apostila educaÇÃo fÍsica 1º ensino mÉio

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Este material didático foi desenvolvido especificamente para a disciplina de Educação Física do ensino médio, sendo o mesmo resultado de estudos baseados em dados encontrados em pesquisas cientificas de vários autores com o objetivo de explorar e aprofundar o conhecimento sobre a disciplina. Educação Física Ensino Médio 1º ano Rafael Lopes de Morais – CREF: 008232-G/CE

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ESTA APOSTILA É RESULTADO DE AMPLA PESQUISA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR CONTANDO PRINCIPALMENTE COM A CONTRIBUIÇÃO DE VÁRIOS AUTORES. DESTINADA A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM CARGA HORÁRIA MENSAL DE 1AULA POR SEMANA

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Este material didático foi desenvolvido

especificamente para a disciplina de

Educação Física do ensino médio, sendo o

mesmo resultado de estudos baseados

em dados encontrados em pesquisas

cientificas de vários autores com o

objetivo de explorar e aprofundar o

conhecimento sobre a disciplina.

Educação Física Ensino Médio

1º ano

Rafael Lopes de Morais – CREF: 008232-G/CE

SUMÁRIO

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ..............................................3 1. GINÁSTICA.........................................................................................................4

1.1. AUTOCONHECIMENTO.......................................................................................4

2. A IMPORTÂNCIA DO LAZER..................................................................................8

2.1. DICAS PARA APROVEITAR MELHOR O SEU LAZER.................................................9

3. TRABALHO EM GRUPO......................................................................................10

3.1. O PINIQUE DAS TARTARUGAS............................................................................10

3.2. MAQUINA DE ESCREVER....................................................................................10

4. VOLEIBOL..........................................................................................................11

4.1. HISTÓRICO.........................................................................................................11

4.2. REGRAS.............................................................................................................12

4.3. ESPORTE X PROFISSÃO......................................................................................13

5. FORRÓ...............................................................................................................14

5.1. HISTÓRICO.........................................................................................................14

5.2. DANÇAS: A INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS....................................16

6. PRIMEIROS SOCORROS........................................................................................16

6.1. QUEIMADURAS................................................................................................16

6.2. CHOQUE ELÉTRICO...........................................................................................18

6.3. PREVENÇÃO.....................................................................................................21

7. COMO SE ALIMENTAR.......................................................................................22

7.1. DICAS DE ALIMENTOS.......................................................................................25

8. DISTÚRBIOS ALIMENTARES................................................................................26

8.1. ANOREXIA.........................................................................................................26

8.2. BULIMIA............................................................................................................26

8.3. DISTÚRBIO DO COMER COMPULSIVO................................................................27

9. CAPOEIRA .........................................................................................................28

10. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................31

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Todos nós sabemos da importância de fazer uma atividade física e de se manter ativo. Mas isto deve ser trabalhado já na infância, aliando a educação física à educação moral e intelectual, formando o indivíduo como um todo. Infelizmente muitos professores ainda desperdiçam o tempo da aula, dando uma bola aos alunos para que eles joguem futebol, vôlei, enfim, ou o que acharem melhor. Há muitos profissionais que não se preocupam em motivar os alunos. Não planejam as aulas e não tem um objetivo ou finalidade pré-determinada da aula. A educação física não se resume a correr, brincar, jogar bola, fazer ginástica. A educação física deve sim, integrar o aluno na cultura corporal de movimento, mas de uma forma completa, transmitir conhecimentos sobre a saúde, sobre várias modalidades do mundo dos esportes e do fitness, adaptando o conteúdo das aulas à individualidade de cada aluno e a fase de desenvolvimento em que estes se encontram. É uma oportunidade de desenvolver as potencialidades de cada um, mas nunca de forma seletiva e sim, incluindo todos os alunos no programa.

Os alunos não devem acreditar que a aula de educação física é apenas uma hora de lazer ou recreação, mas que é uma aula como as outras, cheia de conhecimentos que poderão trazer muitos benefícios se inseridos no cotidiano. Mas, para que estes benefícios sejam notados é essencial manter uma regularidade nas atividades e desta forma, a meu ver, a aula de educação física deveria ocorrer pelo menos 3x por semana. As aulas devem ser dinâmicas, estimulantes e interessantes. Os conteúdos precisam ter uma complexidade crescente a cada série acompanhando o desenvolvimento motor e cognitivo do aluno. Precisa existir uma relação teórico-prática na metodologia de ensino. O professor tem de inovar e diversificar, pois o campo de trabalho envolve muitas atividades que podem ser trabalhadas com os alunos como jogos, competições, dança, música, teatro, expressão corporal, práticas de aptidão física, jogos de mímica, gincanas, leituras de textos, trabalhos escritos e práticos, dinâmica em grupo, uso de tv, dvd, etc. O campo é muito amplo. Basta o professor ser responsável, ter seriedade e muita criatividade. Um trabalho bem feito deve estimular a longevidade com qualidade. Matéria publicada pelo site Mais Equilíbrio http://www.educacaofisica.com.br/index.php/escola/canais-escola/educacao-fisica-

escolar/27470-a-importancia-da-educacao-fisica-escolar - 25/01/2015 ás 18:00hs

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1. GINÁSTICA A ginástica, enquanto atividade

física tem suas origens na Antiguidade uma vez que os exercícios típicos do esporte já eram desempenhados pelos homens pré-históricos com o intuito de proteção das ameaças naturais. Por volta de 2600 a.C., especialmente em civilizações orientais, os exercícios da ginástica passaram a fazer parte de festividades, jogos e rituais religiosos.

Contudo, pode-se dizer que foi na Grécia que a ginástica ganhou grande destaque, se tornando um elemento fundamental para a Educação Física dos gregos. De fato, os mesmos a conceberam como uma forma de busca por corpos e mentes sãos, dando à modalidade um papel fundamental na busca do equilíbrio entre aptidões físicas e intelectuais. Além disso, a valorização grega do ideal de beleza humana favoreceu ainda mais a evolução da ginástica, uma vez que sua prática era vista como uma forma de cultuar o corpo.

Posteriormente, na civilização romana, o esporte se afastou bastante de sua faceta grega, já que a valorização do corpo era vista como algo imoral pelos romanos. Assim, nesta época, a prática da ginástica se resumiu apenas a exercícios destinados à preparação militar. A rejeição do culto à beleza física também foi registrada durante a Idade Média, aspecto que resultou na perda da importância do esporte nesta época. Desta forma, a ginástica retomou sua evolução somente com o Renascimento e a revalorização das referências culturais da antiguidade clássica.

Para a maioria dos especialistas, a ginástica atual teve no início do século XIX o seu grande momento, pois foi neste período que surgiram as quatro grandes escolas do esporte (Inglesa, Alemã, Sueca e Francesa) e os principais métodos e aparelhos ginásticos. Desde então, a modalidade não parou de se desenvolver. Em 23 de julho de 1881, foi fundada a Federação Europeia de Ginástica, entidade que se tornaria posteriormente, em 1921, a atualmente conhecida FIG (Federação Internacional de Ginástica).

1.1. AUTOCONHECIMENTO. Em diversas modalidades de ginásticas percebemos que a superação do limite é extrema

ao ponto de provocar lesões físicas e também psicológicas. Na maioria das vezes atletas convivem com a dor intensa resultados de treinamentos rigorosos e específicos. Um sacrifício para quem almeja um “lugar ao pódio”. É também a ginástica um dos esportes que ensina ao atleta a conhecer o seu próprio corpo trabalhando com as suas limitações e explorando seus potenciais. Essa parte do treinamento faz muita diferença na busca de resultados, pois um atleta que se conhece constrói o seu treinamento junto com os especialistas repassando dados importantes sobre como o seu corpo reage antes, durante e depois do trabalho desenvolvido.

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Não só nos esportes, mais em todas as atividades desenvolvidas no cotidiano o

autoconhecimento é indispensável. É pelo autoconhecimento que as limitações são identificadas dando a possibilidade de serem também trabalhadas. Também ajuda na identificação precoce de algum tipo de alteração que possa ocorrer, seja ela uma doença, ou uma simples modificação no organismo.

[...] O corpo é compreendido como um organismo integrado e não como um amontoado de

“partes” e “aparelhos”, como um corpo vivo, que interage com o meio físico e cultural, que sente

dor, prazer, alegria, medo, etc. para se conhecer o corpo abordam-se os conhecimentos

anatômicos, fisiológicos, biomecânicos e bioquímicos que capacitam a análise crítica dos

programas de atividade física e o estabelecimento de critérios para julgamento, escolha e

realização que regulem as próprias atividades corporais saudáveis, seja no trabalho ou no lazer.

[...]. (BRASIL, 2001, p. 46).

Com base nisso, é que se recomendam as atividades que estimulem os diferentes aspectos do

conhecimento sobre o corpo como o esquema corporal, a lateralidade, a direção, a noção

espaço-temporal, o equilíbrio, a coordenação, a tonicidade e o ritmo, como forma de contribuir

psicomotoramente em desenvolvimentos posteriores. Segundo Cauduro (2002) o

conhecimento sobre o corpo passa pela aquisição de habilidades que o corpo deve adquirir. São

elas: esquema corporal, lateralidade, direção, equilíbrio, tonicidade, coordenação, ritmo e

espaço-tempo que passam a ser descrito.

ESQUEMA CORPORAL - Rosa Neto (2002) conceitua esquema corporal como organização das

sensações relativas a seu próprio corpo em associação com os dados do mundo exterior, sendo

que essa organização é o ponto de partida para as diversas possibilidades de ação. É a maneira

como a criança se percebe, manipula objetos, joga, se desloca, além de sensações visuais,

auditivas, de satisfação e dor, choro e alegria. “Para uma boa elaboração do esquema corporal,

é necessário que a criança receba o máximo possível de estimulações que a levem a perceber

e sentir o corpo”. (CAUDURO, 2002, p. 83). Isso quer dizer que quanto mais oportunidades a

criança vivenciar, mais habilidade terá de distinguir seu corpo e sentir diferenças, como

também observar e manipular.

LATERALIDADE - A lateralização, como resultado da integração bilateral postural do corpo, é

peculiar no ser humano e está implicitamente relacionada com a evolução e utilização dos

instrumentos (motricidade instrumental – psicomotricidade), isto é, com integrações sensoriais

complexas e com aquisições motoras unilaterais muito especializadas, dinâmicas e de origem

social. (CAUDURO, 2002, p. 62). O processo de lateralização compreende a identificação das

partes do corpo em si próprio e no outro, inclusive noções de espaço-tempo, e pode ser

percebido em atividades que se faz uso frequente de uma das mãos ou um dos pés/pernas,

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tendo o cuidado de considerar lateralizadas as crianças que não fazem mais a troca de mãos ou

pés na execução das atividades

DIREÇÃO - A relação direita e esquerda é uma aquisição possível quando a função de

interiorização é trabalhada suficientemente e quando a criança apresenta condições de apoiar-

se nas suas próprias sensações sinestésicas, pois se cogitada precocemente acarretará em

insegurança na criança que freará seu desenvolvimento, repercutindo inclusive nos

aprendizados escolares. (LE BOULCH, 1982). Gallahue e Ozmun (2005, p. 316) aprofunda bem

essa relação lateralidade e direção, através da seguinte definição para orientação direcional:

“Direcionalidade é a projeção da lateralidade. Ela dá dimensão a objetos no espaço. A

direcionalidade exata depende da lateralidade adequadamente estabelecida. [...]”. Desse

modo, faz-se necessário entender que direção é muito além de direita e esquerda, é para onde

o corpo se desloca: para um lado, para outro, para frente, para trás, para cima, para baixo, em

diagonal. (CAUDURO, 2002

EQUILÍBRIO - Para Gallahue e Ozmun: “Equilíbrio é a habilidade de um indivíduo manter a

postura de seu corpo inalterada, quando este é colocado em várias posições. [...] é básico para

todo movimento e é influenciado por estímulos visuais, táteis, cinestésicos e vestibulares. [...]”.

(2005, p. 299). Segundo Cauduro (2002) e Gallahue e Ozmun (2005) há duas maneiras de

classificar o equilíbrio, conforme a posição do corpo: o equilíbrio estático e o equilíbrio

dinâmico. Assim Eckert (1993, p. 265) também definia como: A manutenção de uma posição

particular do corpo com um mínimo de oscilação é referida como equilíbrio estático, enquanto

equilíbrio dinâmico é considerado ser a manutenção de postura durante o desempenho de uma

habilidade motora que tenda a perturbar a orientação do corpo.

TONICIDADE - A atividade tônica refere-se às atitudes e às posturas, e a atividade cinética

está orientada para o mundo exterior. Essas duas orientações da atividade motriz (tônica e

cinética), com a incessante reciprocidade das atitudes, da sensibilidade e da acomodação

perceptiva e mental, correspondem aos aspectos fundamentais da função muscular, a qual

deve assegurar a relação com o mundo exterior graças aos deslocamentos e aos movimentos

do corpo (mobilidade) e assegurar a conservação do equilíbrio corporal, a infra-estrutura de

toda ação diferenciada (tono). (ROSA NETO, 2002, p.20).

COORDENAÇÃO - Ao se falar de coordenação, muitas pessoas já rotulam as crianças como

coordenadas ou sem coordenação. Mas vale compreender que, conforme afirmava Cauduro

(2001), todas as crianças normais apresentam coordenação, porém podem apresentar sequelas

motoras ou falta de vivências quando queimam etapas ou não vivenciaram

determinadasvidades, pois a coordenação é o equilíbrio entre o ritmo interno e o ritmo externo

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proposto nas atividades. A coordenação é determinada pelas contrações musculares e

controlada pelo sistema nervoso, fazendo-se importante no movimento do corpo com

desenvoltura, habilidade e equilíbrio e no domínio do gesto e do instrumento. (OLIVEIRA, 1997).

A coordenação exige que seus movimentos sejam organizados e de forma ordenada e está

relacionada às outras habilidades motoras. Além disso, a coordenação apresenta-se como

global e fina conforme se faz uso dos músculos nos movimentos e que toda ação motora requer

o uso da visão, isto é, para um movimento ter precisão é necessário que ele seja visualizado ao

passo que se projeta um objeto ou se faz contato com ele. Muitas vezes, por isso, a coordenação

é apresentada sob os termos olho-mão e olho-pé como forma de expressar essa dependência.

RITMO - Gallahue e Ozmun (2005) definiam ritmo como a repetição sincronizada de eventos de

tal modo vinculados, que formam padrões reconhecíveis, sendo importante no desempenho

coordenado de qualquer ato e no desenvolvimento de um mundo temporal estável. Assim, um

movimento rítmico necessita da sucessão sincronizada de eventos no tempo. Cada ser humano

apresenta um ritmo próprio, a partir do domínio do seu corpo e a educação através do ritmo

visa possibilitar a expressão motriz da criança, de modo que ela se liberte corporalmente.

Muitas vezes, o ritmo é entendido como dança, obviamente faz parte deste contexto, mas pode

ser observado também em outros aspectos, como bater palmas, quicar a bola ou bater o

brinquedo contra o chão, pois como afirma Arribas (2002), o ritmo faz parte do ser humano

como algo natural, estando na base de sua vida fisiológica, a respiração e o batimento do

coração, e psíquica. Cauduro (2002) divide em ritmo próprio, biológico e ritmo externo social.

ESPAÇO-TEMPO - Muitos autores definem essa habilidade como organizações isoladas, ora é

espacial e ora é temporal, mesmo que haja uma interdependência entre si, como explicavam

Gallahue e Ozmun (2005). Para eles, a estrutura espacial é a base do desenvolvimento

perceptivo motor e compreende o conhecimento de quanto espaço o corpo ocupa e a

habilidade de projetar o corpo efetivamente no espaço externo. E a orientação temporal é a

aquisição de uma estrutura temporal adequada em crianças, sendo despertada e refinada ao

mesmo tempo em que se desenvolve seu mundo espacial. Como há a necessidade de uma sobre

a outra, Cauduro (2001), referia-se a esta habilidade como espaço-tempo, definindo-a a partir

das noções de espaço relativas à dinâmica, à orientação e à estrutura espacial com referência

ao situar o presente em relação a um antes e um depois, lento e rápido. A estruturação espacial

é essencial para que vivamos em sociedade. É através do espaço e das relações espaciais que

nos situamos no meio em que vivemos, em que estabelecemos relações entre as coisas, em que

fazemos observações, comparando-as, combinando-as, vendo as semelhanças e diferenças

entre elas. Nesta comparação entre os objetos constatamos as características comuns a eles (e

as não comuns também). Através de um verdadeiro trabalho mental, selecionamos,

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comparamos os diferentes objetos, extraímos, agrupamos, classificamos seus fatores comuns

e chegamos aos conceitos destes objetos e às categorizações. [...]. Em relação à organização

temporal, Arribas (2002) e mais recentemente Mattos e Neira (2008) destacavam que o

movimento ocorre ao longo do tempo, tem um início, meio e fim, um antes, um durante e um

depois. A ação motora deve prever sua duração, o ritmo de execução e a distribuição dos

componentes ao longo de um período de tempo.

http://www.efdeportes.com/efd180/o-conhecimento-sobre-o-corpo-nas-aulas.htm-20/01/2015 - 18:40hs

2. A IMPORTÂNCIA DO LAZER

Lazer é necessário para se viver? Mas afinal o que é lazer? Se refletirmos um pouco iremos perceber o sistema capitalista encravado na sociedade atuando de forma negativa sobre a qualidade de vida das pessoas. Mas como isso acontece?

A palavra lazer vem do latim “licere” que significa ser lícito, ser permitido. Normalmente definimos lazer como atividades feitas nos tempos livres, ou seja, naqueles momentos em que você não se ocupa com nenhuma atividade seja ela profissional, social, religiosa ou familiar proporcionando prazer. É nos momentos de lazer que a chance de relaxar, descansar, se distrair aparece.

A diversão, a descontração se torna indispensável no combate ao estresse totalmente mental, físico e psicológico. Diversos estudos relatam o aparecimento de doenças

Vamos testar seu autoconhecimento? Como o seu corpo reage após a aula

prática de ginástica?

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psicossomáticas causadas pela preocupação crônica de ordem moral e econômica. Isso significa que pela preocupação e ocupação total do tempo que o sistema capitalista impõe na busca desenfreada pelo acúmulo de riqueza implica na sobrecarga de estresse somada aos problemas de ordem moral diários, onde os resultados são vistos na forma de doenças como úlceras gástricas, hipertensão e vários outros males.

A partir da reflexão conseguimos entender a importância fundamental do lazer. Porém, o Lazer não é apenas um grupo qualquer de ocupações sem propósito algum senão preencher o tempo livre do sujeito. Ele pode e deve como a animação cultural, ter uma conotação crítica e até mesmo transformadora da ordem instituída, mesmo que isso implique em desconstruir antigos mitos e convenções.

Um problema que afeta grande parte da população das grandes cidades é a falta de espaço e locais para o lazer saudável, tais como a prática de atividades físicas prazerosas.

2.1. DICAS PARA APROVEITAR MELHOR O SEU MOMENTO DE LAZER: 1º - Faça atividades que você gosta como assistir um filme, jogar videogame, mas cuidado para não ficar demais em casa. 2º - Tentar fazer sempre a mesma coisa para se distrair pode acabar ocasionando o estresse. 3º - A atividade física como lazer não deve ser extenuante. Para causar prazer, a atividade física deve relaxar o corpo e a mente do individuo e não deixá-lo com dores musculares. 4º - Atividades ao ar livre em contato com a natureza tais como represas, praias e demais passeios turísticos ajudam a sair da rotina, portanto, são eficazes para que a pessoa se distraia e esqueça dos problemas. 5º- Tem coisa melhor que reunir-se com os amigos? Cerque-se das pessoas de quem você gosta, organize junto a elas aquele churrasco, aquela pizza, uma ida ao cinema ou mesmo excursões em grupo. 6º - Tenha uma vida fora do trabalho. Se você se junta apenas com pessoas do trabalho é mais fácil surgir assuntos que vão te estressar ao invés de se distrair. É importante ter amigos no trabalho, porém uma vida social é tão importante quanto o bom relacionamento no emprego. 7º - Para se viver com qualidade de vida, todo mundo precisa de um tempo de descanso e que este tempo de descanso seja não só físico, mas também mental o que é encontrado nas atividades de lazer.

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3. TRABALHO EM GRUPO 3.1. O PIQUENIQUE DAS TARTARUGAS (TRABALHO EM EQUIPE)

A família de tartarugas decidiu sair para um piquenique, e por serem naturalmente lentas, levaram alguns dias para prepararem-se para seu passeio. Finalmente a família de tartarugas saiu de casa para procurar um lugar apropriado, e durante o segundo dia da viagem encontraram o lugar ideal! Elas levaram algumas horas para limpar a área, desembalaram a cesta de piquenique e terminaram os arranjos. Quando elas estavam prontas pra comer, descobriram que tinham esquecido o sal. Poxa, todas concordaram que um piquenique sem sal seria um desastre, e após uma longa discussão, a tartaruga mais nova foi escolhida para voltar em casa e pegar

o sal, pois era a mais rápida das tartarugas. A pequena tartaruga lamentou, chorou, e esperneou, mas concordou em ir com uma

condição: que ninguém comeria até que ela retornasse. A família concordou e a pequena tartaruga então saiu para buscar o sal. Três dias se passaram e a pequena tartaruga ainda não havia retornado. Cinco dias… Seis dias… Então, no sétimo dia, a tartaruga mais velha, que já não agüentava de tanta fome, anunciou que ia comer, e começou a desembalar um sanduíche.

Quando ela deu a primeira “dentada” no sanduíche, a pequena tartaruga saiu detrás de uma árvore e gritou: - Ahhãããããã! Eu tinha certeza que vocês não iam me esperar. Agora é que eu não vou mesmo buscar o sal!

3.2. MAQUINA DE ESCREVER Xu txnho uma máquina dx xscrxvxr qux apxsar dx sxr antiga funciona muito bxm, com xxcxção dx uma única txcla. Das 42 txclas qux xla txm, apxnas uma não funciona bxm, x como vocx podx vxr, isso faz uma xnormx difxrxnça. Muitas xmprxsas x xquipxs são como xsta minha máquina dx xscrxvxr; nxm todas as pxssoas “funcionam bxm”, nxm todos dão o mxlhor dx si, x com isso prxjudicam x compromxtxm o rxsultado do trabalho dx todos. Alguns atx pxnsam: “Minha participação não x tão importantx assim”, mas como vocx podx notar, isso não x vxrdadx; uma única “pxça” faz muita difxrxnça. Para qux uma xquipx possa trabalhar dx manxira xficixntx, x prxciso qux todos participxm dx manxira ativa, xquilibrada, conscixntx x rxsponsávxl, dando o mxlhor dx si para, comxçando pxlo lídxr. Por isso, sx por algum motivo vocx um dia pxnsar qux sxu trabalho não x importantx para xquipx, ou mxsmo qux vocx x mais importantx do qux todas as outras pxssoas, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx xscrxvxr.

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. Bem, agora eu voltei a usar o teclado do computador. . Muitas organizações têm pessoas trabalhando em grupo e não em equipe, onde cada um se preocupa em realizar apenas sua tarefa e pronto. No trabalho em equipe, cada membro sabe o que os outros estão fazendo e sua importância para o sucesso da tarefa. Eles têm objetivos comuns e desenvolvem metas coletivas que tendem a ir além daquilo que foi determinado. Toda equipe é um grupo, porém nem todo grupo é uma equipe. Pessoas que vão ao teatro para assistir a uma peça, por exemplo, são um grupo. Elas não se conhecem, não interagem entre si, mas têm o mesmo objetivo: assistir à peça. Já equipe, por exemplo, é o elenco dessa peça de teatro, onde todos trabalham juntos para atingir uma meta específica, que é fazer um bom espetáculo para a platéia, seus clientes. Existe uma frase que resume muito bem o resultado do trabalho em equipe:Sozinhos vamos mais rápido, porém juntos vamos mais longe, porque juntos somos mais fortes.

4. VOLEIBOL

4.1. HISTÓRICO

O voleibol foi criado nos Estados Unidos, no dia 9 de fevereiro de 1895, pelo diretor de educação física da ACM (Associação Cristã de Moços de Massachusetts) William George Morgan.

Ao inventar o voleibol e suas regras, Morgan tinha como objetivo principal a criação de um esporte sem contato físico entre os jogadores. Desta forma, ele pretendia oferecer às pessoas (principalmente aos mais velhos) um esporte em que as lesões físicas, provocadas por choques entre pessoas, seriam raras.

Morgan teve o tênis como inspiração para a criação do voleibol: redes, quadra e a lógica de passar e repassar a bola de um lado para o outro. Entretanto, desejava que sua modalidade não exigisse tantos materiais e recursos, isto é, que fosse mais prática e democrática que o tênis. Assim, nascia o voleibol, um esporte que podia ser jogado em áreas cobertas ou fechadas, com mais ou menos pessoas, e que não requeria materiais específicos (a bola era passada pelas próprias mãos dos jogadores).

A primeira partida pública de voleibol ocorreu em 1896, durante uma convenção de

professores de Educação Física da ACM, na universidade de Springfield. Uma curiosidade é que

até esta data, William Morgan chamava o esporte de “minonette”. Foi após a primeira

demonstração da modalidade que o nome pelo qual conhecemos o esporte foi sugerido pelo

professor Alfred Halstead.

Nos anos seguintes, o voleibol já se espalhava por diversas cidades americanas. Posteriormente, graças ao alcance da Associação Cristã de Moços Internacional, o esporte se difundiu por vários países, como Canadá, Cuba, Filipinas, China, Japão e grande parte da Europa.

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O vôlei se tornou conhecido na América Latina por volta de 1910, quando autoridades

peruanas entraram em contato com educadores dos Estados Unidos em busca de aprimoramentos em seus programas de Educação Física. Não se sabe exatamente quando o esporte chegou ao Brasil. Acredita-se que o mesmo tenha sido introduzido pela ACM de São Paulo, por volta de 1916 No ano de 1947 foi fundada a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e depois de

dois anos foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Voleibol. O evento foi estendido

para o vôlei feminino no ano de 1952 e logo em 1964 o voleibol começou a fazer parte dos

Jogos Olímpicos.

4.2. REGRAS

Número de jogadores

Uma equipe é constituída de no máximo 12 jogadores, onde seis começam a partida.

Objetivo do jogo

O objetivo do jogo é fazer com que uma equipe consiga o envio regulamentar da bola, por cima da rede, para tocar o solo no campo adversário, procurando simultaneamente evitar que a mesma caia no seu próprio terreno. Duração do tempo de jogo

A duração do jogo é ilimitada e disputa-se á melhor de 5 sets, ou seja, a equipe que ganhar 3 sets é considerada vencedora. Pontuação

É considerado vencedor do jogo equipe que vencer 3 sets.

O set é ganho pela equipe que fizer 25 pontos primeiro, com uma diferença mínima de 2 pontos sobre a outra equipe. Em caso de empate em 24-24 o jogo continua até ser alcançada a diferença de 2 pontos.

Uma equipe marca um ponto quando: o Se colocar a bola no chão do campo da equipe adversária. o Quando a equipe adversária comete uma falta. o Quando a equipe adversária recebe uma penalização

Posição dos jogadores

No momento em que a bola é batida pelo jogador no serviço, cada equipe deve estar colocada no seu próprio campo em duas linhas de 3 jogadores. Esta linha pode ser quebrada.

A partida, os jogadores iniciais colocam-se no campo segundo as posições numeradas de 1 a 6.

Os 3 jogadores colocados juntos a rede são os avançados 1º linha (posições 4,3 e 2). Os outros 3 são os da defesa – 2º linha (posições 5, 6 e 1).

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Rodízio

Cada equipe deverá ter sempre em jogo 6 jogadores. A ordem do rodízio é determinada pela formação inicial da equipe e controlada pela ordem de serviço e pelas posições dos jogadores ao longo do set.

O rodízio acontece sempre que a equipe ganha direito ao saque.

Os jogadores rodam no sentido dos ponteiros do relógio.

Cada mudança de saque corresponde uma rotação. Toque

Cada equipe pode realizar até um número máximo de 3 toques até devolver a bola para o campo adversário.

Um jogador não pode tocar mais de uma vez seguida na bola - 2 toques.

Quando a equipe toca a bola no bloqueio e a bola sobra para a mesma equipe o direito dos 3 toques é assegurado.

Os jogadores podem tocar com qual quer parte do corpo na bola.

4.3. ESPORTE X PROFISSÃO O número de pessoas sedentárias nas grandes cidades cresce a cada dia tornando um

problema de saúde pública, pois a falta de exercício físico é uma das principais causas de aparecimento de doenças como obesidade, hipertensão, diabetes e etc. A falta de espaços físicos adequados para prática de exercícios e a alta carga horária de trabalho da população mundial são fatores que influenciam o sedentarismo.

O esporte é um exercício físico prazeroso, onde a sua prática adequada traz dentre os benefícios uma boa qualidade de vida, momentos relaxantes aliviando o estresse do dia-a-dia.

Porém os esportes quando praticados com um caráter profissional se tornam cada vez mais agressivos a saúde dos atletas na busca de melhores resultados. A alta sobrecarga de treinamentos provoca desde lesões simples a lesões mais complexas. A prova de triatlo profissional IRON MAN é a prova mais desgastante da modalidade chegando a ser desumana.

“Quem não tem tempo para praticar

exercícios físicos, que arranje tempo

para ficar doente.”

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Os atletas sofrem bastante para conseguir melhorar o tempo nessas provas. Quando o sofrimento já é esperado isso não é saudável, pois o atleta já está ciente do risco que corre por elevar ao máximo seu desempenho, mas temos exemplo de como o sofrimento no esporte pode ser superado de forma saudável. Por exemplo, o alemão Beckenbauer na semifinal da copa do mundo de futebol em 70, contra a Itália, em que ele jogou uma prorrogação inteira com o ombro deslocado, mas teve garra para seguir em campo. O atleta não tinha ideia de que esse fato iria acontecer, mas aconteceu e não poderia simplesmente desistir do sonho por um acontecimento que não estava nos planos, pois seria inviável para quem trabalhou tanto para concretizá-lo. Mas quando o atleta se propõe a jogar a metade dos jogos de uma competição como um mundial sabendo que o ombro está deslocado, então não seria sadio.

Quando o dinheiro entra nos esportes, a vitória ou derrota fogem das dimensões apenas dos atletas, e esses resultados podem, por exemplo, mexer em casas de aposta, patrocinadores, e até na economia. E junto com toda a questão financeira envolvida, soma-se a pressão extra campo à sua pressão interior, de querer a vitória para si, e então o psicológico do atleta pode ser abalado.

Por fim, o esporte amador é muito mais saudável que o profissional. É importante cultivar valores como a disciplina, determinação e garra, mas também é preciso respeitar seu corpo, e ter a certeza que ele está bem, pois essa é a função do esporte.

5. FORRÓ

5.1. HISTÓRICO

O forró, assim como o samba, possui as mesmas raízes, ou seja, ambos se originaram da mistura de influências africanas e europeias. "Na música nordestina, um toque indígena, uma pitada europeia, um tempero africano; é só degustar..." já citava um dos especialistas no assunto. O batuque - dança de roda com que os africanos mostravam a sua cultura - foi o tronco principal no que diz respeito à formação da

música popular no Brasil. Dele surgiram diversas variações que se espalharam tanto em áreas urbanas quanto rurais sob vários nomes e estilos próprios conforme a região do país.

O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Nos anos 1970, surgiram, nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda) e outros surgiram.

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Depois de um período de desinteresse na década de 1980, o forró ganhou novo fôlego

da década de 1990 em diante, com o surgimento e sucesso de novos trios e artistas de forró. Modernização do forró

A partir de meados da década de 80, com a saturação do forró tradicional (Conhecido como pé-de serra), surgiu no Ceará um novo meio de fazer forró, com a introdução de instrumentos eletrônicos (tais como guitarra, bateria e baixo). Também as letras deixaram de ter como o foco a seca e sofrimento dos nordestinos, e passaram a abordar conteúdos que atraíssem os jovens. O precursor do movimento foi o ex-árbitro de futebol, produtor musical e empresário Emanuel Gurgel, responsável pelo sucesso de bandas como Mastruz com Leite, Cavalo de Pau, Alegria do Forró e Catuaba com Amendoim. O principal instrumento de divulgação do forró na década de 90, a rádio Som Zoom Sat, e a principal gravadora, a Som Zoom Estúdio também pertencem a Gurgel. Tal pioneirismo não ficou imune de críticas dos ditos tradicionalistas que o acusaram de transformar o forró num produto. Em entrevista à revista Época, declarou Gurgel: "Mudamos a filosofia do forró: Luiz Gonzaga só falava de fome, seca e Nordeste independente. Agora a linguagem é romântica, enfocada no cotidiano, nas raízes nordestinas, nas belezas naturais e no Nordeste menos sofrido, mais alegre e moderno(...)".

ORIGEM DA PALVRA FORRÓ A origem da palavra forró é controversa. Há a versão mais popular de sua origem, a de

que o nome viria dos dizeres "For All" (em inglês “para todos”). Com a inauguração da primeira estrada de ferro no interior de Pernambuco pela companhia inglesa Great Western, foi feito um baile (ao som da sanfona e zabumba) para comemoração do acontecimento, promovido pela própria empresa, que convidava todos através dos dizeres afixados na entrada: "for all" (para todos).

A segunda versão é dada pelo historiador e pesquisador da cultura popular Luís da Câmara Cascudo, que diz que a origem é o termo africano "forrobodó", que significaria festa, bagunça. Assim então eram chamados os bailes comuns frequentados pelo povo e, com o tempo, por ser mais fácil pronunciar, acabou se tornando, simplesmente, “forró”. A razão de os historiadores, em sua maioria, confirmarem esta versão é o fato de que desde o século 17 já se falava em forrobodó, bem antes dos ingleses construírem suas malhas ferroviárias. Porém, como o poder de persuasão do rádio e da televisão são bem maiores que o dos livros, as pessoas tendem a acreditar na primeira versão.

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5.2. DANÇA: A INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Como já sabemos a dança acompanha a

humanidade há muito tempo, mas claro que essa dança

vem evoluindo juntamente com o homem sem perder a

sua importância histórica e cultural. A dança como

exercício físico proporciona vários benefícios no que se

refere a aspectos físicos, emocionais, sociais, e

intelectuais. Em meio a tantos benefícios ainda

percebemos um em especial que também é muito

importante. Na dança o corpo se torna um meio de

comunicação com o mundo, onde os movimentos são

autônomos e a liberdade se desenvolve de maneira a permitir a evolução de uma pessoa ativa.

Acredita-se que a relação interpessoal, o desenvolvimento da auto-estima, da autoconfiança

são facilitadas pelas características particulares que a dança apresenta: a ludicidade e a

coletividade. A dança também proporciona benefícios físicos como aumento da resistência

corporal, estética, postura e flexibilidade além de contribuir para o equilíbrio emocional dentro

de um desenvolvimento do indivíduo como todo.

6. PRIMEIROS SOCORROS

Em quaisquer situações e atividades, pessoas estão expostas a riscos e, portanto, sujeitas a

ferimentos e traumatismos causados por acidentes. Acidentes podem ocorrer em qualquer

lugar, mas alguns ambientes parecem ser especialmente propícios. Especialistas no assunto

garantem que a melhor forma de enfrentar este problema é pela prática da prevenção.

6.1. QUEIMADURAS

As queimaduras são lesões causadas por calor, substâncias corrosivas, líquidos e

vapores. Podem ocorrer também pelo frio intenso e por radiação, inclusive solar e elétrica.

Quando apenas a pele é afetada, chamamos de queimadura superficial ocorre vermelhidão,

inchaço e até bolhas. Se o tecido subcutâneo é comprometido, a queimadura é profunda,

ficando a pele muito vermelha ou escura.

As queimaduras são classificadas de acordo com a profundidade como:

Primeiro grau: quando a lesão é superficial. Aparecerão vermelhidão, inchaço e dor.

Segundo grau: quando a ação do calor é mais intensa. Além da vermelhidão, aparecem

bolhas ou umidade na região afetada. A dor é mais intensa também.

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Terceiro grau: há destruição da pele. Atinge gordura, músculo e até ossos. Pela

destruição das terminações nervosas, ocorre pouca ou nenhuma dor. A pele apresenta-se

esbranquiçada ou carbonizada.

A extensão da área queimada é, muitas vezes, mais importante do que a profundidade da

lesão para determinar a gravidade. É o caso de uma queimadura de primeiro grau, que, por

exemplo, pode atingir uma ampla área do corpo. A extensão é medida em porcentagem da

área total da superfície do corpo. É a “regra dos nove”, que divide o corpo em áreas de

aproximadamente 9%, utilizada para calcular a extensão da queimadura e decidir o tipo de

tratamento, conforme figura.

O QUE FAZER?

Independentemente do grau de profundidade da queimadura e da sua extensão, o

primeiro cuidado é a interrupção do contato entre o agente agressor e a superfície corporal.

Isso pode ser conseguido com a lavagem da área com água corrente. Esse é o melhor

tratamento imediato para a queimadura. Procure um atendimento especializado.

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O QUE NÃO FAZER?

_ Nunca passe óleo, manteiga, creme ou loção anti-séptica;

_ Não tente retirar pedaços de roupa queimada que tenham grudado na pele;

_ Não mexa na queimadura, principalmente se a pele estiver levantando;

_ Nunca arranque a pele;

_ Não fure a bolha;

_ Não passe material felpudo ou chumaço de algodão.

6.2. CHOQUE ELÉTRICO

O choque elétrico é causado, geralmente, por altas descargas e é sempre grave,

podendo provocar distúrbios na circulação sanguínea e até levar à parada cardiorrespiratória.

Como se manifesta?

Dependendo das condições da vítima e das características da corrente elétrica, o acidentado

pode apresentar:

Sensação de formigamento;

Contrações musculares fracas que poderão tornar-se fortes e dolorosas;

Inconsciência;

Dificuldade respiratória ou parada respiratória;

Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca;

Queimaduras;

Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos;

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No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada a

distância. É importante distinguir o acidente por corrente de alta voltagem daqueles por

corrente de baixa voltagem.

COMO PROCEDER EM ACIDENTES COM CORRENTE DE BAIXA VOLTAGEM?

A corrente doméstica utilizada em escritórios, residências, oficinas e lojas, também

pode provocar lesões graves e levar à morte. É importante estar ciente também dos perigos

da água no local, por ser um perigoso condutor de eletricidade.

Desligue o interruptor ou a chave elétrica;

Afaste imediatamente a vítima do contato com a corrente elétrica, removendo o fio ou

condutor elétrico com um material bem seco. É comum usar cabo de vassoura, jornal

dobrado, pano grosso dobrado, tapete de borracha ou outro material isolante;

Puxe a vítima pelo pé ou pela mão, sem lhe tocar a pele. Use para isso pano dobrado

ou outro material isolante disponível.

Se houver uma parada cardíaca deve ser executada a manobra de reanimação descrita

abaixo:

Identificação:

• Inconsciência;

• Ausência de respiração;

• Ausência de circulação.

Muitas vezes, como dissemos, ela é aplicada em conjunto com a respiração artificial.

Técnicas básicas:

Coloque a vítima deitada de costas em uma superfície rígida

Ajoelhe-se ao seu lado

Com os braços esticados apóie uma das mãos sobre a outra, e as duas sobre o peito do

acidentado, sem apoiar os dedos

O local exato para fazer o apoio, é três dedos acima da ponta do osso externo que é o

osso do centro do peito.

Utilizando o peso do seu corpo, faça compressões curtas e fortes, comprimindo e

aliviando regulamente;

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Essas operações têm como função comprimir o músculo cardíaco, dentro do

tórax, reanimando os batimentos naturais;

Repita esta

operação com uma

frequência de 60

compressões por

minuto, até que haja

sinais de

recuperação do

batimento cardíaco.

Nas crianças,

o processo deve ser

feito com uma das

mãos, e nos bebês usa-se o polegar, fazendo duas compreensões por segundo,

aproximadamente. Nos casos de parada respiratória e cardíaca simultânea, deve-se

intercalar a respiração artificial com a massagem cardíaca, método conhecido como

Reanimação Cardiopulmonar ou RCP, do seguinte modo:

Quando o atendente estiver sozinho

• Fazer 15 compreensões cardíacas;

• Em seguida fazer 2 respirações boca a boca;

• Repetir até que chegue auxilio ou a vitima reanime.

Em algumas situações a pessoa que está prestando socorro deverá repetir estes

procedimentos por um tempo bastante longo. Existem casos relatados de pessoas que

insistiram durante horas, chegando a bons resultados. Por ser uma tarefa cansativa, que

requer muita energia e resistência, o atendente de emergência deverá estabelecer um ritmo

que permita economizar suas próprias energias sem afobação, cuidando para manter sua

própria respiração num ritmo adequado.

Em caso de queimaduras, cubra-as com uma gaze ou um pano, bem limpos. Se

a pessoa estiver consciente, deite-a de costas com as pernas elevadas. Em caso de vítima

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inconsciente, deite-a de lado. Se necessário, cubra a pessoa com cobertor e procure

mantê-la calma. Em caso de choque elétrico, após os primeiros socorros, procure ajuda

médica imediata.

6.3. PREVENÇÃO

Nunca mexa na parte interna das tomadas, seja com os dedos ou com objetos

(tesouras, agulhas, facas, etc.).

Vede todas as tomadas com protetores especiais ou um pedaço de esparadrapo

largo.

Ao trocar lâmpadas, toque somente na extremidade do suporte (de porcelana ou

plástico) e no vidro da lâmpada elétrica. Se possível, desligue a chave geral antes de

fazer a troca.

Nunca toque em aparelhos elétricos quando estiver com as mãos ou o corpo

úmidos.

Nunca pise em fios caídos no chão, principalmente se a queda foi conseqüência de

uma tempestade.

Proteja-se e viva bem com a

eletricidade. Ela não foi

criada para causar choques.

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7. COMO SE ALIMENTAR

Uma alimentação, quando adequada e variada, previne deficiências nutricionais, e protege contra doenças infecciosas, porque é rica em nutrientes que podem melhorar as defesas do organismo. Nutrientes são compostos químicos encontrados nos alimentos que têm funções específicas, funcionam associadamente, e se dividem em Macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos) Micronutrientes (vitaminas e sais minerais). Os carboidratos ou hidratos de carbono são compostos orgânicos feitos de átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. O carboidrato é o principal fornecedor de energia para o funcionamento orgânico.

As principais fontes de carboidratos são o açúcar (doces, hortaliças e leite), os cereais e

os grãos, portanto, são encontrados nas frutas, mel, sucrilhos, aveia, granola, arroz, feijão,

milho, pipoca, farinhas, pães, bolos e demais massas.

A absorção dos carboidratos é bastante rápida, sendo que a energia é colocada à disposição do corpo imediatamente após a ingestão. Mas, da mesma forma, suas reservas esgotam-se em aproximadamente meio dia após a última refeição.

E como os carboidratos geram energia? Em primeiro lugar, eles devem ser convertidos em glicose, no fígado, para, posteriormente, serem transformados em energia pelas células.

Cada grama de carboidrato fornece 4 kcal. Por isso, para quem quer emagrecer, a melhor maneira de reduzir calorias é cortar doces e refrigerantes, que são produtos ricos em carboidratos, mas que não têm nenhum outro nutriente.

Proteínas. Outra categoria de alimentos indispensável ao ser humano são as proteínas, principal componente da massa celular. A elas cabe a parte mais ativa na constituição do corpo, tendo papel fundamental na formação no crescimento, regeneração e substituição de diferentes tecidos, principalmente dos músculos.

Elas podem ser encontradas em vegetais, cereais, legumes e carnes, mas as proteínas dos vegetais são chamadas incompletas, porque não contêm todos os aminoácidos necessários ao organismo. Por isso, as proteínas de origem animal são as mais recomendadas e estão nas carnes, ovos, leite e seus derivados.

O ser humano precisa ingerir, em média, 30 a 50g de proteínas por dia, o que corresponde a um bife de aproximadamente 150g.

Além das proteínas completas, a carne também é rica em gorduras (lipídios). Apesar de serem as vilãs da obesidade e dos riscos cardíacos, elas também são indispensáveis na alimentação diária. O que os especialistas recomendam é que se opte pela carne magra. A gordura animal é rica em colesterol que, em excesso, causa sérios danos ao organismo.

No entanto, na quantidade adequada, a gordura produz, no organismo, ácidos graxos e glicerol, que desempenham diversas funções e reações químicas importantes. Algumas vitaminas, por exemplo, só são absorvidas quando encontram gordura. Concentrada sob a pele, a camada adiposa nos protege contra o frio e os choques.

Além disso, a gordura que se acumula no organismo funciona como uma reserva energética. Quando passamos muitas horas sem comer e esgotam-se os carboidratos, o metabolismo passa a queimar esta gordura para que os órgãos continuem funcionando.

É por isso que os nutricionistas recomendam que façamos pequenas refeições a cada três horas, em média – porque quando a falta de carboidratos é muito freqüente, o cérebro entende que precisa reforçar seus “estoques” de energia e ordena ao corpo que acumule cada

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vez mais a gordura das refeições. Com o tempo, essa gordura pode acumular-se nas veias e artérias, levando a graves problemas cardíacos.

Por tanto as gorduras são indispensáveis ao organismo, mas devem ser ingeridas em quantidades mínimas, pois cada 100g de gordura fornece duas vezes mais energia que 100g de proteínas ou carboidratos. Para evitar o excesso, o melhor é optar pelas carnes magras e leite desnatado, que contêm quantidades reduzidas de gordura. Peixes e aves podem ser consumidos em maior quantidade, pois contêm tipos de gordura mais saudáveis. Sem contar que são fontes de outros nutrientes, como o peixe, que é rico em vitaminas do complexo B e vários minerais.

As vitaminas são substâncias que o organismo não tem condições de produzir e, por isso, precisam fazer parte da dieta alimentar. Suas principais fontes são as frutas, verduras e legumes, mas elas também são encontradas na carne, no leite, nos ovos e cereais.

As vitaminas desempenham diversas funções no desenvolvimento e no metabolismo orgânico. No entanto, não são usadas nem como energia, nem como material de reposição celular. Funcionam como aditivos – são indispensáveis ao mecanismo, mas em quantidades minúsculas.

A falta delas, porém, pode causar várias doenças, como o raquitismo (enfraquecimento dos ossos pela falta da vitamina D) ou o escorbuto (falta de vitamina C), que matou tripulações inteiras até dois séculos atrás, quando os marinheiros enfrentavam viagens longas comendo apenas pães e conservas.

A Ciência conhece aproximadamente uma dúzia de vitaminas, sendo que as principais são designadas por letras. Essas vitaminas podem ser encontradas em muitos alimentos, especialmente os de origem vegetal.

Água – Por fim, uma nutrição equilibrada também necessita de água e sais minerais. A água representa mais da metade do nosso peso, compondo cerca de 70% do corpo humano. Ela é fundamental na reprodução das células e no metabolismo, ajudando a eliminar toxinas, sujeira e gordura. Portanto, uma boa hidratação vai garantir pele bonita e saudável, limpeza do organismo e perfeita atividade renal e intestinal. É graças à água que as fibras conseguem percorrer os intestinos, “varrendo” tudo aquilo que foi rejeitado pela digestão.

No decorrer de um dia, um adulto perde aproximadamente 2,5 litros de água enquanto respira, fala, urina e transpira. Como os alimentos contêm água, em condições normais, a ingestão de ½ a um litro de água por dia é suficiente para o organismo não parar e o ser humano sobreviver. Mas como esse líquido flui por todo o corpo levando e retirando substâncias, quanto mais água, melhor – a recomendação dos médicos é de que tomemos pelo menos dois litros de água por dia.

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Sais minerais – Ao fazermos uma alimentação balanceada, ingerimos minerais como zinco,

magnésio, cobre, selênio, ferro, cálcio, sódio, potássio, iodo e flúor. Eles desempenham um

importante papel no controle do metabolismo ou na manutenção da função de tecidos

orgânicos.

Mineral Função Onde pode ser encontrado

Cálcio; flúor;

Formam e mantêm ossos e dentes. O cálcio ainda ajuda na coagulação do sangue e participa das contrações musculares.

Estes dois minerais podem ser encontrados no peixe. Leite e derivados, além de ervilhas secas, verduras, feijões e castanhas também são ricos em cálcio.

Magnésio

Funções parecidas com cálcio e o flúor. Também forma e mantém ossos e dentes e controla a transmissão dos impulsos nervosos e as contrações musculares. E Ele ainda ativa reações químicas que produzem energia na célula.

Castanhas, soja, leite, peixes, verduras, cereais e pão

Cobre

Controla a atividade enzimática que estimula a formação dos tecidos conectivos e dos pigmentos que protegem a pele

Ostras, fígado, rim, chocolate, nozes, leguminosas secas, cereais, frutas secas, aves e mariscos.

Potássio; Sódio

Ajuda nos impulsos nervosos e contrações musculares, além de manter normal o ritmo cardíaco e o equilíbrio hídrico do organismo

Banana (potássio); Quase todos os alimentos (sódio);

Zinco Auxilia na cicatrização, conserva a pele e o cabelo, e controla as atividades de várias enzimas.

Encontrado em pequenas quantidades em vários tipos de alimentos

Selênio

Diminui os riscos de alguns tipos de câncer e protege as células dos danos causados por substâncias oxidantes.

Encontrado em carnes, peixes e vegetais. A quantidade de selênio nos vegetais depende do teor deste mineral no solo.

Ferro

Contribui com a produção de enzimas que estimulam o metabolismo. Também forma a hemoglobina e a mioglobina, que levam oxigênio para as hemácias e para as células musculares. Mas para que haja melhor aproveitamento do ferro, é necessário ingeri-lo com alimentos ricos em vitamina C.

Encontrado nas carnes, peixes, fígado, gema, cereais e feijões.

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7.1. DICAS DE ALIMENTOS A cenoura, por exemplo, é rica em betacaroteno, substância a partir da qual o

organismo produz retinol, uma forma ativa de vitamina A. A vitamina A forma ossos e dentes, melhora a pele e o cabelo, protege os aparelhos respiratório, digestivo e urinário e também é importante para a visão.

A banana contém vitamina B6, que produz energia a partir dos nutrientes, ajuda a formar hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) e anticorpos, é útil para os sistemas nervoso e digestivo e boa para a pele.

Tomate, laranja, acerola, limão e goiaba são ricos em vitamina C. O ideal é comer esses alimentos crus. A vitamina C preserva ossos, dentes, gengivas e vasos sangüíneos, aumenta a absorção de ferro, ajuda o sistema imunológico e aumenta a cicatrização.

As vitaminas também estão presentes nos alimentos de origem animal, como leite e ovos são ricos em vitamina D (sintetizada pelo próprio organismo, mas que depende do sol para agir). Esta vitamina é fundamental no fortalecimento dos ossos e dentes e ajuda na coagulação do sangue, e vitamina B12, que participa da formação de material genético nas células, essencial à formação de novas células, como hemácias e leucócitos. A vitamina B12, aliás, só é encontrada em alimentos de origem animal. Os vegetarianos precisam, portanto, de suplementação desta vitamina.

As carnes magras, aves e peixes contêm niacina, que ajuda a produzir energia a partir das gorduras e carboidratos e auxilia também o sistema nervoso e o aparelho digestivo, e vitamina B1, que ajuda na produção de energia, principalmente a necessária aos nervos e músculos, inclusive o coração. Também contêm vitamina E, que retarda o envelhecimento das células e contribui para a formação de novas hemácias, impedindo sua destruição no sangue.

As verduras e legumes são ricos em vários tipos de vitaminas, mas especialmente o ácido fólico, que é uma das vitaminas do complexo B. Ele colabora na produção de material genético dentro das células e mantém saudável o sistema nervoso. As verduras, assim como queijos, ovos e leite, também são ricas em vitamina B2 ou riboflavina. A riboflavina estimula a liberação de energia dos nutrientes, ajuda na produção de hormônios e mantém saudáveis as mucosas

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8. DISTÚRBIOS ALIMENTARES

Os transtornos alimentares caracterizam-se por uma grave perturbação do comportamento alimentar. Os pacientes que sofrem de distúrbio alimentar podem experimentar uma crise vinculada basicamente a uma exacerbação dos sintomas físicos, perturbação psicológica, angustia interpessoal ou alguma combinação dessas áreas do funcionamento.

Uma crise pode ser precipitada pela deterioração de relacionamentos interpessoais significativos ( por exemplo, pais ou outros familiares, cônjuge ou parceiro, professor ou patrão). Esta deterioração pode envolver a descoberta ou o reconhecimento de que o paciente tem um distúrbio alimentar.

8.1. ANOREXIA É o comportamento de recusa da pessoa em se

alimentar, por se considerar gorda, apesar de estar bem abaixo (cerca de 15%) do peso considerado adequado à sua idade e altura. Esta recusa está associada a um medo intenso de ganhar peso. Apresentam um distúrbio da imagem corporal que faz com que se percebam como mais gordos do que realmente são. Esse distúrbio não diminui com a perda de peso, fazendo com que o anorético continue insatisfeito com sua aparência apesar do emagrecimento, fixando metas de peso em níveis cada vez mais baixos e podendo utilizar métodos de controle de peso cada vez mais extremos.

8.2. BULIMIA se caracteriza por episódios recorrentes de comer grandes quantidades de comida em um curto período de tempo (orgias alimentares), seguidos pelo uso de estratégias inadequadas de evitar o aumento de peso como auto-indução do vômito, uso de laxantes e diuréticos e prática de exercícios vigorosos (comportamentos compensatórios). O ataque é tipicamente desencadeado por estados de humor disfóricos, estados ansiosos e fome intensa. Ele pode proporcionar distração de pensamentos desagradáveis; pode reduzir sentimentos de tédio, solidão e tristeza (sendo uma forma de se dar prazer, mesmo que de curta duração) ou pode proporcionar alívio do rigor e monotonia da dieta rígida.

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8.3. Distúrbio do Comer Compulsivo Se assemelha à Bulimia no que se refere à

presença das orgias alimentares, mas se diferencia da mesma por não apresentar os comportamentos compensatórios. Apesar do grande desconforto gerado por estes ataques, não há uso regular de vômito ou abuso de exercícios, laxantes e diuréticos. Durante os ataques, também privilegiam alimentos evitados quando em dieta, experimentam diminuição do controle sobre o comportamento alimentares mesmo sem fome, só param de comer quando se sentem desconfortavelmente "empanturrados". Embora eventualmente façam dieta, em sua maioria apresentam obesidade de moderada à grave. Esses distúrbios apresentam aspectos comuns em diversos níveis de análise do comportamento da pessoa. E eles são os seguintes: Comportamento Alimentar: o comportamento de comer não atende a uma necessidade fisiológica de se alimentar, mas ocorre em virtude de uma sensação desagradável associada à Ansiedade ou a Depressão, geralmente ele é descrito como um vazio e confundido com a sensação de fome. Pensamento: apresenta dificuldade em reconhecer sinais de fome e saciedade, pensamentos constantes sobre comida e aparência física são constantes e geram desprazer ou insatisfação com a auto-imagem. Relações Sociais: apresenta sentimento de rejeição, imagina que está constantemente sendo observado pelas pessoas. Em virtude da grande dificuldade de comunicar sentimentos e pensamentos, não consegue lidar com situações sociais de uma forma satisfatória. Não sabe administrar críticas, frustrações e desapontamentos e foge dos confrontos e auto- exposição. Isso leva a pessoa a evitar convívio social, ou evitar lugares públicos com muito movimento de pessoas, o que acaba tornando sua vida solitária. Para completar, as pessoas com distúrbios alimentares apresentam histórias familiares onde

são comuns os seguintes aspectos: superproteção, rigidez de valores, grande ênfase em

modelos estéticos que enfatizam a magreza como único modelo aceitável de beleza.

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9. CAPOEIRA

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. No Brasil

Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e

repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento

importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de

dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio

do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em

campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste

lugar surgiu o nome desta luta.

Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma

prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que

praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou

a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a

transformou em esporte nacional brasileiro.

A CONSTRUÇÃO DO CORPO NO JOGO DA CAPOEIRA Foi por meio da capoeira que aprendi que o mais importante não é ser o melhor, é ser

feliz, dentro do possível, durante as trajetórias de nossas atuações na vida, assim como a vida, a natureza da capoeira é cíclica. (SILVA, 2008, p. 13) Quando os escravos foram trazidos da África ao Brasil dentro dos navios negreiros, os senhores tinham o costume de dividir os africanos pelas diferentes etnias, dificultando, assim, a comunicação e possíveis revoltas. Porém, com o convívio social, os escravos logo encontraram similaridades culturais que, mesmo diante das dificuldades causadas pela separação étnica e exploração, de algum modo, criou elos de identificação entre eles. (ABIB, 2004). Diante da dificuldade, esses elos representaram, através da ânsia pela liberdade, uma união necessária à vida, que criava condutas de expressões. Uma conduta de linguagem corporal. A favor da vida, essas condutas foram se

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alastrando pela cultura escrava, caracterizando-se em um corpo ideologizado, que tomava formas discretas contra um sistema opressor que tentava “calá-lo”. A necessidade de uma expressão compartilhada pelos escravos impulsionou a criação10 de um dos pilares de sua identidade,11 a Capoeira. Situamo-nos novamente na ideia do corpo capoeira prevalecendo à questão da dialogia dos corpos, por isso constituído pelas experiências da vida. O corpo formado nessa ideia irriga os valores compreendidos na Capoeira, não só em seu espaço, mas na transcendência desse espaço, atingindo formas de expressão social da realidade. Tal ideia se remete à Educação Física, pois se sabe que a área utiliza dessa manifestação cultural para promover práticas corporais. Se pensarmos nessa discussão, por exemplo, na escola que prevê um direcionamento para tal conteúdo, fazendo emergir formas de atuar dentro da sala de aula, fazendo parte da realidade do aluno como algo significativo, promoverá mudanças nas atitudes do mesmo, havendo transformação social, ao passo que esse mesmo aluno se relacionará com várias outras pessoas que serão beneficiadas com tais atitudes e valores. Dessa forma, chamarei de dialogia12 o jogo que é feito na roda da Capoeira. Sabe-se que o jogo presume duas pessoas no centro da roda, tendo como objetivo envolver seu parceiro. Quando se joga não há a necessidade de embate, apenas de uma articulação entre seus jogadores, feita de forma espiral. É claro que o nível de articulação muda conforme o desenvolvimento e as capacidades dos indivíduos pelas necessidades que a prática exige, como também, a reciprocidade existente entre o jogo. Ou seja, quanto mais dispostos e convergentes estiverem os jogadores, mais eles articularão. Esse jogo se demonstra como uma troca de movimentos corporais

A capoeira é uma dança ou uma luta? Justifique descrevendo as características. ________________________________________________________________________

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AS VEZES ME CHAMAM DE NEGRO

As vezes me chamam de negro

Pensando que vão me humilhar

Mas o que eles não sabem

É que só me fazem lembrar

Que venho daquela raça

Que lutou pra se libertar

Que criou o maculêlê

E acredita no candomblé

Que tem sorriso no rosto

A ginga no corpo e o samba no pé

Que fez surgir de uma dança

Luta que pode matar

Capoeira arma poderosa

Luta de libertação

Brancos e negros na roda

Se abraçam como irmãos.

Descreva as informações sobre a origem da capoeira que podemos observar na música: as vezes me chamam de negro?

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10. BIBLIOGRAFIA

http://www.historiadetudo.com/ginastica.html - Pesquisa em 27/Janeiro/2012 ás 15h15min.

http://www.icb.ufmg.br/lpf/revista/revista1/volume1_estresse/cap3_lazer.htm -

Pesquisa em 22/dezembro/2011 ás 16h35min.

http://www.infoescola.com/sociologia/lazer/- Pesquisa em 22/dezembro/2011 ás

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