apostila curso pregoeiro_ 2012

Upload: andrea-valerias

Post on 29-Oct-2015

59 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • 8 Inspetoria de Contabilidade e

    Finanas do Exrcito

    CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    Apostila Terica

    Maro/2012

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    1

    O objetivo principal deste trabalho contribuir com a formao de militares do Exrcito

    Brasileiro no desempenho da funo de pregoeiro em suas respectivas Unidades Gestoras.

    O Prego, na forma eletrnica, j est consolidado como o melhor modelo de aquisies

    governamentais, sendo a eficincia, a celeridade, a transparncia e a economia caractersticas

    marcantes que se destacam em relao s modalidades licitatrias tradicionais, previstas na Carta de

    Licitao (Lei 8.666, de 21 de junho de 1993).

    Durante o curso de formao de pregoeiros, sero apresentados diversos assuntos, dentre os

    quais: princpios bsicos, atribuies dos agentes responsveis, fase interna e externa do Prego

    eletrnico, utilizao do Sistema de Registro de Preos, participao de microempresa e empresa de

    pequeno porte, tratamento para bens e servios de informtica e automao e cartel em licitaes.

    O curso compe-se de 02 (duas) partes: terica, com a finalidade de dotar o pregoeiro de

    conhecimentos tcnicos para o desempenho de sua funo; e prtica, visando familiarizar o agente,

    por intermdio de simulaes, com situaes que ocorrero quando da operacionalizao do Prego.

    Vale destacar os vrios trabalhos j existentes sobre os assuntos ora tratados, que foram

    utilizados como fonte de consulta, sendo obrigao mencionar: curso de formao de pregoeiros

    disponibilizado no portal de Compras do Governo Federal (Comprasnet), do Ministrio do

    Planejamento, Oramento e Gesto; estgio de formao de pregoeiros elaborado pelo Cap Int Felipe

    Junges Villa, da 3 ICFEx; Manual de Licitaes e Contratos do Tribunal de Contas da Unio;

    oficinas sobre licitaes disponibilizadas na pgina eletrnica da Escola de Administrao Fazendria

    (ESAF); boletins informativos elaborados pelas Inspetorias de Contabilidade e Finanas do Exrcito;

    orientaes normativas disponibilizadas na pgina eletrnica da Advocacia Geral da Unio (AGU);

    boletins de licitaes e contratos da editora NDJ Ltda; livro Prego Capacitao para Pregoeiros e Licitantes do Professor Paulo Boselli, Editora Negcios Pblicos.

    Espera-se que este trabalho constitua uma fonte auxiliar de consulta do pregoeiro, que ter a

    nobre misso de dirigir o processo de aquisies, na modalidade prego, visando obter o melhor

    resultado no emprego dos parcos recursos oramentrios disponibilizados, sempre de acordo com a

    vasta legislao em vigor.

    Belm PA, 23 de maro de 2012.

    FRANCISCO FBIO ROSAS DA SILVA CAP QCO Instrutor do Curso de Formao de Pregoeiros/8 ICFEx

    ([email protected])

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    2

    SUMRIO

    CAPTULO I CONSIDERAES INICIAIS SOBRE LICITAO NA MODALIDADE PREGO ....................................................................................................................................... 04

    1.1 Breve histrico do Prego....................................................................................................... 04

    1.2 Conceitos ................................................................................................................................. 05

    1.3 Princpios bsicos ................................................................................................................... 06

    1.4 Caractersticas do Prego ...................................................................................................... 07

    1.5 Diferenas bsicas entre o Prego e as modalidades tradicionais ..................................... 08

    1.6 Vantagens do Prego.............................................................................................................. 09

    1.7 Julgados do TCU .................................................................................................................... 09

    CAPTULO II ATRIBUIES DOS AGENTES RESPONSVEIS ...................................... 13

    2.1 Equipe do Prego ................................................................................................................... 13

    2.1.1 Designaao .................................................................................................................... 13

    2.1.2 Caractersticas do pregoeiro ....................................................................................... 14

    2.1.3 Conhecimentos tcnicos ............................................................................................... 14

    2.1.4 Atribuies do pregoeiro ............................................................................................. 15

    2.1.5 Atribuies da equipe de apoio ................................................................................... 16

    2.1.6 Cadastramento do pregoeiro e equipe de apoio ........................................................ 16

    2.17 A funo de pregoeiro no Exrcito .............................................................................. 17

    2.2 Autoridade Competente ......................................................................................................... 18

    2.3 Fornecedores ........................................................................................................................... 19

    2.4 Julgados do TCU .................................................................................................................... 20

    CAPTULO III FASE INTERNA OU PREPARATRIA ........................................................ 21

    3.1 Atividades da fase preparatria ............................................................................................ 21

    3.2 Termo de Referncia .............................................................................................................. 22

    3.3 Edital ....................................................................................................................................... 23

    3.4 Julgados do TCU .................................................................................................................... 24

    CAPTULO IV FASE EXTERNA OU EXECUTRIA ............................................................ 32

    4.1 Divulgao do Prego ............................................................................................................ 34

    4.2 Recebimento das propostas, impugnaes e esclarecimentos do edital ............................ 35

    4.2.1 Recebimento das propostas ........................................................................................ 35

    4.2.2 Impuganaes e esclarecimentos do edital ................................................................ 36

    4.3 Anlise das propostas ............................................................................................................ 37

    4.4 Fase de lances ......................................................................................................................... 38

    4.5 Aceitao das propostas ........................................................................................................ 40

    4.6 Verificao da habilitao ou inabilitao .......................................................................... 40

    4.7 Manifestao da inteno de recurso ................................................................................... 44

    4.8 Fase Recursal ......................................................................................................................... 45

    4.9 Adjudicao do objeto ........................................................................................................... 47

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    3

    4.10 Homologao do certame .................................................................................................... 48

    4.11 Voltar fase/Ata complementar ............................................................................................ 49

    4.12 Anulao e revogao ........................................................................................................... 50

    4.13 Documentos do prego ......................................................................................................... 51

    4.14 Julgados do TCU .................................................................................................................. 52

    CAPTULO V SISTEMA DE REGISTRO DE PREOS ......................................................... 56

    5.1 Conceitos .................................................................................................................................. 56

    5.2 Vantagens ................................................................................................................................ 57

    5.3 Utilizao ................................................................................................................................. 57

    5.4 Atribuioes do rgos envolvidos e fornecedores ................................................................ 58

    5.4.1 rgo Gerenciador ....................................................................................................... 58

    5.4.2 rgo Participante ....................................................................................................... 58

    5.4.3 rgo no participante ................................................................................................ 59

    5.4.4 Fornecedores ................................................................................................................. 60

    5.5 Edital ........................................................................................................................................ 61

    5.6 Ata de Registro de Preos ...................................................................................................... 62

    5.6.1 Validade da ARP .......................................................................................................... 62

    5.6.2 Preos registrados ......................................................................................................... 62

    5.7 Cancelamento do Registro de Preos .................................................................................... 63

    5.8 Contratao ............................................................................................................................. 64

    5.9 Situao particular do Comando do Exrcito ...................................................................... 64

    5.10 Julgados do TCU .................................................................................................................. 65

    CAPTULO VI OUTROS ASSUNTOS PERTINENTES ......................................................... 67

    6.1 Sanes e penalidades ............................................................................................................. 67

    6.2 Inteno de Registro de Preos .............................................................................................. 70

    6.3 Participao de ME e EPP ..................................................................................................... 71

    6.3.1 Tratamento diferenciado ............................................................................................. 71

    6.3.2 Critrios de desempate/empate ficto .......................................................................... 73

    6.3.3 Regularidade fiscal ....................................................................................................... 74

    6.4 Decreto 7.174/10 Tratamento para bens e servios de informtica e automao ......... 75

    6.5 Decreto 7.601/11 Margem de preferncia ......................................................................... 79

    6.6 Cartel em licitaes ................................................................................................................ 83

    6.7 Julgados do TCU .................................................................................................................... 86

    ANEXO I CERTIFICAO DIGITAL ...................................................................................... 89

    ANEXO II ROTEIRO PRTICO (TCU) .................................................................................... 92

    ANEXO III ORIENTAES NORMATIVAS DA AGU SOBRE LICITAES ................. 95

    GLOSSRIO ..................................................................................................................................... 96

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA ............................................................................................... 100

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    4

    Neste captulo sero apresentadas consideraes iniciais sobre a licitao na modalidade

    PREGO, na forma eletrnica abordando:

    Breve histrico do prego;

    Conceitos;

    Princpios bsicos;

    Caractersticas do Prego;

    Diferenas bsicas entre o Prego e as modalidades tradicionais;

    Vantagens do Prego;

    A palavra prego provm do latim praiconium, do verbo praeconari, que significa apregoar,

    proclamar notcias. Refere-se proclamao de lances em alta voz nas hastas pblicas. O vocbulo

    tambm utilizado para designar o ato do Oficial de Justia de anunciar a realizao de audincia ou

    chamar partes e testemunhas em alta voz. Ainda utilizado para designar as sesses das bolsas de

    valores, em que so negociadas aes abertamente, em pblico. Portanto, desde logo se percebe que a

    palavra prego, num sentido comum, tem a ver com algo que dito em alta voz, direcionado ao

    pblico em geral.

    Em 1997, o Governo Federal publicou, no Dirio Oficial da Unio, anteprojeto para nova lei

    que disciplinasse a licitao pblica e o contrato administrativo, solicitando sugestes da comunidade

    jurdica para o aperfeioamento dele, antes que fosse remetido definitivamente ao Congresso

    Nacional.

    Propostas foram encaminhadas ao Governo Federal, merecendo destaque a de inverter as fases

    do procedimento licitatrio previsto na Lei n 8.666/93. Alis, o anteprojeto do Governo Federal no

    vingou, haja vista tantas crticas e sugestes a ele lanadas.

    O Prego surgiu atravs da Lei n 9.742, de 16 jun de 97, aplicado exclusivamente no mbito

    da ANATEL (Agncia Nacional de Telecomunicaes). A propsito, percebe-se que a modalidade

    prego no , a bem dizer, uma novidade, porquanto j existe h alguns anos.

    Em vista das anunciadas vantagens do Prego realizado pela ANATEL, o Presidente da

    Repblica expediu a Medida Provisria n 2.026, de 04 maio 2000, estendendo a nova modalidade

    Unio. Essa Medida Provisria foi reeditada ms a ms, tendo sofrido algumas modificaes

    substanciais, at que foi reenumerada e passou a se apresentar sob o n 2.182.

    As MP n 2.026 e 2.182 trouxeram uma grande questo em torno da abrangncia da

    modalidade prego. De acordo com tais legislaes, o prego era restrito aos rgos federais, o que

    negava a incidncia dele na rbita dos Estados, Distrito Federal e Municpios. Em razo disso,

    autores renomados, como CELSO ANTNIO BANDEIRA DE MELLO, reputavam

    inconstitucionais as MP regentes do prego, uma vez que restringiam a incidncia de norma geral aos

    rgos federais, discriminando indevidamente os entes federativos.

    CAP I CONSIDERAES INICIAIS SOBRE LICITAO NA

    MODALIDADE PREGO

    1.1 Breve histrico do Prego

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    5

    A Medida Provisria do Prego foi regulamentada pelo Decreto n 3.555, de 08 ago 2000, e

    alterado pelos Decretos n 3.693, de 20 dez 2000, e n 7.174, de 12 maio 10.

    Em 17 jul de 02, a Medida Provisria 2.182 foi convertida na Lei Federal n 10.520. Com a

    converso da MP em Lei, estendeu-se a incidncia da modalidade prego aos Estados, Distrito

    Federal e Municpios. A partir de ento, a modalidade prego vem se consolidando em todos os

    nveis da Administrao Pblica nacional, com suas virtudes e vicissitudes.

    O Presidente da Repblica, por intermdio do Decreto n 5.450, de 31 maio 05, regulamentou

    o prego, na forma eletrnica, para aquisio de bens e servios comuns, no mbito da Unio.

    Prego uma modalidade de licitao para aquisio de bens e servios comuns no mbito da

    Unio, Estados, Municpios e Distrito Federal cujos padres de desempenho e qualidade possam ser

    objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais no mercado1.

    Garante economia imediata nas aquisies de bens e servios comuns e permite ainda maior

    agilidade nas aquisies, pois desburocratiza os

    procedimentos realizados durante as etapas da

    licitao.

    A idia inovadora de ampliar a competio

    permite Administrao Pblica a obteno de

    menores preos em licitaes, favorecendo usurios

    do governo, fornecedores e sociedade a exercerem

    maior controle sobre as contrataes realizadas.

    O prego, na forma eletrnica, como modalidade de licitao do tipo menor preo, realizar-se-

    quando a disputa pelo fornecimento de bens ou servios comuns for feita distncia, em sesso

    pblica, por meio de sistema que promova a comunicao pela internet2.

    um procedimento que permite aos licitantes encaminhar lances exclusivamente por meio do

    sistema eletrnico. Durante o transcurso da sesso pblica, os licitantes sero informados, em tempo

    real, do valor do menor lance oferecido, podendo oferecer outro de menor valor, recuperando ou

    mantendo a vantagem sobre os demais licitantes, podendo baixar seu ltimo lance ofertado.

    1 Lei 10.520/02:

    Art. 1 Para aquisio de bens e servios comuns, poder ser adotada a licitao na modalidade de prego, que ser regida por esta Lei.

    Pargrafo nico. Consideram-se bens e servios comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais no mercado.

    2 Dec. 5.450/05:

    Art. 2o O prego, na forma eletrnica, como modalidade de licitao do tipo menor preo, realizar-se- quando a disputa

    pelo fornecimento de bens ou servios comuns for feita distncia em sesso pblica, por meio de sistema que promova a comunicao pela internet. 1

    o Consideram-se bens e servios comuns, aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam ser objetivamente

    definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais do mercado.

    1.2 Conceitos

    O prego, alm de propiciar maior transparncia nos processos licitatrios, possibilita o incremento da competitividade com a ampliao das oportunidades de negcio.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    6

    No se aplica o Prego, na forma eletrnica3:

    para contratao de obras e servios de engenharia no comuns;

    locaes imobilirias; e

    alienaes em geral

    Juridicamente, o Prego est condicionado aos princpios4:

    PRINCPIO DA LEGALIDADE - Nos procedimentos de licitao, esse princpio vincula os licitantes e a Administrao Pblica s regras estabelecidas nas normas e princpios em vigor.

    PRINCPIO DA IMPESSOALIDADE - Esse princpio obriga a Administrao a observar, nas suas decises, critrios objetivos previamente estabelecidos, afastando a

    discricionariedade e o subjetivismo na conduo dos procedimentos da licitao.

    3 Dec. 5.450/05

    Art. 6o A licitao na modalidade de prego, na forma eletrnica, no se aplica s contrataes de obras de engenharia,

    bem como s locaes imobilirias e alienaes em geral. 4 Dec. 5.450/05:

    Art 5 A licitao na modalidade prego condicionada aos princpios bsicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, eficincia, probidade administrativa, vinculao ao instrumento convocatrio e do julgamento objetivo, bem como aos princpios correlatos da razoabilidade, competitividade, e proporcionalidade.

    Pargrafo nico. As normas disciplinadoras da licitao sero sempre interpretadas em favor da ampliao da disputa entre os interessados, desde que no comprometam o interesse da administrao, o princpio da isonomia, a finalidade e a segurana da administrao.

    1.3 Princpios bsicos

    BENS E SERVIOS COMUNS

    De acordo com o art. 1, nico da Lei 10.520, de 17 jul 02, consideram-se bens e servios

    comuns aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo

    edital, por meio de especificaes usuais no mercado.

    Bens e servios comuns so ofertados, em princpio, por muitos fornecedores e comparveis

    entre si com facilidade.

    O estabelecimento de padres de desempenho permite ao agente pblico analisar, medir ou

    comparar os produtos entre si e decidir-se pelo menor preo.

    Servios de engenharia podem ser licitados por prego, desde que sejam considerados como

    servios comuns.

    Bens e servios comuns so produtos cuja escolha pode ser feita to somente com base nos

    preos ofertados, haja vista serem comparveis entre si e no necessitarem de avaliao minuciosa.

    So encontrveis facilmente no mercado.

    O bem ou o servio ser comum quando for possvel estabelecer, para efeito de julgamento

    das propostas, mediante especificaes utilizadas no mercado, padres de qualidade e desempenho

    peculiares ao objeto.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    7

    PRINCPIO DA MORALIDADE A licitao dever ser realizada em estrito cumprimento dos princpios morais, de acordo com a Lei, no cabendo nenhum deslize, uma vez que

    o Estado custeado pelo cidado que paga seus impostos para receber em troca os servios pblicos.

    PRINCPIO DA IGUALDADE Previsto no art. 37, XXI da Constituio onde probe a discriminao entre os participantes do processo. O gestor no pode incluir clusulas que restrinjam

    ou frustrem o carter competitivo favorecendo uns em detrimento de outros, que acabam por

    beneficiar, mesmo que involuntrio, determinados participantes. Significa dar tratamento igual a

    todos os interessados.

    PRINCPIO DA PUBLICIDADE - Qualquer interessado deve ter acesso s licitaes pblicas e seu controle, mediante divulgao dos atos praticados pelos administradores em todas as

    fases da licitao.

    PRINCPIO DA EFICINCIA O Administrador Pblico o gestor da coisa pblica, desta forma deve planejar seus atos de forma menos onerosa possvel e obter o mximo de resultado

    econmico e social quanto for possvel.

    PRINCPIO DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA - O gestor deve ser honesto em cumprir todos os deveres que lhe so atribudos por fora da legislao.

    PRINCPIO DA VINCULAO AO INSTRUMENTO CONVOCATRIO - Obriga a Administrao e o licitante a observarem as normas e condies estabelecidas no ato convocatrio.

    Nada poder ser criado ou feito sem que haja previso no ato convocatrio.

    PRINCPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO - Esse princpio significa que o Administrador deve observar critrios objetivos definidos no ato convocatrio para o julgamento das

    propostas. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critrios no

    previstos no ato convocatrio, mesmo que em benefcio da prpria Administrao.

    PRINCPIOS CORRELATOS:

    Razoabilidade

    Competitividade

    Proporcionalidade

    Celeridade

    So caractersticas da modalidade de licitao denominada prego, na forma eletrnica:

    inverso das fases da licitao: primeiramente so enviadas as propostas e os lances, posteriormente realiza-se a fase de habilitao. Deste modo, ser examinada somente a documentao

    do licitante que tenha apresentado o melhor preo final;

    possibilidade de leilo reverso, ou seja, observado o menor preo proposto, os licitantes podero enviar outros lances;

    prazo para abertura da licitao de, no mnimo, 8 (oito) dias teis;

    1.4 Caractersticas do Prego

    O princpio da celeridade, consagrado na modalidade prego, busca simplificar procedimentos de rigorismos excessivos e de formalidades desnecessrias.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    8

    utilizao de meios eletrnicos para o procedimento;

    pode ser aplicado a qualquer valor estimado de contratao, de forma que constitui alternativa a todas as modalidades de licitao;

    destina a garantir, por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econmica, segura e eficiente; e

    admite, como critrio de julgamento da proposta, somente o menor preo e o maior desconto, observados os prazos mximos para fornecimento, as especificaes tcnicas e os

    parmetros de desempenho e de qualidade e as demais condies definidas no edital.

    2

    MODALIDADES TRADICIONAIS

    PREGO

    O prazo mnimo entre a publicao do edital e a sesso

    pblica de 5 (cinco) dias teis para a modalidade

    convite, 15 (quinze) dia corridos para a modalidade

    tomada de preos e 30 (trinta) dias corridos na

    concorrncia, quando do tipo menor preo.

    O prazo mnimo entre a publicao do edital e a

    sesso pblica de 8 (oito) dias teis.

    O procedimento do certame varia em funo da

    modalidade, a qual muda, por sua vez, em funo do

    valor.

    O procedimento do certame o mesmo para

    qualquer valor da contratao.

    No primeiro envelope ficam os documentos de

    habilitao.

    No primeiro envelope fica a proposta de preo

    (prego presencial). No prego eletrnico, as

    propostas so cadastradas pelo proponente, na

    internet.

    No segundo envelope acondicionada a proposta

    comercial com preo ofertado.

    No segundo envelope esto os documentos de

    habilitao (prego presencial). Na fase de

    habilitao, s analisada a documentao do

    proponente que tiver apresentado o menor preo.

    Somente se examinam as propostas das empresas que

    foram habilitadas na fase de anlise da documentao.

    So examinadas todas as propostas, antes mesmo

    de verificar se as proponentes esto aptas a serem

    contratadas.

    As propostas apresentadas no podem ser alteradas.

    Existe a possibilidade de reduzir as propostas, por

    lances verbais (prego presencial) ou por lances

    utilizando recursos de tecnologia da informao

    (prego eletrnico).

    Os recursos tm efeito suspensivo e podem ser

    apresentados na fase de habilitao ou na de

    classificao, constituindo quatro etapas de 5 (cinco)

    dias teis cada, com exceo da modalidade convite

    (dois dias teis): recurso, impugnao do recurso,

    resposta da comisso e resposta da Autoridade

    Competente.

    cabvel a interposio de recurso contra as

    decises do pregoeiro uma nica vez, ao final do

    certame, no prazo de 3 (trs) dias.

    Alto grau de formalismo nas decises. Baixo grau de formalismos.

    1.5 Diferenas bsicas entre o Prego e as

    modalidades tradicionais (tipo menor preo)

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    9

    O prego na forma eletrnica tem como vantagens principais:

    significativa reduo do tempo gasto entre a disponibilidade do edital e a efetiva contratao do objeto;

    s h necessidade de verificar a habilitao da vencedora, evitando que seja gasto tempo e recursos discutindo a documentao de um licitante que no ser contratado, como ocorre, com muita

    frequncia, nas modalidades tradicionais;

    maior transparncia, notadamente verificada pela simplificao do processo;

    reduo do valor a ser pago pela Administrao para a contratao do objeto pretendido, tendo em vista a possibilidade dos licitantes diminurem suas propostas por intermdio dos lances e

    da fase de negociao;

    diminuio da burocracia processual, em especial, no que se refere ao trmite recursal, que fica, consideravelmente, mais rpido e simples;

    aumento da liberdade da Administrao para tomar decises, principalmente, quanto aceitao das propostas e documentos de habilitao com falhas de menor importncia;

    dificulta o direcionamento do resultado da licitao para empresa previamente escolhida;

    aumenta o nmero de interessados em participar do certame, pois no h a presena fsica do licitante. A realizao da sesso pblica acontece na internet; e

    a sesso pblica pode ser acompanhada, na internet, por qualquer membro da sociedade.

    Das vantagens mencionadas, destacam-se a simplificao do procedimento, a economia nos

    custos processuais, a reduo do valor a ser pago, a transparncia e a diminuio do tempo para

    contratao.

    - Acrdo TCU 2.136/2011 1 Cmara - Alerta quanto inobservncia do princpio da publicidade previsto no art. 3 da Lei n 8.666/1993 e no art. 5 do Decreto n 5.450/2005, na

    conduo de um prego eletrnico de 2011, haja vista a ocorrncia de aes do pregoeiro que no

    foram suficientemente detalhadas, precisas e claras, dando margem a interpretaes equivocadas.

    1.6 Vantagens do Prego

    1.7 Julgados do TCU

    BENEFCIOS DO PREGO

    Para a Administrao Pblica maior competitividade, reduo burocrtica, transparncia e celeridade processual (=menor custo).

    Para as Empresas Licitantes maior oportunidade de negcio, transparncia e celeridade no processo (=menor custo).

    Para a Populao do Pas reduz o custo e prazo da disponibilizao dos servios pblicos (=mais servios disponibilizados para a sociedade e transparncia dos processos).

    Princpios

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    10

    - Acrdo TCU 1.835/2011 1 Cmara - Alerta para o fato de que os atos administrativos praticados no mbito do processo licitatrio, sobretudo aqueles que acarretem prejuzo aos

    participantes, devam ser suficientemente fundamentados, em respeito ao princpio da motivao,

    mencionado no art. 2 da Lei n 9.784/1999.

    - Acrdo TCU 4.274/2011 2 Cmara - Determinao (...) para que adote medidas ao exato cumprimento da lei, no sentido de proceder anulao de um prego, em razo das seguintes

    irregularidades: a) violao aos princpios do julgamento objetivo e da vinculao ao instrumento

    convocatrio; b) exigncia de certificaes tcnicas como critrio de habilitao, a exemplo do

    Certificado de SGQ (Sistema de Gesto da Qualidade).

    - Acrdo TCU 1.942/2011 Plenrio - Alerta (...) no sentido de que observe os procedimentos prescritos pelo Decreto n 5.450, de 31.05.2005, garantindo que informaes corretas

    sejam prestadas aos pregoentes durante a realizao de preges, sob pena de sofrer as sanes

    estabelecidas em lei o responsvel por irregularidades que firam os princpios da legalidade, da

    publicidade e da seleo da proposta mais vantajosa para a administrao ou quaisquer outros

    princpios insculpidos na Lei n 8.666/1993.

    - Acrdo TCU 2.434/2011 Plenrio - Determinao ao (...) para que, em procedimentos licitatrios, abstenha-se de vedar a participao de empresas que estejam em litgio judicial com a

    entidade, proibio esta que, alm de no contar com fundamento legal, afronta os princpios da

    impessoalidade e da competitividade.

    - Acrdo TCU 1.556/2007 Plenrio A restrio competitividade, causada pela ausncia de informaes essenciais no instrumento convocatrio, causa que enseja a nulidade da

    licitao.

    - Acrdo TCU 539/2007 Plenrio - inconstitucional e ilegal o estabelecimento de exigncias que restrinjam o carter competitivo dos certames.

    - Acrdo TCU 112/2007 Plenrio - Devem ser evitadas exigncias que comprometam o carter competitivo da licitao. A licitao deve ser processada e julgada em estrita conformidade

    com os princpios bsicos.

    - Acrdo TCU 110/2007 Plenrio - As exigncias editalcias devem limitar-se ao mnimo necessrio para o cumprimento do objeto licitado, de modo a evitar a restrio ao carter competitivo

    do certame.

    - Acrdo TCU 47/2011 Plenrio - Determinao no sentido de que cumpra estritamente o 1 do art. 4 do Decreto n 5.450/2005, utilizando-se de preges presenciais somente nos casos de

    impossibilidade ou inviabilidade de utilizao do prego eletrnico.

    - Acrdo TCU 561/2011 Plenrio - Determinao para que efetue o planejamento dos processos licitatrios com antecedncia necessria para que eventuais impugnaes dos editais no

    comprometam os prazos para a consecuo dos objetivos pretendidos.

    - Acrdo TCU 2.441/2011 Plenrio - O TCU deu cincia (...) no sentido de que a utilizao de prego inadequada para a contratao de servios tcnicos especializados de

    fiscalizao, superviso ou gerenciamento de obras, quando considerados de alta complexidade, no

    devendo ser adotada em licitaes

    .

    Prego/Bens e servios comuns

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    11

    - Acrdo TCU 4.439/2011 2 Cmara - Determinao SECEX/AM para que desse cincia ao (...) sobre a impropriedade caracterizada pela no utilizao da modalidade de licitao

    prego nas aquisies de bens e servios comuns, inclusive os de engenharia, obrigatoriamente na

    forma eletrnica, salvo se houver comprovada e justificada inviabilidade, o que no pode ser

    confundido com opo discricionria do gestor, em conformidade com o 1 do art. 4 do Decreto n

    5.450/2005.

    - Acrdo TCU 188/2010 Plenrio - Ainda que os servios objeto da licitao possam sugerir, a priori, certa complexidade, no h bices para que sejam enquadrados como servios

    comuns, eis que pautados em especificaes usuais de mercado e detentores de padres

    objetivamente definidos no edital.

    - Acrdo TCU 2.371/2009 Plenrio - Determinao para que, por ocasio dos certames que envolvam bens e servios de tecnologia da informao considerados comuns, avalie a

    possibilidade de adoo da modalidade prego, observando as orientaes constantes dos itens 9.2.1 a

    9.2.6 do Acrdo n 2.471/2008-P, as quais orientam adequadamente sobre a utilizao preferencial

    da modalidade prego em licitaes de informtica.

    - Acrdo TCU 1.978/2009 Plenrio - Determinao para que se abstenha de: a) realizar licitaes na modalidade prego eletrnico para contrataes de servios especializados e complexos,

    reservando a adoo desse tipo de certame para contrataes de servios que possam ser enquadrados

    como comuns; b) efetuar, nos certames, exigncias de requisitos para comprovao de aptido tcnica

    fundados unicamente em local especfico e no tempo de experincia profissional, em respeito aos

    princpios da isonomia e da competitividade e s vedaes nsitas nos artigos 3, 1, inc. I, e 30,

    5, da Lei n 8.666/1993, exceto quando tais exigncias se demonstrarem imprescindveis execuo

    do objeto e, aps sua obrigatria motivao tcnica, circunstanciada e pblica, restar certificado que

    os parmetros estabelecidos so necessrios, suficientes e pertinentes ao objeto licitado.

    - Acrdo TCU 1.709/2009 Plenrio - Determinao para que evite, em preges eletrnicos, solicitar de forma generalizada a todos os licitantes o envio de documentao por meio

    diverso do sistema eletrnico, restringindo esse tipo de medida s empresas detentoras das propostas

    vencedoras do certame, em ateno ao disposto no art. 21 do Decreto n 5.450/2005.

    - Acrdo TCU 1.615/2008 Plenrio - O gestor, ao classificar bens e servios como comuns, dever certificar-se de que a complexidade das especificaes no encetara insegurana ao

    adimplemento contratual pelos potenciais contratados em face da inexistncia da habilitao prvia.

    - Acrdo TCU 1.287/2008 Plenrio - Bem ou servio comum aquele que pode ter seus padres de desempenho e qualidade objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes

    usuais no mercado. O conceito de servio comum no est necessariamente ligado a sua

    complexidade.

    - Acrdo TCU 2.584/2008 2 Cmara - O TCU determinou que: a) planeje tempestiva e adequadamente as aquisies de mesma natureza, a fim de evitar a realizao de mltiplos certames

    para compras de objetos semelhantes, e, assim, obter economia de escala, em observncia ao

    princpio constitucional da eficincia; b) utilize o prego como modalidade de licitao obrigatria

    para adquirir bens e servios comuns, em observncia ao disposto no art. 4 do Decreto 5.450/2005,

    bem como jurisprudncia daquele Tribunal (a exemplo dos acrdos 1.064/2005-Plenrio e

    816/2006-Plenrio).

    - Acrdo TCU 1.631/2005 1 Cmara O TCU determinou que: a) no se utilize do resultado da licitao na modalidade prego (licitao deserta) para fins de efetuar eventual aquisio

    com dispensa de licitao amparada no art. 24, inciso V, da Lei n. 8.666/1993; b) realize licitaes

    distintas, do tipo menor preo, preferencialmente na modalidade prego, para a aquisio de bens e

    produtos e para a contratao de servios comuns de operao do sistema, evitando, assim, a restrio

    competio e atendendo ao disposto nos arts. 3, 15, inciso IV e 23, 1, da Lei 8.666/1993.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    12

    - Acrdo TCU 799/2005 2 Cmara - Observe o disposto no art. 4 da Lei n 10.520/2002, que institui a modalidade de licitao denominada prego, alertando o responsvel de que o seu

    descumprimento poder ensejar a aplicao de multa.

    - Acrdo TCU 1.182/2004 - Plenrio - Realize procedimento licitatrio na modalidade

    prego sempre que os produtos e servios de informtica possuam padres de desempenho e de

    qualidade objetivamente definidos pelo edital, com base em especificaes usuais no mercado,

    conforme prev o art. 1, pargrafo nico, da Lei 10.520/2002, haja vista a experincia que a

    Administrao Pblica vem granjeando na reduo de custos e do tempo de aquisio de bens,

    adquiridos por intermdio daquela espcie de certame pblico.

    - Acrdo TCU 1.292/2003 - Plenrio - Abstenha-se de exigir, em futuras licitaes

    realizadas na modalidade prego, certificados da srie ISO 9000, em observncia ao disposto no art. 3, 1, inciso I, da Lei n 8.666/93, art. 3, inciso II, da Lei n 10.520/2002, e nas Decises

    Plenrias n 020/1998 e 152/2000.

    - Deciso TCU 674/2002 - Plenrio - possvel a contratao de mo-de-obra especializada

    para a prestao de servios de manuteno de bens mveis por meio da modalidade prego.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    13

    Neste captulo sero apresentadas as atribuies dos agentes encarregados dos trabalhos (fases

    interna e externa) da licitao na modalidade Prego, na forma eletrnica, abordando:

    Equipe do Prego (pregoeiro e equipe de apoio);

    Autoridade Competente;

    Fornecedores.

    O Prego conduzido pelo pregoeiro e auxiliado pela equipe de apoio.

    O pregoeiro o servidor encarregado de conduzir o Prego desde a anlise das propostas,

    conduo dos procedimentos relativos aos lances, anlise dos recursos e indicao do(s) vencedor(es)

    do certame.

    A equipe de apoio dever auxiliar o pregoeiro em todas as fases do processo licitatrio na

    modalidade Prego.

    As designaes5 do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do rgo ou

    entidade promotora da licitao, ou de rgo ou entidade integrante do SISG.

    A equipe de apoio dever ser integrada, em sua maioria, por servidores ocupantes de cargo

    efetivo ou emprego da Administrao Pblica, pertencente, preferencialmente, ao quadro permanente

    do rgo ou entidade promotora da licitao.

    No mbito do Ministrio da Defesa, as funes de pregoeiro e membro da equipe de apoio

    podero ser desempenhadas por militares.

    A designao do pregoeiro, a critrio da Autoridade Competente, poder ocorrer para perodo

    de um ano, admitindo-se recondues, ou para licitao especfica.

    Somente poder exercer a funo de pregoeiro o servidor ou o militar que rena qualificao

    profissional e perfil adequados, aferidos pela Autoridade Competente.

    5 Decreto 5.450/05:

    Art. 10. As designaes do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do rgo ou entidade promotora da licitao, ou de rgo ou entidade integrante do SISG.

    1 A equipe de apoio dever ser integrada, em sua maioria, por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administrao pblica, pertencentes, preferencialmente, ao quadro permanente do rgo ou entidade promotora da licitao.

    2 No mbito do Ministrio da Defesa, as funes de pregoeiro e de membro da equipe de apoio podero ser desempenhadas por militares.

    3 A designao do pregoeiro, a critrio da autoridade competente, poder ocorrer para perodo de um ano, admitindo-se recondues, ou para licitao especfica.

    4 Somente poder exercer a funo de pregoeiro o servidor ou o militar que rena qualificao profissional e perfil adequados, aferidos pela autoridade competente.

    CAP II ATRIBUIES DOS AGENTES RESPONSVEIS

    2.1 Equipe do Prego

    2.1.1 Designao

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    14

    Exige-se do Pregoeiro alguns princpios essenciais como: HONESTIDADE, INTEGRIDADE,

    RESPONSABILIDADE, para que o mesmo possa desenvolver as suas atividades, maximizando

    resultados em termos de custos, prazo e qualidade.

    No pode haver nenhuma dvida quanto a esses princpios. O Pregoeiro deve no apenas

    aceit-los, mas tambm pratic-los em todas as suas aes.

    O gestor, ao designar o Pregoeiro, dever faz-lo observando, no seu Quadro de Pessoal,

    aquele que tenha conhecimento tcnico, somado a outras caractersticas comportamentais, uma vez

    que o mesmo dever saber trabalhar sua assertividade, pois ele est ali, representando a

    Administrao, e uma falha cometida poder compromet-lo e a prpria Administrao.

    Por isso, o pregoeiro deve ter, dentre outras caractersticas, as seguintes: bom relacionamento,

    capacidade de liderana, boas maneiras, flexibilidade, expresso facial/corporal, fluncia na fala, tom

    de voz, defender direitos, saber lidar com crticas, sigilo, tica, motivao, pontualidade e

    organizao, atitudes estas observadas principalmente no prego na forma presencial.

    Para atuar como Pregoeiro, o agente deve deter conhecimentos tcnicos sobre:

    o que o prego: presencial, pletrnico e utilizando o SRP;

    quando pode ser utilizado;

    a legislao bsica e complementar;

    os bens e servios comuns;

    os princpios constitucionais correlatos;

    as fases do prego; preparatria/externa;

    a designao do pregoeiro e equipe de apoio;

    2.1.2 Caractersticas do

    Pregoeiro

    2.1.3 Conhecimentos Tcnicos

    O Pregoeiro deve passar para os participantes do certame confiabilidade dos seus atos,

    para isso, deve-se observar:

    SINCERIDADE - O licitante acredita que aquilo que o pregoeiro fala consistente com o que ele pensa.

    COMPETNCIA - O licitante acredita que o pregoeiro capaz de fazer o que promete. RESPONSABILIDADE - O licitante acredita que o pregoeiro tem sido consistente no

    cumprimento das suas promessas.

    O Pregoeiro trabalha dentro de uma grande organizao que a Administrao Pblica. Nesta

    grande organizao, todos prestam contas de suas aes, desde o funcionrio a quem cabe executar uma

    simples tarefa at o Presidente da Repblica que deve se explicar sociedade e opinio pblica. Temos que

    prestar contas de nossas aes, do que fizemos ou deixamos de fazer e por qu.

    O Pregoeiro est investido de poderes representando a Instituio, por isso, a negociao dever ser

    realizada obedecendo rigorosamente aos Princpios Constitucionais (art. 37, da Constituio Federal), aos

    Princpios Bsicos e aos Princpios Correlatos (Decreto n 5.450, art. 5).

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    15

    como se desenvolve o processo licitatrio;

    como se elabora o Edital;

    como se d a publicidade da licitao;

    a elaborao do Termo de Referncia;

    quais so os anexos do Edital;

    quais so as clusulas bsicas de um contrato;

    quais so as atribuies do pregoeiro;

    como se realiza a execuo do processo na sesso pblica do prego;

    recursos/procedimentos;

    como so aplicadas as penalidades;

    autoridade competente e suas atribuies;

    como organizar o processo com vistas aferio de sua regularidade pelos Agentes de

    Controle;

    quais so as vantagens de prego;

    o acompanhamento correto da execuo do contrato; e

    COMPRASNET.

    So atribuies do pregoeiro6:

    coordenar o processo licitatrio;

    6 Dec 5.450/05:

    Art. 11. Caber ao pregoeiro, em especial: I - coordenar o processo licitatrio; II - receber, examinar e decidir as impugnaes e consultas ao edital, apoiado pelo setor responsvel pela sua laborao; III - conduzir a sesso pblica na internet; IV - verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatrio; V - dirigir a etapa de lances; VI - verificar e julgar as condies de habilitao; VII - receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando autoridade competente quando mantiver sua deciso; VIII - indicar o vencedor do certame; IX - adjudicar o objeto, quando no houver recurso; X - conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e

    XI - encaminhar o processo devidamente instrudo autoridade superior e propor a homologao.

    2.1.4 Atribuies do Pregoeiro

    NEGOCIAO o processo de alcanar objetivos por meio de um acordo nas situaes

    em que existam conflitos, isto , divergncias e antagonismos de interesses, idias e posies.

    Saber negociar com o licitante, buscando assegurar os interesses da Administrao, minimizando

    custos sem perder a qualidade pretendida , uma das principais qualidades que o pregoeiro deve possuir. O

    pregoeiro precisa ser um bom negociador, para conseguir obter os resultados que procura sem criar um clima

    de guerra com os licitantes, uma vez que natural que o licitante queira defender seu ponto de vista e

    maximizar seu lucro.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    16

    cadastrar a equipe pregoeiros e membros da equipe de apoio;

    receber, examinar e decidir as impugnaes e consultas ao edital, apoiado pelo setor responsvel pela sua elaborao;

    conduzir a sesso pblica na internet;

    verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatrio;

    dirigir a etapa de lances;

    verificar e julgar as condies de habilitao;

    receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando autoridade competente quando mantiver sua deciso;

    indicar o vencedor do certame;

    adjudicar o objeto, quando no houver recurso;

    conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e

    encaminhar o processo devidamente instrudo autoridade superior e propor a homologao.

    Caber equipe de apoio auxiliar o pregoeiro em todas as fases do processo licitatrio7. Seus

    membros podero auxiliar, principalmente, nas etapas de classificao, aceitao e habilitao, dentre

    outras.

    Aps a designao do pregoeiro e da equipe de apoio, feita pela Autoridade Competente, os

    mesmos devero ser cadastrados no sistema8. Este procedimento executado uma nica vez.

    7 Decreto 5.450, de 31 maio 05:

    Art. 12. Caber equipe de apoio, dentre outras atribuies, auxiliar o pregoeiro em todas as fases do processo licitatrio.

    8 Decreto 5.450, de 31 maio 05:

    Art. 3 Devero ser previamente credenciados perante o provedor do sistema eletrnico a autoridade competente do rgo promotor da licitao, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio e os licitantes que participam do prego na forma eletrnica.

    1 O credenciamento dar-se- pela atribuio de chave de identificao e de senha, pessoal e intransfervel, para acesso ao sistema eletrnico.

    2 No caso de prego promovido por rgo integrante do SISG, o credenciamento do licitante, bem assim a sua manuteno, depender de registro atualizado no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF.

    3 A chave de identificao e a senha podero ser utilizadas em qualquer prego na forma eletrnica, salvo quando cancelada por solicitao do credenciado ou em virtude de seu descadastramento perante o SICAF.

    2.1.5 Atribuies da equipe de

    apoio

    aconselhvel a participao, na Equipe de Apoio, de servidores da rea administrativa,

    do responsvel pela especificao dos produtos ou servios a serem licitados, sendo o conhecimento

    especializado do objeto da licitao necessrio para o exame de aceitabilidade das propostas, tendo em vista s

    especificaes do edital.

    2.1.6 Cadastramento do

    pregoeiro e da equipe de apoio

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    17

    O pregoeiro poder ser cadastrado em outra UASG para

    operar Preges. Somente a Autoridade Competente do pregoeiro

    e a Autoridade Competente da outra UASG podero realizar o

    cadastramento. O cadastro ser realizado na opo Equipe de

    Prego.

    Depois de cadastrado na equipe de Prego de outra

    UASG, o pregoeiro dever fazer a mudana de UASG

    utilizando a opo Alterar UASG, no menu do Prego

    Eletrnico.

    O exerccio da funo de pregoeiro, no mbito do Comando do Exrcito, regulada pela

    Portaria n 064, da Secretaria de Economia e Finanas (SEF), publicada em 3 nov 05, alterada pela

    Portaria n 015-SEF, de 20 fev 09.

    No Comando do Exrcito, a funo de pregoeiro dever ser desempenhada por militar, com

    capacitao especfica para o exerccio das atividades correspondentes, preferencialmente militar do

    servio ativo, pertencente ao quadro permanente do Exrcito9.

    A Unidade Gestora, excepcionalmente, poder designar, como pregoeiro, militar cedido por

    outra Organizao Militar, publicando o ato em seu Boletim Interno (BI).

    4 A perda da senha ou a quebra de sigilo dever ser comunicada imediatamente ao provedor do sistema, para imediato

    bloqueio de acesso. 5 O uso da senha de acesso pelo licitante de sua responsabilidade exclusiva, incluindo qualquer transao efetuada

    diretamente ou por seu representante, no cabendo ao provedor do sistema ou ao rgo promotor da licitao responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros.

    6 O credenciamento junto ao provedor do sistema implica a responsabilidade legal do licitante e a presuno de sua capacidade tcnica para realizao das transaes inerentes ao prego na forma eletrnica. 9 Portaria 064-SEF/05, alterada pela Portaria n 015-SEF/09:

    Art. 2 Estabelecer que, no Comando do Exrcito, a funo de pregoeiro dever ser desempenhada por militar, conforme dispe o 2 do art. 3 da Lei n 10.520, de 17 de julho de 2002.

    1 condio indispensvel que a funo de pregoeiro seja desempenhada por militar, com capacitao especfica para o exerccio das atividades correspondentes, preferencialmente militar do servio ativo, pertencente ao quadro permanente do Exrcito.

    2 A Unidade Gestora (UG), excepcionalmente, poder designar, como pregoeiro, militar cedido por outra Organizao Militar (OM) que preencha as condies estabelecidas nesta Portaria, publicando o ato em seu boletim interno (BI).

    3 A designao do pregoeiro, a critrio da autoridade competente, poder ocorrer para perodo de um ano, admitindo-se recondues, ou para licitao especfica.

    O servidor poder ser cadastrado com o perfil de:

    pregoeiro; equipe de apoio; pregoeiro e equipe de apoio.

    O sistema SIASG (Sistema Integrado de Administrao de Servios Gerais) poder ser acessado

    em dois ambientes:

    Ambiente de Produo: mdulo de trabalho

    Ambiente de Treinamento: mdulo de aprendizado

    Durante o curso, as simulaes no sistema sero realizadas exclusivamente no Ambiente de

    Treinamento (https://treinamento.comprasnet.gov.br).

    2.1.7 A funo de pregoeiro no

    Exrcito

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    18

    A designao do pregoeiro, a critrio da autoridade competente, poder ocorrer para perodo

    de um ano, admitindo-se recondues, ou para licitao especfica.

    A equipe de apoio do pregoeiro poder ser integrada por oficiais, praas e servidores civis,

    devendo ser designada, em BI, pela UG promotora do prego.

    Dever compor a equipe de apoio, preferencialmente e sempre que possvel, pessoal que

    conhea as especificaes tcnicas do bem ou servio a ser licitado, com a finalidade de prestar o

    assessoramento necessrio na elaborao do edital do prego, pea de fundamental importncia para

    o processo, bem como de participar da anlise para classificao das propostas recebidas, que

    antecede a etapa de lances e, quando for o caso, validar as amostras apresentadas pelos licitantes.

    A UG poder designar, para compor a equipe de apoio, pessoal cedido por outra OM, desde

    que o mesmo preencha as condies estabelecidas na Portaria n 064-SEF, de 03 nov 05.

    autoridade competente, de acordo com as atribuies previstas no regimento ou estatuto do

    rgo ou da entidade, cabe10

    : 10

    Decreto 5.450/05: Art. 8 autoridade competente, de acordo com as atribuies previstas no regimento ou estatuto do rgo ou da entidade, cabe:

    I - designar e solicitar, junto ao provedor do sistema, o credenciamento do pregoeiro e dos componentes da equipe de apoio;

    II - indicar o provedor do sistema; III - determinar a abertura do processo licitatrio; IV - decidir os recursos contra atos do pregoeiro quando este mantiver sua deciso; V - adjudicar o objeto da licitao, quando houver recurso; VI - homologar o resultado da licitao; e VII - celebrar o contrato.

    Art. 9 Na fase preparatria do prego, na forma eletrnica, ser observado o seguinte: I - elaborao de termo de referncia pelo rgo requisitante, com indicao do objeto de forma precisa, suficiente e clara,

    vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessrias, limitem ou frustrem a competio ou sua realizao; II - aprovao do termo de referncia pela autoridade competente; III - apresentao de justificativa da necessidade da contratao; IV - elaborao do edital, estabelecendo critrios de aceitao das propostas; V - definio das exigncias de habilitao, das sanes aplicveis, inclusive no que se refere aos prazos e s condies

    que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebrao e execuo do contrato e o atendimento das necessidades da administrao; e

    VI - designao do pregoeiro e de sua equipe de apoio. 1 A autoridade competente motivar os atos especificados nos incisos II e III, indicando os elementos tcnicos

    fundamentais que o apiam, bem como quanto aos elementos contidos no oramento estimativo e no cronograma fsico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela administrao.

    2.2 Autoridade Competente

    A capacitao especfica do militar para o exerccio das atividades de pregoeiro ser registrada

    pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OM a que a mesma pertena, mediante o recebimento de um dos

    documentos a seguir:

    certificado apresentado pelo militar, de concluso do curso de capacitao especfica para exercer as atividades de pregoeiro, realizado em instituies pblicas ou privadas; e

    comunicao, por escrito, da Inspetoria de Contabilidade e Finanas do Exrcito (ICFEx), atestando que o militar est capacitado para exercer as atividades de pregoeiro.

    Os documentos ora mencionados devero ser transcritos no BI da OM.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    19

    aprovar o termo de referncia; apresentar a justificativa da necessidade da contratao; designar e solicitar, junto ao provedor do sistema, o

    credenciamento do pregoeiro e dos componentes da equipe de

    apoio;

    indicar o provedor do sistema; determinar a abertura do processo licitatrio; decidir os recursos contra atos do pregoeiro, quando

    este mantiver sua deciso;

    adjudicar o objeto da licitao, quando houver recurso; homologar o resultado da licitao; e celebrar o contrato.

    Os fornecedores interessados em participar do Prego Eletrnico, tanto na Administrao

    Federal quanto nos Estados, Distrito Federal e Municpios

    devero11

    :

    cadastrar-se no Portal Comprasnet para obter login e senha de acesso;

    remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por meio eletrnico, via internet, a proposta e, quando for o caso,

    seus anexos;

    responsabilizar-se formalmente pelas transaes efetuadas em seu nome, assumindo como firmes e verdadeiras suas propostas e lances, inclusive os

    atos praticados diretamente ou por seu representante, no cabendo ao provedor do sistema ou ao

    rgo promotor da licitao responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da

    senha, ainda que por terceiros;

    comunicar imediatamente ao provedor do sistema qualquer acontecimento que possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso;

    utilizar-se da chave de identificao (login) e da senha de acesso para participar do Prego na forma eletrnica;

    11

    Decreto n 5.450/05: Art. 13. Caber ao licitante interessado em participar do prego, na forma eletrnica: I - credenciar-se no SICAF para certames promovidos por rgos da administrao pblica federal direta, autrquica e

    fundacional, e de rgo ou entidade dos demais Poderes, no mbito da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, que tenham celebrado termo de adeso;

    II - remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por meio eletrnico, via internet, a proposta e, quando for o caso, seus anexos;

    III - responsabilizar-se formalmente pelas transaes efetuadas em seu nome, assumindo como firmes e verdadeiras suas propostas e lances, inclusive os atos praticados diretamente ou por seu representante, no cabendo ao provedor do sistema ou ao rgo promotor da licitao responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros;

    IV - acompanhar as operaes no sistema eletrnico durante o processo licitatrio, responsabilizando-se pelo nus decorrente da perda de negcios diante da inobservncia de quaisquer mensagens emitidas pelo sistema ou de sua desconexo;

    V - comunicar imediatamente ao provedor do sistema qualquer acontecimento que possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso;

    VI - utilizar-se da chave de identificao e da senha de acesso para participar do prego na forma eletrnica; e VII - solicitar o cancelamento da chave de identificao ou da senha de acesso por interesse prprio. Pargrafo nico. O fornecedor descredenciado no SICAF ter sua chave de identificao e senha suspensas

    automaticamente.

    2.3 Fornecedores

    Para adjudicao (quando houver recurso) e homologao do Prego, no COMPRASNET, a autoridade competente dever possuir o perfil HOMPREGO. Este perfil dever ser solicitado ICFEx de vinculao.

    O Prego Eletrnico permite a

    participao de fornecedor pessoa

    jurdica ou fsica.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    20

    acompanhar as operaes, no sistema eletrnico, durante o processo licitatrio, responsabilizando-se pelo nus decorrente da perda de negcios diante da inobservncia de quaisquer

    mensagens emitidas pelo sistema ou de sua desconexo; e

    solicitar o cancelamento da chave de identificao (login) ou da senha de acesso por interesse prprio.

    - Acrdo TCU 1.1793/2011 Plenrio - Determinao Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (SLTI/MP) para que

    crie controles no sistema COMPRASNET a fim de impedir que participem de um certame empresas

    cujos scios sejam membros da respectiva comisso de licitao, em cumprimento ao art. 9, inc. III e

    4, da Lei n 8.666/1993, ou institua controles compensatrios capazes de evitar a ocorrncia dessa

    irregularidade.

    - Acrdo TCU 1.282/2008 Plenrio - No permita, ao contratar empresas prestadoras de servio, que parentes de servidores sejam contratados pela empresa terceirizada, em ateno aos

    princpios da moralidade e da impessoalidade que devem nortear a gesto da coisa pblica.

    - Acrdo 673/2008 Plenrio - O TCU chamou em audincia gestor publico pela ausncia de competio em licitao realizada, materializada pela existncia, nas empresas participantes da

    licitao, de relao de parentesco entre os scios e de scios em comum, com indcio de simulao

    licitatria, fraude e violao ao sigilo das propostas, em detrimento dos princpios da moralidade, da

    igualdade e da probidade administrativa, consubstanciados nos arts. 3, caput e 3; 22, 3 e 7; e

    94 da Lei no 8.666/1993, e no art. 37, caput, da Constituio Federal.

    - Acrdo 509/2005 Plenrio - Segundo o art. 6, inciso XVI, da Lei n. 8.666/1993, cabe a comisso receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos a licitao e ao

    cadastramento de licitantes, devendo o julgamento ser processado com observncia das disposies

    do art. 43, inciso IV, da citada Lei, ou seja, dever ser verificada a conformidade de cada proposta

    com os preos correntes de mercado. Ainda que se que admita que (...) exista um setor responsvel

    pela pesquisa de preos de bens e servios a serem contratados pela Administrao, a Comisso de

    Licitao, bem como a autoridade que homologou o procedimento licitatrio, no esto isentos de

    verificar se efetivamente os preos ofertados esto de acordo com os praticados a teor do citado

    artigo.

    - Acrdo 1.048/2008 1 Cmara - A conduta deliberada do pregoeiro no intuito de favorecer determinado licitante atenta contra os princpios da impessoalidade e da moralidade

    administrativa, caracterizando a pratica de ato com grave infrao norma legal e ensejando a sano

    pecuniria.

    2.4 Julgados do TCU

    Fornecedores/Pregoeiro/Autoridade Competente

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    21

    Neste captulo, sero apresentadas as atividades desenvolvidas pela Administrao, no mbito

    interno do Prego, na forma eletrnica, abordando:

    Atividades da fase preparatria;

    Termo de Referncia; e

    Edital;

    Na fase preparatria do Prego12

    , os trabalhos so desenvolvidos no mbito interno da

    instituio, com acompanhamento da Autoridade Competente. As atividades realizadas so:

    solicitao expressa do setor requisitante interessado, com indicao de sua necessidade;

    aprovao da Autoridade Competente para incio do processo licitatrio, devidamente motivada e analisada sob a tica da oportunidade, convenincia e relevncia para o interesse publico;

    verificao da disponibilidade oramentria (reserva, no Oramento do rgo, dos valores estimados para o contrato, com indicao da respectiva rubrica oramentria);

    estimativa do valor da contratao, por comprovada pesquisa de preos, em fornecedores do ramo correspondente ao objeto da licitao;

    elaborao de Termo de Referncia pelo rgo requisitante, com indicao do objeto de forma precisa, suficiente e clara, vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou

    desnecessrias, limitem ou frustrem a competio ou a sua realizao; 12

    Lei 10.520/ 02: Art. 3 A fase preparatria do prego observar o seguinte: I - a autoridade competente justificar a necessidade de contratao e definir o objeto do certame, as exigncias de

    habilitao, os critrios de aceitao das propostas, as sanes por inadimplemento e as clusulas do contrato, inclusive com fixao dos prazos para fornecimento;

    II - a definio do objeto dever ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessrias, limitem a competio;

    III - dos autos do procedimento constaro a justificativa das definies referidas no inciso I deste artigo e os indispensveis elementos tcnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o oramento elaborado pelo rgo ou entidade promotora da licitao, dos bens ou servios a serem licitados; e

    IV - a autoridade competente designar, dentre os servidores do rgo ou entidade promotora da licitao, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuio inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a anlise de sua aceitabilidade e sua classificao, bem como a habilitao e a adjudicao do objeto do certame ao licitante vencedor. Decreto n 5.450/05:

    Art. 9 Na fase preparatria do prego, na forma eletrnica, ser observado o seguinte: I - elaborao de termo de referncia pelo rgo requisitante, com indicao do objeto de forma precisa, suficiente e clara,

    vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessrias, limitem ou frustrem a competio ou sua realizao; II - aprovao do termo de referncia pela autoridade competente; III - apresentao de justificativa da necessidade da contratao; IV - elaborao do edital, estabelecendo critrios de aceitao das propostas; V - definio das exigncias de habilitao, das sanes aplicveis, inclusive no que se refere aos prazos e s condies que,

    pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebrao e execuo do contrato e o atendimento das necessidades da administrao; e

    VI - designao do pregoeiro e de sua equipe de apoio. 1o A autoridade competente motivar os atos especificados nos incisos II e III, indicando os elementos tcnicos

    fundamentais que o apiam, bem como quanto aos elementos contidos no oramento estimativo e no cronograma fsico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela administrao.

    CAP III FASE INTERNA OU PREPARATRIA

    3.1 Atividades da fase preparatria

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    22

    aprovao do Termo de Referncia pela Autoridade Competente;

    apresentao de justificativa da necessidade da contratao;

    elaborao do edital, estabelecendo critrios de aceitao das propostas;

    definio das exigncias de habilitao, das sanes aplicveis, inclusive no que se refere aos prazos e s condies que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a

    celebrao e execuo do contrato e o atendimento das necessidades da administrao; e

    designao do pregoeiro e de sua equipe de apoio.

    Previamente realizao de prego em qualquer uma das formas, presencial ou eletrnica, a

    exemplo do projeto bsico, o setor requisitante deve elaborar o Termo de Referncia, com indicao

    precisa, suficiente e clara do objeto, sendo vedadas especificaes que, por excessivas, irrelevantes ou

    desnecessrias, limitem ou frustrem a competio ou sua realizao.

    O Termo de Referncia13

    , devidamente autorizado pela autoridade competente, o documento

    que deve conter todos os elementos capazes de propiciar, de forma clara, concisa e objetiva, em

    especial:

    objeto;

    critrio de aceitao do objeto;

    avaliao do custo pela administrao diante de oramento detalhado;

    definio dos mtodos;

    estratgia de suprimento;

    valor estimado em planilhas de acordo com o preo de mercado;

    cronograma fsico-financeiro, se for o caso;

    deveres do contratado e do contratante;

    procedimentos de fiscalizao e gerenciamento do contrato;

    prazo de execuo e de garantia, se for o caso;

    sanes por inadimplemento.

    13

    Decreto n 5.450/05: Art. 9 Na fase preparatria do prego, na forma eletrnica, ser observado o seguinte:

    ................................ 2 O termo de referncia o documento que dever conter elementos capazes de propiciar avaliao do custo pela

    administrao diante de oramento detalhado, definio dos mtodos, estratgia de suprimento, valor estimado em planilhas de acordo com o preo de mercado, cronograma fsico-financeiro, se for o caso, critrio de aceitao do objeto, deveres do contratado e do contratante, procedimentos de fiscalizao e gerenciamento do contrato, prazo de execuo e sanes, de forma clara, concisa e objetiva.

    3.2 Termo de Referncia

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    23

    Edital o documento de publicidade da licitao. Contm todas as informaes bsicas,

    condies e procedimentos necessrios realizao do processo licitatrio. elaborado previamente

    pela Unidade Administrativa ou rea que est demandando a licitao e que, portanto, conhece

    detalhadamente os bens ou servios a serem adquiridos.

    O edital deve obrigatoriamente contemplar os seguintes itens:

    prembulo indicando o dia e horrio para abertura da sesso pblica;

    objeto da contratao;

    condies para participao na licitao;

    procedimentos para o credenciamento do fornecedor ou de seu representante legal na sesso pblica do Prego Eletrnico;

    procedimentos para envio de propostas;

    procedimentos de classificao das propostas;

    procedimentos para o envio de lances;

    critrios e procedimentos de julgamento das propostas;

    requisitos de habilitao do licitante;

    esclarecimentos e impugnao ao Edital;

    dos recursos administrativos;

    da adjudicao e homologao; e

    sanes administrativas;

    do instrumento contratual;

    do pagamento dos recursos oramentrios; e

    disposies gerais.

    Devem acompanhar o edital, na forma de anexos, os documentos que justificam a licitao e

    que especificam detalhadamente o bem ou servio a ser adquirido. Estes anexos so parte integrante

    do edital e em geral compreendem os seguintes documentos:

    termo de referncia;

    planilha de custo;

    minuta da Ata de Registro de Preos, se for o caso; e

    minuta de contrato, se for o caso.

    3.3 Edital

    O art. 14 da Instruo Normativa n 02 SLTI/MPOG, de 30 abr 08, assevera que a contratao de prestao de servios ser sempre precedida da apresentao do Projeto Bsico ou Termo de Referncia, que

    dever ser preferencialmente elaborado por tcnico com qualificao profissional pertinente s especificidades do

    servio a ser contratado, devendo o Projeto ou o Termo ser justificado e aprovado pela Autoridade Competente.

    O art. 15 da IN n 02 lista uma srie de informaes que devero constar do Projeto Bsico ou Termo de

    Referncia para a contratao de servios.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    24

    Na forma da legislao, exigido que o processo de instaurao da licitao seja

    acompanhado de parecer jurdico, por meio do qual verificada a legalidade do edital da licitao.

    - Acrdo TCU 11.196/2011 - 2 Cmara - O TCU deu cincia a (...) sobre a impropriedade

    caracterizada pela ausncia, em editais de licitao, dos critrios objetivos de aceitabilidade de preos

    unitrios e global, com a fixao dos preos mximos aceitveis, tendo por referncia os preos de

    mercado e as especificidades do objeto licitado, as quais devem estar devidamente justificadas e

    demonstradas no processo, contrariando o disposto no art. 40, inc. X, c/c art. 43, inc. IV da Lei n

    8.666/1993.

    - Acrdo TCU 10.992/2011 - 2 Cmara - O TCU deu cincia ao (...) quanto

    impropriedade caracterizada pela cobrana pela retirada do edital de licitao, em valor superior ao da

    reproduo grfica e como requisito de habilitao do licitante, identificada em dois processos

    licitatrios, em afronta aos Acrdos de ns 354/2008-P e 3.056/2008-1C, e, ainda, aos termos do art.

    32, 5, da Lei n 8.666/1993, de aplicao subsidiria.

    - Acrdo TCU 2.789/2011 Plenrio - O TCU cientificou o (...) de que a incluso, em editais de licitao, de exigncias relativas qualificao tcnica que excedem os limites previstos no

    art. 30 da Lei n 8.666/1993, configura restrio ao carter competitivo da licitao, contrariando,

    assim, o disposto no art. 37, inc. XXI, da Constituio Federal, no art. 3, caput, 1, inc. I, da Lei n 8.666/1993, e no art. 5 do Decreto n 5.450/2005.

    3.4 Julgados do TCU

    De acordo com o art. 3 do Decreto n 7.174, de 12 maio 10, que regulamenta a contratao de bens

    e servios de informtica e automao pela Administrao Pblica Federal, alm dos requisitos dispostos na

    legislao vigente, nas aquisies de bens de informtica e automao, o instrumento convocatrio dever

    conter, obrigatoriamente:

    I - as normas e especificaes tcnicas a serem consideradas na licitao;

    II - as exigncias, na fase de habilitao, de certificaes emitidas por instituies pblicas ou

    privadas credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial - Inmetro,

    que atestem, conforme regulamentao especfica, a adequao dos seguintes requisitos:

    a) segurana para o usurio e instalaes;

    b) compatibilidade eletromagntica; e

    c) consumo de energia;

    III - exigncia contratual de comprovao da origem dos bens importados oferecidos pelos licitantes

    e da quitao dos tributos de importao a eles referentes, que deve ser apresentada no momento da entrega

    do objeto, sob pena de resciso contratual e multa; e

    IV - as ferramentas de aferio de desempenho que sero utilizadas pela administrao para medir o

    desempenho dos bens ofertados, quando for o caso.

    Ato Convocatrio

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    25

    - Acrdo TCU 8.270/2011 - 2 Cmara Determinao ao (...) para que, em relao aos atos convocatrios de licitaes envolvendo a aplicao de recursos pblicos federais, abstenha-se de

    incluir as seguintes exigncias/ clusulas: a) de que os atestados de capacidade tcnica contemplem a

    comprovao da execuo pretrita de objeto idntico ao licitado; b) a imposio de que o capital

    social mnimo seja integralizado; c) de comprovao cumulativa de capital social mnimo com a

    prestao de garantia da proposta prevista no art. 31, inciso II, da Lei n 8.666/1993; d) de que

    garantia de participao seja prestada em momento anterior ao da abertura do certame, permitindo o

    prvio conhecimento dos potenciais competidores, o que pode dar margem formao de

    conluios/concertos prvios.

    - Acrdo TCU 8.430/2011 - 1 Cmara - O TCU cientificou ao (...) Batalho de Infantaria

    do Exrcito que: a) o edital deve estabelecer, com a necessria objetividade, a forma de comprovao

    da aptido para o desempenho de atividades pertinentes e compatveis em caractersticas, quantidades

    e prazos com o objeto da licitao; b) o edital deve estabelecer os elementos que devem constar dos

    atestados de capacidade tcnica para fins de comprovao da realizao de servios compatveis com

    os descritos no objeto do certame; c) que a inabilitao por no comprovao de exigncia de

    qualificao tcnica deve ser objetivamente motivada, nos termos do art. 2, III e do art. 50, I, da Lei

    n 9.784/1999.

    - Acrdo TCU 4.274/2011 - 2 Cmara - Recomendao (...) no sentido de que, em

    licitaes na modalidade prego, observe o seguinte: a) somente estabelea as exigncias de

    certificao ISO, quando necessrias, como critrio classificatrio; b) se entender necessria a

    apresentao de amostras, restrinja a exigncia aos licitantes provisoriamente classificados em

    primeiro lugar, e desde que de forma previamente disciplinada e detalhada no respectivo instrumento

    convocatrio, nos termos dos art. 45 da Lei n 8.666/1993 c/c o art. 4, inc. XVI, da Lei n

    10.520/2002 e o art. 25, 5, do Decreto n 5.450/2005; c) verifique a efetiva capacidade de a

    licitante fornecer os produtos, no preo oferecido, com o intuito de assegurar o alcance do objetivo do

    certame, que a seleo da proposta mais vantajosa; d) caso decida exigir laudos tcnicos, inclua, na

    redao dos editais, clusula que permita a comprovao das caractersticas mnimas de qualidade

    exigidas para os cartuchos de impresso, por meio de laudos de anlise emitidos por laboratrios

    habilitados para tanto.

    - Acrdo TCU 1.884/2011 - 2 Cmara - Alerta para que observe, nos processos licitatrios

    e contrataes, o disposto no art. 7 da Lei n 8.666/1993, no tocante definio do objeto a ser

    contratado e a estimativa de valor, o disposto no art. 29, incisos III e IV, da Lei n 8.666/1993,

    referente exigncia de certides comprobatrias da regularidade fiscal, o disposto no art. 43 da Lei

    n 8.666/1993, no tocante exigncia de homologao do certame pela autoridade competente, bem

    como o disposto no art. 33, 2, do Decreto n 93.872/1986, quanto aos elementos que devero estar

    presentes na publicao, em extrato, dos instrumentos contratuais.

    - Acrdo TCU 1.819/2011 - 2 Cmara - Determinao para que, nas licitaes, abstenha-se

    de incluir nos instrumentos convocatrios exigncias dispensveis garantia do cumprimento do

    objeto, ou que no guardem proporcionalidade, em dimenso e complexidade, com os servios a

    serem executados, em cumprimento ao disposto nos arts. 27 a 31 da Lei n 8.666/1993.

    - Acrdo TCU 860/2011 - 2 Cmara - Alerta para que, em processos licitatrios, atente

    para a correta redao da exigncia editalcia, mencionando cartuchos originais ou certificados pelo fabricante ao invs de cartuchos da mesma marca da impressora.

    - Acrdo TCU 915/2011 - Plenrio - Alerta para que, nas licitaes realizadas por meio de

    prego eletrnico a descrio dos bens a adquirir ,divulgados no site COMPRASNET, ou similar

    deve guardar exata correspondncia com a descrio contida no edital, de forma a evitar divergncias

    na apresentao das propostas pelas empresas licitantes.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    26

    - Acrdo TCU 2.401/2011 - 1 Cmara - Alerta quanto seguinte impropriedade: em

    licitao cujo objeto dividido em lotes, exigncia de capital social mnimo para todos os lotes,

    cumulativamente, para os quais a licitante formulou propostas, em vez de ter sido estabelecida

    individualmente, em desobedincia ao disposto no Acrdo n 1.630/2009-P.

    - Acrdo TCU 1.608/2011 - 2 Cmara - Recomendao para evitar a impropriedade de

    deixar de incluir nos editais de licitao os critrios de reajuste de preo, nos casos em que a

    contratao pudesse ultrapassar 12 meses, infringindo o disposto no inc. XI do art. 40 da Lei n

    8.666/1993.

    - Acrdo TCU 1.703/2011 - 1 Cmara - Alerta quanto a impropriedades em prego

    eletrnico de 2010, quais sejam: a) a ausncia, no edital, das especificaes dos requisitos de

    qualidade a serem aferidos nos testes das amostras, constituindo-se em inobservncia ao princpio da

    transparncia pblica; b) a limitao participao de empresas realizao de testes de amostras

    fornecidas para tal fim, configurando-se em afronta ao princpio da publicidade, insculpido no

    caput do art. 3 da Lei n 8.666/1993.

    - Acrdo TCU 438/2011 Plenrio - Alerta quanto impropriedade, constatada em prego eletrnico, caracterizada pela ausncia da devida definio do objeto da licitao, consistente na falta

    da discriminao necessria execuo do objeto, decorrente do descumprimento do art. 40, inc. I, da

    Lei n 8.666/1993.

    - Acrdo TCU 1.238/2011 - 1 Cmara - Alerta no sentido de que a exigncia, nos editais

    de licitaes, de certificados de qualidade e laudos tcnicos que no estejam previstos na Legislao

    Federal como documentos necessrios para a habilitao dos licitantes contraria o disposto no inc.

    XXI do art. 37 da CF/88 e o disposto no art. 3, 1, inc. I, da Lei n 8.666/1993.

    - Acrdo TCU 1.090/2011 - 2 Cmara - Determinao para que se abstenha, em

    procedimentos licitatrios para a aquisio de suprimentos de informtica, de estabelecer restries

    aceitao de cartuchos compatveis ou similares aos originais dos equipamentos, no obstante

    atenderem s mesmas especificaes tcnicas do produto original da marca.

    - Acrdo TCU 1.090/2011 - 2 Cmara - Determinao para que se abstenha de especificar

    marca de objeto a ser adquirido por meio de procedimento licitatrio, por contrariar os arts. 7, 5, e

    15, 7, inc. I, da Lei n 8.666/1993 e, na hiptese de tratar-se de objeto com caractersticas e

    especificaes exclusivas, a justificativa para a indicao de marca, para fins de padronizao, dever

    ser fundamentada em razes de ordem tcnica, as quais devem, necessariamente, constar do

    respectivo processo de licitao.

    - Acrdo TCU 783/2011 - 2 Cmara - Recomendao para que adote providncias a fim

    de evitar as seguintes impropriedades verificadas em edital de prego eletrnico de 2010: a) ausncia

    de fixao dos quantitativos mnimos para cada item da planilha de custos e formao de preos

    anexa ao edital do certame, violando o disposto no art. 7, 4, da Lei n 8.666/1993, o art. 9, inc. II,

    do Decreto n 3.931/2001 e os Acrdos de ns 1.100/2007-P, n 991/2009-P e n 79/2010-P; b)

    ausncia de critrio de aceitabilidade de preos unitrios mximos que a Administrao se dispe a

    pagar, consideradas as regies e as estimativas de quantidades a serem adquiridas, descumprimento

    do art. 9, inc. III, do Decreto n 3.931/2001.

    - Acrdo TCU 478/2011 - 1 Cmara - Alerta para que busque adequar seus procedimentos

    relativos a prego no sentido de evitar a incluso, nos editais, de clusulas que permitam ao pregoeiro

    recusar de forma sumria manifestaes de inteno de recurso, uma vez que essa prtica contraria as

    disposies do art. 4 da Lei n 10.520/2002 e do art. 11, inc. XVII, do Decreto n 3.555/2000.

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    27

    - Acrdo TCU 6.613/2009 1 Cmara Determinao para que, em relao elaborao dos atos convocatrios das licitaes, envolvendo a aplicao de recursos pblicos federais, abstenha-

    se de: a) exigir, como condio de habilitao dos licitantes, a apresentao de guia de recolhimento

    de taxa relativo aquisio de cpia do ato convocatrio, uma vez que tal exigncia no est prevista

    nos arts. 27 a 31 da Lei n 8.666/1993, de forma que a aquisio em apreo constitui uma faculdade e

    no um dever dos interessados, mormente quando o edital esteja disponibilizado na internet; b)

    estabelecer condies de participao em certames licitatrios anteriores fase de habilitao e no

    previstas na Lei n 8.666/1993, a exemplo da prestao da garantia de que trata o art. 31, inc. III, da

    Lei n 8.666/1993, antes de iniciada a fase de habilitao, devendo processar e julgar a licitao com

    observncia dos procedimentos previstos no art. 43 da Lei n 8.666/1993 e nos princpios estatudos

    no inc. XXI do art. 37 da CF e no art. 3 da Lei n 8.666/1993; c) exigir capital social mnimo,

    cumulativamente com a prestao da garantia prevista no art. 31, inc. III, da Lei n 8.666/1993, uma

    vez que o 2 do mencionado artigo permite to somente Administrao exigir, alternativamente,

    capital mnimo ou patrimnio lquido mnimo ou as garantias previstas no 1 do art. 56 do referido

    diploma legal; d) realizar qualquer modificao em edital de licitao, capaz de afetar a formulao

    das propostas, sem atentar para a necessidade de reabertura de prazos disciplinada no art. 21, 4, da

    Lei n 8.666/1993; e) estabelecer condies no previstas no art. 31 da Lei n 8.666/1993,

    especialmente no exigindo comprovao de capital integralizado; f) utilizar ndices contbeis em

    patamares excessivos, para a avaliao da qualificao econmico-financeira dos licitantes,

    observando o disposto no art. 31, 5, da Lei n 8.666/1993, e atentando quanto necessidade de

    justificar, no processo administrativo da licitao, os ndices previstos no edital.

    - Acrdo TCU 6.538/2009 1 Cmara - Determinao/recomendao/orientao para que, nas licitaes para contratao de servios, faa constar nos editais de licitaes e respectivos

    contratos, especialmente nos casos de servios continuados, clusulas que estabeleam os critrios,

    data-base e periodicidade do reajustamento de preos e de critrios de atualizao monetria,

    contendo expressamente o ndice de reajuste contratual a ser adotado no referido instrumento,

    observado o disposto no art. 1, pargrafo nico, inc. III e art. 2, 1, ambos da Lei n 10.192/2001.

    - Acrdo TCU 2.739/2009 Plenrio - Determinao para que, quando entender necessria a apresentao de amostras no mbito de licitaes promovidas pela entidade, restrinja a exigncia

    aos licitantes provisoriamente classificados em 1 lugar, e desde que de forma previamente

    disciplinada e detalhada no respectivo instrumento convocatrio, nos termos dos art. 45 da Lei n

    8.666/93 c/c o art. 4, inc. XVI, da Lei n 10.520/2002 e o art. 25, 5, do Decreto n 5.450/2005.

    - Acrdo TCU 2.093/2009 Plenrio - Determinao para que faa constar obrigatoriamente em seus editais de licitao para contratao de obras e servios os critrios de

    aceitabilidade de preos unitrios e global, consoante o disposto no art. 40, caput e inc. X, da Lei n 8.666/1993 e no inc. II, 1, alneas a e b, do art. 48 da Lei n 8.666/1993, cabendo administrao verificar, nos casos considerados inexeqveis a partir do referido critrio, a efetiva

    capacidade de a licitante executar os servios, no preo oferecido, assegurado o alcance do objetivo

    da licitao, que a seleo da proposta mais vantajosa e, por conseqncia, do interesse pblico,

    cuidando para que no sejam eliminadas empresas que apresentem preos unitrios abaixo dos limites

    definidos na Lei, mas que no tenham elevada materialidade no total do contrato.

    - Acrdo TCU 1.978/2009 Plenrio - Determinao para que faa divulgar, em suas licitaes, exceto as realizadas na modalidade de prego, como parte integrante do edital, o

    oramento analtico, contendo a composio de todos os seus custos unitrios, devidamente

    detalhada, em respeito ao disposto no artigo 40, 2, inc. II, da Lei n 8.666/1993.

    - Acrdo TCU 4.278/2009 1 Cmara - Determinao para que, em procedimentos licitatrios, limite-se a inserir exigncia da apresentao de amostras ou prottipos dos bens a serem

    adquiridos, na fase de classificao das propostas, apenas ao licitante provisoriamente em 1 lugar e

  • CURSO DE FORMAO DE PREGOEIROS

    28

    desde que, de forma previamente disciplinada e detalhada, no instrumento convocatrio, nos termos

    dos arts. 45 e 46 da Lei n 8.666/1993.

    - Acrdo TCU 1.979/2009 Plenrio - Determinao para que, em processos licitatrios, abstenha-se de exigir, no ato convocatrio, que as empresas licitantes e/ou contratadas apresentem

    declarao, emitida pelo fabricante do bem ou servio licitado, de que possuem plenas condies

    tcnicas para executar os servios, so representantes legais e esto autorizadas a comercializar os

    produtos e servios objeto do termo de referncia, uma vez que essa exigncia restringe o carter

    competitivo do certame e contraria os arts. 3, 1, inc. I, e 30 da Lei n 8.666/1993.

    - Acrdo 4.300/2009 - 2 Cmara - Determinao para que se abstenha de prever, em seus

    editais, a exigncia de que a licitante seja credenciada, autorizada, eleita, designada, ou outro instituto

    similar, pelo f