois de muita discussão.

3. Essa notícia é triste; a que ouvi ontem era mais alegre.

4. As revoltas de hoje são semelhantes as de anos anteriores.

5. Nas férias, irei a Blumenau.

6. Transmita aquele funcionário as instruções necessárias.

7. Vamos a Bahia ou a Santa Catarina nas próximas férias?

8. Fui a Europa, depois a Ásia.

9. Fui a Natal, depois a Fortaleza.

10. Fui a Natal das praias inesquecíveis.

11. Finalmente, chegamos a Florianópolis das quarenta e duas praias.

12. Transmita aquelas pessoas os meus cumprimentos.

13. Aquele velho homem devo tudo que eu sei.

14. Era difícil contar aquela gente o que estava acontecendo.

15. Sonhei com aquela festa por anos e anos.

16. Dirigiu-se a Brasília rapidamente.

17. Ela deseja comprar uma cama igual a que comprei.

18. Quero um belo peixe a florentina.

19. Naquele dia, queríamos um bife a pé.

20. Ele faz poemas a Carlos Drummond de Andrade.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 41

5. Crase facultativa 6. “A” ou “HÁ” 7. Crase com as palavras “TERRA”, “CASA’’ e “DISTÂN CIA” 8. Crase diante de PARTES DO DIA e HORA

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Intensivo Oficial de Justiça– TJ/RS 42

OBSERVAÇÕES FINAIS

EXERCÍCIOS III

Use a crase quando necessário.

1. O tempo dedicado a suas alunas mais problemáticas era muito pouco.

2. Resolva a sua questão com ele.

3. Sempre serei fiel a seu ideal.

4. Não fiz qualquer alusão a sua maneira de agir, nem me submeterei as suas exigências.

5. Limite suas críticas a minha roupa.

6. Apelei a Lúcia.

7. Adoro a Cristina.

8. Refiro-me a João.

9. Fez vários elogios a Maria.

10. Refiro-me a tua colega e as tuas amigas, mas nada sei sobre as nossas primas.

11. Isso diz respeito a nossas vizinhas.

12. Saiu ____ três horas.

13. Voltará daqui ____ cinco minutos.

14. _____ anos conclui o Ensino Médio.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 43

15. ____ dois meses estou só, por isso estou carente.

16. A encomenda chegará daqui ____ dois meses.

17. Paloma forçou o motorista a voltar a casa do empresário.

18. Chegamos cedo a casa.

19. Vários marinheiros preferiram não descer a terra ontem.

20. Fui a velha casa onde passei minha infância.

21. Preciso ir a terra dos meus antepassados.

22. A igreja fica a distância de vinte metros daqui.

23. Cheguei a noite.

24. Chegou a noite rapidamente.

25. Viajarei a uma hora.

26. Viajaremos a uma fazenda em Tapes.

27. Ele sairá as dez horas.

28. Espero desde as dez horas.

29. A aula terá de duas a três horas de duração.

30. Trabalharei das onze a uma hora.

31. Estudaremos de segunda a segunda.

32. Teremos aula da terça a quinta.

IMPORTANTE ! O acento indicativo de crase é usado nas expressões adverbiais, nas locuções prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas: à tarde à chave às escondidas à noite à escuta à sombra de à direita à deriva à exceção de Às claras às turras à força de Às avessas às moscas à frente à toa à beça à esquerda Às vezes às ocultas à revelia à luz à larga às ordens Às escondidas à medida que à procura de à imitação de à proporção que à semelhança de

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EXERCÍCIOS I Acentue o “a”, se for necessário, 1. É hora de dar um basta a essa barbárie. 2. A pesquisa não se refere a questões polêmicas. 3. Fizemos alusão à opinião de João. 4. Dê o cartão a Sua Excelência. 5. Ela não fez referência à tese discutida. 6. Você está se referindo a secretárias? 7. Quando chegamos à igreja, começou a chover. 8. À morte ninguém foge, por mais que nos apeguemos a esta vida. 9. Devemos dar atenção às leis de trânsito. 10. A princípio, o deputado levava a sério a função exercida. 11. Levou a carta à amante. 12. Chegamos à conclusão de que nada foi feito. 13. Enviou a quantia a uma instituição beneficente. 14. Graças à precaução tomada, conseguimos um bom resultado. 15. Escreveu à universidade, solicitando a entrega do diploma. 16. À inteligência de alguns pesquisadores deve a humanidade as primeiras conquistas e os primeiros passos rumo a civilização. 17. Induziu a namorada a acompanhá-lo. 18. Renata sempre foi contrária às atitudes do pai. 19. Veio a cavalo e chegou a tempo de trazer a mensagem a todos. 20. Ficou a contemplar a paisagem. 21. Esta avenida é paralela à avenida que passa pela minha casa. 22. Algumas pessoas foram à Igreja. 23. Alguns alunos se referiram a você. 24. Ninguém encontrou a saída. 25. Não direi nada a Vossa Excelência. 26. A mulher fez elogios às filhas. 27. Comunique nossas decisões às pessoas interessadas. 28. Envie dinheiro a estas instituições beneficentes. 29. Nada posso dizer-lhe a respeito disso. 30. Não posso mais comprar a crédito. EXERCÍCIOS II 1. Li aquela questão com muita atenção. 2. Chegamos àquela conclusão depois de muita discussão. 3. Essa notícia é triste; a que ouvi ontem era mais alegre. 4. As revoltas de hoje são semelhantes às de anos anteriores. 5. Nas férias, irei a Blumenau. 6. Transmita àquele funcionário as instruções necessárias. 7. Vamos à Bahia ou a Santa Catarina nas próximas férias? 8. Fui à Europa, depois à Ásia. 9. Fui a Natal, depois a Fortaleza. 10. Fui à Natal das praias inesquecíveis. 11. Finalmente, chegamos à Florianópolis das quarenta e duas praias. 12. Transmita àquelas pessoas os meus cumprimentos. 13. Àquele velho homem devo tudo que eu sei. 14. Era difícil contar àquela gente o que estava acontecendo. 15. Sonhei com aquela festa por anos e anos. 16. Dirigiu-se a Brasília rapidamente. 17. Ela deseja comprar uma cama igual à que comprei. 18. Quero um belo peixe à florentina. 19. Naquele dia, queríamos um bife a pé. 20. Ele faz poemas à Carlos Drummond de Andrade.

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EXERCÍCIOS III 1. O tempo dedicado a suas alunas mais problemáticas era muito pouco. 2. Resolva a sua questão com ele. 3. Sempre serei fiel a seu ideal. 4. Não fiz qualquer alusão à/a sua maneira de agir, nem me submeterei às suas exigências. 5. Limite suas críticas a/à minha roupa. 6. Apelei a/à Lúcia. 7. Adoro a Cristina. 8. Refiro-me a João. 9. Fez vários elogios a/à Maria. 10. Refiro-me à/a tua colega e às tuas amigas, mas nada sei sobre as nossas primas. 11. Isso diz respeito a nossas vizinhas. 12. Saiu __há/às__ três horas. 13. Voltará daqui __a__ cinco minutos. 14. _Há____ anos conclui o Ensino Médio. 15. _Há___ dois meses estou só, por isso estou carente. 16. A encomenda chegará daqui __a__ dois meses. 17. Paloma forçou o motorista a voltar à casa do empresário. 18. Chegamos cedo a casa. 19. Vários marinheiros preferiram não descer a terra ontem. 20. Fui à velha casa onde passei minha infância. 21. Preciso ir à terra dos meus antepassados. 22. A igreja fica à distância de vinte metros daqui. 23. Cheguei à noite. 24. Chegou a noite rapidamente. 25. Viajarei à uma hora. 26. Viajaremos a uma fazenda em Tapes. 27. Ele sairá às dez horas. 28. Espero desde as dez horas. 29. A aula terá de duas a três horas de duração. 30. Trabalharei das onze à uma hora. 31. Estudaremos de segunda a segunda. 32. Teremos aula da terça à quinta.

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CRASE

01. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhadas das frases abaixo. Assim, se a condessa se indispõe ............ duas horas da manhã – zás -, em um salto estás lá. E se ................. noite o senhor conde deseja alguma coisa – crac! -, em três saltos, eis-me diante dele. Rosina: Não diga isso ................. ninguém! a) às – à – a b) às – a – à c) às – à – à d) as – a – a e) as – à – à 02. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhadas das frases abaixo. Nem a figura da avó escapou, pois se revelou perversa e agressiva com a pobre neta órfã, que tem visões paranormais da mãe exemplar que lhe concedia excelente padrão de vida dedicando-se ................... prostituição e foi vítima de uma bala perdida. Quanto ............... instituições, foi lastimável o total desprestígio da Justiça. No último capítulo, a cena mais deplorável foi a surra que o pai infligiu ................ filha, expondo-a e humilhando-a em seu local de trabalho. a) à – as – a b) à – às – à c) à – às – a d) a – as – à e) a – as – a

03. (FAURGS) Considere, a partir de frases do texto, as seguintes afirmações a respeito do emprego do sinal de crase e do emprego de preposições ou contrações destas com o artigo. I - .... pensar na história do Rio Grande do Sul, terra de fronteira, implica necessariamente pensar no grande papel dos militares, porque nosso Estado foi durante muitas décadas a única fronteira viva, primeiro entre o império português e o espanhol, depois entre nosso país e os vizinhos do Prata, Argentina e Uruguai. A inclusão da preposição em após a forma verbal implica , no contexto em que aparece, não acarretaria erro à frase, pois a regência do verbo permite também esse uso. II – Assim é que “fazer rancho”, ir ao “súper” e tantas outras coisas são, para nós, muito comuns. A substituição de o súper , que aparece no segmento ao “súper” por a venda criaria, na respectiva oração, condições para o emprego da crase. III - Assim é que “fazer rancho”, ir ao “súper” e tantas outras coisas são, para nós, muito comuns. A contração ao poderia ser substituída por no sem acarretar erro à frase, pois, de acordo com a norma culta, essa regência, no contexto, também pode ser usada. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) I, II e III 04. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhadas das frases abaixo. Seus versos são de uma riqueza literária .......... altura dos grandes poetas nacionais. Esse verso será sempre cantado pelos intérpretes da música popular devido ........... força da criação de Orestes Barbosa, um homem que se preocupava com o leite das crianças brasileiras. Por causa dessa sua grande importância, não podemos esquecer o criador desse verso e de muitos outros, como aqueles que poderiam ser dedicados .......... alguma habitante de uma certa cidade do Rio Grande do Sul: a) à – à – à b) a – a – a c) à – a – a d) a – a - à e) à – à – a

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 47

05. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas com espaço contínuo das frases abaixo Mas a velha vilã também é uma aliada: a dor é um alarme que nos adverte sobre ameaças ________ saúde. Ataca o aparelhinho impertinente, desliga o alarme e volta _________ dormir, ou checa minuciosamente os compartimentos de sua casa para certificar-se de que ninguém tentou invadi-la? A resposta óbvia _________ essa situação é o primeiro passo para se compreender por que alguns estudiosos estão preocupados com o hábito do homem moderno de suprimir a dor indiscriminadamente, sem procurar saber sobre suas causas. a) à – à – à b) à – a – a c) a – a – a d) a – à – à e) à – a - à 06. As lacunas das frases abaixo são preenchidas, correta e respectivamente por Aprendi a ver que os filhinhos-de-papai tinham coisas mas não eram ou apenas eram porque tinham e passei a odiar .............. palavra status, que recém entrara na moda. E isso não era muito difícil: bastava ler, aprender, estudar, e, na medida em que lia, aprendia e estudava, mais reverenciava ........... vida e os seres humanos. Nunca soube de nenhum grande artista ou revolucionário que vivesse para amealhar fortuna ........... custa dos outros. a) à – à – à b) à – à – a c) à – a – à d) a – à – a e) a – a – à 07. (FAURGS) As lacunas das frases abaixo, devem ser preenchidas, respectivamente por Pelo que entendi do que relatou o corsário Richard Hawkins da viagem que fez ........... América, nos primeiros anos da década de 1590, Aconselhava a ser cortês, quer dizer, ............ não roubar tudo; não tocar em coisas pessoais de gente importante, não tocar em gente importante e deixar o bastante para que pudessem sobreviver. Talvez o mais surpreendente nisso tudo seja a naturalidade com que o saque era encarado por todos, vítimas e piratas: o saque era visto apenas

como mais uma forma de negócio, o que nos força ........... dar uma olhada ao redor. a) à – a – a b) à – à – a c) a – à – à d) a – a – à e) à – a – à 08. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhas das frases abaixo. “Já sei”, cortou o legista, “os senhores querem assistir .............. autópsia.” Eu lhes digo o que vou fazer: permitirei a entrada de um dos senhores, para que assista .......... esta tarefa, que, infelizmente, tem que ser executada, está na lei.” Os três homens, que começavam ............. falar, silenciaram abruptamente. a) à – à – à b) a – à – à c) à – a – à d) a – a – a e) à – a – a 09. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhadas das frases abaixo. Ir ............ igreja passa então a ser uma atividade secundária. “Se o criminoso decide agir é porque mentalmente chegou à conclusão de que tem chances de sair ileso e, em caso de ser preso, pagar um preço não exorbitante ......... sociedade.” Se ele percebe que as suas ações não vêm tendo sucesso, conclui que não vale ............. pena investir nelas. a) à – à – a b) a – à – à c) à – a – à d) à – à – à e) a – a – a

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10. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhadas da frase abaixo. Negros, estrangeiros, epilépticos, prostitutas, alcoólatras e tatuados eram presenteados como perigosos ......... harmonização social e aproximados .......... criminalidade, pois poderiam levar .......... degeneração, tanto individual como coletiva, pela dissolução da moral e dos costumes, num processo semelhante ao contágio. a) a – a – a b) à – à – à c) a – a – à d) à – à – a e) à – a – a 11. (FAURGS) As lacunas com traço contínuo das frases abaixo são preenchidas, correta e respectivamente por É muito difícil escapar ________ ingênua idealização. No passado, os heróis eram figuras ligadas _______ movimentos militares e/ou políticos. É só ir ao estádio de futebol ou olhar ______ tela da tevê. a) à – a – a b) a – à – a c) à – à – a d) a – à – à e) à – a – à 12. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas com traço contínuo nas frases abaixo. Chegar _____ eliminação das drogas não pelo ataque _____ oferta ou ao consumo, mas tratando aqueles que já estão dependentes da droga..... Os burocratas resistem _____ admitir, mas o mundo já perdeu a guerra contra as drogas. Constatado tal erro, os agentes públicos buscam agora uma meta que substitua ______ antiga utopia e estão encontrando alternativas promissoras. a) à – a – a – à b) à – à – a – a c) a – à – à – a d) a – à – a – à e) à – a – à – à

13. (FAURGS) Considere as seguintes sugestões de mudança em frases do trecho abaixo. ao ficar desempregada, resolveu apostar na educação. além da discussão sobre a realidade social. Márcia se sentiu estimulada a fugir da mesmice. I – Substituição de apostar por recorrer na linha 13. II – Substituição de sobre por relativa na linha 24. III – Substituição de estimulada por encorajada na linha 37. Quais delas criaram, na sua respectiva oração, o contexto para o emprego do sinal indicativo de crase? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 14. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas com traço contínuo no texto.

Quanto mais analisamos ________ relações entre educador e educandos, na escola, em qualquer de seus níveis (ou fora dela), parece que mais nos podemos convencer de que essas relações apresentam um caráter especial e marcante. quando não falar ou dissertar sobre algo completamente alheio ______ experiência existencial dos educandos vem sendo, realmente, a suprema inquietação dessa educação, a sua irrefreada ânsia. Se o educador é que sabe, se os educandos são os que nada sabem, cabe ______ dar, entregar, levar, transmitir o seu saber aos segundos. a) as – a – àquele. b) as – à – àquele. c) às – a – aquele. d) às – à – aquele. e) às – à – àquele.

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15. (FAURGS) Considere as seguintes sugestões de alteração de passagens do texto. Com isso não me refiro aos ornamentos que adotamos para falar e escrever. Penso nas formas que se impõem naturalmente quando descrevemos a nossa experiência e o sentimento de quem somos. Logo se insinuaria a convicção de que o descaso é um vício tupiniquim. I – Substituição da palavra ornamentos (primeira linha) por figuras de estilo. II – Substituição da forma verbal descrevemos (segunda linha) por examinamos. III – Substituição da forma verbal se insinuaria (quarta linha) por chegaríamos. Quais delas criaram as condições para o emprego do sinal de crase no contexto de suas respectivas orações? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 16. (FAURGS) As lacunas do trecho a seguir devem ser preenchidas, respectivamente, por Ele era o pintor histórico da. Missão Artística Francesa que chegou ........ então colônia de Portugal, em 1816, com o objetivo de retratar .......... vida na corte. Debret, que, em vez de integrar ........ Missão Francesa que iria .......... Rússia, optou pelo Brasil parece não ter-se arrependido. a) à – a – a – à. b) a – a – à – à. c) à – a – à – à. d) a – à – a – a e) à – à – à – à. 17. (FAURGS) Considere as seguintes afirmativas relativas ao emprego da crase. 1. Era como se ele se tivesse longamente submetido à crença de que não era preciso bater no peito e gritar “sou negro” ou protestar contra as discriminações, considerando bastante ter uma vida digna e afirmar-se social e intelectualmente como fizera seu pai. 2. É revelador de profunda verdade sobre essa questão no Brasil o fato de Gil ter sido um exemplo perfeito de filho de “preto doutor” I – Caso ao invés de crença (trecho 1 tivéssemos princípio, as condições para o emprego da crase na oração seriam alteradas.

II – Caso ao invés de protestar (trecho 1) tivéssemos opor-se, seriam criadas no contexto desta oração as condições para o emprego da crase. III – Caso ao invés de sobre (trecho 2) tivéssemos quanto, seriam criadas no contexto desta oração as condições para o emprego da crase. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II e) I, II e III. 18. (FAURGS) As lacunas do trecho abaixo devem ser preenchidas, respectivamente, por Agora, a Dupont outras empresas nada virtuais como a centenária John Deere, fabricante de máquinas agrícola fundada em 1837, estão se associando _______ cooperativas de agricultores nos Estados Unidos. Engana-se quem pensa que arado, colheitadeira, trator, vacas, porcos e galinhas pouco têm ______ ver com a rede mundial. Quanto à Internet, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Marketing Rural com 2050 produtores de dez Estados brasileiros revelou que 4% já estão conectados _____ rede e outros 18% têm computador. a) a – à - a. b) à – a – à. c) a – à – à. d) à – a - a. e) a – a – à. 19.(FAURGS) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas no trecho abaixo. A palavra humor vem do latim e significa algo que flui, que se movimenta internamente. Tem ...... ver com disposições, impulsos e reações emocionais, geralmente sem consciência. Por outro lado, senso diz respeito ....... habilidade de apreciar ou compreender um fato. Desse modo, senso de humor refere-se ...... capacidade de apreciar conscientemente uma situação estabelecendo certa distância do mundo. a) a – a - a. b) à – à - a. c) à – à – à. d) à – a – à. e) a – à – à.

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20. (FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhadas do texto O homem foi criado ...... semelhança de Deus, repetem os religiosos desde que o mundo é mundo. Ao humanizar ..... figura divina, Cacá alerta que não pretendeu fazer um filme religioso ou teológico O Deus de Cacá bota o pé nas estradas empoeiradas do Nordeste .... procura de um santo substituto para que possa finalmente tirar umas merecidas férias. a) a – à – à. b) à – a - a. c) à – à - a. d) a – a – à. e) à – a – à. 21. (FDRH) Em qual das frases abaixo, o sinal de crase deve obrigatoriamente ser usado? a) O governo deve conceder prioridade a medidas gerais. b) A exploração das crianças está vinculada a injustiça social. c) Este programa pode impelir os pais a valorizar o estudo. d) O combate ao trabalho infantil não pode ficar a cargo de programas limitados. e) O sucesso da criança na escola esta relacionado a sua assiduidade. 22. (FDRH) Todas as substituições abaixo criam condições para o uso de crase, EXCETO a de a) É assim que o espírito de papai noel toma conta da programação de TV – Trocar toma conta por comparece. b) Longe de ser um modo de amar ao próximo – Trocar Próximo por alguém. c) O telespectador é instado a doar seus trocados – Trocar Doar seus trocados por doação de seus trocados. d) Menos pelos benefícios que proporcionará aos outros e mais pelos prazeres que experimentará ao fazer a doação – Trocar outros por outras pessoas. e) As campanhas de filantropias se aproveitam da imagem dos miseráveis para comover sua clientela – Trocar se aproveitam por se referem. 23.(FDRH) Considere as afirmativas abaixo I – Alguns indicativos se contrapõem a esta verificação (a locução a esta poderia ser substituída sem correção e sentido da frase por à.) II – Isto significa que, apesar da redução, as pessoas continuam se acidentando. (Se o trecho

as pessoas continuam se acidentando fosse modificado para as pessoas continuam a se acidentar, haveria alteração também no sentido da frase.) III – Os benefícios normalmente concedidos estão relacionados a acidentes sem afastamento. (Na expressão a acidentes, o a poderia ser substituído, sem que alterasse o sentido e correção da frase, por aos.) Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas III c) Apenas I e II d) Apenas II e III e) I, II e III 24. (FDRH) A alternativa que preenche corretamente as lacunas abaixo é: Exigência do Ministério Público ou ocorrência _____ um acidente grave. Conforme o Sinditest, estudos internacionais comprovam que ____ cada dólar investido em prevenção, _____ uma economia de sete dólares. a) em – a – à b) de – à – a c) por – a – há d) em – á – há e) de – a – há 25. (FAURGS) O período em que devem ser utilizados dois acentos indicativos de crase é a) A despeito da falta de técnicos especializados entre nós, o mercado tende a valorizar o profissional de formação mais genérica. b) Quem está a par do que acontece na economia brasileira fica a espera de uma ação mais enérgica das autoridades. c) O articulista não faz menção apenas aquilo que acontece nas grandes potências, mas também a situação de países em desenvolvimento, como o Brasil. d) As empresas também cabe zelar pela qualidade da educação a que os filhos de seus funcionários têm acesso. e) A formação direcionada a áreas especilizadas pode não ser bem-sucedida se a ela não se integrar um conhecimento mais amplo do mundo e das pessoas. CRASE 01. A 06. E 11. A 16. A 21. B 02. B 07. A 12. B 17. D 22. B 03. B 08. E 13. D 18. E 23. B 04. E 09. A 14. B 19. E 24. E 05. B 10. B 15. D 20. E 25. C

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 51

DIVISÃO SILÁBICA

REGRA GERAL:

A divisão silábica é feita pela soletração.

Pré-requisitos

Não se separam:

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Separam-se Exercícios vaidade sério sapataria faísca iguais adjetivo exceção rapto perspicaz técnico fachada caolho preencher queijo transtorno

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 53

interurbano piscina zoológico desçam abstrato bisavô desatento Paraguai Paraguaio Raio ideia excluir ai aí cai caí excesso afta víamos duelo vôlei gnomo fórceps submarino sublocar

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 54

Respostas vai-da-de sé-rio sa-pa-ta-ri-a fa-ís-ca i-guais ad-je-ti-vo ex-ce-ção rap-to pers-pi-caz téc-ni-co fa-cha-da ca-o-lho pre-en-cher quei-jo trans-tor-no in-te-rur-ba-no pis-ci-na zo-o-ló-gi-co des-çam abs-tra-to

bi-sa-vô de-sa-ten-to Pa-ra-guai Pa-ra-guai-o rai-o i-dei-a ex-clu-ir ai a-í cai ca-í ex-ces-so af-ta ví-a-mos du-e-lo vô-lei gno-mo fór-ceps sub-ma-ri-no sub-lo-car

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 55

HÍFEN

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56 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Complete, usando hífen quando necessário:

Arqui + secular

Pseudo + original

Pseudo + crítica

Porta + voz

Arranha + céu

Pré + vestibular

Pro + seguir

Bio + grafia

Sub + locar

Neo + latino

Neo + romano

Contra + indicado

Extra + oficial

Ex + presidente

Vice + rei

Micro+ onda

Pré+ determinado

Ante + ontem

Super + homem

Ultra + sensível

Sub + alimentado

Semi + círculo

Infra + estrutura

Auto + infração

Super + requintado

Inter+ vocálico

Rio + grandense

Anti + anêmico

Hiper + sensibilidade

Sub+ linhar

Sub+alterno

Inter+ nacional

Multi + nacional

Anti+ inflamatório

Micro+ saia

Anti+ protocolar

Mal+ humorado

Contra+ veneno

Tele+ entrega

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 57

Sobre+ loja

Áudio+metria

Sub+ gerente

Bio+ ritmo

Bem + te +vi

Micro +ônibus

Pré + existente

Sub + base

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58 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Respostas

Arquissecular

Pseudo-original

Pseudocrítica

Porta-voz

Arranha-céu

Pré-vestibular

Prosseguir

Biografia

Sublocar

Neolatino

Neorromano

Contraindicado

Extraoficial

Ex-presidente

Vice-rei

Micro-onda

Pré-determinado

Anteontem

Super-homem

Ultrassensível

Subalimentado

Semicírculo

Infraestrutura

Autoinfração

Super-requintado

Intervocálico

Rio-grandense

Antianêmico

Hipersensibilidade

Sublinhar

Subalterno

Internacional

Multinacional

Anti-inflamatório

Microssaia

Antiprotocolar

Mal-humorado

Contraveneno

Telentrega

Sobreloja

Audiometria

Subgerente

Biorritmo

Bem-te-vi

Micro-ônibus

Pré-existente

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 59

RELAÇÃO ENTRE SONS E LETRAS, PRONÚNCIA E GRAFIA

1. FONEMA:

qualquer unidade sonora capaz de estabelecer distinção entre palavras de uma língua.

2. LETRA:

representação gráfica do fonema.

3. FONEMAS E LETRAS −−−− COMPARAÇÕES

3.1. Uma palavra pode apresentar o mesmo número de fonemas e letras.

3.2. O número de fonemas de uma palavra pode ser menor que o número de letras.

3.3. O número de fonemas de uma palavra pode ser maior que o número de letras.

3.4. O mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra.

Exs.:

3.5. A mesma letra pode representar mais de um fonema.

Exs.:

LÍNGUA PORTUGUESA II PROFESSOR MARCELLO

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60 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

4. DÍGRAFO

4.1. São dígrafos consonantais:

CH -

LH -

NH -

RR -

SS -

QU -

GU -

SC -

SÇ -

XC -

4.2. São dígrafos vocálicos:

Ocorre quando as letras “m” e “n” não representam consoantes, mas tão-somente indicam que a vogal

anterior é nasal. É o que ocorre, por exemplo, em:

AM - AN: amplo, cantar

EM - EN: sempre, rente

IM - IN: limpo, pinto

OM - ON: sombra, conta

UM - UN: tumba, fundo

ATENÇÃO:

EXERCÍCIOS DE AULA

Indique o número de fonemas das palavras abaixo.

( ) encantam ( ) extenso

( ) guerrilhazinha ( ) nexo

( ) flagrante ( ) água

( ) caixa ( ) queixo

( ) fax ( ) fácil

( ) hora ( ) harém

( ) articulador ( ) falso

( ) inexorável ( ) ontem

( ) assassinassem ( ) anjinho

( ) fechar ( ) folha

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 61

QUESTÃO TÍPICA

Na fala, frequentemente fazemos acréscimos ou supressões de fonemas nas palavras. Tais fatos de pronúncia, contudo, não são registrados na escrita. Todas as palavras abaixo, considerando sua pronúncia na linguagem coloquial, se encaixam nesse caso, à exceção de a) verdadeira b) tampouco c) capturado d) balé e) ficção

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62 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

QUESTÕES FONEMAS

01. (FAURGS) A pronúncia coloquial de algumas palavras da língua portuguesa costuma apresentar o acréscimo de um som vogal entre certas consoantes, como ocorre em pneu (“peneu”) ou ritmo (“ritimo”). Assinale a palavra do texto em cuja pronúncia é comum o mesmo fenômeno. a) laranjeiras b) magnífica c) ambicionam d) empurra e) conforto 02. (FAURGS) Considere as seguintes afirmações quanto à relação entre letras e fonemas em palavras do texto. I – As letras sublinhadas nas palavras expressão , prefix o e abaix o representam fonemas diferentes. II – As palavras brasileiro , interlocutor e universo têm, cada uma delas, o mesmo número de letras e de fonemas. III – Os segmentos sublinhados nas palavras subs tantivo , march a e portugu ês pertencem ao caso em que um único fonema é representado por mais de uma letra. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas I e II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 03. (FAURGS) As palavras advogada e designar costumam ser pronunciadas por algumas pessoas como adevogada e desiguinar , erroneamente. Assinale, dentre as palavras abaixo citadas, a que passa pelo mesmo processo. a) pneu b) querendo c) rasga d) surto e) touca 04. (FAURGS) A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as letras que a compõem é a) amanhã b) queria c) machado d) possibilidade e) cápsulas 05. (FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre a relação entre letras e fonemas em palavras do texto. I – A letra z em razões e dez representa fonemas diferentes, assim como a letra s em desafio e bras ileiros .

II – Em cada uma das seguintes palavras: reconh eceu , nasc imento e trabalh ista não há correspondência entre o número de letras e o de fonemas, pois os grupos nh , sc e lh representam, cada um, um único som. III – Os segmentos destacados em cons eguir , populaç ão e press upostos representam o mesmo fonema. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e II d) Apenas I e III e) Apenas II e III 06. (FAURGS) Assinale a alternativa cujo grupo de palavras contém uma em que o número de fonemas é maior do que o de letras. a) elixir – bilhetinhos – exercícios b) detalhes – conhecimento – sangüíneos c) melhor – irrigados – neuroquímico d) intelectual – treinada – observou e) atividades – conexão – neurônios 07. (FAURGS) Assinale a palavra em que a letra X representa, na pronúncia usual, mais de um som. a) aproximação b) explicariam c) inexorável d) paixão e) extraordinário 08. (FAURGS) Assinale a alternativa em que os segmentos sublinhados nas duas palavras representam um só fonema. a) ganha – opção b) indigna – absurdas c) máquinas – nascem d) trabalhadores – problemas e) integração – barreiras 09. (FAURGS) Assinale a alternativa em que, em ambas as palavras, o número de letras é igual ao número de fonemas. a) qualquer – negativo b) significa – trabalho c) habilidade – algumas d) pessoas – através e) relacionadas – auxiliar 10. (FAURGS) Os segmentos sublinhados nas palavras retiradas do texto representam todos o mesmo fonema na alternativa a) força- você - realização b) desafio – exatamente – largueza c) compreensão – generosa – dessas d) desejamos – presteza – vive-se e) estilhaçar – usufruir – inexorável

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 63

11. (Oficial de Justiça – 1998 - OFFICIUM) Na Língua Portuguesa, um mesmo fonema pode ser representado por letras ou seqüências de letras diferentes, assim como a mesma letra ou seqüência de letras pode representar diferentes fonemas. Assinale a alternativa em que os segmentos grifados representam o mesmo fonema. a) concepções – reconhecer – social b) visível – existe – raízes c) recai – estereótipos – bairro d) sistema – seleção – criminosos e) taxa – expectativa – enxergar 12. (FAURGS) Todas as letras abaixo sublinhadas representam o mesmo fonema representado pela letra c na palavra parece, À EXCEÇÃO DE a) dimensões (linha 09). b) dissertar (linha 17). c) experiência (linha 18). d) verbosidade (linha 28). e) significação (linha 30). 13.(FAURGS) Na pronúncia da palavra característica (linha 01), como conseqüência da inserção de uma vogal, ocorre o acréscimo de uma sílaba não existente na escrita. Assinale a única alternativa em que se lista uma palavra no texto que NÃO sofre a mesma alteração. a) compreendo b) expectativa c) ignoram d) admite e) intelectuais 14. (FAURGS) A alternativa em que as duas palavras citadas têm maior número de letras do que de fonemas é a) humor – disposições b) flui – Aqui c) cachorro – habilidade d) gestos – vitória e) criamos – pessoas 15. (FAURGS) A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as letras que a compõem é a) importância b) milhares c) sequer d) técnica e) adolescente

16. (FAURGS) Considere os fenômenos fonéticos a seguir: 1 - letra que representa mais de um fonema; 2 - letra que não representa nenhum fonema; 3 - correspondência total de fonemas e letras. Assinale a alternativa cujas palavras apresentam, na ordem em que são citados, os fenômenos fonéticos acima. a) reflexões – hábito – executada b) herma – clássica – exceção c) fachada – Recorremos – reflexões d) pontilhada – herma – clássica e) pontilhada – herma – clássica 17.(FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre as relações entre fonemas e grafia de palavras. I - A pronúncia coloquial da palavra corrupção pode apresentar um fonema que não está representado na escrita. II - As palavras hipócritas e pequenos são grafadas com números de letras maior que o número de fonemas na sua pronúncia. III- As letras destacadas nas palavras demoniz a e exemplos representam o mesmo fonema. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) I, II e III 18. (FAURGS) A pronúncia do verbo driblar é alterada com freqüência na linguagem popular. A razão provável dessa alteração é a) o uso freqüente dessa palavra em conversas a respeito do futebol. b) a semelhança entre /dr/ a seqüência inexistente em português /dl/. c) a complexidade da estrutura de complementação desse verbo. d) a complexidade do evento que o verbo descreve. e) a presença de dois encontros consonantais em uma só palavra. 19. (FAURGS) Assinale a alternativa em que o segmento sublinhado não corresponde ao fonema representado pela letras x na palavra máximo . a) astucioso b) se c) profissionais d) população e) exige

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64 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

20. (FAURGS) Na fala, freqüentemente fazemos acréscimos ou supressões de fonemas nas palavras. Tais fatos de pronúncia, contudo, não são registrados na escrita. Todas as palavras abaixo, considerando sua pronúncia na linguagem coloquial, se encaixam nesse caso, à exceção de a) verdadeira (l. 3) b) tampouco (l. 14) c) capturado (l. 16) d) balé (l 17) e) ficção (l. 28) 21. A alternativa em que todos os segmentos sublinhados representam o mesmo fonema é a) juízo – visões – supremo b) crescimento – razão – reside c) psicodélico – seduzir – consumidor d) amazônicas – exerça – overdose e) insulto – transmigração – gozo 22.(UFSM)Analise as af i rmações relacionadas com as al terações fonéticas. “Ele domina a número cinco, atenção, vai marcar, dá de chaleira. . . É goooool, sensacional! ” Se essa fala fosse transcri ta em nível coloquial, algumas palavras sofrer iam al terações, como: marcar . marcá chaleira . chalera sensacional . sensacionau I .Em marcá, houve queda de consoante f inal e deslocamento da sí laba tônica. I I .Em chalera, houve simpli f icação de um di tongo decrescente em vogal simples. I I I .Em sensacionau, houve subst i tuição da consoante f inal por semivogal, formando um di tongo crescente. Está(ão) correta(s): a) apenas I . b) apenas I I . c) apenas I I I . d) apenas I e I I . e) apenas I I e I I I . 23. Marcar a opção em que o segmento em negrito não forma dígrafo. a. qualquer b. velho c. adivinhar d. recorr ia e. confessar

24. Nas palavras Paquequer , Paraíba e caudal , ocorrem, respectivamente os seguintes encontros: a) ditongo – hiato – hiato; b) dígrafo – hiato – ditongo; c) ditongo – dígrafo – hiato; d) dígrafo – ditongo – ditongo; e) ditongo – dígrafo – ditongo. 25. Qual das palavras abaixo possui o mesmo número de fonemas de acontecendo a) incessante b) necessárias c) lingüística d) sensacional e) complexas FONEMAS 01. B 06. E 11. B 16. A 21. D 02. A 07. C 12. D 17. E 22. B 03. A 08. C 13. A 18. E 23. A 04. E 09. E 14. C 19. E 24. B 05. E 10. B 15. D 20. D 25. E

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 65

ACENTUAÇÃO GRÁFICA I. INTRODUÇÃO II. REGRAS DE ACENTUAÇÃO 1. Proparoxítonas As palavras proparoxítonas são todas acentuadas, sem exceção. Exemplos: África, Ângelo, pêssego, lâmpada, metafísica, pudéssemos, álibi 2. Oxítonas Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM, ENS. Exemplos: Maracujá, Taubaté, dominó, cafés, ananás, paletós, parabéns, vintém. → Prática:

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66 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

3. Paroxítonas

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, ON(S), R, L, N, X, OS, ditongos crescentes orais. Exemplos: Júri, íris, órfã, órfãs, sótão, órgãos, médium, álbuns, elétron, cátions, mártir, tórax, hífen, fácil, bíceps, áureo. → Prática: EXERCÍCIO DE AULA 1 – Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo. 1. O termo “néctar” é acentuado pela mesma razão que o termo “têxtil”. (__)

2. A palavra “sinonímia” é acentuada pelo mesmo motivo da palavra “cárcere”. (__)

3. O vocábulo “dissecá-la” é acentuado pelo mesmo motivo que determina acento na palavra “cachê”. (__)

4. Os termos “rubrica”, “pudico” e “ínterim” não devem receber acento gráfico. (__)

5. Os termos “nêutron” e “táxi” são acentuados devido a um mesmo motivo. (__)

6. A palavra “êxodo” recebe acento gráfico pelo mesmo motivo da palavra “polígono”. (__)

7. A palavra “têxtil” é acentuada pelo mesmo motivo que determina acento na palavra “régua”. (__)

8. O termo “carijó” é acentuado pelo mesmo motivo que o termo “xarás”. (__)

9. Caso a palavra “misantra” existisse em nossa língua e fosse paroxítona, ela não receberia acento gráfico. (__)

10. Caso a palavra “misantra” existisse em nossa língua e fosse oxítona, ela não receberia acento gráfico. (__)

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 67

4. Hiatos “I” e “U” Serão acentuados se preencherem quatro pré-requisitos:

⇨⇨⇨⇨

⇨⇨⇨⇨

⇨⇨⇨⇨

⇨⇨⇨⇨ Exemplos: 5. Ditongos abertos “ÉI”, “ÓI” e “ÉU”. Serão acentuados quando forem abertos e tônicos. Exemplos: 6. Hiatos “ÔO” e “ÊE” Serão acentuados quando preencherem um pré-requisito:

⇨⇨⇨⇨ Exemplos:

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68 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

7. O Trema Ocorrerá quando o “u” preencher três pré-requisitos:

⇨⇨⇨⇨

⇨⇨⇨⇨

⇨⇨⇨⇨ Exemplos: 8. Acento agudo sobre o “U” Ocorrerá quando o “u” for tônico. 9. Acentos diferenciais a) pára (verbo) x para (preposição) b) pôr (verbo) x por (preposição) c) pôde (passado) x pode (presente) d) têm/vêm (plural) x tem/vem (singular) e) pêlo (substantivo) x pelo (preposição) f) pélo/pélas/péla (verbo) x pelo/pelas/pela (preposição) g) pêra (substantivo) x pêra (preposição) h) pólo/pólos (substantivos) x polo/pólos (preposição arcaica) i) eles intervêm/mantêm (plural) x ele intervém/mantém (singular)

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 69

EXERCÍCIO DE AULA 2: Acentue, quando necessário, e aponte a regra que justifica a acentuação do vocábulo.

1. Obstruiram ⇨ _________________________________________

2. Proprio ⇨ _________________________________________

3. Acessivel ⇨ _________________________________________

4. Formidavel ⇨ _________________________________________

5. Substituia ⇨ _________________________________________

6. Substituiria ⇨ _________________________________________

7. Textil ⇨ _________________________________________

8. Gratuito ⇨ _________________________________________

9. Perdoa ⇨ _________________________________________

10. Mante-lo ⇨ _________________________________________

EXERCÍCIO DE AULA 3 – Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo.

1. Tanto o termo “côo” quanto o termo “relêem” são acentuados graficamente. (__)

2. As preposições “para” e “por” não recebem acentuação gráfica. (__)

3. As formas verbais “pára” e “pôr” devem receber acento gráfico. (__)

4. A palavra “baú” é acentuada pelo mesmo motivo que a palavra “diminuída”. (__)

5. Tanto o termo “escarcéu” quanto o termo “anzóis” são acentuados pela mesma razão. (__)

6. As palavras “herói” e “idéia” são acentuadas graficamente. (__)

7. O vocábulo “balaústre” é acentuado pelo mesmo motivo que o vocábulo “açaí”. (__)

8. “Qüinqüênio” e “agüinha” estão corretamente grafados. (__)

9. Existem em nossa língua tanto o vocábulo “convém” quanto o vocábulo “convêm”. (__)

10. O vocábulo “veículo”, se não acentuado, seguiria existindo em nossa língua. (__)

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70 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

QUESTÕES – BANCAS RS ACENTUAÇÃO GRÁFICA

01. (Arquiteto – Prefeitura de Alvorada/RS) Assinale a alternativa correta. a) nupcias – confortavel – agredí b) nupcias – confortavel – agredi c) nupcias – confortável – agredí d) núpcias – confortável – agredi e) núpcias – confortável – agredí 02. (Técnico Judiciário – TRT 4ª Região) Qual das palavras seguintes continuaria acentuada graficamente mesmo que na língua portuguesa não existisse a regra das proparoxítonas? a) clínica b) psiquiátrica c) médico d) cúmplice e) veículo 03. (Procurador – Prefeitura de Caxias do Sul/RS) Considere os três seguintes grupos de palavras acentuadas graficamente e as afirmações feitas subseqüentemente sobre eles. Grupo I – contraditório – decadência – implicância. Grupo II – época – fútil – saúde Grupo III – período – países – espírito I – A mesma regra justifica o emprego do sinal gráfico de acentuação nas palavras do grupo I. II– As palavras do grupo II são acentuadas graficamente devido a regras diferentes. III– As palavras do grupo III recebem sinal gráfico de acentuação em razão da mesma regra. Quais afirmações estão corretas? a) Apenas I b) Apenas I e II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 04. (Téc. em Higiene Dental – Prefeitura de Alvorada/RS) Assinale o par de palavras acentuadas de acordo com a mesma regra. a) até – fazê-lo b) é – época c) além – século d) língua – distraída e) insuportável – intérpretes

05. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS) A única palavra que, assim como Gravemente , é polissílaba e tem a sílaba tônica na penúltima sílaba é a) variações b) atravessou c) vínhamos d) tradução e) sinaleira 06. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS) Assinale o par em que a palavra da segunda coluna, pertence à mesma família da palavra da primeira, NÃO deve receber acento gráfico. a) Gaúcho – gauchada b) momento – momentaneo c) relato – relatorio d) automóvel – automobilistico e) dias – diarios 07. (MP/RS) A respeito das palavras insensíveis e cruel , é INCORRETO afirmar que a) ambas pertencem à mesma classe gramatical. b) a palavra insensíveis continuaria exigindo acento gráfico em sua forma singular, e a palavra cruel passaria a exigir sinal gráfico de acentuação em sua forma plural. c) a palavra sensibilidade pertence à mesma família de insensíveis , assim como a palavra crudelíssimo pertence à mesma família de cruel. d) elas não apresentam variação de gênero gramatical. e) a palavra insensíveis é acentuada pela regra que justifica o acento gráfico nas palavras que têm a antepenúltima sílaba tônica; já a palavra cruel não é acentuada devido à justificativa de que as palavras cuja sílaba tônica recai na última não recebem acento gráfico. 08. (Auxiliar de Perícias – IGP/RS) Assinale a alternativa correta a) Tuiutí – sairam – está(verbo) b) Tuiutí – sairam – esta(verbo) c) Tuiutí – saíram – está(verbo) d) Tuiuti – saíram – esta(verbo) e) Tuiuti – saíram – está(verbo) 09. (Contador – BANRISUL/RS) Qual das palavras abaixo recebe sinal gráfico de acentuação por motivo que não está relacionado com sua sílaba tônica? a) só b) média c) péssima d) cinqüenta e) sensível

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 71

10. (Técnico Científico – FAPERGS) A alternativa que apresenta duas palavras acentuadas devido a regras DIFERENTES é a) corsário – ganância b) três – cortês c) básicos – retórica d) impossível - considerável e) é – patuléia 11. (Advogado – FEBEM/RS ) A palavra que caso lhe seja retirado o acento, se transforma numa outra palavra da língua portuguesa é a) tranqüila b) espécie c) trêmula d) também e) já 12. (Assistente de Operações – TRENSURB/RS) Considere as seguintes afirmações sobre acentuação gráfica em palavras do texto I – Se fosse retirado o acento gráfico das palavras dúvida , contrário e trânsito , tal transformação resultaria em outras palavras da língua portuguesa. II – Justifica-se o sinal gráfico de acentuação em idéia e troféu pela mesma razão. III – Uma mesma regra determina o uso de acento gráfico em teríamos e Juízo Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) Apenas II e III 13. (Assistente Administrativo – SULGÁS) Analise as afirmações abaixo. I – As palavras pílula e cérebro recebem acento gráfico por serem proparoxítonas, as quais sempre são acentuadas graficamente. II – Os monossílabos tônicos é e dê são acentuados por um mesmo motivo, já os vocábulos memória e sangüíneos , embora ambos sejam paroxítonos, são acentuados devido a diferentes regras. III – Se o vocábulo saudável fosse escrito no plural, não continuaria a receber acento gráfico, já a forma verbal mantém , se a empregada no plural, passaria a ser grafada com acento circunflexo.

Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas II e III e) I, II e III 14. (Perito Químico – Forense – IGP/RS) Assinale a alternativa cujas palavras ou expressões estejam corretas. a) iniciá-la – alívio – imprescindível b) iniciá-la – álivio – imprescindível c) inicia-lá – alívio – imprescindível d) inicia-la – alivio – imprescindivel e) inicia-la – alívio – imprescindível 15. (Bibliotecário) Assinale a alternativa na qual as duas citadas tem o emprego de acento gráfico determinado pela mesma regra. a) arbitrárias - preferências b) francês - deficiências c) idênticos - também d) história - indecifrável e) imagináveis - fábula 16. (Psicólogo – SUSEPE/RS – FAURGS) Assinale a palavra cujo sinal gráfico de acentuação não se justifica por ser ela uma paroxítona. a) áreas b) caráter c) ódio d) construído e) indivíduos 17. (Advogado – SULGÁS/RS) Preenchem, correta e respectivamente, lacunas pontilhadas das frases abaixo: A verdade verdadeira é que os heróis de fato não aparecem na tevê nem .......... o seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria. Os heróis verdadeiros estão nas ruas, nas fábricas, nas lavouras, nos ônibus, nas escolas, nas casas, e nem sempre os telespectadores ............ . a) tem – vem b) têem – vêm c) têem – vêem d) têm – vêm e) têm – vêem

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72 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

18. (Motorista – FEBEM/RS) A alternativa em que a segunda palavra NÃO é acentuada pela mesma regra que determina o uso de acento na primeira é a) mágico – estímulos b) indispensável – está c) até – bebês d) matemático – cérebro e) inteligência – indivíduos 19. (Auxiliar de Contabilidade – BANRISUL/RS) Assinale a alternativa em que as duas palavras citadas NÃO são acentuadas em virtude da mesma regra. a) máquinas – últimos b) substituímos – políticos c) Indonésia – contrário d) ótimos – hipótese e) média – salários 20. (Escrivão de Polícia – Polícia Civil/RS) Considere as seguintes afirmações sobre acentuação. I – A palavra juiz receberia acento gráfico em sua forma plural. II – A palavra acessíveis deixaria de receber acento gráfico caso fosse passada para o singular. III – A palavra lençol receberia acento gráfico em sua forma plural. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 21. (Operador de Informática – EPTC/RS) Considere as afirmações abaixo sobre acentuação gráfica. I – Os vocábulos só e têm recebem sinal gráfico de acentuação pela mesma razão. II – O vocábulo além é acentuado a partir da mesma regra que preceitua o uso do acento nos vocábulos também e porém . III – As palavras indivíduo e nível , se escritas no plural, continuariam a receber acento gráfico. IV – As palavras através e evitá-lo obedecem a uma regra que diz que as oxítonas terminadas em s e o devem ser acentuadas.

Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas IV c) Apenas II e III d) Apenas II e IV e) I, II, III e IV 22. (Auxiliar de Radiologia – Prefeitura de Caxias do Sul/RS - FAURGS) A alternativa em que a segunda palavra é acentuada pela mesma regra que preceitua o uso de acento na primeira é a) água – gás b) saúde – mínimas c) você – magnésio d) está – cálcio e) carbônico – química 23. (Oficial Superior Judiciário – OFFICIUM) Embora o verbo construir não seja acentuado no infinitivo, muitas de suas outras formas deverão receber acento, como construído . Assinale a alternativa em que a forma verbal aparece incorretamente acentuada. a) constróem b) constrói c) construía d) construído e) construíste 24. (Bibliotecário-RS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhadas do texto. Decidiu remediar o problema, compilando uma lista de livros apropriados sob uma nova categoria que “salvaria o prestígio do catálogo” – uma categoria que ........... somente livros cujos títulos ele inventara. Não há dois livros idênticos. Uma vez que as estantes ........... todas as combinações possíveis do alfabeto e, assim, fileiras de algaravia indecifrável, todos os livros reais ou imagináveis estão representados: “a história ........... do futuro, as autobiografias dos arcanjos, o catálogo fiel da Biblioteca, milhares e milhares de catálogos falsos, a demonstração da falácia desses catálogos... a) incluia - contêm - minuciosa b) incluía - contêm - minunciosa c) incluía - contêm - minuciosa d) incluía - contém - minunciosa e) incluia - contém – minuciosa

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25. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre acentuação gráfica. I - A palavra magnífico recebe acento gráfico pela mesma regra que preceitua o uso do acento em básica . II– A retirada do acento das palavras crítica e experiências provocaria o aparecimento de duas outras palavras da língua portuguesa. III– A palavra português é acentuada pela mesma regra que exige acento em Saí. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. ACENTUAÇÃO 01. D 06. A 11. C 16. D 21. C 02. E 07. E 12. D 17. E 22. E 03. B 08. E 13. A 18. B 23. A 04. A 09. D 14. A 19. B 24. C 05. E 10. E 15. A 20. D 25. D

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ORAÇÕES (Nexos oracionais) 1. O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM: 2. INTRODUÇÃO: EXERCÍCIO DE AULA 1

1. Adorava missões difíceis, ________ aquela era excessivamente perigosa

2. Tentou todas as possibilidades e não obteve sucesso, ________ desistiu da viagem

3. Carlos terá de estudar muito, ________ será reprovado no concurso.

4. Não gostava de estudar, ________ pensava no futuro.

5. Carla era uma mulher inteligentíssima, ________ chamava a atenção dos homens.

6. Saia logo daqui, ________ há o risco de você ser agredido.

7. Deve haver uma explicação para o ocorrido, ________ ele jamais cometeria um erra tão bobo.

8. Viajarão para a praia, ________ não poderão comparecer ao churrasco.

9. Querias conquistá-lo, ________ não deverias ter agido de maneira tão fria.

10. Sai daqui agora, ________ vou te dar um soco.

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3. ORAÇÕES COORDENADAS a) Aditivos: e, nem, não só...mas também, não somente...mas ainda. Exemplos: b) Adversativos: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante. Exemplos: c) Alternativos: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja. Exemplos:

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d) Conclusivos: portanto, logo, por isso, por conseguinte, consequentemente. Exemplos: e) Explicativos: porque, pois. Exemplos:

EXERCÍCIO DE AULA 2

1. Jamais conseguira entender matemática, tampouco afeiçoou-se a professores dessa matéria.

2. Faça os deveres de casa agora, pois haverá confusão se receberes novas reprimendas da direção.

3. A economia brasileira não para de crescer, portanto cabe aos brasileiros orgulharem-se.

4. Costuma ter bom desempenho contra times do interior, todavia parece estar inseguro agora.

5. Ora grita com a pobre moça, ora a elogia enfaticamente.

6. Está sentindo-se deveras solitário; tem chorado, pois, escondido pelos cantos.

7. É possível que o casamento seja desfeito, porque as brigas só têm aumentado nos últimos tempos.

8. Procurou evitar a vergonha pública da família, contudo não é fácil preservar pessoas como aquelas.

9. As meninas não só são vaidosas ao extremo, mas também têm boa criação.

10. É importante que alguém consiga assumir o controle da situação, ou haverá problemas logo em seguida.

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4. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS a) CAUSAIS : porque, já que, desde que, uma vez que, visto que. Exemplos: b) CONFORMATIVOS: conforme, segundo, consoante, como. Exemplos: c) COMPARATIVOS: como, tal como, menos (do) que, mais (do) que, menor (do) que, maior (do) que, pior (do) que, melhor (do) que. Exemplos: d) CONSECUTIVOS: tão...que, tal...que. tamanho...que, tanto...que. Exemplos:

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e) FINAIS: a fim de, a fim de que, para, para que. Exemplos: f) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto mais...mais, quanto mais...menos, quanto menos...mais, quanto menos...menos. Exemplos: g) TEMPORAIS: quando, logo que, assim que, mal, apenas, antes que, depois que, sempre que. Exemplos: h) CONDICIONAIS: se, caso, a menos que, salvo se, contanto que. Exemplos: i) CONCESSIVOS: embora, ainda que, apesar de que, posto que, se bem que, mesmo que. Exemplos:

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EXERCÍCIO DE AULA 3

1. Porquanto se sentia renegado, sequer visitava o pai em datas comemorativas.

2. Costumava sentir tanto desprezo por pessoas cínicas que mal conseguia olhá-las de frente.

3. O namorado pediu um tempo à moça, posto que gostasse muito dela.

4. Ocorrem problemas gravíssimos toda vez que as duas resolvem reacender a disputa pelo poder.

5. Existe uma chance real de aprovação, contanto que o candidato se esforce o suficiente.

6. Segundo o último boletim médico, o estado de saúdo do senador mantém-se estável.

7. O portão passava a noite rugindo no silêncio, como um espírito atormentado.

8. Quanto maior for a angústia demonstrada pelos mais, maior tende a ser a ansiedade da criança.

9. A polícia vai enfrentar problemas na contenção dos torcedores, a não ser que receba um reforço.

10. Não vai haver nenhum tipo de disputa judicial, consoante os filhos da viúva afirmaram.

11. Tal foi a importância assumida por ela na empresa que ninguém agia sem uma ordem expressa.

12. Para que a presidente seja aceita pelos cidadãos, é necessário que tome as atitudes corretas.

13. À medida que as crianças crescem, os pais vão ganhando um pouco mais de tranquilidade.

14. Mal foi avisada a respeito do acidente, pressentiu que o pior poderia acontecer.

15. Os times costumam fazer amistosos no interior, visto que lá não há pressão da torcida.

16. O homem ficou sentado no chão chorando, tal qual uma criança mimada e insatisfeita.

17. Conquanto comunique ao árbitro que houve falta, sua atitude segue injustificável.

18. Pediu demissão, a fim de não ter mais de se submeter às ordens do chefe.

19. Uma vez que obteve a vitória judicial, proibiu a ex-esposa de ver a criança.

20. Uma vez que obtivesse vitória judicial, proibiria a esposa de ver a criança.

21. Desde que escalou com sucesso o Kilimandjaro, sente-se um homem realizado.

22. Desde que conseguisse escalar o Kilimandjaro, sentir-se-ia um homem realizado.

23. Como a equipe oponente desistiu de jogar a final, o Cruzeiro foi decretado campeão.

24. Após a vitória, os jogadores comemoravam o título como loucos.

25. A vitória ficou com a equipe paulista, como já havia informado o repórter local.

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5. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

⇨ ⇨ ⇨ ⇨ Introdução a) Restritivas: restringem ou limitam a significação do termo antecedente. Exemplo: Homem que é homem não foge da luta. b) Explicativas: explicam ou esclarecem o termo antecedente. Exemplo: O homem, que é racional, deve refletir antes de agir. EXERCÍCIO DE AULA 4 Classifique as orações abaixo de acordo com o código proposto, colocando vírgulas quando necessário. (1) Explicativa (2) Restritiva 1. Os gatos que são mamíferos têm muitas características semelhantes às dos humanos. ___

2. Os gatos que foram criados por aquela senhora estão hoje todos mortos. ___

3. O dólar que é a moeda americana está em franco processo de queda. ___

4. O dólar que te emprestei jamais voltará à minha carteira, não é? ___

5. O amor que é o mais nobre dos sentimentos anda em baixa hoje em dia. ___

6. O amor que Paulo dedicou a Joana não se vê por aí todos os dias. ___

7. Os homens que são mais quietos fazem sucesso entre o público feminino. ___

8. Os homens que são mais quietos do que as mulheres metem-se menos em confusão. ___

9. O Brasil que é o maior país da América Latina serve de exemplo para muitas nações. ___

10. O Brasil que pretendo deixar para o meu filho não é esse que hoje vemos. ___

11. Ayrton Senna que foi considerado o maior piloto da história orgulhava-se de ser brasileiro. ___

12. Os filmes da amostra que são argentinos fizeram sucesso entre o público presente. ___

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QUESTÕES – BANCAS RS NEXOS

01. (Técnico Judiciário – TRT 4ª Região) Uma delas, ainda que uma educadora bem sucedida profissionalmente, joga-se ao vício do alcoolismo, só controlando quando encontrou um par. O nexo ainda que na frase acima estabelece, entre as orações que une no texto, uma relação de a) finalidade. b) alternativa. c) comparação. d) tempo. e) concessão. 02. (Procurador – Prefeitura de Caxias do Sul/RS) A propósito do uso do nexo que nas frases abaixo, é INCORRETO afirmar que, a) Por imaginarmos que as últimas décadas de uma vida são apenas decadência e deterioração, criamos o tabu que reveste essa palavra. Os nexos que na frase acima, exerce funções diferentes nas respectivas orações. b) Detestar ou temer a velhice mostra que ela tem, para a maioria, a marca da incapacidade, do feio e da deterioração. O nexo que na frase acima, retoma a expressão a velhice. c) Quando não pudermos mais realizar negócios, viajar a países distantes ou dar caminhadas, poderemos ainda exercer afetos, agregar pessoas, ler bons livros, observar a humanidade que nos cerca, eventualmente lhe dar abrigo e colo. O nexo que poderia ser substituído por a qual sem prejuízo da correção ou do significado da frase. d) Será pior, será menos belo, menos bom e respeitável, ter mais sabedoria, mais serenidade, mais elegância diante de fatos que na juventude nos fariam arrancar os cabelos de aflição? O nexo que poderia ser substituído por os quais sem prejuízo da correção ou do significado da frase. e) Visitei uma artista plástica de quase 90 anos que pinta telas de uns vermelhos palpitantes. O nexo que retoma a expressão uma artista plástica .

03. (Procurador – Prefeitura de Caxias do Sul/RS) A sugestão de alteração no texto que acarretaria mudança de significado da respectiva frase é a substituição de a) Palavras significam emoções e conceitos, portanto também preconceitos. portanto – por por conseguinte . b) A possibilidade de ter qualidade de vida, saúde, projetos e ternura até os 90 anos é real, desde que levando em conta as limitações de cada período. desde que – por mesmo que . c) Mas predomina entre nós a noção de que a velhice é uma condenação da qual se deve fugir a qualquer custo, até mesmo nos mutilando ou escondendo. Mas – por No entanto. d) Porém , no espírito de manada que nos caracteriza, nós o adotamos ainda que seja em nosso desfavor. Porém – por Apesar disso . e) Porém, no espírito de manada que nos caracteriza, nós o adotamos ainda que seja em nosso desfavor. ainda que – por por mais que 04. (Procurador – Prefeitura de Caxias do Sul/RS) Assinale a alternativa cuja palavra ou expressão poderia substituir Por isso , na frase abaixo, sem acarretar erro à frase. Por isso não há explicação documentada sobre a origem do uso. a) Não obstante b) Conquanto c) A despeito disso d) Pois e) Assim 05. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS) Na frase Variava a pronúncia, mas a língua era uma só , a palavra mas poderia ser substituída, sem prejuízo de significado, por a) no entanto b) tanto que c) à medida que d) por essa razão e) visto que

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06. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS) Na frase – O pai atravessou a sinaleira e pechou , a palavra e expressa idéia de a) adição b) finalidade c) condição d) oposição e) conclusão 07. (Contador – BANRISUL/RS) Considere as orações abaixo em negrito. I – Eu queria a bicicleta, e meu pai, que era barbeiro , achou que aquilo era dinheiro jogado fora. II – Uma coisa que aprendi de cara : tudo aquilo que era vendido aos pobres era de péssima qualidade. III - Aprendi a ver que os filhinhos-de-papai tinham coisas mas não eram ou apenas eram porque tinham e passei a odiar a palavra status, que recém entrara na moda. Quais delas exercem, no texto, função equivalente à de adjetivo? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 08. (Técnico Científico – FAPERGS) A oração em negrito que exerce a função de objeto direto nas frases abaixo é a) Pelo que entendi do que relatou o corsário Richar Hawkins da viagem que fez à América, ... b) ... gente de dinheiro que financiava a viagem com total apoio da coroa britânica , o capitão do navio (e/ou dono, como Hawkins).... c) Segundo Hawkins, havia muitos capitães desonestos que lesavam os donos dos navios , e, como a justiça inglesa era ... d) Talvez o mais surpreendente nisso tudo seja a naturalidade com que o saque era encarado por todos , vítimas e piratas... e) ... há toda uma retórica para garantir que o negócio é negócio e roubo é roubo, só que muitas vezes, na prática...

09. (Técnico Científico – FAPERGS) A palavra ou expressão em negrito que estabelece uma relação de causa e conseqüência entre os elementos que liga na frase é a) ... e os marinheiros comuns, uns pobres coitados que muitas vezes entravam na jogada para fugir de credores, apenas com a roupa do corpo. b) Se os saques fossem bem sucedidos, os comerciantes, o capitão e a coroa faturavam bem. c) Segundo Hawkins, havia muitos capitães desonestos que lesavam os donos dos navios, e, como a justiça inglesa era uma esculhambação semelhante à nossa, era impossível puni-los. d) Aconselhava a ser cortês, quer dizer , a não roubar tudo; não tocar em coisas pessoais de gente importante,.... e) ... há toda uma retórica para garantir que o negócio é negócio e roubo é roubo, só que muitas vezes, na prática, na calada da noite.... 10. (Advogado – FEBEM/RS) Qual das reescritas propostas abaixo para o trecho Está tudo bem. Esse tal de Camacho nunca mais vai te bater, não vai mais de importunar. Fica tranqüila mantém o seu significado original? a) Está tudo bem, embora esse tal de Camacho nunca mais vá te bater, não vá mais te importunar porque ficarás tranqüila. b) Está tudo bem, pois esse tal de Camacho nunca mais vai te bater, nem vai mais te importunar, portanto, fica tranqüila. c) Conforme esteja tudo bem, esse tal de Camacho nunca mais vai te bater, não vai mais te importunar, quando ficares tranqüila. d) Está tudo bem, mas esse tal de Camacho nunca mais vai te bater, nem vai mais te importunar, se bem que fiques tranqüila. e) Ou está tudo bem, ou esse tal de Camacho nunca mais vai te bater, não vai mais te importunar, a fim de que fiques tranqüila.

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11. (Assistente de Operações – TRENSURB/RS – 2002) Observe as seguintes propostas de substituição de palavras em negrito nas frases abaixo. I – Mais ou menos os poderes que tem Deus. Substituição do pronome que por os quais II – Talvez não fizéssemos milagres, mas teríamos acesso a tudo aquilo que a tecnologia pode proporcionar, em termos de imagem, de som. Substituição da conjunção mas por embora . III – “E o Oscar vai para...”, nós, sorridentes, já estaríamos olhando ao redor com ar de triunfo, já estaríamos nos encaminhando para o palco, para ali receber, sob uma chuva de aplausos, o troféu a que sempre fizemos jus. Substituição do nexo para por a fim de . Quais manteriam a correção e o sentido original das frases em que se inserem? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) I, II e III 12. (Assistente de Operações – TRENSURB/RS ) No período Isso tudo se a vida fosse um filme , o trecho sublinhado poderia ser substituído, sem prejuízo de seu sentido original, por a) desde que a vida fosse um filme. b) apesar de a vida ser um filme. c) enquanto a vida fosse um filme. d) mesmo que a vida fosse um filme. e) em razão de a vida ser um filme.

13. (Assistente Administrativo – SULGÁS) Considere as afirmações abaixo. I – No entanto , o conhecimento sobre os mecanismos da memória garimpados nos últimos anos pela ciência estão ajudando na criação de terapias cada vez mais eficazes para preservar e recuperar as recordações. A locução No entanto poderia ser substituída na frase sem qualquer mudança de sentido, indiferentemente por Contudo ou Todavia. II – Se for bem treinada, a memória de um idoso pode ser tão boa quanto a de um jovem. O nexo Se, na frase acima, inicia uma oração que expressa uma condição em relação ao que é enunciado na oração principal. III – Escolha atividades como dança ou judô, que agilizam a memória, pois elas aumentam seu poder de concentração. Na frase acima, justifica-se o emprego da primeira vírgula porque esta separa da oração principal uma outra que explica ou esclarece um segmento antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) I, II e III 14. (Soldado – Brigada Militar/RS) Na frase Isso é comum, pois os jovens têm de ganhar a vida , o articulador pois estabelece uma relação de a) comparação. b) condição. c) explicação. d) oposição. e) finalidade. 15. (Psicólogo – SUSEPE/RS) Na frase Ampliavam o interesse e a curiosidade pública, pois ameaçavam um outro valor socialmente construído – a honra e a defesa da moralidade, o segmento que substitui pois ameaçavam , sem interferir no significado geral e na correção da frase, é a) embora ameaçassem. b) em virtude de ameaçarem. c) na medida em que ameaçavam. d) ou ameaçariam. e) a fim de que ameaçassem.

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16. (Advogado – SULGÁS/RS) Considere os trechos abaixo. I – no meio século que se passou desde sua morte II – É claro que aí temos outra distorção III – Heroína é a mãe que anda quilômetros em busca de atendimento com o filho doente nos braços. Em quais delas a oração destacada restringe o significado de uma palavra ou expressão que a antecede? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 17. (Advogado – SULGÁS/RS) Qual das reescritas do trecho Alguém perguntará: mas o que há de heróico numa partida de futebol? Muita coisa. O esforço, a luta pela auto-superação, a abnegação, até, mais se aproxima do significado original? a) Embora alguém pergunte o que haja de heróico numa partida de futebol, muitas coisa se esforça e luta pela superação até chegar a abnegação. b) A pergunta de alguém será se há heroísmo numa partida de futebol, o que é muita coisa, havendo até o esforço, a luta pela auto-superação e abnegação. c) É exigência demais perguntar o que há de heróico, de esforçado, de enfrentamento pela auto-superação, de abnegação numa partida de futebol. d) Caso alguém venha a perguntar o que há de heróico numa partida de futebol, responder-se-á que existe muita coisa, como o esforço, a luta pela auto-superação e até a abnegação. e) Alguém virá a perguntar, no entanto, muita coisa sobre o heroísmo existente numa partida de futebol em que haja,ainda por cima, o esforço, a luta pela auto-superação e a abnegação. 18. (Assistente de Promotoria – MP/RS – 2002) – No período Portanto, a imprensa, para estar a serviço da liberdade , deve evidenciar o máximo possível o sentido geral das experiências particulares , a oração sublinhada expressa uma circunstância de a) lugar. b) condição. c) proporção. d) concessão. e) conclusão.

19. (Motorista – FEBEM/RS – 2002) Na frase A responsabilidade de acertar nessa tarefa é enorme, pois é toda uma vida que está em jogo, a conjunção pois expressa idéia de a) oposição. b) tempo. c) explicação. d) finalidade. e) condição. 20. (Auxiliar de Contabilidade – BANRISUL/RS) Assinale a alternativa que apresenta uma substituição para a expressão desde que na frase abaixo que NÃO acarreta alteração de significado ou necessidade de qualquer ajuste na frase. Todos falam na integração mundial dos mercados, de um mundo livre de barreiras comerciais, desde que , é claro, os cucarachas fiquem no seu lugar e não fabriquem aço barato demais. a) de tal forma que b) assim que c) ainda que d) até que e) contanto que 21. (Escrivão de Polícia – Polícia Civi/RS – 2002) Entre as expressões abaixo, aquela que, substituindo embora alteraria o significado da frase abaixo. Os brancos tentam ficar marrons, embora às vezes só fiquem vermelhos, os marrons ficam pretos e os pretos já estão prontos. a) mesmo que. b) não obstante. c) se bem que. d) visto que. e) ainda que.

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22. (Operador de Informática – EPTC/RS – 2002) Analise as afirmações abaixo com relação a nexos oracionais. I – Não só as mudanças significativas, mas as que ocorrem muito rapidamente ou em simultaneidade freqüentemente causam stress. A conjunção mas poderia ser substituída corretamente pela palavra também , sem causar prejuízo ao significado da frase, pois ambas expressam idéia de adição. II – Essas podem, porém , se defender através da identificação das causas do stress e do aprendizado das diferentes maneiras de evitá-lo ou da melhor forma de ajustar-se a ele. A conjunção porém expressa idéia de oposição, por isso poderia ser substituída, sem qualquer alteração na frase, por contudo . III – Melhor a saúde geral e a forma física, além de estar consciente de que as reações aos acontecimentos estão relacionados às crenças e aos valores da pessoa, embora alguns eventos sejam por si só negativamente estressantes, pode auxiliar a diminuir os efeitos do desequilíbrio gerado pelo excesso de stress. A conjunção embora poderia ser substituída pela locução posto que , sem acarretar erro, pois ambas iniciam orações em que se admite um fato contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 23. (Auxiliar de Radiologia – Prefeitura de Caxias do Sul/RS – 2002) A palavra onde ,na frase abaixo, expressa idéia de Para saber que tipo de água mineral você bebe, basta olhar o rótulo, onde há informações sobre a composição química do produto. a) tempo b) modo c) lugar d) intensidade e) dúvida

24. (Agente Administrativo II) Contém orações que expressam, respectivamente, idéias de condição, concessão e proporção, os períodos iniciados por a) Ocorre que, do ponto de vista da nossa vivência subjetiva, o efeito dessas conquistas parece ser justamente o contrário do esperado. Embora façamos as coisas que desejamos em cada vez menos tempo, sentimos cada vez mais a falta de tempo para fazer o que desejamos. Ao mesmo tempo que se trabalha menos, vive-se muito mais. b) Mas, se você tiver, só me resta pedir a sua paciência e compreensão. Eles eram pobres, mas viviam como milionários perto de nós. Quando olhamos para trás, a geração de nossos pais e avós, assim como as comunidades que pararam no tempo, parecem-nos usufruir de um espaço interno de convivência e de uma largueza na dotação do tempo.... c) Ocorre que, do ponto de vista da nossa vivência subjetiva, o efeito dessas conquistas parece ser justamente o contrário do esperado. Eles eram pobres, mas viviam como milionários perto de nós. Quanto mais economizamos tempo, mais carecemos dele. d) Mas, se você tiver, só me resta pedir a sua paciência e compreensão. Embora façamos as coisas que desejamos em cada vez menos tempo, sentimos cada vez mais a falta de tempo para fazer o que desejamos. Quanto mais economizamos tempo, mais carecemos dele. e) Mas, se você tiver, só me resta pedir a sua paciência e compreensão. Eles eram pobres, mas viviam como milionários perto de nós. Ao mesmo tempo que se trabalha menos, vive-se muito mais.

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25. (Oficial de Justiça – 1998) Os nexos pois , como e porém introduzem, no contexto das frases abaixo em que ocorrem, respectivamente, idéias de Acabar com a criminalidade é, pois , meta inatingível. Na prática, percebe-se que as diversas instâncias são tratadas (e tratam-se) como compartimentos estanques, isolando-se uma das outras, como se cada uma tivesse um objetivo diverso. Essa atuação, porém , é profundamente marcada por estereótipos, e a seleção recai prioritariamente sobre as “caras de prontuários”, na expressão do penalista argentino Zaffaroni. a) conclusão, conformidade e contraposição. b) explicação, conformidade e retificação. c) explicação, comparação e contraposição. d) conclusão, comparação e contraposição. e) conclusão, conformidade e retificação. 26. (FDRH-Agente Adm.-Pref.POA-2001) Analise o sentido da palavra destacada nas frases abaixo. I – Como é modesto, Guga nos cativa. II – Como se previa, o tenista brasileiro venceu mais um torneio. III – Airton Senna encantou-nos no passado como Guga nos encanta hoje. IV – Naomi Campbell não abandonou as passarelas, como havia sido anunciado. Pela análise realizada, é correto concluir que o como é empregado com o valor idêntico ao que apresenta na frase “Mas, como escreveu Machado de Assis, a vaidade é um princípio de corrupção.” Em a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV

27. (Assistente Administrativo – FDRH) Considere as seguintes afirmações sobre o valor das expressões sublinhadas no texto. I – Em “É como se cada autor, cada consultor, cada articulista pegasse uma idéia, transformasse em regra e quisesse aplicá-la a todos os seres humanos” , a expressão destacada pode ser substituída por “Parece que ”, mantendo-se a mesma idéia e as mesmas formas verbais. II – Pode-se substituir a palavra como (destaque no trecho) por por que , sem prejuízo ao sentido e à correção da frase. E como o próprio mercado é todo cheio de ambigüidades e necessidades que são contrárias umas às outras, o que sobra para nós é uma grande perplexidade. III – Em “não será apenas uma questão de “empregabilidade”, como dizem, mas de vida” , a palavra “como ” estabelece uma relação de conformidade entre as orações. Quais estão corretas? a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas a I e a III. e) A I, a II e a III. 28. (PROCESSO SELETIVO PÚBLICO ANO 2000 – FAURGS) O trecho Como Portugal não queria concorrência (no trecho abaixo) expressa, no contexto em que ocorre, idéia de Como Portugal não queria concorrência, o ______ (suscessor/sucessor) de Afonso V, D. João II, construiu em 1842 o Castelo de São Jorge da Mina, ou simplesmente, Elmina, para garantir militarmente o monopólio. a) comparação. b) condição. c) concessão. d) conseqüência. e) causa. NEXOS 01. E 06. A 11. D 16. C 21. D 26. D 02. B 07. E 12. A 17. D 22. E 27. C 03. B 08. E 13. E 18. B 23. C 28. E 04. E 09. C 14. C 19. C 24. D 05. A 10. B 15. B 20. E 25. D

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PONTUAÇÃO I. Os sinais de pontuação: a) Ponto (.) b) Ponto-de-interrogação (?) c) Ponto-de-exclamação (!) d) Reticências (...) e) Travessão ( – ) f) Vírgula (,) g) Ponto-e-vírgula (;) h) Dois-pontos (:) II. Definição gramatical e uma ressalva: III. Noções Gerais: IV. Conclusão geral:

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VÍRGULA 1. Para separar enumerações. Exemplos: 2. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados. a) O que são adjuntos adverbiais? __________________________________________________ b) Quando estão deslocados? ______________________________________________________ Exemplos: c) Por que o adjunto adverbial é tão deslocável? _______________________________________ Exemplos: 3. Para isolar o aposto. Exemplos:

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⇨⇨⇨⇨ Não esquecer: o aposto ���� Aceita ser substituído por travessão. ���� Não aceita ser substituído por travessão. Exemplos: 4. Para isolar o vocativo. Exemplos: EXERCÍCIO DE AULA 1

1. Os rapazes voltaram inesperadamente a casa.

2. A banca da esquina vende livros jornais revistas cigarros.

3. Quero que vocês jovens percorram a estrada que os conduzirá ao sucesso.

4. A presidência cargo mais importante de todos deve ser ocupada por alguém digno.

5. A criança o adulto o idoso são humanos honestos verdadeiros.

6. Depois de amanhã haverá uma importante partida de vôlei.

7. Aninha compra tudo o que for necessário para uma grande festa.

8. Pessoa desagradável Joana teceu comentários dispensáveis.

9. Na tarde de amanhã os vencedores serão conhecidos em frente ao clube.

10. Eles disseram ao diretor a verdade acerca do ocorrido.

5. Para isolar orações adverbiais deslocadas.

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⇨⇨⇨⇨ Não esquecer: diferenças de pontuação no adjunto adverbial e na oração adverbial.

ADJUNTO ADVERBIAL

ORAÇÃO ADVERBIAL

Quando está no final, o adjunto adverbial ���� é antecedido por vírgula. ���� não é antecedido por vírgula. ���� é opcional antecedê-lo ou não por vírgula.

Quando está no final, a oração adverbial ���� é antecedida por vírgula. ���� não é antecedida por vírgula. ���� é opcional antecedê-la ou não por vírgula.

Quando está deslocado, o adjunto adverbial ���� é isolado por vírgula(s). ���� não é isolado por vírgula(s). ���� é opcional isolá-lo ou não por vírgula(s).

Quando está deslocada, a oração adverbial ���� é isolada por vírgula(s). ���� não é isolada por vírgula(s). ���� é opcional isolá-lo ou não por vírgula(s).

Exemplos:

Exemplos:

6. Para isolar as orações coordenadas. Exemplos gerais: O caso especial da conjunção “E”.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 93

7. Para isolar os demais elementos intercalados. Exemplos: 8. Para assinalar a supressão do verbo. Exemplos: 9. Para isolar as orações adjetivas explicativas. Exemplos: EXERCÍCIO DE AULA 2

1. Veio a noite do baile e a menina vestiu-se com esmero.

2. Nossos pesquisadores que são competentes descobriram a cura da doença.

3. Houve esforço de todas as partes porém não foi possível um acerto.

4. Os jovens costumam precisar de autoridade; os adultos de flexibilidade.

5. Se conseguirem chegar a tempo virão ao encontro da turma.

6. O candidato da oposição afirmam as pesquisas tende a vencer o pleito.

7. A atividade econômica nos países desenvolvidos é bastante estimulada.

8. A moça entrou em pânico e saiu correndo pela noite escura.

9. Anos atrás a mulher cuidava da casa; hoje em dia cuida de todos os setores da vida.

10. A Agência Central dos Correios que fica em frente ao curso foi assaltada.

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94 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

PONTO-E-VÍRGULA 1. Orações adversativas e conclusivas com nexo desl ocado. a) Nexos adversativos: ___________________________________________________________ b) Nexos conclusivos: ____________________________________________________________ Exemplos: 2. Grupos de orações que já tenham vírgulas interna s. Exemplos: 3. Orações de sentidos opostos não unidas por nexo. Exemplos: DOIS-PONTOS 1. Para introduzir citações. Exemplos:

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 95

2. Para introduzir enumerações. Exemplos: 3. Para introduzir sínteses, apostos, explicações. Exemplos:

EXERCÍCIO DE AULA 3

1. A situação parecia contornada havia entretanto diversos problemas a resolver.

2. João comprou carne sal temperos Antônio levou água refri cerveja Paulo chegou com Ana Beatriz Cíntia.

3. O menino faz parte da bateria da Mocidade a namorada dele odeia carnaval com todas as forças.

4. Ele gostava de fato da moça havia no entanto dois problemas a sogra bêbada e o sogro traficante.

5. Precisamos debater vários pontos o local os custos os funcionários.

6. Carlos Drummond escreveu um hino à vida “Clara manhã, obrigado”.

7. Não existe nenhuma chance de haver acerto a proposta é completamente injusta.

8. Quando vier à cidade a menina vai querer visitar-me mas encontrará a porta fechada.

9. Só tenho uma coisa a dizer a situação é absurda.

10. Quando vieres é necessário que tragas alegria companheirismo leveza.

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QUESTÕES – BANCAS RS PONTUAÇÃO

01. (Arquiteto – Prefeitura de Alvorada/RS) Sobre a pontuação do texto, é correto afirmar que a) FÍGARO: (Andando pelo palco, como se estivesse medindo uma sala.) Dezenove pés por... vinte e seis. -Ah, senhor conde! Senhor conde! Os parênteses da frase acima e a vírgula do trecho –Ah, isolam elementos de mesma função sintática b) Ouve, Fígaro, noivinho querido; fico bem assim? FÍGARO: Linda, meu amor; essa flor de laranjeira em tua fronte, na manha de nossas núpcias, é uma visão de doçura e encanto para o teu esposo enamorado. Apenas um dos dois ponto-e-vírgula das frases acima pode ser substituído por dois-pontos. c) Assim, se a condessa se indispõe às duas horas da manhã – zás -, em um salto estás lá. A vírgula da frase acima seria necessária mesmo que não fosse seguida por uma oração adverbial deslocada. d) Assim, se a condessa se indispõe às duas horas da manhã – zás -, em um salto estás lá. Compreendes? (Cara espantada de Fígaro.) – Tu pensavas, meu divino amor, que o dote que ganhamos foi por tua bela cara? Os travessões das frases acima foram usados pela mesma razão. e) ROSINA: Que, meu bom amigo, o senhor conde, cansado de namorar todas as beldades das redondezas, deseja voltar para o castelo, para o lar .... mas não para o seu quarto. As reticências utilizadas na frase indicam a omissão de um trecho da frase de Rosina.

02. (Técnico Judiciário – TRT – 4ª Região) É correto afirmar que as vírgulas Foi desastroso o fim da telenovela Mulheres Apaixonadas, exibida durante oito meses em horário nobre pela Globo, rede de maior audiência da televisão brasileira. Ao invés de apaixonadas, a novela mostrou mulheres em várias situações de discriminação e desrespeito,em situação de submissão e inferioridade, impotentes e coniventes com os clichês de violência e impunidade. a) As vírgulas do trecho Mulheres Apaixonadas, e Ao invés de apaixonadas, devem-se à mesma razão de ordem sintática. b) Esta, corroída por um ciúme doentio, se desequilibra, manifestando instintos suicidas e homicidas. As vírgulas depois de Esta e doentio poderiam ser substituídas por parênteses sem prejuízo do significado geral da frase. c) Nem a figura da avó escapou, pois se revelou perversa e agressiva com a pobre neta órfã, que tem visões paranormais da mão exemplar que lhe concedia excelente padrão de vida dedicando-se à prostituição e foi vítima de uma bala perdida. As vírgulas da frase acima isolam uma oração deslocada de sua posição usual na frase. d) Um médico acintosamente, vaidoso e intolerante, foi disputado durante toda a novela por três mulheres, sendo uma enteada da outra, que a ele se ofereciam de forma lasciva. As vírgulas depois de intolerante e mulheres poderiam ser substituídas por travessões sem prejuízo do significado geral da frase. e) Mas a vítima também foi punida: seu namorado adolescente morreu, deixando-lhe como consolo um filho em suas entranhas. Como depois ela aparece beijando os avós, aos quais sempre agrediu, a violência intrafamiliar acabou consagrada como o melhor método educacional. As vírgulas após as palavras morreu e avós, separam orações de sujeitos diferentes.

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03. (Procurador – Prefeitura de Caxias do Sul/RS) Assinale a afirmativa INCORRETA acerca do emprego de sinais de pontuação no texto. a) Sendo contraditórios – por isso interessantes -, não é estranho que na época em que mais tempo vivemos haja tanta dificuldade em relação ao que se convencionou chamar velhice. Por isso quero falar de minha implicância com a implicância que temos com os vocábulos – e a realidade – velho, velhice. - Seus quadros celebram a vida. - Eu os crio para mim mesma, para o meu prazer. Os travessões no trecho – por isso interessantes – e – e a realidade – foram usados para separar expressões intercaladas. Os travessões no trecho – Seus quadros... e – Eu os crio... foram usados para indicar mudança de interlocutor. b) Por imaginarmos que as últimas décadas de uma vida são apenas decadência e deterioração, criamos o tabu que reveste essa palavra. A vírgula na frase acima poderia ser suprimida sem acarretar erro à frase, pois foi empregada para separar um conjunto oracional deslocado. c) Para isso não é necessário ser jovem, belo (significando carnes firmes e pele de seda...) ou ágil, mas ainda lúcido. Os parênteses da frase acima foram usados para intercalar uma explicação que a autora julga conveniente. d) Porém, no espírito de manada que nos caracteriza, nós o adotamos ainda que seja em nosso desfavor. As vírgulas da frase acima poderiam ser substituídas por travessões, pois, nesse caso, estes sinais de pontuação exercem igual função. e) Ela respondeu junto do meu ouvido, brilho nos olhos: - Eu os crio para mim mesma, para o meu prazer. Os dois-pontos da frase acima foram usados para introduzir a fala da personagem; seu emprego, portanto, é obrigatório. 04. (Téc. em Higiene Dental – Prefeitura de Alvorada/RS) Considere as seguintes afirmações sobre alguns casos de pontuação. I – Além de defender os consumidores e criticar o Capitalismo, advoga o direito de designar de língua brasileira a língua falada no Brasil – tudo com muita veemência e humor ainda maior. O travessão da frase acima poderia ser substituído por vírgula. II – Escreveu aquele que pode ser o verso mais importante da Literatura Brasileira do século XX: “Tu pisavas os astros distraída”. Por causa dessa sua grande importância, não podemos esquecer o criador desse verso e de muitos outros, como aqueles que poderiam ser

dedicados a alguma habitante de uma certa cidade do Rio Grande do Sul: Alvorada Na alvorada que alucina, ... Os dois-pontos após século XX: , foram usados pela mesma razão que os dois-pontos após Rio Grande do Sul: . III – Entretanto, seu sucesso maior foi mesmo como letrista e poeta. No entanto, o autor deixa claro que aquela é apenas a visão de um apaixonado que é capaz de amar e sonhar mesmo sendo socialmente desprovido e vivendo num barracão cujo telhado de zinco é furado e, portanto, num lar que o calor de um dia de sol é insuportável e as águas de verão inundam o pouco que possui. A vírgula após a palavra No Entanto , exerce a mesma função que as vírgulas na palavra, portanto, Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) I, II e III 05. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS) Na frase No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”, a vírgula foi usada pela mesma razão que determina o emprego. a) – Aí, Gaúcho! b) – Mas o Gaúcho! Fala “tu”! – disse o gordo Jorge, que era o que mais implicava com o novato. c) Podia estar, naquele momento, em algum hospital. d) – Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu. e) – Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto.

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06. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS) .... Que já ganhara outro apelido: Pechada. - Aí, Pechada! - Fala, Pechada! Os travessões acima foram usados para assinalar a) a fala de personagens b) um acontecimento c) uma explicação d) uma pausa e) a troca de linhas 07. (Analista Judiciário – TRT 4ª Região) Na frase Suprimi-la indiscriminadamente com analgésicos, dizem alguns estudiosos, pode fazer mais mal do que bem , a função da vírgula em seus empregos é a) isolar aposto b) separar oração intercalada c) separar orações coordenadas assindéticas d) isolar adjunto adverbial intercalado e) separar itens de uma série 08. (Motorista – MP/RS) Assinale, nos parênteses, com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas, considerando o emprego da pontuação. ( ) Exemplos não faltam: há, no Brasil, bebês de dez meses pesando três quilos... As vírgulas separam um adjunto adverbial deslocado. ( ) A desnutrição deixa marcas para a vida toda: afeta a capacidade de raciocínio, o aprendizado e, numa conjunção ainda mais cruel, ajuda a engrossar a lista de justificativas para a evasão escolar. As vírgulas no trecho e, numa conjunção ainda mais cruel, ajuda poderia ser substituídas por travessões. ( ) Educação também é alimento. A colocação de uma vírgula após a palavra Educação não acarretaria erro à frase. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V – V – F b) F – V – F c) V – V – V d) F – F – V e) V – F – V

09. (Auxiliar de Perícias – IGP/RS) Considere as seguintes afirmações sobre o uso da vírgula no texto. I – Tudo sob controle, doutor. Eu sei, disse Vilela. Nas frases acima as vírgulas exercem a mesma função, a de isolar o vocativo. II – As perícias já foram feitas, e eu mandei desinterditar os locais. O uso da vírgula se deve ao fato de os sujeitos das duas orações serem diferentes. III – “Alô, disse uma voz, pouco depois, “é o perito Martins, falando.” As vírgulas foram empregadas para separar itens que compõem uma enumeração. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) I, II e III 10. (Contador – BANRISUL/RS) Sobre a pontuação empregada no texto, é correto afirmar que a) Eu queria a bicicleta, e meu pai, que era barbeiro , achou que aquilo era dinheiro jogado fora. Vendi jornais e garrafas , engraxei sapatos e, quando finalmente consegui comprar a bicicleta, ela já não era mais importante. As vírgulas depois de barbeiro e garrafas devem-se à mesma razão de ordem sintática. b) Bem cedo, portanto , descobri a diferença entre os que têm e humilham e os que não têm e são humilhados. A palavra portanto deixaria de ser isolada por virgulas caso fosse deslocada para depois da forma verbal descobri . c) Mais tarde, ao entrar na adolescência , trabalhava em jornal como contínuo e auxiliar de repórter policial. A vírgula que se segue à palavra adolescência está separando itens de uma série. d) E isso não era muito difícil: bastava ler, aprender, estudar, e, na medida em que lia, aprendia e estudava, mais reverenciava... Os dois-pontos podem ser substituídos por ponto, desde que a palavra seguinte inicie por maiúscula. e) Quando lhe indagam o porquê de seu comportamento , ele diz... A vírgula depois de comportamento pode ser substituída por ponto-e-vírgula ou ponto sem acarretar qualquer espécie de erro.

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11. (Advogado – FEBEM/RS) Considere a pontuação empregada nas frases abaixo I – Os olhos de vidro muito pretos e o focinho de plástico, também preto, davam ao boneco um ar meigo. II – Toma, Belina, é teu. III – Depois, quando compreendeu do que se tratava, uma sensação esquisita começou a sufocá-la Quais frases poderiam continuar apresentando vírgula caso fosse retirado o trecho sublinhado ? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e II d) Apenas II e III e) I, II e III 12. (Assistente de Operações – TRENSURB/RS) Considere as seguintes afirmações acerca do uso de pontuação no texto. I - ... o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apressou-se em advertir: os indicadores sobre renda são individuais, ... Os dois-pontos poderiam ser suprimidos sem acarretar erro à frase, visto que foram utilizados apenas para indicar uma pausa. II - ... o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apressou-se em advertir: os indicadores sobre renda são individuais, mas as estatísticas sobre bens duráveis que vão do fogão ao carro são por domicílio. A tendência, porém, tem outras razões, a começar pelo fato de, ... O ponto final poderia ser substituído por ponto-e-vírgula se a conjunção porém fosse deslocada para o início da oração em que se encontra. III – É esse país dos cidadãos sem registro de nascimento, dos que sobrevivem no mercado informal de trabalho, dos que não contribuem para a Previdência ou nem mesmo pagam impostos. As vírgulas foram utilizadas para separar orações coordenadas. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) Apenas II e III

13. (Assistente de Operações – TRENSURB/RS) Considere as seguintes afirmações acerca do uso da pontuação no texto. I – Se pudéssemos fazer de nossa vida um filme, seria, não tenhamos dúvida, um grande filme. A vírgula após a palavra filme separa uma oração adverbial deslocada; poderia, portanto, ser suprimida. II – Ou, ao contrário, um filme alternativo, como aqueles do cinema Novo (“Uma câmera na mão, uma idéia na cabeça”): não faz diferença. As vírgulas no trecho ,ao contrário, foram usadas para separar um elemento intercalado. III – Ah, e isso o nosso filme teria: belas atrizes, inteligentes atores. A vírgula após a palavra atrizes poderia ser substituída pela conjunção e, sem acarretar erro à frase. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 14. (Perito Químico – Forense – IGP/RS) A propósito da pontuação do texto, é INCORRETO afirmar que a) Os senhores são como se fossem seus parentes; afinal, são amigos. O ponto-e-vírgula poderia ser substituído por ponto. b) Eu lhes digo o que vou fazer: permitirei a entrada de um dos senhores, para que assista a esta tarefa, que, infelizmente, tem que ser executada, está na lei. Os dois-pontos introduzem um esclarecimento sobre a oração anterior. c) “Eu vou”, disse um deles, encarando os outros dois, que desviaram os olhos. As vírgulas no trecho ,disse um deles, isolam um elemento intercalado d) Tiraram a saía, a blusa, as peças íntimas. Temos que tomar nota de tudo, disse o legista, olhando para o escriturário que escrevia, para o laudo. As vírgulas no trecho ,a blusa, e ,disse o legista, foram utilizadas pela mesma razão. e) O homem queria mesmo matar, disse o legista, olhando o corpo, profissionalmente. O ponto final da frase acima não pode ser substituído por ponto de exclamação.

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15. (Psicólogo – SUSEPE/RS) A propósito da pontuação empregada no texto, é correto afirmar que a) ... Elizabeth Cancelli mostra que, na passagem do século XIX para o século XX, diferentes teses apontavam para a aproximação entre o conhecimento médico e a compreensão de atos criminosos... As vírgulas no trecho ,na passagem do século XIX para o século XX, foram utilizadas para isolar um adjunto adverbial deslocado. b) A ciência, acreditava-se, permitia o reconhecimento das “consciência sombrias”, ao aliar a medicina legal, a antropologia criminal, os serviços de estatística e os serviços de identificação. As vírgulas no trecho ,acreditava-se, não poderiam ser substituída por travessões porque isolam um comentário. c) A ciência, acreditava-se, permitia o reconhecimento das “consciência sombrias”, ao aliar a medicina legal, a antropologia criminal, os serviços de estatística e os serviços de identificação. Antropologia que, aplicada à criminalidade, contribui para a promoção de um processo de naturalização e medicalização em que, crescentemente, o foco deixou de estar centrado no crime, passando a concentrar-se na figura do criminoso, ... As vírgulas no trecho ,a antropologia criminal, e no trecho, crescentemente, foram utilizadas pela mesma razão. d) Giravam em torno de sentimentos e instintos considerados básicos (amor, ódio, traição...) e representados como naturais. As reticências indicam que há um significado oculto subentendido. e) Ampliavam o interesse e a curiosidade públicos, pois ameaçavam um outro valor socialmente construído – a honra e a defesa da moralidade. A expressão a honra e a defesa da moralidade não pode ser colocada entre parênteses porque está empregada só com um travessão.

16. (Agente Administrativo – MP/RS) Considere as seguintes afirmações sobre o uso da pontuação no texto. I – Padrões comportamentais, e não apenas traços fisiológicos e anatômicos, constituem a matéria-prima da seleção natural. As vírgulas na frase acima poderiam ser substituídas por travessões sem prejuízo à correção ou ao significado da frase. II – Se o comportamento egoísta resulta de tendência biológicas, dá-se o mesmo com o altruísmo, que prevalece em determinadas espécies animais, sobretudo entre os humanos. Se a vírgula no trecho altruísmo, que fosse substituída por um travessão, nenhuma outra alteração seria obrigatória para que resultasse um período gramaticalmente correto. As teses do autor enraízam se numa concepção de instinto apropriada à nossa espécie, a de primatas dotados de um elenco inato de “predisposições par aprender”, em meio a um universo de seres mais submissos à inflexibilidade de “programas genéticos imutáveis”. No trecho espécie, a substituição da vírgula por dois pontos não acarretaria erro. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 17. (Assistente de Promotoria – MP/RS) Sobre a frase São superficiais as condenações da mídia que passam arbitrariamente de uma crítica justificada das deformações e dos limites da imprensa, e sobretudo da televisão, à afirmação de que a mídia está automaticamente a serviço das forças dominantes , são feitas afirmativas, considere I – A colocação de uma vírgula depois de da mídia indicaria que todas as condenações da mídia são superficiais. II – A vírgula após imprensa e após televisão poderia ser substituída por travessões sem que resultasse em erro. III – As expressões das deformações, dos limites, da televisão e das forças dominantes modificam a expressão uma crítica justificada. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas I e III.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 101

18. (Assistente de Promotoria – MP/RS) As afirmações abaixo referem-se ao emprego da vírgula no texto. Assinale V nas afirmações verdadeiras e F nas falsas. ( ) Esta não consiste em emitir mensagens, mas em fazer com que elas sejam recebidas, coisa que só pode ser feita se o público tiver consciência de se parte integrante, de forma direta ou pelos seus representantes, do processo político. As vírgulas no trecho ,de forma direta ou pelos seus representantes, delimitam uma oração restritiva. ( ) ... consiste em reforçar a resistência da opinião pública ao poder, em geral ao encerrá-la num universo não-político, no qual a meteorologia, o futebol, as reportagens sobre as estrelas da atualidade, o exotismo e o recurso à emoção criam uma televisão ou uma imprensa de empatia, .... As vírgulas do trecho marcado na frase anterior, separam itens de uma enumeração. ( ) Não creio que a imprensa possa ser inteiramente objetiva, pois ela contribui para construir a realidade, embora não possa fazê-lo como bem entenda, sob pena de perder o seu público. As vírgulas no trecho marcado delimitam uma oração adverbial intercalada. ( ) Em vez de lançar o seu desprezo sobre a mídia, os intelectuais deviam contribuir para demarcar o papel de expressão dos anseios... A vírgula utilizada na frase acima separa adjunto adverbial deslocado. A seqüência correta, de cima para baixo, é: a) V – V – F – F b) V – F – F – F c) F – F – V – V d) F – V – V – V e) F – V – F – V 19. (Motorista – FEBEM/RS) Na frase ... a estimulação, que pode acontecer em casa ou na escola a partir de atitudes muito simples, como brincar ou cantar com o bebê, mas que terão papel decisivo no seu desenvolvimento, as vírgulas no trecho sublinhado foram empregadas para separar a) uma expressão de retificação. b) vários elementos de uma série. c) uma citação. d) um vocativo. e) uma exemplificação.

20. (Auxiliar de Contabilidade – BANRISUL/RS) Considere as seguintes possibilidades de alteração da pontuação empregada em frases do texto. I - Isso explica que Os Simpsons (os roteiros continuam ótimos) sejam ainda desenhados à mão na Indonésia enquanto todos os novos desenhos animados são feitos por computador. Substituição dos parênteses por travessões. II – A lógica do mercado é essa, a do proletariado externo: nativos pobres e escurinhos que, bem longe, fabricam a riqueza a ser desfrutada pelos ricos brancos do norte, sem problemas com legislação.... Supressão dos dois-pontos. III – Todos falam na integração mundial dos mercados, de um mundo livre de barreiras comerciais, desde que, é claro... Inclusão de uma vírgula depois de falam . Quais delas manteriam a correção? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. Instrução: Considere a chave de respostas abaixo para responder às questões 21 e 22. a) Isolar adjunto adverbial deslocado. b) Separar orações coordenadas. c) Isolar oração adjetiva explicativa. d) Separar elementos em uma enumeração. e) Isolar aposto 21. (Escrivão de Polícia – Polícia Civil/RS) Na frase A Polícia Federal brasileira, que aprende toneladas de entorpecentes todo ano, trabalha nessa frente, assinale a alternativa que justifica corretamente o emprego das vírgulas. __________________________ 22. (Escrivão de Polícia – Polícia Civil/RS) Na frase ....diz o juiz aposentado Walter Maierovitch, ex-secretário nacional antidrogas e um dos maiores especialistas no tema no Brasil, assinale a alternativa que justifica corretamente o emprego da vírgula. __________________________

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102 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

23. (Auxiliar de Radiologia – Prefeitura de Caxias do Sul/RS – 2002) As vírgulas empregadas na frase Mas aquela que mata a sede há muito tempo deixou de ser adquirida em poços, cacimbas, filtros de barro e torneiras , se justificam porque separam a) expressões explicativas. b) orações intercaladas. c) termos que o autor deseja realçar. d) termos de uma enumeração. e) expressões de retificação. 24. (Bibliotecário – 2004 – FAURGS) Na primeira coluna, são apresentadas algumas justificativas para o emprego de sinais de pontuação; na se-gunda coluna, são citados alguns empregos de vírgula no texto. Correlacione-os. (1) Isolar adjunto adverbial deslocado. (2) Separar orações coordenadas. (3) Isolar oração adjetiva explicativa. (4) Separar elementos de uma mesma função sintática. (5) Isolar aposto. ( ) Vírgulas colocadas depois de parecem e depois de anos. Afetam umas _______ outras, de maneira que parecem, ao longo dos anos, mais ou menos arbitrárias ou mais ou menos imaginativas. ( ) Vírgulas colocadas depois de Masson e depois de francesas. O escritor francês Paul Masson, que trabalhara como juiz nas colônias francesas, notou que a Biblioteca Nacional de Paris tinha deficiências de livros em italiano e latim do século XV. ( ) Vírgulas da primeira linha. Salas, corredores, estantes, prateleiras, fichas e catálogos computadorizados supõem que os assuntos sobre os quais nossos pensamentos se demoram são entidades reais... A seqüência numérica correta na segunda coluna, de cima para baixo, é a) 1 - 3 - 4. b) 2 - 5 - 4. c) 3 - 5 - 4. d) 4 - 5 - 2. e) 5 -3 – 1.

25. (Serviços Notariais e de Registros - OFFICIUM) A vírgula na frase “Como esta não pode mais se fundar sobre tradições de grupo, é preciso inventar um consenso idealmente universal” tem a função a) separar uma oração subordinada adverbial antecipada. b) isolar uma oração subordinada substantiva apositiva. c) isolar uma oração adjetiva explicativa. d) separar orações reduzidas e) separar orações coordenadas assindéticas.

PONTUAÇÃO 01. C 06. A 11. D 16. E 21. C 02. B 07. B 12. C 17. D 22. E 03. B 08. A 13. D 18. D 23. D 04. E 09. B 14. D 19. E 24. A 05. C 10. D 15. A 20. A 25. A

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 103

CONCORDÂNCIA NOMINAL 1. Regra Geral

Observe: as crianças dois cachorros

esse problema ótima idéia

O artigo , o pronome , o numeral e o adjetivo concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem. Dessas classes gramaticais, a única que apresenta alguns problemas de concordância é o adjetivo .

Definições Básicas ADJETIVO � Expressa uma característica do substantivo. � Refere-se a um substantivo. � Palavra variável ADVÉRBIO ���� Expressa uma circunstância. � Refere-se a um verbo, a um adjetivo ou um a outro ad vérbio. � Palavra invariável, 2. Concordância do Adjetivo

2.1. Adjetivo Anteposto aos Substantivos

� Concorda com o mais próximo.

Exs.: Bonitas sandálias e sapatos. Bonito sapato e sandália.

2.2. Adjetivo Posposto aos Substantivos

� Concorda com o mais próximo ou vai para o plural, concordando com ambos.

Exs.: casaco e camisa branca camisa e casaco branco (ou brancos)

EXERCÍCIO DE AULA: 1. Não podia haver ajuda e facilidade ________________. (demasiado)

2. Ficaram patentes a glória e o valor ________________. (demasiado)

3. Apresentava a face e os braços ________________. (arranhado)

4. ________________ apresentava a face e os braços. (arranhado)

5. Apresentava os braços e a face ________________. (arranhado)

6. Apresentava ________________ os braços e a face. (arranhado)

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104 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

3. Casos particulares

3.1. Nas expressões é bom , é preciso , é proibido , o adjetivo ficará invariável, quando o sujeito não estiver determinado.

Exs.: Cerveja é bom no inverno e no verão.

É necessário tranqüilidade nos momentos difíceis. Entrada é proibido.

• Caso o sujeito estiver determinado, haverá flexão normal do adjetivo. Exs.: A cerveja é boa. A entrada é proibida.

3.2. Anexo , obrigado , quite , mesmo , próprio , incluso

Exs.: Arquive os documentos anexos. Muito obrigada, disse ela. Estou quite com você. Elas mesmas farão o tema proposto. Nós próprios cuidaremos do caso. Queremos ficar sós. Inclusa segue a cópia do contrato.

3.3. Em anexo , menos e alerta

Exs.: Em anexo, remetemos os comprovantes.

Tinha menos iniciativa do que eu. Todos estavam alerta.

3.4. Meio :

Exs.: Ouvi meias verdades. Era meio-dia e meia.

Exs.: Ela está meio atrasada. Meio enterradas, viam-se as ferramentas.

3.5. Todo, toda, todo o, toda a

• Todo e toda ( sem artigo ) significa “qualquer”

Exs.: Todo ser humano merece respeito. Toda escola tem responsabilidade com o aluno. “Todo o” e “toda a” (com artigo) significa “inteiro” Percorri toda a cidade Todo o prédio soube do fato

• No plural (todos/todas),deve-se colocar o artigo depois:

Exs.: Todos os dias ,ele vem a cidade. Refiro-me a todas as cidades.

3.6. Bastante

Exs.: Recebeu bastantes ofertas. Bastantes pessoas o apoiaram. • Quando for advérbio, fica invariável.

Exs.: Elas estão bastante cansadas. Comemos bastante.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 105

3.7. Dado, visto e outros particípios.

Exs.: Dadas as circunstâncias, não haverá reunião. Feitos os cálculos, nada sobrou para o empregado.

4. Nomes de cor.

4.1.O nome de cor, quando originado de um substantivo, não varia, quer se trate de uma palavra simples, quer se trate de uma palavra composta (nome de cor + substantivo)

Exs.: Tapetes vinho Cortinas areia Lençóis rosa Camisas amarelo-limão Olhos verde-mar

4.2 O nome de cor, quando é adjetivo, varia, quer seja uma palavra simples, quer seja o

segundo elemento de uma palavra composta.

Exs.: Faixas azuis Calções brancos Paredes amarelas Calças pretas Sapatos verde-escuros Olhos azul-claros Colcha amarelo-esverdeada Bandeiras rubro-negras

EXERCÍCIIO DE AULA 1. ________________ ao envelope com os valores vai a procuração perdida. (anexo)

2. ________________ à pasta plástica solicitada vai a procuração perdida. (em anexo)

3. O caso ficou na dependência de nós ________________. (próprio)

4. Cabe às autoridades ________________ coibir a violência nos estádios. (mesmo)

5. Devido a ________________ razões houve a ruptura no casamento de Joaquim. (bastante)

6. Devido ao susto que tomou, chegou ao trabalho ________________ apavorada. (meio)

7. Ele estava ________________ neurótico; ela estava ________________ desorganizada. (menos/menos)

8. Faltavam ________________ alguns minutos para que eles ficassem ________________. (só/só)

9. “Muito ________________”, disse ela em nome de todas as religiosas do evento. (obrigado)

10. Uma vez que você ficou ________________ com ela, nós também ficamos ________________. (quite/quite)

11. ________________ corpo do rapaz ficou coberto de poeira. (todo/todo o)

12. ________________ rapaz sente-se inferiorizado diante de uma rapariga. (todo/todo o)

EXCEÇÕES: as palavras azul -marinho e azul -celeste são invariáveis. Ex.: Ela ganhou casacos azul-marinho e comprou luvas azul-celeste.

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QUESTÕES FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS

1. Estão inteiramente respeitadas as normas de concordância verbal na frase: a) Acabou por causar má impressão no autor as palavras que lhe dirigiu o motorista. b))Deve-se aos sonegadores de impostos uma boa parcela do desequilíbrio econômico. c) As três morais com que finalizam o texto não são muito animadoras. d) Não costumam haver entre os corruptos quem admita a prática da corrupção. e) Tanto as altas como as baixas esferas da política tem-se mostrado corruptas. 2. A concordância está totalmente de acordo com a norma padrão da língua escrita em: a) Naquela hora, o advogado chegou a insinuar que algumas das reivindicações de seu cliente já não lhe parecia tão justas como pensava que o fosse. b) Situações de crianças em risco, em quaisquer que seja os contextos considerados, devem ser levados a sério, sob pena de os possíveis responsáveis serem julgados omissos. c) Quando percebeu que já havia passado dez dias do recebimento das notas fiscais, lembrou que delas dependia, naquele momento, o envio do projeto em tempo hábil. d) É necessário, sempre e a todo momento, as mais severas medidas contra os que, imunes aos direitos alheios, atentam contra os bens públicos. e) Se eles houvessem manifestado interesse, nada impediria que lhes fosse oferecido, dentro das normas legais, o mesmo prazo que a outros foi concedido. 3. A concordância nas frases adaptadas do texto está feita em desrespeito à norma culta na frase: a) Esses tipos de organização eram mais conhecidos nos presídios do Rio de Janeiro. b) São fenômenos que não causam surpresa, pois resultam da concentração de criminosos num só lugar. c) Tratam-se de organizações de criminosos, que atuam livremente nos presídios paulistas. d) É necessário controlar a atuação dessas organizações, contra as quais nada se pode fazer. e) Espera-se que não ocorram mais essas rebeliões, organizadas por criminosos, dentro dos presídios.

4. Surgiram ...... de criminosos, que transformaram os presídios em ...... do crime organizado. As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas por a) facções - quartéis-general b) facções - quartéis-generais c) facções - quartel-generais d) facçãos - quartéis-generais e) facçãos - quartel-generais 5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na seguinte frase: a) É uma tolice imaginar-se que não se devam satisfações àqueles que não pertençam ao âmbito do nosso próprio grupo social. b) Não nos cabem, nos dias que correm, ignorar o fato de que novas atitudes são absolutamente necessárias a uma nova ordem social. c) A base da cidadania se firmam nos princípios que postulam a inviolabilidade dos direitos básicos de todo cidadão. d) Assim como nas dos outros países, encontram-se em nossa Constituição, em palavras que não deixam dúvida, o princípio democrático da igualdade. e) As duas formas em que se apresentam para nós o desafio de acreditar na igualdade são a abertura para os outros e a vigilância quanto às funções do Estado. 6. O verbo indicado entre parênteses adotará obrigatoriamente uma forma do plural ao se flexionar na seguinte frase: a) É irrisório o que nas empresas se (oferecer ) aos jovens estagiários. b) Os terrenos novos nos quais (dever ) se aventurar o jovem de hoje são seu grande desafio. c) Se não (haver ) outras razões, a juventude e o entusiasmo deveriam bastar para se valorizar o jovem. d) Como não se (valorizar ), num jovem, as qualidades naturais da mocidade, ele sai prejudicado. e) Quanto aos adolescentes, nenhuma época lhes (parecer ) tão injusta quanto a nossa.

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7. É preciso corrigir a forma do plural de uma das palavras da frase: a) Quaisquer que sejam nossas opções, será difícil tomarmos uma decisão. b) Nenhum desses salvo-condutos os livrará da detenção. c) Os distintos caráteres das personagens de um romance devem ser bem definidos. d) Estão correndo vários abaixo-assinados contra as últimas demissões. e) Encontrei muitos senões nos documentos que os dois tabeliães expediram. 8. Quanto às normas de concordância verbal e nominal, a frase inteiramente correta é: a) A onda de explosões e atentados deixaram assustadiços toda a população da metrópole. b) A única das alegações suas com a qual concordo é a mesma que foi acolhida pelos meus sócios. c) Quem tem de se fazer merecedor da minha confiança é eles, para que eu lhes dê meu voto com toda a convicção. d) Muita gente, com o passar dos anos, vão modificando a opinião e tornando-se cada vez mais pessimistas. e) Não lhes parecem estranho que todo mundo se mostrem nossos aliados, assim, de repente? 9. A frase em que são levadas em conta as normas de concordância previstas pela gramática normativa é: a) Aquela específica forma cultural de que falávamos, associada a qualquer outra da mesma região, revelam que se pode esperar muito de grupos a que até agora não foi dado atenção. b) Tudo indica que deve existirem técnicas as mais variadas para se fazer publicidade de produtos da indústria cultural, passível, aliás, de serem descritas. c) Elas tinham consciência de ter à disposição só objetos padronizados, mas acreditavam que haveria situações que lhes favoreceriam a criatividade ou que as obrigassem a tê-la. d) É inevitável, em qualquer contexto, as conjecturas sobre aquilo que poderá ser feito, mas, nesse caso, a dificuldade está em se definirem quais os pontos mais relevantes. e) Atualmente, seja quais forem os produtos culturais à disposição, o que se vende é um consenso geral e acrítico, impostos pela publicidade maciça. 10. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas SOMENTE na frase: a) Quando se fatigam os corpos, as almas restam mais sossegadas e limpas.

b) O que aflige o autor é os compromissos e os ofícios vãos, com os quais se envolvem permanentemente. c) Não dura senão um rápido instante os vislumbres de uma vida mais simples. d) Todas as coisas que se sonha nascem de carências reais. e) Se houvessem mais coisas simples em nossa vida, não sonharíamos tanto com elas. 11. Para preencher de modo correto a lacuna da frase, o verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural em: a) As normas que num código legal se ...... (estipular ) devem acompanhar a prática das ações sociais. b) As recentes alterações que ...... (haver ) no Código Civil brasileiro são elogiáveis em muitos aspectos. c) Não nos ...... (dizer ) respeito definir o que é ou não é legítimo, se não distinguimos entre o que é e o que não é um fato social. d) Se dos postulados dos códigos ...... (nascer ) todo direito, a justiça humana seria uma simples convenção. e) Ao longo das lutas feministas tanta coisa se ...... (conquistar ) que muitos dispositivos legais se tornaram imediatamente obsoletos. 12. A única frase corretamente construída é: a) Espero que Vossa Excelência aprecieis o novo código. b) Se o senhor preferir, aguardarei que termines a leitura integral do código. c) Se passares os olhos pela nova redação, poderá ver que são pequenas as alterações. d) Conserva contigo esse exemplar do novo código; não vá perdê-lo, por favor. e) Se Vossa Senhoria não fizer objeção, levo-lhe ainda hoje a nova redação do código. 13. Com a autoridade que ...... cabe, V.Sa ...... inspecionar os trabalhos da usina que está sob ...... responsabilidade. a) vos - deve - sua b) vos - deveis - vossa c) lhe - deve - vossa d) vos - deveis - sua e))lhe - deve - sua 14. As listas de pessoal admitido ...... ser ......, mas penso que não se ...... novos auxiliares. a) vão - revistos - contratará b) vai - revisto - contratarão c) vão - revistos - contratarão d) vai - revista - contratará e) vão - revistas - contratarão

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15. A frase que está inteiramente de acordo com as normas da concordância verbal é: a) A corrupção dos povos que saem da infância e da juventude parecem fazer parte do nosso destino histórico, segundo o pessimista Rousseau. b) Constituem os males da humanidade um desafio invencível para qualquer providência de natureza jurídica. c) De acordo com Rousseau, devem-se discriminar o que é a vontade geral, diante do que é a vontade de todos. d) Quanto mais contra-sensos houverem na interpretação de Rousseau, menos compreendido será o filósofo. e) Nas teses de Rousseau, a reforma dos costumes sempre tiveram mais importância do que quaisquer remédios jurídicos. 16. Para completar corretamente a lacuna da frase, o verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural em: a) Não se ........ (dever ) atribuir às idéias de Rousseau qualquer grau de ingenuidade. b) Quando se......... (administrar ) aos males da humanidade apenas um remédio jurídico, os efeitos são insignificantes. c) Nunca ....... (faltar ) às teorias de Rousseau a preocupação com o destino dos povos. d) O moralismo e o desejo de justiça social de Rousseau sempre o ......... (estimular ) a pensar criticamente. e) Foram muitos os pensadores a quem Rousseau ......... (influenciar ) com suas preocupações morais. 17. Estão inteiramente respeitadas as normas de concordância verbal na frase: a) Caso não haja meios éticos para que avancemos por um caminho, cada um dos nossos passos haverá de ser ilegítimo. b) Caso não seja possível meios éticos para que avancemos por um caminho, cada um dos nossos passos haverão de ser ilegítimos. c) Caso se contem apenas com meios ilegítimos, não haverá como se possa trilhar caminhos indiscutivelmente éticos. d) Para que se atendam a finalidades éticas, são imprescindíveis que se contem apenas com meios éticos. e) Para que se considerem como éticas as ações, pressupõem-se que os meios utilizados sejam legítimos.

18. Para preencher corretamente a lacuna, o verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado numa forma do plural na seguinte frase: a) A menos que se ...... (perder ) no tempo, essas imagens “higienizadas” testemunharão para sempre a insensibilidade de nossa época. b) Uma das marcas dessas transmissões jornalísticas ...... (estar ) nas semelhanças que guardam com as imagens de um jogo eletrônico. c) Mesmo que não ...... (criar ) outros efeitos, esse tipo de transmissão já seria nocivo por implicar a banalização da violência. d) Se tudo o que as câmeras captassem ...... (chegar ) até nós, sem uma edição maliciosa, nossas reações seriam bem outras. e) As pessoas a quem se ...... (dirigir ) esse tipo de telejornalismo são vistas mais como consumidores de entretenimento do que como cidadãos. 19. Quanto à concordância, está inteiramente correta a frase: a) Não ocorrem aos cientistas imaginar que as explicações dos fenômenos naturais possam ser dadas pelas práticas esotéricas. b) Se conviessem aos charlatões demonstrar suas crenças em experimentos de laboratório, eles seriam os primeiros a fazê-lo. c) A todo cientista, seguindo os passos de seus antecessores e submetendo-se aos procedimentos próprios da ciência, cumprem desmascarar as malícias dos charlatões. d) É desejável que se oponham às "provas" oferecidas pelos charlatões a prática das experiências controladas nos laboratórios. e) Não se recorra às práticas esotéricas para que se "provem", sem nenhum rigor, "fatos" que não passam de construções da fantasia e da especulação. 20. A concordância está feita corretamente na frase: a) Divergem as opiniões dos ecologistas a respeito do verdadeiro papel que as comunidades indígenas da Amazônia precisa assumir. b) É bastante variado os conhecimentos indígenas sobre o uso medicinal de várias plantas da floresta amazônica. c) Grupos ambientalistas do mundo todo considera objetivo prioritário a preservação da floresta amazônica e de seus recursos naturais. d) Deve haver garantias de que os costumes tradicionais indígenas sejam preservados, bem como seu conhecimento prático de medicamentos. e) Políticas desenvolvimentistas precisa serem compatíveis com o uso sustentável da floresta amazônica, pois dela dependem, por exemplo, o ciclo das chuvas.

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21. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: a) Deduz-se do texto duas afirmações: é a minoria dos cidadão que agem com racionalidade; a formação dos adolescentes, infratores ou não, constituem um dever do Estado. b)) Deduzem-se do texto duas afirmações: é a minoria dos cidadãos que age com racionalidade; a formação dos adolescentes, infratores ou não, constitui um dever do Estado. c) Deduzem-se do texto duas afirmações: a minoria dos cidadãos é quem agem com racionalidade; a formação dos adolescentes, infratores ou não, devem constituir um dos deveres do Estado. d) Deduz-se do texto duas afirmações: a minoria dos cidadãos age com racionalidade; cabe ao Estado cuidar da formação dos adolescentes, tratem-se de infratores ou não. e) Deduzem-se do texto duas afirmações: é a minoria dos cidadãos que agem com racionalidade; quanto ao Estado, estão entre os seus deveres a formação dos adolescentes, infratores ou não. 22. Ambos os verbos indicados entre parênteses adotarão obrigatoriamente uma forma do plural para preencherem, de modo correto, as lacunas da frase: a) Não se ...... (dever ) esperar das autoridades policiais qualquer medida que combata na raiz as causas que qualquer um de nós ...... (poder ) atribuir às omissões da sociedade. b) Para fatos brutais, como o assassinato do casal de namorados, não ...... (concorrer ) causa isolada, ou aleatória; o que os ...... (motivar ) é um conjunto de fatores sociais. c) Quando a todos ...... (convir ) eliminar de vez a violência, a todos ...... (sensibilizar ) a adoção de reformas profundas na vida social. d) Mesmo se ...... (vir ) a se reduzir pela metade, os índices de violência ...... (haver ) de refletir um quadro absolutamente escandaloso. e) Parece que já não nos ...... (impressionar ), a nós todos, tal estatística de violências banalizadas; será preciso que nos ...... (alcançar ), a cada um de nós, a dor da tragédia? 23. A concordância está correta na frase: a) Respeitar os direitos civis são importantes para o aperfeiçoamento do processo democrático de uma nação. b) Crimes contra a humanidade, que despertam horror, deve ser totalmente banido da ordem mundial. c) Parte dos conflitos que surgiram no século passado foi controlada com brutalidade por regimes militares autoritários.

d) Nem sempre a solução que algumas instituições é capaz de oferecer apresentam-se realmente adequadas aos problemas existentes. e) A única solução possível para resolver conflitos entre nações encontram-se no processo de transformação da ordem mundial. 24. A frase em que se respeitam plenamente as regras de concordância verbal é: a) “Raposas dos tribunais” é a expressão com a qual muitos identificam os advogados matreiros, que se valem da tortuosidade dos ritos processuais. b) Costuma valer-se de algum desprezível detalhe técnico os causídicos que sabem tirar proveito da burocracia judicial. c) A tortuosidade dos caminhos judiciais acabam por ensejar um sem-número de distorções no andamento de um processo. d) Falhas nos julgamentos sempre haverão, mas a excessiva burocratização dos ritos jurídicos acaba por multiplicá-las. e) Não cabem aos defensores públicos, em geral mal remunerados e desmotivados, a responsabilidade integral por sua insegurança diante dos entraves burocráticos. 25. As normas de concordância verbal e nominal estão plenamente respeitadas apenas na frase: a) As excessivas particularidades das leis que regem a sociedade norte-americana deve-se à carência dos valores que realmente se pudesse compartilhar. b) Ao chegar a Massachussets, oriundo do Sudão, o contingente de jovens foi distribuído pelas várias regiões a que desde há muito já estavam destinadas. c) Prevê-se que aos jovens sudaneses assustará a proliferação das leis norte-americanas, uma vez que as do Sudão são, além de poucas, implícitas. d) A propósito das leis norte-americanas, costumamos falar em formalismo e legalismo, quando melhor seríamos reconhecer-lhes a indigência moral a que correspondem. e) Se é da confiança coletiva que decorrem, na vida social no Sudão, a força dos valores compartilhadas, é da fraqueza destas que nasce o formalismo das nossas leis.

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26. A frase em que há pleno atendimento às normas de concordância verbal é: a) Deve espantar-nos que sejam consideradas crimes, na Nigéria, atitudes que, entre nós, são passíveis de uma simples censura moral? b) É possível que venha a ocorrer, imediatamente após o caso de Amina Lawall, julgamentos relativos à mesma infringência das leis muçulmanas. c) Muitos acreditam que não se deveriam admitir, em nome dos direitos humanos, a aplicação da pena máxima contra desvios de ordem moral. d) É polêmica a proposta de que se confira a um tribunal internacional poderes para intervir em normas jurídico-religiosas estabelecidas em culturas milenares. e) Caberiam aos cidadãos ocidentais, cujas leis se estabeleceram em sua própria tradição cultural, o direito de intervirem nos códigos de outros povos? 27. O verbo indicado entre parênteses adotará uma forma do plural , ao se flexionar corretamente na seguinte frase: a) Agissem os membros do tribunal de acordo com os cânones da escola Maliki, (redundar ) tudo na morte de Amina. b) É de se perguntar quantos apedrejamentos (haver ) de ocorrer, caso se observasse o mesmo rigor da lei em relação ao adultério masculino. c) Por mais razões que (poder ) haver para se condenar moralmente um adultério, nenhuma delas tem força para torná-lo um crime. d) Acreditam os observadores que um conflito de interpretações entre juizes muçulmanos e juizes laicos (ensejar ), provavelmente, uma guerra civil. e) Aos fanáticos religiosos não (satisfaz ) que se solucionem casos como esse de um modo político, concessivo, conciliatório. 28. Está de acordo com as normas de concordância verbal a seguinte frase: a) Aos editores preocupados com o perigo do simplismo cabem recorrer aos expedientes que o evitam. b) Um daqueles famosos petardos, freqüentes na página de opinião, acabaram sendo disparados no dia seguinte. c) O respeito aos direitos adquiridos constituem uma das cláusulas pétreas da Constituição. d) Quando se recorrem a manchetes com duas idéias, permitem-se manifestar-se as contradições. e) Fatos ou afirmações divergentes, numa mesma manchete, hão de traduzir mais fielmente a complexidade de uma questão.

29. Para que se estabeleça a concordância verbal adequada, é preciso flexionar no plural a forma verbal sublinhada na seguinte frase: a) A inteira observância de preceitos estabelecidos não implica renúncia ao sentido maior da liberdade. b) Toda aquela gente que se anima nas arquibancadas conhece muito bem as regras que disciplinam o desfile. c) Quem, entre os brasileiros, cometeria a tolice de afirmar que um desfile de carnaval dispensa todo e qualquer tipo de regra? d) Cada um dos estrangeiros que os acompanham se deslumbra, intimamente, com nossos desfiles de carnaval. e) Se a autoridade e o autoritarismo constituísse um par inseparável, não haveria como distinguir entre a democracia e a ditadura. 30. A frase em que a concordância está INCORRETA é: a) Esperava-se das autoridades responsáveis pela segurança da população, o envio de alimentos e remédios que evitassem uma epidemia. b) Condições favoráveis de vida são oferecidas à população das cidades, embora existam, ao mesmo tempo, outros problemas a resolver. c) Existiam no planeta, ao final do século XX, 6,2 bilhões de habitantes, espalhados por regiões que oferecem diferentes possibilidades de ocupação. d) Os cálculos, estabelecidos com mais seriedade, situam-se num intervalo bem mais admissível, entre 4 e 16 bilhões de habitantes. e)) Tratava-se, no caso, de providências para que fosse oferecido à população os serviços básicos necessários à sua sobrevivência, naquele lugar afastado. 31. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase: a) O pessoal que não quiserem malhar tem agora mais razões para ficar acomodado num sofá. b) Comprovaram-se que os efeitos dos exercícios físicos e das drogas têm algo em comum. c) A privação de endorfina e dopamina podem levar a estados depressivos. d) Existem, além das complicações físicas, a possibilidade de alterações no plano social. e) Sempre haverá atletas compulsivos, pois sempre existirão pessoas ansiosas.

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32. O verbo indicado entre parênteses adotará obrigatoriamente uma forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: a) Foi nos anos 80 que ...... (ocorrer ) a pesquisa dos estudiosos americanos. b)) ...... (resultar ) do excesso de exercícios algumas complicações para a nossa vida. c) Mesmo quando ...... (prejudicar-se ) com os excessos, o atleta compulsivo os comete. d) ...... (acarretar ) uma série de malefícios essa ginástica feita de modo compulsivo. e) Quando ...... (praticar ) tantos exercícios, o atleta compulsivo não avalia os efeitos. 33. Estas folhas também ...... ao processo. a) deve ir anexo b) deve irem anexo c) devem ir anexo d) devem irem anexas e)) devem ir anexas 34. ......, na última hora, as normas que ...... com tanta antecedência. a) Alterou-se - havia sido estabelecidas b)) Alteraram-se - haviam sido estabelecidas c) Alterou-se - haviam sido estabelecidas d) Alteraram-se - havia sido estabelecidas e) Alterou-se - havia sido estabelecido 35. A concordância está feita em desrespeito à norma culta na frase: a) Algumas propostas divulgadas pelos candidatos parecem incompatíveis com a realidade nacional, faltando-lhes até mesmo fundamentos que convençam os eleitores. b) Comentários feitos por candidatos produzem resultados muitas vezes nefastos, com graves ameaças ao regime democrático no País. c) Todas as vezes em que houve especulações, as exigências do mercado se manifestaram concretamente na queda das bolsas e no aumento da cotação do dólar. d) Quando se divulgam certos fatos da vida particular dos candidatos, há uma reação, favorável ou não, dos eleitores, o que transparece nas pesquisas. e)) É imprescindível propostas claras dos candidatos aos principais cargos eletivos do País, para que todos possam escolher conscientemente aquele que mais se aproximem de seus ideais.

36. As condições de vida dos grupos humanos ...... especialmente pela existência de um sistema de transporte ...... . a) é influenciada - eficaz b) é influenciada - eficazes c) são influenciado - eficazes d) são influenciados - eficazes e)) são influenciadas - eficaz 37. A concordância verbal e nominal está feita de maneira inteiramente correta na frase: a) Foram postas em prática algumas medidas de controle do trânsito, para evitar que surgissem problemas de poluição atmosférica na região. b) A História mostra que deslocamentos antes impossível de ser realizado passa a ocorrer com a evolução dos meios de transporte. c) Os veículos abandonados no pátio, após uma revisão e a substituição de algumas peças, voltou a ser usado nas atividades de rotina. d) Foi claramente reconhecido a necessidade de novas pesquisas cujo objetivo seria descobrir novas fontes, não poluentes, de energia. e) As cidades garantem, em princípio, melhores condições de vida para a população, que enfrentam, porém, outros problemas, como a violência urbana. 38. A concordância está feita corretamente na frase: a) Faz parte da culinária brasileira pratos variados preparados com as raízes da mandioca. b) Desde o período colonial era conhecido dos portugueses a maneira como os índios cultivavam a mandioca. c)) Foram feitas pesquisas visando o consumo da farinha de folha de mandioca, na alimentação de crianças subnutridas. d) É comum, na culinária brasileira, alimentos de origem indígena e também influenciada pelos escravos africanos. e) As plantações de trigo no país, subsidiado pelo governo, reduziu o preço da farinha, aumentando o consumo.

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39. Levando-se em conta as normas de concordância verbal e nominal, a única frase inteiramente correta é: a) Se se acrescentar à tribo dos micreiros as tribos dos celuleiros, dos devedeiros etc., haverá de se incorporar à língua portuguesa muitos outros neologismos. b) Como se não bastassem as dificuldades que muita gente vêm demonstrando no uso do vocabulário tradicional, eis que novas aquisições se fazem necessárias a cada momento, proveniente da tecnologia. c) A velocidade com que surgem palavras relacionadas aos novos campos tecnológicos fazem com que muitos desanimem, confessando-se inábeis para sua utilização. d)) Estão entre as características do texto a citação de alguns neologismos e o divertido registro de algumas situações em que ocorreu ambivalência de sentido, testemunhadas pelo autor. e) É costume que se dissemine, sobretudo entre os mais velhos, alguns preconceitos contra o universo dos mais jovens, contra o vocabulário que entre estes se propagam com mais facilidade. 40. O verbo indicado entre parênteses será obrigatoriamente flexionado numa forma do plural para integrar, de modo correto, a frase: a) (caber ) ...... aos representantes da Assembléia Geral da ONU ponderar as palavras de Einstein. b) Desde que ...... (impor ) às potências do Eixo uma dura derrota, o outro lado buscou unificar seus interesses por meio da ONU. c) Não se ...... (dever ) imputar a nenhum dos países, individualmente, a responsabilidade pelos malogros da ONU. d) Einstein acredita que se ...... (reservar ) aos países da ONU a missão de viabilizar o estabelecimento de um poder supranacional. e)) Uma vez que ...... (presumir ) a proximidade de novos conflitos, os líderes dos governos acabam entrando numa corrida armamentista. 41. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: a) Mais estímulos houvessem para a nossa vida intelectual, menos tentações sofreríamos de ir buscar a qualquer preço o nosso aperfeiçoamento físico. b) Costumam-se importar das velhas culturas todo e qualquer valor que supostamente possa justificar os hábitos mais viciosos da nossa época. c) A expansão desmedida da fisicultura, da ginástica e das dietas vêm criando uma nova ideologia, cujos efeitos a ninguém parece incomodar.

d) Se viessem a ocorrer, no campo da educação e do conhecimento, expansão de valores análoga à do culto ao corpo, o espírito agradeceria. e))Inclui-se entre os inúmeros efeitos da obsessão pela forma física a busca de produtos de consumo, sobretudo os esportivos e os dietéticos. 42. Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase: a) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande violência não caracterizam apenas os animais irracionais. b) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só anos depois se esclareceram. c) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e a crueldade de que os seres humanos se mostram capazes. d) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima do bem e do mal, a razão da propagação das espécies. e) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias entranhas o martírio das larvas que as devoram inapelavelmente. 43. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase: a) Não se ...... (atribuir ) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos no interior das vespas. b) O que ...... (impelir ) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não uma intenção cruel. c) Não se ...... (equiparar ) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a radicalidade de que é capaz um homem enciumado. d) ...... (caracterizar-se ), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que interpretamos como crueldade. e)) ...... (ocultar-se ) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum a toda a espécie. GABARITO 01. B 02. E 03. C 04. B 05. A 06. D 07. C 08. B 09. C 10. A 11. A 12. E 13. E 14. E 15. B 16. D 17. A 18. A 19. E 20. D 21. B 22. D 23. C 24. A 25. C 26. A 27. B 28. E 29. E 30. E 31. E 32. B 33. E 34. B 35. E 36. E 37. A 38. C 39. D 40. E 41. E 42. E 43. E

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PARTE 2 QUESTÕES DE CONCURSOS

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS CONCORDÂNCIA

1. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase: a) Couberam aos bispos manifestar-se sobre a redução da maioridade penal. b) O que vêm influenciando as pessoas são a força da mídia e a violência dos crimes. c) Houve muitos projetos apresentados, um dos quais prima pela absoluta radicalidade. d) Caso se submeta meninos de treze anos ao código penal, condenar-se-á crianças. e) Num plebiscito, a maioria haverão de se manifestar a favor da redução. 2. As normas de concordância estão inteiramente respeitadas na frase: a) Configura-se nas freqüentes invasões dos escritórios de advocacia o desrespeito a prerrogativas constitucionais. b) Não cabem às autoridades policiais valer-se de ordens superiores para justificar a violência dessas invasões. c) Submetido com freqüência a esse tipo de constrangimento, os advogados se vêm forçados a revelar informações confidenciais de seus clientes. d) Tem ocorrido, de uns tempos para cá, inúmeras entradas forçosas da polícia em escritórios de advocacia. e) Se não lhes convêm cumprir determinadas medidas, cabe aos advogados recorrer às instâncias superiores da justiça. 3. É injustificável a forma plural do verbo haver no caso da seguinte frase: a) Não haveriam, meios de alcançar o sucesso de nossas expedições, caso uma empresa não se dispusesse a patrociná-las. b) Mais livros houvessem sido doados, mais leitores se beneficiariam da nova biblioteca. c) Que haverão eles cometido, para despertarem tantos ressentimentos entre os colegas? d) Que haveriam de trazer àquela gente simples da aldeia os aventureiros que chegavam com novos hábitos? e) Não imagino a quem haveriam de agradecer os meninos pelo equipamento esportivo que receberam.

4. Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: a) Não costumam ocorrer, em reuniões de gente interessada na discussão de um problema comum, conflitos que uma boa exposição dos argumentos não possam resolver. b) Quando há desrespeito recíproco, as razões de cada candidato, mesmo quando justas em si mesmas, acaba por se dissolverem em meio às insolências e aos excessos. c) O maior dos paradoxos das eleições, de acordo com as ponderações do autor, se verificariam nos caminhos nada democráticos que se trilha para defender a democracia. d) Quando se torna acirrado, nos debates eleitorais, o ânimo dos candidatos envolvidos, é muito difícil apurar de quem provém os melhores argumentos. e) Insatisfeitos com o tom maniqueísta e autoritário de que se valem os candidatos numa campanha, os eleitores franceses escolheram o que lhes pareceu menos insolente. 5. O verbo entre parênteses deverá ser flexionado, obrigatoriamente, numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase: a) Mesmo que não ...... (caber ) a vocês tomar a decisão final, gostaria que discutissem bem esse assunto. b) Eles sabiam que ...... (urgir ) chegarem à pousada, mas não conseguiram evitar o atraso. c) A nenhum de vocês ...... (competir ) decidir quem será o novo líder do grupo. d) Tais decisões não ....... (valer ) a pena tomar assim, de afogadilho. e) A apenas um dos candidatos ...... (restar ) ainda alguns minutos para rever a prova.

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6. A concordância está correta na frase: a) A redução dos elevados índices de mortalidade infantil e de analfabetismo colocam a região Nordeste em um acelerado ritmo de desenvolvimento. b) Há opiniões de que é pouco explorado, ainda, as terras produtivas existentes na região Nordeste, em que poderiam , por exemplo, ser plantada soja. c) O turismo é uma das vocações da região nordestina brasileira, que atraem turistas europeus, encantados com a beleza natural das inúmeras praias. d) O turismo de massa, ampliado pelos pacotes de viagem, se tornaram fonte de divisas para o país, mas resultam, muitas vezes, em desrespeito ao meio ambiente. e) Investimentos nas áreas turísticas, agrícola e fabril representam oportunidades diferenciadas de geração de empregos e de renda para a população. 7. ...as aparências enganosas de exatidão. Preenche-se corretamente a lacuna por: a) Deve ser evitado b) Deve serem evitadas c) Deve ser evitadas d) Devem ser evitado e) Devem ser evitadas 8. A concordância está feita de acordo com a norma culta em: a) Ocorre algumas vezes certos problemas que parece ser insolúvel à primeira vista, mas com calma se resolvem. b) A rotina de vida de muitas pessoas tornam-se uma série interminável de compromissos que os torna sempre mais tensos. c) Tem sido descoberto, em todo o país, vários casos de trabalhadores submetidos a trabalho sem o respeito à legislação. d) A utilização de computadores são de fundamental importância para atender a velocidade de informações da vida moderna. e) Como se tratasse de prazos muito curtos, foram convocados vários funcionários que terminariam os serviços rapidamente. 9. A seguinte frase está plenamente de acordo com as normas de concordância verbal: a) No poema de Drummond parece repetir-se alguns termos do artigo do autor. b) O autor e uma colega sua incumbiu-se de enviar uma carta aos amigos do Rio. c) Na passeata dos estudantes manifestavam-se protestos contra a ditadura. d) Eram de se esperar que houvessem deturpações dos fatos no noticiário oficial. e) Depois de ser feito várias cópias, enviei-as aos amigos do Rio.

10. O verbo indicado entre parênteses adotará, obrigatoriamente, uma forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: a) A punição dos abusos ....... (CORRIGIR) essa onda de exageros da imprensa. b) É degradante a situação a que se .... (EXPOR) alguns suspeitos. c) É difícil saber qual dos dois "ismos" a que se refere Ceneviva .... (TRAZER) piores conseqüências. d) Entre os excessos a serem eliminados ..... (ESTAR) o sensacionalismo da imprensa. e) Em busca de notoriedade, há sempre gente que ..... (FAZER) o jogo da má imprensa. 11. É preciso corrigir a forma sublinhada na frase: a) Tanto os bons quanto os maus jornalistas ganharão se forem ao Seminário. b) As pessoas ficam meia confusas diante dos excessos da imprensa. c) As meias verdades são às vezes mais perigosas que as mentiras completas. d) As autoridades ficam meio atrapalhadas quando expostas à opinião pública. e) Por muito menos razões, as pessoas pobres sofrem severas punições. 12. A concordância está feita corretamente em: a) Os poucos anos de escolaridade do trabalhador são insuficientes para um bom uso das inovações tecnológicas. b) O número de postos de trabalho geralmente aumentam quando as empresas elevam a produtividade. c) Os trabalhadores que perdem o emprego pode ser admitido em novos postos, dependendo do nível de escolaridade. d) Existe vários efeitos que é resultante da aplicação da tecnologia, capazes de gerar novos empregos. e) A recuperação de novos postos de trabalho nas empresas são possíveis para candidatos com formação adequada a eles. 13. A frase em que o plural do substantivo composto está INCORRETO é: a) Os brasileiros não são cucas-frescas, como se pensa. b) Esses são pontos-chave para evitar o nervosismo. c) São coletes salvam-vidas contra os fatores de stress. d) Os chefes são geralmente todo-poderosos no serviço. e) As causas de sofrimento não são simples lugares- comuns.

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Instruções para a questão de número 14. Assinale, a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada. 14. ...... de ...... alguns estudos sobre o stress no trabalho, com resultados semelhantes, não ...... os países. a) Acabam - ser concluídos - importam b) Acaba - ser concluído - importam c) Acaba - ser concluído - importa d) Acabam - ser concluído - importam e) Acaba - ser concluídos - importa 15. A concordância está inteiramente correta na frase: a) É correto as tentativas de aperfeiçoamento das leis que envolvem condenados por crimes considerado hediondo. b) Existe muitos jovens, envolvidos em ações criminosas, que necessitam de apoio que o ajudem a recuperar-se. c) Ações criminosas devem ser combatidas com rigor, mas é importante adotar medidas de segurança que previnam sua ocorrência. d) Seria eficaz, no combate ao crime, medidas que realmente punissem seus autores com penas proporcional aos delitos cometidos. e) O uso de crianças e jovens em atividades ilegais são comuns, especialmente entre os mais pobres, que o consideram um caminho para sair da miséria. 16. As normas de concordância estão inteiramente respeitadas na frase: a) Muitos julgam imprescindíveis que se consulte os especialistas para que se avalie com precisão os livros de uma velha biblioteca. b) Qualquer um dos que entram desprevenidos numa velha biblioteca podem se defrontar com surpresas de que jamais se esquecerá. c) Mesmo que hajam passado cem anos, as fotos revelam instantâneos de um presente perdido, no qual não se contava com os efeitos do tempo. d) Nada do que se lê nos grandes livros, mesmo quando extinta a época em que foram escritos, parecem envelhecidos para quem os compreende. e) Lá estão, como se fosse hoje, a imagem das jovens e sorridentes senhorinhas daqueles tempos, inteiramente alheias ao passar do tempo. 17. O verbo indicado entre parênteses adotará, obrigatoriamente, uma forma no plural, ao se flexionar na seguinte frase: a) À grande maioria dos livros de uma biblioteca ...... (caber ) um destino dos mais melancólicos. b) É comum que livros antigos, na perspectiva de um herdeiro pouco afeito às letras, ...... (representar ) mais um incômodo do que uma dádiva.

c) ....... (costumar ) haver muitas surpresas para quem se propõe a vasculhar uma antiga biblioteca. d) Pouca gente, tendo o compromisso de avaliar uma biblioteca, ...... (saber ) separar com rigor os livros valiosos dos que não o são. e) ....... (ocorrer ) a muitos imaginar que uma velha biblioteca valerá mais pela quantidade do que pela qualidade dos livros. 18. O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado numa forma do singular para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase: I. Ninguém, entre nós, ............ (habilitar-se ) a tempo de se inscrever no próximo concurso. II. A quitação de todas as prestações restantes só se ........ (dar ) se ganharmos a causa. III. Por mais que nos .......... (ameaçar ) de recorrer à justiça, nossos fiadores sabem que não nos é possível quitar essa dívida. Atende ao enunciado da questão SOMENTE o que está em a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II. e) III. 19. A concordância está correta na frase: a) Alguns proprietários, que perceberam o potencial turístico da região, investiram em projetos voltados para atividades que não prejudiquem o meio ambiente. b) As maravilhas da geologia, da fauna e da flora do Brasil Central representa um paraíso que não foram feitas para o turismo de massas de visitantes. c) As visitas a algum santuário ecológico deve ser agendado com antecedência e feito em pequenos grupos de turistas, monitorados por guias treinados. d) Romarias religiosas e festas folclóricas serve como atração a grande parte de turistas, que deseja visitar a região Centro-Oeste do Brasil. e) O potencial turístico da região central do país abrangem atividades variadas, que justifica os novos e múltiplos investimentos no setor. 20. A forma correta de plural dos substantivos compostos mico-leão-dourado e ararinha-azul é a) micos-leão-dourados e ararinhas-azul. b) micos-leão-dourado e ararinha-azuis. c) mico-leões-dourados e ararinha-azuis. d) mico-leão-dourados e ararinhas-azul. e) micos-leões-dourados e ararinhas-azuis.

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21. Está de acordo com as normas de concordância verbal a seguinte frase: a) Aos editores preocupados com o perigo do simplismo cabem recorrer aos expedientes que o evitam. b) Um daqueles famosos petardos, freqüentes na página de opinião, acabaram sendo disparados no dia seguinte. c) O respeito aos direitos adquiridos constituem uma das cláusulas pétreas da Constituição. d) Quando se recorrem a manchetes com duas idéias, permitem-se manifestar-se as contradições. e) Fatos ou afirmações divergentes, numa mesma manchete, hão de traduzir mais fielmente a complexidade de uma questão. 22. Para que se estabeleça a concordância verbal adequada, é preciso flexionar no plural a forma verbal sublinhada na seguinte frase: a) A inteira observância de preceitos estabelecidos não implica renúncia ao sentido maior da liberdade. b) Toda aquela gente que se anima nas arquibancadas conhece muito bem as regras que disciplinam o desfile. c) Quem, entre os brasileiros, cometeria a tolice de afirmar que um desfile de carnaval dispensa todo e qualquer tipo de regra? d) Cada um dos estrangeiros que os acompanham se deslumbra, intimamente, com nossos desfiles de carnaval. e) Se a autoridade e o autoritarismo constituísse um par inseparável, não haveria como distinguir entre a democracia e a ditadura. 23. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase: a) Agricultura, ecologia e urbanismo são assuntos que não poderiam ninguém dominar com razoável competência. b) Os talentos para a carreira de jornalista pode ser pesquisado em qualquer curso universitário. c) Não haveriam razões, segundo Clóvis Rossi, para tornar obrigatório o diploma de jornalista. d) São tantas as áreas que um jornalista deve cobrir, que lhe seria impossível estudá-las num único curso. e) Todos os profissionais deveria preocuparem-se com um comportamento ético, e não apenas os jornalistas. 24. Mantém-se corretamente a mesma pessoa gramatical na seguinte frase: a) O lixo é seu, esse lixo que deixai à beira de sua porta. b) O lixo é teu, esse lixo que deixa à beira de vossas portas. c) O lixo é teu, esse lixo que deixas à beira de tua porta. d) O lixo é de vocês, esse lixo que deixais à beira de suas porta.

e) O lixo é vosso, esse lixo que deixas à beira de suas portas. 25. Para que a concordância verbal se faça corretamente, é preciso flexionar no singular a forma verbal sublinhada na frase: a) Seus protestos de beleza e de dignidade estão no zelo com seu caminhão. b) Aos homens da cidade devem-se dizer que esse motorista é um herói. c) O lixo e a imundície constituem o vosso presente. d) As flores, em vossas mãos sujas, haverão de se impregnar de vossa sujeira. e) É com a mão suja que recebem alguns as dádivas da vida. /03 - 09:55 26. “Por visar a questão da violência infantil, alguns dos serviços concentrará obras para inibir a violência dentro de casa, um dos ambientes apontados como principal palco de atos violentos contra crianças e adolescentes.” Sendo comum no falar inculto, descuidado ou desatento do português, o desvio da norma gramatical presente no trecho acima contraria a a) concordância verbal b) colocação pronominal c) regência nominal d) pontuação e) acentuação gráfica 27. A concordância está feita de acordo com a norma padrão na frase: a) As carências a que está exposta boa parte da população dos países em desenvolvimento dão origem a inúmeras favelas, em todos eles. b) É importante os levantamentos completos das necessidades de uma população favelada, para que se desenvolva projetos que os beneficiem. c) Para haver maior justiça social, são fundamentais desenvolver programas de capacitação, que prepare as pessoas para o mercado de trabalho. d) O crescimento das favelas que se disseminou nas grandes cidades são resultado de uma política econômica global, que acentuaram as diferenças sociais. e) Não existe mais, no mundo atual, possibilidades realistas de um desenvolvimento isolado dos países sul-americanos, que devem unir-se para conseguir seus objetivos.

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28. A frase em que são levadas em conta as normas de concordância previstas pela gramática normativa é: a) Aquela específica forma cultural de que falávamos, associada a qualquer outra da mesma região, revelam que se pode esperar muito de grupos a que até agora não foi dado atenção. b) Tudo indica que deve existirem técnicas as mais variadas para se fazer publicidade de produtos da indústria cultural, passível, aliás, de serem descritas. c) Elas tinham consciência de ter à disposição só objetos padronizados, mas acreditavam que haveria situações que lhes favoreceriam a criatividade ou que as obrigassem a tê-la. d) É inevitável, em qualquer contexto, as conjecturas sobre aquilo que poderá ser feito, mas, nesse caso, a dificuldade está em se definirem quais os pontos mais relevantes. e) Atualmente, seja quais forem os produtos culturais à disposição, o que se vende é um consenso geral e acrítico, impostos pela publicidade maciça. 29. Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: a) Nenhum de nós haveriam de encontrar dificuldade em propormos, cada um de acordo com seus critérios, uma definição de pobreza. b) Quem dispuser de recursos suficientes para a aquisição de todos os bens e serviços indicados estarão acima da linha de pobreza. c) Não se inclui, entre os bens e serviços, viagens de lazer, que, injustamente, não são consideradas essenciais, nesse tipo de cesta básica. d) Não se sabe exatamente quais bens e serviços compõem essa cesta, quais os produtos a que se deve ter acesso para se situar acima da linha de pobreza. e) Embora se saiba que muita gente arrecade, com esmolas, mais do que um salário mínimo, consideram- se que estão abaixo da linha de indigência. 30. Para atender às normas de concordância, o verbo indicado entre parênteses adotará obrigatoriamente uma forma do plural ao se flexionar na frase: a) Uma característica que (costumar ) apresentar os textos jornalísticos é a ênfase em determinado detalhe do fato noticiado. b) Quase sempre (tocar ) mais os leitores a violência de um fato do que a violência com que o texto o retrata. c) Não se (atribuir ) aos jornalistas a total responsabilidade pelo viés interpretativo das notícias; este já é um atributo da própria linguagem. d) Tudo aquilo que com palavras se (instituir ), outras palavras poderão demolir. e) Não (dever ) arrefecer os ânimos de um bem-intencionado jornalista a convicção de que suas palavras podem traí-lo.

31. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: a) Cabe aos agentes do Direito todas as iniciativas para corresponder aos anseios populares que vêm se manifestando. b) Espera-se que não se frustre as expectativas da maioria da classe pobre, que crêem nas justas providências humanas aqui na Terra. c) O que dos agentes do Direito se espera é que não deixem de corresponder às expectativas de quem conta com suas iniciativas. d) Por mais que se creiam nas reformas das leis, é preciso garantir que elas sejam bem aplicadas. e) Somente a força das associações e das iniciativas coletivas é que são capazes de dar representatividade social e política àqueles que não a tem. 32. O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado no plural para integrar corretamente a frase: a) Não (bastar ) aos homens ter fé, para verem resolvidas as questões sociais. b) Quando a ele se (impor ) os desafios de uma luta, jamais hesita em enfrentá-los. c) O respeito aos direitos humanos não (costumar ) contentar os poderosos. d) Não se (oferecer ) aos desvalidos qualquer caminho que não seja o da luta permanente. e) A insensibilidade com os sofrimentos dos pobres (acionar ) mais e mais revoltas. 33. A frase em que a concordância está totalmente de acordo com a norma culta é: a) A juíza reafirmou que deve ser cumpridos todos os prazos, do que dependerá os próximos passos do processo. b) As decisões de um juiz é passível de revisão, desde que solicitado segundo as normas. c) Os advogados mais experientes haverão de ser consultados pela família, desde que haja fundos para isso. d) Dado a importância das revelações feitas pelo rapaz, pode virem a ser imediatamente contestadas pela defesa. e) Foi solicitado pelo promotor uma séria investigação acerca do fato, mas não está claro as razões do pedido.

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34. A concordância nas frases abaixo, adaptadas do texto, está correta em a) Alguns dados resultantes do Censo 2000 parece incompatível com aqueles que assinalam o aumento do consumo de bens duráveis, no mesmo período. b) A qualidade de vida dos brasileiros, refletida principalmente na saúde, dependem de aspectos importantes na área de serviços, como a de saneamento básico. c) Os dados referentes à economia informal não é captados pelas estatísticas, o que geram algumas situações aparentemente contraditórias. d) Os números iniciais do Censo 2000 mostram que o consumo nas diversas regiões brasileiras são distribuídas de maneira desigual e contrastante. e) Constituem uma proporção relativamente pequena as famílias brasileiras que podem dar-se ao luxo de serem sustentadas por um único membro. 35. As normas de concordância verbal e nominal estão plenamente respeitadas apenas na frase: a) As excessivas particularidades das leis que regem a sociedade norte-americana deve-se à carência dos valores que realmente se pudesse compartilhar. b) Ao chegar a Massachussets, oriundo do Sudão, o contingente de jovens foi distribuído pelas várias regiões a que desde há muito já estavam destinadas. c) Prevê-se que aos jovens sudaneses assustará a proliferação das leis norte-americanas, uma vez que as do Sudão são, além de poucas, implícitas. d) A propósito das leis norte-americanas, costumamos falar em formalismo e legalismo, quando melhor seríamos reconhecer-lhes a indigência moral a que correspondem. e) Se é da confiança coletiva que decorrem, na vida social no Sudão, a força dos valores compartilhadas, é da fraqueza destas que nasce o formalismo das nossas leis. 36. Está inteiramente correta a redação da seguinte frase: a) Tratam-se de cinco mil refugiados, cuja destinação tudo o que sabemos é que é a mais variada possível. b) Todos podemos testemunhar de que é inútil tentar animar uma sociedade através de uma lengalenga de leis. c) Não há uma inspiração moral a cujo compartilhamento nos faça ter confiança em um mínimo de princípios. d) De uma tal compilação de casuísmos não se esperem bons resultados, pois ela está longe de valer como um conjunto de princípios autênticos. e) O rigoroso detalhismo de nossas leis, de cujo muitos querem interpretar como um rigoroso legalismo, constitui, de fato, uma grande lengalenga.

37. Em razão do desrespeito às normas de concordância verbal, é preciso corrigir a seguinte frase: a) Ainda que não continue a acometê-lo de modo tão regular, como costumava ocorrer, vêm-no prejudicando esses seus destemperos. b) Se houverem de ser consideradas as desculpas desse faltoso, por que não relevar as dos demais? c) Apesar de todas as manobras com que tumultuara a sessão, não logrou o grupo oposicionista alcançar os adiamentos que tanto lhe interessavam. d) Quando já não existir, entre mim e você, mais do que uns instantes de simpatia, não haverá por que continuarmos juntos. e) Cada um daqueles colegas que de fato demonstraram afeto por mim receberá este livrinho, em que se reavivam as nossas melhores recordações. 38. Na reconstrução de uma frase do texto, desrespeitou-se a concordância verbal em: a) Às economias nacionais não se permite, modernamente, que se desenvolvam de modo autônomo e competente. b) Ainda não se encontraram, para essas duas tendências contraditórias, quaisquer possibilidades de harmonização. c) Quando não se está ligado ao progresso da vida moderna, como ocorre com boa parte dos brasileiros, paga-se com as conseqüências do atraso. d) Devem-se às oscilações dos líderes da economia mundial boa parcela do desequilíbrio da nossa própria economia. e) Devido à dificuldade de se ajustarem ao ritmo variável da economia mundial, há medidas que, mesmo necessárias, deixamos de tomar. GABARITO 01. C 02. A 03. A 04. E 05. E 06. E 07. E 08. E 09. C 10. B 11. B 12. A 13. C 14. A 15. C 16. C 17. B 18. A 19. A 20. E 21. E 22. E 23. D 24. C 25. B 26. A 27. A 28. C 29. D 30. A 31. C 32. B 33. C 34. E 35. C 36. D 37. A 38. D

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 119

Classes de Palavras e seus empregos

SUBSTANTIVOS

ADJETIVOS

ARTIGOS

VERBOS

São variáveis.

PRONOMES

NUMERAIS

São variáveis e invariáveis.

ADVÉRBIOS

PREPOSIÇÕES

INTERJEIÇÕES

CONJUNCÕES

São invariáveis.

1. SUBSTANTIVO

Definição tradicional (e suas falhas)

Tradicionalmente, o substantivo é definido como vocábulo que designa os seres (pessoas, animais ou

coisas): TIJOLO, FLORESTA, PINGÜIM , etc. Contudo, também pode designar qualidade (HONRAREZ,

LEALDADE ) ou ações (SUBTRAÇÃO, VIAGEM, ASSESSORAMENTO ). Ora, isso leva muitos alunos a

confundirem estes substantivos de qualidade com o ADJETIVO (“é a palavra que exprime qualidade”) e os

de ação com os VERBOS (“é a palavra que designa ação”). Neste caso, você deverá ficar atento para

outros fatores que nos possibilitam melhor reconhecer o substantivo.

2. ADJETIVO

Todo adjetivo exprime algo atribuível a um substantivo : pacote pesado , casa verde , homem forte , atitude

firme , etc.

Característica flexional : o adjetivo é obrigado a concordar em gênero e número com o substantivo a que se

refere.

Exs.: livro moderno , obra moderna , livros modernos , obras modernas .

Características morfológicas

Se você examinar os advérbios em - MENTE, verá que todos eles são formados na seguinte fórmula:

ADJETIVO + MENTE

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3. ADVÉRBIO

Palavra invariável que modifica um verbo, adjetivo ou outro advérbio, indicando uma circunstância.

Hoje, aqui, lentamente.

4. PREPOSIÇÃO

A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre

5. ARTIGO

Definidos – o, os , a, as

Indefinidos – um, uns, uma, umas

OBS.:

Classes do A

a. Artigo Definido – Acompanha o substantivo feminino.

A moça chegou.

b. Pronome Pessoal Oblíquo – Pode ser substituído por “ela” na linguagem coloquial.

Eu a encontrei. Eu encontrei “ela”.

c. Pronome Demonstrativo – Pode ser substituído por ‘’aquela’’.

A que chegou é casada. Aquela que chegou é casada.

d. Preposição – É invariável.

Ele começou a cantar.

6. NUMERAL

Cardinal – Indica quantidade. um, dois, três

Ordinal – primeiro, segundo, terceiro

7. INTERJEIÇÃO

Expressa um sentimento.

Ai!, ui!, epa!

8. PRONOMES

Substituem ou acompanham nomes.

Tua dedicação é perceptível a todos.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 121

9. VERBOS

Indicam ação, estado, fato ou fenômeno da natureza.

Cláudio passeava pelas ruas do centro.

A garota está enferma.

Geou muito na serra.

10. CONJUNÇÕES Ligam orações ou, eventualmente, termos. Compareceu à reunião, embora estivesse doente.

OBSERVAÇÃO: Os conteúdos de pronomes, verbos e conjunções serão estudados dentro dos demais

conteúdos.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 122

QUESTÕES DE CONCURSO CLASSES GRAMATICAIS

01. (Técnico Judiciário – TRT 4ª Região – FAURGS) Assinale, dentre as palavras abaixo, a que pode ser flexionada para o grau superlativo. a) nobre b) novela c) quando d) perde e) estes 02. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS – FAURGS) A frase em que ambas as palavras sublinhadas, de acordo com o contexto, são classificadas como substantivos é a) O apelido foi instantâneo. b) Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. c) Disse o gordo Jorge, que era o que mais implicava com o novato. d) O pai não viu a sinaleira fechada e) Mas de onde viera aquela estranha palavra? 03. (Motorista – MP/RS – FAURGS) Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada, considerando o contexto que ocorre, NÃO é classificada como substantivo. a) compatriotas famintos b) produção agrícola c) evasão escolar d) novo governo e) caráter assistencialista 04. (Auxiliar de Perícias – IGP/RS – FAURGS) Assinale a alternativa em que a palavra destacada é da mesma classe gramatical em ambas as frases. a) Levantou-se, saindo da mesa , quando o delegado entrou. Uma mesa de tampo de bronze lavrado foi o móvel mais caro do leilão. b) Tudo sob controle , doutor. Não suporto que minha mãe me controle o dia inteiro. c) As perícias já foram feitas, e eu mandei desinterditar os locais . Os jogadores locais abusaram da violência durante a partida. d) Botei aqui nestas folhas tudo o que o senhor precisa para o registro. A informação precisa só pode ser encontrada no Jornal da Perícia. e) Botei aqui nestas folhas tudo o que o senhor precisa para o registro . Cometo erros de ortografia sempre que registro uma ocorrência.

05. (Advogado – FEBEM/RS – FAURGS) A palavra que NÃO pode ser flexionada em gênero, número ou grau é a) precisava b) todos c) apenas d) sensação e) o 06. (Assistente Administrativo – SULGÁS – FAURGS) Analise as afirmações abaixo. I – Quem não gostaria de tomar um elixir que garantisse uma memória à prova de falhas? Na frase acima, a palavra um está empregada como numeral, já que expressa uma quantidade, diferentemente de uma , que é um artigo, pois se antepõe ao substantivo memória para determiná-lo, indicando-lhe gênero e número. II – Praticar exercícios físicos e ter uma dieta saudável, com pouco sal e gordura, também ajuda a conservar em bom estado os vasos sangüíneos do cérebro. Na frase acima, a palavra pouco se refere tanto a sal quanto a gordura . III – Se for bem treinada, a memória de um idoso pode ser tão boa quanto a de um jovem. Na frase acima a palavra quanto poderia ser substituída corretamente por como . Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas II e III e) I, II e III

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07. (Soldado – Brigada Militar/RS – FAURGS) Considerando o contexto, assinale a alternativa em que todas as palavras pertencem à mesma categoria gramatical. Embora fortemente arraigada no instrumental populista,a idéia de que o crime é fruto exclusivo de condições sociais adversas é tão atraente quanto falsa. São inúmeras as evidências estatísticas de que muitos adolescentes cometem delinqüências e pequenos furtos. Por que alguns, e não a maioria, passam ao banditismo pesado? A princípio ninguém estranha muito quando os jovens passam a freqüentar a igreja apenas em datas cerimoniais. Ir à igreja passa então a ser uma atividade secundária. No fundo, no fundo, não existem medidas públicas capazes de mudar os mecanismos internos de controle que fazem... O que a professora afirma, em resumo, é que não há medida tomada por governos que seja capaz de impedir que surjam novos jovens bandidos... ... livres das carências materiais extremas com que se acostumou no Brasil a justificar até os crimes mais bárbaros. Ao lado do psicológico e do social, o componente econômico pode ser crucial para entender esses ritos de passagem do bem para o mal . Diz ele: “Se ele percebe que as suas ações não vêm tendo sucesso, conclui que não vale.....” a) embora – então – mal b) fortemente – adversas – são c) não – governos – para d) estranha – acostumou – conclui e) mecanismos – novos – ele 08. (Advogado – SULGÁS/RS – FAURGS) Assinale a alternativa que apresenta o plural correto para as palavras difícil e mártir . a) difices - mártis b) difíciles - mártirs c) difíceis - mártires d) difíceis - martires e) difícies - mártirs 09. (Advogado – SULGÁS/RS – FAURGS) A palavra que aceita flexão em gênero e em grau é a) distorcido b) menos c) se d) sempre e) aparecem

10. Há palavras que dependendo do contexto em que ocorrem, pertencem ora a uma classe gramatical, ora a outra. Este NÃO é o caso de a) São b) Vão c) Escuta d) Massas e) Entre 11. (Motorista – FEBEM/RS – FAURGS) Na frase gostariam de ter um manual mágico, a palavra mágico expressa. a) um tempo. b) uma ação. c) um modo. d) uma qualidade e) um desejo. 12. (Auxiliar de Contabilidade – BANRISUL/RS – FAURGS) Em São, na melhor hipótese, gerentes regionais da grande empresa do império americano. E, na pior hipótese, feitores de escravos, as duas frases apresentam estruturas semânticas e sintáticas paralelas, de tal forma que foi possível para o autor omitir, na segunda frase, por semelhança com a primeira a) um advérbio. b) um adjetivo. c) um substantivo. d) um verbo. e) uma preposição. 13. (Agente Administrativo II - FAURGS) Na frase A coceira de urgências mal resolvidas estilhaça nossa atenção consciente... a classe gramatical da palavra mal conforme seu emprego nessa frase, é a mesma da palavra em negrito das frases abaixo. a) ... o meu argumento encontre alguma ressonância em sua própria experiência. b) A coceira de urgências mal resolvidas estilhaça nossa atenção consciente, quebrando-a em mil pedaços. c) Isso significa que quem nasce hoje em dia vive em média 122 mil horas a mais... d) Na prática, porém , por tudo o que sinto, ouço e observo ao meu redor, o efeito tem sido exatamente o oposto. e) Se “tempo é dinheiro”, como queria Benjamin Franklin, parece que quanto mais ricos ....

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14. (Banrisul – Escriturário – FAURGS) Dentre os advérbios abaixo listados, qual deles modifica outro advérbios nas frases abaixo. a) bem .... um simples e despretensioso café assume um sentido transcendental quando sorvido bem quente, ... b) eternamente Vá explicar a um sujeito que vive eternamente à beira do mar cristalino, no Nordeste brasileiro, .... c) perfeitamente O inverno ilustra perfeitamente o caso: como pensar em recolhimento, um livro diante ... d) mais E disse mais , numa comparação que as mulheres jamais entenderão: que o frio lhe trazia ... e) mais O frio gaúcho nos permite pertencer ao restrito clube dos seres humanos que vão ao sol para aquecer-se – para lagartear, mais propriamente. 15. (Oficial Ajudante 2003 - Officium) As preposições De, para e com , (destacadas no trecho abaixo) introduzem, respectivamente, idéias de De Roma até a Internet, passando pelas grandes navegações, usamos a tecnologia e a informação para envolver e conquistar o mundo conhecido. Somos globalizadores. Nos últimos anos, com a modernização das relações de produção e de trabalho e com a expansão da economia virtual, alguns segmentos socioeconômicos nos países desenvolvidos e em desenvolvimento cresceram e lucraram, gerando a onda de desemprego que varreu a praia da velha economia. a) posse, movimento e causa. b) origem, finalidade e causa. c) origem, movimento e simultaneidade. d) posse, finalidade e simultaneidade. e) origem, finalidade e adição

16. (Auxiliar Administrativo II – HCPA – FAURGS) Assinale a palavra que aceita flexão de gênero. a) estudo b) atividade c) engrandecimento d) colaborador e) material

17. (Oficial Escrevente – FAURGS) Qual das palavras abaixo, retiradas do texto, pode sofrer o mesmo processo flexional ocorrido em muitíssimo ? a) presença b) isso c) meio d) conhecido e) artéria 18. Assinale a única alternativa em que a expressão dos parênteses define corretamente a classe gramatical, na frase, da palavra sublinhada. a) No ritmo atual da destruição, uma espécie se extingue a cada 20 (pronome) minutos. b) Há muito para ser feito, mas o tempo é curto (advérbio de modo). c) Mostrar (verbo substantivado) uma área da Mata Atlântica que tenha se regenerado. d) Se quiser convencer alguém (pronome pessoal oblíquo) da importância de biodiversidade... e) ... sendo a nossa melhor (adjetivo) arma. Observe o fragmento: “(...) quando perde o controle e libera seus instintos animais primitivos.” 19. Identifique o período em que as palavras sublinhadas têm, respectivamente, a mesma classe de “controle” e “animais” do fragmento proposto. a) É preciso que você controle os animais. b) Ele conseguiu manter o controle de suas inclinações animais. c) O controle dos animais não deve ser descuidado. d) Há necessidade de que ele controle os impulsos animais. e) Não há controle dos animais primitivos. Desde os seus primeiros dias, o ano de 1919 trouxe uma inusitada excitação às ruas de São Paulo. Era alguma coisa além da turbulência instintiva, que o calor um tanto tardio do verão quase tropical da cidade naturalmente incitada nos seus habitantes. De tal modo que esse novo estado de disposição coletiva era sensível, que os paulistanos em geral, surpresos consigo mesmos, e os seus porta-vozes informais em particular, os cronistas, se puseram a especular sobre ele.

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20. (UFRGS) Considere as seguintes afirmativas sobre o uso de artigos no texto. I. Se suprimíssemos o artigo "os" (l. 01), isso não acarretaria qualquer erro, já que a ocorrência de artigos antes de possessivos não é obrigatória na língua portuguesa. II.Se substituíssemos o artigo "uma" (l. 02) por "a", isso não acarretaria qualquer alteração no significado, porque ambos desempenham a mesma função semântica e são do mesmo gênero gramatical. III. Se suprimíssemos o artigo "um" (l. 04), isso não acarretaria qualquer erro, porque no contexto pode-se usar igualmente "um tanto" e "tanto". Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) I, II e III

A famosa “malemolência” ou preguiça baiana não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na USP. O estudo durou quatro anos. A tese defendida pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi sustenta que o baiano é tão eficiente quanto o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de que o morador da Bahia vive em clima de “festa eterna”. “Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% da ............. da população atua no mercado informal, as festas são uma oportunidade de trabalho. Quem se diverte é o turista” diz a autora. Segundo a antropóloga, a objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e se consolidou. Elisete conclui que a imagem da preguiça se derivou do discurso .............. contra os negros e mestiços, que são 79% da população da Bahia “A elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista”. O estudo mostra que a imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado por meio das elites de origem européia, que consideravam os escravos “indolentes”.

21. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações acerca do uso de artigos. I. O artigo indefinido uma poderia ser substituído pelo definido a, sem que houvesse alteração no sentido da frase em questão. II. Caso tivéssemos oportunidades aos invés de uma oportunidade, não haveria alteração no sentido global da frase em questão. III. O artigo definido O poderia ser substituído pelo indefinido Um, sem que houvesse alteração no sentido da frase em questão.

Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) Apenas II e III.

A notícia saiu No “The Wall Street Journal”: a “ansiedade superou a depressão com problema de saúde mental predominante nos EUA”. Para justificar o absurdo, o autor da matéria recorre a um psicoterapeuta e a um sociólogo. O primeiro descreve “ansiedade como condição dos privilegiados que, livres de ameaças reais, se dão ao luxo de “olhar para dentro” e criar medos irracionais; o segundo diz que “vivemos na era mais segura da humanidade” e, no entanto, “desperdiçamos bilhões de dólares em medos bem mais ampliadas do que seria justificável”. Sem meias palavras, os peritos dizem algo mais ou menos assim: os americanos estão nadando em riqueza e, como não têm do que se queixar, adquiriram o costume neurótico de desentocar medos irracionais para projetá-los no admirável mundo novo ao redor (...). Os candidatos à ansiedade são, assim, bem mais numerosos e bem menos ociosos do que pensam o psicoterapeuta e o sociólogo.

(Adaptado de: COSTA J.F. A ansiedade da opulência. Folha de São Paulo. 19 de março de 2000.)

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22. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações acerca do uso de artigos. I. Caso tivéssemos uma condição em vez de condição, não haveria alteração no sentido global da frase. II. O artigo indefinido uns poderia substituir o definido os em os americanos(...), sem que houvesse alteração no sentido da frase em questão. III. As duas ocorrências do artigo definido o anteposto às palavras psicoterapeuta e sociólogo no final do texto poderiam ser substituídas por um indefinido sem mudar o sentido da frase. Quais estão corretas? a) Apenas l. b) Apenas ll. c) Apenas l e lll. d) Apenas ll e lll. e) l, ll e lll. Não existe nada que o homem mais tema do que ser tocado pelo desconhecido. Ele quer saber quem o está agarrando; ele o quer reconhecer ou, pelo menos, classificar. O homem sempre evita o contato com o estranho. De noite ou em locais escuros o terror diante de um contato inesperado pode converter-se em pãnico.

23. (UFRGS) O uso do artigo definido na expressão "o homem" pode ser explicado. a) porque, no caso, trata-se de um ser específico dentro de seu grupo. b) pela intenção de que o substantivo por ele determinado se refira à totalidade de um grupo. c) pela ênfase no gênero masculino, que no caso representa um sexo determinado. d) pelo objetivo de cercar o substantivo "homem" de uma atmosfera afetiva. e) pela posição sintática da expressão "o homem" na oração.

24. (Assistente Administrativo – FAURGS) Associe as palavras sublinhadas na segunda coluna com as atribuições que a elas são conferidas, enumeradas na primeira coluna. (1) Acompanha um nome e indica posse. (2) Nomeia um ser. (3) Expressa uma qualidade. (4) Expressa uma ação. (5) Expressa uma circunstância.

( ) A palavra humor vem do latim ( ) que se movimenta internamente ( ) O mau humor, em geral, é maior do que nossa consciência ( ) Com bom humor criamos novas soluções ( ) modificamos o ambiente A seqüência numérica correta, na segunda coluna, de cima para baixo, é a) 2 - 5 – 1 – 3 – 4. b) 3 – 4 – 2 – 5 – 1. c) 4 – 3 – 5 – 1 – 2. d) 5 – 1 – 4 – 2 – 3. e) 1 – 2 – 3 – 4 – 5.

25. O período a seguir apresenta cinco segmentos sublinhados, um dos quais NÃO faz parte da classe dos substantivos. Identifique-o, assinalando a letra correspondente: “Numa aparente contradição à famosa lei da oferta e da procura, o livro no Brasil é caro porque o brasileiro não lê”. a) contradição b) oferta c) procura d) caro e) brasileiro

CLASSES GRAMATICAIS 01. A 06. D 11. D 16. D 21. B 02. B 07. D 12. D 17. D 22. A 03. C 08. C 13. E 18. E 23. B 04. A 09. A 14. E 19. B 24. A 05. C 10. D 15. B 20. A 25. D

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 127

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

FAMÍLIA DE PALAVRAS Palavras que possuem o mesmo radical.

RADICAL ou RAIZ

FORMAÇÃO DE PALAVRAS - DERIVAÇÃO E COMPOSIÇÃO

DERIVAÇÃO 1. Prefixal � Acréscimo de um prefixo à palavra já existente.

Exs.: ANTEver, CONter, IMpossível, Ilegal, DESleal.

2. Sufixal �Acréscimo de um sufixo à palavra já existente. Exs.: lealDADE, laranjAL, meninINHO, felizMENTE.

3. Prefixal e Sufixal � Acréscimo de um prefixo e um sufixo à palavra já existente. Exs.: DESlealDADE, INfelizMENTE.

4. Parassintética �Acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo à palavra já existente.

Exs.: EMpobrECER, AmanhECER, DESalmADO

5. Regressiva �Perda de elemento de uma palavra já existente. Ocorre, geralmente, de um verbo para substantivo.

Exs.: cantar – o canto

chorar – o choro vender – a venda

6. Imprópria �Muda-se a classe gramatical sem alterar a forma da palavra. Fez um ai meio estranho.

COMPOSIÇÃO Formação de uma palavra nova através da união de dois ou mais vocábulos primitivos. Assim, temos: 1. Justaposição �Formação de uma palavra composta sem que ocorrra perda de

Elementos.

Exs.: guarda + chuva = guarda-chuva pé + de + moleque = pé-de-moleque passa + tempo = passatempo gira + sol = girassol

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2. Aglutinação �Formação de uma palavra composta com perda de elementos. Exs.: plano + alto = planalto

água + ardente = aguardente perna + alta = pernalta

Indique o processo de formação das palavras abaixo por meio do seguinte código: 1- Prefixação 2- derivação regressiva 3- Sufixação 4- derivação imprópria 5- prefixação e sufixação 6- composição por justaposição 7- parassíntese 8- composição por aglutinação (__) Coordenar

(__) O resgate

(__) Horroroso

(__) Reter

(__) Subterrâneo

(__) Irrealidade

(__) Clonagem

(__) Empobrecer

(__) Desconectar

(__) Transformações

(__) Cavalo-marinho

(__) O debate

(__) Empacotado

(__) Desenvolvido

(__) Detestável

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 129

QUESTÕES DE CONCURSO FORMAÇÃO DE PALAVRAS

1. A formação do vocábulo destacado na expressão "o canto das sereias" é: a) composição por justaposição b) derivação regressiva c) derivação sufixal d) palavra primitiva e) derivação prefixal 2. Com o mesmo radical da palavra “passíveis ” é formada a palavra. a) passado b) inultrapassável c) capacidade d) impassibilidade e) pacífico. 3. Com o mesmo radical da palavra díspares é formada a palavra: a) discreto b) ímpar c) disparar d) aparar e) disperso 4. Neste texto, o autor cria a palavra biprofissional para nomear o fenômeno a respeito do qual seu texto versará. Para tanto, ele utiliza um mecanismo produtivo de formação de palavras em língua portuguesa - a prefixação. Quanto à prefixação, é correto afirmar que a) as palavras preconceito , impossibilidade e transformar são também resultados de sua aplicação. b) as palavras reforça , subgerente e repentinamente são também resultado de sua aplicação. c) a palavra sempre poderia ser tomada como base para sua aplicação, da mesma forma como o autor tomou profissional , dando origem a um novo item no vocabulário da língua portuguesa. d) sua aplicação às palavras polêmica e carreira exigiria alteração na pronúncia da palavra, deslocando a tonicidade de uma sílaba para outra. e) na adição de sub a agência , o prefixo constituiria uma sílaba isolada, à semelhança de subalterno.

5. Considere as seguintes afirmações sobre as palavras balaio-de-gatos e camisa-de-força . I. Elas são formadas a partir de palavras já existentes na língua portuguesa. II. Elas têm o significado de todo determinado pela soma do significado das partes. III. Elas fazem o plural pelo acréscimo de –s apenas ao último membro.

Quais estão corretas?

a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) I, II e III 6. Em qual das palavras abaixo não há prefixo igual a da palavra indesejada. a) Incontinente b) Irregular c) Impossível d) Irritação e) Infalível 7. Todas as palavras iniciaram-se por um mesmo prefixo, exceto: a) infeliz b) ilegal c) imperfeito d) indígena e) ingrato 8. Todas as palavras abaixo possuem o mesmo prefixo, com exceção de: a) insinuações b) indireta c) incompetentes d) incapazes e) inconscientemente 9. Considere as seguintes afirmações sobre a formação de palavra do texto. I. As palavras contradição e tradicional contêm a mesma raiz II. As palavras exclusão e inclusão contêm prefixos que são antônimos. III. As palavras infiéis e fidelidade têm a mesma raiz. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

10. Os prefixos das palavras expressam idéias opostas, exceto na alternativa: a) intrínseco – extrínseco b) promover – regredir c) anteceder – pospor d) diálogo – transformação e) subestimar – superestimar

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11. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela em que ocorrem dois prefixos que dão idéia de negação. 1) impune, acéfalo 2) pressupor, ambíguo 3) anarquia, decair 4) importar, soterrar 5) ilegal , refazer 12. O prefixo indica duplicidade em: a) êxodo b) antídoto c) compor d) revisar e) díptero 13. No texto há palavras cuja formação ocorreu pelo acréscimo de um sufixo que transforma adjetivos em substantivos. Assinale a alternativa em que esse processo de formação pode ser identificado. a) comportamento b) moradia c) homogeneidade d) organização e) tendências 14. Todas as palavras abaixo, que aparecem no texto, contém o mesmo sufixo. Assinale a alternativa em que a palavra contém, na sua estrutura, outro sufixo além do que é comum a todas: a) explicação b) concepção c) formação d) conscientização e) percepção 15. Relacionam-se, pela origem, a verbos existentes na Língua portuguesa, todos os substantivos abaixo, à exceção de: a) deterioração b) compensações c) mergulhadores d) estofamento e) metrópoles 16. Relacionam-se a verbos existentes na Língua Portuguesa as palavras abaixo, à exceção de a) entrevistado b) ordinária c) perguntas d) diálogo e) funcionamento

17. Abaixo são feitas três afirmações sobre a formação de palavras do texto. I. As palavras justificável e admirável são adjetivos formados a partir de verbos. II. As palavras irracionais e indispensáveis apresentam o mesmo prefixo. III. Nas palavras mental e sexual , o sufixo utilizado forma adjetivos a partir de substantivos. Quais estão corretas? a) Apenas l. b) Apenas ll. c) Apenas l e lll. d) Apenas ll e lll. e) l, ll e lll. 18. As palavras molheira , saleiro e sujeira são formadas pela adição de um mesmo sufixo ao radical. Assinale a alternativa que Não apresenta o mesmo sufixo. a) roupeiro b) queira c) mosqueteiro d) fofoqueira e) lixeira 19. Existem, em Língua Portuguesa, palavras que embora pertencendo à mesma família, apresentando pequenas diferenças no radical. É o caso de um dos substantivos abaixo, que, em relação a um adjetivo da mesma família, apresenta diferença de consoantes do seu radical. Qual é esse substantivo? a) grupos b) incerteza c) esforço d) probabilidade e) êxito 20. Considere as seguintes afirmações sobre a formação de palavras no texto. I. O prefixo contido na palavra invencível é o mesmo que se encontra, em formas variantes, nas palavras inferir, irromper, irrigar. II. A palavra hipérboles contém o mesmo prefixo que a palavra hipermercado. III. As palavras melodioso e melódica são adjetivos derivados de um mesmo substantivo, como o é também a palavra melodista. a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III.

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21. A partir da palavra “Lapa”, foram criadas as cinco palavras da coluna da esquerda, utilizando-se sufixos correntes na Língua Portuguesa; na coluna da direita, foram listados três significados. 1. lapófilo ( ) aquele que estuda a lapa 2. lapólatra ( ) aquele que odeia a lapa 3. lapético ( ) aquele que é amigo da lapa 4. lapólogo 5. lapófobo A numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo, para associar as duas colunas, é: a) 4 – 5 - 1 b) 4 – 2 - 3 c) 1 – 5 - 2 d) 1 - 2 - 3 e) 3 – 1 - 4 21. Assinale a alternativa em que está classificada corretamente a palavra bom-tom do ponto de vista de sua formação. a) Derivação imprópria. b) Parassintetismo. c) Composição por aglutinação. d) Derivação regressiva. e) Composição por justaposição. 22. Analise as afirmativas sobre a formação das palavras do texto. I. A palavra informação contém sufixo formador de substantivo a partir de verbo. II. Em bebível , o sufixo significa passível de. III. As palavras crônica-síntese e semi-aberto são compostas por aglutinação. Qual(is) está(ão) correta(s) ? a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas a I e a II. e) I, II, III. 23. As palavras da seqüência “caótica, desregrada, imperfeita e ilógica” são formadas, respectivamente, por a) derivação, derivação, derivação, composição. b) derivação, derivação, composição, composição. c) composição, derivação, derivação, derivação. d) derivação, composição, derivação, composição. e) derivação, derivação, derivação, derivação. 24. A alternativa cuja palavra apresenta um prefixo com o mesmo significado que o prefixo da palavra “contraditório” é a) antebraço. b) adjunto. c) anticaspa. d) combinação. e) anteporta.

25. (FAUGRS) Associe as colunas, conforme as palavras tenham sido formadas com o acréscimo de prefixo (partícula antes do núcleo de sentido da palavra), sufixo (partícula depois do núcleo de sentido da palavra) ou sem nenhum dos dois. (P) Prefixo (S) Sufixo (N) Nenhum ( ) desaboliu ( ) noivinha ( ) libertino ( ) testa A alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses da segunda coluna, de cima para baixo, é a) P – S – N – P b) P – S – S – N c) S – N – P – P d) S – P – S – N e) N – P – P – S 26. (FDRH) Leia as afirmações abaixo, relativas à estrutura de algumas palavras do texto. I - A palavra subjetiva pertence à mesma família de palavras de sujeição . II - Na palavra vivência encontramos um sufixo que forma substantivos abstratos a partir de verbos. III – A palavra opressiva pertence à mesma família de palavras de um verbo da segunda conjugação. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 27. (FAURGS) As palavras abaixo apresentam sufixo em sua estrutura, à exceção de a) futebol b) comentarista c) virada d) sombrio e) esportivas 28. (FAUGRS) A palavra sinaleira é derivada de sinal . A alternativa que apresenta uma outra palavra também derivada é a) região b) língua c) hospital d) palavra e) novato

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29. (UFRGS) A palavra geoarqueóloga é composta por três radicais eruditos. Na posição final encontra-se o radical –logo , que significa ‘aquele que estuda’. Abaixo, na coluna da esquerda, estão listadas cinco palavras compostas com dois radicais eruditos; na da direita, os sentidos possíveis dos radicais finais de três dessas palavras. Associe adequadamente a coluna da direita à da esquerda. 1 - ególatra ( ) aquele que cultua 2 - enófilo ( ) aquele que tem aversão a 3 - enófobo ( ) aquele que descreve 4 - filantropo 5 - geógrafo a) 1-2-3. b) 1-3-5. c) 2-3-4. d) 2-4-5. e) 3-4-5. 30. (FAUGRS) Abaixo são feitas três afirmações sobre a formação de palavras do texto. I – As palavras étnica, e etólogos contêm o mesmo radical. II – As palavras inegável , inflexibilidade e imutáveis são todas formadas com o mesmo prefixo. III – Tanto a palavra instigante quanto a palavra ardiloso apresentam um sufixo que forma adjetivos derivados de substantivos. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III e) I, II e III 31. (FAUGRS) O adjetivo que pertence a uma família de palavra onde NÃO ocorre um verbo formado com o sufixo–izar é a) objetiva b) econômico c) eterno d) consciente e) responsável

32. (Offcium) Na Língua Portuguesa, as siglas têm mais de uma forma possível de leitura oral, sendo que de maneira geral, o uso consagra uma forma de leitura para cada sigla particular. Dentre as siglas abaixo, qual – de acordo com o uso consagrado – não é lida pela mesma regra de leitura oral utilizada na leitura das outras? a) TSE b) IPVA c) BRDE d) ABNT e) DETRAN 33. (Officium) Assinale a alternativa em que todos os substantivos pertencem a famílias de palavras em que ocorrem adjetivos terminados em –al. a) tradições – consenso – razão b) tradições – premência – mercado c) grupos – razão – utopia d) premência – grupos – hierarquias e) consenso – utopia – mercado 34. (Officium) Além do radical glob- , a palavra globalização tem outros elementos formadores. Leia a descrição de possíveis elementos que dela fariam parte. I - Um sufixo que geralmente forma adjetivos a partir de substantivos. II - Um sufixo que geralmente forma verbos. III - Um sufixo que geralmente forma substantivos derivados de verbos, denotando resultado da ação. Quais desses elementos estão presentes na citada palavra? a) Apenas I b) Apenas III c) Apenas I e II d) Apenas II e III e) I, II e III 35. (FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre a estrutura de palavras do texto. I - As palavras imaginativas , imagináveis e imaginário pertencem à mesma família. II - Originado de um verbo o adjetivo indecifrável tem sufixo e prefixo em sua estrutura. III - A partir da palavra categoria , forma-se de um verbo por meio do mesmo sufixo que ocorre em tirania . Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas lI. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

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36. (FAURGS) Todas as palavras abaixo são formadas por sufixo, À EXCEÇÃO DE a) francês b) somente c) exaustivos d) corredores e) valor 37. (OFFICIUM) O sufixo presente na palavra marginais também ocorre em adjetivos derivados dos substantivos abaixo, à exceção de a) lei b) ocasiões c) territórios d) rigor e) empresário 38. (OFFICIUM) Quando as palavras são formadas a partir de uma mesma raiz, dizemos que elas pertencem a uma mesma família. Considere, nesse sentido, os seguintes grupos de palavras empregadas no texto. I - criatividade, criativo e criar II - independência e persistência III - inconformismo e conformistas Quais deles contêm palavras que pertencem a uma mesma família? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) I, II e III 39. (OFFICIUM) Sobre a palavra inatingível , são feitas as três afirmações abaixo. I – Trata-se de uma palavra que não apresenta variação de gênero gramatical. II – Contém um prefixo que significa movimento para dentro. III – Apresenta um sufixo que deriva adjetivos de verbos. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas I e II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 40. (OFFICIUM) As palavras gigantismo e negativos , se analisadas do ponto de vista morfológico, têm como característica comum o fato de ambas a) apresentarem prefixo. b) serem derivadas de verbo. c) serem derivadas de adjetivo. d) apresentarem desinência de pessoa. e) apresentarem sufixo.

41. (OFFICIUM) Considere as seguintes afirmativas sobre formação de palavras. I – Embora praticamente não a utilizem, os falantes da língua portuguesa podem compreender o significado da palavra achamento a partir de suas partes constitutivas: o radical do verbo achar e o sufixo que o acompanha. II – A derivação da palavra cabralino transforma um nome próprio em um adjetivo através de acréscimo de um sufixo. III– As palavras inaceitável, incorporado e intolerância apresentam o mesmo prefixo. Quais são corretas? a) Apenas I b) Apenas I e II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III A. O conhecimento de radicais gregos e latinos pode nos auxiliar em várias atividades da vida diária, como, por exemplo, na identificação dos órgãos a cujas doenças alguns remédios se destinam. Suponhamos que determinado laboratório lance uma série de remédios e utilize, de forma correta, os radicais referentes a várias partes do corpo humano para denominar esses novos medicamentos. Os nomes dos supostos remédios seriam: a) Gastrivol b) Hematovol c) Cardiovol d) Hepatovol e) Cefalovol 42. (UFRGS) Selecione o remédio para dores de cabeça. 43. (UFGRS) Selecione o remédio para doenças do fígado. 44. (UFRGS) A partir da palavra “Lapa”, foram criadas as cinco palavras da coluna da esquerda, utilizando-se sufixos correntes na Língua Portuguesa; na coluna da direita, foram listados três significados. 1. lapófilo ( ) aquele que estuda a lapa 2. lapólatra ( ) aquele que odeia a lapa 3. lapético ( ) aquele que é amigo da lapa 4. lapólogo 5. lapófobo

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A enumeração correta da coluna da direita, de cima para baixo, para associar as duas colunas, é: a) 4 – 5 - 1 b) 4 – 2 – 3 c) 1 – 5 - 2 d) 1 - 2 - 3 e) 3 – 1 – 4 45. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre a derivação de algumas palavras do texto. I. As palavras Renascimento, rechonchudas e preconceituosos são formadas, simultaneamente, por prefixo e sufixo. II. Podemos inferir que o significado do elemento comum de antropologia e antropofagia é “cultura”. III. Em antropofágica, há um sufixo cuja função é transformar um substantivo em adjetivo. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) I, II e III

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS 01. B 06. D 11. A 16. B 21. A 25. B 30. B 35. E 40. E 45. C 02. D 07. D 12. E 17. E 21. E 26. B 31. A 36. E 41. B 03. B 08. A 13. C 18. B 22. D 27. A 32. E 37. D 42. E 04. A 09. D 14. D 19. D 23. E 28. E 33. A 38. D 43. D 05. A 10. D 15. E 20. E 24. C 29. B 34. E 39. C 44. A GABARITO a) enraizar (7) b) satisfazer (1) c) aridez (3) d) rosa-claro (6) e) pontiagudo (8) f) a busca (2) g) amável (3) h) desconhecimento (5) i) prever (1) j) o castigo (2) k) preocupação (5) l) anoitecer (7) m) subumano (1) n) sexta-feira (6) o) o falar (4) Exercícios de sufixos a) Discutível (6) b) estudante (1) c) realizar (4) d) julgamento 1) e) felicidade(2) f) Rigidez(2)

g) Afastamento(1) h) Admirável(6) i) prazeroso(3) j) dormitório(1) k) ampliação(1) l) horizontal(3) m) bondoso(3) n) perfeitamente(5) o) utilizar(4) p) fidelidade(2) q) gostoso(3) r) bebedor(1) s) bebedouro (1) t) mental(3) u) beleza(2) v) caracterização(1) w) orbital(3) x) fortemente (5) y) homogeneidade(2) z) escassez(2) aa) sortudo(3) bb) demissão(1)

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I - VERBOS – MODOS E TEMPOS A) MODO INDICATIVO Expressa certeza. 1. Presente

cant o cant as cant a cant amos cant ais cant am Flexão Verbal 2. Pretérito Perfeito

cant ei cant aste cant ou cant amos cant astes cant aram

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Flexão Verbal 3. Pretérito Imperfeito

cant ava cant avas cant ava cant ávamos cant áveis cant avam Flexão Verbal

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 137

4. Pretérito mais-que-perfeito cant ara cant aras cant ara cant áramos cant áreis cant aram 5. Futuro do Pretérito

cant aria cant arias cant aria cant aríamos cant aríeis cant ariam 6. Futuro do Presente

cant arei cant arás cant ará cant aremos cant areis cant arão

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B) MODO SUBJUNTIVO Expressa dúvida, possibilidade, incerteza. 1) Presente cant e cant es cant e cant emos cant eis cant em 2) Pretérito Imperfeito cant asse cant asses cant asse cant ássemos cant ásseis cant assem 3) Futuro cant ar cant ares cant ar cant armos cant ardes cant arem

OBS. : Para não errar o Futuro do Subjuntivo, conjugue o verbo na 3ª pessoa do plural do

pretérito perfeito. A seguir, retire, as duas letras finais: “a” e “m”.

Pretérito Perfeito Futuro do Subjuntivo Eu tive Se eu tiver Tu tiveste Ele teve Nós tivemos Vós tivestes Eles tiveram

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C) IMPERATIVO Expressa uma ordem, pedido. 1) Afirmativo canta tu cante você cantemos nós cantai vós cantem vocês FORMAÇÃO: 2) Negativo não cantes tu não cante você não cantemos nós não canteis vós não cantem vocês FORMAÇÃO: EXEMPLO

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. O verbo destacado na frase Para nunca se separar de sua esposa, o índio macuxi teceu uma tipóia... está no a) Presente do Subjuntivo. b) Presente do Indicativo. c) Pretérito Perfeito do Indicativo. d) Futuro do Presente do Indicativo. e) Futuro do Pretérito do Indicativo 2. Assinale a alternativa cuja forma verbal destacada está incorretamente identificada entre parênteses. a) Eles retêm as receitas por uma medida de segurança. (presente do indicativo) b) Segundo me disseram, eles reaveriam toda a mercadoria. (pretérito imperfeito do indicativo) c) Doutor Sérgio, nós vimos manifestar-lhe nosso apoio. (presente do indicativo) d) Não te constranjas e recorre a nós quando precisares. (imperativo negativo) e) É possível que eles não dêem confiança ao caso. (presente do subjuntivo) Como driblar as doenças 1. Pratique atividades físicas

Um corpo saudável ajuda no bem-estar da cabeça. Além de prevenir doenças e melhorar o funcionamento do organismo, fazer exercícios é uma forma de extravasar as emoções. 2. Tenha lazer É fundamental reservar momentos na sua rotina para fazer o que se gosta. ____ ao cinema, ____ com a família, ____ no shopping. 3. Diversifique as relações sociais

Ter relacionamentos amistosos com os outros funcionários é como estimular o trabalho em equipe e criar um clima agradável. Mas não se force a ser amigo de todo mundo na empresa. Varie os contatos sociais.

(Adaptado de: Sete dicas para não adoecer no trabalho. Correio Brasiliense/ZH. 15/mai/2005.) 3. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas do trecho 2. a) vai – sai – passeia b) vá – saia – passeie c) vá – sai – passeie d) vai – saia – passeie e) vá – saia – passeia

4. Analise as afirmações feitas sobre os períodos abaixo. A. Em 2008, a Smed contará com R$ 500 mil para seu desenvolvimento. B. Em 2004, o investimento foi de aproximadamente R$ 40 mil. I. O verbo da letra A está no futuro do presente do indicativo. II. O verbo da letra B está no pretérito perfeito do indicativo. III. As datas do início de cada período determinam o tempo verbal a ser utilizado. Qual(is) está(ão) correta(s) ? a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas a I e a III. e) I, II e III. 5. Assinale a alternativa em que o tempo e modo do verbo destacado está corretamente identificado entre parênteses. a) “Se fosse necessário...” (pretérito imperfeito do subjuntivo) b) “... os garotos teriam a resposta...” ( pretérito imperfeito do indicativo) c) “... e saibam dosar o que é permitido ou não...” (futuro do subjuntivo) d) Pelo menos um dos pais tirava férias no inverno. (pretérito perfeito do indicativo) e) Todos cumprirão suas atividades rotineiras. (pretérito-mais-que-perfeito do indicativo) 6. Observando a correlação temporal, assinale a alternativa que completa corretamente a frase “Era provável que eles hoje.” a) virão b) saíam c) saíram d) chegam e) viessem 7. Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase. “Quando ________ mais aperfeiçoados, os aviões, certamente, maior conforto e segurança ________ em qualquer viagem.” a) estivessem – proporcionariam b) estiverem – proporcionarão c) estejam – proporcionam d) estão – proporcionariam e) estivessem – proporcionarem

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8. Assinale a alternativa que completa, corretamente , as lacunas da frase abaixo. “________ a vida com as verdades que tu tens e serás feliz.” a) Constróis b) Constrói c) Construí d) Construa e) Construas 9. Assinale a alternativa cujo modo e tempo do verbo estão corretamente indicados entre parênteses. a) Ela oferecia seus bilhetes de loteria de mesa em mesa. (Pretérito Imperfeito do Indicativo) b) Estavam os homens mergulhados em jornais e fumaças. (Presente do Indicativo) c) Pouquíssimos responderão sim. (Pretérito Perfeito do Indicativo) d) Só se ela quisesse vender mais. (Pretérito Imperfeito do Indicativo) e) Gostaríamos de poder ajudá-la. (Futuro do Subjuntivo) 10. Assinale a alternativa que tem corretamente definido, entre parênteses, o Modo do(s) verbo(s) em destaque na frase. a) Certamente chegaremos lá. (Modo Imperativo Afirmativo) b) Pensei em uma nova poesia. (Modo Subjuntivo) c) As crianças não ouviram , pensaram e falaram . (Modo Imperativo Negativo) d) Depois o passarinho mudou seu canto. (Modo Subjuntivo) e) Eu jamais ouvi uma coisa assim. (Modo Indicativo) 11. Sobre a forma verbal em destaque na oração “O que devemos aceitar .” (7º parágrafo), são feitas as seguintes afirmações. 1. O primeiro verbo é auxiliar. 2. A forma verbal confere uma idéia de obrigatoriedade. 3. Poderia ser substituída pela forma simples “aceitaríamos”. Está correto o que se afirma a) em todas. b) em nenhuma. c) apenas em 1 e 2. d) apenas em 2. e) apenas em 1.

12. Escreva dentro dos parênteses (R) ou (I) conforme o verbo seja regular ou irregular. (__) amar (__) fazer (__) vender (__) falar A alternativa que apresenta a seqüência correta , de cima para baixo é a) R R I I b) R I R R c) I I R R d) I R R R e) R I R I 13. Assinale a alternativa cujos modo e tempo da forma verbal em destaque na frase estão corretamente indicados entre parênteses. a) Um dia após o terremoto, o governo da Indonésia declarou estado de emergência. (presente do indicativo) b) A Copa da Cultura animará Berlim durante a copa do mundo. (futuro do presente do indicativo) c) O governo federal anuncia R$ 10 bilhões para a agricultura familiar. (pretérito mais-que-perfeito do indicativo) d) As crianças que estavam descalças tremeram de frio. (pretérito perfeito do indicativo) e) Machado de Assis escreveu contos imortais. (pretérito imperfeito do indicativo). 14. Perderíamos muito com essa mudança. Assinale a alternativa que não corresponde ao modo e tempo da forma verbal em destaque. a) Perderias. b) Perderiam. c) Perderíeis. d) Perderei. e) Perderia. 15. Assinale a alternativa que identifica correta e respectivamente as formas verbais fazia, eram e haverá, em destaque no texto. a) pretérito perfeito do indicativo; pretérito imperfeito do indicativo; futuro do presente do indicativo b) pretérito mais-que-perfeito do indicativo; pretérito perfeito do indicativo; presente do indicativo c) pretérito imperfeito do indicativo; pretérito imperfeito do indicativo; futuro do presente do indicativo d) pretérito perfeito do indicativo; pretérito perfeito do indicativo; futuro do pretérito do indicativo e) pretérito mais-que-perfeito do indicativo; pretérito imperfeito do indicativo; presente do indicativo

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Ouça a CBN e verá que tenho razão. 16. Se, no último período do terceiro parágrafo, trocarmos apenas as formas verbais para a 2ª pessoa do singular, a redação correta será a) Ouve a CBN e verás que tenho razão. b) Ouças a CBN e verás que tenho razão. c) Ouvi a CBN e vereis que tenho razão. d) Ouves a CBN e verás que tenho razão. e) Ouvirás a CBN e verás que tenho razão. 17. Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada está corretamente identificada entre parênteses. a) Se as autoridades intervierem não ocorrerão novos abusos. (futuro do subjuntivo) b) Lamentavelmente, ele não pôde comparecer à audiência. (presente do indicativo) c) Ao explicares claramente tuas intenções, muitos te apoiarão. (futuro do presente do indicativo) d) Quando fores à Bahia, põe essa roupa colorida. (pretérito perfeito do indicativo) 18. Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada na frase está corretamente identificada entre parênteses. a) Os soteropolitanos desfrutaram de um clima muito agradável. (futuro do presente do indicativo) b) A previsão é de períodos chuvosos, intercalando com sol. (gerúndio) c) Preparemos nossos guarda-chuvas e sombrinhas! (pretérito perfeito do indicativo) d) No mês de março ocorreu uma alternância entre sol e chuva. (pretérito imperfeito do indicativo) 19. Se quiser entender os poemas,_______ os versos e _______. Não ______ que o texto literário se entrega ao leitor totalmente através de uma simples leitura. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas do trecho acima. a) releie reflite pense b) releia reflita pense c) releia reflita pensa d) relê reflete pense e) releie reflita pensa Gabarito – Verbos – Conesul 1.C 2.B 3.B 4.E 5.A 6.E 7.B 8.B 9.A 10.E 11.C 12.B 13.B 14.D 15.C 16.A 17.A 18.B 19.B

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QUESTÕES - VERBOS

01. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS) As formas verbais que preenchem corretamente as lacunas das linhas, das frases abaixo, na ordem em que aparecem, são E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todo mundo _________ a mesma língua, só com pequenas variações? - O que foi que ele disse, tia? - _________ saber o gordo Jorge. Não podia ________ que não o entendera. a) fala-se – quis – admitir b) falasse – quis – adimitir c) fala-se – quis – admitir d) falasse – quiz – admitir e) falasse – quis – admitir 02. (Contínuo – Prefeitura de Alvorada/RS) Na frase Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera , a forma verbal acontecera indica um fato a) passado e já concluído. b) real, ou seja, que acontece realmente. c) passado e anterior a outro fato também passado d) que poderia acontecer, se preenchidas certas condições e) que poderá acontecer 03. (Analista Judiciário – TRT 4ª Região) Na frase Ninguém gosta de sentir dor e é natural que tentemos evitá-la , o segmento que tentemos poderia ser corretamente substituído por a) que tentássemos b) que tentamos c) tentarmos d) se tentássemos e) que tentaríamos

04. (Motorista – MP/RS) Assinale a alternativa que contém as palavras que preenchem corretamente as lacunas das frases abaixo. O Brasil que produz com fartura é o mês que ___________ 57 milhões de compatriotas famintos. As diferenças são ainda mais gritantes se ________ contabilizados o desperdício de 44% da produção agrícola no transporte e o estocamento de alimentos; as toneladas de sobras em restaurantes; a quantidade de comida que vai para o lixo, nas mesas mais fartas. Uma em cada quatro crianças brasileiras vive sob a ameaça de fome, alertam os institutos de ___________. a) possue – forem – pesquiza b) possui – forem – pesquisa c) possue – fossem – pesquisa d) possui – fossem – pesquisa e) possui – forem – pesquiza 05. (Motorista – MP/RS) Se na frase Uma em cada quatro crianças brasileiras vive sob a ameaça de fome, alertam os institutos de pesquisa , os verbos fossem passado para o pretérito-mais-que-perfeito, tempo verbal que expressa uma ação já concluída antes de outra também concluída, as formas verbais vive e alertam deveriam ser alteradas, respectivamente, para a) viveu – alertaram b) vivera – alertaram c) vivera – alertara d) viveu – alertou e) vivia – alertavam 06. (Técnico Científico – FAPERGS) As formas verbais que preenchem as lacunas das frases abaixo, correta e respectivamente, são Se os saques ________ bem sucedidos, os comerciantes, o capitão e a coroa faturavam bem. Aconselhava a ser cortês, quer dizer, a não roubar tudo; não tocar em coisas pessoais de gente importante, não tocar em gente importante e deixar o bastante para que __________ sobreviver. Talvez o mais surpreendente nisso tudo _________ a naturalidade com que o saque era encarado por todos, vítimas e piratas: .... a) fossem – pudessem – era b) fossem – podem – seja c) fossem – pudessem – seja d) seriam – podem – era e) seriam – pudessem – era

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07. (Assistente de Operações – TRENSURB/ RS) Considere as seguintes afirmações acerca do emprego dos verbos no texto. I – Se pudéssemos fazer de nossa vida um filme, seria, não tenhamos dúvida, um grande filme. Talvez não fizéssemos milagres, mas teríamos acesso a tudo aquilo que a tecnologia pode proporcionar, em termos de imagem, de som. As formas verbais pudéssemos e fizéssemos expressam, em seu contexto, fatos hipotéticos. II– Caso o período Na nossa história, eliminaríamos todos os momentos chatos, aborrecidos , fosse reescrito na voz passiva, deveria ter, para manter a mesma semântica e a correção gramatical, a seguinte forma: Todos os momentos chatos, aborrecidos, seriam eliminados na nossa história . III– Poderíamos , se quiséssemos, usar efeitos especiais. Se a forma verbal Poderíamos fosse substituída por Podemos , a forma verbal quiséssemos deveria ser substituída por quisermos , para que houvesse a devida correlação temporal? Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas I e II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 08. (Psicólogo – SUSEPE / RS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas com traço contínuo da frase abaixo. Segundo Elizabeth Cancelli, embora a maior parte dos crimes que _________ os dados estatísticos __________ os chamados “crimes comuns”, na crônica policial __________ realce e destaque os chamados crimes de paixão, homicídios, e os suicídios, precisamente por sua própria natureza profissional. a) recheavam – fossem – ganhavam b) recheavam – eram – ganhavam c) recheassem – fossem – ganhassem d) recheassem – eram – ganharam e) rechearam – fossem – ganhassem 09. (Assistente de Promotoria – MP/RS) Considere as afirmativas abaixo sobre o uso de tempos verbais. I – Esta não consiste em emitir mensagens, mas em fazer com que elas sejam recebidas , coisa que só pode ser feita se o público tiver consciência de ser parte integrante, .... A forma verbal composta sejam recebidas exprime processo hipoteticamente terminado no momento em que se fala ou escreve.

II– Em vez de nos indagarmos como a mídia influi em nossa situação, examinemos antes como a situação – isto é, a crise de comunicação política – age sobre a mídia. A forma verbal examinemos exprime processos possíveis num futuro próximo III– Não creio que a imprensa possa ser inteiramente objetiva, pois ela contribui para construir a realidade, embora não possa fazê-lo como bem entenda, sob pena de perder o seu público. A forma verbal composta possa ser indica um fato atual, permanente. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 10. (Motorista – FEBEM/RS) O verbo ter na frase ... a estimulação, que pode acontecer em casa ou na escola a partir de atitudes muito simples, como brincar ou cantar com o bebê, mas que terão papel decisivo mo seu desenvolvimento , indica que o fato a) está acontecendo. b) já aconteceu. c) ainda acontecerá. d) teria acontecido. e) talvez acontecesse. 11. (Auxiliar de Contabilidade – BANRISUL/RS) Assinale a alternativa cujas formas verbais preenchem corretamente as lacunas do texto, nas frases abaixo, na ordem em que aparecem. Que o tênis Nike e Adidas (os comerciais continuam ótimos) ___________ mas de US$ 100 e ____________ produzidos na China por trabalhadores que ganham US$ 20 por mês. Que as montadoras de automóveis ________ alegremente para a Bahia onde podem pagar, em média, 10% do que pagam a um trabalhador americano. a) custem – sejam – correm b) custam – são – corram c) custem – sejam – corram d) custem – são – corressem e) custassem – fossem – correm

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12. (Escrivão de Polícia – Polícia Civi/RS) Assinale a sugestão de substituição de tempo verbal que acarreta a mudança do significado da respectiva frase abaixo. a) Das três estratégias, a que tem recebido mais atenção e recursos é disparadamente o combate ao tráfico. tem recebido por vem recebendo b) E o consumo de drogas aumenta ao redor do mundo. aumenta por aumentará c) Constatado tal erro, os agentes públicos buscam agora uma meta que substitua a antiga utopia e estão encontrando alternativas promissoras. buscam por estão buscando d) Constatado tal erro, os agentes públicos buscam agora uma meta que substitua a antiga utopia e estão encontrando alternativas promissoras. estão encontrando por vêm encontrando e) Lá, quem quiser usar heroína pode obtê-la de graça do governo. pode por poderá 13. (Auxiliar de Radiologia – Prefeitura de Caxias do Sul/RS) Se o verbo beber , na frase Para saber que tipo de água mineral você bebe , fosse empregado de maneira a expressar o fato no passado, concluído, sem alteração de pessoa, a forma correta seria a) bebeste b) beberás c) bebeu d) beberia e) beberá

14. (BIBLIOTECÁRIO – FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre o emprego da forma verbal inventara no trecho abaixo. Decidiu remediar o problema, compilando uma lista de livros apropriados sob uma nova categoria que “salvaria o prestígio do catálogo” – uma categoria que abarcou somente livros cujos títulos ele inventara. I - O uso do tempo verbal da forma inventara supõe uma relação entre dois eventos no passado, localizando a formulação dos títulos num momento anterior à sua inclusão na lista. II - A forma inventara poderia ser substituída, sem prejuízo do significado expresso na frase original, por "tinha inventado". III- Não haveria alteração de significado caso a forma verbal "inventaria" substituísse inventara, estabelecendo-se, assim, no período, harmonia entre o tempo verbal desse verbo e o da forma salvaria. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 15. (Assistente Administrativo – FDRH) Considere as seguintes afirmações sobre o valor das formas verbais no trecho que segue. I – “vai desistir ” equivale a “desistirá”. Quem se dedicar hoje a ler todos os livros, manuais e artigos sobre o que é ser um “bom profissional” certamente vai desistir de tentar qualquer emprego. II – “encontramos ” expressa um fato repetido no passado. Em primeiro lugar, as descrições que encontramos são sempre de “super-homens”, que nunca têm estresse, não se cansam, são capazes de infinitas adaptações, nunca brigam com a família... III – “será ” indica um fato posterior ao momento em que se realiza o ato de comu-nicação entre o autor e o leitor. O desafio é sair desse lugar e se tornar alguém incomum, de acordo com seus desejos e interesses. Então, não será apenas uma questão de “empregabilidade”, como dizem, mas de vida. Quais estão corretas? a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas a I e a III. e) A I, a II e a III.

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16. (Consultor Técnico – FAURGS) Considere as seguintes afirmações sobre o emprego de tempos verbais nos trechos abaixo. I - O emprego do pretérito perfeito em pediram determina a forma também pretérito do subjuntivo gravassem . As organizações de assistência, conhecendo as dificuldades de um transporte cultural violento, pediram que os anciões das tribos gravassem sua sabedoria para os jovens. II - A forma sejam poderia ser substituída por “fossem ” sem prejuízo do significado da frase em questão. Por exemplo: “Aconselho a vocês que sejam muito cuidados com as mulheres”. III - A substituição de acabar por “acabasse ” não acarretaria qualquer outra alteração nas formas verbais do restante da frase. Se um desses jovens acabar no mesmo colégio onde estudaram meus filhos, ele receberá um código escrito no qual haverá uma série de proibições detalhadas relacionadas à questão das relações amorosas, na área do colégio. Outro conselho prático para anciões. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) I, II e III 17. (Agente Administrativo - FDRH) As formas verbais corretas para preencher as lacunas na frase "Ontem ele _______ na discussão da obra literária e ________ defender seus pontos de vista com segurança" são a) interviu - pode b) intervinha - podia c) interviu - pôde d) interveio - pôde e) intervinha - pode 18. (Agente Administrativo - FDRH) A alternativa em que o tratamento "tu" está corretamente empregado é a) Descubra um novo lazer e leia freqüentemente. b) Descobre um novo lazer e lês freqüentemente. c) Descobre um novo lazer e lê freqüentemente. d) Descobre um novo lazer e leia freqüentemente. e) Descubra um novo lazer e lê freqüentemente.

19. (Técnico Superior em Trânsito – DETRAN/RS – FDRH) Considere as afirmações sobre o emprego da forma verbal reconhecera no trecho abaixo. No relatório apresentado em março de 95 na cúpula sobre desenvolvimento social, o governo já reconhecera que 16% das crianças brasileiras entre 5 e 14 anos de idade trabalham. I – Ação descrita pelo verbo está localizada num passado anterior a outro passado. II– O verbo pode ser substituído pela locução “tinha reconhecido”, mantendo-se inalterado o significado. III– Seu uso está praticamente restrito à linguagem escrita. Quais afirmações estão corretas? a) Apenas a II. b) Apenas a I e a II. c) Apenas a I e a III. d) Apenas a II e a III. e) I, II e III. 20. (Agente Educacional II – SEC – FDRH) A forma verbal está corretamente empregada nas frases, EXCETO na alternativa a) O superior hierárquico reviu os cálculos do funcionário. b) O profissional se entreteve lendo, enquanto esperava ser atendido pelo diretor. c) Um participante interviu na discussão do tema,apresentando contribuição significativa. d) O funcionário repôs o livro na estante após uma consulta. e) O profissional requereu sua inscrição em um concurso público. 21. (Oficial De Transportes – TJ - OFFICIUM) Assinale a frase em que todas as formas verbais estão corretamente empregadas. a) Tu ouviste quando ela contou que Liane trouxe uma barraca? b) Tu ouviu quando ela contou que Liane trosse uma barraca? c) Tu ouvistes quando ela contou que Liane trouxe uma barraca? d) Tu ouviu quando ela contou que Liane trousse uma barraca? e) Tu ouviste quando ela contou que Liane trousse uma barraca?

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22. (Oficial de Transportes – TJ – OFFICIUM) As formas aquece , era e olhávamos (trecho abaixo) estão empregadas, respectivamente, nos tempos A neve caindo aquece o meu coração. Era horário de trabalho e as pessoas entravam e saíam dos edifícios. E nós também olhávamos para o céu com os olhos daquele menino... a) presente – pretérito e presente b) pretérito – presente e pretérito c) presente – pretérito e pretérito d) pretérito – pretérito e presente e) presente – presente e pretérito 23. (Oficial Escrevente – FAURGS) Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas com traço continuo das linhas abaixo. Todo espaço de memória promove um ato de lembrar, o qual _____ estar associado a um ato de esquecimento. Não _____ a Semana da Consciência Negra, em novembro, não teríamos maiores reflexões nesse sentido. Afinal, não seria de se esperar que a cidade -_____ pontilhada de referências à Justiça e aos indivíduos responsáveis por ela? a) costuma – seja – esteja b) costumasse – seja – estivesse c) costuma – fosse – estivesse d) costumasse – fosse – estivesse e) costuma – fosse – esteja Essa política, a multiplicidade lingüística dos negros e as hostilidades recíprocas que trouxeram da África dificultaram a formação de núcleos solidários que retivessem o patrimônio cultural africano, incluindo-se aí a preservação das línguas 24. (UFRGS) Dentre as sugestões de substituição da forma verbal retivessem , assinale a que acarretaria mudança no significado da frase original. a) retiveram b) teriam retido c) pudessem reter d) permitiriam reter e) reteriam

25. (UFRGS) Entre as substituições propostas abaixo, assinale a que acarretaria mudança de significado na frase respectiva. É como se Abdul dissesse aos que podiam entendê-lo, ou seja, aos ocidentais presentes: não sou todo daqui, minha tribo não resume inteiramente minha humanidade (...) Não acredito que a frase de Abdul fosse uma artimanha oportunista. É provável que ela manifestasse uma dolorosa contradição de fundo. Por um lado, há a vontade de defender o que, desde sempre, constitui uma espécie de essência: a devoção, a fidelidade exclusiva à tribo; por outro, há a sedução da Alemanha, para onde já fora o amigo. Qual é a força dessa sedução? Será que está apenas na abundância de bugiganga? Ultimamente, tem-se levantado o espectro da retomada do conflito entre o Islã e a cristandade. a) dissesse por estivesse dizendo b) fosse por tenha sido c) constitui por tem constituído d) fora por tinha ido e) tem-se levantado por levantara-se VERBOS 01. E 06. C 11. C 16. A 21. A 02. C 07. E 12. B 17. D 22. C 03. C 08. A 13. C 18. C 23. C 04. B 09. B 14. D 19. E 24. A 05. B 10. C 15. D 20. C 25. E

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VERBOS FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS

1. Empregou-se de acordo com o padrão culto escrito a forma grifada em: a) Quando eu reaver o que me foi cobrado indevidamente, farei uma doação a esse projeto social. b) Esses papeizinhos amarelos marcam as páginas mais importantes do relatório. c) Ela confirmou que, se lhe convir, ela entrará no processo junto com todo o grupo. d) Os abaixos-assinados que circularam na empresa foram entregues à imprensa hoje pela manhã. e) Se, no documento, ele requisesse somente o que lhe era de direito, teria seu pedido deferido. 2. Que não se propague o temível exemplo de motim organizado ... O emprego da forma verbal grifada confere à frase a idéia de a) desejo de que a ação se realize. b) dúvida a respeito de um fato real. c) certeza da realização de um fato futuro. d) finalidade de uma ação presente. e)) explicação de um fato passado. 3. ... não venham a fazer parte de uma triste rotina. Há uma afirmação INCORRETA a respeito do verbo grifado na frase acima em a) a forma de infinitivo do verbo é vir . b) a forma empregada no texto é a de presente do subjuntivo. c) no futuro do indicativo a forma correta é virá . d) a forma do presente do indicativo, 3a pessoa do singular, é vem . e) a mesma forma de presente do indicativo, no plural, é vêem . 4. Está correto o emprego da forma verbal sublinhada na frase: a) Ser jovem já não constitue vantagem, na luta por um emprego. b) Se o empregador não opor obstáculo ao jovem, este poderá ganhar experiência. c) As experiências que os pais reteram serão contestadas pelos filhos. d) A exigência de experiência anterior obstrui o caminho de muitos jovens. e) Quando se desfazerem de seus preconceitos, os empresários contratarão os jovens. 5. Está correta a articulação entre os tempos verbais na frase: a) Seria preferível que os empregadores dêem mais atenção aos jovens. b) Para que sua liberdade venha a ser afirmada, os jovens terão de experimentar novos caminhos.

c) À medida que se vão confrontando com os valores dos pais, os filhos tinham sentido a necessidade de afirmar os seus próprios. d) Espera-se que a futura geração não vá enfrentar as mesmas dificuldades que se imporiam à geração passada. e) Talvez nunca se tenha desprestigiado tanto a sabedoria dos ancestrais quanto viesse a ocorrer a em nossa época. 6. A frase totalmente de acordo com a norma padrão da língua escrita é: a) Ele requereu que o setor central na indústria da cultura, o cinema, revisse suas práticas, e chegou a pôr sob suspeição métodos que têm suscitado críticas de especialistas. b) Nem todos quizeram se manifestar, mas os que o fizeram assinalaram o excesso de passivo e a dificuldade de superar a crise, se não sobrevirem boas oportunidades. c) Se os agentes da cultura não se comporem para evitar os riscos de menosprezo da cultura expontânea, por ceticismo em relação àquilo que ela cria, muito se perderá definitivamente. d) Repuseram a questão de forma a exigir uma análize profunda de seus vários ítens, mas, quando se chegou à tocar no processo de produção cinematográfico, a exitação foi grande. e) Muitos maus-entendidos teriam sido evitados, se alguns tivessem pesquisado melhor a questão e houvessem reconhecido que o projeto contêm 7. Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas na frase: a) Se todos se detessem mais do que um instante, um sonho seria mais que um sonho. b) Como nunca te conviu sonhar, deduzo que sejas feliz. c) O cronista provê de sonhos sua vida, ainda que sejam fugazes. d) De onde proviram as gravatas, que se ostentam tão vaidosamente? e) Ah, se retêssemos por mais tempo os sonhos que valham a pena sonhar... 8. Os tempos verbais estão adequadamente articulados na frase: a) As mulheres muito lutariam para que possam ter seus direitos respeitados. b) Esses valores se instituíram na prática, e só muito depois houveram sido formalizados. c) Firma-se o senso do que é justo à proporção que passassem os anos. d) São de se elogiar as alterações apresentadas pelo Código que recentemente se lançou. e) Coube às mulheres lutar para que sejam reconhecidos os direitos que lhes negássemos.

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9. Antes que se ...... reformas, os técnicos de inspeção ...... a recursos que porventura ...... a faltar. a) propossem - ativeram-se - vierem b))propusessem - ativeram-se - vierem c) propusessem - ateram-se - virem d) propossem - ativeram-se - virem e) propusessem - ateram-se - vierem 10. ...... que isso ...... falta, ...... grande estoque de material. a))Sabendo - iria fazer - compraríamos b) Soubéssemos - fizesse - comprássemos c) Sabendo - fazendo - iríamos comprar d) Sabíamos - fosse fazer - compraremos e) Saberíamos - fosse fazer - íamos comprar 11. Os tempos e modos verbais estão corretamente articulados na frase: a) Foi um contra-senso interpretativo quando afirmáramos que o princípio da soberania absoluta do povo terá origem em Rousseau. b) Seria um contra-senso interpretativo se afirmássemos que o princípio da soberania absoluta do povo teve origem em Rousseau. c) Será um contra-senso interpretativo se afirmássemos que o princípio da soberania absoluta do povo haverá de ter origem em Rousseau. d) É um contra-senso interpretativo quando afirmávamos que o princípio da soberania absoluta do povo tem tido origem em Rousseau. e) É um contra-senso interpretativo quando afirmarmos que o princípio da soberania absoluta do povo tinha origem em Rousseau. 12. Estão corretos o emprego e a forma do verbo sublinhado na frase: a) São grandes os esforços que o complexo pensamento de Rousseau sempre requereu de seus intérpretes. b) Advêem de Rousseau as principais formulações sobre a soberania política do povo. c) A teoria de Rousseau ainda hoje contribue para a análise das relações entre o homem e a natureza. d) Os ingênuos seguidores de Rousseau não se deteram na complexidade de seu pensamento. e) Em seu tempo, Rousseau interviu radicalmente na formação do pensamento democrático. 13. As formas verbais estão corretamente flexionadas na frase: a) Se convirmos em que os fins justificam quaisquer meios, justificar-se-ão até mesmo as maiores atrocidades. b) Quem não exclui os meios anti-éticos em sua conduta inclui a perfídia e a deslealdade como recursos possíveis.

c) A menos que distinguamos entre o bem e o mal, não haverá como aferir a qualidade ética dos nossos atos. d) Atos éticos nunca adviram de meios anti-éticos, segundo o que assevera a autora do texto. e) Eles pressuporam que elas agiriam eticamente, mas os fatos que adviram provaram o contrário. 14. Está correta a flexão de todos os verbos da seguinte frase: a) Tudo o que advir de uma experiência esotérica sempre obterá, da parte dos cientistas, a atenção e o cuidado de uma verificação objetiva. b) Os profissionais da quiromancia ou da numerologia não apreciam os consulentes que regateam na hora do pagar o que lhes é pedido. c)) Quando diz que um cientista se "inspira", o autor sugere que ele intui um caminho, que ele se provê de confiança para considerar uma hipótese objetiva. d) O esoterismo obstrue o caminho da ciência; a cada vez que manter os incautos distantes das práticas científicas, estará propagando o irracionalismo. e) É explicável que creamos em práticas esotéricas, pois elas nos fornecem imediatamente explicações mirabolantes para todos os mistérios. 15. ... os índios também poderiam fugir dos clichês... (final do 1o parágrafo) Os índios brasileiros ainda lutam pelo reconhecimento pleno de seus direitos, contra nossos preconceitos, porque muita gente acha que eles devem corresponder aos nossos modelos, como, por exemplo, ser ecologicamente corretos. Em outras palavras, para serem aceitos em suas diferenças, seriam menos livres. Mas, se a liberdade é o valor supremo do ser humano, os índios também poderiam fugir dos clichês, incluindo os ecológicos. O emprego da forma verbal grifada na frase acima introduz no contexto a) a certeza da realização de um fato, no presente ou no futuro. b) o desejo de que a ação se realize, no presente ou no futuro. c) a impossibilidade de que a ação se realize no futuro. d) uma ação continuada no passado, que se prolonga até o momento da fala. e) um fato de ocorrência possível, na dependência de certa condição.

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16. A forma verbal flexionada de modo INCORRETO está na frase: a) O mais jovem dos candidatos a vereador obteve a maioria dos votos no município. b))Sobreviram algumas dificuldades dos eleitores para votar nas urnas eletrônicas. c) O presidente da mesa diretora interveio na escolha dos concorrentes à eleição municipal. d) Os participantes da assembléia geral propuseram novas medidas de segurança no prédio. e) Apesar de muitas, as explicações do candidato não satisfizeram as exigências do Tribunal. 17. É adequada a articulação entre os tempos verbais na frase: a) O adolescente poderia e devesse ser punido pelo que faria de errado, mas a sanção precisava ter caráter predominantemente educativo. b) A pergunta estava nas ruas: não teria sido o caso de que venha a se reduzir a maioridade penal? c) Mesmo porque não é reduzindo a maioridade penal que o envolvimento de jovens em crimes terá deixado de existir. d) Seria natural que o cidadão, acuado pela obscena violência que o cercar, concorde com tudo o que soasse como solução drástica para o problema. e) Nada haveria de impedir que os bandidos passassem a recrutar um contingente mais jovem, o que, aliás, já vem ocorrendo em algumas situações. 18. Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas no contexto da frase: a) Deteriam-se os jovens infratores no caso de que visse a ser reduzida a maioridade penal, ou, pelo contrário, haveria-se de aumentar ainda mais esse tenebroso contingente? b) Tudo o que advier das medidas que se impõem no âmbito da educação concorrerá para a inclusão social desses jovens, providência que não mais se pode procrastinar. c) Inclue-se, entre as medidas a serem tomadas, a habilitação profissional dos jovens carentes, para que todos nos redimamos do abandono a que os vimos relegando. d) Os delitos dos jovens não provêem do nada; enraízam-se no solo fértil da criminalidade, num país em que tantas vezes o delinqüente impune vira astro da mídia. e) A menos que se refrêem as ações dos bandidos adultos, os jovens desamparados haverão de encontrar arrimo em quem os alicie para as práticas criminosas.

19. ... que abrigue contradições. (11a linha do 1o parágrafo) No entanto, a justa pressão social pela diminuição dos assombrosos índices de violência e criminalidade não pode dar margem a um atabalhoado processo de mudança das leis penais, que abrigue contradições, inconstitucionalidades e até efeitos contrários ao que se pretende. A forma verbal grifada na frase acima indica a) probabilidade, dentro de certas condições. b) fato real, num tempo presente. c) ação concreta, em relação a um tempo futuro. d) ação futura, em relação a um tempo passado. e) finalidade, tendo em vista uma situação anterior. 20. Todas as formas verbais estão adequadamente flexionadas na frase: a) Os jovens que proviram do Sudão assustar-se-ão com a quantidade de casuísmos a que deverão se submeter em sua nova experiência de vida. b) Por vezes, uma comparação da nossa cultura com a de outros povos restitue-nos o desejo de uma sociedade em que nada obstrui o caminho natural da justiça. c) Se viajar de avião já constitui, para essa leva de jovens, uma experiência assombrosa, imagine-se o assombro deles quando haverem de entrar em contato com nossas leis. d) Em suas tribos, os jovens sudaneses entretiam-se com as práticas da vida concreta, sem a preocupação de atentarem para intermináveis códigos de leis casuísticas. e) Deveríamos agir segundo valores com os quais reouvéssemos o sentido do que é social, e não sob a pressão de códigos que advieram de uma progressiva indigência moral. 21. Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase: a) Caso não se detessem nas questões formais, os responsáveis pelo julgamento de Amina não teriam satisfazido as expectativas internacionais. b) Toda mulher que manter uma relação amorosa fora do casamento será submissa ao rigor da lei islâmica. c) As leis nigeriana provêem da tradição islâmica, e jamais se absteram de observar os rígidos postulados desta. d) Se a Anistia e outros órgãos internacionais não intervissem no caso de Amina, não havia o que contivesse o ânimo punitivo do tribunal nigeriano. e) Não se propusessem os formadores de opinião pública a intervir no caso de Amina, é quase certo que a ela se imporia a pena de morte por apedrejamento.

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22. Considere as seguintes frases: I. Amina já foi condenada em duas instâncias quando, finalmente, obtivera a absolvição na corte islâmica de apelações, que reviu seu caso. II. À medida que a Anistia Internacional e outros órgãos iam exercendo cada vez mais pressão sobre o caso, a corte islâmica sentira-se pressionada. III. Nem bem foi anunciada a absolvição de Amina e a opinião pública internacional expressou seu regozijo, conforme se pôde observar pelos noticiários da Internet. A relação entre os tempos verbais mostra-se adequada APENAS em a) I e II b) II e III c) I d) II e) III 23. Está correta a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase: a) Afirma o autor que as reflexões que desenvolveu ao longo do texto haveriam de lhe ocorrer à época do último carnaval. b) Se o carnaval pagão pudesse ter mantido todas as suas primitivas características, talvez tenhamos um exemplo de liberdade absoluta. c) É preciso que, tão logo surjam ameaças à nossa liberdade, nos valhamos das leis para garantir nosso direito ao pleno exercício dela. d) Se não houvesse qualquer autoridade, mesmo os anarquistas mais convictos acabarão por constituir alguma forma de ordenação. e) As normas serão rigorosamente seguidas pelos participantes do desfile, mas nem por isso empanaram o brilho do espetáculo. 24. Estão corretas ambas as formas verbais sublinhadas na frase: a) Caso as normas não intervissem em nossas práticas sociais, destruir-nos-íamos uns aos outros. b) Se não nos atêssemos a nenhuma norma, prejudicarmos-nos-íamos a nós mesmos. c) É necessário que se disponhe de normas justas, para que a autoridade detenha uma forma aceita de poder. d) Caso não nos conviesse obedecer a um mínimo de normas, qualquer uma delas seria rechaçada tão logo se impusesse. e) Quem se dispor a acompanhar um desfile carnavalesco, dar-se-á conta de que ele cumpre um rigoroso regulamento.

25. Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período: a) Poucos imaginam entre os turistas estrangeiros: que assistindo ao desfile carnavalesco estão presenciando um espetáculo – cuja euforia se assenta, sobre regras bem estabelecidas. b))Poucos imaginam, entre os turistas estrangeiros, que, assistindo ao desfile carnavalesco, estão presenciando um espetáculo cuja euforia se assenta sobre regras bem estabelecidas. c) Poucos imaginam, entre os turistas estrangeiros, que assistindo ao desfile carnavalesco, estão presenciando um espetáculo cuja euforia, se assenta sobre regras bem estabelecidas. d) Poucos imaginam – entre os turistas estrangeiros – que assistindo ao desfile carnavalesco estão presenciando um espetáculo cuja euforia, se assenta sobre regras bem estabelecidas. e) Poucos imaginam entre os turistas estrangeiros que, assistindo ao desfile carnavalesco estão, presenciando, um espetáculo cuja euforia se assenta: sobre regras bem estabelecidas. 26. ... que possa garantir a vida na Terra. (final do texto) O verbo empregado nos mesmos tempo e modo em que se encontra a forma grifada acima está na frase: a) ... que a Terra suporta? b) ... as estimativas variaram entre ... c) ... afirma o geógrafo Álvaro Luiz Heidrich. d) ... a população da Terra cresceu mais de 40 vezes ... e)) ... que em 2050 tenhamos 9,3 bilhões de pessoas ... 27. Estão corretas as duas formas verbais sublinhadas na frase: a)) Se não nos convierem os exercícios intensos, abdiquemos deles. b) Quando uma experiência conter um risco, é preciso que a evitemos. c) Há pessoas que não se detém nem mesmo diante do que fatalmente lhes trará malefícios. d) Para que não soframos com o excesso de ginástica, é preciso que nos instruemos acerca dos riscos que representam. e) Quando havermos de colher os frutos da nossa imprudência, arrepender-nos-emos.

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28. Estão corretos o emprego e a articulação dos tempos verbais na frase: a) Seria preciso que evitemos os excessos da ginástica. b) Melhor teria sido se evitamos os exercícios mais intensos. c) O ideal seria que os evitássemos, para que nada viéssemos a sofrer. d) A menos que os evitamos, haveremos de sofrer. e) Mesmo sabendo que sofrerão com eles, há sempre os que não os evitassem. 29. Se você ...... de voltar, mas não ......, com segurança, ...... a hora, telefone-me. a) tiver - poder - prever b) tiver - puder - prever c) ter - puder - prever d) tiver - poder - previr e) ter - puder - previr 30. Informaram-nos de que talvez ...... a licença se a ...... a tempo. a) obtêssemos - tivéssemos requerido b) obtemos - requisermos c) obtenhamos - requerermos d) obteríamos - requiséssemos e) obtivemos - requerêssemos 31. Uma política que favoreça as exportações... (5º parágrafo) O uso da forma verbal grifada acima introduz na frase a noção de a) fato concreto. b) hipótese. c) continuidade. d) repetição. e) necessidade. 32. Ambas as formas verbais grifadas estão corretas na frase: a) Agentes econômicos receiavam a instabilidade do mercado e se ateram a poucas transações comerciais, naquele dia. b) Advieram alguns prejuízos para certos candidatos, enquanto outros se beneficiaram com os acordos entre vários partidos políticos. c) Alguns candidatos indisporam-se contra as normas do debate, considerando que dispunham de pouco tempo para falar. d) O Tribunal Regional Eleitoral interviu na discussão entre os partidos e manteve a decisão de impugnar a candidatura solicitada dias antes. e) Os coordenadores preveram o surgimento de alguns problemas e proporam-se a corrigir os rumos da campanha, para melhorar seu resultado.

33. As principais tecnologias necessárias para que essa revolução aconteça já existem ... (2º parágrafo) O uso do modo em que se encontra a forma verbal grifada na frase acima indica a) um fato passado. b) um fato concreto atual. c) uma possibilidade futura. d) uma ação habitual, repetitiva. e) uma ordem exata. 34. I. ... ele compõe a água II. ... que compõem os átomos III. ... que o pico da produção mundial ocorrerá ainda nesta década. Os verbos das frases I e II passarão ao mesmo tempo e modo, respectivamente, do verbo da frase III em: a) comporá e comporam. b) compora e comporam. c) compora e compuserão. d) comporá e comporão. e) comporá e compuseram. 35. Está correta a flexão de todas as formas verbais da frase: a) Quem se deter por muito tempo diante de um monitor, envolver-se-á de tal modo com o mundo virtual que o sobreporá ao mundo real. b) Os jovens se entreteram tanto com o computador que nem se deram conta das horas que já haviam transcorrido. c) Dizendo que não quer que ninguém se imisque em sua vida, o jovem tranca-se no quarto, para acessar a Internet e se pôr a navegar. d) Sobreveio-lhe uma forte irritação, mas conteve-se e abriu a porta com calma, pedindo ao jovem que cessasse a navegação. e) Os prejuízos que advirem do uso abusivo do computador não serão compensados pelas eventuais vantagens de que o usuário se beneficiou. 36. Por maiores que sejam os armamentos nacionais, eles não geram a segurança militar para nenhum país, nem garantem a manutenção da paz. Alterando-se os tempos das formas verbais sublinhadas, mantém-se uma adequada articulação temporal na seguinte seqüência: a) fossem - gerariam - garantiriam b) venham a ser - geram - garantiriam c) tenham sido - gerarão - garantissem d) fossem - geraram - garantiriam e) venham a ser - tinham gerado - garantido

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37. O emprego e a articulação dos tempos verbais estão inteiramente adequados na frase: a) Conviria que você venha nos visitar apenas na semana que vem, quando já não estaríamos preocupados com o vestibular que fizermos na próxima terça-feira. b) Mal aportou, o navio fora submetido a uma rigorosa inspeção da alfândega, em virtude da suspeita da carga contrabandeada que talvez ele trouxe em seus porões. c) Não me parece justo que você vem agora argumentar com razões que até ontem jamais invocou, revelando um oportunismo que já seja tão conhecido. d) Na próxima semana iremos estar atendendo a sua solicitação, estaremos lhe telefonando para comunicar a decisão final da empresa. e) Tão logo saibamos o resultado do teste a que você ontem se submeteu, entraremos em contato, para não prolongar a agonia de sua expectativa. 38. Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase: a) É preciso que eles refrêem seu ódio, caso contrário sobrevirão conflitos ainda mais graves do que os da semana passada, quando eles não conteram seus impulsos. b) Caso os leitores de poesia se detessem mais a cada verso, a cada imagem, haveriam de se surpreender com os inesperados encantos que aprouve ao poeta cultivar. c) O editor-chefe, diante da escandalosa matéria que fora apurada pelo repórter, interveio imediatamente e reteve todo o material, a fim de o submeter ao presidente da empresa. d) Os prejuízos financeiros que advirem dessa operação desastrada serão minuciosamente contabilizados, para que, no futuro, se recaírem sobre nós pesadas acusações, tenhamos como nos defender. e) Tudo o que nos caber decidir será decidido, mas para isso fazer-se-á necessário obter, se não a totalidade dos votos, um mínimo de consenso entre os que se disporem a participar do simpósio.

39. A forma verbal indicada entre parênteses deverá flexionarse obrigatoriamente no plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: a) A tantos amores ...... (CONFIAR) meu destino que trago o coração desencontrado. b) Caso não lhe ...... (VIR) a parecer oportunas essas medidas, tome você mesmo as que achar mais convenientes. c) Tão intenso é o medo que as ...... (PÔR) em pânico que suspeito seja ele inteiramente encenado. d) Nem mesmo o despeito exagerado que há em todos eles ...... (DEVER) estimular em nós qualquer reação negativa. e) Caso não nos ...... (OCORRER), naquelas horas tardias, buscar o auxílio de um caçador, jamais encontraríamos o caminho de volta. 40. Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase: a) Predadores não sentirão a menor culpa a cada vez que matarem uma presa, pois sabem que sua sobrevivência sempre dependerá dessa atividade. b) Se predadores hesitassem a cada vez que tiveram de matar uma presa, terão posto em risco sua própria sobrevivência, que depende da caça. c) Nunca faltarão exemplos que deixassem bem claro o quanto é fácil que nos viessem a associar aos animais, em nossas ações “desumanas”. d) Por trás dessas ações assassinas sempre houve um motivo simples, que estará em vir a preservar uma determinada espécie quando se for estar transmitindo o material genético. e) Ao paralisar a lagarta com veneno, a vespa terá depositado seus ovos nela, e as larvas logo se alimentariam das entranhas da lagarta, que nada poderá ter feito para impedi-lo.

I. GABARITO FCC 01. B 02. A 03. E 04. D 05. B 06. A 07. C 08. D 09. B 10. A 11. B 12. A 13. B 14. C 15. E 16. B 17. E 18. B 19. A 20. E 21. E 22. E 23. C 24. D 25. B 26. E 27. A 28. C 29. B 30. C 31. B 32. B 33. C 34. D 35. D 36. A 37. E 38. C 39. B 40. A

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farás fut. do pres. do ind. Fizéssemos pret. Imp. do subj. ventava pret. Imp. do ind. viu pret. Perf. do ind. devia pret. Imp. do ind. andaria fut. do pret. do ind. amemos pres. do subj. ou imp. afir. arrumarás fut. do pres. do ind. faça pres. do subj. ou imp. afir. vimos pret. Perf. do ind do verbo VER ou pres. do ind. Do verbo VIR andarmos fut. do subj. andara pret. Mais-que-perf. do ind. abraçarão fut. do pres. do ind. abraçara pret. Mais-que-perf. do ind. disséssemos pret. Imp. do subj. íamos pret. Imp. do ind. fizera pret. Mais-que-perf. do ind. amarrou pret. Perf. do ind. fingirão fut. do pres. do ind. menti pret. Perf. do ind. coubera pret. Mais-que-perf. do ind. falasse pret. Imp. do subj. fizermos fut. do subj. Sublinhe a forma correta: 1. Elas se mantiveram- manteram... 2. Todos reviram- reveram... 3. Eu intervi- intervim... 4. Se Paulo propor, propuser... 5. Se eles detiverem- deterem... 6. Ontem ele interveio- interviu... 7. Se eles perfizessem- perfazessem... 8. Ela se entreteve- entreteu... 9. eles têm intervindo- intervido... 10. Se tu desdizeres- desdisseres... 11. eu me manti- mantive... 12. Quando eu rever- revir a obra... 13. Se ela se contivesse- contesse... 14. Quando tu repores- repuseres... 15. Sobrevieram- sobreviram imprevistos... Complete as frases com os verbos entre parênteses: Conjugue os verbos abaixo no presente do indicativo , nas seguintes pessoas: a) eu passeio, ele passeia e eles passeiam ( passear) b) eu anseio, ele anseia e eles anseiam (ansiar) c) eu medeio, ele medeia e eles medeiam (mediar) d) eu premio, ele premia e eles premiam (premiar) e) eu magoo, ele magoa e eles magoam (magoar)

f) eu creio, ele crê e eles creem (crer) g) eu ponho, ele põe e eles põem (pôr) h) eu proponho, ele propõe e eles propõem (propor) i) eu possuo, ele possui e eles possuem (possuir) j) eu tenho, ele tem e eles têm (ter) l) eu vejo, ele vê e eles veem (ver) n) eu prevejo, ele prevê e eles preveem (prever) o) eu rio, ele ri e eles riem (rir) p) eu venho, ele vem e eles vêm (vir) q) eu intervenho, ele intervém e eles intervêm (intervir) r) eu leio, ele lê e eles lêem (ler) s) eu adiro, ele adere e eles aderem (aderir) 2) Dê o presente do indicativo e o pretérito perfeito do indicativo: a) Eu mobílio e mobiliei (mobiliar) b) Eu caibo e coube (caber) c) Eu quero e quis (querer) d) Eu requeiro e requeri (requerer) e) Eu faço e fiz (fazer) f) eu tenho e tive (ter) g) eu mantenho e mantive (manter) h) eu vejo e vi (ver) i) eu provejo e provi (prover) j) eu distingo e distingui (distinguir) k) eu pulo e poli (polir) l) eu venho e vim ( vir) m) eu vou e fui (ir) n) eu sou e fui (ser) o) eu hei e houve (haver) p) eu ajo e agi (agir) q) eu trago e traguei (tragar) r) eu trago e trouxe ( trazer) 3) Conjugue os verbos abaixo na primeira pessoa do singular do presente e do futuro do subjuntivo, conforme o modelo: Crer - que eu creia e quando eu crer a) aguar - que eu ágüe e quando eu aguar b) averiguar - que eu averigúe e quando eu averiguar c) pôr - que eu ponha e quando eu puser d) valer - que eu valha e quando eu valer e) poder - que eu possa e quando eu puder f) conter - que eu contenha e quando eu contiver g) ver - que eu veja e quando eu vir h) vir - que eu venha e quando eu vier i) saber - que eu saiba e quando eu souber j) dizer - que eu diga e quando eu disser

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4) Complete as lacunas abaixo, flexionando os verbos indicados no presente do indicativo: a) creem b) vêm c) tem d) vem e) releem f) veem g) mantém h) detém i) leem j) contêm 5) Quais frases estão corretas? (aproveite para corrigir as erradas) a) Quando você vir a escola, vire à direita. b) Quando você vier ao colégio,não esqueça o livro de português. c) Se você tiver tempo, averigúe ainda hoje se os alunos obtiveram os boletins. d) Se impusermos nossas idéias e não revirmos nossas concepções não chegaremos a bons resultados. e) Ela crê, eles não crêem; ela vê,eles não vêem; opostos em tudo, têm apenas essa mesma oposição como liame. f) Conforme previra o advogado, não convieram ao presidente as condições de contrato. g) Se houvesse intervindo mais cedo, talvez contivesse os ânimos h) Se eu puserr o verbo no plural, errarei. i) Pela presente circular,vimos informá -lo sobre as reformas. j) O diretor interveio na reunião. k) Não volte enquanto ele não repuser o dinheiro.

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VOZES DO VERBO CONDIÇÃO PARA QUE UMA FRASE POSSA SER PASSADA PARA A VOZ PASSIVA 1. PASSAGEM DA VOZ ATIVA PARA PASSIVA Exemplo. OS QUATRO PASSOS: 1) 2) 3) 4)

1.1. SE HOUVER OUTROS TERMOS?

No dia de natal, com muito carinho, Paulo enviou para a noiva um buquê de flores e um cartão. No dia de natal, com muito carinho, um buquê de flores e um cartão foram enviados por Paulo para a noiva.

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1.2. SE TIVERMOS FORMAS VERBAIS COMPOSTAS?

EXERCÍCIO DE AULA 1. A imprensa italiana veiculou grandes fofocas. ________________________________________________________________ 2. Os traficantes perdoaram a dívida do rapaz. ________________________________________________________________ 3. Eles cumpriram o contrato assinado. ________________________________________________________________ 4. Os europeus têm lido muitos jornais. ________________________________________________________________ 5. As meninas haverão aprendido uma importante lição. ________________________________________________________________ 6. Os jovens devem aprender coisas úteis. ________________________________________________________________ 7. As pessoas podem desejar um futuro glorioso. ________________________________________________________________ 8. A menina deverá conseguir um bom emprego. ________________________________________________________________ 9. Os meninos devem estar cantando alguma bela música. ________________________________________________________________ 10. Poderá ter o remédio curado todos os doentes? ___________________________________________________________________

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QUESTÕES – VOZES VERBAIS BANCAS - RS

1. Considere as seguintes propostas de transformações. I – Orestes Barbosa publicou dez livros em vida. Escreveu crônicas, poesias, letras de música e até um romance. Crônicas, poesias, letras de música e até um romance foram escritos por Orestes Barbosa. II– Este verso traz o sentimento e o retrato de uma sociedade que continua atual. Uma sociedade atual é trazida pelo sentimento e retrato deste verso. III– Esse verso será sempre cantado pelos intérpretes da música popular devido à força da criação de... Os intérpretes da música popular sempre cantarão esse verso. Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) I, II e III 02. Na frase Bem cedo, portanto, descobri a diferença entre os que têm e os que não têm e são humilhados – qual dos verbos abaixo em negrito conforme se encontra empregado nas frases abaixo podem sofrer transformação como a sofrida pelo verbo humilhar na segunda ocorrência da frase acima. a) era – Eu queria a bicicleta, e meu pai, que era barbeiro, achou que aquilo era dinheiro jogado fora. b) vendi – Vendi jornais e garrafas, engraxei sapatos e, quando finalmente consegui comprar a bicicleta, ela já era mais importante. c) rasgavam – Camisas, calças, meias, cuecas rasgavam e desbotavam com incrível facilidade. d) continua – No fim dos anos cinqüenta, comprei uma camisa Lacoste (que continua boa até hoje mas não é mais um símbolo de dinheiro) e a primeira coisa que fiz foi apanhar uma gilete e liberar o jacarezinho preso no peito. e) soube – Nunca soube de nenhum grande artista ou revolucionário que vivesse para amealhar fortuna à custa dos outros.

3. A voz passiva correta de um processo de indiferenciação tem marcado a programação da tevê é a) A programação da tevê era marcada por um processo de indiferenciação. b) A programação da tevê é marcada por um processo de indiferenciação. c) A programação da tevê tem sido marcada por um processo de indiferenciação. d) A programação da tevê foi marcada por um processo de indiferenciação. e) A programação da tevê tinha sido marcada por um processo de indiferenciação 4. Qual das orações abaixo poderia ser passada para a voz passiva e, nesse caso, apresentaria agente da passiva? a) o progresso tecnológico, médico e econômico tem permitido vitórias espetaculares diante do eterno desafio de ganhar e poupar tempo. b) o efeito dessas conquistas parece ser justamente o contrário do esperado. c) O superávit objetivo resulta em déficit subjetivo. d) A esperança média de vida ao nascer no mundo passou de cerca de 53 anos em 1960 para 67 anos atualmente. e) A conseqüência lógica de todas essas maravilhas objetivas deveria ser uma sensação de alívio, uma atitude mais pródiga e generosa no uso do tempo. 5. A forma passiva analítica correta da frase A essa atuação discricionária some-se a expectativa social . a) Seja somada a essa atuação discricionária a expectativa social. b) Soma-se, a essa atuação discricionária, a expectativa social. c) Somem-se a atuação discricionária e a expectativa social. d) A essa atuação discricionária é somada a expectativa social. e) Sejam somadas essa atuação discricionária e a expectativa social

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6. Leia os segmentos abaixo, retirados do texto. I - O elevador é singelo e sensaborão. II - Não haveria arranha-céus. III – Os prédios altos adensaram as cidades. IV - Aos bem-postos reserva-se o prestígios do “elevador social”. Quais poderiam ser passados para a voz passiva analítica? a) Apenas I e II b) Apenas II e III c) Apenas III e IV d) Apenas I, II e III e) Apenas I, II e IV 7. Como fica na voz ativa a oração: “Vias expressas são construídas umas sobre as outras..”? a) Construíam-se vias expressas... b) Foram construídas vias expressas... c) Construíram vias expressas... d) Constroem-se vias expressas... e) Constroem vias expressas... 8. “Os meninos são detidos pelos policiais” A construção passiva sintética correspondente à expressão sublinhada é: a) Detém-se os meninos. b) Detêm-se os meninos. c) Detiveram-se os meninos. d) Deter-se-ão os meninos. e) Detêm-se aos meninos. 9. Observe as orações sublinhadas abaixo. - A proposta seria que os pivetes fossem convidados pelas escolas para ouvir palestras educativas. - É o que faria qualquer pai o mãe nessas situação. - O autor sugere que sejam oferecidos aos pivetes tênis, brinquedos e revistas. As orações sublinhadas têm os verbos, respectivamente, nas vozes: a) ativa, passiva e passiva. b) passiva, ativa e ativa. c) ativa, passiva e ativa. d) passiva, passiva e ativa. e) passiva, ativa e passiva.

10. Ocorre correspondência de sentido entre as frases na alternativa: a) A roda não teria sido inventada se não houvesse pesquisas. Não teriam inventado a roda se não houvesse pesquisas. b) Opiniões polêmicas eram definidas pelos cientistas. O cientista defendeu opiniões polêmicas. c) As normas devem ser transformadas em lei. As normas devem transformar as leis. a) A ciência pode investigar todos os campos. Todos os campos podem investigar a ciência. b) A ética deve disciplinar as ações. As ações deveriam disciplinar a ética. 11. A frase que apresenta condições de ser apassivada é: a) A tecnologia desprestigiou socialmente os discípulos de Hipócrates. b) Não é de se estranhar a recente eclosão de inúmeras terapêuticas alternativas. c) A medicina desenvolve-se dentro de sistemas econômico-sociais. d) Políticos, economistas, engenheiros sanitários e jornalistas são mais responsáveis pela saúde pública do que os médicos. e) A Medicina não é neutra, pois depende de sistemas econômico-sociais. 12. Transpondo para a voz passiva a oração “O tempo foi gastando o tecido daquelas velhas roupas”, obtém-se a forma verbal..... a) estava sendo gasto. b) foi sendo gasto. c) acabaram sendo gastas. d) foram gastas. e) era gasto. 13. Transpondo para a voz ativa a frase “Os projetos estavam sendo revistos por um grupo de arquitetos”, obtém-se a forma verbal..... . a) seriam revistos. b) estava revendo. c) estão a rever. d) devem rever. e) iam revendo. 14. “Os ensaios estão sendo traduzidos por uma equipe competente.” Passando a oração anterior para a voz ativa, sem que se altere o tempo e o modo do verbo, obtém-se a forma verbal a) serão traduzidos. b) traduziu. c) está traduzindo. d) vão traduzir. e) é traduzida.

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15. Transportando para a voz ativa a frase: “O vaso de samambaia está sendo regado diariamente pelas crianças”, obtém-se a forma verbal: a) estão regando b) regam c) têm regado d) é regado e) regarão 16. Passando para a voz ativa a frase: “os livros seriam postos em um líquido desinfetante pelos cientistas”, obtém-se a forma verbal: a) vão por b) fomos pôr c) põem-se d) vão ser postos e) poriam 17. Caso apassivássemos o verbo da oração "Você o põe no carrinho" , obteríamos a) carrinho você o põe. b) carrinho é posto na frente por você. c) Ele havia sido posto por você no carrinho. d) Você o pusera no carrinho. e) Ele é posto por você no carrinho. 18. A alternativa que apresenta a voz ativa correspondente a “A reportagem que está sendo gravada lembra livros que foram escritos por Jorge Amado” é: a) A reportagem que estão gravando lembra livros que Jorge Amado escreveu. b) A reportagem que gravaram lembra livros que Jorge Amado escrevia. c) A reportagem que gravam lembra livros que Jorge Amado escrevia. d) A reportagem que gravavam lembra livros que Jorge Amado escrevia. e) A reportagem que está gravada lembra livros de Jorge Amado. 19. A oração “O alarma tinha sido disparado” está na voz passiva. Assinale a alternativa que apresenta a forma verbal ativa correspondente: a) disparara b) disparar-se-ia c) fora disparado d) tinham disparado e) tinha disparado 20. Considere as orações abaixo: I. É visível a cisão entre a música de alto repertório e a música de mercado. II. Os dois tipos de música falam a tipos de público desiguais. III. A música das massas marca o pulso rítmico e a repetição.

IV. Novas dimensões de tempo instauradas com a música de concerto contestam a escuta linear. Quais delas podem ser passadas para a voz passiva a) Apenas I e III. b) Apenas II e IV. c) Apenas III e IV. d) Apenas I, III e IV. e) Apenas II, III e IV. 21. Observe as sentenças abaixo, retiradas ou adaptadas do texto. I - Desta permanente preocupação decorre a sua presença em todas as nossas manifestações artísticas. II - A morte está presente na música, na escultura, nas múltiplas modalidades da arte literária. III- O homem imaginou lendas inacreditáveis. Quais delas apresentam condições para serem passadas para a voz passiva. a) Apenas II b) Apenas III c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III 22. Só não é possível voz passiva em a) Os brasileiros defendem a idéia de uma democracia social. b) Conflitos sociais não transpõem os abismos estratificados. c) Esse abismo não conduz a conflitos tendentes à transposição dos estratos sociais. d) Os privilegiados ignoram ou ocultam as mazelas sociais. e) Os brasileiros raramente percebem os profundos abismos cruciais a seu desenvolvimento. 23. “Se os advogados tivessem esgotado os recursos, o juiz não teria surpreendido as pessoas presentes.” Passando para o voz passiva, os verbos devem assumir as formas da alternativa: a) tivesse sido esgotado – teriam sido surpreendidas b) tiver sido esgotados – terão surpreendido c) tivessem sido esgotados – teriam sido surpreendidas d) têm-se esgotado – terá sido surpreendidas e) tivessem esgotado – teria sido surpreendidas.

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24. Transpondo para a voz passiva a frase “Talvez nem conhecêssemos o sentido da palavra ''ilusão'', a forma verbal resultante será a) tivesse sido conhecido. b) seria conhecido. c) fossem conhecido. d) tivéssemos conhecido. e) fosse conhecido. 25. “Efetivamente se queimaram alguns livros...”. A forma verbal equivalente a sublinhada está em: a) queimou b) eram queimados c) foram queimados d) foi queimado e) tinham queimado

VOZES VERBAIS 01. D 06. C 11. A 16. E 21. B 02. B 07. E 12. B 17. E 22. C 03. C 08. B 13. B 18. A 23. C 04. A 09. E 14. C 19. D 24. E 05. A 10. A 15. A 20. C 25. C

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 163

DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO

I. Características:

1) Características do DISCURSO DIRETO:

2) Características do DISCURSO INDIRETO:

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164 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

II. Transposição do Discurso Direto para o Discurso indireto:

1) A transformação dos tempos verbais:

→→→→ Presente:

Presente no Discurso Direto

Pretérito perfeito no Discurso Direto

Futuro do presente no Discurso Direto

Imperativo no Discurso Direto

a) João disse: “Sou o dono da marcenaria”.

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b) Antônio contou: “Faço as perguntas que julgo cabíveis”.

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c) Paula afirmou: “Aluguei um imóvel no centro da cidade”.

___________________________________________________________________

d) Carlos disse: “Realizei um projeto dificílimo e fiquei satisfeito com o resultado”.

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e) Antônia antecipou: “Viajarei para Miami e estudarei em uma universidade americana”.

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f) O pai manou: “Faça a lição de casa agora”.

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g) Ele ordenou: “Dirija de maneira adequada”.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 165

2) A transposição de outras partículas:

Este, esta, isto, esse, essa, isso

Aqui

Hoje

Ontem

Amanhã

No ano passado

No ano que vem

No século passado

a) Eu disse: “Esta sala está empestada de gente louca”.

___________________________________________________________________

b) João afirmou: “Comerei isto em poucos minutos”.

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a) Eu contei: “Aqui é difícil trabalhar”.

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b) Carla disse: “Estou aqui”.

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a) Ele afirmou: “Hoje visito o pai de Júlia”.

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b) João disse: “Carlos ontem ficou decepcionado com a namorada”.

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166 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 167

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS O CONTEXTO

AFIRMAÇÃO x INFERÊNCIA

SENTENÇA CORRETA

É óbvio que nenhum país, mesmo dos mais evoluídos, pretende que seus habitantes sejam socialmente iguais, mesmo porque as potencialidades e o espírito de luta de cada um, fatores importantes para a ascensão social, variam muito. Quando dizemos, portanto, que a igualdade é uma das características essenciais do regime democrático, referimo-nos à igualdade de direitos, graças à qual o indivíduo pode concorrer com seu semelhante a qualquer função social indiscriminadamente.

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168 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

SEGUNDO O TEXTO: a) Ao nos referirmos às características de um regime democrático, temos de mencionar, necessariamente, a igualdade social como uma delas. b) Não basta dar ao indivíduo apenas o direito de concorrer com o outro; é preciso proporcionar-lhe, também, educação e oportunidade. c) Jamais haverá uma comunidade cujos indivíduos sejam socialmente iguais. d) Todo país em que os indivíduos não forem iguais perante a lei não pode ser considerado democrático. e) Somente nos países democráticos as potencialidades e o espírito de luta de cada um são variáveis.

A imaginação criadora que, sob o nome de fantasia, se constitui numa peculiaridade da infância e de boa parte da juventude é uma das atividades mais nobres e fecundas da mente humana. Nem seria preciso lembrar que ela é um dos processos fundamentais do desenvolvimento da inteligência. Cabe-lhe responder não apenas pelos mais belos triunfos da arte, mas também pelos grandes achados da ciência. Desestimulá-la é, pois, secar a fonte da poesia, tolher o homem de viajar além de suas limitações naturais e, talvez, estancar o progresso.

a) Sem limitar a imaginação e a fantasia, não é possível desenvolver a inteligência, a qual, por sua vez, é a base dos grandes achados científicos. b) A imaginação criadora é a mais fecunda atividade da mente humana. c) A fantasia é uma peculiaridade exclusiva da infância. d) Infelizmente, o progresso tem colaborado, através da invenção dos psicotrópicos, para estimular boa parte da juventude a viagens que a levam, ilusoriamente, acima de suas limitações naturais. e) Tolher a fantasia infantil é matar a fonte do senso poético. TESTES Texto 1

Em toda parte, o verdadeiro criador da cultura não é o ambiente físico; é o homem, com seus valores indestrutíveis. A roupagem externa da cultura, sua expressão original, esta sim é determinada pela paisagem natural.

De acordo com o texto a) O homem não consegue destruir seus valores, nem o ambiente que o cerca pode mudar-lhe a personalidade b) É o ambiente físico que determina os valores indestrutíveis do ser humano. c) O homem não consegue esquivar-se da influência do meio em que vive: os valores humanos são profundamente alterados por ele. d) As peculiaridades regionais são o reflexo da invariabilidade dos valores humanos. e) É o homem que cria a cultura, ainda que essa, externamente, guarde as marcas do ambiente físico.

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Texto 2

A sociedade tecnológica prescinde, por definição, dos grandes homens. Ela precisa, realmente, de homens condicionados, capazes de responder, por via de reflexos, às exigências de sua dinâmica.

De acordo com o texto a) A sociedade tecnológica, que é muito dinâmica, prescinde dos grandes homens, porque esses são muito passivos e, portanto, não possuem reflexos condicionados. b) Os grandes homens não conseguem compreender a dinâmica da sociedade tecnológica, razão por que ela os relega a segundo plano. c) Quanto mais previsíveis forem os homens, menos eles interessam à sociedade tecnológica. d) A sociedade tecnológica requer homens submissos à sua rígida organicidade. e) A sociedade tecnológica necessita de homens criativos, exigentes, com reflexos rápidos e com espírito crítico. Texto 3

Muito cedo compreendi que, quando uma personagem toma o freio nos dentes e dispara, deixando-me para trás, é porque está muito viva. Dou-lhe carta de alforria e começo a divertir-me com as surpresas que seu comportamento me proporciona.

De acordo com o texto a) O romancista diverte-se com as tentativas de sua personagem em livrar-se do seu freio. b) Muitas vezes, o romancista sente suas personagens como seres independentes e surpreende-se com suas ações. c) O autor liberta suas personagens, para poder divertir-se com o comportamento delas. d) O autor liberta sua personagem quando sente que conseguirá freá-la. e) As personagens nada têm do seu autor: cedo, todas elas pedem carta de alforria. Texto 4

Procurando analisar com imparcialidade meus romances anteriores, eu percebia o quão pouco, na sua essência e na sua existência, eles tinham a ver com o Rio Grande do Sul. Tendiam para um cosmopolitismo sofisticado, que me levara a descrever a provincianíssima Porto Alegre de 1934 como uma metrópole tentacular e turbulenta que recendia a gasolina queimada e asfalto

De acordo com o texto a) A Porto Alegre retratada naqueles romances não tinha personalidade própria: era apenas uma grande metrópole. b) O autor preferia que a sua Porto Alegre fosse atualmente uma metrópole provinciana. c) O autor encarava então sua terra com parcialidade, como se ela tivesse usos e costumes particulares. d) A Porto Alegre verdadeira daquela época era uma metrópole que se desenvolvia em todas as direções e nada tinha de particularmente gaúcho. e) O autor acha que a Porto Alegre de 1934 era uma cidade única no mundo, devido a sua peculiaridade de metrópole tentacular.

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Atenção: As questões de números 01 a 5 baseiam-se n o texto apresentado abaixo.

O governo inglês divulgou recentemente o que é até agora o mais detalhado estudo sobre custos e riscos econômicos do aquecimento global e sobre medidas que poderiam reduzir as emissões de gases do efeito estufa, na esperança de evitar algumas de suas piores consequências. Ele deixa claro que o problema não é mais se podemos nos dar ao luxo de fazer algo sobre o aquecimento global, mas sim se podemos nos dar ao luxo de não fazer nada.

Esse relatório propõe uma agenda que custaria apenas o equivalente a 1% do consumo mundial, mas evitaria riscos que custariam cinco vezes mais. Os custos são mais altos do que em estudos anteriores porque levam em conta que o processo de aquecimento é bastante complexo e não-linear, com a possibilidade de que possa ganhar ritmo muito mais alto do que se imaginava, além de ser muito maior do que o previsto anteriormente. O estudo talvez esteja subestimando significativamente os custos: por exemplo, a mudança do clima pode fazer desaparecer a Corrente do Golfo – de particular interesse para a Europa – e provocar doenças.

Já em 1995 havia sinais evidentes de que a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera tinha aumentado acentuadamente desde o início da era industrial, de que a atividade humana contribuíra significativamente para esse aumento e de que ele teria efeitos profundos sobre o clima e o nível dos mares. Mas poucos previram a rapidez com que a calota de gelo do Ártico parece derreter. Mesmo assim, alguns sugerem que, já que não estamos seguros da extensão do problema, pouco ou nada devemos fazer. A incerteza deve, porém, levar-nos a agir hoje mais resolutamente, e não menos.

Um efeito global pode ser enfrentado com uma mudança tributária globalmente consensual. Isso não quer dizer aumento geral de tributação, mas simplesmente a substituição em cada país de algum imposto comum por outro, específico, sobre atividades poluidoras. Faz mais sentido tributar coisas más do que coisas boas, como a poupança e o trabalho. A boa notícia é que há muitas formas pelas quais melhores incentivos poderiam reduzir as emissões. Mudanças de preços que mostrem os verdadeiros custos sociais da energia extraída de combustíveis fósseis devem estimular inovação e conservação. Pequenas alterações práticas, multiplicadas por centenas de milhares de pessoas podem fazer uma enorme diferença. Por exemplo, plantar árvores em volta das casas ou mudar a cor de telhados em clima quente, para que reflitam a luz do sol, podem produzir uma grande economia na energia consumida pelo ar condicionado. Só temos um planeta e devemos cuidar dele. O aquecimento global é um risco que simplesmente não podemos mais ignorar. (Adaptado de Joseph E. Stiglitz. O Globo , Opinião, 19 de novembro de 2006) 1. A ideia central do texto encontra-se na (A) preocupação com os altos custos sociais que estão embutidos na energia obtida de combustíveis fósseis, em todo o planeta. (B) proposição de uma necessária ação efetiva consensual no sentido de reduzir práticas que alimentem o aquecimento global. (C) defesa da criação de impostos, especificamente sobre combustíveis fósseis, no sentido de diminuir seu consumo em alguns países. (D) constatação, cada vez mais evidente, de que o nível dos mares continua subindo, em virtude das alterações climáticas em todo o globo. (E) previsão de medidas a serem tomadas, em todo o planeta, para finalmente deter o ritmo em que se amplia o aquecimento global. 2. ... se podemos nos dar ao luxo de fazer algo sobre o aquecimento global, mas sim se podemos nos dar ao luxo de não fazer nada. (1º parágrafo) É correto inferir da afirmativa acima que ela a) explicita, por ideias opostas entre si, o desacordo existente entre cientistas e as pessoas comuns, quanto às terríveis consequências do aquecimento global. b) indica, de maneira irônica, a irresponsabilidade de alguns estudiosos que propõem o abandono de medidas destinadas a reduzir o efeito estufa. c) esclarece, por meio de um trocadilho, o impasse criado no mundo todo pelos altos custos de estudos anteriores, de poucos resultados. d) conclui, de forma pessimista, por uma posição comodista a respeito da inutilidade da ação humana quanto aos efeitos do aquecimento global. e) contém, num jogo de palavras, uma crítica à ausência de providências objetivas e eficazes para controlar o efeito estufa.

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3. Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, entre as frases: a) ... e sobre medidas que poderiam reduzir as emissões de gases do efeito estufa, na esperança de evitar algumas de suas piores consequências. b) Esse relatório propõe uma agenda que custaria apenas o equivalente a 1% do consumo mundial, mas evitaria riscos que custariam cinco vezes mais. c) Mas poucos previram a rapidez com que a calota de gelo do Ártico parece derreter. d) ... já que não estamos seguros da extensão do problema, pouco ou nada devemos fazer. e) A incerteza deve, porém, levar-nos a agir hoje mais resolutamente, e não menos. 4. Considere o 4º parágrafo do texto. A frase que constitui um argumento utilizado pelo autor na defesa de sua proposta é: a) Um efeito global pode ser enfrentado com uma mudança tributária globalmente consensual. b) Isso não quer dizer aumento geral de tributação, mas simplesmente a substituição em cada país de algum imposto comum por outro, específico, sobre atividades poluidoras. c) Faz mais sentido tributar coisas más do que coisas boas, como a poupança e o trabalho. d) A boa notícia é que há muitas formas pelas quais melhores incentivos poderiam reduzir as emissões. e) Por exemplo, plantar árvores em volta das casas ou mudar a cor de telhados em clima quente, para que reflitam a luz do sol, podem produzir uma grande economia na energia consumida pelo ar condicionado. 5. – de particular interesse para a Europa – (2º parágrafo) Os travessões isolam, no contexto, a) esclarecimento da importância da afirmativa anterior. b) enumeração de fatos recorrentes. c) repetição enfática de um termo anterior. d) oposição necessária ao exemplo anterior. e) especificação de um termo técnico no contexto.

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172 Intensivo Oficial Escrevente – TJ/RS

Sinonímia / Antonímia / Hiponímia/Hiperonímia/Polis semia:

Denotação / Conotação:

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Intensivo Oficial Escrevente – TJ/RS 173

Variedades de Linguagem:

Gêneros Textuais:

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174 Intensivo Oficial Escrevente – TJ/RS

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LegislaçãoLegislação

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 177

MATÉRIA ADMINISTRATIVA E DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO (COJE)

DAS CATEGORIAS E CLASSES FUNCIONAIS DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA

Art. 99 - Considerada a classificação dos ofícios e o âmbito das respectivas atribuições funcionais, três são as categorias de servidores:

a) servidores judiciais;

b) servidores extrajudiciais;

c) servidores de categoria especial.

Parágrafo único - Gozam de fé pública, sendo denominados serventuários, os titulares de ofícios do Foro judicial e extrajudicial, os Oficiais Ajudantes, os Oficiais de Justiça e, quando em substituição ou se juramentados, os Oficiais Escreventes.

Art. 100 - Na categoria especial ficam reunidos os funcionários cujas atribuições não digam respeito, diretamente, à atividade judicial, bem como os de categoria administrativa da Vara de Menores.

Dos Servidores do Foro Judicial

Art. 101 - Nos ofícios enumerados no art. 91, serão lotados os seguintes servidores:

1º) Escrivão;

2º) Distribuidor;

3º) Contador Judiciário;

4º) Distribuidor-Contador;

5º) Oficial Ajudante;

6º) Oficial Escrevente;

7º) Atendente Judiciário; (Vide Lei n.º 9.074/90)

8º) Oficial de Justiça;

9º) Comissário de Menores; (Vide Lei n.º 10.720/96)

10º) Comissário de Vigilância;

11º) Assistente Social Judiciário.

Art. 102 - As funções gratificadas de Depositário Judicial e de Avaliador Judicial serão exercidas por servidor judicial, designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, sob proposta fundamentada do Juiz de Direito Diretor do Foro.

§ 1º - Na comarca de Porto Alegre, haverá uma função gratificada de Depositário Judicial e uma função gratificada de Avaliador Judicial; nas demais comarcas, haverá uma função gratificada de Depositário-Avaliador Judicial.

§ 2º - Em casos excepcionais, tendo em vista a natureza do bem ou direito a ser avaliado, ou do bem a ser depositado, a função de Avaliador ou de Depositário poderá ser exercida por pessoa nomeada e compromissada pelo Juiz do feito, que lhe arbitrará a remuneração. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

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178 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

DA ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS SERVIDORES DO FORO JUDICIAL

Das Atribuições

Dos Escrivães

Art. 106 - Aos Escrivães incumbe:

1 - chefiar, sob a supervisão e direção do Juiz, o cartório em que estiver lotado;

2 - escrever, observada a forma prescrita, todos os termos dos processos e demais atos praticados no juízo em que servirem;

3 - atender às audiências marcadas pelo Juiz e acompanhá-lo nas diligências;

4 - elaborar diariamente, na Comarca da Capital e naquelas em que houver órgão de publicação dos atos oficiais (Código de Processo Civil, arts. 236 e 237), a nota de expediente, que deve ser publicada, afixando também uma cópia em local público;

5 - zelar pela arrecadação da taxa judiciária, custas e demais exigências fiscais e outros quaisquer valores devidos pelas partes, expedindo as guias para o respectivo depósito, diretamente pela parte ou seu procurador, em estabelecimento autorizado.

6 - preparar, diariamente, o expediente do Juiz;

7 - ter em boa guarda os autos, livros e papéis de seu cartório;

8 - recolher ao Arquivo Público, depois de vistos em correição, os autos, livros e papéis findos;

9 - manter classificados e em ordem cronológica todos os autos, livros e papéis a seu cargo, organizando e conservando atualizados índices e fichários;

10 - entregar, mediante carga, a juiz, Promotor ou Advogado, autos conclusos ou com vista;

11 - remeter à Corregedoria-Geral da Justiça, ao fim de cada bimestre, demonstrativo do movimento forense do seu cartório;

12 - fornecer certidão, independentemente de despacho, do que constar nos autos, livros e papéis do seu cartório, salvo quando a certidão se referir a processo:

a) de interdição, antes de publicada a sentença;

b) de arresto ou seqüestro, antes de realizado;

c) formado em segredo de Justiça (Código de Processo Civil, art. 155);

d) penal, antes da pronúncia ou sentença definitiva;

e) especial, contra menor;

f) administrativo, de caráter reservado;

13 - extrair, autenticar, conferir e consertar traslados;

14 - autenticar reproduções de quaisquer peças ou documentos de processos;

15 - manter e escriturar o livro Protocolo-Geral e os demais livros de uso obrigatório;

16 - certificar, nas petições, o dia e hora de sua apresentação em cartório;

17 - realizar todos os atos que lhes forem atribuídos pelas leis processuais, por este Código, e em resoluções do Conselho da Magistratura e da Corregedoria-Geral da Justiça;

18 - fiscalizar e zelar pela freqüência e observância dos horários, com relação aos demais servidores do cartório.

§ 1º - Nos casos previstos no inc. 12, os Escrivães e os Oficiais não poderão fornecer informações verbais sobre o estado e andamento dos feitos, salvo às partes e a seus procuradores.

§ 2º - As certidões, nos casos enumerados no inc. 12, somente serão fornecidos mediante petição deferida pelo Juiz competente.

§ 3º - Do indeferimento, sempre fundamentado, caberá recurso voluntário para o Conselho da Magistratura.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 179

Art. 107 - Quando não puder realizar intimação fora do cartório, o Escrivão, autorizado pelo Juiz, extrairá mandado para que a diligência seja efetuada por Oficial de Justiça.

Art. 108 - O expediente administrativo do Diretor do Foro, as cartas rogatórias, as precatórias para citação, notificação, intimação e para inquirição das pessoas a quem a lei confere o privilégio de indicar local e hora para serem inquiridas, bem como a expedição de Alvará de folha-corrida, serão atendidos na Comarca de Porto Alegre pelo Escrivão da Vara da Direção do Foro, e, nas do interior do Estado, pelo Escrivão designado.

Dos Distribuidores

Art. 109 - Aos Distribuidores incumbe a distribuição dos feitos, observadas as seguintes normas:

I - cada feito será lançado na ordem rigorosa de sua apresentação, não podendo ser revelado a quem caberá a distribuição;

II- além do registro dos feitos no livro respectivo serão organizados índices alfabéticos, facultando o uso de fichário ou computador;

III- os livros dos Distribuidores obedecerão aos modelos estabelecidos pela Corregedoria-Geral da Justiça.

Art. 110 - No foro centralizado e nos foros regionais da comarca de Porto Alegre, bem como nas comarcas do interior de maior movimento forense, será utilizado na distribuição o serviço de computação de dados.

Art. 111 – Junto a cada uma das Varas Regionais da Tristeza, do Sarandi, do Alto Petrópolis e do Partenon haverá um cargo de Distribuidor-Contador (art. 96). (Redação dada pela Lei n.º 7.785/83)

Dos Contadores Judiciários

Art. 112 - Aos Contadores Judiciários incumbe:

I - contar salários, emolumentos e custas judiciais, de acordo com o respectivo Regimento, expedindo guias de recolhimento, ao Tesouro do Estado, quando for o caso;

II - proceder ao cômputo de capitais, seu rendimento e atualização, juros, penas convencionais, multas e honorários de Advogado;

III- proceder aos cálculos de liquidação de impostos e taxas;

IV- proceder a todos os cálculos aritméticos que nos feitos se tornem necessários;

V - lançar esboços de partilha;

VI- remeter, mensalmente, às entidades de classe, contempladas em lei, as quantias recolhidas, bem como o mapa demonstrativo, conferido pelos Escrivães respectivos, observadas as determinações da Corregedoria-Geral da Justiça.

Art. 113 - Nenhum processo será encaminhado à segunda instância ou poderá ter a execução iniciada, sem que o Juiz haja visado a respectiva conta de custas.

Dos Oficiais Ajudantes

Art. 114 - Os Oficiais Ajudantes podem, concomitantemente com o Escrivão, Distribuidor ou Contador Judiciário, praticar todos os atos do ofício.

Art. 115 - Compete, ainda, aos Oficiais Ajudantes exercer, em substituição, as funções do titular do cartório, em suas faltas e impedimentos ou, no caso de vaga, até o seu provimento.

Dos Oficiais Escreventes

Art. 116 - Aos Oficiais Escreventes incumbe:

I - auxiliar o Juiz, inclusive realizando pesquisas de jurisprudência e doutrina;

II - substituir o Escrivão, quando designado, desde que não haja Oficial Ajudante ou este esteja impedido;

III- atuar nas audiências, datilografando os respectivos termos;

IV- datilografar sentenças, decisões e despachos;

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180 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

V- exercer outras atribuições compatíveis que lhes forem cometidas pelo Juiz ou pelo titular da serventia.

§ 1º - Na Comarca da Capital e nas de entrância intermediária, a função do item I será exercida Oficial Escrevente da vara, mediante indicação do respectivo Juiz titular.

§ 2º - O Oficial Escrevente poderá ser designado para exercer a função de Oficial Ajudante, desde que este cargo, criado em Lei, esteja vago ou seu titular licenciado por prazo superior a trinta dias, vedada mais de uma designação para cada ofício judicial. A designação prevista neste parágrafo não pode ser cumulada com a referida no parágrafo anterior.

Dos Atendentes Judiciais

Do Atendente Judiciário

Art. 117 – Aos Atendentes Judiciários incumbe:

I - executar os serviços de expediente e de atendimento e exercer as funções de protocolista, arquivista, datilógrafo e estafeta;

II - exercer outras atribuições que lhes forem atribuídas pelo Juiz ou Chefe do Cartório.

Dos Oficiais de Justiça

Art. 118 - Aos Oficiais de Justiça incumbe:

I - realizar, pessoalmente, as citações e demais diligências ordenadas pelos Juízes;

II - lavrar certidões e autos das diligências que efetuarem, bem como afixar e desafixar editais;

III- cumprir as determinações dos Juízes;

IV- apregoar os bens que devam ser arrematados, assinando os respectivos autos;

V- cumprir as demais atribuições previstas em lei ou regulamento.

§ 1º - Quando, em virtude de execução por título judicial ou extrajudicial, o devedor, citado para pagamento, o atender, o Oficial de Justiça que efetuar o recebimento deverá, de imediato, recolher as importâncias recebidas ao cartório em que tramita o feito, portando, por fé,o respectivo ato.

§ 2º - A infração ao disposto no parágrafo anterior sujeita o servidor à pena de multa, ou de suspensão em caso de reincidência.

Art. 119 - Em suas faltas e impedimentos, os Oficiais de Justiça serão substituídos, segundo escala ou designação do Diretor do Foro e, não sendo isso possível, por quem o Juiz do feito nomear “ad hoc”.

Dos Comissários de Menores

Art. 120 - Aos Comissários de Menores incumbe proceder a todas as diligências previstas na legislação especial de menores e executar as determinações do respectivo Juiz.

Dos Comissários de Vigilância

Art. 121 - Aos Comissários de Vigilância incumbe:

I - proceder pessoalmente a todas as investigações relativas aos sentenciados colocados em trabalho externo, tanto em serviços ou obras públicas da Administração direta ou indireta como em entidades privadas, informando ao Juiz das Execuções Criminais e Corregedoria de Presídios sobre o cumprimento das obrigações a eles impostas;

II- fiscalizar pessoalmente o cumprimento das condições impostas aos liberados condicionais e aos beneficiados por suspensão condicional da pena;

III- fiscalizar pessoalmente o cumprimento, pelo sentenciado, das penas restritivas de direitos enumeradas no artigo 43 do Código Penal ou em outras leis penais, informando ao Juiz das Execuções Criminais e Corregedoria de Presídios;

IV- atender a outros encargos que lhes forem cometidos por lei ou regulamento e cumprir as determinações e mandados do Juiz das Execuções Criminais.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 181

Dos Depositários

Art. 122 - Aos servidores ou pessoas designadas ou nomeadas depositários (art. 102) incumbe a guarda, conservação e administração dos bens que lhes forem confiados, observando o que a respeito dispuser a legislação processual, regulamentos e provimentos.

Dos Assistentes Sociais Judiciários

Art. 123 - Aos Assistentes Sociais Judiciários incumbe pesquisar, estudar e diagnosticar os problemas sociais nos feitos que, a critério do Juiz, o exijam.

Dos Avaliadores

Art. 124 - Aos Avaliadores (art. 102) incumbem as atribuições que lhes são conferidas pelas leis processuais.

DOS IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES

Art. 150 - O Magistrado que, por motivo de incompatibilidade, ficar impedido de exercer as suas funções poderá ser posto à disposição da Corregedoria-Geral da Justiça, até ser aproveitado, consoante o disposto no Estatuto da Magistratura.

Art. 157 - O servidor da Justiça vitalício ou estável que, por motivo de incompatibilidade, for privado do exercício de suas funções terá sua situação regulada no Estatuto dos Servidores da Justiça.

DAS AUDIÊNCIAS

Art. 170 - As sessões, as audiências e o expediente do Tribunal de Justiça regular-se-ão pelo Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 171 - As audiências e sessões dos Juízes de primeira instância serão públicas, salvo nos casos previstos em lei ou quando o interesse da Justiça determinar o contrário.

Art. 172 - As audiências e sessões realizar-se-ão nos edifícios ou locais para este fim destinados, salvo deliberação em contrário, do Juiz competente, por motivo justificado, além dos casos previstos em lei.

Art. 173 - Nenhum menor de dezoito anos poderá assistir à audiência ou sessão de Juiz ou Tribunal, sem permissão do Magistrado que a presidir.

Art. 174 - As audiências dos Juízes realizar-se-ão em todos os dias de expediente, sempre que o exigir o serviço, sem outra interrupção que a resultante das férias forenses.

Parágrafo único - Os atos ocorridos nas audiências, inclusive as sentenças prolatadas, poderão ser registrados em aparelhos de gravação ou mediante taquigrafia ou estenotipia, para posterior transcrição, precedendo autorização do Corregedor-Geral da Justiça.

Art. 175 - As correições e inspeções não interrompem as audiências, devendo os Escrivães, se necessário, praticar os atos ou termos em livro especial formalizado, para lançamento posterior nos livros competentes.

Art. 176 - O início e o fim das audiências, bem como o pregão das partes, serão anunciados em voz alta pelo Oficial de Justiça ou por quem o Juiz determinar.

Art. 177 - No recinto dos Tribunais e nas salas de audiências, haverá lugares especiais destinados a servidores, partes, advogados e mais pessoas cujo comparecimento seja obrigatório.

Art. 178 - Durante as audiências, o Agente do Ministério Público sentará à direita do Juiz, o mesmo fazendo o patrono do autor e este; à esquerda, tomarão assento o Escrivão, o patrono do réu e este, ficando a testemunha à frente do Juiz.

Parágrafo único - Na mesa, o lugar do Juiz será destacado dos demais.

Art. 179 - Durante a audiência ou sessão, os Oficiais de Justiça devem conservar-se de pé, à disposição do Juiz, para executar suas ordens.

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182 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 180 - Salvo o caso de inquirição de testemunhas ou permissão do Juiz, os servidores, as partes, ou quaisquer outras pessoas, excetuados o Agente do Ministério Público e os Advogados, manter-se-ão de pé enquanto falarem ou procederem alguma leitura.

Art. 181 - Nas audiências ou sessões do Tribunal, os Juízes, os espectadores e as pessoas enumeradas no artigo anterior devem apresentar-se convenientemente trajadas.

Art. 182 - As pessoas presentes às audiências e sessões deverão conservar-se descobertas e em silêncio, evitando qualquer procedimento que possa perturbar a serenidade e faltar ao respeito necessário à administração da justiça.

§ 1º - Os Juízes poderão aplicar aos infratores as seguintes penas:

a) advertência e chamamento nominal à ordem;

b) expulsão do auditório ou recinto do Tribunal.

§ 2º - Se a infração for agravada por desobediência, desacato ou outro fato delituoso, ordenará o Juiz a prisão e a autuação do infrator, a fim de ser processado.

Art. 183 - Sem consentimento do Juiz ou do Escrivão, ninguém poderá penetrar no recinto privativo do pessoal do Tribunal ou do Juízo.

Art. 184 - Compete aos Juízes a polícia das audiências ou sessões e, no exercício dessa atribuição, tomar todas as medidas necessárias à manutenção da ordem e segurança no serviço da Justiça, inclusive requisitar força armada.

Anotações:

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 183

CONSOLIDAÇÃO NORMATIVA JUDICIAL

DOS IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES

Art. 115 – Nenhum servidor da Justiça poderá funcionar juntamente com o cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 3º grau:

I – no mesmo feito ou ato judicial;

II – na mesma Comarca ou distrito, quando entre as funções dos respectivos cargos existir dependência hierárquica.

§ 1º – Igual impedimento verificar-se-á quando o procurador de alguma das partes ou o agente do Ministério Público estiver, para com o Escrivão do feito, na mesma relação de parentesco por consangüinidade ou afinidade.

§ 2º – As incompatibilidades previstas neste artigo não se observam entre os servidores da Justiça e seus auxiliares.

Art. 116 – Verificada a coexistência de servidores da Justiça na situação prevista neste capítulo, terá preferência em relação aos demais:

I – o vitalício;

II – se ambos vitalícios, o que tiver mais tempo de serviço na Comarca ou distrito;

III – se igual o tempo, o mais antigo no serviço público.

Parágrafo único – A preferência estabelecida nos incs. II e III não aproveitará aquele que tiver dado causa à incompatibilidade.

DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

Art. 244 – Aos Oficiais de Justiça incumbe:

I – realizar, pessoalmente, as citações e demais diligências ordenadas pelos Juízes;

II – lavrar certidões e autos das diligências que efetuarem, bem como afixar e desafixar editais;

III – cumprir as determinações dos Juízes;

IV– apregoar os bens que devam ser arrematados, assinando os respectivos autos;

V– exercer, quando designado, as funções de Oficial de Justiça da Infância e da Juventude ou Comissário de Vigilância, nos termos da Resolução nº 02/85-CM e Lei Estadual nº 13.146, de 08 de abril de 2009.

VI – cotar os valores dos atos praticados e as despesas de condução;

VII – Receber, diariamente, os mandados que lhes forem destinados. Nas comarcas sem central de mandados o oficial de justiça deverá fazer o registro do recebimento dos mandados no sistema de informática, na funcionalidade própria, nas comarcas com central de mandados o recebimento será realizado mediante assinatura da listagem emitida pela central.

VIII – Exercer outras atribuições determinadas pelo juiz.

§ 1º – O oficial de justiça poderá deixar, no endereço designado no mandado, aviso de que ali esteve, contendo o mesmo solicitação de comparecimento e indicação do foro onde poderá ser encontrado (modelo em anexo - PJ-701), em envelope devidamente fechado.

§ 2º – Quando se tratar de citação com hora certa, o oficial de justiça poderá deixar comunicado de retorno no dia imediato, na hora que designar, a fim de efetuar a citação na forma do modelo anexo, também disponibilizado na intranet do Tribunal de Justiça.

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184 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

FRENTE

VERSO

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 185

CITAÇÃO COM HORA CERTA

DESTINATÁRIO:

Ilmo(a) Sr(a):

Comunico-lhe que, amanhã, às HORAS, retornarei a sua residência para a citação com hora certa.

Citação em processo cível Citação em processo criminal

Caso V. Sª não estiver presente, a citação ocorrerá nos termos que dispõe os arts. 227 a 229 do Código de Processo Civil.

O presente aviso foi recebido pelo(a) Sr(a)

Vizinho Parente Empregado Síndico

Outros

, de de .

_________________________________

Oficial de Justiça

FONE:

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Art. 362 - Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Art. 227 - Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar. Art. 228 - No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência. § 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca. § 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo

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186 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 245 – Fica vedado aos magistrados determinarem aos Oficiais de Justiça que efetuem o transporte de presos, doentes ou adolescentes infratores em ônibus ou em seus veículos particulares.

Art. 246 - Em suas faltas e impedimentos, os Oficiais de Justiça serão substituídos segundo escala ou designações do Diretor do Foro, por outros Oficiais de Justiça. Não sendo possível a substituição de Oficial de Justiça por outro, o juiz do feito nomeará, preferencialmente, Oficial de Justiça da Infância e da Juventude, ou, na falta deste, outro servidor ad hoc para cumprimento de determinado ato, neste caso mediante compromisso específico.

§ 1º - É vedada a nomeação de Oficial de Justiça ad hoc mediante portaria.

§ 2º - Os Oficiais de Justiça também poderão substituir as funções de Oficial de Justiça da Infância e da Juventude e de Comissário de Vigilância quando designados.

Art. 246-A. REVOGADO.

Art. 246 -B - O Oficial de Justiça, para entrar em gozo de férias ou licença, deverá ter cumprido todos os mandados cujos prazos tenham expirado, além daqueles com audiência designada para os dez dias posteriores ao início das férias ou licença.

§ 1º - Ao iniciar o gozo, deverá o Oficial de Justiça elaborar relação de mandados e, mediante recibo nesta, repassá-los à Central de Mandados ou diretamente ao substituto, conforme a realidade de cada comarca. O Oficial de Justiça substituto, ao retorno do titular, devolverá os mandados remanescentes, também sob recibo, permanecendo para cumprimento com aqueles que lhe foram carregados durante o período de substituição.

§ 2º - Deverão ser carregados ao Oficial de Justiça substituto e por ele cumpridos igualmente todos os mandados com audiência marcada até os dez primeiros dias seguintes ao retorno do titular.

Art. 246-C - Na hipótese de deferimento de remoção de Oficial de Justiça, a definição da data inicial do trânsito fica condicionada à apresentação de relatório de mandados em carga.

§1º - O Oficial de Justiça aprovado em concurso de remoção, para entrar em gozo de período de

trânsito, deverá ter cumprido todos os mandados com prazo excedido, além daqueles com audiência designada para os dez dias posteriores à data da respectiva publicação do boletim de remoção. Considera-se mandados com prazo excedido aqueles recebidos há mais de trinta dias.

§2º - O relatório será submetido à apreciação da Direção do Foro que avaliará o critério de vinculação de mandados e, sendo o caso, solicitará à Corregedoria-Geral da Justiça, condicionar o início do trânsito do Oficial de Justiça ao efetivo cumprimento do resíduo de mandado em carga com excesso de prazo.

§3º - O eventual resíduo de mandados deixados por Oficial de Justiça, será apreciado pela Corregedoria-Geral da Justiça considerando, principalmente, a urgência do provimento do cargo na comarca pretendida.

Art. 247 – REVOGADO

DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE

Art. 248 – Aos Oficiais de Justiça da Infância e Juventude incumbe proceder, por ordem judicial, a todas as diligências previstas em legislação especial da Infância e Juventude, e, também, executar as determinações legais do respectivo Juiz, tais como, exemplificativamente:

I – proceder a todas as investigações relativas à criança e ao adolescente, seus pais, tutores ou encarregados de sua guarda;

II– recolher ou conduzir, quando ordenado pelo Juízo, as crianças e adolescentes abandonados ou autores de atos infracionais, levando-os à presença do mesmo;

III– vigiar as crianças e adolescentes que lhes forem indicados;

IV– fiscalizar as condições de trabalho dos adolescentes e investigar denúncias de maus-tratos infligidos aos mesmos;

V– fiscalizar as condições de locais clandestinos por estes adolescentes freqüentados ou em que estejam homiziados;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 187

VI – cumprir, privativa e exclusivamente, os mandados oriundos dos feitos afetos ao Juizado da Infância e da Juventude, bem como quaisquer diligências, fazer pregões e exercer outras atribuições que, não definidas em lei, sejam especificadas em provimento da Corregedoria-Geral da Justiça.

Parágrafo único - Os Oficiais de Justiça da Infância e Juventude, em seus eventuais impedimentos por motivo de férias, licenças e causas diversas, serão substituídos por outros Oficiais de Justiça da Infância e da Juventude. Na ausência de outro Oficial de Justiça da Infância e da Juventude, a substituição recairá no Oficial de Justiça.

DA CENTRAL DE MANDADOS

Art. 288 – A Central de Mandados é um sistema racionalizador da atividade dos Oficiais de Justiça e destina-se ao recebimento, distribuição, controle e devolução dos mandados judiciais.

Parágrafo único – A criação da Central de Mandados somente ocorrerá nas Comarcas de grande porte servidas por sistema informatizado, mediante solicitação do Diretor do Foro, dirigida ao Conselho da Magistratura, ouvida a Corregedoria sobre a conveniência e efetiva necessidade.

Art. 289 – Tratando-se de órgão auxiliar da Direção do Foro, compete à Central zelar pelo efetivo cumprimento dos mandados, mantendo estatísticas e relatórios de produção, no mínimo, mensais.

§ 1º – Para efeitos da distribuição dos mandados, os Oficiais de Justiça ficarão lotados junto à Central e serão designados por zona territorial, segundo escala determinada pela Direção do Foro.

§ 2º – A Direção do Foro poderá manifestar-se sobre a designação de Oficiais de Justiça para atuarem exclusivamente em determinadas Varas ou sobre a exclusão de Varas do sistema centralizado.

§ 3º – A Central de Mandados receberá em carga os mandados encaminhados pelos Cartórios e os distribuirá entre os Oficiais de Justiça através do sistema de computação de dados, mediante registros individuais (carga), observados os critérios de zoneamento.

§ 4º – A Central de Mandados fornecerá aos Oficiais de Justiça, no mínimo mensalmente, relatórios dos mandados não cumpridos no prazo, bem como afixará os relatórios mensais por período razoável.

§ 5º – Recebidos os mandados devolvidos pelos Oficiais de Justiça, a Central deverá proceder à entrega dos mesmos aos Cartórios de origem sob protocolo.

Art. 290 – Reputando necessário, o Juiz de Direito Diretor do Foro indicará servidor para exercer a chefia da Central de Mandados, a ser designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça.

Parágrafo único – Ao Chefe da Central incumbirão todas as atribuições previstas no art. 289, competindo-lhe ainda:

I – fiscalizar o comparecimento obrigatório dos Oficiais de Justiça e demais funcionários que atuem no órgão, comunicando à Direção do Foro os casos de faltas e atrasos;

II– proceder a verificação e a periódica cobrança dos mandados não cumpridos tempestivamente, efetuando intimações para a sua devolução no prazo estipulado pela Direção do Foro ou determinado especificamente pelo juízo de origem;

III– sugerir à Direção do Foro a escala de plantão dos Oficiais de Justiça, e atender pessoalmente aos casos urgentes no impedimento eventual do plantonista;

IV– cumprir outras atribuições conferidas pela Direção do Foro.

Art. 291 – À Direção do Foro caberá, através de provimento, baixar normas complementares, em especial no que se refere ao prazo regular de cumprimento dos mandados, substituições em razão de férias e afastamentos, definição e delimitação de zonas no território da Comarca com a respectiva lotação dos Oficiais de Justiça, escala e exercício do plantão, além de outras especificações que visem à execução do disposto nesta seção.

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188 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

DO REGISTRO DE MANDADOS

Art. 337 – O registro dos mandados entregues aos oficiais de justiça será realizado no sistema de informática.

Art. 338 – O escrivão deve efetivar o controle do cumprimento dos mandados e das precatórias em carga com os Oficiais de Justiça mediante consulta do relatório de mandados não devolvidos disponível no sistema de informática.

§ 1º - O controle do atraso no cumprimento dos mandados deverá ser feito mensalmente da seguinte maneira:

A) Se emita, em duas (02) vias, o relatório de mandados não devolvidos;

B) Se registre a relação no tombo de feitos administrativos, de forma individual por Oficial de Justiça, sob o título de cobrança de mandados, e como tal se autue o expediente;

C) Se entregue, em seguida, ao respectivo Oficial de Justiça, uma via da relação, mediante recibo e intimação para cumprimento e devolução dos mandados em atraso;

D) Em não havendo devolução da totalidade dos mandados no prazo de cinco (05) dias, se certifique a respeito e se façam os autos conclusos, quando o magistrado determinará e adotará as providências cabíveis, inclusive de caráter administrativo, se for o caso.

§ 2º – Nas comarcas onde houver central de mandados, o chefe da central promoverá a cobrança dos mandados não cumpridos tempestivamente, efetuando intimação para a sua devolução no prazo estipulado pela direção do foro ou determinado especificamente pelo juízo de origem.

DO EXPEDIENTE

Art. 371 – O expediente forense, em todas as Comarcas do Estado, salvo quanto aos Juizados Especiais, que obedecerão também a horário noturno, é o seguinte:

I – foro judicial:

– manhã: das 08h30min às 11h30min;

– tarde: das 13h30min às 18h30min;

II – serviços notariais e de registros:

– manhã: das 08h30min às 11h30min;

– tarde: das 13h30min às 18h.

§ 1º – O Juiz pode determinar a prorrogação do expediente de qualquer Cartório ou Ofício, quando a necessidade do serviço assim o exigir. A determinação de horário exclusivo para serviços internos dependerá de autorização do Conselho da Magistratura.

§ 2º – Excepcionalmente, por motivo de ordem pública, o Juiz poderá determinar o fechamento extraordinário do Foro, justificando a necessidade perante a Corregedoria-Geral da Justiça e assegurando restituição dos prazos aos interessados atingidos.

§ 3º – A partir do fornecimento pela Diretoria de Recursos Humanos, será obrigatório o uso de crachá pelos servidores e estagiários.

§ 4º – Será afixado em cada Cartório, Distribuição e Contadoria um quadro contendo os nomes, funções e horários dos servidores e estagiários ali lotados.

§ 5º – Para os Serviços Notariais e de Registros, o Juiz de Direito Diretor do Foro poderá regulamentar, através de portaria, com prévia e ampla divulgação, o horário de funcionamento, diferentemente do previsto no caput, atendidas as peculiaridades da Comarca e respeitado o horário mínimo entre todos os serviços, entre 10 e 17 horas, ficando à opção do titular a adoção de horário ininterrupto, preservados os limites fixados em lei e provimento administrativo, bem como o regime de plantão do Registro Civil das Pessoas Naturais.

Art. 372 – Não haverá expediente forense aos sábados, domingos e feriados, exceto para a prática de atos indispensáveis à ressalva de direitos, dependentes de autorização judicial.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 189

Art. 373 – São considerados feriados para os serviços judiciários de 1º grau os civis declarados em lei federal (1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 07 de setembro, 12 de outubro, 15 de novembro e 25 de dezembro), os religiosos declarados em lei municipal, em número não superior a quatro, e os forenses declarados na Lei nº 1.408 (terça-feira de carnaval, sexta-feira da paixão e 08 de dezembro), e os declarados em Ato do Tribunal de Justiça.

§ 1º – Os Juízes Diretores dos Foros do interior comunicarão à Corregedoria-Geral da Justiça os feriados religiosos declarados por lei do Município da sede da Comarca.

§ 2º – Os pontos facultativos decretados pela União, Estado ou Município não prejudicarão quaisquer atos da vida forense.

Art. 374 – Os Juízes são obrigados a cumprir expediente diário no Foro, pelo menos durante um dos turnos, designando horário para atendimento das partes.

Parágrafo único – Ao assumir o exercício de suas funções em Comarca ou Vara, o Juiz anunciará, por edital, a hora de seu expediente, procedendo da mesma forma, com antecedência de 30 (trinta) dias, sempre que entender alterá-la, comunicando, em ambos os casos, ao Corregedor-Geral da Justiça.

Art. 375 – No decurso do expediente do Foro, não podem os servidores da Justiça, salvo para cumprir diligências, afastar-se dos respectivos Cartórios ou Ofícios, que devem permanecer abertos durante os horários que lhes são prescritos, sujeitando-se os infratores a responsabilidade disciplinar.

Art. 376 – Em se tratando de casos de urgência, Juízes e servidores são obrigados a atender as partes a qualquer hora, ainda que não no prédio do Foro.

DAS AUDIÊNCIAS

Art. 380 – As audiências e sessões serão públicas, salvo nos casos previstos em lei ou quando o interesse da Justiça determinar o contrário.

Art. 381 – Nenhum adolescente ou criança de 18 (dezoito) anos poderá assistir audiências ou sessões sem permissão do Juiz que a presidir.

Art. 388 – O início e o fim das audiências bem como o pregão das partes serão anunciados em voz alta pelo Oficial de Justiça ou por quem o Juiz determinar.

Parágrafo único – Os Oficiais de Justiça manterão vigilância durante as audiências, para evitar contato das partes com as testemunhas que aguardam inquirição, bem como para que as já inquiridas da mesma forma não procedam.

DAS ROTINAS E PROCEDIMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO E CONTADORIA

DA DISTRIBUIÇÃO EM GERAL

Art. 397 – Todos os processos estão sujeitos à distribuição para a igualdade do serviço forense entre os Juízes e entre os servidores, bem como para o registro cronológico e sistemático de todos os feitos ingressados no Foro.

Parágrafo único – Nas Comarcas onde há um só Juiz e um só Escrivão, havendo mais de um Oficial de Justiça, a distribuição será efetuada somente em relação a este.

Art. 400 – A distribuição será obrigatória, alternada e rigorosamente igual, entre Juízes, Agentes do Ministério Público, servidores de ofícios da mesma natureza, Oficiais de Justiça e, quando for o caso, entre avaliadores, ressalvadas as hipóteses do art. 39 do COJE.

Art. 402 – A distribuição por dependência, nos termos da lei processual, determinará a compensação dentro da classe atribuída ao feito.

§ 1º – O Distribuidor, no caso de dúvida, submeterá o pedido à apreciação judicial.

§ 2º – A distribuição por dependência deverá ser registrada na etiqueta fornecida pelo computador ou registrada na capa do processo.

Art. 404 – Não será objeto de compensação a redistribuição ocorrida dentro da mesma Vara.

Art. 405 – Em casos de urgência, a distribuição poderá ser feita a qualquer hora, independentemente de expedição de guias, operando-se oportunamente a compensação.

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190 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

DAS DESPESAS DE CONDUÇÃO DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

Art. 499 – REVOGADO.

Art. 500 – As despesas de condução dos Oficiais de Justiça são fixadas em 75% (setenta e cinco por cento) sobre os índices oficiais das tarifas dos táxis da Comarca ou Município, independentemente do número de deslocamentos necessários para o cumprimento de cada ato judicial.

Art. 501 – Para efeito de cálculo da despesa de condução em cada Comarca, tomar-se-á por base o produto obtido entre a distância média de determinada localidade e o valor equivalente a 75% da unidade de táxi da municipalidade local.

§ 1º – O cálculo de cada uma das distâncias médias entre a sede do juízo e o lugar das diligências é o resultado da soma das quilometragens mínima e máxima – apenas de ida – entre o município, distrito, bairro ou zona e a sede do juízo, dividido por dois.

§ 2º – A conversão em URCs se dará pelo quociente entre os valores apurados no parágrafo anterior pelo valor unitário da URC.

§ 3º – Não são devidas despesas de condução para cumprimento de mandados, ainda que adotado o sistema de Central de Mandados, num raio de 1 km (um quilômetro) da sede do juízo.

a) é considerado sede do juízo o endereço do foro da comarca.

b) em caso de mudança de endereço do foro, deve haver a competente atualização no sistema Themis.

§ 4º – Nas Comarcas de pequena extensão territorial, tendo em vista os critérios estabelecidos nos parágrafos anteriores, o Juiz Diretor do Foro poderá fixar um único valor a título de antecipação da despesa de condução do Oficial de Justiça.

§ 5º – Nas Comarcas de grande extensão territorial, o Juiz poderá fixar três valores como parâmetros para fins de antecipação da despesa de condução do Oficial de Justiça: o 1º em relação à zona urbana; o 2º em relação à zona de expansão urbana ou periferia da cidade; e o 3º em relação à zona rural do Município.

§ 6º – No caso a que alude o § 5º, o Juiz adotará a cautela de relacionar quais os distritos, bairros ou vilas que integram cada zona.

§ 7º – O Juiz de Direito Diretor do Foro expedirá portaria, que será submetida à Corregedoria-Geral da Justiça, fixando, em URCs, tais valores.

§ 8º – A portaria, após aprovada pela Corregedoria-Geral da Justiça, será publicada, no local de costume, no prédio do Foro de cada Comarca.

§ 9º – Periodicamente, sempre que houver distorção flagrante entre a variação da unidade de táxi da localidade em relação à URC, o Juiz Diretor do Foro revisará a tabela, comunicando a providência à Corregedoria-Geral da Justiça.

Art. 502 – O cartório só expedirá mandados cíveis à vista da guia de recolhimento aludida no caput do artigo 490 desta Consolidação, ressalvadas as causas em que for parte interessada o Estado do Rio Grande do Sul e suas autarquias, bem como aquelas em que as isenções ou a dispensa de preparo prévio decorram de lei (Regimento de Custas , assistência judiciária, Juizados Especiais Cíveis, Ministério Público), fazendo consignar a anotação respectiva no mandado entregue ao Oficial de Justiça.

§ 1º - A Fazenda Pública Federal e a Municipal, bem como suas respectivas autarquias, e as entidades paraestatais em geral, bem como as entidades representativas de classe, não estão dispensadas do preparo prévio das despesas de condução devidas aos Oficiais de Justiça, salvo nas hipóteses de convênio elaborado com o Tribunal de Justiça, em que o município cede veículos com o motorista para a prática dos atos processuais.

§ 2º - O repasse do valor antecipado a título de despesas de condução será efetuado de forma automatizada pelo Poder Judiciário por ocasião da devolução do mandado devidamente cumprido (cumprido positivo, cumprido negativo ou parcialmente cumprido).

§ 3º - A transferência referida no parágrafo anterior será efetuada para conta corrente de titularidade do Oficial de Justiça que cumpriu o mandado previamente cadastrado no sistema de informática observando-se o disposto no Ofício-Ofício-Circular 03/2011-DG.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 191

§ 4º - Os pedidos de devolução de despesas de condução não utilizadas serão atendidos pelo Departamento de Receita e Despesa, nos termos do que estabelece o Ato 26/2010-P.

Arts. 503 e 504 . REVOGADOS.

Art. 505 – Compete às partes fornecerem os meios necessários para cumprimento de arrestos, despejos e outras medidas previstas em lei, vedada a contratação ou intermediação de transporte pelos Oficiais de Justiça.

Parágrafo único – Os Oficiais de Justiça deverão marcar dia e hora em que estarão no local do cumprimento das diligências, comunicando ao Juiz do feito, para permitir intimação da parte no sentido de fornecer os meios necessários para tanto.

Art. 506 – A portaria referida no art. 501, § 4º, deverá ser expedida no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação deste provimento, e submetida à aprovação da Corregedoria-Geral da Justiça, indicando os valores encontrados e circunstanciando as peculiaridades consideradas para o cálculo em cada Comarca.

Parágrafo único – Para a elaboração da Tabela de Conversão, o Juiz de Direito Diretor do Foro considerará as peculiaridades de cada Comarca e os valores reais alcançados, a fim de que os preços cobrados correspondam à média das despesas efetivamente necessárias.

DOS CARTÓRIOS CÍVEIS

DAS CITAÇÕES CÍVEIS

Art. 582 – Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

Art. 583 – A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais e mediante autorização expressa do Juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido na lei processual civil, observado o disposto no art. 5º, XI, da Constituição Federal (art. 172, § 2º, do CPC, redação da Lei nº 8.952/94).

Art. 584 – Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador,

feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.

Art. 585 – O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber a citação será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.

Art. 586 – A citação pelo correio obedecerá ao disposto nesta Consolidação.

Art. 587 – A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu.

Parágrafo único – O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado.

Art. 588 – Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

I – a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;

II– ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em 2º grau, no dia do falecimento e nos 07 (sete) dias seguintes;

III– aos noivos, nos 03 (três) primeiros dias de bodas;

IV – aos doentes, enquanto grave o seu estado.

Art. 589 – Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está impossibilitado de recebê-la.

§ 1º – O Oficial de Justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência.

§ 2º – Nomeado curador, a citação será feita na sua pessoa.

Art. 590 – O mandado que o Oficial de Justiça tiver de cumprir deverá conter:

I– os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências;

II– o fim da citação, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, do CPC, se o litígio versar sobre direitos disponíveis;

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192 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

III – a cominação, se houver;

IV – o dia, hora e lugar de comparecimento;

V – a cópia do despacho;

VI– o prazo para defesa;

VII– a assinatura do Escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do Juiz.

Parágrafo único – O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em Cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado.

Art. 591 – Incumbe ao Oficial de Justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo:

I– lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;

II– portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;

III – obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado.

Art. 592 – Quando, por três vezes o Oficial de Justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família ou, em sua falta, a qualquer vizinho, dando-lhes ciência de que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação na hora que designar.

Art. 593 – No dia e hora designados, o Oficial de Justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.

§ 1º – Se o citando não estiver presente, o Oficial de Justiça procurará informar-se sobre as razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o réu se tenha ocultado em outra Comarca.

§ 2º – Da certidão da ocorrência, o Oficial de Justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando- -lhe o nome.

Art. 594 – Feita a citação com hora certa, o Escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência.

Art. 595 – Os endereços das partes a serem citadas ou intimadas deverão constar da forma mais completa possível, bem como, quando for o caso, a indicação dos bens a serem penhorados.

DAS INTIMAÇÕES CÍVEIS

Art. 596 – Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais e aos advogados pelo correio, ou, se presente em Cartório, diretamente pelo Escrivão ou chefe de secretaria.

§ 1º – A intimação será feita pelo correio na forma dos arts. 598 e seguintes.

§ 2º – Nas Comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o Oficial de Justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.

§ 3º – A comunicação de atos processuais entre Comarcas integradas não autoriza a condução coercitiva de testemunha que eventualmente desatenda ao chamamento judicial.

Art. 597 – O Escrivão ou o Oficial de Justiça portará por fé, nos autos, no mandado ou na petição, que intimou a pessoa, datando e assinando a certidão.

DA COMUNICAÇÃO VIA POSTAL

Art. 599 – A citação será feita por Oficial de Justiça, através de mandado, nos seguintes casos:

I – nas ações de estado;

II – quando for ré pessoa incapaz;

III – quando for ré pessoa de direito público;

IV – nos processos de execução;

V – a citação for anulada, não sendo o caso de devolução apenas do prazo para resposta.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 193

Parágrafo único – As citações, nas ações de alimentos, continuarão a ser feitas via postal, isentas de taxas, na forma do art. 5º, § 2º, da Lei nº 5.478/68.

Art. 600 – Os atos de comunicação serão cumpridos por Oficial de Justiça quando:

I – o Juiz determinar de ofício ou a requerimento da parte interessada;

II– o destinatário não tiver endereço certo ou seu domicílio não seja atendido por serviço postal;

III– a correspondência for devolvida por impossibilidade de entrega ao destinatário;

IV – a testemunha não comparecer ao ato para o qual foi intimada;

V – tratar-se de carta de ordem ou de carta precatória.

DA PENHORA

Art. 601 – O executado será citado para, no prazo de 03 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida (atualizado pelas disposições da Lei nº 11.382/2006).

Arts. 602 e 603 . Revogados. Art. 604 – O Oficial de Justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.

Art. 605 – Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o Oficial de Justiça procurará o devedor 03 (três) vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido.

Parágrafo único – Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias, contados da data em que foi intimado do arresto, requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o art. 601, convertendo-se o arresto em penhora em caso de não-pagamento.

Art. 606 – Se o executado não pagar no prazo de 03 (três) dias, o Oficial de Justiça penhorar-lhe-á tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros, custas e honorários advocatícios e procederá, de imediato, à avaliação, lavrando o respectivo auto e oferecendo, desde logo, estimativa do valor aos bens penhorados. De tais

atos intimará, na mesma oportunidade, o executado (atualizado pelas disposições da Lei nº 11.382/2006).

§ 1º – Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que em repartição pública, caso em que a precederá requisição do Juiz ao respectivo chefe.

§ 2º – Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.

§ 3º – No caso do parágrafo anterior e quando não encontrar quaisquer bens penhoráveis, o Oficial descreverá na certidão os que guarnecem a residência ou o estabelecimento do devedor.

§ 4º - A penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, cabendo ao exeqüente, sem prejuízo da imediata intimação do executado, providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, a respectiva averbação no ofício imobiliário, mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de mandado judicial.

§ 5º - Nos casos em que apresentada certidão da respectiva matrícula, a penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, será realizada por termo nos autos, do que será intimado o executado, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado, e por este ato constituído depositário (parágrafos atualizados e criados pelas disposições da Lei nº 11. 232/05).

Art. 607 – Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos bens, o Oficial de Justiça comunicará o fato ao Juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.

Art. 608 – Deferido o pedido mencionado no item antecedente, 02 (dois) Oficiais de Justiça cumprirão o mandado, arrombando portas, móveis e gavetas, onde presumirem que se achem os bens e lavrando de tudo auto circunstanciado que será assinado por 02 (duas) testemunhas, presentes à diligência.

Art. 609 – Sempre que necessário, o Juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os Oficiais de Justiça na penhora dos bens e na prisão de quem resistir à ordem.

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194 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 610 – Os Oficiais de Justiça lavrarão, em duplicata, o auto de resistência, entregando uma via ao Escrivão do processo para ser juntada aos autos e a outra à autoridade policial, a quem entregarão o preso.

Art. 611 – Do auto de resistência constará o rol de testemunhas com a sua qualificação.

Parágrafo único – Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens lavrando-se um só auto, se as diligências forem concluídas no mesmo dia.

Art. 612 – Havendo mais de uma penhora, lavrar-se-á para cada qual um auto.

§ 1º – Incumbe ao Oficial de Justiça, ao efetuar a penhora, observar, preferencialmente, a ordem do art. 655 do CPC I – dinheiro: (parágrafo renumerado e atualizado pelas disposições da Lei nº 11.382/2006).

§ 2º - Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira, o Juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado na execução (parágrafo acrescentado para atualização de procedimento às disposições normativas previstas na Lei nº 11.382/2006).

Art. 613 – O auto de penhora conterá:

I – a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita;

II – os nomes do credor e do devedor;

III – a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos;

IV – a nomeação do depositário dos bens.

Art. 614 . Revogado.

Art. 615 – Recaindo a penhora em bens imóveis, será também intimado o cônjuge do devedor.

§ 1º – Quando a penhora recair em bens reservados da mulher, daquela será intimado o marido.

§ 2º – Quando a penhora recair em crédito do devedor, o Oficial de Justiça o penhorará. Enquanto não ocorrer a hipótese prevista no item seguinte, considerar-se-á feita a penhora pela intimação:

I – ao terceiro devedor, para que não pague ao seu credor;

II – ao credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do crédito.

Art. 616 – A penhora de crédito representado por letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque ou outros títulos far-se-á pela apreensão do documento, esteja ou não em poder do devedor.

Art. 617 – Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, averbar-se-á no rosto dos autos a penhora que recair nele e na ação que lhe corresponder, a fim de se efetivar nos bens que forem adjudicados ou vierem a caber ao devedor.

§ 1º – A penhora de direito que estiver sendo pleiteado em ação que tramite perante o Poder Judiciário Estadual do Rio Grande do Sul, será requisitada pelo juízo da execução ou do cumprimento da sentença ao escrivão do feito, mediante ofício assinado digitalmente, utilizando-se para o encaminhamento a remessa eletrônica.

§ 2º - Após a constrição ser averbada no rosto dos autos e lançada no sistema de informática, será lavrado pelo escrivão o termo de penhora, assinado digitalmente, contendo informação de que foi feita a averbação prevista no caput. Cópia será remetida ao cartório do juízo requisitante utilizando-se para o encaminhamento a remessa eletrônica.

§ 3º - A imposição de penhora ou qualquer outro ônus sobre os créditos constantes de requisição de pagamento precatório deverá ser comunicada ao Serviço de Processamento de Precatórios do TJRS.

DOS MANDADOS EM PROCESSOS CAUTELARES

Art. 618 – Aplicam-se ao arresto as disposições referentes à penhora, não alteradas pelo CPC em seus arts. 813 a 820.

Art. 619 – O mandado de busca e apreensão deverá conter:

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 195

I – a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência;

II – a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a lhe dar;

III– a assinatura do Juiz, de quem emanar a ordem.

Art. 620 – O mandado será cumprido por dois Oficiais da Justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas.

Art. 621 – Não atendidos, os Oficiais de Justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada.

§ 1º – Os Oficiais de Justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas.

§ 2º – Finda a diligência, lavrarão os Oficiais de Justiça auto circunstanciado, assinando-o com as testemunhas.

DE OUTRAS DILIGÊNCIAS CÍVEIS

Art. 667 – Na execução de mandado de embargo de obra nova, o Oficial de Justiça lavrará auto circunstanciado, descrevendo o estado em que se encontra a obra, e, ato contínuo, intimará o construtor e os operários a que não continuem a obra sob pena de desobediência e citará o proprietário a contestar em 05 (cinco) dias a ação.

Art. 668 – A execução da sentença que decretar o despejo far-se-á por notificação ao réu e, quando presentes, às pessoas que habitem o prédio, para que o desocupem no prazo assinado, sob pena de despejo.

Art. 669 – Findo o prazo, o prédio será despejado por dois Oficiais de Justiça, com o emprego de força, inclusive arrombamento.

Parágrafo único – Os Oficiais de Justiça entregarão os móveis à guarda de depositário judicial, se os não quiser retirar o despejado.

Art. 669-A – Transitada em julgado a sentença de interdição, nos casos de incapacidade civil absoluta, haverá comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral dos seguintes dados:

a) qualificação do interdito, tão completa quanto possível;

b) número do título eleitoral;

c) número do processo de interdição;

d) data da sentença e do trânsito em julgado;

e) a causa da interdição e os limites da curatela

f) identificação da Vara;

g) nome e assinatura da autoridade judicial competente.

Art. 669-B – Transitada em julgado sentença procedente em ação de improbidade administrativa com suspensão de direitos políticos, haverá comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral dos seguintes dados:

a) qualificação do réu tão completa quanto possível;

b) número do título eleitoral;

c) número do processo;

d) data do trânsito em julgado da sentença;

e) prazo de suspensão dos direitos políticos cominado na sentença;

f) identificação da vara;

g) nome e assinatura da autoridade judicial competente.

Art. 669-C – As condenações cíveis por atos de improbidade administrativa transitadas em julgado serão informadas pelo juízo no sítio do Conselho Nacional de Justiça, no sistema do ‘Cadastro Nacional das Condenações Cíveis por ato de improvidade administrativa’, observando-se o disciplinado na resolução 44/2008-CNJ, parcialmente modificada pela resolução 50/2008-CNJ, e as orientações do Ofício-Circular nº 777/2008, desta Corregedoria.

Anotações:

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196 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

DAS CITAÇÕES CRIMINAIS

Art. 708 – A citação far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do Juiz que a houver ordenado.

Art. 709 – O mandado de citação indicará:

I – o nome do Juiz;

II – o nome do querelante, nas ações iniciadas por queixa;

III – o nome do réu ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;

IV – a residência do réu, se for conhecida;

V – o fim para que é feita a citação;

VI – o Juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;

VII – a subscrição do Escrivão e a rubrica do Juiz.

§ 1º – Considerando que o acusado se defende do fato narrado na prefacial, cópia da peça acusatória deverá acompanhar o mandado citatório.

§ 2º – No texto do mandado deverá constar a obrigatoriedade da entrega da peça acusatória ao citando.

§ 3º – Incumbe ao Oficial de Justiça certificar no mandado de citação, após consulta, se o réu irá constituir, ou se deseja a nomeação de Defensor Público para acompanhar sua defesa.

Art. 710 – São requisitos da citação por mandado:

I – Leitura do mandado ao citando pelo Oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão o dia e a hora da citação;

II – Declaração do Oficial, na certidão, da entrega da contrafé e sua aceitação ou recusa.

§ 1º - Incumbe ao Oficial de Justiça certificar no mandado de citação, após consulta, se o réu irá constituir, ou se deseja a nomeação de defensor público para acompanhar sua defesa.

§ 2º - Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o Oficial de Justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.

Art. 711 – A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.

Art. 712 – O dia designado para o funcionário público comparecer em juízo como réu será notificado a ele e ao chefe de sua repartição.

Parágrafo único – As atribuições decorrentes de requisição judicial, em razão de notificação ou intimação de funcionário policial, pertencem, no âmbito da grande Porto Alegre, ao DEPARTAMENTO DE POLÍCIA METROPOLITANA – DIVISÃO DE INVESTIGAÇÕES, por força de competência regimental.

Art. 713 – Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado por precatória.

§ 1º – Fica autorizado o interrogatório do réu por carta precatória, condicionada à conveniência do juiz processante, baseado na busca da verdade real e presunção da amplitude defensiva.

§ 2º – Revogado.

§ 3º – Caso ainda não citado o réu, a precatória para tal fim também poderá ser destinada ao interrogatório, desde que devidamente instruída.

§ 4º – A precatória para interrogatório deverá estar acompanhada de cópia da denúncia e elementos do inquérito policial, inclusive com indicação de quesitos que o juízo deprecante julgar indispensáveis à elucidação dos fatos, propiciando ao réu pleno conhecimento das provas contra si apuradas.

§ 5º – Ao Juiz deprecado cumprirá a intimação do interrogando, no termo de audiência, para apresentação de defesa prévia, esclarecendo-lhe que o prazo para tanto começará a fluir no juízo do processo, a partir do dia da juntada da carta precatória aos autos, independentemente de nova intimação.

Page 197: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 197

DAS INTIMAÇÕES CRIMINAIS

Art. 714 – Nas intimações dos réus, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto na Subseção II deste Capítulo, “Das Citações Criminais” e na Subseção “Da Comunicação dos Atos Processuais Via Postal”.

Parágrafo único – Consideram-se feitas as intimações pela simples publicação dos atos no Órgão Oficial, sendo indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para a sua identificação.

Art. 715 – O Escrivão poderá fazer as intimações, certificando-as nos autos.

Parágrafo único – Os mandados de intimação de partes e testemunhas poderão ser firmados pelo Escrivão, declarando que o faz por ordem judicial, mediante expedição de Ordem de Serviço pelo Juiz da Vara.

DA BUSCA E APREENSÃO

Art. 740 – A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo entrar sem consentimento do morador, salvo:

a) em caso de flagrante delito;

b) desastre;

c) para prestar socorro, nestes casos a qualquer tempo, e,

d) durante o dia (art. 5º, inc. XI, da CF), por determinação judicial fundamentada.

Art. 741 – A apreensão, na hipótese do art. 6º, inc. II, do CPP, continua sendo determinada pela autoridade policial, mas o ingresso em qualquer casa dependerá de mandado judicial (art. 5º, inc. XI, da CF, com o prazo de eficácia.

Art. 742 – Cumpre à autoridade policial requerer ao juízo competente mandado para proceder busca, apreensão, revista e outras hipóteses, inclusive através de arrombamento, no interior da casa.

Art. 743 – Os pedidos serão registrados no sistema THEMIS1G e distribuídos às Varas Criminais.

Parágrafo único - Em se tratando de busca e apreensão de veículo, quando determinada a remessa de mandado a órgão de registro - e desde que se trate de veículo registrado no Estado -, deve ser procedido o encaminhamento ao Departamento de Informática Policial. O mandado deverá conter, no mínimo, o número da placa ou do chassi do veículo. Devem ser comunicadas ao mesmo Departamento as revogações dos mandados.

Anotações:

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198 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

DIREITO CONSTITUCIONAL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III- ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 199

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

Anotações:

Page 200: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

200 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Page 201: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 201

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder

for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

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202 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

§ 4º - O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

IV- salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,

higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 203

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XXIV - aposentadoria;

XXV- assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer

trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

III- ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;

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204 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Anotações:

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 205

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

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206 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º - A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

III- a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º - A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

§ 8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

§ 9º - O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

§ 10 - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 11 - Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

§ 12 - Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

Art. 38 . Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 207

III- investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV- em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

§ 1º - A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

II - os requisitos para a investidura;

III- as peculiaridades dos cargos.

§ 2º - A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.

§ 3º - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

§ 4º - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela

única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

§ 5º - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

§ 6º - Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

§ 7º - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

§ 8º - A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

§ 1º - Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;

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208 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

III- voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

§ 3º - Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

§ 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

I - portadores de deficiência;

II - que exerçam atividades de risco;

III- cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.

§ 7º - Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual:

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.

§ 8º - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.

§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 209

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

§ 15 - O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.

§ 17 - Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 18 - Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

§ 19 - O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.

§ 20 - Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.

§ 21 - A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III- mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

§ 4º - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Art. 42 . Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

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210 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

§ 1º - Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

§ 2º - Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal.

DAS REGIÕES

Art. 43 . Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.

§ 1º - Lei complementar disporá sobre:

I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;

II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.

§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:

I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;

II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;

III- isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;

IV- prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.

§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios

proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

DO PODER JUDICIÁRIO

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A-o Conselho Nacional de Justiça;

II - o Superior Tribunal de Justiça;

III- os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII- os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

§ 1º - O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.

§ 2º - O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas:

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 211

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

III- o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância;

IV- previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;

V- o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;

VI- a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40;

VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;

VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;

VIIIA- a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II;

IX- todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;

X- as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

XI- nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;

XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente;

XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população;

XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório;

XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

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212 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

III- irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

Parágrafo único. Aos juízes é vedado:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

III- dedicar-se à atividade político-partidária.

IV- receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Art. 96. Compete privativamente:

I - aos tribunais:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

III- aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 213

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;

II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

§ 1º - Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.

§ 2º - As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça.

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:

I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;

II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

§ 3º - Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.

§ 4º - Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

§ 5º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

§ 1º - Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.

§ 2º - Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.

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214 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

§ 3º - O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

§ 4º - Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.

§ 5º - É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.

§ 6º - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.

§ 7º - O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

§ 8º - É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo.

§ 9º - No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial.

§ 10 - Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.

§ 11 - É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.

§ 12 - A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.

§ 13 - O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º.

§ 14 - A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.

§ 15 - Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação.

§ 16 - A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.

DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 215

Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;

d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;

h) Revogado.

i) o habeas corpus , quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;

j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;

l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;

n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;

q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público;

II - julgar, em recurso ordinário:

a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

b) o crime político;

III- julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

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216 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

§ 1º - A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

§ 2º - As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

§ 3º - No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:

I - o Presidente da República;

II - a Mesa do Senado Federal;

III- a Mesa da Câmara dos Deputados;

IV- a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;

VI- o Procurador-Geral da República;

VII- o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

VIII- partido político com representação no Congresso Nacional;

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

§ 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de

inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

§ 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

§ 1º - A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.

§ 2º - Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.

§ 3º - Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 217

II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;

III- um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

IV- um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

V- um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

VI- um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

VII- um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

VIII- um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

IX- um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

X- um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;

XI - um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;

XII- dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

XIII- dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

§ 1º - O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 2º - Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

§ 3º - Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal.

§ 4º - Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

III- receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

IV- representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;

V- rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;

VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.

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218 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

§ 5º - O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:

I - receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;

II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;

III- requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.

§ 6º - Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 7º - A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.

DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.

Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

c) os habeas corpus , quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 219

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

II - julgar, em recurso ordinário:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça:

I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS

Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:

I - os Tribunais Regionais Federais;

II - os Juízes Federais.

Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e merecimento, alternadamente.

§ 1º - A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede.

§ 2º - Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

§ 3º - Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:

I - processar e julgar, originariamente:

a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;

c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;

d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;

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220 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;

II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

III- as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

IV- os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

V- os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

V-A - as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX- os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.

§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.

§ 5º - Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.

Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 221

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

III - Juizes do Trabalho.

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

§ 1º - A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.

§ 2º - Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:

I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III- as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV- os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

VI- as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII- as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

§ 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

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§ 3º - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente.

§ 1º - Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

§ 2º - Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

Art. 117 . Revogado.

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;

III- por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 223

§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.

§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

III- versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;

IV- anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

V- denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES

Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:

I - o Superior Tribunal Militar;

II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.

Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.

Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:

I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional;

II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.

Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.

Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

§ 3º - A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.

§ 4º - Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

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224 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

§ 5º - Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.

§ 6º - O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

§ 7º - O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias.

Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.

DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

§ 2º - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4º - Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.

§ 5º - Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

§ 6º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Art. 128. O Ministério Público abrange:

I - o Ministério Público da União, que compreende:

a) o Ministério Público Federal;

b) o Ministério Público do Trabalho;

c) o Ministério Público Militar;

d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

II - os Ministérios Públicos dos Estados.

§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 225

§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:

I - as seguintes garantias:

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;

c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;

II - as seguintes vedações:

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária;

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades

públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

§ 6º - Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

III- promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

IV- promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.

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226 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

§ 2º - As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

§ 3º - O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.

§ 4º - Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93.

§ 5º - A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.

Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:

I - o Procurador-Geral da República, que o preside;

II - quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;

III - três membros do Ministério Público dos Estados;

IV - dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;

V - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

VI - dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

§ 1º - Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei.

§ 2º - Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe:

I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

IV- rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;

V- elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

§ 3º - O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:

I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;

II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 227

III- requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.

§ 4º - O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.

§ 5º - Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.

DA ADVOCACIA PÚBLICA

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.

§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.

Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.

Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.

DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PÚBLICA

Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.)

§ 1º - Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.

§ 2º - Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

§ 3º - Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º.

Anotações:

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228 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - 1989

DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS

Art. 29. São direitos dos servidores públicos civis do Estado, além de outros previstos na Constituição Federal, nesta Constituição e nas leis:

I - vencimento básico ou salário básico nunca inferior ao salário mínimo fixado pela União para os trabalhadores urbanos e rurais;

II - irredutibilidade de vencimentos ou salários;

III- décimo terceiro salário ou vencimento igual à remuneração integral ou no valor dos proventos de aposentadoria;

IV- remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

V- salário-família ou abono familiar para seus dependentes;

VI- duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada conforme o estabelecido em lei;

VII- repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

VIII- remuneração do serviço extraordinário, superior, no mínimo em cinqüenta por cento, à do normal;

IX- gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a remuneração normal, e pagamento antecipado;

X - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e da remuneração, com a duração de cento e vinte dias;

XI- licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XII- redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XIII- adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XIV - proibição de diferenças de remuneração, de exercício de funções e de critério de admissão, por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XV - auxílio-transporte, correspondente à necessidade de deslocamento do servidor em atividade para seu local de trabalho, nos termos da legislação federal.

Parágrafo único. O adicional de remuneração de que trata o inciso XIII deverá ser calculado exclusivamente com base nas características do trabalho e na área e grau de exposição ao risco, na forma da lei.

Art. 30. O regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado, das autarquias e fundações públicas será único e estabelecido em estatuto, através de lei complementar, observados os princípios e as normas da Constituição Federal e desta Constituição.

Art. 31. Lei complementar estabelecerá os critérios objetivos de classificação dos cargos públicos de todos os Poderes, de modo a garantir isonomia de vencimentos.

§ 1º - Os planos de carreira preverão também:

I - as vantagens de caráter individual;

II - as vantagens relativas à natureza e ao local de trabalho;

III- os limites máximo e mínimo de remuneração e a relação entre esses limites, sendo aquele o valor estabelecido de acordo com o art. 37, XI, da Constituição Federal.

§ 2º - As carreiras, em qualquer dos Poderes, serão organizadas de modo a favorecer o acesso generalizado aos cargos públicos.

§ 3º - As promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreiras, obedecerão aos critérios de merecimento e antigüidade, alternadamente, e a lei estabelecerá normas que assegurem critérios objetivos na avaliação do merecimento.

§ 4º - A lei poderá criar cargo de provimento efetivo isolado quando o número, no respectivo quadro, não comportar a organização em carreira.

§ 5º - Aos cargos isolados aplicar-se-á o disposto no “caput”.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 229

Art. 32. Os cargos em comissão, criados por lei em número e com remuneração certos e com atribuições definidas de direção, chefia ou assessoramento, são de livre nomeação e exoneração, observados os requisitos gerais de provimento em cargos estaduais.

§ 1º - Os cargos em comissão não serão organizados em carreira.

§ 2º - A lei poderá estabelecer, a par dos gerais, requisitos específicos de escolaridade, habilitação profissional, saúde e outros para investidura em cargos em comissão.

Art. 33. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

§ 1º - A remuneração dos servidores públicos do Estado e os subsídios dos membros de qualquer dos Poderes, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, dos Procuradores, dos Defensores Públicos, dos detentores de mandato eletivo e dos Secretários de Estado, estabelecidos conforme o § 4° do art. 39 da Constituição Federal, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, sendo assegurada através de lei de iniciativa do Poder Executivo a revisão geral anual da remuneração de todos os agentes públicos, civis e militares, ativos, inativos e pensionistas, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

§ 2º - O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não poderá ser inferior ao necessário para repor seu poder aquisitivo.

§ 3º - As gratificações e adicionais por tempo de serviço serão assegurados a todos os servidores estaduais e reger-se-ão por critérios uniformes quanto à incidência, ao número e às condições de aquisição, na forma da lei.

§ 4º - A lei assegurará ao servidor que, por um qüinqüênio completo, não houver interrompido a prestação de serviço ao Estado e revelar assiduidade, licença-prêmio de três meses, que pode ser convertida em tempo dobrado de serviço, para os efeitos nela previstos.

§ 5º - Fica vedado atribuir aos servidores da administração pública qualquer gratificação de equivalência superior à remuneração fixada para os cargos ou funções de confiança criados em lei.

§ 6º - É vedada a participação dos servidores públicos no produto da arrecadação de multas, inclusive da dívida ativa.

§ 7º - Para fins do disposto no art. 37, § 12, da Constituição Federal, fica fixado como limite único, no âmbito de qualquer dos Poderes, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais.

Art. 34. Os servidores estaduais somente serão indicados para participar em cursos de especialização ou capacitação técnica profissional no Estado, no País ou no exterior, com custos para o Poder Público, quando houver correlação entre o conteúdo programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função exercidos.

Parágrafo único . Não constituirá critério de evolução na carreira a realização de curso que não guarde correlação direta e imediata com as atribuições do cargo exercido.

Art. 35. O pagamento da remuneração mensal dos servidores públicos do Estado e das autarquias será realizado até o último dia útil do mês do trabalho prestado.

Parágrafo único. O pagamento da gratificação natalina, também denominada décimo terceiro salário, será efetuado até o dia 20 de dezembro.

Art. 36. As obrigações pecuniárias dos órgãos da administração direta e indireta para com os seus servidores ativos e inativos ou pensionistas não cumpridas até o último dia do mês da aquisição do direito deverão ser liquidadas com valores atualizados pelos índices aplicados para a revisão geral da remuneração dos servidores públicos do Estado.

Art. 37. O tempo de serviço público federal, estadual e municipal prestado à administração pública direta e indireta, inclusive fundações públicas, será computado integralmente para fins de gratificações e adicionais por tempo de serviço, aposentadoria e disponibilidade.

Parágrafo único. O tempo em que o servidor houver exercido atividade em serviços transferidos para o Estado será computado como de serviço público estadual.

Art. 38. O servidor público será aposentado:

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230 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III - voluntariamente:

a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais;

b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco, se professora, com proventos integrais;

c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º - Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, alíneas a e c, no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas.

§ 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários.

§ 3º - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 4º - Revogado.

§ 5º - As aposentadorias dos servidores públicos estaduais, inclusive membros do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado serão custeados com recursos provenientes do Tesouro do Estado e das contribuições dos servidores, na forma da lei complementar.

§ 6º - As aposentadorias dos servidores das autarquias estaduais e das fundações públicas serão custeados com recursos provenientes da instituição correspondente e das contribuições de seus servidores, na forma da lei complementar.

§ 7º - Na hipótese do parágrafo anterior, caso a entidade não possua fonte própria de receita, ou esta seja insuficiente, os recursos necessários serão complementados pelo Tesouro do Estado, na forma da lei complementar.

§ 8º - Os recursos provenientes das contribuições de que tratam os parágrafos anteriores serão destinados exclusivamente a integralizar os proventos de aposentadoria, tendo o acompanhamento e a fiscalização dos servidores na sua aplicação, na forma da lei complementar.

Art. 39 . O professor ou professora que trabalhe no atendimento de excepcionais poderá, a pedido, após vinte e cinco anos ou vinte anos, respectivamente, de efetivo exercício em regência de classe, completar seu tempo de serviço em outras atividades pedagógicas no ensino público estadual, as quais serão consideradas como de efetiva regência.

Parágrafo único. A gratificação concedida ao servidor público estadual designado exclusivamente para exercer atividades no atendimento a deficientes, superdotados ou talentosos será incorporada ao vencimento após percebida por cinco anos consecutivos ou dez intercalados.

Art. 40. Decorridos trinta dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da aposentadoria, o servidor público será considerado em licença especial, podendo afastar-se do serviço, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.

Parágrafo único. No período da licença de que trata este artigo, o servidor terá direito à totalidade da remuneração, computando-se o tempo como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.

Art. 41. O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e assistência à saúde para seus servidores e dependentes, mediante contribuição, na forma da lei previdenciária própria.

§ 1º - A direção do órgão ou entidade a que se refere o “caput” será composta paritariamente por representantes dos segurados e do Estado, na forma da lei a que se refere este artigo.

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§ 2º - Os recursos devidos ao órgão ou entidade de previdência deverão ser repassados:

I - no mesmo dia e mês do pagamento, de forma automática, quando se tratar da contribuição dos servidores, descontada em folha de pagamento;

II - até o dia quinze do mês seguinte ao de competência, quando se tratar de parcela devida pelo Estado e pelas entidades conveniadas.

§ 3º - O benefício da pensão por morte corresponderá a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei previdenciária própria, observadas as disposições do parágrafo 3º do artigo 38 desta Constituição e do inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal.

§ 4º - O valor da pensão por morte será rateado, na forma de lei previdenciária própria, entre os dependentes do servidor falecido, extinguindo-se a cota individual de pensão com a perda da qualidade de pensionista.

§ 5º - O órgão ou entidade a que se refere o “caput” não poderá retardar o início do pagamento de benefícios por mais de quarenta dias após o protocolo de requerimento, comprovada a evidência do fato gerador.

§ 6º - O benefício da pensão por morte de segurado do Estado não será retirado de seu cônjuge ou companheiro em função de nova união ou casamento destes, vedada a acumulação de percepção do benefício, mas facultada a opção pela pensão mais conveniente, no caso de ter direito a mais de uma.

Art. 42 . Ao servidor público, quando adotante, ficam estendidos os direitos que assistem ao pai e à mãe naturais, na forma a ser regulada por lei.

Art. 43. É assegurado aos servidores da administração direta e indireta o atendimento gratuito de seus filhos e dependentes de zero a seis anos em creches e pré-escolas, na forma da lei.

Art. 44. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresas fornecedoras ou prestadoras de serviços ou que realizem qualquer modalidade de contrato com o Estado, sob pena de demissão do serviço público.

Art. 45. O servidor público processado, civil ou criminalmente, em razão de ato praticado no

exercício regular de suas funções terá direito a assistência judiciária pelo Estado.

DO PODER JUDICIÁRIO

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 91. São órgãos do Poder Judiciário do Estado

I - o Tribunal de Justiça;

II - o Tribunal Militar do Estado;

III- os Juízes de Direito;

IV- os Tribunais do Júri;

V - os Conselhos de Justiça Militar;

VI- os Juizados Especiais e de Pequenas Causas;

VII- os Juízes Togados com Jurisdição limitada.

Parágrafo único. Os Tribunais de segunda instância têm sede na Capital do Estado e jurisdição em todo o território estadual.

Art. 92. No Tribunal de Justiça será constituído órgão especial, com no mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais de competência do Tribunal Pleno, exceto a eleição dos órgãos dirigentes do Tribunal.

Parágrafo único. As decisões administrativas, bem como as de concurso em fase recursal para ingresso na magistratura de carreira, serão públicas e motivadas, sendo as disciplinares tomadas pela maioria absoluta dos membros dos órgãos especiais referidos no “caput”.

Art. 93. Compete aos Tribunais de segunda instância, além do que lhes for conferido em lei:

I - eleger, em sessão do Tribunal Pleno, seu Presidente e demais órgãos diretivos;

II - elaborar seu Regimento, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

III - organizar sua secretaria e serviços auxiliares, provendo-lhes os cargos na forma da lei;

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232 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

IV - conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e servidores de sua secretaria;

V - processar e julgar:

a) as habilitações incidentes nas causas sujeitas a seu conhecimento;

b) os embargos de declaração apresentados a suas decisões;

c) os mandados de segurança, mandados de injunção e “habeas data” contra atos do próprio Tribunal, de seu Presidente e de suas Câmaras ou Juízes;

d) os embargos infringentes de seus julgados e os opostos na execução de seus acórdãos;

e) as ações rescisórias de seus acórdãos e as respectivas execuções;

f) a restauração de autos extraviados ou destruídos, de sua competência;

g) os pedidos de revisão e reabilitação relativos às condenações que houverem proferido;

h) as medidas cautelares, nos feitos de sua competência originária;

i) a uniformização de jurisprudência;

j) os conflitos de jurisdição entre Câmaras do Tribunal;

l) a suspeição ou o impedimento, nos casos de sua competência;

VI - impor penas disciplinares;

VII- representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado, à Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado;

VIII - processar e julgar, nos feitos de sua competência recursal:

a) os “habeas corpus” e os mandados de segurança contra os atos dos juízes de primeira instância;

b) os conflitos de competência entre os Juízes de primeira instância;

c) a restauração de autos extraviados ou destruídos;

d) as ações rescisórias de sentença de primeira instância;

e) os pedidos de correição parcial;

f) a suspeição de Juízes por estes não reconhecida;

IX - declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo, pela maioria absoluta de seus membros ou do respectivo órgão especial.

DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 94. O Tribunal de Justiça é composto na forma estabelecida na Constituição Federal e constituído de Desembargadores, cujo número será definido em lei.

Art. 95. Ao Tribunal de Justiça, além do que lhe for atribuído nesta Constituição e na lei, compete:

I - organizar os serviços auxiliares dos juízos da justiça comum de primeira instância, zelando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

II - conceder licença, férias e outros afastamentos aos juízes e servidores que lhe forem imediatamente vinculados;

III- prover os cargos de Juiz de carreira da Magistratura estadual sob sua jurisdição;

IV- prover, por concurso público de provas ou de provas e títulos, exceto os de confiança, assim definidos em lei, os cargos necessários à administração da justiça comum, inclusive os de serventias judiciais, atendido o disposto no art. 154, X, desta Constituição;

V- propor à Assembléia Legislativa, observados os parâmetros constitucionais e legais, bem como as diretrizes orçamentárias:

a) a alteração do número de seus membros e do Tribunal Militar;

b) a criação e a extinção de cargos nos órgãos do Poder Judiciário estadual e a fixação dos vencimentos de seus membros;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 233

c) a criação e a extinção de cargos nos serviços auxiliares da Justiça Estadual e a fixação dos vencimentos dos seus servidores;

d) a criação e a extinção de Tribunais inferiores;

e) a organização e divisão judiciárias;

f) projeto de lei complementar dispondo sobre o Estatuto da Magistratura Estadual;

g) normas de processo e de procedimento, cível e penal, de competência legislativa concorrente do Estado, em especial as aplicáveis aos Juizados Especiais;

VI - estabelecer o sistema de controle orçamentário interno do Poder Judiciário, para os fins previstos no art. 74 da Constituição Federal;

VII - elaborar e encaminhar, depois de ouvir o Tribunal Militar do Estado, as propostas orçamentárias do Poder Judiciário, dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes, na lei de diretrizes orçamentárias;

VIII- eleger dois Desembargadores e dois Juízes de Direito e elaborar a lista sêxtupla para o preenchimento da vaga destinada aos advogados, a ser enviada ao Presidente da República, para integrarem o Tribunal Regional Eleitoral, observando o mesmo processo para os respectivos substitutos;

IX- solicitar a intervenção no Estado, por intermédio do Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição Federal;

X- processar e julgar o Vice-Governador nas infrações penais comuns;

XI- processar e julgar, nas infrações penais comuns, inclusive nas dolosas contra a vida, e nos crimes de responsabilidade, os Deputados Estaduais, os Juízes estaduais, os membros do Ministério Público estadual, os Prefeitos Municipais, o Procurador-Geral do Estado e os Secretários de Estado, ressalvado, quanto aos dois últimos, o disposto nos incisos VI e VII do art. 53;

XII - processar e julgar:

a) os “habeas corpus”, quando o coator ou o paciente for membro do Poder Legislativo estadual, servidor ou autoridade cujos atos estejam diretamente submetidos à jurisdição do

Tribunal de Justiça, quando se tratar de crime sujeito a esta mesma jurisdição em única instância, ou quando houver perigo de se consumar a violência antes que outro Juiz ou Tribunal possa conhecer do pedido;

b) os mandados de segurança, os “habeas data” e os mandados de injunção contra atos ou omissões do Governador do Estado, da Assembléia Legislativa e seus órgãos, dos Secretários de Estado, do Tribunal de Contas do Estado e seus órgãos, dos Juízes de primeira instância, dos membros do Ministério Público e do Procurador-Geral do Estado;

c) a representação oferecida pelo Procurador-Geral de Justiça para assegurar a observância dos princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, ordem ou decisão judicial, para fins de intervenção do Estado nos Municípios;

d) a ação direta da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual perante esta Constituição, e de municipal perante esta e a Constituição Federal, inclusive por omissão;

e) os mandados de injunção contra atos ou omissões dos Prefeitos Municipais e das Câmaras de Vereadores;

XIII - julgar, em grau de recurso, matéria cível e penal de sua competência;

XIV - prestar, por escrito, através de seu presidente, no prazo máximo de trinta dias, todas as informações que a Assembléia Legislativa solicitar a respeito da administração dos Tribunais.

§ 1º - Podem propor a ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual, ou por omissão:

I - o Governador do Estado;

II - a Mesa da Assembléia Legislativa;

III - o Procurador-Geral de Justiça;

IV - o Defensor Público-Geral do Estado;

V- o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;

VI- partido político com representação na Assembléia Legislativa;

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234 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

VII - entidade sindical ou de classe de âmbito nacional ou estadual;

VIII - as entidades de defesa do meio ambiente, dos direitos humanos e dos consumidores, de âmbito nacional ou estadual, legalmente constituídas;

IX - o Prefeito Municipal;

X - a Mesa da Câmara Municipal.

§ 2º - Podem propor a ação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal, ou por omissão:

I - o Governador do Estado;

II - o Procurador-Geral de Justiça;

III- o Prefeito Municipal;

IV- a Mesa da Câmara Municipal;

V- partido político com representação na Câmara de Vereadores;

VI- entidade sindical;

VII- o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;

VIII - o Defensor Público-Geral do Estado;

IX - as entidades de defesa do meio ambiente, dos direitos humanos e dos consumidores legalmente constituídas;

X - associações de bairro e entidades de defesa dos interesses comunitários legalmente constituídas há mais de um ano.

§ 3º - O Procurador-Geral de Justiça deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade.

§ 4º - Quando o Tribunal de Justiça apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou de ato normativo, citará previamente o Procurador-Geral do Estado, que defenderá o ato ou texto impugnado.

Arts. 96 e 97 . Revogados.

DOS JUÍZES DE PRIMEIRO GRAU

Art. 98 . A lei de organização judiciária discriminará a competência territorial e material dos Juízes de primeiro grau, segundo um sistema de Comarcas e Varas que garanta eficiência na prestação jurisdicional.

§ 1º - A lei disporá sobre os requisitos para a criação, extinção e classificação de Comarcas, estabelecendo critérios uniformes, levando em conta:

I - a extensão territorial;

II - o número de habitantes;

III - o número de eleitores;

IV - a receita tributária;

V - o movimento forense.

§ 2º - Anualmente, o Tribunal de Justiça verificará a existência dos requisitos mínimos para a criação de novas Comarcas ou Varas e proporá as alterações que se fizerem necessárias.

Art. 99 . As Comarcas poderão ser constituídas de um ou mais Municípios, designando-lhes o Tribunal de Justiça a respectiva sede.

Art. 100 . Na região metropolitana, nas aglomerações urbanas e microrregiões, ainda que todos os Municípios integrantes sejam dotados de serviços judiciários instalados, poderão ser criadas Comarcas Regionais, definindo-lhes o Tribunal de Justiça a sede respectiva.

Art. 101. Na sede de cada Município que dispuser de serviços judiciários, haverá um ou mais Tribunais do Júri, com a organização e as atribuições estabelecidas em lei.

Art. 102 . Os Juizados Especiais terão composição e competência definidos em lei.

§ 1º - A lei disporá sobre a forma de eleição e de investidura dos juízes leigos.

§ 2º - A lei definirá os órgãos competentes para julgar os recursos, podendo atribuí-los a turma de juízes de primeiro grau.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 235

§ 3º - O Tribunal de Justiça expedirá Resolução regulamentando a organização dos órgãos a que se refere este artigo.

Art. 103. A lei disporá sobre a criação de Juizados de Paz, para a celebração de casamentos e para o exercício de atribuições conciliatórias.

§ 1º - Outras funções, sem caráter jurisdicional, poderão ser atribuídas ao Juiz de Paz.

§ 2º - O Juiz de Paz e seu suplente serão escolhidos mediante eleição, e o titular, remunerado na forma da lei.

DA JUSTIÇA MILITAR

Art. 104. A Justiça Militar, organizada com observância dos preceitos da Constituição Federal, terá como órgãos de primeiro grau os Conselhos de Justiça e como órgão de segundo grau o Tribunal Militar do Estado.

§ 1º - Revogado.

§ 2º - A escolha dos Juízes militares será feita dentre coronéis da ativa, pertencentes ao Quadro de Oficiais de Polícia Militar, da Brigada Militar.

§ 3º - Revogado.

§ 4º - A estrutura dos órgãos da Justiça Militar, as atribuições de seus membros e a carreira de Juiz-Auditor serão estabelecidas na Lei de Organização Judiciária, de iniciativa do Tribunal de Justiça.

§ 5º - Os Juízes do Tribunal Militar do Estado terão vencimento, vantagens, direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos iguais aos Desembargadores do Tribunal de Justiça.

Art. 105. Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar os servidores militares estaduais nos crimes militares definidos em lei.

Art. 106. Compete ao Tribunal Militar do Estado, além das matérias definidas nesta Constituição, julgar os recursos dos Conselhos de Justiça Militar e ainda:

I - prover, na forma da lei, por ato do Presidente, os cargos de Juiz-Auditor e os dos servidores vinculados à Justiça Militar;

II - decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças, na forma da lei;

III- exercer outras atribuições definidas em lei.

DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 107. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Art. 108 . O Ministério Público tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado dentre integrantes da carreira, indicados em lista tríplice, mediante eleição, para mandato de dois anos, permitida uma recondução por igual período, na forma da lei complementar.

§ 1º - Decorrido o prazo previsto em lei sem nomeação do Procurador-Geral de Justiça, será investido no cargo o integrante da lista tríplice mais votado.

§ 2º - O Procurador-Geral de Justiça poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta da Assembléia Legislativa, nos casos e na forma da lei complementar estadual.

§ 3º - O Procurador-Geral de Justiça comparecerá, anualmente, à Assembléia Legislativa para relatar, em sessão pública, as atividades e necessidades do Ministério Público.

§ 4º - A lei complementar a que se refere este artigo, de iniciativa facultada ao Procurador-Geral, estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público, observados, além de outros, os seguintes princípios:

I - aproveitamento em cursos oficiais de preparação para ingresso ou promoção na carreira;

II - residência do membro do Ministério Público na Comarca de sua classificação;

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236 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

III - progressão na carreira de entrância a entrância, correspondentes aos graus da carreira da Magistratura estadual, por antigüidade e merecimento, alternadamente, sendo exigido em cada uma o interstício de dois anos de efetivo exercício, salvo se não houver candidato com os requisitos necessários;

IV - ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização e observada, nas nomeações, a ordem de classificação.

Art. 109. Ao Ministério Público é assegurada autonomia administrativa e funcional, cabendo-lhe, na forma de sua lei complementar:

I - praticar atos próprios de gestão;

II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pessoal da carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;

III- propor à Assembléia Legislativa a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores;

IV- prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de promoção, remoção e demais formas de provimento derivado;

V- organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Promotorias de Justiça.

Parágrafo único . O provimento, a aposentadoria e a concessão das vantagens inerentes aos cargos da carreira e dos serviços auxiliares, previstos em lei, dar-se-ão por ato do Procurador-Geral.

Art. 110. O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 111. Além das funções previstas na Constituição Federal e nas leis, incumbe ainda ao Ministério Público, nos termos de sua lei complementar:

I - exercer a fiscalização dos estabelecimentos que abrigam idosos, inválidos, menores, incapazes e pessoas portadoras de deficiências, supervisionando-lhes a assistência;

II - exercer o controle externo das atividades desenvolvidas nos estabelecimentos prisionais;

III- assistir as famílias atingidas pelo crime e defender-lhes os interesses;

IV- exercer o controle externo da atividade policial;

V- receber petições, reclamações e representações de qualquer pessoa por desrespeito aos direitos assegurados na Constituição Federal, nesta Constituição e nas leis.

Parágrafo único . No exercício de suas funções, o órgão do Ministério Público poderá:

a) instaurar procedimentos administrativos e, a fim de instruí-los, expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos, requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades municipais, estaduais e federais, da administração direta e indireta, bem como promover inspeções e diligências investigatórias;

b) requisitar à autoridade competente a instauração de sindicância, acompanhar esta e produzir provas;

c) requisitar informações e documentos de entidades privadas para instruir procedimento e processo em que oficie.

Art. 112. As funções do Ministério Público junto ao Tribunal Militar serão exercidas por membros do Ministério Público estadual, nos termos de sua lei complementar.

Art. 113 . Aos membros do Ministério Público são estabelecidas:

I - as seguintes garantias:

a) vitaliciedade após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 237

c) irredutibilidade de vencimentos, observado o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração, bem como o disposto nos arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;

II - as seguintes vedações:

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou função pública, salvo uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas em lei.

DA ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO

Art. 114. A Advocacia do Estado é atividade inerente ao regime de legalidade na administração pública e será organizada, mediante lei complementar, em regime jurídico especial, sob a forma de sistema, tendo como órgão central a Procuradoria-Geral do Estado, vinculada diretamente ao Governador do Estado e integrante de seu Gabinete.

Art. 115 . Competem à Procuradoria-Geral do Estado a representação judicial e a consultoria jurídica do Estado, além de outras atribuições que lhe forem cometidas por lei, especialmente:

I - propor orientação jurídico-normativa para a administração pública, direta e indireta;

II - pronunciar-se sobre a legalidade dos atos da administração estadual;

III- promover a unificação da jurisprudência administrativa do Estado;

IV- realizar processos administrativos disciplinares nos casos previstos em lei, emitindo pareceres nos que forem encaminhados à decisão final do Governador;

V - prestar assistência jurídica e administrativa aos Municípios, a título complementar ou supletivo;

VI- representar os interesses da administração pública estadual perante os Tribunais de Contas do Estado e da União.

Art. 116. As atribuições da Procuradoria-Geral do Estado serão exercidas pelos Procuradores do Estado, organizados em carreira e regidos por estatuto, observado o regime jurídico decorrente dos arts. 132 e 135 da Constituição Federal.

§ 1º - Lei complementar disporá sobre o estatuto dos Procuradores do Estado, observados ainda os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, pela classe inicial, mediante concurso público de provas e de títulos, organizado e realizado pela Procuradoria-Geral do Estado, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil;

II - estabilidade após dois anos no exercício do cargo;

III- irredutibilidade de vencimentos, sujeitos, entretanto, aos impostos gerais, inclusive os de renda e extraordinários;

IV- progressão na carreira de classe a classe, correspondentes aos graus da carreira da Magistratura estadual, por antigüidade e merecimento, alternadamente, sendo exigido em cada uma o interstício de dois anos de efetivo exercício, salvo se não houver candidato com os requisitos necessários.

§ 2º - Aplicam-se aos Procuradores do Estado as seguintes vedações:

I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

II - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais;

III- participar de sociedade comercial, na forma da lei;

IV- exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério.

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238 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 117 . A Procuradoria-Geral do Estado será chefiada pelo Procurador-Geral do Estado, com prerrogativas de Secretário de Estado, e o cargo será provido em comissão, pelo Governador, devendo a escolha recair em membro da carreira.

Parágrafo único . O Estado será citado na pessoa de seu Procurador-Geral.

Art. 118 . O Procurador do Estado, no exercício do cargo, goza das prerrogativas inerentes à atividade de advocacia, cabendo-lhe requisitar, de qualquer autoridade ou órgão da administração estadual, informações, esclarecimentos e diligências que entender necessários ao fiel cumprimento de suas funções.

Art. 119 . O pessoal dos serviços auxiliares da Procuradoria-Geral do Estado será organizado em carreira, com quadro próprio, sujeito ao regime estatutário e recrutado exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos.

DA DEFENSORIA PÚBLICA

Art. 120. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, estendendo-se os seus serviços por todas as comarcas do Estado, de acordo com as necessidades e a forma prescrita em lei complementar estadual.

§ 1° - A Defensoria Pública tem como chefe o Defensor Público-Geral, nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes das classes especial e final da carreira de Defensor Público, indicados em lista tríplice, mediante eleição de todos os membros da carreira da Defensoria Pública, por voto obrigatório e secreto, para mandato de dois anos, permitida uma recondução por igual período.

§ 2º - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias do envio da lista tríplice ao Governador do Estado sem a nomeação do Defensor Público-Geral, será investido no cargo o integrante da lista tríplice mais votado.

§ 3º - O Defensor Público-Geral poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta da Assembléia Legislativa, nos casos e na forma de lei complementar estadual.

§ 4º - O Defensor Público-Geral do Estado comparecerá, anualmente, à Assembléia

Legislativa para relatar, em sessão pública, as atividades e necessidades da Defensoria Pública.

§ 5° - São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

Art. 121. Lei complementar organizará a Defensoria Pública no Estado, dispondo sobre sua competência, estrutura e funcionamento, bem como sobre a carreira de seus membros, observando as normas previstas na legislação federal e nesta Constituição.

§ 1º - À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional, administrativa e orçamentária, cabendo-lhe, na forma de lei complementar:

I - praticar atos próprios de gestão;

II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional do pessoal de carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios;

III- propor à Assembléia Legislativa a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores;

IV- prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de promoção, remoção e demais formas de provimento derivado;

V- organizar suas secretarias, núcleos e coordenadorias e os serviços auxiliares das Defensorias Públicas.

§ 2º - O provimento, a aposentadoria e a concessão das vantagens inerentes aos cargos da carreira e dos serviços auxiliares, previstos em lei, dar-se-ão por ato do Defensor Público-Geral do Estado.

§ 3º - A Defensoria Pública elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 122 . Os serviços da Defensoria Pública estender-se-ão por todas as Comarcas do Estado, de acordo com as necessidades e a forma prescrita na lei complementar.

Art. 123 . Os membros das carreiras disciplinadas neste Título terão seus vencimentos e vantagens fixados e pagos segundo o disposto no art. 135 da Constituição Federal.

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ANEXO I – PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO - ORGANOGRAMA

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ANEXO II – COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL

CÓDIGO CIVIL

DAS PESSOAS

DAS PESSOAS NATURAIS

DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE

Art. 3 o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;

III- os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV - os pródigos.

Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV- pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

DAS PESSOAS JURÍDICAS

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - a União;

II- os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III- os Municípios;

IV- as autarquias, inclusive as associações públicas;

V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

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250 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Parágrafo único . Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código.

Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.

Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - as associações;

II - as sociedades;

III - as fundações.

IV - as organizações religiosas;

V - os partidos políticos.

VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

§ 1o - São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.

§ 2o - As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.

§ 3o - Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

DO DOMICÍLIO

Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.

Art. 71 . Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.

Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.

Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.

Art. 73 . Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.

Parágrafo único . A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.

Art. 75 . Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:

I - da União, o Distrito Federal;

II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;

III- do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;

IV- das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 251

§ 1o - Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.

§ 2o - Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.

Art. 76 . Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

Parágrafo único . O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.

Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

DOS BENS

DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS

DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS

DOS BENS IMÓVEIS

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

DOS BENS MÓVEIS

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III- os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Art. 84 . Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS

Art. 185 . Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do Título anterior.

DOS ATOS ILÍCITOS

Art. 186 . Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187 . Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

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252 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

DA TUTELA E DA CURATELA

DA TUTELA

DOS TUTORES

Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela:

I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;

II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.

DA CURATELA

DOS INTERDITOS

Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:

I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil;

II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;

III- os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;

IV- os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;

V- os pródigos.

Anotações:

Page 253: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 253

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

DO SERVENTUÁRIO E DO OFICIAL DE JUSTIÇA

Art. 140. Em cada juízo haverá um ou mais ofícios de justiça, cujas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária.

Art. 141 . Incumbe ao escrivão:

I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício;

II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como praticando todos os demais atos, que Ihe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;

III- comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo;

IV- ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam de cartório, exceto:

a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;

b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;

c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;

d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo;

V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observado o disposto no art. 155.

Art. 142 . No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto, e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.

Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça:

I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas testemunhas;

II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;

III- entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;

IV- estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.

V - efetuar avaliações.

Art. 144. O escrivão e o oficial de justiça são civilmente responsáveis:

I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos que Ihes impõe a lei, ou os que o juiz, a que estão subordinados, Ihes comete;

II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa.

DOS ATOS PROCESSUAIS

DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

DOS ATOS EM GERAL

Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial.

Parágrafo único. Os tribunais, no âmbito da respectiva jurisdição, poderão disciplinar a prática e a comunicação oficial dos atos processuais por meios eletrônicos, atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil.

§ 2o - Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei.

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254 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:

I - em que o exigir o interesse público;

Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

Parágrafo único . O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite.

Art. 156 . Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do vernáculo.

Art. 157. Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, quando acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado.

DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS

DO TEMPO

Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.

§ 1o - Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.

§ 2o - A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso Xl, da Constituição Federal.

§ 3o - Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de organização judiciária local.

Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-se:

I - a produção antecipada de provas (art. 846);

II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos.

Parágrafo único . O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias.

Art. 174 . Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas:

I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento;

II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as mencionadas no art. 275;

III- todas as causas que a lei federal determinar.

Art. 175 . São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.

DO LUGAR

Art. 176 . Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

OBS.: As regras dos §§ 1º e 2º dizem respeito ao Oficial de Justiça, enquanto que a regra do § 3º diz respeito às partes.

Exemplo de uma das causas do artigo 275 = Cobrança de honorários dos profissionais liberais.

Anotações:

Page 255: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 255

DOS PRAZOS

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 177. Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa.

Art. 178 . O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

Art. 179. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que Ihe sobejar recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das férias.

Art. 180. Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 265, I e III; casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo.

§ 1o - O juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação.

§ 2o - As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação.

Art. 182 . É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos.

Art. 183 . Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.

§ 1o - Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.

§ 2o - Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que Ihe assinar.

Art. 184 . Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.

§ 1o - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que:

I - for determinado o fechamento do fórum;

II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

§ 2o - Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único).

Art. 185 . Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

Art. 186. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

Art. 187 . Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos que este Código Ihe assina.

Art. 188 . Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

Art. 189 . O juiz proferirá:

I - os despachos de expediente, no prazo de 2 (dois) dias;

II - as decisões, no prazo de 10 (dez) dias.

OBS.: Art. 265, I - Pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador; Art. 265, III - Quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz;

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256 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 190 . Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas e executar os atos processuais no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contados:

I - da data em que houver concluído o ato processual anterior, se Ihe foi imposto pela lei;

II - da data em que tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.

Parágrafo único . Ao receber os autos, certificará o serventuário o dia e a hora em que ficou ciente da ordem, referida no no Il.

Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

Art. 192 . Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas.

DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 200 . Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial ou requisitados por carta, conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da comarca.

DAS CITAÇÕES

Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.

Art. 214 . Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.

§ 1o - O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.

§ 2o - Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.

Art. 215 . Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

§ 1o - Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.

§ 2o - O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade, onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.

Art. 216 . A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu.

Parágrafo único . O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que estiver servindo se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado.

Art. 217 . Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;

II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;

III- aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas;

IV- aos doentes, enquanto grave o seu estado.

Art. 218 . Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está impossibilitado de recebê-la.

§ 1o - O oficial de justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O juiz nomeará um médico, a fim de examinar o citando. O laudo será apresentado em 5 (cinco) dias.

§ 2o - Reconhecida a impossibilidade, o juiz dará ao citando um curador, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida na lei civil. A nomeação é restrita à causa.

§ 3o - A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 257

Art. 219 . A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

§ 1o - A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.

§ 2o - Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.

§ 3o - Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa) dias.

§ 4o - Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição.

§ 5o - O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição.

§ 6o - Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento.

Art. 220 . O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei.

Art. 221. A citação far-se-á:

I - pelo correio;

II - por oficial de justiça;

III- por edital.

IV- por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria.

Art. 222 . A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto:

a) nas ações de estado;

b) quando for ré pessoa incapaz;

c) quando for ré pessoa de direito público;

d) nos processos de execução;

e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;

f) quando o autor a requerer de outra forma.

Art. 223 . Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, comunicando, ainda, o prazo para a resposta e o juízo e cartório, com o respectivo endereço.

Parágrafo único . A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração.

Art. 224 . Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citação pelo correio.

Art. 225. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter:

I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências;

II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis;

III- a cominação, se houver;

IV- o dia, hora e lugar do comparecimento;

V- a cópia do despacho;

VI - o prazo para defesa;

VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.

Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado.

Art. 226 . Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo:

CITAÇÃO PELA VIA POSTAL E SUAS EXCEÇÕES

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258 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;

II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;

III- obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado.

Art. 227 . Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

Art. 228 . No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.

§ 1o - Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.

§ 2o - Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.

Art. 229 . Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência.

Art. 230 . Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.

Art. 231. Far-se-á a citação por edital:

I - quando desconhecido ou incerto o réu;

II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar;

III - nos casos expressos em lei.

§ 1o - Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.

§ 2o - No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.

Art. 232 . São requisitos da citação por edital:

I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos ns. I e II do artigo antecedente;

II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão;

III- a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver;

IV- a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, correndo da data da primeira publicação;

V- a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis.

§ 1o - Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que trata o no II deste artigo.

§ 2o - A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for beneficiária da Assistência Judiciária.

Art. 233. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231, I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo.

Parágrafo único . A multa reverterá em benefício do citando.

DAS INTIMAÇÕES

Art. 234 . Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

Art. 235 . As intimações efetuam-se de ofício, em processos pendentes, salvo disposição em contrário.

CITAÇÃO POR EDITAL.

CITAÇÃO COM HORA CERTA.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 259

Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial.

§ 1o - É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificação.

§ 2o - A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente.

Art. 237 . Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se houver órgão de publicação dos atos oficiais; não o havendo, competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do processo, os advogados das partes:

I - pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo;

II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo.

Parágrafo único . As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei própria.

Art. 238. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.

Parágrafo único . Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação temporária ou definitiva.

Art. 239 . Far-se-á a intimação por meio de oficial de justiça quando frustrada a realização pelo correio.

Parágrafo único . A certidão de intimação deve conter:

I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de sua carteira de identidade e o órgão que a expediu;

II - a declaração de entrega da contrafé;

III- a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a apôs no mandado.

Art. 240 . Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o Ministério Público contar-se-ão da intimação.

Parágrafo único . As intimações consideram-se realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense.

Art. 241 . Começa a correr o prazo:

I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento;

II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;

III- quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido;

IV- quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;

V- quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz.

Art. 242 . O prazo para a interposição de recurso conta-se da data, em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.

§ 1o - Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença.

§ 2o - Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova designação.

DAS NULIDADES

Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa.

Art. 244 . Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade.

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260 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

Parágrafo único . Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.

Art. 246 . É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado.

Art. 247 . As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais.

Art. 248 . Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

Art. 249 . O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados.

§ 1o - O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte.

§ 2o - Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.

Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais.

Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.

DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO

DA AUDIÊNCIA

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 444 . A audiência será pública; nos casos de que trata o art. 155, realizar-se-á a portas fechadas.

Art. 445 . O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe:

I - manter a ordem e o decoro na audiência;

II - ordenar que se retirem da sala da audiência os que se comportarem inconvenientemente;

III- requisitar, quando necessário, a força policial.

DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA

Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo.

§ 1o - É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo.

§ 2o - Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.

Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 261

§ 1o - Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.

§ 2o - Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo.

§ 3o - O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados.

§ 4o - Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante.

§ 5o - Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte.

Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre:

I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;

II– inexigibilidade do título;

III– penhora incorreta ou avaliação errônea;

IV– ilegitimidade das partes;

V– excesso de execução;

VI– qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença.

§ 1o - Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal.

§ 2o - Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que

entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação.

Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.

§ 1o - Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exeqüente requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando caução suficiente e idônea, arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos.

§ 2o - Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios autos e, caso contrário, em autos apartados.

§ 3o - A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação.

Art. 475-N. São títulos executivos judiciais:

I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia;

II – a sentença penal condenatória transitada em julgado;

III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo;

IV – a sentença arbitral;

V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente;

VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;

VII– o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal.

Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso.

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262 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 475-O . A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a definitiva, observadas as seguintes normas:

I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;

II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos mesmos autos, por arbitramento;

III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.

§ 1o - No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentença provisória for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução.

§ 2o - A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada:

I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação de necessidade;

II - nos casos de execução provisória em que penda agravo perante o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação.

§ 3o - Ao requerer a execução provisória, o exequente instruirá a petição com cópias autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado declarar a autenticidade, sob sua responsabilidade pessoal:

I – sentença ou acórdão exeqüendo;

II– certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;

III– procurações outorgadas pelas partes;

IV– decisão de habilitação, se for o caso;

V– facultativamente, outras peças processuais que o exeqüente considere necessárias.

Art. 475-P . O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:

I – os tribunais, nas causas de sua competência originária;

II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;

III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.

Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqüente poderá optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.

Art. 475-Q. Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, o juiz, quanto a esta parte, poderá ordenar ao devedor constituição de capital, cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da pensão.

§ 1o - Este capital, representado por imóveis, títulos da dívida pública ou aplicações financeiras em banco oficial, será inalienável e impenhorável enquanto durar a obrigação do devedor.

§ 2o - O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do beneficiário da prestação em folha de pagamento de entidade de direito público ou de empresa de direito privado de notória capacidade econômica, ou, a requerimento do devedor, por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz.

§ 3o - Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação.

§ 4o - Os alimentos podem ser fixados tomando por base o salário-mínimo.

§ 5o - Cessada a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas.

Art. 475-R . Aplicam-se subsidiariamente ao cumprimento da sentença, no que couber, as normas que regem o processo de execução de título extrajudicial.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 263

DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

DA CITAÇÃO DO DEVEDOR E DA INDICAÇÃO DE BENS

Art. 652 . O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida.

§ 1o - Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.

§ 2o - O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655).

§ 3o - O juiz poderá, de ofício ou a requerimento do exeqüente, determinar, a qualquer tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de penhora.

§ 4o - A intimação do executado far-se-á na pessoa de seu advogado; não o tendo, será intimado pessoalmente.

§ 5o - Se não localizar o executado para intimá-lo da penhora, o oficial certificará detalhadamente as diligências realizadas, caso em que o juiz poderá dispensar a intimação ou determinará novas diligências.

Art. 652-A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art. 20, § 4o).

Parágrafo único . No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade.

Art. 653. O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.

Parágrafo único . Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o devedor três vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido.

Art. 654 . Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias, contados da data em que foi intimado do arresto a que se refere o parágrafo único do artigo anterior, requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o art. 652, convertendo-se o arresto em penhora em caso de não-pagamento.

Art. 655 . A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;

II - veículos de via terrestre;

III- bens móveis em geral;

IV- bens imóveis;

V- navios e aeronaves;

VI- ações e quotas de sociedades empresárias;

VII-percentual do faturamento de empresa devedora;

VIII-pedras e metais preciosos;

IX- títulos da dívida pública da União, Estados e Distrito Federal com cotação em mercado;

X - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;

XI- outros direitos.

§ 1o - Na execução de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou anticrética, a penhora recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; se a coisa pertencer a terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora.

§ 2o - Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do executado.

Art. 655-A . Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado na execução.

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264 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

§ 1o - As informações limitar-se-ão à existência ou não de depósito ou aplicação até o valor indicado na execução.

§ 2o - Compete ao executado comprovar que as quantias depositadas em conta corrente referem-se à hipótese do inciso IV do caput do art. 649 desta Lei ou que estão revestidas de outra forma de impenhorabilidade.

§ 3o - Na penhora de percentual do faturamento da empresa executada, será nomeado depositário, com a atribuição de submeter à aprovação judicial a forma de efetivação da constrição, bem como de prestar contas mensalmente, entregando ao exeqüente as quantias recebidas, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida.

§ 4o - Quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, nos termos do que estabelece o caput deste artigo, informações sobre a existência de ativos tão-somente em nome do órgão partidário que tenha contraído a dívida executada ou que tenha dado causa a violação de direito ou ao dano, ao qual cabe exclusivamente a responsabilidade pelos atos praticados, de acordo com o disposto no art. 15-A da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995.

Art. 655-B. Tratando-se de penhora em bem indivisível, a meação do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem.

Art. 656 . A parte poderá requerer a substituição da penhora:

I - se não obedecer à ordem legal;

II - se não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento;

III- se, havendo bens no foro da execução, outros houverem sido penhorados;

IV- se, havendo bens livres, a penhora houver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;

V- se incidir sobre bens de baixa liquidez;

VI- se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou

VII- se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações a que se referem os incisos I a IV do parágrafo único do art. 668 desta Lei.

§ 1o - É dever do executado (art. 600), no prazo fixado pelo juiz, indicar onde se encontram os bens sujeitos à execução, exibir a prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus, bem como abster-se de qualquer atitude que dificulte ou embarace a realização da penhora (art. 14, parágrafo único).

§ 2o - A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou seguro garantia judicial, em valor não inferior ao do débito constante da inicial, mais 30% (trinta por cento).

§ 3o - O executado somente poderá oferecer bem imóvel em substituição caso o requeira com a expressa anuência do cônjuge.

Art. 657 . Ouvida em 3 (três) dias a parte contrária, se os bens inicialmente penhorados (art. 652) forem substituídos por outros, lavrar-se-á o respectivo termo.

Parágrafo único . O juiz decidirá de plano quaisquer questões suscitadas.

Art. 658. Se o devedor não tiver bens no foro da causa, far-se-á a execução por carta, penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação (art. 747).

DA PENHORA E DO DEPÓSITO

Art. 659 . A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e honorários advocatícios.

§ 1o - Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que sob a posse, detenção ou guarda de terceiros.

OBS.: O art. 600 diz que considera-se atentatório à dignidade da justiça o ato do executado que frauda a execução, opõe resistência às ordens judiciais...

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 265

§ 2o - Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.

§ 3o - No caso do parágrafo anterior e bem assim quando não encontrar quaisquer bens penhoráveis, o oficial descreverá na certidão os que guarnecem a residência ou o estabelecimento do devedor.

§ 4o - A penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, cabendo ao exeqüente, sem prejuízo da imediata intimação do executado (art. 652, § 4o), providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, a respectiva averbação no ofício imobiliário, mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de mandado judicial.

§ 5o - Nos casos do § 4o, quando apresentada certidão da respectiva matrícula, a penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, será realizada por termo nos autos, do qual será intimado o executado, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado, e por este ato constituído depositário.

§ 6o - Obedecidas as normas de segurança que forem instituídas, sob critérios uniformes, pelos Tribunais, a penhora de numerário e as averbações de penhoras de bens imóveis e móveis podem ser realizadas por meios eletrônicos.

Art. 660 . Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos bens, o oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento.

Art. 661 . Deferido o pedido mencionado no artigo antecedente, dois oficiais de justiça cumprirão o mandado, arrombando portas, móveis e gavetas, onde presumirem que se achem os bens, e lavrando de tudo auto circunstanciado, que será assinado por duas testemunhas, presentes à diligência.

Art. 662 . Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os oficiais de justiça na penhora dos bens e na prisão de quem resistir à ordem.

Art. 663 . Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto de resistência, entregando uma via ao escrivão do processo para ser junta aos

autos e a outra à autoridade policial, a quem entregarão o preso.

Parágrafo único . Do auto de resistência constará o rol de testemunhas, com a sua qualificação.

Art. 664. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.

Parágrafo único . Havendo mais de uma penhora, lavrar-se-á para cada qual um auto.

Art. 665. O auto de penhora conterá:

I - a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita;

II - os nomes do credor e do devedor;

III- a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos;

IV- a nomeação do depositário dos bens.

Art. 666 . Os bens penhorados serão preferencialmente depositados:

I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em um banco, de que o Estado-Membro da União possua mais de metade do capital social integralizado; ou, em falta de tais estabelecimentos de crédito, ou agências suas no lugar, em qualquer estabelecimento de crédito, designado pelo juiz, as quantias em dinheiro, as pedras e os metais preciosos, bem como os papéis de crédito;

II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos;

III - em mãos de depositário particular, os demais bens.

§ 1o - Com a expressa anuência do exeqüente ou nos casos de difícil remoção, os bens poderão ser depositados em poder do executado.

§ 2o - As jóias, pedras e objetos preciosos deverão ser depositados com registro do valor estimado de resgate.

§ 3o - A prisão de depositário judicial infiel será decretada no próprio processo, independentemente de ação de depósito.

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266 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 667 . Não se procede à segunda penhora, salvo se:

I - a primeira for anulada;

II - executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do credor;

III- o credor desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, ou por estarem penhorados, arrestados ou onerados.

Art. 668. O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias após intimado da penhora, requerer a substituição do bem penhorado, desde que comprove cabalmente que a substituição não trará prejuízo algum ao exeqüente e será menos onerosa para ele devedor (art. 17, incisos IV e VI, e art. 620).

Parágrafo único . Na hipótese prevista neste artigo, ao executado incumbe:

I - quanto aos bens imóveis, indicar as respectivas matrículas e registros, situá-los e mencionar as divisas e confrontações;

II - quanto aos móveis, particularizar o estado e o lugar em que se encontram;

III- quanto aos semoventes, especificá-los, indicando o número de cabeças e o imóvel em que se encontram;

IV- quanto aos créditos, identificar o devedor e qualificá-lo, descrevendo a origem da dívida, o título que a representa e a data do vencimento; e

V- atribuir valor aos bens indicados à penhora.

Art. 669 . Revogado.

Art. 670 . O juiz autorizará a alienação antecipada dos bens penhorados quando:

I - sujeitos a deterioração ou depreciação;

II - houver manifesta vantagem.

Parágrafo único. Quando uma das partes requerer a alienação antecipada dos bens penhorados, o juiz ouvirá sempre a outra antes de decidir.

DA PENHORA DE CRÉDITOS E DE OUTROS DIREITOS PATRIMONIAIS

Art. 671 . Quando a penhora recair em crédito do devedor, o oficial de justiça o penhorará. Enquanto não ocorrer a hipótese prevista no artigo seguinte, considerar-se-á feita a penhora pela intimação:

I - ao terceiro devedor para que não pague ao seu credor;

II - ao credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do crédito.

Art. 672. A penhora de crédito, representada por letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque ou outros títulos, far-se-á pela apreensão do documento, esteja ou não em poder do devedor.

§ 1o - Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será havido como depositário da importância.

§ 2o - O terceiro só se exonerará da obrigação, depositando em juízo a importância da dívida.

§ 3o - Se o terceiro negar o débito em conluio com o devedor, a quitação, que este Ihe der, considerar-se-á em fraude de execução.

§ 4o - A requerimento do credor, o juiz determinará o comparecimento, em audiência especialmente designada, do devedor e do terceiro, a fim de Ihes tomar os depoimentos.

Art. 673. Feita a penhora em direito e ação do devedor, e não tendo este oferecido embargos, ou sendo estes rejeitados, o credor fica sub-rogado nos direitos do devedor até a concorrência do seu crédito.

§ 1o - O credor pode preferir, em vez da sub-rogação, a alienação judicial do direito penhorado, caso em que declarará a sua vontade no prazo de 10 (dez) dias contados da realização da penhora.

OBS.: O art. 620 fala da preferência da penhora inscidir sobe bens de teor menos traumática para o devedor. Ex.: penhora dos frutos do imóvel e não do imóvel.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 267

§ 2o - A sub-rogação não impede ao sub-rogado, se não receber o crédito do devedor, de prosseguir na execução, nos mesmos autos, penhorando outros bens do devedor.

Art. 674 . Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, averbar-se-á no rosto dos autos a penhora, que recair nele e na ação que Ihe corresponder, a fim de se efetivar nos bens, que forem adjudicados ou vierem a caber ao devedor.

Art. 675 . Quando a penhora recair sobre dívidas de dinheiro a juros, de direito a rendas, ou de prestações periódicas, o credor poderá levantar os juros, os rendimentos ou as prestações à medida que forem sendo depositadas, abatendo-se do crédito as importâncias recebidas, conforme as regras da imputação em pagamento.

Art. 676. Recaindo a penhora sobre direito, que tenha por objeto prestação ou restituição de coisa determinada, o devedor será intimado para, no vencimento, depositá-la, correndo sobre ela a execução.

DA PENHORA, DO DEPÓSITO E DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESA E DE OUTROS

ESTABELECIMENTOS

Art. 677. Quando a penhora recair em estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em semoventes, plantações ou edifício em construção, o juiz nomeará um depositário, determinando-lhe que apresente em 10 (dez) dias a forma de administração.

§ 1o - Ouvidas as partes, o juiz decidirá.

§ 2o - É lícito, porém, às partes ajustarem a forma de administração, escolhendo o depositário; caso em que o juiz homologará por despacho a indicação.

Art. 678. A penhora de empresa, que funcione mediante concessão ou autorização, far-se-á, conforme o valor do crédito, sobre a renda, sobre determinados bens ou sobre todo o patrimônio, nomeando o juiz como depositário, de preferência, um dos seus diretores.

Parágrafo único . Quando a penhora recair sobre a renda, ou sobre determinados bens, o depositário apresentará a forma de administração e o esquema de pagamento observando-se, quanto ao mais, o disposto nos arts. 716 a 720; recaindo, porém, sobre todo o patrimônio, prosseguirá a execução os seus ulteriores termos, ouvindo-se, antes da arrematação ou da adjudicação, o poder público, que houver outorgado a concessão.

Art. 679 . A penhora sobre navio ou aeronave não obsta a que continue navegando ou operando até a alienação; mas o juiz, ao conceder a autorização para navegar ou operar, não permitirá que saia do porto ou aeroporto antes que o devedor faça o seguro usual contra riscos.

DA AVALIAÇÃO

Art. 680. A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 652), ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo.

Art. 681. O laudo da avaliação integrará o auto de penhora ou, em caso de perícia (art. 680), será apresentado no prazo fixado pelo juiz, devendo conter:

I - a descrição dos bens, com os seus característicos, e a indicação do estado em que se encontram;

II - o valor dos bens.

Parágrafo único . Quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, o avaliador, tendo em conta o crédito reclamado, o avaliará em partes, sugerindo os possíveis desmembramentos.

Art. 682 . O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos títulos de crédito negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou publicação no órgão oficial.

Art. 683 . É admitida nova avaliação quando:

I - qualquer das partes argüir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador;

PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS (Art. 674)

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268 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem; ou

III- houver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem (art. 668, parágrafo único, inciso V).

Art. 684 . Não se procederá à avaliação se:

I - o exeqüente aceitar a estimativa feita pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V);

II - se tratar de títulos ou de mercadorias, que tenham cotação em bolsa, comprovada por certidão ou publicação oficial;

Art. 685 . Após a avaliação, poderá mandar o juiz, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária:

I - reduzir a penhora aos bens suficientes, ou transferi-la para outros, que bastem à execução, se o valor dos penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exeqüente e acessórios;

Il - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos penhorados for inferior ao referido crédito.

Parágrafo único . Uma vez cumpridas essas providências, o juiz dará início aos atos de expropriação de bens.

DO PROCESSO CAUTELAR

DAS MEDIDAS CAUTELARES

Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.

Art. 802. O requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretende produzir.

Parágrafo único . Conta-se o prazo, da juntada aos autos do mandado:

I - de citação devidamente cumprido;

II - da execução da medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia.

DOS PROCEDIMENTOS CAUTELARES ESPECÍFICOS

DO ARRESTO

Art. 813. O arresto tem lugar:

I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado;

II - quando o devedor, que tem domicílio:

a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente;

b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar credores;

III- quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas;

IV- nos demais casos expressos em lei.

DO SEQÜESTRO

Art. 822 . O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro:

I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando Ihes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receio de rixas ou danificações;

II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ainda sujeita a recurso, os dissipar;

III- dos bens do casal, nas ações de separação judicial e de anulação de casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 269

IV- nos demais casos expressos em lei.

DA BUSCA E APREENSÃO

Art. 839 . O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas.

Art. 840 . Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designado.

Art. 841 . A justificação prévia far-se-á em segredo de justiça, se for indispensável. Provado quanto baste o alegado, expedir-se-á o mandado que conterá:

I - a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência;

II - a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a Ihe dar;

III- a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.

Art. 842 . O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas.

§ 1o - Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada.

§ 2o - Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas.

§ 3o - Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritos aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.

Art. 843 . Finda a diligência, lavrarão os oficiais de justiça auto circunstanciado, assinando-o com as testemunhas.

DOS PROTESTOS, NOTIFICAÇÕES E INTERPELAÇÕES

Art. 867 . Todo aquele que desejar prevenir responsabilidade, prover a conservação e ressalva de seus direitos ou manifestar qualquer intenção de modo formal, poderá fazer por escrito o seu protesto, em petição dirigida ao juiz, e requerer que do mesmo se intime a quem de direito.

Anotações:

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270 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

LEI Nº 8.245/1991 – LEI DO INQUILINATO

DOS PROCEDIMENTOS

Art. 58. Ressalvados os casos previstos no parágrafo único do art. 1º, nas ações de despejo, consignação em pagamento de aluguel e acessório da locação, revisionais de aluguel e renovatórias de locação, observar - se - á o seguinte:

I - os processos tramitam durante as férias forenses e não se suspendem pela superveniência delas;

II - é competente para conhecer e julgar tais ações o foro do lugar da situação do imóvel, salvo se outro houver sido eleito no contrato;

III- o valor da causa corresponderá a doze meses de aluguel, ou, na hipótese do inciso II do art. 47, a três salários vigentes por ocasião do ajuizamento;

IV- desde que autorizado no contrato, a citação, intimação ou notificação far - se - á mediante correspondência com aviso de recebimento, ou, tratando - se de pessoa jurídica ou firma individual, também mediante telex ou fac-símile , ou, ainda, sendo necessário, pelas demais formas previstas no Código de Processo Civil;

V - os recursos interpostos contra as sentenças terão efeito somente devolutivo.

DAS AÇÕES DE DESPEJO

Art. 63 . Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos seguintes.

§ 1º - O prazo será de quinze dias se:

a) entre a citação e a sentença de primeira instância houverem decorrido mais de quatro meses; ou

b) o despejo houver sido decretado com fundamento no art. 9o ou no § 2o do art. 46.

Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes.

Art. 1º. (...)

Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais:

a) as locações:

1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados e dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas;

2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos;

3. de espaços destinados à publicidade;

4. em apart- hotéis, hotéis - residência ou equiparados, assim considerados aqueles que prestam serviços regulares a seus usuários e como tais sejam autorizados a funcionar;

b) o arrendamento mercantil, em qualquer de suas modalidades.

Art. 9º. (...)

II - em decorrência da prática de infração legal ou contratual;

III- em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos;

Art. 46 . (...)

§ 2º - Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupação.

Art. 47 . (...)

II – em decorrência de extinção do contrato de trabalho, se a ocupação do imóvel pelo locatário relacionada com o seu emprego;

Page 271: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 271

§ 2° - Tratando-se de estabelecimento de ensino autorizado e fiscalizado pelo Poder Público, respeitado o prazo mínimo de seis meses e o máximo de um ano, o juiz disporá de modo que a desocupação coincida com o período de férias escolares.

§ 3º - Tratando-se de hospitais, repartições públicas, unidades sanitárias oficiais, asilos, estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, bem como por entidades religiosas devidamente registradas, e o despejo for decretado com fundamento no inciso IV do art. 9º ou no inciso II do art. 53, o prazo será de um ano, exceto no caso em que entre a citação e a sentença de primeira instância houver decorrido mais de um ano, hipótese em que o prazo será de seis meses.

§ 4° - A sentença que decretar o despejo fixará o valor da caução para o caso de ser executada provisoriamente.

Art. 65 . Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será efetuado o despejo, se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento.

1° - Os móveis e utensílios serão entregues à guarda de depositário, se não os quiser retirar o despejado.

2° - O despejo não poderá ser executado até o trigésimo dia seguinte ao do falecimento do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão de qualquer das pessoas que habitem o imóvel.

Art. 9º . (...)

IV - para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público, que não possam ser normalmente executadas com a permanência do locatário no imóvel ou, podendo, ele se recuse a consenti - las.

Art. 53 . (...)

II - se o proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário, em caráter irrevogável e imitido na posse, com título registrado, que haja quitado o preço da promessa ou que, não o tendo feito, seja autorizado pelo proprietário, pedir o imóvel para demolição, edificação, licenciada ou reforma que venha a resultar em aumento mínimo de cinqüenta por cento da área útil.

Anotações:

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272 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

LEI Nº 9.099/1995 - JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.

DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS

DA COMPETÊNCIA

Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;

II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;

III - a ação de despejo para uso próprio;

IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo.

§ 1º - Compete ao Juizado Especial promover a execução:

I - dos seus julgados;

II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.

§ 2º - Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.

§ 3º - A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação.

Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:

I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;

II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;

III- do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza.

Parágrafo único . Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste artigo.

DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

Art. 18 . A citação far-se-á:

I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria;

II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado;

III- sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória.

§ 1º - A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para comparecimento do citando e advertência de que, não comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será proferido julgamento, de plano.

§ 2º - Não se fará citação por edital.

§ 3º - O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou nulidade da citação.

Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências.

Anotações:

Page 273: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 273

Art. 19 . As intimações serão feitas na forma prevista para citação, ou por qualquer outro meio idôneo de comunicação.

§ 1º - Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desde logo cientes as partes.

§ 2º - As partes comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência da comunicação.

DA EXECUÇÃO

Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações:

I - as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo a conversão em Bônus do Tesouro Nacional - BTN ou índice equivalente;

II- os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros e de outras parcelas serão efetuados por servidor judicial;

III- a intimação da sentença será feita, sempre que possível, na própria audiência em que for proferida. Nessa intimação, o vencido será instado a cumprir a sentença tão logo ocorra seu trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do seu descumprimento (inciso V);

IV- não cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução, dispensada nova citação;

V- nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de execução, cominará multa diária, arbitrada de acordo com as condições econômicas do devedor, para a hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credor poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se a execução por quantia certa, incluída a multa vencida de obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor na execução do julgado;

VI- na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o cumprimento por outrem, fixado o valor que o

devedor deve depositar para as despesas, sob pena de multa diária;

VII- na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor, o credor ou terceira pessoa idônea a tratar da alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o pagamento não for à vista, será oferecida caução idônea, nos casos de alienação de bem móvel, ou hipotecado o imóvel;

VIII- é dispensada a publicação de editais em jornais, quando se tratar de alienação de bens de pequeno valor;

IX- o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre:

a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia;

b) manifesto excesso de execução;

c) erro de cálculo;

d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença.

Art. 53 . A execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários mínimos, obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei.

§ 1º - Efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente.

§ 2º - Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio, se possível com dispensa da alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a prestação, a dação em pagamento ou a imediata adjudicação do bem penhorado.

§ 3º - Não apresentados os embargos em audiência, ou julgados improcedentes, qualquer das partes poderá requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do parágrafo anterior.

§ 4º - Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao autor.

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274 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência.

Parágrafo único . Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis.

Art. 61 . Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

Art. 62 . O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.

DA COMPETÊNCIA E DOS ATOS PROCESSUAIS

Art. 63 . A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal.

§ 1º - Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.

§ 2º - A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação.

§ 3º - Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais. Os atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente.

Art. 66 . A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.

Parágrafo único . Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.

Art. 67 . A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação.

Parágrafo único . Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores.

Anotações:

Page 275: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 275

LEI Nº 12.153/09 – JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA

Art. 1 o Os Juizados Especiais da Fazenda Pública, órgãos da justiça comum e integrantes do Sistema dos Juizados Especiais, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência.

Parágrafo único . O sistema dos Juizados Especiais dos Estados e do Distrito Federal é formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Especiais Criminais e Juizados Especiais da Fazenda Pública.

Art. 2 o É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.

§ 1o - Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública:

I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos;

II– as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas;

III– as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.

§ 2o - Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor referido no caput deste artigo.

§ 3o - (VETADO)

§ 4o - No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta.

Art. 3 o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação.

Art. 4 o Exceto nos casos do art. 3o, somente será admitido recurso contra a sentença.

Art. 5 o Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública:

I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;

II– como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas.

Art. 6 o Quanto às citações e intimações, aplicam-se as disposições contidas na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil.

Art. 7 o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

Art. 8 o Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar, transigir ou desistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação.

Art. 9 o A entidade ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclarecimento da causa, apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação.

Art. 10 . Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o juiz nomeará pessoa habilitada, que apresentará o laudo até 5 (cinco) dias antes da audiência.

Art. 11 . Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário.

Dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios

Page 276: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

276 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 12 . O cumprimento do acordo ou da sentença, com trânsito em julgado, que imponham obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coisa certa, será efetuado mediante ofício do juiz à autoridade citada para a causa, com cópia da sentença ou do acordo.

Art. 13 . Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado da decisão, o pagamento será efetuado:

I – no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contado da entrega da requisição do juiz à autoridade citada para a causa, independentemente de precatório, na hipótese do § 3o do art. 100 da Constituição Federal; ou

II – mediante precatório, caso o montante da condenação exceda o valor definido como obrigação de pequeno valor.

§ 1o - Desatendida a requisição judicial, o juiz, imediatamente, determinará o sequestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão, dispensada a audiência da Fazenda Pública.

§ 2o - As obrigações definidas como de pequeno valor a serem pagas independentemente de precatório terão como limite o que for estabelecido na lei do respectivo ente da Federação.

§ 3o - Até que se dê a publicação das leis de que trata o § 2o, os valores serão:

I – 40 (quarenta) salários mínimos, quanto aos Estados e ao Distrito Federal;

II– 30 (trinta) salários mínimos, quanto aos Municípios.

§ 4o - São vedados o fracionamento, a repartição ou a quebra do valor da execução, de modo que o pagamento se faça, em parte, na forma estabelecida no inciso I do caput e, em parte, mediante expedição de precatório, bem como a expedição de precatório complementar ou suplementar do valor pago.

§ 5o - Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido para pagamento independentemente do precatório, o pagamento far-se-á, sempre, por meio do precatório, sendo facultada à parte exequente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório.

§ 6o - O saque do valor depositado poderá ser feito pela parte autora, pessoalmente, em qualquer agência do banco depositário, independentemente de alvará.

§ 7o - O saque por meio de procurador somente poderá ser feito na agência destinatária do depósito, mediante procuração específica, com firma reconhecida, da qual constem o valor originalmente depositado e sua procedência.

Art. 14 . Os Juizados Especiais da Fazenda Pública serão instalados pelos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal.

Parágrafo único . Poderão ser instalados Juizados Especiais Adjuntos, cabendo ao Tribunal designar a Vara onde funcionará.

Art. 15 . Serão designados, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal, conciliadores e juízes leigos dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, observadas as atribuições previstas nos arts. 22, 37 e 40 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.

§ 1o - Os conciliadores e juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de 2 (dois) anos de experiência.

§ 2o - Os juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante todos os Juizados Especiais da Fazenda Pública instalados em território nacional, enquanto no desempenho de suas funções.

Art. 16 . Cabe ao conciliador, sob a supervisão do juiz, conduzir a audiência de conciliação.

§ 1o - Poderá o conciliador, para fins de encaminhamento da composição amigável, ouvir as partes e testemunhas sobre os contornos fáticos da controvérsia.

§ 2o - Não obtida a conciliação, caberá ao juiz presidir a instrução do processo, podendo dispensar novos depoimentos, se entender suficientes para o julgamento da causa os esclarecimentos já constantes dos autos, e não houver impugnação das partes.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 277

Art. 17 . As Turmas Recursais do Sistema dos Juizados Especiais são compostas por juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal, com mandato de 2 (dois) anos, e integradas, preferencialmente, por juízes do Sistema dos Juizados Especiais.

§ 1o - A designação dos juízes das Turmas Recursais obedecerá aos critérios de antiguidade e merecimento.

§ 2o - Não será permitida a recondução, salvo quando não houver outro juiz na sede da Turma Recursal.

Art. 18 . Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material.

§ 1o - O pedido fundado em divergência entre Turmas do mesmo Estado será julgado em reunião conjunta das Turmas em conflito, sob a presidência de desembargador indicado pelo Tribunal de Justiça.

§ 2o - No caso do § 1o, a reunião de juízes domiciliados em cidades diversas poderá ser feita por meio eletrônico.

§ 3o - Quando as Turmas de diferentes Estados derem a lei federal interpretações divergentes, ou quando a decisão proferida estiver em contrariedade com súmula do Superior Tribunal de Justiça, o pedido será por este julgado.

Art. 19 . Quando a orientação acolhida pelas Turmas de Uniformização de que trata o § 1o do art. 18 contrariar súmula do Superior Tribunal de Justiça, a parte interessada poderá provocar a manifestação deste, que dirimirá a divergência.

§ 1o - Eventuais pedidos de uniformização fundados em questões idênticas e recebidos subsequentemente em quaisquer das Turmas Recursais ficarão retidos nos autos, aguardando pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça.

§ 2o - Nos casos do caput deste artigo e do § 3o do art. 18, presente a plausibilidade do direito invocado e havendo fundado receio de dano de difícil reparação, poderá o relator conceder, de ofício ou a requerimento do interessado, medida liminar determinando a suspensão dos processos nos quais a controvérsia esteja estabelecida.

§ 3o - Se necessário, o relator pedirá informações ao Presidente da Turma Recursal ou Presidente da Turma de Uniformização e, nos casos previstos em lei, ouvirá o Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias.

§ 4o - (VETADO)

§ 5o - Decorridos os prazos referidos nos §§ 3o e 4o, o relator incluirá o pedido em pauta na sessão, com preferência sobre todos os demais feitos, ressalvados os processos com réus presos, os habeas corpus e os mandados de segurança.

§ 6o - Publicado o acórdão respectivo, os pedidos retidos referidos no § 1o serão apreciados pelas Turmas Recursais, que poderão exercer juízo de retratação ou os declararão prejudicados, se veicularem tese não acolhida pelo Superior Tribunal de Justiça.

Art. 20. Os Tribunais de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, no âmbito de suas competências, expedirão normas regulamentando os procedimentos a serem adotados para o processamento e o julgamento do pedido de uniformização e do recurso extraordinário.

Art. 21 . O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, será processado e julgado segundo o estabelecido no art. 19, além da observância das normas do Regimento.

Art. 22 . Os Juizados Especiais da Fazenda Pública serão instalados no prazo de até 2 (dois) anos da vigência desta Lei, podendo haver o aproveitamento total ou parcial das estruturas das atuais Varas da Fazenda Pública.

Art. 23 . Os Tribunais de Justiça poderão limitar, por até 5 (cinco) anos, a partir da entrada em vigor desta Lei, a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, atendendo à necessidade da organização dos serviços judiciários e administrativos.

Art. 24 . Não serão remetidas aos Juizados Especiais da Fazenda Pública as demandas ajuizadas até a data de sua instalação, assim como as ajuizadas fora do Juizado Especial por força do disposto no art. 23.

Art. 25 . Competirá aos Tribunais de Justiça prestar o suporte administrativo necessário ao funcionamento dos Juizados Especiais.

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278 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 26. O disposto no art. 16 aplica-se aos Juizados Especiais Federais instituídos pela Lei no 10.259, de 12 de julho de 2001.

Art. 27 . Aplica-se subsidiariamente o disposto nas Leis nos 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, 9.099, de 26 de setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de 2001.

Art. 28 . Esta Lei entra em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação oficial.

Anotações:

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 279

LEI Nº 8.069/90 - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Parágrafo único. Nos casos expressos em Lei, aplica-se excepcionalmente este estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

PARTE ESPECIAL

DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 98 . As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta lei forem ameaçados ou violados:

I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;

III - em razão de sua conduta.

DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO

Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente , bem como substituídas a qualquer tempo .

Art. 100 . Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas , preferindo-se aqueles que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários .

Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das medidas:

I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição Federal;

Criança : pessoa do seu nascimento até 12 anos incompletos;

Adolescente : pessoa de 12 anos completos até 18 anos de idade;

Jovens : pessoa de 15 anos a 29 anos de idade, segundo a Lei nº 12.852/13.

Aos adolescentes de 15 anos a 18 anos de idade se aplica o ECA e excepcionalmente a Lei nº 12.852/13 quando esta não conflitar com as normas de proteção ao adolescente.

Atenção : Aplica-se o ECA de modo excepcional às pessoas de 18 anos a 21 anos de idade.

Crianças e adolescentes não praticam crime, mas atos infracionais. Se a criança praticar um ato infracional a ela será aplicada uma medida de proteção (art. 101 do ECA), se o adolescente cometer um ato infracional será aplicado-lhe uma medida socieducativa (art. 112 do ECA).

Deste modo, havendo ameaça ou violação aos direitos contidos no ECA por parte do poder público, da sociedade, dos pais ou responsáveis e por parte das crianças ou adolescentes, serão aplicadas as medidas de proteção estipuladas pelo estatuto.

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280 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que crianças e adolescentes são titulares;

III- responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo nos casos por esta expressamente ressalvados, é de responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e da possibilidade da execução de programas por entidades não governamentais;

IV- interesse superior da criança e do adolescente: a intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto;

V- privacidade: a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada;

VI- intervenção precoce: a intervenção das autoridades competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo seja conhecida;

VII- intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da criança e do adolescente;

VIII- proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser a necessária e adequada à situação de perigo em que a criança ou o adolescente se encontram no momento em que a decisão é tomada;

IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para com a criança e o adolescente;

X - prevalência da família: na promoção de direitos e na proteção da criança e do adolescente deve ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isto não for possível, que promovam a sua integração em família substituta;

XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem ser informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e da forma como esta se processa;

XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada pela autoridade judiciária competente, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei.

Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:

I- encaminhamento aos pais ou responsável, mediante, termo de responsabilidade;

II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;

III- matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;

IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente;

V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;

VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

VII - acolhimento institucional;

VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;

IX - colocação em família substituta.

§ 1º - O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 281

§ 2º - Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar é de competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse, de procedimento judicial contencioso , no qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do contraditório e da ampla defesa.

§ 3º - Crianças e adolescentes somente poderão ser encaminhados às instituições que executam programas de acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:

I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou de seu responsável, se conhecidos;

II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, com pontos de referência;

III- os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los sob sua guarda;

IV- os motivos da retirada ou da não reintegração ao convívio familiar.

§ 4º - Imediatamente após o acolhimento da criança ou do adolescente, a entidade responsável pelo programa de acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano individual de atendimento, visando à reintegração familiar, ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada em contrário de autoridade judiciária competente , caso em que também deverá contemplar sua colocação em família substituta, observadas as regras e princípios desta Lei.

§ 5º - O plano individual será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de atendimento e levará em consideração a opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável.

§ 6º - Constarão do plano individual, dentre outros:

I - os resultados da avaliação interdisciplinar;

II - os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; e

III- a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por expressa e fundamentada determinação judicial, as providências a serem tomadas para sua colocação em família substituta, sob direta supervisão da autoridade judiciária.

§ 7º - O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local mais próximo à residência dos pais ou do responsável e, como parte do processo de reintegração familiar, sempre que identificada a necessidade, a família de origem será incluída em programas oficiais de orientação, de apoio e de promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança ou com o adolescente acolhido.

§ 8º - Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo programa de acolhimento familiar ou institucional fará imediata comunicação à autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo.

Família substituta é aquela que ocorre mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente.

"Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o afastamento do agressor da moradia comum.

Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança ou o adolescente dependentes do agressor. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 12.415, de 9/6/2011)".

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282 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

§ 9º - Em sendo constatada a impossibilidade de reintegração da criança ou do adolescente à família de origem, após seu encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a descrição pormenorizada das providências tomadas e a expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade ou responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar, para a destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.

§ 10 - Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 30 (trinta) dias para o ingresso com a ação de destituição do poder familiar, salvo se entender necessária a realização de estudos complementares ou outras providências que entender indispensáveis ao ajuizamento da demanda.

§ 11 - A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um cadastro contendo informações atualizadas sobre as crianças e adolescentes em regime de acolhimento familiar e institucional sob sua responsabilidade, com informações pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada um, bem como as providências tomadas para sua reintegração familiar ou colocação em família substituta, em qualquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

§ 12 - Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência Social, aos quais incumbe deliberar sobre a implementação de políticas públicas que permitam reduzir o número de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e abreviar o período de permanência em programa de acolhimento.

Art. 102 . As medidas de proteção de que trata este Capítulo serão acompanhadas da regularização do registro civil .

§ 1º - Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de nascimento da criança ou adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da autoridade judiciária.

§ 2º - Os registros e certidões necessárias à regularização de que trata este artigo são isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade.

§ 3º - Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado procedimento específico destinado à sua averiguação, conforme previsto pela Lei nº 8.560, de 29 de dezembro de 1992.

§ 4º - Nas hipóteses previstas no § 3º deste artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo Ministério Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para adoção.

DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 103 . Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.

Art. 104 . São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos , sujeitos às medidas previstas nesta lei.

Parágrafo único. Para os efeitos desta lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.

Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101.

"Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta lei."

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 283

DOS DIREITOS INDIVIDUAIS

Art. 106 . Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.

Parágrafo único . O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos.

Art. 107 . A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada.

Parágrafo único . Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.

DO CONSELHO TUTELAR

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 131 . O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta lei.

Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local , composto de 5 (cinco) membros , escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos , permitida 1 (uma) recondução , mediante novo processo de escolha.

DO ACESSO À JUSTIÇA

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 141 . É garantido o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos.

§ 1° - A assistência judiciária gratuita será prestada aos que dela necessitarem, através de defensor público ou advogado nomeado.

§ 2° - As ações judiciárias da competência da Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e emolumentos , ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.

Art. 142 . Os menores de dezesseis anos serão representados e os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores , na forma da legislação civil ou processual.

Parágrafo único . A autoridade judiciária dará curador especial à criança ou adolescente, sempre que os interesses destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou quando carecer de representação ou assistência legal ainda que eventual.

Criança que comete ato infracional aplica-se medida protetiva do art. 101 do ECA;

Adolescente que comete ato infracional aplica-se medida socioeducativa do art. 112 do ECA.

Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

I - advertência;

II - obrigação de reparar o dano;

III - prestação de serviços à comunidade;

IV - liberdade assistida;

V - inserção em regime de semiliberdade;

VI - internação em estabelecimento educacional;

VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

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284 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 143 . É vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional.

Parágrafo único . Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome.

Art. 144 . A expedição de cópia ou certidão de atos, a que se refere o artigo anterior, somente será deferida pela autoridade judiciária competente, se demonstrado o interesse e justificada a finalidade.

Anotações:

Page 285: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 285

DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

CÓDIGO PENAL

DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A

ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Peculato mediante erro de outrem

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Inserção de dados falsos em sistema de informações

Art. 313-A . Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações

Art. 313-B . Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único . As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado

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286 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Excesso de exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Prevaricação

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Condescendência criminosa

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Violência arbitrária

Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.

Abandono de função

Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

Page 287: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 287

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Violação de sigilo funcional

Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

§ 1o - Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:

I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;

II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.

§ 2o - Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

Anotações:

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288 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

DAS CITAÇÕES

Art. 351 . A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.

Art. 352 . O mandado de citação indicará:

I - o nome do juiz;

II- o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;

III- o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;

IV - a residência do réu, se for conhecida;

V - o fim para que é feita a citação;

VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;

VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.

Art. 353 . Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante precatória.

Art. 354 . A precatória indicará:

I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;

II - a sede da jurisdição de um e de outro;

Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações;

IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer.

Art. 355 . A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz deprecado.

§ 1o - Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para fazer-se a citação.

§ 2o - Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a precatória será imediatamente devolvida, para o fim previsto no art. 362.

Art. 356 . Se houver urgência, a precatória, que conterá em resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o que a estação expedidora mencionará.

Art. 357 . São requisitos da citação por mandado:

I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação;

II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.

Art. 358 . A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.

Art. 359 . O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.

Art. 360 . Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado.

Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 362 . Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.

Parágrafo único . Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.

Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado.

§ 1o - Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital.

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 289

§ 4o - Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código.

Art. 364 . No caso do artigo anterior, no I, o prazo será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, e, no caso de no II, o prazo será de trinta dias.

Art. 365 . O edital de citação indicará:

I - o nome do juiz que a determinar;

II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo;

III- o fim para que é feita a citação;

IV- o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer;

V- o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação.

Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da publicação.

Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.

Art. 367 . O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.

Art. 368 . Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento.

Art. 369 . As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão efetuadas mediante carta rogatória.

DAS INTIMAÇÕES

Art. 370 . Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.

§ 1o - A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.

§ 2o - Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo.

§ 3o - A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1o.

§ 4o - A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.

DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS PROCESSOS DA COMPETÊNCIA DO

TRIBUNAL DO JÚRI

Da reunião e das sessões do Tribunal do Júri

Art. 461 . O julgamento não será adiado se a testemunha deixar de comparecer, salvo se uma das partes tiver requerido a sua intimação por mandado, na oportunidade de que trata o art. 422 deste Código, declarando não prescindir do depoimento e indicando a sua localização.

§ 1o - Se, intimada, a testemunha não comparecer, o juiz presidente suspenderá os trabalhos e mandará conduzi-la ou adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando a sua condução.

§ 2o - O julgamento será realizado mesmo na hipótese de a testemunha não ser encontrada no local indicado, se assim for certificado por oficial de justiça.

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290 Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS

Art. 463 . Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento.

§ 1o - O oficial de justiça fará o pregão, certificando a diligência nos autos.

§ 2o - Os jurados excluídos por impedimento ou suspeição serão computados para a constituição do número legal.

Art. 466 . Antes do sorteio dos membros do Conselho de Sentença, o juiz presidente esclarecerá sobre os impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades constantes dos arts. 448 e 449 deste Código.

§ 1o - O juiz presidente também advertirá os jurados de que, uma vez sorteados, não poderão comunicar-se entre si e com outrem, nem manifestar sua opinião sobre o processo, sob pena de exclusão do Conselho e multa, na forma do § 2o do art. 436 deste Código.

§ 2o - A incomunicabilidade será certificada nos autos pelo oficial de justiça.

DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO

Art. 485 . Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor do acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a votação.

§ 1o - Na falta de sala especial, o juiz presidente determinará que o público se retire, permanecendo somente as pessoas mencionadas no caput deste artigo.

§ 2o - O juiz presidente advertirá as partes de que não será permitida qualquer intervenção que possa perturbar a livre manifestação do Conselho e fará retirar da sala quem se portar inconvenientemente.

Art. 487 . Para assegurar o sigilo do voto, o oficial de justiça recolherá em urnas separadas as cédulas correspondentes aos votos e as não utilizadas.

Anotações:

Page 291: Apostila oficial justiça do Rio Grande do sul

Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 291

LEI Nº 11.340/2006 – LEI MARIA DA PENHA

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1 o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Art. 2 o Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

Art. 3 o Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

§ 1o - O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

§ 2o - Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enunciados no caput.

Art. 4 o Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

Art. 5 o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

III- em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

Parágrafo único . As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.

Art. 6 o A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.

Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

Anotações:

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DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

CONTRA A MULHER

Art. 7 o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

III- a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV- a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;

V- a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO

Art. 8 o A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes:

I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação;

II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas;

III- o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1o, no inciso IV do art. 3o e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal;

IV- a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher;

V- a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres;

VI- a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher;

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Intensivo Oficial de Justiça – TJ/RS 293

VII- a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;

VIII- a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia;

IX- o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.

DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

Art. 9 o A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso.

§ 1o - O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal.

§ 2o - O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica:

I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta;

II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses.

§ 3o - A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros

procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual.

DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL

Art. 10 . Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências legais cabíveis.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva de urgência deferida.

Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências:

I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;

II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;

III- fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;

IV- se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;

V- informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.

Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:

I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;

II- colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;

III- remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;

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IV- determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;

V- ouvir o agressor e as testemunhas;

VI- ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;

VII- remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.

§ 1o - O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:

I - qualificação da ofendida e do agressor;

II - nome e idade dos dependentes;

III- descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.

§ 2o - A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1o o boletim de ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida.

§ 3o - Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

DOS PROCEDIMENTOS

Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei.

Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.

Parágrafo único . Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.

Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:

I - do seu domicílio ou de sua residência;

II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;

III- do domicílio do agressor.

Art. 16 . Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.

DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

Art. 18 . Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:

I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;

II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;

III- comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.

Art. 19 . As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.

§ 1o - As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.

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§ 2o - As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados.

§ 3o - Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.

Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial.

Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

Art. 21 . A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público.

Parágrafo único . A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.

DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O AGRESSOR

Art. 22 . Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

III- proibição de determinadas condutas, entre as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;

b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;

c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;

IV- restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

§ 1o - As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.

§ 2o - Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art. 6o da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso.

§ 3o - Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.

§ 4o - Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5o e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).

DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA À OFENDIDA

Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:

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I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;

II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor;

III- determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;

IV- determinar a separação de corpos.

Art. 24 . Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras:

I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;

II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial;

III- suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;

IV- prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida.

Parágrafo único . Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e III deste artigo.

DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 25 . O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher.

Art. 26 . Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário:

I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de assistência social e de segurança, entre outros;

II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas;

III- cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei.

Art. 28 . É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado.

DA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR

Art. 29 . Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados poderão contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de saúde.

Art. 30 . Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes.

Art. 31 . Quando a complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá determinar a manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe de atendimento multidisciplinar.

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Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, poderá prever recursos para a criação e manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente.

Parágrafo único . Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o processo e o julgamento das causas referidas no caput.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34 . A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de assistência judiciária.

Art. 35 . A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas competências:

I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes em situação de violência doméstica e familiar;

II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência doméstica e familiar;

III- delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-legal especializados no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar;

IV- programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar;

V- centros de educação e de reabilitação para os agressores.

Art. 36 . A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei.

Art. 37 . A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá ser exercida, concorrentemente, pelo Ministério Público e por associação de atuação na área, regularmente constituída há pelo menos um ano, nos termos da legislação civil.

Parágrafo único . O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando entender que não há outra entidade com representatividade adequada para o ajuizamento da demanda coletiva.

Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher serão incluídas nas bases de dados dos órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de subsidiar o sistema nacional de dados e informações relativo às mulheres.

Parágrafo único . As Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal poderão remeter suas informações criminais para a base de dados do Ministério da Justiça.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no limite de suas competências e nos termos das respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada exercício financeiro, para a implementação das medidas estabelecidas nesta Lei.

Art. 40 . As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos princípios por ela adotados.

Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.

Anotações:

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