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1 SISTEMA ENDÓCRINO Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

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SISTEMA ENDÓCRINO

Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

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Constituição dos órgãos do sistema endócrino

Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios glandulares formam as glândulas, que podem ser uni ou pluricelulares. As glândulas pluricelulares não são apenas aglomerados de células que desempenham as mesmas funções básicas e têm a mesma morfologia geral e origem embrionária - o que caracteriza um tecido. São na verdade órgãos definidos com arquitetura ordenada. Elas estão envolvidas por uma cápsula conjuntiva que emite septos, dividindo-as em lobos. Vasos sangüíneos e nervos penetram nas glândulas, fornecendo alimento e estímulo nervoso para as suas funções.

Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Freqüentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atuam na coordenação e regulação das funções corporais.

ALGUNS DOS PRINCIPAIS ÓRGÃOS PRODUTORES DE HORMÔNIOS

Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas.

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HIPÓFISE OU PITUITÁRIA

Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenóide chamada tela túrcica. Nos seres humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-hipófise).

Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.

Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. São eles:

• Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireóide.

• Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal)

• Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.

• Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes).

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Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

HIPOTÁLAMO

Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino.

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O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Na mulher a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feed-back.

Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas.

Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

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O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise.

TIREÓIDE

Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

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PARATIREÓIDES

São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos

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renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas.

As glândulas endócrinas e o cálcio

ADRENAIS OU SUPRA-RENAIS

São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas glândulas. O córtex secreta três tipos de hormônios: os glicocorticóides, os mineralocorticóides e os androgênicos.

PÂNCREAS

É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são a porção endócrina,

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onde estão as células que secretam os dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose.

Imagem: AMABIS & MARTHO. Conceitos de Biologia Volume 2. São Paulo, Editora Moderna, 2001.

PRINCIPAIS HORMÔNIOS HUMANOS

GLÂNDULA HORMÔNIO FUNÇÃO

Adeno-hipófise ou lobo anterior da hipófise

Adrenocorticotrófico (ACTH) Estimula o córtex adrenal.

Tireotrófico (TSH) ou tireotrofina

Estimula a tireóide a secretar seus principais hormônios. Sua produção é estimulada pelo hormônio liberador de tireotrofina (TRH), secretado pelo hipotálamo.

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Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.

Somatotrófico (STH) ou Hormônio do Crescimento (GH)

Atua no crescimento,

promovendo o

alongamento dos ossos

e estimulando a síntese

de proteínas e o

desenvolvimento da

massa muscular.

Também aumenta a

utilização de gorduras e

inibe a captação de

glicose plasmática pelas

células, aumentando a

concentração de glicose

no sangue (inibe a

produção de insulina,

predispondo ao

diabetes).

Gonadotróficos

(sua produção é estimulada pelo hormônio liberador de gonadotrofinas - GnRH - secretado pelo hipotálamo)

Folículo estimulante (FSH)

Na mulher, estimula o desenvolvimento e a maturação dos folículos ovarianos. No homem, estimula a espermatogênese.

Luteinizante (LH)

Na mulher estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo lúteo. No homem, estimula a produção de testosterona pelas células instersticiais dos testículos.

Prolactina ou hormônio lactogênico

Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. Sua produção acentua-se no final da gestação, aumenta após o parto e persiste enquanto durar o estímulo da sucção.

Neuro-hipófise ou lobo Antidiurético (ADH) ou Regula o volume de

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posterior da hipófise

(não produz hormônios; libera na circulação dois hormônios sintetizados pelo hipotálamo)

vasopressina

urina, aumentando a permeabilidade dos túbulos renais à água e, conseqüentemente, sua reabsorção. Sua produção é estimulada pelo aumento da pressão osmótica do sangue e por hemorragias intensas. O etanol inibe sua secreção, tendo ação diurética.

Ocitocina

Imagem: AMABIS & MARTHO. Conceitos de Biologia Volume 2. São Paulo, Editora Moderna, 2001.

Na mulher, estimula a contração da musculatura uterina durante o parto e a ejeção do leite.

No homem, provoca relaxamento dos vasos e dos corpos eréteis do pênis, aumentando a irrigação sangüínea.

Lobo intermédio da hipófise Hormônio melanotrófico ou melanocortinas (MSH) ou intermedinas

Estimulam a pigmentação da pele (aceleram a síntese natural de melanina) e a síntese de hormônios esteróides pelas glândulas adrenal e gonadal. Ainda interferem na regulação da temperatura corporal, no crescimento fetal,

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secreção de prolactina, proteção do miocárdio em caso de isquemia, redução dos estoques de gordura corporal (*) etc.

(*) A leptina, hormônio secretado pelas células do tecido adiposo, ao ser liberada na

circulação periférica, atua sobre o hipotálamo, inibindo o apetite. A ligação da leptina

aos receptores hipotalâmicos estimula a secreção de MSH que, por sua vez, se liga a

outros neurônios, responsáveis pela diminuição do apetite. Entretanto, a perda de peso

observada com o tratamento com MSH sugere também sua ação direta na mobilização

dos depósitos de gordura.

Tireóide

Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3)

Regula o desenvolvimento e o metabolismo geral.

Calcitonina

Regula a taxa de cálcio no sangue, inibindo sua remoção dos ossos, o que diminui a taxa plasmática de cálcio.

Paratireoídes Paratormônio

Regula a taxa de cálcio, estimulando a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de

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cálcio no plasma.

Pâncreas

Imagem traduzida: www.mds.qmw.ac.uk/.../ glands/Pancreas.htm

Insulina

(Ilhotas de Langerhans - células beta)

Aumenta a captação de glicose pelas células e, ao mesmo tempo, inibe a utilização de ácidos graxos e estimula sua deposição no tecido adiposo. No fígado, estimula a captação da glicose plasmática e sua conversão em glicogênio. Portanto, provoca a diminuição da concentração de glicose no sangue.

Glucagon

(Ilhotas de Langerhans - células alfa)

Ativa a enzima fosforilase, que fraciona as moléculas de glicogênio do fígado em moléculas de glicose, que passam para o sangue, elevando a glicemia (taxa de glicose sangüínea).

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Adrenais ou Supra-renais

Imagens: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.

córtex

Glicocorticóides (principal: Cortisol)

Estimulam a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a utilização de gorduras. Essas ações elevam a concentração de glicose no sangue, a taxa metabólica e a geração de calor. Os glicorcoticóides também diminuem a migração de glóbulos brancos para os locais inflamados, determinando menor liberação de substâncias capazes de dilatar as arteríolas da região; conseqüentemente, há diminuição da reação inflamatória.

Mineralocorticóides (aldosterona)

Aumentam a reabsorção, nos túbulos renais, de água e de íons sódio e cloreto, aumentando a pressão arterial.

Andrógenos

Desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários

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masculinos.

medula Adrenalina

Promove taquicardia (batimento cardíaco acelerado), aumento da pressão arterial e das freqüências cardíaca e respiratória, aumento da secreção do suor, da glicose sangüínea, da atividade mental e constrição dos vasos sangüíneos da pele.

Testículos

Testosterona (andrógeno)

Promove o desenvolvimento e o crescimento dos testículos, além do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos, aumento da libido (desejo sexual), aumento da massa muscular e da agressividade.

Ovários Estrógenos

Promove o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos e da parede uterina (endométrio); estimula o

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crescimento e a calcificação óssea, inibindo a remoção desse íon do osso e protegendo contra a osteoporose; protege contra a aterosclerose (deposição de placas de gorduras nas artérias).

Progesterona

Modificações orgânicas da gravidez, como preparação do útero para aceitação do óvulo fertilizado e das mamas para a lactação. Inibe as contrações uterinas, impedindo a expulsão do feto em desenvolvimento

ELES TAMBÉM SENTEM: As grávidas não são as únicas da família a experimentar uma montanha russa hormonal. Os papais de primeira viagem também passam por mudanças antes e depois do nascimento dos filhos. A conclusão faz parte de um estudo da Universidade de Ontário, no Canadá, publicado na revista norte-americana Scientific American. A pesquisa recrutou 23 “grávidos” no primeiro trimestre de gestação e 14 homens que não eram pais. A partir de amostras de saliva de todos, foram medidos os níveis de testosterona, cortisol futuros. Os futuros pais apresentavam um índice mais baixo de testosterona e cortisol. Em contrapartida, apresentavam aumento nos níveis de estradiol (estrógeno). (texto “Eles também sentem”, extraído do Jornal Correio

Braziliense, edição 1º/07/2001)

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AS PRINCIPAIS DISFUNÇÕES HORMONAIS NO HOMEM.

Glândula Disfunção Sintomas

Adeno-hipófise (hormônio somatotrófico)

Hipofunção – nanismo Baixa estatura

Hiperfunção – gigantismo

Grande estatura

Hipofunção no adulto (rara)

Alterações no controle da glicemia e descalcificação óssea.

Hiperfunção no adulto - acromegalia

Espessamento ósseo anormal nos dedos, queixo, nariz, mandíbula, arcada superciliar

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Neuro-hipófise (hormônio antidiurético)

Hipofunção – diabetes insípido

Urina abundante e diluída (até vinte litros por dia), o que provoca muita sede. Nesse processo não se verifica excesso de glicose no sangue nem na urina, daí o nome insípido.

Tireóide (T3 e T4)

Hipofunção na criança: cretinismo biológico (hipotireoidismo em crianças)

Retardamento no desenvolvimento físico, mental e sexual.

Hipofunção no adulto: bócio endêmico

(hipotireoidismo em adultos)

Crescimento exagerado da glândula por deficiência de iodo na alimentação (bócio), apatia, sonolência, obesidade, sensação de frio, pele seca e fria, fala arrastada, edema (inchaço - mixedema), pressão arterial e freqüência cardíaca baixas.

Hiperfunção da glândula: hipertireoidismo

Alto metabolismo, emagrecimento, agitação, nervosismo, pele quente e úmida, aumento da pressão arterial, episódios de taquicardia, sensação contínua de calor, globo ocular saliente (exoftalmia).

Paratireóide (paratormônio)

Hipofunção: tetania fisiológica

Exagerada excitabilidade neuromuscular, contrações musculares tetânicas.

Pâncreas (insulina) Hipofunção: diabetes mellitus

Hiperglicemia (alta taxa de glicose no sangue), poliúria (aumenta do volume de água na urina), glicosúria (perda de glicose pela urina), aumento da sede (polidipsia),

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metabolismo alterado de lipídios, carboidratos e proteínas, risco aumentado de complicações por doença vascular, dificuldade de cicatrização. Como as células têm dificuldade para utilizar a glicose, ocorre perda de peso e utilização das reservas de ácidos graxos do tecido adiposo, cuja oxidação parcial tende a provocar acúmulo de corpos cetônicos, que são perdidos na urina (cetonúria), coma diabético, desidratação.

Adrenais (córtex)

Hipofunção: doença de Addison

Pressão arterial baixa, fraqueza muscular, distúrbios digestivos, como náuseas e vômitos, aumento da perda urinária de sódio e de cloreto, aumento da concentração plasmática de potássio, melanização da pele, embotamento mental, enfraquecimento geral. Emagrecimento.

Hiperfunção, nas mulheres: virilização

Acentuação dos caracteres sexuais masculinos: pêlos no rosto, mudança no tom de voz, desenvolvimento muscular.

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/24082

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HIPERTIREOIDISMO: SINTOMAS

O hipertireoidismo ocorre quando há uma produção excessiva dos hormônios da tireóide (T3 e T4). Em sua forma mais suave, não apresenta sintomas facilmente diagnosticáveis ou apenas distúrbios como fraqueza ou sensação de desconforto. Entretanto, em seu aspecto mais grave, a doença pode até matar. Há risco da disfunção afetar a gravidez ou a fertilidade feminina, entre outros males.

Ocorre um aumento no volume da tireóide durante o hipertireoidismo, o que também pode ser associado a outros sintomas, como:

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• Aceleração dos batimentos cardíacos acima de 100 por minuto (chamada taquicardia)

• Irregularidade no ritmo cardíaco, principalmente em pacientes com mais de 60 anos

• Nervosismo, ansiedade e irritação • Mãos trêmulas e sudoreicas • Perda de apetite • Intolerância a temperaturas quentes e probabilidade de aumento da

sudorese • Queda de cabelo e/ou fraqueza do couro cabeludo • Rápido crescimento das unhas, com tendência à descamação das

mesmas • Fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas • Intestino solto • Perda de peso importante • Alterações no período menstrual • Aumento da probabilidade de aborto • Olhar fixo • Protusão dos olhos (exoftalmia), com ou sem visão dupla (em pacientes

com a Doença de Graves) • Acelerada perda de cálcio dos ossos com aumento do risco de

osteoporose e fraturas.

Entre as causas para o hipertireoidismo estão a Doença de Graves, o bócio, a existência de um nódulo tóxico (que produz mais hormônio tireoideano que o necessário), tireoidite subaguda, silenciosa ou pós-parto, ingestão excessiva de iodo (presente em comprimidos de alga, expectorantes ou em amiodarona, usada em remédios para arritmia cardíaca) e a superdosagem de hormônio tireoideano.

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HIPOTIREOIDISMO: SINTOMAS

Assim como o hipertireoidismo, o hipotireoidismo também causa um aumento de volume da tireóide. Contudo, esse aumento não é acompanhado de mais produção dos hormônios tireoidianos, mas sim pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

Como outros males da tireóide, o hipotireoidismo é mais comum em mulheres, mas pode ocorrer em qualquer indivíduo independente de gênero ou idade. Os endocrinologistas orientam mulheres, especialmente acima de 40 anos, a fazerem o auto exame da tireóide regularmente. Entre os sintomas do hipotireoidismo estão:

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• Depressão • Desaceleração dos batimentos cardíacos • Intestino preso • Menstruação irregular • Diminuição da memória • Cansaço excessivo • Dores musculares • Sonolência excessiva • Pele seca • Queda de cabelo • Ganho de peso • Aumento do colesterol no sangue

Na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação denominada Tireoidite de Hashimoto ,uma disfunção auto-imune. O hipotireoidismo também afeta recém-nascidos. Nesses casos, o problema é diagnosticado pelo conhecido "teste do pezinho" e o tratamento deve ser iniciado imediatamente.

As complicações causadas pelo hipotireoidismo são normalizadas por meio das prescrições do médico. Quando o tratamento não é adequado, o paciente pode sentir anemia, coronariopatia e desordens gastrointestinais, neurológicas, endócrinas, metabólicas e renais. Também são comuns as disfunções respiratórias, dislipidemia, glaucoma, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e, no caso de recém-nascidos, retardo mental, surdez e deficiência de crescimento.

HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO

O hipotireoidismo congênito (HC) é um mal hereditário que impossibilita o organismo de gerar o hormônio tireoidiano T4, impedindo o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido. O HC é a causa mais comum de retardo mental.

É possível diagnosticar a doença e iniciar o tratamento evitando suas conseqüências, porém é preciso que seja feito na primeira semana de nascimento, por isso, a realização do Teste do Pezinho é fundamental. A triagem neonatal detecta o HC. No Brasil, o Teste do Pezinho é obrigatório e em estados, como Santa Catarina, a abrangência é de 100% dos nascidos.

A cura inclui administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê fique bom e tenha uma vida normal. Cerca de um a cada 4.000 recém-nascidos possuem esse distúrbio.

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BÓCIO

O bócio é o aumento de volume na tireóide por causa do hipotireoidismo ou hipertireoidismo. Os pacientes costumam sentir dificuldade para engolir alimentos e respirar, tosse e rouquidão, entre outros sintomas. O aumento de volume é notado também no pescoço.

Após o auto-exame, os pacientes devem procurar um endocrinologista para um exame clínico completo para confirmação ou não do diagnóstico. O tratamento pode ser feito com medicamentos ou com cirurgia, dependendo da doença.

CRETINISMO E MIXEDEMA

CRETINISMO

O cretinismo é uma deficiência mental causada pelo hipotireoidismo congênito, durante o desenvolvimento do recém-nascido. Nesse período, a ausência do hormônio tiroxina atrapalha o amadurecimento cerebral.

A principal causa do distúrbio é um defeito na formação da tireóide, mas também é possível que ocorra por uma deficiência enzimática durante o desenvolvimento do hormônio. Ocorre um caso de cretinismo a cada três mil nascimentos e é possível identificar a doença por meio do Teste do Pezinho.

É fundamental realizar este exame já que a doença não se manifesta logo depois do nascimento e é possível preveni-la nesse período. Mesmo com problemas na tireóide, o recém-nascido aparenta funções normais, pois foi suprido com o hormônio pela mãe. Mas, semanas após o nascimento, o bebê já pode começar a apresentar lentidão nos movimentos, crescimento físico lento e desenvolvimento mental deficiente. As seqüelas são irreversíveis na idade adulta.

MIXEDEMA

Geralmente causado por um hipotireoidismo prolongado, o mixedema é um edema duro e com aspecto de pele opaca. O distúrbio ocorre cinco vezes mais freqüentemente em mulheres do que nos homens.

Indivíduos com mixedema apresentam edemas na face e nas pálpebras formando "bolsas" sob os olhos. Também ocorre o acúmulo de proteínas produzidas no hipotireoidismo.

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TIREOIDITE

A tireoidite é um conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireóide. Em alguns casos, o paciente sente dores, mas em outros são os sintomas básicos do hipertireoidismo ou do hipotireoidismo. As tireoidites são:

Tireoidite subaguda (ou tireoidite de Quervain): Não tem causa conhecida e resulta em um aumento doloroso da glândula e na liberação de grandes quantidades de hormônio no sangue.

Tireoidite pós-parto: Cerca de 5 a 10% das mulheres manifestam hipertireoidismo leve a moderado alguns meses após o parto. Nesses casos, o distúrbio costuma durar de um a dois meses e, freqüentemente, é seguido por vários meses de hipotireoidismo antes do organismo se normalizar espontaneamente. Entretanto, em alguns casos, a tireóide não se recupera, e o hipotireoidismo se torna permanente, sendo necessária a reposição hormonal ao longo da vida.

Tireoidite silenciosa: O hipertireoidismo transitório pode ser causado por uma tireoidite silenciosa, uma condição que parece semelhante à tireoidite pós-parto, mas não está relacionada à gestação e não é acompanhada de dor na glândula.

Tireoidite crônica (ou Tireoidite de Hashimoto): É uma moléstia auto-imune com a presença de auto-anticorpos que destroem o tecido tireoidiano. As manifestações da Tireoidite de Hashimoto são extremamente variáveis, podendo ser do tipo hipo, hiper ou eutireoidismo. O principal sintoma é a presença de um bócio indolor, que pode não aparecer no estágio avançado da doença.

Tireoidite fibrótica (ou Tireoidite de Riedel): Distúrbio fibro-inflamatório raro que pode causar hipotireoidismo. As lesões causadas pela tiroidite fibrótica podem piorar de forma lenta e progressiva se não forem tratadas. Em alguns casos, o tecido da tireóide pode ser totalmente destruído. Pacientes com este mal costumam sentir falta de ar, sensação de sufocamento e disfagia

CÂNCER DE TIREÓIDE

O câncer de tireóide é tipo mais raro de câncer, mas pode ser diagnosticado precocemente, aumentando as possibilidades de sucesso do tratamento. Embora seja três vezes mais freqüente em mulheres, a doença afeta também homens. A faixa etária de mais risco é entre 25 e 65 anos.

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Ele se desenvolve a partir de um tumor maligno, que cresce dentro da glândula da tireóide e, normalmente, é descoberto por meio do auto-exame. É fundamental que o paciente procure um endocrinologista, para acompanhar o tratamento. Mesmo depois de encerrado é recomendada a visita regular ao especialista, para evitar que o câncer reapareça.

Aproximadamente 10% da população adulta têm nódulos tireoideanos, mas, desse número, cerca de 90% são benignos. A incidência da doença aumentou em 10% na última década, mas sua mortalidade diminuiu. De 65 a 80% dos casos são diagnosticados como câncer de tireóide papilar; de 10 a 15%, são foliculares; de 5 a 10% são medulares e de 3 a 5% dos diagnosticados como anaplásicos.

TIPOS DE CÂNCER DE TIREÓIDE

- Carcinoma papilifero - é o mais comum. Pode aparecer em pacientes de qualquer idade, mas é mais freqüente entre 30 e 50 anos. Estima-se que uma a cada mil pessoas tem ou já teve este tipo de câncer. A taxa de cura é alta, chegando a quase 100%.

- Carcinoma folicular - Costuma ocorrer em indivíduos com mais de 40 anos. É mais agressivo do que o papilífero. Em dois terços dos casos, não têm tendência à disseminação. Um tipo de carcinoma folicular mais agressivo é o hurthle, que atinge pessoas com mais de 60 anos.

- Carcinoma medular - Afeta as células parafoliculares, responsáveis pela produção da calcitonia, hormônio que contribui na regulação do nível sanguíneo de cálcio. É de difícil tratamento e, usualmente, se apresenta de moderado a muito agressivo.

- Carcinoma anaplásico ou inmedular - Extremamente raro. Contudo, é do tipo mais agressivo e tem o tratamento mais difícil. É responsável por dois terços dos óbitos de câncer da tireóide.

DOENÇA DE GRAVES

Doença de Graves é uma doença auto-imune, que gera uma anomalia no funcionamento da glândula tireóide. Também é a única forma de hipertireoidismo que apresenta como sintoma irritação nos olhos e pálpebras, além das manifestações mais comuns.

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A causa é incerta, mas acredita-se que os anticorpos estimulam uma produção de hormônios tireoidianos. Pode ser diagnosticado pelo aumento de volume da tireóide e pelo excesso de hormônios produzidos pela glândula no sangue.

MTC

DIFERENCIAÇÃO DE SÍNDROME

� Na MTC o hipertireoidismo é inserido na categoria de Bócio (jiǎ zhuàng

xiàn).

� Origem do Bócio: depressão emocional e na estagnação do Qi do Fígado.

� Estagnação prolongada do Qi transforma-se em Fogo, gera fleuma e induz estagnação de sangue.

� Fleuma com estagnação de sangue, à região do pescoço, acaba por gerar bócio.

SINTOMAS PELA MTC

� Insônia, palpitações e sudorese excessiva: Sinais de Fogo no coração e deficiência de Yin do Coração.

� Irritabilidade e tremor das mãos: Fogo do Fígado e deficiência do Yin do Fígado.

� Fome freqüente, ingestão excessiva de alimentos, emagrecimento e sede (preferência por bebidas frias): Fogo no Estômago e deficiência de Yin no Estômago.

VISÃO DA MTC

� DIAGNÓSTICO:

• Deficiência do Yin;

• Deficiência do Qi (fadiga e respiração encurtada);

• Padrão: Fogo por deficiência de Yin, estagnação de Fleuma, estagnação de sangue e deficiência do Qi.

• Síndrome deficiência-excesso

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� TRATAMENTO:

• Nutrir o Yin

• Drenar o Fogo

• Reduzir Fleuma

• Remover estagnação

• Tonificar o Qi

PONTOS:

R3; R6; R7; PC5; PC6; B2; B10; IG4; IG11; E10; E36; E40; VC22; VB1; P6; F3; BP6

SUGESTÃO E DISCUSSÃO DE PONTOS.

• PC6, PC5 = drenar Fogo do Coração (principalmente palpitações) • F3 = drenar Fogo do Fígado(irritabilidade emocional e tremor das mãos) • IG4 = tratamento da cabeça e dos olhos • E40 = drena Fogo do Estômago e redução de Fleuma • IG11:drenar e clarear o Fogo • Canais Yang Ming(IG e E), promove fluência do Qi nestes canais,

reduzindo aumento tireoidiano do pescoço. • B10, B2, VB1 = exoftalmia • E10 = m. esternocleidomastóideo= eficaz no tratamento da tireóide. • VC22 = revigora Qi, elimina Fleuma e resolve encurtamento da

respiração.

DIFERENCIAÇÃO DE SÍNDROME

� Na MTC hipotireoidismo é chamado de xū láo = “EXAUSTÃO” ( ou fadiga por deficiência)

� xū = VAZIO � pí láo = FADIGA

HIPOTIREOIDISMO NA MTC

� Interior � Frio � Vazio � Yang (Deficiente)

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PADRÕES DE DESARMONIA

• Deficiência Xue do Gan • Deficiência do Qi do Pi • Deficiência do Yang do Pi • Umidade Fria do Pi • Deficiência Yang do Shen

DEFICIÊNCIA DE XUE DO GAN

CARACTERÍSTICAS:

• Visão turva • Pele e cabelo secos • Unhas fracas e quebradiças • Memória fraca • Insônia • Menstruação escassa ou amenorréia • Cãimbras • Rigidez muscular/articular

DEFICIÊNCIA DO QI DO PI

CARACTERÍSTICAS:

• Palidez • Cansaço • Falta de apetite • Distensão abdominal • Má digestão • Náusea • Fraqueza nos membros

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DEFICIÊNCIA DO YANG DO PI

CARACTERÍSTICAS:

• Cansaço • Edema • Sensação de frio • Pouco apetite • Distensão abdominal • Fraqueza dos membros • Tendência à obesidade • Má digestão

UMIDADE FRIA DO PI

CARACTERÍSTICAS:

• Letargia • Diminuição do apetite • Edema • Estufamento abdominal

DEFICIÊNCIA DO YANG DO SHEN

CARACTERÍSTICAS:

• Cansaço • Hipoacusia • Sensação de frio • Fraqueza nas pernas • Edema de MMII • Tontura • Zumbido • Infertilidade

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PRINCÍPIO DE TRATAMENTO

• Tonificar Xue do Gan • Tonificar o Qi do Pi • Tonificar oYang do Pi • Dissipar a umidade fria do Pi • Tonificar o Yang do Shen

SUGESTÃO DE PONTOS

IG4 e F3: agem no eixo hipotálamo-hipofisário, harmonizam o topo e a base, assentam a alma etérea, ativam a circulação de Qi e Xue

BP6: ponto de cruzamento dos 3 canais Yin do pé, tonifica o Qi / Xue e a Essência, drena a umidade, regula a menstruação

ID17 e IG18: pontos janela do céu, drenam a umidade, beneficiam a cabeça, harmonizam a circulação de Qi e Xue.

F8: harmoniza e tonifica o Xue Qi.

F13: alivia a retenção alimentar e beneficia o Wei e o Pi.

E36: tonifica o Qi da nutrição e o Xue, tonifica o Shen, drena a umidade e a umidade-fria, fortalece o Qi do Pi e do Wei.

E25: fortalece o Pi, dispersa a umidade e a umidade-fria, regulariza a menstruação, dispersa a estagnação dos alimentos no Wei e nos intestinos, aquece o frio.

VC12: fortalece o Qi do Pi, redireciona o Qi contra corrente, harmoniza Qi e Xue, dispersa a umidade.

B20: harmoniza Xue, o Qi do Pi e do Gan, drena a umidade.

B23:tonifica o Shen, fortalece o Qi da audição, aquece o Yang Qi e o frio.

R7: tonifica o Shen, dissipa a umidade.

VC4: tonifica Shen, fortalece o Yang , Tonifica Xue, dispersa a umidade e a umidade-fria, harmoniza o Qi do útero e da procriação.

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VG4: fortalece o Shen Qi e a região lombar, fortalece o Qi da procriação, aquece o Yang, dissipa a umidade e a umidade fria, harmoniza Xue.

VB34: ativa a circulação de Xue, regulariza a mobilidade das articulações, fortalece os tendões e músculos, fortalece os ossos e os joelhos.

BP9: harmoniza, tonifica e aquece o Pi, dissolve a umidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA – DISFUNÇÕES DA TIREÓIDE.

MARCONDES M., SUSTOVICH D. R., RAMOS O. L. Clínica Médica Propedêutica e Fisiopatologia. Editora Guanabara Koogan Rio de Janeiro- RJ, 1979, 2ª edição

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SANTOS E. Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa. Editora ícone, 2002, São Paulo- SP. 1ª edição

XINNONG C. Acupuntura e Moxibustão Chinesa. Editora Roca, 1999, 1ª edição.

ALMEIDA, C. A. de et al . Hipertiroidismo por doença de Graves durante a gestação. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. , Rio de Janeiro, v. 27, n. 5, May 2005 .

GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. Guanabara Koogan: 9 edição

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COTRAN; KUMAR; COLLINS. Patologia estrutural e functional. 6º edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000

SEFRIAN, M; LOPES, C. Ponto! Atlas topográfico de acupuntura. 1 edição. São Paulo: Editora Ponto crítico, 2007

ROSS, J. Zang Fu. 1 edição. São Paulo: Editora Roca, 2003.

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CHONGHUO T. Tratado de Medicina Chinesa. São Paulo : Roca, 1993. 1ª edição

CONTI, B Z. Acupuntura no tratamento do hipotireoidismo. CBES 2008 SP

MENEZES, LMT. Atuação da MTC no hipotireoidismo com identificação dos padrões patológicos e desenvolvimento e sugestão de um protocolo de tratamento. CBES 2008 SP

www.tireoide.com.br

www.abcdasaude.com.br

www.cirurgiaendocrina.com.br

www.discoverybrasil.com.br

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DIABETES MELLITUS

REDEFININDO CRITÉRIOS DE GLICEMIA DE JEJUM. A Associação Americana de Diabetes (ADA) publicou em 28 de outubro de 2003 no jornal Diabetes Care, a nova definição para glicemia de jejum alterada (Impaired Fasting Glucose), ou seja, um estágio conhecido pela população como “pré-diabetes”. Pessoas que anteriormente não se enquadravam neste diagnóstico e tinham sua ficha médica “limpa” passarão a ter diagnóstico de pré-diabetes. Milhões de americanos serão incluídos neste critério de glicemia de jejum alterada. Atualmente, o screening de diabetes e de pré-diabetes é recomendado pela ADA para os pacientes com fatores associados como obesidade, idade igual ou maior do que anos, história familiar de diabetes ou diabetes gestacional prévia. Se o teste for normal, é recomendada a retestagem a cada três anos. Se for diagnosticado pré-diabetes ou intolerância à glicose, existe um maior risco do paciente desenvolver diabetes dentro dos próximos 10 anos e já se inicia o tratamento com medidas de dieta e exercícios.

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CONCEITO: O DM é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos, e proteínas. As conseqüências do DM, a longo prazo, incluem disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sangüíneos.

PREVALENCIA: A prevalência do Diabetes Mellitus é de 3% da população total.

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CLASSIFICAÇÃO:A classificação atual do Diabetes Mellitus é a seguinte:

• - DM tipo 1: destruição da célula • - DM tipo 2: graus variados de resistência insulínica e de deficiência na

secreção de • insulina. • - GESTACIONAL• - OUTROS TIPOS:

doenças e • desencadeado pelo uso de fármacos diabetogênicos.

Consequentemente, os termos anteriormente utilizados como DM insulinodependente e não-insulino

DIAGNÓSTICOO diagnóstico de Diabetes Mellitus é confirmado laboratorialmente. Omostra as faixas de alterações laboratoriais que definem as categorias deglicose e o diagnóstico de Diabetes

CLASSIFICAÇÃO: A classificação atual do Diabetes Mellitus é a seguinte:

destruição da célula β, levando à deficiência absoluta de insulina.graus variados de resistência insulínica e de deficiência na

GESTACIONAL OUTROS TIPOS: decorrentes de defeitos genéticos, associado com outras

desencadeado pelo uso de fármacos diabetogênicos.

Consequentemente, os termos anteriormente utilizados como DM insulinoinsulino-dependente não devem ser mais empregados.

DIAGNÓSTICO: O diagnóstico de Diabetes Mellitus é confirmado laboratorialmente. Omostra as faixas de alterações laboratoriais que definem as categorias deglicose e o diagnóstico de Diabetes Mellitus.

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, levando à deficiência absoluta de insulina. graus variados de resistência insulínica e de deficiência na

decorrentes de defeitos genéticos, associado com outras

Consequentemente, os termos anteriormente utilizados como DM insulino-devem ser mais empregados.

O diagnóstico de Diabetes Mellitus é confirmado laboratorialmente. O quadro a seguir mostra as faixas de alterações laboratoriais que definem as categorias de tolerância à

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OS SEGUINTES SINAIS E SINTOMAS DEVEM ALERTAR PARA A POSSIBILIDADE DE DIABETES MELLITUS: - poliúria / nictúria; - Polidipsia / boca seca/Polifagia; - Emagrecimento rápido/Fraqueza / astenia / letargia; - Prurido vulvar ou balanopostite; - Diminuição brusca da acuidade visual; - Achado de hiperglicemia ou glicosúria em exames de rotina; - Sinais ou sintomas relacionados às complicações de DM: proteinúria, neuropatia periférica, retinopatia, ulcerações crônicas nos pés, doença vascular aterosclerótica, impotência sexual, paralisia oculomotora, infecções urinárias ou cutâneas de repetição. O rastreamento laboratorial para descoberta de novos casos de Diabetes Mellitus deve levar em conta a presença de fatores de risco para a doença:

CONDIÇÕES DE RISCO QUE JUSTIFICAM O RASTREAMENTO DO DM TIPO 2: - Idade maior que 40 anos; - Histórico familiar ( pais, filhos, irmãos, etc. ) de DM ; - IMC maior que 27 kg/m2; - Aumento da RCQ(circunferência da cintura e do quadril para cálculo da RCQ – Relação Cintura-Quadril, (RCQ normal: homens, até 1 m; mulher, até 0,80 m); - Hipertensão Arterial; - Presença de doença vascular aterosclerótica antes dos 50 anos; - Histórico prévio de hiperglicemia e/ou glicosúria;

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- Mães de recém-nascido com mais de 4 kg; - Mulheres com antecedentes de abortos frequentes, partos prematuros, mortalidade perinatal, polidrâmnio, diabetes gestacional; - HDL-colesterol menor ou igual a 35 mg/dl; - Triglicérides maior ou igual a 200 mg/dl; - Uso de medicamentos diabetogênicos ( corticóides, anticoncepcionais, dentre outros ); - Sedentarismo.

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DIABETES MELLITUS - XIAO KE

� De acordo com Zhufan e Jiazhen (1997), Diabetes mellitus é conhecido como xiāo kě , isto é, uma síndrome caracterizada pela polidipsia, polifagia, poliúria. A Diabetes também é chamado de táng niào bìng que significa doença do açucar na urina.

� Para Yamamura (2001) os órgãos envolvidos na diabetes mellitus tipo I

são o Pi (BP), Shen (Rim) e Gan (Fígado) na diabetes mellitus tipo II o Pi (BP) e Shen (Rim) .

Danos no Pi e Wei Causados Pela Má Alimentação Ingestão excessiva de alimentos gordurosos ou o consumo excessivo de bebidas alcoólicas danificam o BP e o E de acordo com Zhufan e Jiazhen (1997), afetando as funções de transformação e transporte. Estas disfunções produzem calor endógeno, que se acumula no interior do organismo e consome os nutrientes e o Jin-Ye, levando ao surgimento de diabetes.

Danos ao Gan Devido às Alterações Emocionais Para Zhufan e Jiazhen (1997) a ansiedade, o acesso de raiva e a depressão mental danificam o Gan, provocando estagnação do Qi do Gan, que pode se transformar em calor patogênico, que consome Jin-Ye e eventualmente leva ao surgimento do diabetes.

Deficiência de Shen A falta de moderação na vida sexual ou a deficiência congênita do Jing provocam a diminuição do Qi do Shen (RIM), segundo Zhufan e Jiazhen (1997). A insuficiência do Qi do Shen provoca disfunção do Shen em controlar o Pang guang no armazenamento e excreção da urina, levando ao surgimento da poliúria.

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Diabetes com acometimento do Jiao superior Para Rogers (1997) o calor patogênico consome o yin de Fei, afetando o Jiao superior. Ocorrendo a injúria de Jin-Ye por calor no Fei. As principais manifestações são: sede intensa, secura

Diabetes com acometimento do Jiao médio De acordo com Zhufan e Jiazhen (1997) o calor excessivo leva a secura e injúria com consumo do Yin do Wei, afetando o Jiao médio. As principais manifestações são: polifagia, emagrecimento, constipação, língua vermelha com revestimento seco e amarelo, pulso forte e escorregadio.

Diabetes com acometimento do Jiao inferior Por deficiência de Yin: caracteriza-se pela deterioração do quadro clínico devido a deficiência congênita do Jing e o consumo do Yin do Shen. As principais manifestações são: poliúria, urina turva, xerostomia, língua vermelha com revestimento escasso e pulso fino e rápido. Pela deficiência do Yin e do Yang: caracteriza-se pela deterioração das deficiências do Yin e do Yang do Shen (Rim). As principais manifestações são: poliúria grave, urina turva, fadiga, sudorese espontânea, encurtamento da respiração, impotência, compleição escura, língua pálida com revestimento branco, pulso fraco e encondido. PONTOS MAIS CITADOS PELOS AUTORES

� Pishu (B20); � Geshu (B17); � Yishu (extra); � Zusanli (E36); � Sanyinjiao (BP6); � Feishu (B13); � Weishu (B17); � Ganshu (B18); � Zhongwan (VC12); � Guanyuan (VC4); � Shenmem (TA7); � Rangu (R2); � Yinligquan (BP9);

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TRATAMENTO PARA O JIAO SUPERIOR Tem como princípio de tratamento fortificar e tonificar o Yin B13 = Fortificar Fei e remover calor do Fei P5 = Remover calor Fei VC23 = nutrir Jin-Ye E36 = ajudar o B13 a fortificar Fei TRATAMENTO PARA O JIAO MÉDIO Tem como princípio de tratamento remover secura do Wei e tonificar Yin B20 = Ponto Shu para drenar calor do Jiao médio B21 = Ponto Shu para drenar calor do Jiao médio E36 = Ponto Ho-mar, reunião, terra do horário do Wei E44 = remover secura do Wei R3 = remover calor e secura do Wei Yishu = tonificar o Yin TRATAMENTO PARA O JIAO INFERIOR Tem como princípio de tratamento tonificar o Shen e o Jing B13 = Tonificar Shen VC4 = Nutrir e estabilizar o Shen BP6 = Beneficiar Shen, Pi e Gan R3 = Tonificar Shen, acalma o calor-vazio

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - DIABETES http://www.hcrp.fmrp.usp.br/axgfiles/arqs/pdf/Portaria%20SCTIE%2068.pdf> <http://www.hcrp.fmrp.usp.br/axgfiles/arqs/pdf/Portaria%20SCTIE%2068.pdf > <http://www.diabetes.org.br/diabetes/tipos/dm2.php> <http://www.diabetes.org.br/diabetes/tipos/dm1.php> YOUBANG, C.; LIANGYUE, D.“Fundamentos das Experiências Clínicas dos Acupunturistas Chineses Contemporâneos”. 1.ed. Roca, São Paulo, 2000. BANDEIRA, F.BANDEIRA, C.;MACEDO, G.; CALDAS,G.; CAMARGO, K.;GRIZ,L.; BANDEIRA, M. E. “Condutas em Endocrinologia” 1.ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2003. ZHUFAN, X. JIAZHEN, L. “Medicina Interna Tradicional Chinesa” 1. ed. Roca, São Paulo, 1997.

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OBESIDADE

OBESIDADEDoença crônica , de alto risco ereincidente, caracterizada pelaacumulação excessiva de gordura noorganismo , que compromete asaúde. crônica, organismo, resultade um balanço positivo entre aenergia consumida sob a forma dealimentos e a que é gasta peloindivíduo, por um longo período detempo.

IMC

IMC, ou índice de massa corporal, é um método simples e amplamente difundido de se medir a gordura corporal. A medida foi desenvolvida na Bélgica pelo estatístico e antropometrista, Adolphe Quételet.[1] É calculado dividindo o peso do indivídio em quilos pelo quadrado de sua altura em metros.

Equação: IMC = kg / m2

Onde kg é o peso do indivíduo em quilogramas e m é sua altura em metros.

As atuais definições estabelecem a seguinte convenção de valores, acordada em 1997 e publicada em 2000:[2]

• IMC menor que 18.5 é abaixo do peso • IMC entre 18.5 e 24.9 é normal • IMC entre 25.0 e 29.9 é acima do peso • IMC entre 30.0 e 39.9 é obeso/a • IMC de 40.0 ou mais é severamente (ou morbidamente) 'obeso(a)'

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Em análises clínicas, médicos levam em consideração raça, etnicidade, massa muscular, idade, sexo e outros fatores que podem influenciar a interpretação do índice. O IMC superestima gordura corporal em indivíduos muito musculosos e pode subestimá-la naqueles que tiveram perda de massa corporal (ex. idosos). Para crianças e adolescentes, também se utiliza o IMC, observando-se os percentil para idade e sexo, como critério de adiposidade. Há uma grande variedade de critérios para definir sobrepeso e obesidade na infância o que dificulta as comparações entre os estudos de prevalência . O critério mais utilizados atualmente é aquele sugerido em 2000 pelo Center for Disease Control (CDC)3 quando revisando suas tabelas de crescimento que datam de 1977, incluíram as tabelas de IMC para indivíduos de 2 a 19 anos de idade, e recomendaram a utilização dos termos “risco de sobrepeso” para aqueles com IMC para idade e sexo em percentil > 85 e o termo “sobrepeso” para aqueles com IMC para idade e sexo em percentil > 95. Na prática clinica tais termos foram substituídos por sobrepeso e obesidade respectivamente. Procura-se encontrar um índice de pontos de corte de IMC que possa mostrar continuidade desde a infância `a idade adulta, com o objetivo de correlacionar a obesidade e comorbidades nestas diferentes faixas etárias. Nesse sentido, o estudo realizado por Cole et al (2000)4, em seis países (Inglaterra, Brasil, Hong Kong, Singapura, Holanda e EUA), tem sido aceito e recomendado pelo IOTF para estudos epidemiológicos populacionais. Os autores desenvolveram pontos de corte para sobrepeso e obesidade a partir da correlação entre os percentil de IMC > 85 e > 95 para idade e sexo na faixa etária pediátrica que, aos 18 anos, correspondem aos pontos de corte para sobrepeso (> 25 Kg/m²) e obesidade (> 30 Kg/m²) na faixa etária adulta.

CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA

O IMC não distingue entre diferentes tipos de adiposidade, alguns dos quais podem estar mais associados a doença cardiovascular. Estudos mais recentes dos diferentes tipos de tecido adiposo têm demonstrado, por exemplo, que a obesidade central (em forma de maçã, tipicamente masculina) tem uma correlação muito superior à doença cardiovascular que o IMC por si só.

A circunferência absoluta (>102 cm para homens e >88 cm para mulheres) e o índice cintura-quadril (>0.9 para homens e >0.85 para mulheres) são, ambos, utilizados como medidas da obesidade central.

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MEDIÇÃO DE GORDURA CORPÓREA

Uma maneira alternativa de determinar obesidade é medindo a porcentagem de gordura corpórea. Médicos e cientistas, em geral, concordam que homens com mais de 25% de gordura e mulheres com mais de 30% de gordura são obesos. Porém, é difícil medir a gordura corporal com precisão. O método mais aceito é a pesagem do indivíduo debaixo d’água, mas só é possível em laboratórios especializados que dispõem do equipamento. Os dois métodos mais simples são o teste da dobra, no qual a pele do abdómen é pinçada e medida para determinar a grossura da camada de gordura subcutânea; e o teste de impedância bioelétrica, que só pode ser realizado em clínicas especializadas e não deve ser feito com freqüência. Outras formas de medir a gordura corporal incluem a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

FATORES DE RISCO E COMORBIDADES

A presença de fatores de risco e outras doenças também é utilizada no diagnóstico da obesidade. Arteriosclerose coronariana, diabetes mellitus tipo 2 e apnéia do sono representam ameaças à vida do paciente que indicariam a urgência de tratamento clínico da obesidade.

IMPACTO NA SAÚDE

Um grande número de condições médicas e psicológicas estão associadas à obesidade. São categorizadas como sendo originadas por aumento da massa de gordura (osteoartrite, apnéia do sono obstrutiva e estigma social) ou pelo aumento no número de células adiposas (diabetes, câncer, doença cardiovascular e hepatite).

Enquanto a obesidade tem diversas implicações para a saúde, o sobrepeso não está associado a um aumento na taxa de mortalidade ou morbidade.

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CAUSAS E MECANISMOS

Estilo de vida

Pesquisadores já concluíram que o do aumento da incidência de obesidade em sociedades ocidentais nos últimos 25 anos do século 20 teve como principais causas o consumo excessivo de nutrientes combinado com crescente sedentarismo.

Embora informações sobre o conteúdo nutricional dos alimentos esteja bastante disponível nas embalagens dos alimentos, na internet, em consultórios médicos e em escolas, é evidente que o consumo excessivo de alimentos continua sendo um problema. Devido a diversos fatores sociológicos, o consumo médio de calorias quase quadruplicou entre 1977 e 1995.

Porém, a dieta, por si só, não explica o significativo aumento nas taxas de obesidade em boa parte do mundo industrializado nos anos recentes. Um estilo de vida cada vez mais sedentário teve um papel importante. Outros fatores que podem ter contribuído para esse aumento – ainda que sua ligação direta com a obesidade não seja tão bem estabelecida – o estresse da vida moderna e sono insuficiente.

Genética

Como tantas condições médicas, o desequilíbrio metabólico que resulta em obesidade é fruto da combinação tanto de fatores ambientais quanto genéticos. Polimorfismos em diversos genes que controlam apetite e metabolismo predispõem à obesidade, mas a condição requer a disponibilidade de calorias em quantidade suficiente, e talvez outros

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fatores, para se desenvolver plenamente. Diversas condições genéticas que têm a obesidade como sintoma já foram identificadas (tais como Síndrome de Prader-Willi, Síndrome de Bardet-Biedl, síndrome de MOMO e mutações dos receptores de leptina e melanocortina), mas mutações genéticas só foram identificadas em cerca de 5% das pessoas obesas. Embora acredite-se que grande parte dos genes causadores estejam por ser identificados, é provável que boa parte da obesidade resulta da interação entre diversos genes e que fatores não genéticos também sejam importantes.

Doenças

Determinadas doenças físicas e mentais e algumas substâncias farmaceuticas podem predispôr à obesidade. Além da cura dessas situações poder diminuir a obesidade a presença de sobrepeso pode agravar a gestão de outras. Males físicos que aumentam o risco de desenvolvimento de obesidade incluem diversas síndromes congênitas (acima mencionadas), hipotiroidismo, Síndrome de Cushing e deficiência do hormônio do crescimento.

Certas enfermidades psicológicas também podem aumentar o risco de desenvolvimento de obesidade, especificamente disfunções alimentares como bulimia nervosa.

EPIDEMIOLOGIA

A obesidade caracteriza-se também como um problema de natureza estética e psicológica, além de ser um grande risco para a saúde.

Segundo um estudo realizado pela OMS, cerca de 300 milhões de pessoas atualmente são obesas. Nauru, ilha no Pacífico apresenta os maiores problemas de obesidade (80% de sua população sofrem de obesidade, sendo que o país onde há mais subnutrição é a Somália, onde 75,02% da população passam fome). Países como Barbados, EUA, Brasil também sofrem de sérios problemas com uma população acima do peso. Nos últimos vinte anos, a América Latina tem atravessado transição epidemiológica, demográfica e nutricional, refletindo em mudanças relacionadas à nutrição. Nesta população, tais alterações estão bem caracterizadas pelos levantamentos que demonstram a passagem da maior ocorrência de desnutrição para a maior ocorrência de obesidade Dá-se a esse fenômeno a denominação de Transição Nutricional 5.

No Brasil

De acordo com estudos do IBGE está aumentando o número de pessoas obesas. As pesquisas indicam que há cerca de 17 milhões de obesos no Brasil, o que representa 9,6% da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS há 300 milhões de obesos no mundo e, destes, um terço está nos países em desenvolvimento. A OMS considera a obesidade um dos dez principais problemas de saúde pública do mundo, classificando-a como epidemia.

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TRATAMENTO

O principal tratamento para obesidade é a redução da gordura corporal por meio de adequação da dieta e aumento do exercício físico. Programas de dieta e exercício produzem perda media de aproximadamente 8% da massa total (excluindo os que não concluem os programas). Nem todos ficam satisfeitos com esses resultados, mas até a perda de 5% da massa podem contribuir significativamente para a saúde.

Mais difícil do que perder peso, é manter o peso reduzido. Entre oitenta e cinco e noventa e cinco por cento daqueles que perdem 10% ou mais de sua massa corporal, recuperam todo o peso perdido em dois a cinco anos. O corpo tem sistemas que mantêm sua homeostase em certos pontos fixos, incluindo peso.

Existem cinco recomendações para o tratamento clínico da obesidade:

1. Pessoas com IMC acima de 30 devem ser iniciadas num programa de dieta de redução calórica, exercício e outras intervenções comportamentais e estabelecer objetivos realistas de perda de peso.

2. Se os objetivos não forem alcançados, terapia farmacêutica pode ser oferecida. O paciente deve ser informado da possibilidade de efeitos colaterais e da inexistência de dados sobre a segurança e eficácia de tais medicamentos no longo prazo.

3. Terapia farmacêutica pode incluir sibutramina, orlistat, fentermina, dietilpropiona, fluoxetina e bupropiona. Para casos mais severos de obesidade, medicamentos mais fortes como anfetaminas e metanfetaminas podem ser usadas seletivamente(somente após consulta prévia ao seu medico responsável)

4. Pacientes com IMC acima de 40 que não alcançam seus obejtivos de perda de peso (com ou sem medicamentos) e que desenvolvem outras condições derivadas da obesidade, podem receber indicação para realizarem cirurgia bariátrica. O paciente deve ser informado dos riscos e potenciais complicações.

5. Nesses casos, a cirurgia deve ser realizada em centros que realizam grande número desses procedimentos já que as evidencias indicam que pacientes de cirurgiões que o realizam com freqüência tendem a ter menos complicações no pós-cirúrgico.

SIBUTRAMINA

Modo de ação:

• inibe a recaptação de noradrenalina = ↑ [Nor] e ↓sensação de fome. • inibe a recaptação de 5-HT = ↑ [5-HT] e ↑ sensação saciedade. • Efeitos colaterais: Obstipação, Boca seca, Cefaléias e Insónias.

Precaução: Pode elevar a TA e freqüência cardíaca.

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INIBIDORES DA LÍPASE INTESTINAL E PANCREÁTICA

Modo de ação:

• bloqueia a absorção de TG e outras gorduras no trato GI; • inibidor reversível das lípases intestinal e pancreática; • as gorduras não são decompostas pelas lípases; • 30% gorduras consumidas são excretadas.

Vantagens: não tem absorção sistêmica; atua apenas no trato GI; sem efeitos no SNC ou Cardiovascular.

Efeitos colaterais: muito poucos, a não ser que haja ingestão elevada de teor de gordura.

Precauções: Suplementos de vitaminas lipossolúveis são recomendados.

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EU TENHO SÍNDROME METABÓLICA?

Atualmente além de haver uma preocupação com o peso existe uma forte preocupação em relação ao diâmetro da cintura. Saiba porque o padrão maçã está mais relacionado ao infarto, diabetes, HAS, dislipidemia e outras doenças. A Síndrome Metabólica (SM) é uma condição de risco cardiovascular, relacionada com resistência à ação da insulina e obesidade abdominal. A SM tem correlação forte com doença cardiovascular, aumentando a mortalidade geral em cerca de 1.5 vezes e a cardiovascular em 2.5 vezes.

Um recente consenso ("Adult Treatment Panel III, ATP III) sugere que os indivíduos portadores de três ou mais dos seguintes critérios devam ser considerados como portadores de síndrome metabólica:

1.Obesidade abdominal (visceral), medida ao nível do umbigo: cintura > 102 cm em homens e > 88 cm em mulheres; 2.Hipertrigliceridemia: > 150 mg/dL 3.HDL colesterol: < 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres; 4.Hipertensão arterial sistêmica > 130/85 mmHg; 5.Glicemia de jejum: > 110 mg/dL (recentemente, a Associação Americana de Diabetes sugeriu que os valores de normalidade para glicemia de jejum fossem reduzidos para, no máximo, 99 mg/dL, sendo possível que esse critério seja adotado também para síndrome metabólica em um próximo consenso da ATP III).

Em abril de 2005, a International Diabetes Federation (IDF) lançou uma nova definição para Síndrome Metabólica. A entidade espera que o método adotado represente uma ação preventiva mais agressiva, facilitando a detecção precoce. OS CRITÉRIOS SÃO: 1.Obesidade abdominal (visceral), medida ao nível do umbigo: cintura > 94 cm em homens e > 80 cm em mulheres; 2.Hipertrigliceridemia: > 150 mg/dL 3.HDL colesterol: < 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres; 4.Hipertensão arterial sistêmica > 130/85 mmHg; 5.Glicemia de jejum: > 100 mg/dL

CONCLUSÃO: Reduzir o diâmetro da cintura através da reeducação alimentar, atividade física e com uso de medicamentos adequados quando necessários, implica em redução do risco cardiovascular e vida mais saudável!!!

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OBESIDADE NA MTC.

� Uma alimentação adequada, combinada com atividade física regular promovem melhora do fluxo de energia, assim como o fluxo de Xue, nutrindo adequadamente o Zang Fu, aumentando o vigor físico e tornando raro o surgimento das doenças.

� A obesidade surge devido a um estado de desequilíbrio entre o Yin e o Yang que acasiona a desarmonia do fluxo energético nos cinco elementos e nos Zang Fu

� A obesidade é conhecida como féi pàng, que significa gordo e corpulento.

� No ocidente estamos acostumados a nos alimentarmos com quantidades excessivas de alimentos adocicados, e salgados. Os alimentos azedos, amargos e picantes ocupam uma posição quase insignificante na alimentação, fazendo com que ocorra um desequilíbrio no fluxo energético dos Zang Fu.

� A situação de desequilíbrio mais comum no caso da obesidade envolve os elementos Madeira – Fogo – Terra.

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Obesidade Emocional – Elemento Madeira.

� O funcionamento do corpo e a inteiração do indivíduo com o meio externo, são controlados pelo fígado (Gan), que é o Zang correspondente ao elemento madeira. Em caso de estagnação do fluxo de Qi do Gan ocorrerão alterações no fluxo das emoções, gerando uma desarmonia que acometerá as capacidades intelectuais de planejamento do indivíduo, assim como a capacidade de tomar decisões, que são emanadas pelo Gan e pela Vesícula Biliar (Dan) que é a víscera correspondente ao elemento madeira.

� O Gan é responsável pelo raciocínio, e a Dan é responsável pelas decisões e julgamentos.

� O livre fluxo de Qi do Gan, permite que a atividade digestiva do Pi e do Wei ocorra de forma harmônica. A estagnação do Qi do Gan que pode ocorrer por exarcebação emocional, como no caso da raiva excessiva, pode comprometer o funcionamento do Pi e do Wei, resultando em distúrbios digestivos.

Obesidade Emocional – Elemento Madeira.

Pontos:

� IG4 - expele o vento-calor, que provoca o acúmulo de umidade-calor no Gan e na Vesícula Biliar.

� VB20 - elimina o vento interno e modera a hiperatividade do Yang e do fogo no Gan.

� F3 - movimenta o sangue e alivia a estagnação de Qi e Xue que causa disfunções digestivas, emocionais, e na conduta das pessoas.

Obesidade Mental, Compulsiva - Elemento Fogo.

� O coração (Xin) armazena e é a casa da consciência (Shen), para hospedar a consciência (Shen) o coração (Xin) mantém o sangue e o Yin do coração adequados, tornando a mente calma e as atividades mentais claras. Porém, se o sangue ou o Yin do coração tornarem-se deficientes, a consciência perderá a sua residência no coração, a mente se tornará agitada, manifestando inquietude mental com insônia, pensamentos confusos, memória fraca e atividades compulsivas .

� O Xin, que é o Zang do elemento fogo, e o Gan que é o Zang do elemento madeira, são os dois Zang mais envolvidos na manutenção da harmonia das emoções.

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Obesidade Mental, Compulsiva - Elemento Fogo.

Pontos:

� P7 - estimula a difusão e a descida do Jin Ye, evitando o surgimento de edemas.

� PC6 - acalma a mente e promove a circulação do Qi nos 3 aquecedores. Trata o estresse, a depressão e a digestão.

� R3 - nutre o Qi dos rins. Os rins controlam o fogo do corpo, assim como, o metabolismo e a circulação do Jin Ye dentro do organismo.

Obesidade Fisiológica - Elemento Terra.

� O Baço Pâncreas (Pi), que é o Zang do elemento terra, está relacionado com a transformação dos alimentos.

� No caso de deficiência das funções do Qi do Pi de transformação e transporte dos alimentos, poderá ocorrer uma deficiência de Qi e de Xue e, possivelmente a estagnação do Jin Ye sob a forma de umidade e até mesmo mucosidade, devido à evolução da umidade. Neste caso, poderão surgir alterações alimentares, e outros distúrbios, como a obesidade, já que o Pi é o principal órgão da digestão.

� O Pi está relacionado com a preocupação, e é por esse motivo, que muitas pessoas quando estão preocupadas ou tensas costumam comer em excesso, e dão preferência a alimentos doces. O sabor correspondente ao elemento terra é o adocicado.

� As energias consumidas a mais pela alimentação exagerada acumulam-se nos tecidos do corpo e nos músculos.

Obesidade Fisiológica - Elemento Terra.

Pontos:

� E25 - elimina a estagnação dos alimentos. � E36 - elimina a mucosidade do corpo. � TA8- regula o funcionamento dos 3 aquecedores, e promove o

funcionamento intestinal. � BP6- elimina a umidade e a mucosidade, acalma a mente e induz ao

sono.

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BENEFÍCIOS DA ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE.

� A acupuntura promove uma sensação de bem-estar, melhora a digestão, reduz a ansiedade e a compulsão alimentar, aumenta a força de vontade, atua no metabolismo de forma geral, alem de atuar no emocional, e no psicológico do paciente, ajudando no emagrecimento.

� Além dos pontos utilizados para circular a energia em cada elemento, podemos selecionar outros pontos para o tratamento da obesidade.

PONTOS PARA OBESIDADE:

� Yin Tang (estimula a pineal e a hipófise, acalma a mente e melhora a qualidade do sono);

� F13, BP6 e F3 – (atua eliminando a estagnação do Qi do Pi do Gan e do Xue);

� VB21 – (remove a obstrução, elimina calor e restaura a consciência); � BP9 – (elimina mucosidade do Pi); � E22, E25 e E28 – (atuam na obesidade abdominal, e na flacidez

abdominal pós-parto); � VC9 – (evita retenção de liquido, favorece a diurese e evita edemas); � VC4 – (portão do Yuan Qi(energia fonte) dispersa frio e umidade); � VC12 – (ponto de alarme do Wei, regula e tonifica o Pi e o Wei e

melhora digestão); � VC17 – (tonifica Qi e Xue, elimina a estagnação do muco); � VG20 – (regula ansiedade, acalma yang do Gan, acalma o vento do

Gan, clareando a mente); � E40 – (elimina a mucosidade); � CS5,B23 e B52 – ( palácio da força de vontade); � R10 – (tonifica Xin, dispersa calor e controla Fogo); � E34,BP4 – (reduz apetite); � É importante lembrar que os pontos devem ser selecionados de

acordo com a necessidade de cada paciente, fazendo assim com que o tratamento seja especifico para cada individuo, e apresente resultados satisfatórios.

OBESIDADE - SUGESTÃO DE SESSÕES

� Obeso Mórbido – 3 x semana; � Obeso – 2 x semana; � Sobrepeso – 1 x semana.

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ATRAVÉS DE OUTRA VISÃO DA ACUPUNTURA, DE ACORDO COM A CONCEPÇÃO ENERGÉTICA DA MEDICINA CHINESA, PODEMOS CLASSIFICAR A OBESIDADE SOB DUAS FORMAS:

1. Obesidade por excessivo consumo alimentar. Geralmente uma Obesidade de origem alimentar, em pacientes, que não apresentam alterações evidentes, sendo a única etiologia encontrada a bulimia, mais ou menos evidente, sendo ela por vezes a conseqüência de uma angústia , sendo a causa da energia mental.Esta desordem, tem como origem por vezes, uma reação conflituosa ou permanente no seguimento de uma predisposição familiar ou de uma relação parental desequilibrada. Qual o tratamento instituído para uma Obesidade de Origem Alimentar?Assim sendo, deveremos agir sobre pontos que regem o mental, a energia mental, quer dizer, com as energias do Coração e do Mestre do Coração, de onde teremos um centro de informação dos pontos que deveremos tratar.No caso desta obesidade, a etiologia enquadra-se no apetite que o paciente manifesta, teremos então que, para diminuir o apetite, agir sobre determinado movimento, com ênfase para a dispersão de determinados Meridianos que regem esta função. Temos que dispersar o Triplo Aquecedor médio responsável pelo apetite.

TRATAMENTO:

RM12-Zhongwan – Harmoniza Aquecedor Médio.

E36-Zusanli –Tonifica Qi de Nutrição.

RM4-Guanyaun – Harmoniza Aquecedor Inferior, fortalece Aquecedor Médio.

PC6-Neiguan - Harmoniza o Tripo Aquecedor, acalma o Shen.

C7-Shenmen – Harmoniza o Shen.

DM20-Bahui – Acalma o Shen e as Emoções.

BP6 - Harmoniza o Baço, que origem do Transporte/Transformação, extrai a Essência dos alimentos.

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2. Obesidade por perturbações energéticas do Triplo Aquecedor, dos Yang e Yin dos Rins, que de acordo com a Medicina Ocidental, enquadrar-se-ia, na Obesidade Endócrina. Nestas Obesidades há, com efeito, uma perturbação do Triplo Aquecedor. O Triplo Aquecedor Inferior (logo dos Rins), que se repercutem no Triplo Aquecedor Médio e Superior, responsáveis, pela formação e manutenção de energias importantes para o bom funcionamento do organismo.Em conseqüência de um mau funcionamento deste, teremos como reação, uma estagnação hídrica, ao nível dos Rins e do Fígado. A estagnação hídrica apresenta outras repercussões, provocando também um aumento da massa sanguínea, e uma estagnação de uma energia importante, chamada energia Rong (energia alimentícia).Mais tarde, essa mesma repercussão efetua-se ao nível do Triplo Aquecedor Superior, levando a uma diminuição da produção de energia. Resultando assim, um aumento da relação dos Líquidos Orgânicos-Energia, e em conseqüência um aumento das relações Sangue-Energia, Energia Yong-Energia Wei, por diminuição da energia em geral, e em particular, da energia responsável pela proteção do organismo, a energia Wei. Neste caso em que a obesidade, deriva de fatores endócrinos, o tratamento se trata de uma alteração ao nível do metabolismo do Triplo Aquecedor, tanto Superior, Médio como Inferior, temos que numa primeira fase, tonificar esta função, e estimular a função energética dos Rins, para assim facilitar a diurese, acentuando o tratamento ao nível da tonificação do Yin do Rim e desta forma tonificamos também o Triplo Aquecedor.

TRATAMENTO:

RM3 - Harmoniza Aquecedor Inferior.

RM4-Guanyaun – Harmoniza Aquecedor Inferior, fortalece Aquecedor Médio.

RM6-Qihai – Harmoniza o Aquecedor Inferior.

RM9-Shuifen – Promove a diurese, ponto de comando do equilíbrio da Água do corpo.

E36-Zusanli –Tonifica Qi de Nutrição.

R3-Taixi – Harmoniza a via das Águas.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA - OBESIDADE

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