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DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL  ————————————————————  ———————————————————— Disciplina Empreendedorismo  ————————————————————  Professor(a) Franklin Jorge Santos  ———————————————————— Módulo I – 2010.1 

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DISCIPLINA SEMIPRESENCIAL

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DisciplinaEmpreendedorismo ————————————————————

Professor(a) Franklin Jorge Santos ————————————————————

Módulo I – 2010.1

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Professor: Franklin Jorge Santos.Disciplina: Empreendedorismo.Carga Horária: 60 ha

SUMÁRIO

Quadro-síntese do conteúdo programáticoContextualização da disciplina

MÓDULO 1 - Origem e Evolução do Empreendedor

1.1 Empreendedorismo - Aspectos Conceituais;1.2 Conceitos relacionados ao empreendedor;1.3 A utilidade dos empreendedores;

1.4 Empreendedorismo por oportunidade e por necessidade;1.5 Características, valores e virtudes do ser empreendedor;1.6 O líder empreendedor;1.7 O futuro do empreendedorismo no Brasil e no mundo.

Mensagem ao aluno:

Prezado aluno você está recebendo o primeiro módulo da disciplina, com os respectivos, estudo decasos e exercícios de revisão do conteúdo. Bom estudo. Dedique-se.

CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA

Diz-se que a visão empreendedora já nasce com o indivíduo, não se constrói. No entanto,temos convicção de que eles podem ser desenvolvidos e este potencial empresarial é umaqualidade muito comum entre a população em geral.

Antes de iniciar qualquer tipo de atividade de risco no ramo de negócios é fundamentalidentificar seu potencial empreendedor, desenvolver habilidades empreendedoras,

desenvolver suas características de comportamento empreendedor e identificaroportunidades e recursos.

Os problemas que afligem ou desafiam os empresários são ilimitados. Eles variam desdemotivação pessoal, família, empregados e sócios, fornecedores e impostos.

Dentre os problemas mais pontuais que os novos empresários enfrentam podemosdestacar os atrasos nos processos de licença e outras aprovações governamentais, pois,nem sempre, o empresário esta ciente das regras e regulamentos e, os atrasos são

inevitáveis e acarretam perdas desnecessárias.

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Os impostos, frequentemente, causam grandes preocupações e problemas para muitosempresários, pois tanto por evitar quanto por não pagar eles acabam sendo motivo derombos no caixa da empresa no fim do mês. As altas taxas de impostos têm levado algunspequenos negócios para a economia informal.

A definição dos preços é um problema comum para novos empresários. O novoempresário não tem a experiência nem a segurança para determinar os preços de formacorreta. Muitos não entendem a relação entre o preço e o mercado e consideram adefinição dos preços como uma função de contabilidade, quando na verdade é umafunção de persuasão e planejamento estratégico.

Vender ou não vender é a causa fundamental de muitos problemas, pois a maioria dosempresários tende a se interessar mais pelo desenvolvimento do produto do que pelomarketing, consideram que as vendas são problemas de outras pessoas, não deles.

Uma série de problemas é de competência da administração e um dos mais difíceis é o depessoal, contratação, treinamento e supervisão. Um erro comum nos novos empresários écontratar alguém sem conhecimento prévio do que exatamente vai querer que ele faça.

O treinamento de novos empregados é um item de alto custo que os proprietários denegócios, muitas vezes, não percebem claramente. Administrar significa conseguir que osoutros façam as coisas de forma organizada e estejam motivados a fazê-lo. Embora issopossa ser demorado e levar até mesmo anos para se aprender, provoca resultadossignificativos.

Um conceito errôneo de um produto pode abalar profundamente as vendas e asobrevivência de uma pequena empresa. Um mau produto ou serviço é particularmentedestrutivo para novos negócios. A seleção correta do produto requer uma análisecuidadosa e pesquisa de mercado.

Muitos negócios são afetados por problemas com sócios e membros da equipe. Emboraalguns negócios possam ter uma maior chance de sobreviver com sócios do que sem eles,sociedades podem provocar desavenças, disputas e separações. Trabalhar efetivamente emequipe é uma questão de vital importância e que diz respeito ao empreendedor desucesso.

Segundo o Dornelas (2008), ao analisar as várias definições existentes para o termo“empreendedorismo”, alguns aspectos sempre estarão presentes em todas elas,principalmente no que diz respeito ao comportamento empreendedor, como:• Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz;• Utilização de recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e

econômico;• Saber os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

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Ou seja, o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem se antecipa aos fatos etem uma visão futura da organização.

Módulo I

1.1 Empreendedorismo - Aspectos Conceituais

“O Empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que arevolução industrial foi para o século 20.”

Timmons, Jefrey A.,New Venture Creation, Irwin, Boston, USA

O primeiro uso do termo “empreendedorismo” foi registrado por Richard Cantillon, em1755, para explicar a receptividade ao risco de comprar algo por um determinado preço evendê-lo em um regime de incerteza. Jean Baptiste Say, em 1803 ampliou essa definição-para ele, empreendedorismo esta relacionado àquele que “transfere recursos econômicosde um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento” ficando, portanto,convencionado que quem abre seu negócio é um empreendedor.

Como já dito o empreendedorismo tem sua origem na reflexão dos pensadoreseconômicos do século XVIII e XIX. O empreendedorismo tem sido visto como um engenhoque direciona a inovação e promove o desenvolvimento econômico.

No entanto, outras ciências sociais têm contribuído para a compreensão doempreendedorismo: a sociologia, a psicologia, a antropologia e, a história econômica.

Alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos de tempo,principalmente no século XX, em virtude de contextos sociopolíticos, culturais, dedesenvolvimento tecnológico de desenvolvimento e consolidação do capitalismo, entreoutros. A figura 1 mostra quais desses conceitos formam mais determinantes: no inicio doséculo passado foi a racionalização do trabalho; na década de 1930, o movimento dasrelações humanas; nas décadas de 1940 e 1950, o movimento do funcionalismo estrutural;na década de 1960, o movimento dos sistemas abertos; nos anos 1970, o movimento dascontingências ambientais. No momento presente, não se tem um movimentopredominante, mas acredita-se que o empreendedorismo irá cada vez mais mudar a formade se fazer negócios no mundo.

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Figura 1- Algumas invenções e conquistas do século XX

Fonte: Dornellas (2008, p.6)

1.2 Conceitos relacionados ao empreendedor

A psicologia, a filosofia, a sociologia, a economia, a administração, a política e a medicina,para citar apenas algumas das ciências, vêm se interessando pelo assunto e trazendo suaspróprias contribuições, com suas respectivas abordagens para definir esse que vem sendoo grande fenômeno socioeconômico deste século.

Cunningham e Lischeron (1991, apud HASHIMOTO, 2009, p.2) classificaram as escolas depensamento em torno de um tema em uma boa tentativa de posicionar os estudos sobdiferentes perspectivas. Estas seis escolas estão descritas a seguir:

A escola Bibliográfica estuda a história de vida de grandes empreendedores, mostrandoque os traços empreendedores são inatos e não podem ser desenvolvidos. A pessoasimplesmente nasce empreendedora.

A escola psicológica estuda as características comportamentais e de personalidade dosempreendedores. Nesta escola assume-se que o empreendedor desenvolve uma série deatitudes, crenças e valores que moldam sua personalidade em três campos áreas deatenção: valores pessoais, como: honestidade, comprometimento, responsabilidade e ética;propensão ao risco, e necessidade de realização.

1903: Avião motorizado1915: Teoria geral da relatividade1923: Aparelho televisor

1928: Penicilina1937: Náilon1943: Computador1945: Bomba atômica1947: Descoberta da estrutura do DNA abre caminho para a engenharia genética1957: Sputnik, o primeiro satélite1958: Laser1961: O homem vai ao espaço1967: Transplante de coração1969:O homem chega à lua; inicio da internet, Boeing 7471970: Microprocessador

1989 : Wold Wide Web1993: Clonagem de embriões humanos1997: Primeiro animal clonado: a ovelha Dolly2000: Sequenciamento do genoma humano

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A escola clássica tem como principal característica a inovação. Ela crê que o empreendedoré aquele que “cria algo” e não simplesmente o “possui”. Descoberta, inovação,criatividade são os temas de estudo desta escola. A base desta linha de estudos é otrabalho do economista Joseph Schumpeter (1950, apud HASHIMOTO, 2009, p.2).

A escola da administração sugere que o empreendedor é uma pessoa que organiza eadministra um negocio, assume os riscos de prejuízo e o lucro inerentes a ele, planejando,supervisionando, controlando e direcionando o empreendimento. A importância do planode negócios, como instrumento de planejamento e estruturação de idéias, nasce destaescola.

A escola da liderança mostra que o empreendedor é um líder que mobiliza as pessoas emtorno de objetivos e propósitos. Esta escola parte do pressuposto nenhum empreendedorobtém resultados sozinho. É preciso, acima de tudo, que ela saiba montar sua equipe,

motivá-la e desenvolvê-la para construir coisas em conjunto.Escola corporativa diz que as habilidades empreendedoras podem ser úteis emorganizações complexas, para ações de foco bastante especifico como abrir um mercado,expandir serviços ou desenvolver produto. Seu foco de estudo é a organização e o seudesenvolvimento. Ela ganhou relevância a partir da necessidade e das dificuldades dasorganizações em desenvolver empreendedores internos ou o clima empreendedor.

1.3 A utilidade dos empreendedores

O empreendedor revolucionário é aquele que cria novos mercados por meio de algo único.Entretanto, a maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes apesardo sucesso na atuação de segmentos já estabelecidos. Qualquer que seja o tipo deempreendedor- revolucionário ou conservador-, qualquer que seja o caminho escolhidopara entrar e sobreviver no mercado, o processo empreendedor requer os seguintespassos:

Identificação do desenvolvimento de uma oportunidade na forma de visão;• Validação e criação de um conceito de negócio e estratégias que ajudem a alcançar

essa visão por meio da criação, aquisição, franquia, etc;• Captação de recursos necessários para implementar o conceito, ou seja, talentos,

tecnologias, capital de crédito, equipamentos, etc;• Implementação de conceito empresarial ou de empreendimento para fazê-lo

começar a trabalhar.• Captura da oportunidade por meio do inicio e crescimento do negocio;• Extensão do crescimento do negocio por meio de atividade empreendedora

sustentada.

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Todas essas atividades levam tempo e não obedecem às regras definidas, fazendo porvezes que o empreendedor volte atrás no processo, ou ainda, mude os caminhos paraajustar seu negocio às novas oportunidades.

1.4 Características, valores e virtudes do ser empreendedor

O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado desensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades.Com esse arsenal, transforma idéias em realidade, para beneficio próprio e para beneficioda comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedordemonstra imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, ohabilitam a transformar uma idéia simples e mal- estruturado em algo concreto e bemsucedido no mercado.

O empreendedor deverá possuir um perfeito conhecimento e domínio de sua atividade.Isso poderá ser comprovado por um plano de negócios conciso, completo, de fácilcomunicação a terceiros e que reflita, de forma realista e clara, o empreendimento em si, omercado em que está inserido, seus principais concorrentes, fornecedores e equipe degestão. Além disso, deve informar a etapa em que o negócio se encontra o que planeja paracurto, médio e longo prazo, as ações delineadas para atingir as metas estabelecidas e quaisos resultados esperados. O empreendedor também deverá estar aberto a aconselhamentose participação ativa de terceiros em seu negócio, de forma a obter o melhor proveito dasinergia assim criada.

Assumir riscos. É a primeira e uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor.Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novoempreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Osriscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles.

Identificar oportunidades. Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidadesque o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bomnegócio é outra marca importante do empresário bem-sucedido. Ele é um indivíduo

curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seuconhecimento aumenta.

Conhecimento, organização e independência. Quanto maior o domínio de um empresáriosobre um ramo de negócio, maior será sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir daexperiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em centros deensino, ou mesmo de "dicas" de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.

Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos humanos,

materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, namaioria das vezes, a desorganização principalmente no início do empreendimentocompromete seu funcionamento e seu desempenho.

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Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão,enfim, buscar a independência é meta importante na busca do sucesso. O empreendedordeve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se transformar emobstáculos aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer seus direitos de

cidadão-empresário.Tomar decisões. O sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com acapacidade de decidir corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que exige olevantamento de informações, análise fria da situação, avaliação das alternativas e aescolha da solução mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisõescorretas, na hora certa.

Liderança, dinamismo e otimismo Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas,

combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metastraçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno doempreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja comclientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidadesempre presente.

Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de fazercom que simples idéias se concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre dinâmico ecultivar certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos.

O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginaro fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além eacima das dificuldades.

Planejamento e plano de negócios. Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas,combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metastraçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno doempreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja comclientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidadesempre presente.

Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer peloseu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é notória a falta de culturade planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre admirado pela suacriatividade e persistência.

Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar, deve-setransformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples,porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: oplanejamento.

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Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio de maturidade écreditado ao empreendedor que planejou corretamente o seu negócio e realizou umaanálise de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de colocá-lo em prática.Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três fatores críticos

que podem ser destacados:- Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo eapresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes e para seus parceiros, sejam elesfornecedores ou seus funcionários,

- Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeirosnecessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscosinerentes ao negócio, e

- Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios.A maioria destes é composta de micro e pequenos empresários, os quais não têmconceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto deequilíbrio e projeções de faturamento. Quando entendem o conceito, geralmente nãoconseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios.

Tino empresarial. O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faroempresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria dasvezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maiorparte dessas características terá grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer porconta própria no mercado interno e, principalmente, alçar vôos mais altos na conquista domercado externo deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes sórespeitam os que se mostram à altura do desafio.

Como empresário e empreendedor, você deve vender três coisas: Você mesmo, suaempresa e seu produto. Ser bom vendedor e crucial para o perfil de um grandeempreendedor.

Os estudos na área do empreendedorismo mostram que as características doempreeendedor ou do espírito empreendedor, da indústria ou da instituição, não é umtraço de personalidade. Para Meredith, Nelson e Nech (apud UFSC/LED 2000 p. 51) “Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades denegócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriadapara assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumemriscos para atingirem seus objetivos”.

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Perfil do empreendedor:

Aceitação do risco– o empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso eprecavido contra o risco.Ambição– o empreendedor procura fazer sempre mais e melhor, nunca se contentando

com o que já atingiu. Não tentar progredir significa estagnar e um empreendedor deve tera ambição de chegar um pouco mais além do que da última vez.Auto-confiança– o empreendedor tem auto-confiança, acredita em si mesmo. Se nãoacreditasse, seria difícil tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscarmais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o maisempreendedor.Auto-motivação e entusiasmo– pessoas empreendedoras são capazes de auto motivaçãorelacionada com desafios e tarefas em que acreditam. Não necessitam de prêmios externos,como compensação financeira. A sua motivação permite entusiasmarem-se com suas

idéias e projetos.Capacidade de trabalho em equipe– o empreendedor cria equipe, delega, acredita nosoutros e obtém resultados por meio de outros indivíduos.Conhecimentos técnicos– para ser um empreendedor não basta possuir característicasempreendedoras; é preciso adquirir conhecimentos técnicos, daí que a formação emempreendedorismo seja fundamental para um empreendedor adquirir e/ou melhorar osseus conhecimentos.Controle– o empreendedor acredita que a sua realização depende de si mesmo e não deforças externas sobre as quais não tem controle. Ele vê-se com capacidade para se controlara si mesmo e para influenciar o meio de tal modo que possa atingir os seus objetivos.Criatividade– à medida que a concorrência se intensifica, a necessidade de criar novascoisas em novos mercados também aumenta. Já não é suficiente fazer a mesma coisa demaneira melhor. Pelo contrário, é preciso que o empreendedor vá mais longe, apostandona criatividade, para que os negócios possam evoluir com as mudanças.Decisão e responsabilidade– o empreendedor não fica à espera que os outros decidampor ele. Ele toma decisões e aceita a responsabilidade que acarreta.Determinação– o empreendedor deve definir metas e consequentemente tentar atingi-las,sempre com um espírito positivo, sem se deixar abater por algo que corra mal.Eficiência– o que o empreendedor faz, fazer o melhor que sabe e pode.Energia – é necessária uma dose de energia para se lançar em novos projetos quegeralmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva deenergia, provavelmente proveniente de seu entusiasmo e motivação.Flexibilidade– o empreendedor adapta-se às circunstâncias que o rodeiam, pois se algocorre diferente do inicialmente previsto, o empreendedor não deve desistir, mas simalterar os seus planos de modo a atingir os seus objetivos.Iniciativa – o empreendedor não fica à espera que os outros (governo, empregador,familiar) venham resolver o seu problema. A iniciativa é a capacidade daquele que, tendoum problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução.Liderança– o empreendedor tem a capacidade de planear um projeto e pô-lo em prática,liderando a equipa que com ele trabalha.

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Otimismo – o empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido.Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dosproblemas, acredita no potencial de desenvolvimento.Persistência– o empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente naspossibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar adequadamente.

Sem medo do fracasso e da rejeição– o empreendedor fará tudo o que for necessário paranão fracassar, mas não é atormentado pelo medo paralisante do fracasso. Pessoas comgrande amor próprio e medo do fracasso preferem não correr o risco de não acertar –ficam, então, paralisadas.

1.5 Empreendedorismo por oportunidade e por necessidade

A criação de empresas por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a não ser que

esses negócios estejam focando oportunidades no mercado. Isso passou a ficar claro apartir do estudo anual doGlobal Entrepreneurship Monitor (GEM) - utilizada para medir astaxas de empreendedorismo mundial.

O GEM diferencia os empreendedores em função de sua motivação para desenvolver umnegócio próprio. O objetivo é verificar se as iniciativas empreendedoras decorrem deoportunidades de negócios ou se estão relacionadas à falta de opções no mercado detrabalho. Tem-se, portanto, as taxas de empreendedorismo por oportunidade e pornecessidade. Originam-se duas definições de empreendedorismo, a seguir:

A primeira seria empreendedorismo por oportunidade, em que o empreendedorvisionário sabe aonde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem emmente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa à geração de lucros, empregose riqueza.

A segunda definição seria o empreendedorismo por necessidade, em que o candidato aempreendedor se aventura na jornada empreendedora mais por falta de opção, por estardesempregado e não ter alternativas de trabalho. Nesse caso, esses negócios costumam sercriados informalmente, não são planejados de forma adequada e muitos fracassam bastante rápido, não gerando desenvolvimento econômico e agravando as estatísticas decriação e mortalidades de negócios.

1.6 O líder empreendedorque aparecem em uma velocidade estonteante, assim coO líder empreendedor assume riscos calculados; gosta de trabalhar com pessoas eacompanha as mudanças tecnológicas que aparecem em uma velocidade estonteante,assim como desenvolve sua competência técnica para formular conhecimentos necessáriose imprescindíveis que suportem as decisões estratégicas que ele terá que tomardiariamente. Um líder, para exercer sua liderança necessita de poder e autoridade.

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Há várias competências que precisam ser desenvolvidas: ter visão de futuro; catalisar assoluções dentro e fora da empresa; transformar dados em informações; distribuí-lasadequadamente e com rapidez para toda a equipe e para a empresa; avaliar os processos einovar; usar e criar novas tecnologias; ser capaz de perceber e atender às necessidades da

equipe, da empresa e do mercado; identificar tendências; valorizar as pessoas e os seustalentos e gerir projetos e promover mudanças.

Este perfil é totalmente diferente do líder do século passado que impunha os objetivos sema participação das pessoas. Sua liderança tem que ser visionária e ao mesmo tempo capazde formular estratégias para materializar, junto com a equipe que ele foi capaz de formar ecapacitar, a visão de futuro estabelecida de forma participativa. Verá que o sucessotambém está no fato de se ter uma equipe com formação coesa, preparada e envolvida comdiretrizes bem definidas. Saberá identificar novas oportunidades, internamente, para fazer

a estratégia se materializar dentro da visão de futuro e que não adianta determinar nada seas pessoas que serão impactadas não estiverem se sentindo envolvidas no processo. Seriacomo perguntar para todos: onde queremos chegar e fazer com que todos, de maneiraorganizada, desenhem o caminho.

Outro ponto é a questão da comunicação entre os liderados e o líder. Saber se comunicarcom sua equipe é importante para o bom processo de gestão. Independentemente dapostura do líder o “feedback” é essencial ao aprendizado. O líder do mais autocrático aomais liberal poderá errar se deixarem de construir um canal direto e aberto para acomunicação entre as partes. Dessa forma, estimular uma cultura empresarial que valorizeo “feedback” se torna decisivo para eliminar as restrições que impedem o crescimento dostrabalhadores e, por conseguinte, da empresa.

Um líder empreendedor tem uma visão mais crítica e reivindicativa perante as atitudes eações que deve desempenhar, devendo saber ajudar cada membro da equipe a ajustar oseu comportamento para o alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nestatrajetória. Enquanto líder terá que basear a sua gestão na confiança, na valorização daspessoas, na sinergia, na cooperação e em um processo de comprometimento e deenvolvimento mental constante e negociado.

A liderança empreendedora deve ser levada em consideração para a eficácia dasorganizações, uma vez que pode ser um fator que influência na motivação e nocomportamento do grupo de trabalho.

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uma piora relativa do Brasil. Países como Bolívia, Angola, Macedônia e Egito realizaram apesquisa GEM pela primeira vez neste ano e ocuparam posições entre os dez países comas maiores taxas de empreendedorismo. A TEA apresentada pelo Brasil em 2008 ficoupróxima das taxas obtidas por Uruguai (11,90) e Chile (13,08) e semelhante também àsapresentadas por Índia (11,49) e México (13,09).

Os países da América Latina e Caribe foram os mais empreendedores na rodada daPesquisa GEM em 2008. A Bolívia ficou em primeiro lugar, com uma TEA de 29,82, o quesignifica que um em cada três bolivianos desempenhou alguma atividade empreendedora.O Peru ocupou o segundo lugar no ranking, com uma TEA de 25,57, ou seja, um emquatro peruanos realizou atividades empreendedoras. No outro extremo do ranking,pode-se observar que os últimos lugares foram ocupados por países desenvolvidos, com aBélgica em último lugar, precedida por Rússia e Alemanha.

A GEM 2008 revela dados preocupantes. A inovação ainda está longe de se tornar umarealidade nas empresas brasileiras. Apenas 3,3% dos entrevistados acreditam que seusprodutos podem trazer alguma novidade para quem comprá-los. Em oposição a este dado,68% dos brasileiros acreditam na importância de se lançar produtos inovadores, segundo aGEM. O dado revela que o consumidor brasileiro quer inovação, mas as empresas aindanão conseguem atendê-lo.

Em contra partida a pesquisa realizada pela Global Entrepeneurship Monitor, a GEM 2008,pela primeira vez desde que o estudo é realizado no Brasil, inverteu-se a proporção entreas pessoas que empreendem por necessidade e oportunidade. Para cada brasileiro queempreende por necessidade, há dois que o fazem por oportunidade.

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8/6/2019 Apostila Empreendedorismo M%C3%B3dulo I NOVO 2

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