apostila 4 - ensino da matemática (2) (1)

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    PS-GRADUAO LATO SENSUENSINO DA MATEMTICA

    DISCIPLINA:NOVAS TENDNCIAS DO ENSINO DA MATEMTICA

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    NOVAS TENDNCIAS DO ENSINO DA MATEMTICA.

    Prof. Fabiana Regina de Souza*

    _____________

    *Graduada em Administrao de Empresas pela Faculdades Integradas Mdulo (2001).

    Licenciada em Matemtica pela Uniban (2003). Ps Graduanda em Logstica Empresarial

    pela ESAB (2014) e Ps Graduanda em Docncia do Ensino Superior pela FCE

    Faculdade Campos Elseos (2015). J atuou como docente na rede particular (Poliedro); foi

    professora de 2003 a 2012 na rede estadual de Caraguatatuba/SP. Atualmente professora

    e coordenadora do Curso Tcnico de Logstica no Colgio Tcnico Dom Bosco em

    Caraguatatuba/SP.

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    SUMRIO

    MDULO I INFORMTICA EDUCATIVA NO BRASIL 05CONSIDERAES DO MDULO 13

    MDULO II TENDNCIAS EM INFORMTICA EDUCATIVA 14CONSIDERAES DO MDULO 22

    MDULO III ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMTICA COM USO DA

    TECNOLOGIA 23CONSIDERAES DO MDULO 31

    MDULO IVSOFTWARES EDUCATIVOS E SEU USO EM SALA DE AULA 33CONSIDERAES DO MDULO 43

    MDULO VAVALIAO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS E SEU ENSINO 44CONSIDERAES DO MDULO 54

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 55

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    Apresentao

    Prezado aluno,

    Ao receber a apostila Tecnologias de Comunicao Aplicadas Educao Matemtica, voc

    estar entrando em contato com o histrico da informtica educativa no Brasil, tendncias da

    informtica educativa no contexto atual, o ensino aprendizagem da matemtica com o apoiodas tecnologias, a disponibilidade de softwares educativos assim com a importncia na

    escolha dessa ferramenta para o ensino e aprendizagem se valer significativo.

    A nossa inteno com este trabalho conhecer, refletir e repensar tambm as polticas

    educacionais existentes, a fim de usarmos nos ambientes escolares atitudes educativas que

    favorea um aprender prazeroso tanto do discente quanto do docente e que ambos

    compreendam o grande profissional que voc por conhecer sobre os diversos assuntos sobre

    as estratgias do ensino da matemtica.

    A leitura e os estudos contnuos desta apostila, a participao nos encontros presenciais o

    levar a aprender mais, a repensar prticas pedaggicas e o preparar para melhor entender o

    seu aluno, bem como ser capaz de realizar um trabalho educacional a altura.

    Aproveite os conhecimentos aqui apresentados, discuta com seus colegas e seja muito bem

    vindo a nossa disciplina.

    Um bom trabalho,

    Prof Fabiana Regina de Souza

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    MDULO I

    INFORMTICA EDUCATIVA NO BRASIL

    1. HISTRIA DA INFORMTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

    No Brasil, as primeiras iniciativas datam no incio da dcada de 70 do sculo XX,quando as universidades de So Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul,mobilizaram aes e projetos para pensar o uso do computador na educao. Aimplantao do programa de informtica na educao iniciou-se oficialmente nadcada de 80, atravs do I e II Seminrio Nacional de Informtica na Educao 1981 e 1982, respectivamente. (ANDRADE e TERUYA, 2008)

    NASCIMENTO (2007) afirma que a Universidade Federal do Rio de Janeiro foi a

    primeira a utilizar o computador como ferramenta acadmica. Segundo consta nos registros, o

    equipamento era utilizado como objeto de estudo e pesquisa, propiciando uma disciplina

    voltada para o ensino da informtica.

    A partir da dcada de 70 o Brasil, buscando garantir segurana e desenvolvimento

    da nao, firmou polticas pblicas que garantissem uma produo prpria. O governo criou a

    CAPRE Comisso Coordenadora das Atividades de processamento Eletrnico, a

    DIGIBRS Empresa Digital Brasileira e a SEI Secretaria Especial de Informtica.

    (MORAES, 1997)

    Com a criao da SEI, como rgo responsvel pela coordenao e execuo daPoltica Nacional de Informtica, buscava-se fomentar e estimular a informatizaoda sociedade brasileira, voltada para a capacitao cientfica e tecnolgica capaz de

    promover a autonomia nacional, baseada em princpios e diretrizes fundamentadosna realidade brasileira e decorrentes das atividades de pesquisas e da consolidaoda indstria nacional. Entretanto, para o alcance de seus objetivos seria precisoestender as aplicaes da informtica aos diversos setores e atividades da sociedade,no sentido de examinar as diversas possibilidades de parceria e soluo aos

    problemas nas diversas reas intersetoriais, dentre elas educao, energia, sade,agricultura, cultura e defesa nacional. (MORAES, 1997)

    NASCIMENTO (2007) relata que com o intuito de criar propostas que

    possibilitassem o uso da tecnologia na educao e que garantisse o devido respeito cultura,

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    valores e interesses da populao brasileira, criou-se uma equipe composta por representantes

    da SEI, do MEC, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico

    (CNPq) e da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). Esse grupo ficou com a

    responsabilidade de planejar as primeiras aes para o estudo na rea.

    Naquele mesmo ano, foram elaboradas as primeiras diretrizes ministeriais para osetor, estabelecidas no III Plano Setorial de Educao e Cultura - III PSEC, referenteao perodo de 1980/1985. Essas diretrizes apontavam e davam o devido respaldo aouso das tecnologias educacionais e dos sistemas de computao, enfatizando as

    possibilidades desses recursos colaborarem para a melhoria da qualidade doprocesso educacional, ratificando a importncia da atualizao de conhecimentostcnico-cientficos, cujas necessidades tinham sido anteriormente expressas no IIPlano Nacional de Desenvolvimento - II PND, referente ao perodo de1975-1979.(MORAES, 1997)

    MORAES (1997) destaca que, para que a equipe pudesse discutir e planejar

    estratgias que viessem de interesse as necessidades da comunidade nacional, eles teriam de

    estar em contato permanente com a rea tcnico-cientfica. Desta forma, no perodo de 25 a

    27 de agosto de 1981 realizou-se o I Seminrio Nacional de Informtica na Educao, na

    Universidade de Braslia. O seminrio contou com a presena de especialistas nacionais e

    internacionais que visavam defender a importncia de se pesquisar o uso da tecnologia como

    uma ferramenta auxiliar do processo de ensino-aprendizagem.

    No seminrio o computador foi reconhecido como um meio de ampliao das

    funes do professor e jamais como ferramenta para substitu-lo. (MORAES, 1997)

    MORAES (2002) apud BADELI e SOUSA (2008) relata que foi nessa primeira

    edio do Seminrio Nacional de Informtica na Educao que o EDUCOM (Projeto

    Brasileiro de Informtica na Educao) foi idealizado e movimentado por outros projetos depesquisas de universidades brasileiras. As ideias estavam voltadas a discusso da

    possibilidade de informatizar o ensino pblico brasileiro, conhecer outras linguagens de

    computador e ainda ajustar informtica as necessidades da sociedade nacional.

    No projeto o computador teria um papel complementar s atividades educativas

    com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento de habilidades intelectuais especficas

    requeridas pelos diferentes contedos. (MORAES, 1997 apud BADELI e SOUSA, 2008)

    Em 1997 foi lanado o PROINFO que deu sequncia s atividades na rea deinformtica na educao. O projeto foi idealizado pela SEED Secretaria de Educao

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    Distncia e patrocinado pelo BIRD, e teve como objetivo disseminar o uso pedaggico das

    tecnologias de informtica e telecomunicaes nas escolas pblicas de ensino fundamental e

    mdio pertencentes s redes estadual e municipal. (BRASIL, 1997 apud BADELI e SOUSA,

    2008)

    Segundo BRASIL (1997) apud BADELI e SOUSA (2008) o objetivo do projeto

    era estruturar um sistema de formao continuada de professores no uso das novas

    tecnologias da informao, visando o mximo de qualidade e eficincia.BRASIL (1997) apud BADELI e SOUSA (2008) ressalta que para se alcanar os

    objetivos previstos tanto os recursos humanos quanto os professores, alm de serem

    capacitados quanto aos equipamentos, deveriam tambm ser inseridos em uma nova cultura

    de informao e comunicao.

    Seleo e capacitao de professores oriundos de instituies d e ensino superior e

    tcnico-profissionalizante, destinados a ministrar a formao dos professoresmultiplicadores; seleo e formao de professores multiplicadores, oriundos darede pblica de ensino de 1 e 2 graus e de instituies de ensino superior e tcnico-

    profissionalizante [...](BRASIL,1997 apud BADELI e SOUSA, 2008).

    De acordo com BADELI e SOUSA (2008) o MEC, atravs da Secretaria de

    Educao Distncia SEED, divulga em 2002 um primeiro relatrio Preliminar de Avaliao

    do PROINFO, realizada por representantes da Universidade de Braslia no final de 2001.

    Mesmo os dados coletados indicando satisfao do projeto por parte dos docentes, a

    realidade da maioria dos professores da rede pblica no pas revela a precariedade das

    condies de trabalho, falta de material de apoio e salas superlotadas o que dificulta

    atividades pedaggicas com o auxlio do computador.Contudo, no cenrio de uma sociedade em que a informao e o conhecimentoesto em evidncia, o professor depara-se com novos desafios dentre eles o acessoaos recursos da tecnologia da informao, manuseio do computador e odesenvolvimento de uma prtica crtica desses recursos modernos. (BADELI eSOUSA, 2008)

    NASCIMENTO (2007) apresenta o PRONINFE Programa Nacional de

    Informtica Educativa aprovado em 1989 sob a Portaria Ministerial de n 549/GM, programa

    que tinha como objetivo o desenvolvimento da informtica educativa no Brasil sob o formato

    de projetos e atividades integrados apoiados em fundamentao pedaggica slida e

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    atualizada de modo a assegurar a unidade poltica, tcnica e cientfica imprescindvel ao xito

    dos esforos e investimentos envolvidos.

    Simultaneamente criao do PRONINFE, cuja coordenao passou a ser exercidapor uma Comisso Geral de Coordenao subordinada Secretaria-Geral do MEC,foram iniciadas gestes junto Secretaria Especial de Informtica (SEI) doMinistrio de Cincia e Tecnologia (MCT), visando incluso de metas e objetivosdo programa como parte integrante do II PLANIN, Plano Nacional de Informtica eAutomao, para o perodo de 1991 a 1993. O PLANIN foi aprovado pelo Conselho

    Nacional de Informtica e Automao (CONIN), um colegiado que era constitudopelos ministros de Estado das diferentes reas setoriais e representantes da indstria

    nacional e posteriormente transformado em lei.(MORAES, 1997)

    A autora relata que a incluso das aes do PRONINFE foi muito relevante para

    facilitar o financiamento de diferentes bolsas de estudos e outros benefcios decorrentes. A

    rea de Informtica Educativa passou ento a ser um dos destaques do Programa de

    Capacitao de Recursos Humanos em reas Estratgicas - RHAE, do Ministrio de Cincia e

    Tecnologia.

    Uma das aes que mais se destacou foram s atividades relacionadas com a

    capacitao dos professores e representantes do sistema de ensino, o desenvolvimento de

    pesquisa bsica e aplicada, a criao de centros de informtica educativa, produo,

    aquisio, adaptao e avaliao de softwares educativos.(MORAES, 1997)

    O PLANINFE, assim como o PRONINFE, destacava, como no poderia deixar deser, a necessidade de um forte programa de formao de professores, acreditandoque as mudanas s ocorrem se estiverem amparadas, em profundidade, por umintensivo e competente programa de capacitao de recursos humanos, envolvendouniversidades, secretarias, escolas tcnicas e empresas como o SENAI e SENAC.(MORAES, 1997)

    De acordo com a autora, aps 1992 foi criada uma assinatura especfica noOramento da Unio para financiamentos das atividades dessa rea.

    CRONOLOGIA

    DATAS FATOSAgosto/81 Realizao do I Seminrio de I nformti ca na Educao, Braslia/DF,

    UNB. Promoo MEC/SEI/CNPq.Dezembro/81 Aprovao do documento: Subsdios para a implantao do programa

    de I nformtica na Educao - MEC/SEI/CNPq/FINEP.Agosto/82 Realizao do I I Seminrio Nacional de Informtica na Educao,

    UFBa/Salvador/Bahia.

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    Janeiro/83 Criao da Comisso Especial N 11/83- I nformti ca na Educao,Portaria SEI/CSN/PR N 001 de 12/01/83.

    Julho/83 Publicao do documento: Diretrizes para o estabelecimento daPolti ca de Informti ca no Setor de Educao, Cultu ra e Despor to,aprovado pela Comisso de Coordenao Geral do MEC, em 26/10/82

    Agosto/83 Publicao do Comunicado SEI solicitando a apresentao de projetospara a implantao de centros-piloto junto as universidades.

    Maro/84 Aprovao do Regimento I nterno do Centr o de I nf ormtica EducativaCENIFOR/FUNTEV_, Portaria n 27, de 29/03/84.

    Julho/84 Assinatura do Protocolo de I ntenes MEC/SEI /CNPq/F I NEP/FUNTEV_ para a impl antao dos centros-pi loto e delegao decompetncia ao CENI FOR.

    Julho/84 Expedio do Comunicado SEI/SS n 19, informando subprojetosselecionados: UFRGS, UFRJ, UFMG, UFPe e UNICAMP.

    Agosto/85 Aprovao do novo Regimento I nterno do CENI FOR , PortariaFUNTEV_ n246, de 14/08/85.

    Setembro/85 Aprovao Plano Setorial : Educao e I nformticapelo CONIN/PR.Fevereiro/86 Criao do Comit Assessor de Informtica na Educao de 1 e 2

    graus - CAIE/SEPS.

    Abril/86 Aprovao do Programa de Ao I mediata em I nf ormtica naEducao.Maio/86 Coordenao e Superviso Tcnica do Projeto EDUCOM transferida

    para a SEINF/MEC.Julho/86 Instituio do I Concurso Nacional de " Software" Educacional e da

    Comisso de Aval iao do Projeto EDUCOM:Abril/86 Extino do CAIE/SEPS e criao do CAIE/MEC.Junho/87 Implementao do Projeto FORMAR I , Curso de Especial izao em

    I nformtica na Educao, realizado na UNICAMP.Julho/87 Lanamento do I I Concurso Nacional de Software Educacional .

    Novembro/87 Realizao da Jor nada de Trabalho de Informtica na Educao:Subsdios para polti cas, UFSC, Florianpolis/SC.

    Novembro/87 Incio da Implantao dos CI Ed.Setembro/88 Realizao do I I I Concurso Nacional de Software Educacional.Janeiro/89 Realizao do I I Curso de Especial izao em I nf ormtica na

    Educao - FORMAR I IMaio/89 Realizao da Jornada de Trabalho Luso Latino-Americana de

    I nformtica na Educao,promovida pela OEA e INEP/MEC,PUC/Petrpolis/RJ.

    Outubro/89 Instituio do Programa Nacional de I nf ormtica EducativaPRONINFE na Secretaria-Geral do MEC.

    Maro/90 Aprovao do Regimento Interno do PRONINFE.Junho/90 Reestruturao ministerial e transferncia do PRONINFE para a

    SENETE/MEC.

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    Agosto/90 Aprovao do Plano Tr ienal de Ao Integrada - 1990/1993.Setembro/90 Integrao de Metas e objetivos do PRONINFE/MEC no

    PLANIN/MCT.Fevereiro/92 Criao de rubr ica especf ica para aes de informtica educativa no

    oramento da Unio.Abril/97 Lanamento do Programa Nacional de Informtica na Educao

    PROINFO.Tabela 1. Cronologia das polticas pblicas na rea da informtica na educao

    Fonte: https://ead.ufrgs.br/rooda/biblioteca/abrirArquivo.php/turmas/5130/materiais/7059.pdf

    2. POSSIBILIDADES E CONTRADIES DA INFORMTICA NA

    EDUCAO

    De acordo com ANDRADE e TERUYA (2008) tecnologias como o computador e

    a internet infelizmente ainda so ferramentas de uma sociedade capitalista, nem todos tem

    acesso. Dessa forma, possibilitar a informtica na educao, principalmente em escolas

    pblicas, contribuir com o processo de democratizao, diminuindo com a desigualdade e

    proporcionando oportunidade educacional para todos. Neste sentido, o uso das tecnologias

    pode contribuir para a incluso digital dos alunos de ensino bsico da rede pblica.

    Figura 1. Incluso digital nas escolasFonte: http://ntecastanhal.blogspot.com.br/2009/03/curso-tecnologia-na-educacao-ensinando.html

    importante que as escolas pblicas possibilitem aos alunos o uso dos recursos

    tecnolgicos necessrios e tambm, disponibilizem professores capacitados ao uso dessas

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    tecnologias para que o desenvolvimento e aprimoramento dos conhecimentos sejam

    significativos. (ANDRADE e TERUYA, 2008)

    As autoras ressaltam que:

    Atualmente, quem no est familiarizado com as tecnologias de informao ecomunicao considerado um analfabeto tecnolgico. Inmeras publicaes em

    jornais e em revistas especializadas tratam o computador como ferramentaindispensvel ao processo de ensino e de aprendizagem.

    LIBNEO (1999) apud ANDRADE e TERUYA (2008) ressalta a importncia da

    formao do professor que deve abranger uma vasta linguagem miditica para que o mesmo

    proporcione aos alunos aulas coerentes com o contedo, diversificadas e motivadoras.

    Para inovar a metodologia do professor e superar o analfabetismo tecnolgico, preciso investir na formao de educadores para assumir uma postura tica nasociedade e na vida profissional. A participao no processo de construo de umanova sociedade, na qual todos possam usufruir os benefcios das conquistascientficas, no mbito da escola, deve ser uma reivindicao da comunidadeescolar. (ANDRADE e TERUYA, 2008)

    Segundo as autoras, o uso da tecnologia na educao requer um grande

    conhecimento do educando. Ele tem que saber quais objetivos quer atingir com a proposta e

    uso do recurso. O educando deve lembrar que s o acesso informao no significa acesso

    ao conhecimento. Deve existir uma integrao entre professor e aluno para a construo desse

    conhecimento articulado com o uso correto do recurso tecnolgico. Usufruir de forma correta

    das tecnologias na educao trs benefcios tanto ao educador quanto ao educando.

    ANDRADE e TERUYA (2008) citam uma srie de possibilidades que o uso dos

    computadores pode proporcionar na aquisio do conhecimento:

    A interao com uma grande quantidade de informaes, de maneiraatrativa e motivadora, que favorece a aprendizagem ativa e cooperativa;

    Possibilidades de problematizar situaes, simular reaes de alguns

    contedos, por meio de programas especficos;

    A reflexo sobre o resultado das aes desenvolvidas, aprendendo a criar

    novas solues, provocando o desenvolvimento de processos

    metacognitivos;

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    A realizao de clculos complexos e recursos que permitem a construo

    de objetos virtuais, imagens digitalizadas, que favorecem a leitura e

    construo de representaes espaciais;

    Mltiplas revises e correes no texto, com insero de objetos novos e

    recursos variados em um hipertexto.

    Se a informtica uma tecnologia que pode contribuir para ampliar o acesso

    informao, a tarefa dos professores conhecer essa ferramenta e utiliz-la para desenvolverno aluno as percepes da realidade social. (ANDRADE e TERUYA, 2008)

    Na viso de ANDRADE e TERUYA (2008) o docente deve planejar

    adequadamente o uso do recurso tecnolgico nas aulas para que a incluso digital nas escolas

    seja significativa e auxilie na melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem. A formao de

    cidados crticos, capazes de compreender as implicaes positivas e negativas das

    tecnologias de informao e comunicao deve ser uma meta de todos os profissionais da

    educao.

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    CONSIDERAES FINAIS

    Este captulo tinha como objetivo discorrer sobre a histria da informtica

    educacional no Brasil e as possibilidades e contradies do seu uso educacional.

    A informtica educativa brasileira hoje se encontra em um nvel de consistncia

    adquirido atravs das atividades e aes que nela se desenvolvem. importante ressaltar quegrande parte dos resultados obtidos foram decorridos dos Projetos EDUCOM e PROINFO, e

    tambm dos esforos oriundos dos representantes tcnicos das secretarias de educao, que

    junto com os educadores se dedicaram na implementao das atividades junto as escolas

    pblicas.

    Viu-se que para que as estratgias fossem implantadas a fim de desenvolver a

    informtica educativa no Brasil foram necessrios a participao da comunidade acadmico-

    cientfica nacional definindo os caminhos necessrios para a execuo dos projetos; a

    construo de modelos informatizados para educao partindo-se de pesquisa aplicada; e, por

    ltimo, do Ministrio da Educao e de especialistas brasileiros de renome que auxiliaram

    colaborando com suas anlises e discusses para se definir as estratgias mais relevantes.

    Alm de polticas educacionais, a formao de professores para a atuao junto as

    novas tecnologias um assunto de grande importncia. Sendo o ambiente escolar um local de

    formao humana onde, para muitas pessoas, o nico lugar de acesso ao conhecimento, o

    uso do computador e internet de forma crtica e consciente exige um certo preparo do docente.

    Para que ele atue positivamente na construo do conhecimento deve desenvolver uma prtica

    crtica e problematizadora buscando a integrao da realidade com a tecnologia em questo.

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    MDULO II

    TENDNCIAS EM INFORMTICA EDUCATIVA

    1. PRTICA PEDAGGICA NA ATUALIDADE

    O processo educacional tem sido o foco de debates na educao, o que contribuiuplenamente para a sua evoluo sob vrios ngulos, pode-se citar, por exemplo, osprocedimentos metodolgicos utilizados pelos docentes e o reconhecimento daformao educacional dos alunos, como pontos-chaves dessa discusso. (SILVA,2011)

    Segundo GADOTTI (2000) apud SILVA (2011) o declnio da educao

    tradicional se deu incio no movimento renascentista e a educao nova que surgiu a partir daobra de Rousseau, teve seu pice de desenvolvimento nos ltimos dois sculos adquirindo

    muitas conquistas na rea das cincias da educao e junto s metodologias de ensino.

    O ensino tradicional representa a educao centrada no professor que tem a

    funo de vigiar os alunos, ensinar e corrigir a matria. Esse tipo de metodologia tem como

    objetivo a transmisso de conhecimento de forma expositiva e sequencial com o destaque na

    repetio de exerccios para a fixao e memorizao dos contedos. (ZACHARIAS, 2007

    apud GRZESIUK, 2008)Segundo GRZESIUK (2008) o aprendizado segue uma sequncia esttica: o

    professor fala, o aluno ouve e aprende. Assim sendo, o aluno no tem um papel ativo na

    aprendizagem e construo de seu conhecimento. O professor visto como detentor de

    conhecimento transmite os conhecimentos para a formao do aluno atravs de uma prtica

    pedaggica conservadora sobrecarregada de informao.

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    Figura 2. Esquema simplificado do ensino tradicional.Fonte: http://www.cempem.fe.unicamp.br/lapemmec/coordenacao/logo/texto-tesedoutorado-educa-matema.pdf

    Na viso de ALENCAR (1996) apud GRZESIUK (2008) o ensino tradicional esta

    desatualizado e longe de atender as necessidades da sociedade moderna. O autor ainda cita

    algumas caractersticas do ensino tradicional que atrapalham o desenvolvimento dos alunos:

    destacada a incompetncia, a ignorncia e a incapacidade do aluno,

    inibindo o surgimento de talentos e habilidades de cada um;

    Um ensino onde se valoriza a repetio e memorizao do conhecimento;

    Desprestigia a imaginao e a fantasia como desenvolvimentos

    importantes da mente;

    Exerccios com resposta nica onde no se trabalha e analisa o erro e sim

    cultua o fracasso e o medo;

    Descaso em cultivar uma viso otimista do futuro;

    As habilidades cognitivas so desenvolvidas de forma precria e limitadas.

    SILVA (2011) afirma:

    A escola contempornea apresenta dificuldades em acompanhar o desenvolvimentoacelerado que a cerca, as informaes so captadas e atualizadas em questo desegundos, trazendo um desconforto e at um comprometimento prtica educativa.

    Isso desencadeia um pssimo sentimento de ineficincia para a sala de aula, que setransforma em um ambiente irrelevante para o fortalecimento do conhecimento.

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    Para a autora, a escola deve rever suas prticas pedaggicas com o objetivo de se

    adequar a situaes atuais considerando posio social e o aperfeioamento do saber.

    O professor da atualidade, que contm uma viso mais aguada e que almeja um

    ensino de qualidade, j incorpora em suas prticas pedaggicas, itens como a televiso e a

    internet, contudo, muitos ainda trabalham com recursos tradicionais. (SILVA, 2011)

    Os que defendem a informatizao da educao sustentam que preciso mudarprofundamente os mtodos de ensino para reservar ao crebro humano o que lhe

    peculiar, a capacidade de pensar, em vez de desenvolver a memria. Para ele, afuno da escola ser, cada vez mais, a de ensinar a pensar criticamente. Para isso preciso dominar mais metodologias e linguagens, inclusive a linguagem eletrnica.(GADOTTI, 2000 apud SILVA, 2011)

    Para LIBNEO (2004) apud SILVA (2011), a forma de aprender est ligada a for

    ma de ensinar, portanto o resultado positivo ou negativo da construo do conhecimento do

    aluno dever ser resultado da formao do prprio professor.

    [...] o educador um mediador do conhecimento, diante do aluno que o sujeito dasua prpria formao. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, paraisso, tambm precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos

    sentidos para o que fazer dos seus alunos. (GADOTTI, 2000 apud SILVA, 2011)

    O professor a ponte de ligao entre o aluno e o conhecimento e este deve

    proporcionar ao educando subsdios para que ele desenvolva suas competncias e habilidades

    de maneira significativa, ou seja, estimular a sua capacidade cognitiva conforme os quatro

    pilares do conhecimento: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e

    aprender a ser. (SILVA, 2011)

    Para a autora, os tempos modernos pedem que o desenvolvimento educacional

    seja direcionado aquisio de competncias, objetivando a reflexo do aluno sobre arealidade. Sendo assim, o educador deve buscar novas prtica pedaggicas, procurar

    desenvolver aulas atrativas e estimulantes sempre se levando em considerao o respeito pelas

    diferenas para melhor atender a essas necessidades e proporcionar ao aluno um ensino de

    qualidade.

    SILVA (2011) indaga que os projetos pedaggicos da escola contempornea j

    incluem o uso das novas tecnologias como fonte de apoio a construo do conhecimento.

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    Novas concepes acerca da natureza dos saberes, valorizando o trabalho

    cooperativo;

    Novas vivncias e prticas escolares, atravs do desenvolvimento de

    interfaces entre escolas e instituies, tais como bibliotecas, museus,

    associaes de apoio juventude, entre outros;

    Novas investigaes cientficas em desenvolvimento no ensino superior,

    entre outros.SILVA (2011) acredita que a TIC capaz de proporcionar uma melhor integrao

    entre professor e aluno atravs dos recursos tecnolgicos.

    GEAQUINTO (2008) apud SILVA (2011) define recursos tecnolgicos: [...]

    instrumentos que funcionam como mediadores na transmisso e/ou troca de dados entre todos

    os membros da comunidade acadmica e demais envolvidos e podem ser mais ou menos

    sofisticados. atravs desses recursos que o professor vai motivar e estimular a construo

    do conhecimento da aluno.Segundo POCHO, AGUIAR e SAMPAIO (2003) apud SILVA (2011) os recursos

    tecnolgicos podem ser classificados em independentes que no precisam de aparelhos

    eletrnicos para o seu acontecimento (exemplo giz, quadro-negro, cartaz, livro etc) e

    dependentes mais propriamente as TICs, que instigam a aprendizagem, pois so modernos e

    interativos (exemplo retroprojetor, TV, projetor de slides, DVD, computadores, software entre

    outros).

    Seguindo essa classificao, v-se que a tecnologia no se relaciona s com

    computadores e internet, mas tambm com toda tcnica que permite o professor estabelecer

    uma relao entre o contedo e a vida real. (SILVA, 2011)

    Com a propagao da internet, a educao passa a ter mais possibilidades deampliao do processo de aprendizagem. Vrias so as ferramentas que podemauxiliar nesse contexto: world wide web (www), chats, videoconferncias, enquetesfruns, correio eletrnico (e-mail) e softwares educacionais.Ferramentas como os blogs, mensageiros instantneos e sites de relacionamento(orkut, my space, facebook,etc) tambm constituem-se em TICs que se utilizadas afavor do processo de ensino-aprendizagem, facilitam a interao professor-aluno,contudo, esses instrumentos no traro nenhum tipo de contribuio para o processo

    se usados de maneira descompromissada com a educao. (SILVA, 2011)

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    Ao estruturar sua proposta pedaggica, utilizando tecnologia digital, o professorprecisa estabelecer vnculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que oaluno j sabe, o que o aluno no sabe e o que ele gostaria de saber. Motivar o aluno afazer parte da proposta pedaggica, colocando-o a par sobre o que ser abordado econvidando-o a contribuir.

    O emprego das tecnologias de informao e comunicao no sistema escolar

    instiga a curiosidade do educando, desperta seu interesse, vontade de conhecer diferentes

    fenmenos, aumentando sua percepo espacial.(SILVA, 2011)

    Para a autora, o docente deve ser capaz de despertar no aluno interesse e participaotrazendo para o aluno, inserido nas tecnologias, uma integrao de entre contedos e sua realidade

    social.

    ARAJO e YOSHIDA (2010) apud SILVA (2011) afirmam que o professor dever ser um

    profissional criativo buscando planejar sua prtica pedaggica visando uma aprendizagem satisfatria

    e significativa. Assim sendo, ele deve buscar novos caminhos, investir em novos projetos e

    transformar a realidade escolar utilizando a tecnologia como ferramenta para melhorar e motivar a

    busca pelo conhecimento.

    SILVA (2011) relata que:

    O aprimoramento das tcnicas de ensino atravs das tecnologias de informao ecomunicao uma meta a ser alcanada por estes profissionais, o esmero algoque se consegue com a prtica, com o saber fazer, a capacitao precisa ser contnua,tendo em vista novas experincias sempre estarem surgindo, originando fatosinteressantes a serem examinados no mbito educacional.

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    Figura 3. Significado da informtica aplicada na educaoFonte: http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-informatica-aplicada-na-educacao.htm

    Para MORAES (1997) apud BARBOSA, MOURA e BARBOSA (2004) a

    populao escolar precisa ter oportunidades de acesso a esses instrumentos e adquirir

    capacidade para produzir e desenvolver conhecimentos utilizando a TIC.

    Uma reforma e ampliao do sistema de produo e difuso do conhecimentopossibilita o acesso tecnologia. Mas somente o acesso tecnologia no o aspecto to

    importante e sim uma forma de criar novos ambientes de aprendizagem e de novas dinmicas

    sociais a partir do uso dessas novas ferramentas (MORAES, 1997).

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    MDULO III

    ENSINO APRENDIZAGEM DA MATEMTICA COM O USO DA TECNOLOGIA

    1. INTRODUO

    A relao de ensino entre a matemtica e a informtica requer uma reflexo para

    ser compreendida. Em muitos anos, o ensino da matemtica segue mtodos tradicionais,

    centrados no docente, em uma transmisso de conhecimentos e memorizao onde o aluno se

    resume a um papel passivo. (COTTA JNIOR, 2002)

    A substituio de um ensino tradicional por novas tecnologias o que se espera

    para rea educacional. Deve ser feita de modo gradativo por consequncia de uma srie de

    obstculos que devero ser enfrentados tanto pelos docentes como pelos alunos e at mesmo a

    instituio. Problemas estes que vo desde a falta de recursos materiais adequados at a

    resistncia do corpo docente com a incluso na prtica pedaggica. A orientao pedaggica

    se faz presente para que docentes possam escolher softwares a adequados podendo assim

    alcanar os objetivos finais proporcionando uma melhoria significativa ao aprendizado do

    aluno. (COTTA JNIOR, 2002)

    GRAVINA e SANTAROSA (1998) apud COTTA JNIOR (2002) acreditam que

    ambientes informatizados proporcionam ao docente a oportunidade de trabalhar contedos em

    uma viso construtivista onde o conhecimento construdo a partir de percepes e aes do

    sujeito aluno constantemente mediado pelo docente.

    Para as autoras, a aprendizagem da Matemtica sob a tica construtivista:

    [...] depende de aes que caracterizam o fazer Matemtica: experimentar,interpretar, visualizar, induzir, conjecturar, abstrair, generalizar e enfim demonstrar. o aluno agindo, diferentemente de seu papel passivo frente a uma apresentao

    formal do conhecimento, baseada essencialmente na transmisso ordenada de fatos,geralmente na forma de definies e propriedades. Numa tal apresentao formal ediscursiva, os alunos no se engajam em aes que desafiem suas capacidades

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    cognitivas, sendo-lhes exigido no mximo memorizao e repetio, e no soautores das construes que do sentido ao conhecimento matemtico.

    2. A EDUCAO MATEMTICA E A INFORMATIZAO

    DAMBROSIO (1990) apud MISKULIN (2000) ressalta a importncia do uso de

    tecnologias no contexto educacional independente da classe social. Para o autor, a escola tem

    obrigao de expor a aluno ao contato com a tecnologia, seja ela atravs de computadores,

    calculadoras entre outros. Para o aluno, a oportunidade dessa vivncia ser um incentivo no

    s para a construo do seu conhecimento como tambm para seu carter como cidado. O

    manuseio de tecnologias garante ao aluno a oportunidade de concorrer a melhores

    oportunidades de trabalho e a Educao Matemtica no pode ignorar o fato de participardessa construo.

    Segundo MISKULIN (2000) a matemtica deve ser conduzida por metodologias

    que contribuam para formao do educando. Ele deve vivenciar processos educacionais que

    faam sentido ao seu cotidiano e a sua integrao na sociedade. Sem uma educao

    matemtica, com qualidade, a criana ou o jovem talvez no tenham oportunidades de

    crescerem no saber matemtico, saber esse importante para sua qualificao em qualquer

    rea. Dessa forma, v se a importncia da construo do saber matemtico integrado ao

    contexto tecnolgico.

    Explorar as possibilidades tecnolgicas, no mbito do contextoensino/aprendizagem deveria constituir necessariamente uma obrigao para a

    poltica educacional, um desafio para os professores e, por conseguinte, umincentivo para os alunos descobrirem, seno todo o universo que permeia aEducao, pelo menos o necessrio, nesse processo, para sua formao bsica, comoser integrante de uma sociedade que se transforma a cada dia. (MISKULIN, 2000)

    O professor de matemtica deve procurar trabalhar contextos favorveis a

    criatividade do educando. Com isso, possibilitar novas formas de conhecimento e

    compreenso ao indivduo que lhe serviro futuramente como ferramenta positiva na

    integrao do mercado de trabalho competitivo. (MISKULIN, 2000)

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    ou seja, o mnimo para que o ensino e aprendizagem da Matemtica, com o uso da

    tecnologia, tragam resultados favorveis para a escola.

    2.1. A INFORMTICA EDUCATIVA

    De acordo com MERLO e ASSIS (2010)

    O trabalho com softwares educativos, produzidos especialmente ou no para asatividades de ensino pode ser uma alternativa para o uso da informtica na educao.Um dos pontos mais importantes dessa questo diz respeito aos softwareseducativos, uma alternativa da informtica que vem sendo muito utilizado pelasescolas como ferramenta de auxilio ao professor.

    Para os autores, o computador hoje usado como ferramenta educacional que

    auxilia no desenvolvimento do aprendizado do aluno. A diversidade de programas

    educacionais de diferentes modalidades mostra que a tecnologia hoje se faz como uminstrumento muito importante no processo de ensino e aprendizado.

    MERLO e ASSIS (2010) relatam que a conceituao de informtica educativa

    teve muitos sentidos, alguns voltados para temas especficos do currculo, outros para

    exerccios de fixao que mais representavam pginas de livros no monitor, outros ainda se

    apresentavam em exerccios como treinamento criando hbitos repetitivos que pouco

    contribua para o desenvolvimento do conhecimento.

    Os softwares de simulao envolvem a criao de modelos dinmicos esimplificados do mundo real permitindo a explorao de progressos reais ou fictcios e os

    conduzindo a uma situao real de aprendizagem. (MERLO e ASSIS, 2010)

    Para os autores a maior vantagem das simulaes o fato do aluno poder alterar

    dados, acrescentar informaes e variveis intervindo na experincia. A simulao uma

    forma de estimular a busca por respostas analisando os resultados e refinando os conceitos.

    Mas ainda assim, o professor no pode pensar que a informtica vai substituir 100% com uma

    experincia o que o aluno pode vivenciar no real.

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    2.2. A INTERNET EDUCATIVA

    Os diversos recursos disponveis na Internet podem ser usados como forma decomplementao ao ensino convencional como, por exemplo, o intercmbio de

    professores com professores, de alunos com alunos, de professores com alunosatravs da participao em listas de discusso, correio eletrnico ou em chat, masno podemos esperar da grande rede a soluo mgica para modificar a relao

    pedaggica com a matemtica. (MERLO e ASSIS, 2010)

    Para MERLO e ASSIS (2010) a utilizao da internet como ferramenta

    pedaggica desperta nova mtodos e estratgias de ensino e aprendizagem renovando

    processos que j esto ultrapassados. A aula poder se converter num espao real de

    interao, de troca de resultados, de comparao de fontes, de enriquecimento de

    perspectivas, de discusso das contradies, de adaptao dos dados realidade dos alunos.

    O professor deixa de ser o detentor de informao e passa a ser um coordenador do novo

    processo de ensino-aprendizagem.

    Figura 4. Internet educativaFonte: http://franciscosisimit.blogspot.com.br/

    A Internet, alm de um vasto repositrio de informaes sobre os mais variados

    temas, cada vez mais um espao virtual para a aprendizagem. Nela, encontram-se diferentes

    sistemas, sites, listas de discusso, fruns, bibliotecas virtuais, direcionadas para o apoio ao

    processo educativo. (MERLO e ASSIS, 2010)

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    Os autores explicam que o estudo da matemtica pode se tornar mais significativo

    quando o aluno aprende atravs da manipulao de variveis. Os sons, imagens, textos e

    animaes entre outros elementos, auxiliam tambm na qualidade do ensino porque so

    recursos essenciais para alguns contedos da matemtica.

    O processo de aprendizagem um processo ativo e interno ao sujeito, com vista

    a favorecer o surgimento do pensamento autnomo e crtico em relao ao objeto de estudo

    aos outros sujeitos. (MERLO e ASSIS, 2010)Baseando se na viso dos autores, tem se que a educao escolar deve ser

    mediada e coordenada pelo professor. Desta forma, muitos sites tm sido desenvolvidos para

    fornecer suporte, primeiramente, aos professores. (MERLO e ASSIS, 2010)

    3. O PROFESSOR DE MATEMTICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS

    Para desenvolver um trabalho usando a informtica no processo educativo, o

    docente deve ter em mente a real importncia daquela ao para que a aprendizagem se torne

    clara, eficaz e significativa, principalmente se for destacado o ensino da matemtica usando o

    computador como ferramenta ldica e favorvel aprendizagem do aluno. (MERLO e ASSIS,

    2010)

    MERLO e ASSIS (2010) alegam que a formao dos educadores muitas vezes

    no satisfazem as necessidades que a nova forma de ensinar exige e assim sendo, professores

    em alguns momentos tentam ensinar algo que nem ele sabem como fazer. Muitos esquecem

    ou simplesmente desconhecem conceitos bsicos da matemtica, que deveriam ensinar aos

    alunos no ensino fundamental e mdio.

    O domnio do contedo, pedaggico e tcnico est muito ligado ao ensino daaprendizagem da matemtica. Haja vista a necessidade do professor de matemticarefletir sobre a concepo de escola como instituio que transmite o conhecimentoe como local que ajuda o aluno a desenvolver seu potencial, que o ensina a pensar,que ajuda a descobrir caminhos para transformar a sociedade em que vive.

    (MERLO e ASSIS, 2010)

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    4. O IMPACTO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEDO DO

    CURRCULO DE MATEMTICA.

    A produo de novas tecnologias como calculadoras eletrnicas,

    microcomputadores e sistemas de vdeos interativos tem causado um impacto muito grande

    no currculo de matemtica tanto no contedo quanto na forma de se ensinar. (ERNEST, 1991apud MISKULIN, 2000)

    O impacto de novas tecnologias no contedo do currculo de Matemtica, atravsda adoo universal de novos produtos, especialmente da calculadora eletrnica e docomputador, faz com que a Educao dos tempos modernos exija uma novadimenso do conhecimento e da competncia dos alunos na utilizao dessesrecursos, especialmente nas aulas de Matemtica. As funes desses novos recursostornam o currculo tradicional de Matemtica obsoleto e ultrapassado. Comcalculadoras eletrnicas e softwares computacionais, nmeros inteiros, fraes eclculos decimais no precisam ser tratados mo. (MISKULIN, 2000)

    Segundo MISKULIN (2000) as novas tecnologias requerem uma nova nfase no

    currculo. O currculo deve ser capaz de oferecer subsdios para que os alunos possam

    interpretar e analisar resultados numricos, verificar grficos e tabelas, de pensarem de forma

    processual e saber depurar programas.

    Outro aspecto a ser considerado a forma de ensinar e aprender matemtica. Com

    o uso das novas tecnologias em sala de aula, o professor transforma-se em mediador do

    processo educativo. Esses novos recursos so motivacionais a uma abordagem exploratria

    para a aprendizagem matemtica. Softwares e vdeos interativos so desenvolvidos para

    trabalhar a criatividade e o raciocnio, programas do tipo BASIC, LOGO, PROLOG ou outra

    linguagem computacional, foram idealizados para que o aluno crie diferentes estratgias para

    resoluo de problemas. (MISKULIN, 2000)

    De acordo com ERNEST (1991) apud MISKULIN (2000) aescola, em particular

    a sala de aula de Matemtica, o lugar no qual as crianas precisam ser preparadas para o

    mundo de amanh, especialmente nos aspectos tecnolgicos.

    Acompanhando a viso do autor acima, v se que muitas escolas esto deixando

    de cumprir o seu papel quando ao preparo dos alunos para a realidade social. As escolas

    deveriam preparar o aluno para um mundo tecnolgico que hoje a realidade em que eles

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    vivem. Deveriam estar reformulando a forma de ensinar a matemtica para que esta se

    adequasse s exigncias de um mundo informatizado. importante que se criem ambientes de

    aprendizado com recursos tecnolgicos adequados e com uma proposta pedaggica que seja

    coerente com a realidade do aluno e que venha de encontro positivamente com o uso e avano

    das novas tecnologias. Dessa forma, o papel do professor passa a ter extrema importncia

    como mediador no processo de ensino e aprendizagem dentro de um contexto tecnolgico e

    mais prximo a realidade do aluno. (MISKULIN, 2000)O educador deve atuar como antroplogo. E, como tal, sua tarefa trabalhar para

    entender que materiais dentre os disponveis so relevantes para o desenvolvimentointelectual. Assim, ele deve identificar que tendncias esto ocorrendo no meio emque vivemos. Uma interveno significativa s acontece quando se trabalha deacordo com essas tendncias. Em meu papel de educador-antroplogo eu vejo novasnecessidades sendo geradas pela penetrao dos computadores na vida das pessoas. (PAPERT, 1985 apud MISKULIN, 2000)

    O autor ressalta que sem os computadores, poucos eram os pontos envolventes da

    matemtica com a vida cotidiana. A incluso da tecnologia nas aulas traz a tona a realidade do

    aluno e a ligao da sua vida cotidiana com a matemtica. O desafio educao descobrir

    meios de explor-los. O uso de computadores no ensino da matemtica altera

    fundamentalmente a cultura sobre conhecimento e aprendizagem matemtica.

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    CONSIDERAES FINAIS

    O presente captulo abordou o uso da tecnologia no ensino e aprendizagem da

    matemtica. importante lembrar que o uso do computador, assim como os softwares no

    ensino da matemtica, da a oportunidade ao aluno de sair de uma zona de conforto em um

    papel passivo e se transferir ao papel ativo contribuindo de uma forma mais significativa aconstruo de seu prprio conhecimento.

    Viu-se que ambientes informatizados auxiliam o professor no ensino de contedos

    em uma viso mais construtivista. Alm de mediador o professor ser coordenador da

    situao de aprendizagem.

    O ensino da matemtica atravs de tecnologias deve ser planejado e visar uma

    metodologia que contribua para a formao do educando como cidado.

    Os softwares utilizados nas aulas de matemtica devem proporcionar a integrao

    entre professor, aluno e tecnologia e deve propiciar o desenvolvimento de tcnicas e

    estratgias por parte dos alunos.

    A informtica educativa precisou ser revista por ter vrios sentidos e concepes.

    Ela no somente exerccios de repetio em uma tela de computador, os softwares de

    simulaes desenvolvidos para o ensino e aprendizagem permitem que professor e aluno

    explorem os conceitos sob diversos ngulos.

    A internet outra ferramenta hoje muito utilizada entre os professores. Ela tanto

    auxilia no intercmbio das informaes entre os diversos docentes da rea, como tambm

    transforma uma aula em algo muito mais real que um problema exposto em um livro didtico.

    O docente para trabalhar as diversas ferramentas disponveis deve ter domnio do

    contedo, do computador e do processo de integrao contedo e tecnologia para que sua aula

    seja significativa.

    Enfim, a tecnologia se faz cada vez mais presente na vida particular das pessoas e

    no ambiente escolar no podia ser diferente. O que deve ser repensado o currculo escolar

    para que todo esse recurso disponvel possa ser utilizado de forma correta e que traga

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    benefcios a construo do conhecimento do indivduo durante todo o seu processo de ensino

    e aprendizagem.

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    MDULO IV

    SOFTWARES EDUCATIVOS E SEU USO EM SALA DE AULA

    1. O USO DE SOFTWARE NO PROCESSO DE ENSINO

    De acordo com SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) os softwares

    educacionais disponveis no mercado so considerados muito eficientes no processo de ensino

    e aprendizagem. A interao entre alunos e mquina acontece de forma harmoniosa e facilita

    a troca de informaes, as discusses e questionamentos, estimulando para que acontea a

    resoluo de problemas. O aluno se sente mais confiante para criar estratgias e resolver as

    situaes propostas.

    Segundo SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) a utilizao do computador

    no processo de ensino e aprendizagem justificado por duas abordagens:

    Instrucionista Essa abordagem tenta reproduzir o ensino tradicional

    atravs do computador, os contedos so transmitidos ao aluno, cabendo

    ao computador ensinar o aluno.

    Construcionista Nessa abordagem o aluno passa a interagir com o

    software, criando situaes e tomando decises. O aluno constri o seu

    conhecimento a partir da elaborao de seus interesses e as

    experimentaes so realizadas no computador.

    GRZESIUK (2008) afirma que a escolha baseada no paradigma instrucionista

    para o processo de ensino e aprendizado pode levar o aluno a ficar preso ao computador no

    desenvolvendo o conhecimento adequado.

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    Figura 5. Diagrama do Instrucionismo segundo ValenteFonte: http://edealcia.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html

    J o construcionista, necessrio que tenha um mediador auxiliando no ensino

    para a construo do conhecimento e o papel do aluno executar uma atividade atravs da

    mquina. No paradigma construcionista o aluno reproduz a soluo do problema para o

    computador que executa e retorna a soluo obtida ao aluno que analisa e altera caso seja

    necessrio. Ou seja, todo o processo transcreve uma atividade realizada por alunos no

    computador. (VALENTE, 1993 apud GRZESIUK, 2008)

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    Figura 6. Diagrama do ConstrutivismoFonte: http://edealcia.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html

    SANTANA (2008) apud GRZESIUK (2008) acredita que no seja possvel o

    aluno seguir esse ciclo a risca e neste caso, a presena do professor como mediador

    fundamental estimulando atravs de questionamentos e reflexes.

    O paradigma do instrucionismo deve ser substitudo pelo construcionismo

    propiciando uma nova proposta educacional. O papel do professor deve ser o de mediador e o

    mesmo deve enfrentar os obstculos que surgiro com o uso das novas tecnologias para queexista uma pratica significativa em sala de aula. (GRZESIUK, 2008)

    2. TIPOS DE SOFTWARES USADOS NA EDUCAO

    BARANAUSKAS (1999) apud GRZESIUK (2008) afirma que a aprendizagem de

    duas formas: ou a informao memorizada ou processada atravs de esquemas mentais. No

    caso do processamento, o computador pode ser um instrumento facilitador do processo de

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    construo do conhecimento. Mas deve-se ter conscincia de que o aprender no deve estar

    restrito somente ao uso do software pelo aluno.

    De acordo com NASCIMENTO (2007) na educao esto disponveis diversos

    tipos de softwares que so utilizados como apoio ao processo de ensino e aprendizagem e no

    mercado tambm existe diversos softwares que podem ser utilizados na educao.

    2.1. TUTORIAIS

    Segundo NASCIMENTO (2007) os tutoriais so softwares que apresentam

    conceitos e instrues para que seja realizada as tarefas especficas. um programa

    geralmente de baixa interatividade.

    GRZESIUK (2008) informa que a desvantagem do programa no ter como saber

    se a informao foi processada pelo aluno porque geralmente os tutoriais possuem apenas

    uma soluo para o problema limitando a explorao e compreenso do aluno.

    Figura 7. Aprendizagem mediada por softwares tutoriaisFonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

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    2.2. PROGRAMAO

    A programao tem como objetivo a resoluo de problemas onde o aluno

    processa a informao e a transforma em conhecimento. Nesta atividade identifica se uma

    grande importncia na aquisio de conhecimentos como a descrio, execuo, reflexo e

    depurao. (GRZESIUK, 2008)De acordo com o autor, este um ciclo que necessita de um mediador que

    conhea o processo de desenvolvimento do conhecimento e que possa contribuir

    positivamente ao processo.

    Figura 8. Aprendizagem mediada por softwares de programaoFonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

    O aluno se torna consciente de seu conhecimento, transformando seus esquemas

    mentais em interpretaes mais complexas, refletindo sobre os resultados de suas ideias e

    aes. (GRZESIUK, 2008)

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    2.3. PROCESSADOR DE TEXTOS

    Segundo GRZESIUK (2008) esse tipo de software colabora de forma simples com

    o aprendizado do aluno atravs de expresses escritas. As aes do aluno fazem parte do ciclo

    de descrio, execuo, reflexo e depurao onde os dois ltimos itens no so facilitados

    pela execuo do computador.

    Figura 9. Aprendizagem mediada por software de processamento de texto

    Fonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

    Nesse contexto o computador no libera toda informao para o aluno entender o

    seu nvel de conhecimento, somente a reflexo e depurao so possveis. O processador no

    dispe de informao para compreenso da construo do conhecimento. (GRZESIUK, 2008)

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    2.4. MULTIMDIA

    BARANAUSKAS (1999) apud GRZESIUK (2008) classifica software de

    multimdia aqueles que possuem textos, imagens, animaes e sons e que possuem recursos

    que facilitam a expresso da ideia. Nesse contexto o aluno no descreve nada, apenas decide

    sua ao baseado nos fatos j apresentados.

    Figura 10. Aprendizagem mediada por softwares de multimdiaFonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

    GRZESIUK (2008) afirma que esse tipo de programa ajuda o aluno a adquirir a

    informao, mas no d subsdios para compreender ou construir o conhecimento com a

    informao obtida. A vem o papel do professor como remediador para constuo do

    conhecimento.

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    2.5. SIMULAO

    Para NASCIMENTO (2007) esses softwares so considerados significativos por

    apresentarem situaes que simulam a realidade. Ajudam a estabelecer a comunicao entre

    teoria e prtica. Exemplos desse tipo de software so os simuladores de voo, gerenciamento

    de cidades entre outros.VALENTE (1993) apud GRZESIUK (2008) observa:

    [...] a simulao ou modelagem no cria a melhor situao de aprendizado. Paraque a aprendizagem ocorra necessrio criar condies para que o aprendiz seenvolva com o fenmeno e essa experincia seja complementada com elaborao dehipteses, leituras, discusses e uso do computador para validar essa compreensodo fenmeno. Nesse caso, o professor tem o papel de auxiliar o aprendiz a noformar uma viso distorcida a respeito do mundo [...] e criar condies para oaprendiz fazer a transio entre a simulao e o fenmeno no mundo real.

    2.6. JOGOS

    So conhecidos como programas de entretenimento e apresentam elevada

    interatividade e recursos. Podem ser utilizados em aulas para que as mesmas fiquem mais

    divertidas e atraentes. Os jogos podem ser utilizados de forma educativa com muita eficincia

    pois trabalham leitura, escrita, raciocnio lgico de forma ldica. Dessa forma auxiliam noprocesso de ensino e aprendizagem. (NASCIMENTO, 2007)

    Para GRZESIUK (2008) os jogos tm caractersticas de competio e trabalham o

    ciclo de descrio, execuo, reflexo e depurao.

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    2.7. AUTORIA

    Software que permite que o aluno construa sua animao multimdia selecionando

    informaes, refletindo sobre a situao e resultados obtidos, depurando-os em termo de

    qualidade, profundidade e do significado da informao apresentada. (GRZESIUK, 2008)

    NASCIMENTO (2007) descreve de forma resumida como deve ser a anliselgica de apresentao do software:

    Escolha um tema para a produo da aula.

    Monte a sequncia de apresentaes que pode conter fotos, animaes,

    textos, desenhos, sons etc.

    Elabore perguntas e possveis respostas sobre o assunto da aula.

    Selecione gravaes sonoras que podem ser obtidas a partir de sons

    previamente gravados em softwares musicais e/ou gravaes com as vozesdos alunos e de outras pessoas.

    Efetue as produes antes citadas: desenhos, textos, animaes, capturas

    de imagens e sons a partir de aplicativos.

    Utilize o software de autoria para aglutinar todas as suas produes

    conforme a sequncia pre-definida.

    Insira as atividades de exercitao.

    Exiba a aula.

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    Figura 11. Aprendizagem mediada por softwares de autoriaFonte: http://diorgenes.files.wordpress.com/2009/06/monografia_utfpr_diorgenes.pdf

    2.8. EXERCCIO E PRTICA

    Segundo GRZESIUK (2008) os programas de exerccio e prtica so muito

    utilizados para reviso de contedos que envolvem a repetio e memorizao. feita atravsde uma lista de exerccios onde o software coleta os dados do desempenho dos alunos

    possibilitando o professor a analisar o quanto o contedo ensinado foi absorvido pelos alunos.

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    CONSIDERAES FINAIS

    Neste captulo viu-se a importncia de se abordar o uso da tecnologia educacional

    sob a tica tanto construtivista como interacionista. Vale ressaltar que a tecnologia deve ser

    usada como ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem onde o aluno passa a

    ser ativo na construo do seu conhecimento.Pesquisas revelam que os alunos apresentam mais rendimento e absorvem melhor

    os contedos quando estudam sob prticas de ensino que envolva o uso da informtica.

    Muitos so os softwares disponveis para a prtica educativa que resultam em um

    melhor rendimento escolar, ajudam no desenvolvimento cognitivo, de relacionamento e

    proporciona uma maior autonomia no educando.

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    MDULO IV

    AVALIAO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS E SEU ENSINO

    1. AVALIAO DOS PROGRAMAS

    De acordo com SILVA (1998) apud GRZESIUK (2008) a eficincia de um

    software educacional est relacionada a configurao didtico-pedaggica do produto. Para se

    garantir a qualidade, muitos estudos so realizados a fim de que tenha coerncia com o

    assunto abordado, seja realizvel e garanta a produtividade dos alunos no apoio ao ensino e

    aprendizagem.

    O autor afirma que para se avaliar esse tipo de programa necessrio considerar

    questes como: padronizaes e tcnicas, elementos de natureza pedaggica de mltiplas

    dimenses, aspectos ideolgicos e psicolgicos, complexidade, multidimensionalidade.

    GRZESIUK (2008) relata que para se escolher um software educacional deve

    levar se em conta quais objetivos o docente quer alcanar. Cabe ao professor fazer a escolha

    baseado nos fundamentos educativos:

    Paradigma instrucional este formato assume que o ensino uma

    transmisso de contedos atravs de um conjunto de metodologias, onde o

    programa o centro da ateno e o aluno visto como somente um

    receptor de mensagens.

    Paradigma da descoberta este assume formato de que a aprendizagem

    uma descoberta. Proporciona ao aluno subsdios para desenvolver sua

    intuio, onde o centro da ateno so os prprios alunos e o programa

    procura criar ambientes onde possam ser explorados e descobertas as

    informaes.

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    Paradigma de hipteses construtivas formato que assume uma posio

    onde o saber essencialmente uma construo. Os alunos tem a

    oportunidade de evoluir na aprendizagem construindo seus saberes atravs

    da manipulao de ideias e conceitos.

    Paradigma utilitarista formato que assume a viso de utilizao da

    mquina como ferramenta e no como mtodo repetitivo.

    VALENTE (1998) apud NASCIMENTO (2007) discorre sobre a importncia douso do computador como recurso educacional no apoio a passagem de informao ao aluno. E

    ainda ressalta que a escolha do software para ser usado no processo de ensino e aprendizagem

    deve ser feita pelo professor e que este programa no deve estar restrito somente ao uso dele,

    mas deve proporcionar uma interao entre professor-aluno e software.

    O autor ainda afirma que muitos softwares apresentam caractersticas que

    beneficiam a atuao do professor e outros que possuem caractersticas restritas e que para o

    aluno poder alcanar os objetivos propostos, o professor deve ter um maior envolvimento no

    processo.

    NASCIMENTO (2007) apresenta algumas fichas de avaliao dos softwares que

    auxiliam na identificao do software e avaliao qualitativa do mesmo:

    1 modelo ficha de avaliao desenvolvida por TJARA (2000)

    juntamente com as professoras Miriam Melamed e Lcia Chibante.

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    Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

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    2 modeloficha de avaliao desenvolvida por NIQUINI (1996)

    Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

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    Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

    2. AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO COM O USO DA

    INFORMTICA EDUCATIVA

    De acordo com NASCIMENTO (2007) a implementao ou reformulao de um

    projeto pedaggico com o uso da informtica educativa deve ser feito sob um planejamento

    levando se em considerao alguns elementos importantes que garantem um melhor resultado

    na execuo do projeto.

    O autor descreve abaixo algumas etapas a serem seguidas:

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    Diagnstico do alunoo primeiro passo para elaborao do projeto fazer

    um diagnstico do contato do aluno com o computador.

    Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

    Plano de aodepois da coleta de dados do diagnstico, fazer um plano

    de ao definindo as atividades que sero desenvolvidas, os responsveis

    pelo projeto, prazo de execuo, e custos envolvidos.

    Capacitao dos profissionais da educao funcionrios e professores

    envolvidos no projeto devem estar devidamente capacitados antes do

    incio da execuo do projeto.

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    Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

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    Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

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    Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_educ.pdf

    Replanejamento de acordo com a demanda da realidade da escola eito o

    replanejamento onde devem ser feitas sugestes de aes que possam ser postas em

    prtica e que beneficiaro o processo de ensino e aprendizagem.

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    CONSIDERAES FINAIS

    Viu-se no decorrer do captulo que o uso da informtica educativa no processo de

    ensino e aprendizagem juntamente com os objetivos pedaggicos visa contribuir tanto com a

    prtica docente como tambm com a construo do conhecimento do aluno.

    A escolha do software deve ser feita pelo profissional a fim de se ter a melhorferramenta no processo de ensino. O professor deve ter conhecimento no s do contedo mas

    tambm da ferramenta tecnolgica para que o programa escolhido realmente atenda as

    necessidades pr estabelecidas.

    Vale lembrar tambm que a avaliao sobre o planejamento pedaggico com o

    uso da informtica educativa deve ser constantemente revisto para que se possa dar

    oportunidade de novas aes pedaggicas.

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