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ProduçãoTextual Gêneros em Foco 2º Ano Ensino Médio

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Page 1: Apostila 2 Ano

ProduçãoTextual

Gêneros em Foco

2º Ano

Ensino Médio

Page 2: Apostila 2 Ano

Organização: Professoras Celize Calderon e Josiany Sotolani

CRITÉRIOS E SIMBOLOGIA UTILIZADOS NA CORREÇÃO DE REDAÇÃO

Aspectos ou Convenção da Escrita (2,0 pontos)A = acentuação P = pontuaçãoORT = ortografia NL = notações léxicasT = translineação RAS = rasuraLEG = legibilidade MG = margem lateralMAI = maiúscula OAP/ RAP = repetição ou omissão acidental de palavras.MIN = minúscula

Aspectos ou Convenção da Gramática (3,0 pontos)CN = concordância nominal COL = colocação pronominalCSI = coesão sintática FLEXN = flexão nominalFLEXV = flexão verbal FS = falta de sujeitoCV = concordância verbal FCO = falta de complementoOST = ordenação sintática dos termos PSI = paralelismo sintáticoRN = regência nominal RV = regência verbalV = verbo (tempos verbais, correlação temporal)

Aspectos Textuais (4,0 pontos)AD = argumentação descontextualizada AE = argumentação extremaAI = argumentação inválida AMB = ambiguidadeAPG = alínea do parágrafo COR = coerênciaICSE = coesão semântica EC = expressão clichêFME = frase mal estruturada CIT = citaçãoDIS = mudança da voz discursiva FT = fuga do temaFP = falta de palavra IDV = ideia vagaII = inadequação às instruções ISC = ideia sem complementaçãoORAL = oralidade/ coloquialismo/ gíria PG = paragrafaçãoPI = palavra inadequada PSE = paralelismo semânticoRI = raciocínio interrompido RIP = repetição de ideias ou palavrasTAU = tautologia/ redundância

NOTA IMPORTANTE – ORIENTAÇÃO AO ALUNO Produza seu texto em PROSA; Em caso de uso de letra de forma, não se esqueça de destacar as iniciais maiúsculas; Não use corretivo e atente para a legibilidade; Na folha Redação a limpo, escreva, no espaço adequado, o tema e a proposta escolhidos por você; Se houver alguma dificuldade na formulação do texto, faça pesquisas sobre o assunto para que as ideias possam ficar

melhor explicitadas; após a leitura, isente-se da pesquisa e crie seu texto com base nas informações que obteve, usando suas próprias palavras;

As produções textuais são frutos de um conhecimento prévio adquirido através de pesquisas feitas antecipadamente. Para tal, é necessária a leitura dos textos-base;

Cópias de trechos de pesquisas elaborados por outrem somente dificultarão a assimilação de ideias e a aprendizagem de conteúdos. Dessa forma, não copie nenhum trecho dos textos-base, de pesquisas, entre outros;

Somente use o padrão formal da língua – a menos que se trate de fala real da personagem, no caso do discurso direto e do indireto livre nas narrativas;

Após o recebimento do seu texto corrigido, releia sua produção textual atentando-se para as observações de correção; procure identificar o erro e, caso não o reconheça, procure seu professor e tire suas dúvidas.

Page 3: Apostila 2 Ano

Logo abaixo do cabeçalho, há um boxe contendo itens importantes a serem observados numa produção textual. Sempre que necessário, seu(sua) professor(a) apontará aqueles que você deverá dedicar maior atenção em suas próximas redações.

Atribuição de Nota Além dos critérios técnicos, o(a) professor(a) poderá atribuir pontuação para a criatividade/originalidade (até 1

ponto). O professor também poderá (deverá) atribuir nota para a correção e entrega da redação passada a limpo (final).

(Fonte: adaptado de Práticas de Produção Textual. SAS – Sistema Ari de Sá).

Índice

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO....................................................................................................................4

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO....................................................................................................................7

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO....................................................................................................................8

GÊNERO EM FOCO – NOTÍCIA.......................................................................................................................................9

GÊNERO EM FOCO – NOTÍCIA.....................................................................................................................................10

GÊNERO EM FOCO – REPORTAGEM............................................................................................................................11

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO............................................................................................................................12

GÊNERO EM FOCO – CRÔNICA....................................................................................................................................13

GÊNERO EM FOCO – CRÔNICA....................................................................................................................................14

GÊNERO EM FOCO – MANIFESTO...............................................................................................................................15

GÊNERO EM FOCO – MANIFESTO E ABAIXO-ASSINADO..............................................................................................16

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO............................................................................................................................17

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO............................................................................................................................18

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO............................................................................................................................19

GÊNERO EM FOCO – COMENTÁRIO............................................................................................................................21

GÊNERO EM FOCO – CRÔNICA....................................................................................................................................22

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO............................................................................................................................23

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO............................................................................................................................24

GÊNERO EM FOCO – CARTA ARGUMENTATIVA...........................................................................................................25

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO..................................................................................................................26

GÊNERO EM FOCO – DISSERTATIVO............................................................................................................................27

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO..................................................................................................................28

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO............................................................................................................................29

GÊNERO EM FOCO – DISERTAÇÃO..............................................................................................................................30

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO..................................................................................................................31

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO..................................................................................................................32

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO..................................................................................................................33

GÊNERO EM FOCO – DISSERTATIVO............................................................................................................................34

GÊNERO EM FOCO – DISSERTATIVO............................................................................................................................35

GÊNERO EM FOCO – DISSERTATIVO...................................................................................................................................36

Page 4: Apostila 2 Ano

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO

No mundo em que vivemos, com frequência precisamos nos posicionar sobre certos temas que circulam socialmente. Por exemplo: A diminuição da maioridade penal é uma medida eficiente para conter a violência? Os médicos têm o direito de interromper a vida de um paciente em estado terminal? Os programas de televisão devem sofrer algum controle?

Para responder a essas perguntas e outras questões, são publicadas em jornais, revistas e sites da internet artigos de opinião, nos quais o autor expressa seu ponto de vista sobre certo tema.

Um tema polêmico que vem sendo muito debatido nos últimos anos, e tem dividido a opinião pública em geral, é a implementação do sistema de cotas para ingresso nas universidades. A adoção desse sistema é apresentada como forma de reduzir as desigualdades, promover a diversidade racial e combater a exclusão, e seus adeptos se apoiam em dados que mostram que uma grande parte da comunidade negra no Brasil é excluída de oportunidades sociais.

Leia, a seguir, um artigo de opinião, de autoria da escritora Lya Luft, sobre esse tema:

Cotas: o justo e o injustoO medo do diferente causa conflitos por toda parte, em circunstâncias as mais variadas. Alguns são embates

espantosos, outros são mal-entendidos sutis, mas em tudo existe sofrimento, maldade explícita ou silenciosa perfídia, mágoa, frustração e injustiça.

Cresci numa cidadezinha onde as pessoas (as famílias, sobretudo) se dividiam entre católicos e protestantes. Muita dor nasceu disso. Casamentos foram proibidos, convívios prejudicados, vidas podadas. Hoje, essa diferença nem entra em cogitação quando se formam pares amorosos ou círculos de amigos. Mas, como o mundo anda em círculos ou elipses, neste momento, neste nosso país, muito se fala em uma questão que estimula tristemente a diferença racial e social: as cotas de ingresso em universidades para estudantes negros e/ou saídos de escolas públicas. O tema libera muita verborragia populista e burra, produz frustração e hostilidade. Instiga o preconceito racial e social. Todas as "bondades" dirigidas aos integrantes de alguma minoria, seja de gênero, raça ou condição social, realçam o fato de que eles estão em desvantagem, precisam desse destaque especial porque, devido a algum fator que pode ser de raça, gênero, escolaridade ou outros, não estão no desejado patamar de autonomia e valorização. Que pena.

Nas universidades inicia-se a batalha pelas cotas. Alunos que se saíram bem no vestibular – só quem já teve filhos e netos nessa situação conhece o sacrifício, a disciplina, o estudo e os gastos implicados nisso – são rejeitados em troca de quem se saiu menos bem mas é de origem africana ou vem de escola pública. E os outros? Os pobres brancos, os remediados de origem portuguesa, italiana, polonesa, alemã, ou o que for, cujos pais lutaram duramente para lhes dar casa, saúde, educação?

A ideia das cotas reforça dois conceitos nefastos: o de que negros são menos capazes, e por isso precisam desse empurrão, e o de que a escola pública é péssima e não tem salvação. É uma idéia esquisita, mal pensada e mal executada. Teremos agora famílias brancas e pobres para as quais perderá o sentido lutar para que seus filhos tenham boa escolaridade e consigam entrar numa universidade, porque o lugar deles será concedido a outro. Mais uma vez, relega-se o estudo a qualquer coisa de menor importância.

Lembro-me da fase, há talvez vinte anos ou mais, em que filhos de agricultores que quisessem entrar nas faculdades de agronomia (e veterinária?) ali chegavam através de cotas, pela chamada "lei do boi". Constatou-se, porém, que verdadeiros filhos de agricultores eram em número reduzido. Os beneficiados eram em geral filhos de pais ricos, donos de algum sítio próximo, que com esse recurso acabaram ocupando o lugar de alunos que mereciam, pelo esforço, aplicação, estudo e nota, aquela oportunidade. Muita injustiça assim se cometeu, até que os pais, entrando na Justiça, conseguiram por liminares que seus filhos recebessem o lugar que lhes era devido por direito. Finalmente a lei do boi foi para o brejo.

Nem todos os envolvidos nessa nova lei discriminatória e injusta são responsáveis por esse desmando. Os alunos beneficiados têm todo o direito de reivindicar uma possibilidade que se lhes oferece. Mas o triste é serem massa de manobra para um populismo interesseiro, vítimas de desinformação e de uma visão estreita, que os deixa em má

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posição. Não entram na universidade por mérito pessoal e pelo apoio da família, mas pelo que o governo, melancolicamente, considera deficiência: a raça ou a escola de onde vieram – esta, aliás, oferecida pelo próprio governo.

Lamento essa trapalhada que prejudica a todos: os que são oficialmente considerados menos capacitados, e por isso recebem o pirulito do favorecimento, e os que ficam chupando o dedo da frustração, não importando os anos de estudo, a batalha dos pais e seu mérito pessoal. Meus pêsames, mais uma vez, à educação brasileira. (Veja, nº 2046)

PRODUZINDO O ARTIGO DE OPINIÃOPrepare-se para também produzir um artigo de opinião. Para isso, leia o painel de textos que segue.

1. Corajoso o artigo de Lya Luft sobre as cotas nas universidades (Ponto de vista, 6 de fevereiro). Ela aborda com propriedade aspectos do tema que são sistematicamente empurrados para debaixo do tapete pelos entusiastas da idéia. Se não bastassem os argumentos da articulista, pergunta-se ainda, como já perguntou VEJA: cotas para quê? Pesquisas realizadas em várias universidades públicas demonstram claramente que na maior parte dos cursos de graduação predominam alunos provenientes de escolas de ensino médio públicas. As exceções são óbvias: apenas cursos de grande demanda no vestibular têm maioria de alunos provenientes de escolas privadas, a exemplo de medicina, direito, odontologia, computação e poucos mais. (H. P. M. - João Pessoa, PB)

2. Como mãe de três filhos, abri mão de muitas coisas para proporcionar-lhes uma boa educação. Vale ressaltar que, colocando meus filhos em escolas particulares, tirei a responsabilidade do governo de nos oferecer as vagas nas escolas públicas, mesmo tendo direito a elas. Neste ano, um dos meus filhos fez 74 pontos no vestibular e não conseguiu entrar na universidade, enquanto a maior pontuação alcançada pelo aluno que entrou por sistema de cotas foi de 52 pontos. Não precisamos oficializar mais discriminações do que a que a renda proporciona em nosso país. Não é uma questão de raça ou econômica que impede o acesso à educação. É uma questão de pouca-vergonha dos governos que sempre buscam resolver os problemas tratando seus efeitos e não suas causas. (L..S. - Cuiabá, MT)

3. Venho de família humilde, com pai que estudou somente até a 4ª série primária e mãe até a 8ª série ginasial. Mas eles trabalharam duro, meu pai como caminhoneiro e minha mãe como costureira, e sempre nos incentivavam e cobravam nosso desempenho nos estudos. Eu e minha irmã estudamos em escolas públicas, sem ajuda de cota nenhuma, e mesmo assim conseguimos entrar na universidade e nos formar. Estou terminando meu MBA e minha irmã pretende fazer um também. Portanto, fica muito claro que o sistema de cotas é extremamente injusto com as pessoas que trabalham e lutam para conseguir algo através do esforço, da dedicação e do empenho. (M. M.- Jaraguá do Sul, SC)

4. Sou negro, servidor público, universitário e nunca tive privilégio algum em minha carreira profissional ou estudantil. Mas sou completamente favorável às cotas. A única forma de nos igualarmos às classes média e alta do Brasil é através das cotas universitárias e dos concursos públicos. Somos tão capazes quanto pessoas de qualquer etnia, mas temos quase 120 anos de pura exclusão. (M. J. C. - Blumenau, SC)

5. Sou negro e sou contra as cotas em universidades públicas para negros, mas sou a favor das cotas para alunos que vieram do ensino público. No meu entender, não são necessárias cotas para negros, visto que boa parte dos alunos de escola pública é de negros. Essas cotas causam mal-estar, tanto para os brancos quanto para os negros. Não somos menos inteligentes que ninguém. Quando nos é dada uma chance, sabemos muito bem aproveitá-la, e, mesmo quando não nos dão essa chance, corremos atrás de nosso desenvolvimento. (E. J. L. - São Paulo, SP)

6. Duas derrotas para as cotas - Enquanto o Congresso não vota o projeto de lei que trata das cotas para ingresso nas faculdades, estudantes de todo o país estão sujeitos às interpretações de promotores, juízes e reitores. Na semana passada, decisões judiciais derrubaram os sistemas de reserva de vagas para negros, índios e estudantes de escolas públicas em duas universidades federais. O primeiro caso foi no dia 18, quando uma juíza deu uma sentença favorável à ação movida desde 2005 pela estudante Elis Wendpap, de 20 anos. A garota foi aprovada no vestibular de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) naquele ano, mas não entrou porque sua vaga acabou sendo destinada às cotas. Acabou tendo de entrar numa faculdade particular, onde cursa o 3º ano. A outra decisão judicial contra as cotas saiu no dia 21. Um juiz suspendeu o sistema de reserva de vagas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A ação, movida pelo Ministério Público, questionava a constitucionalidade do sistema. Na decisão, o juiz disse que a universidade não tem autonomia para implantar cotas e afirmou que elas ferem o artigo 5 da Constituição, segundo o qual “todos são iguais perante a lei”. O procurador Davy Lincoln, autor da ação contra UFSC, acredita que os resultados influenciarão novas decisões: “Há setores do Ministério Público em vários Estados que são contra as cotas e também

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poderiam ir à Justiça”. Só a UFPR já enfrentou 76 ações questionando as cotas. A universidade venceu 66 vezes e perdeu em dez ocasiões. Está recorrendo em todas.

(T. C. Época, nº 506, Editora Globo)Para produzir seu artigo de opinião, siga estas instruções:

a) Anote num papel os argumentos que achou melhores nos textos lidos ou no debate e que podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você pretende desenvolver.

b) Ao redigir o texto, leve em conta o interlocutor: jovens como você. O texto deve ser guardado para ser exposto num mural de debates ou publicado no blog coletivo da escola. A linguagem deve ser, portanto, adequada ao gênero e ao perfil do público leitor.

c) Pense num enunciado (uma ou mais frases) capaz de expressar a ideia principal (a síntese de seu ponto de vista) que pretende defender e anote-o.

d) Entre os argumentos que anotou, escolha aqueles que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consistente e desenvolva-os. Em vez de quantidade, dê preferência à qualidade e à profundidade dos argumentos. Se achar conveniente, acrescente novos argumentos.

e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: ou retomando o que foi exposto, ou confirmando a ideia principal, ou fazendo uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido.

f) Dê um título que desperte a curiosidade do leitor.g) Terminado o texto, realize uma revisão cuidadosa, orientando-se pelo boxe Avalie seu artigo de opinião, e

reescreva o que for necessário.

AVALIE SEU ARTIGO DE OPINIÃOReleia seu texto, observando se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se o texto apresenta uma ideia

principal que resume seu ponto de vista; se a ideia principal é fundamentada em argumentos claros e fortes; se esses argumentos são bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero e ao perfil do público leitor; se o texto apresenta título e é convidativo; se o texto como um todo é persuasivo.

Observações sobre o texto de Lya LuftA autora introduz o tema e seu ponto de vista sobre ele por meio de ampla apresentação. O tema é “as cotas de

ingresso em universidades para estudantes negros e ou/ saídos de escolas públicas, o que, segundo ela, incentiva o preconceito racial e social.”

Ela diz que a implementação de cotas fere um princípio fundamental das sociedades democráticas: todos devem ter direitos iguais. Não concorda com o sistema de cotas.(...)

Características de um texto de opinião: * É um texto argumentativo que expressa a opinião de um escritor, jornalista, professor, estudante, etc... sobre

um tema polêmico em debate na sociedade. * Circula nos meios de comunicação em geral (jornais, revistas, rádio, tv) e tem como destinatário o público

desses veículos. * Estrutura-se em torno de uma ideia central (que resume um ponto de vista do autor) e de sua fundamentação,

feita com argumentos, constituídos a partir de verdade ou de opiniões. * Usa a variedade padrão formal da língua.

Fonte: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação – São Paulo: Atual, 2005.

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GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO

Considerada um dos grandes avanços da história da humanidade, a internet está presente no cotidiano de milhares

de pessoas. Pesquisas revelam que no mundo todo, mais de 550 milhões de pessoas possuem acesso à internet em

casa. É fato que esta ferramenta encurtou distâncias e nos permitiu ter informações instantâneas de fatos ocorridos em

qualquer lugar do planeta. As redes sociais permitem também que você compartilhe sua vida com diversas pessoas.

Porém, em contrapartida, as pessoas estão cada vez mais isoladas em seu próprio "mundinho virtual". Não saem de

casa, não possuem vida social se não for na internet. De que forma a internet implica na vida das pessoas?

Produza um artigo de opinião respondendo o seguinte questionamento:

"A internet gera malefícios ou benefícios às relações sociais?” Mobilize argumentos, levante fatos, dados, exemplos

que comprovem seu ponto de vista e validem sua opinião. Desenvolva um texto em PROSA entre 20 e 30 linhas.

Fonte: http://vestibular.brasilescola.com/banco-de-redacoes/tema-internet-inclui-ou-exclui.htm_

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GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO

Para fazer a proposta primeiro leia a coletânea abaixo:

O conto de fadas mudou

O talento para trabalhar e sofrer de Cinderela dá lugar a mitos que lutam pela própria felicidade.As princesas estão de volta – mas desta vez elas não ficam adormecidas aguardando um beijo. Ao descobrir a

demanda das mulheres de hoje por novos modelos de comportamento (heroínas independentes e poderosas), as indústrias de entretenimento e de brinquedos repaginaram as personagens para que deixassem de se parecer com donas de casa. O sucesso foi impressionante. A linha Princesas, da Disney, lançadas em 2001, uniu Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida, Ariel, Bela e Jasmine na mesma série para movimentar US$ 2 bilhões ao ano. Até Cinderela, ícone infantil de submissão que lavava, passava e cozinhava, empresta seu rosto a produtos como laptops para garotas que brincam de ser executivas.

(...)As novas princesas – como a dos filmes Diário de uma Princesa, 1 e 2 – são adolescentes com interesses pop

como quaisquer outras e podem até terminar o filme nos braços de um grande amor mas porque o escolheram (e, não raro, o conquistaram). Qualquer semelhança com a vida atual das mulheres reais modernas não é mera coincidência. “A felicidade não é mais delegada a outro. Não é necessário que algo ou alguém as torne especiais”, diz a professora do Instituto de Psicologia da USP, especialista em relações humanas, Sueli Damergian.(Texto adaptado, Revista Época, 29/11/2004).

Reportagem do Fantástico

"Esta semana, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou dados inéditos sobre a violência doméstica que atinge o Estado. Os números assustam: a cada hora, pelo menos oito mulheres são agredidas." - 26/10/2011 - Em SP, uma mulher é agredida a cada 7 minutos

"No mundo real, as brasileiras contam com o apoio da Central de Atendimento à Mulher. É só ligar para o número 180. Em cinco anos, o serviço recebeu quase dois milhões de ligações. A maior parte feita por mulheres de São Paulo, Bahia e Minas Gerais." - 27/10/2011 - Reportagem sobre violência congestiona o serviço Ligue 180

"Segundo dados do governo federal, 40% das vítimas que fazem a denúncia convivem com o agressor há mais de dez anos. A atriz Dira Paes, que faz o papel de Celeste, acredita que denunciar o companheiro é mais difícil do que parece. 'A pergunta que eu mais ouvia nas ruas era: ‘Quando é que você vai denunciar esse homem? Quando é que você vai parar de apanhar?’. E eu acho isso incrível, porque é o desejo de todo mundo, mas não é fácil para quem está dentro do furacão', comenta Dira."

"Desde 2006, quando a Lei Maria da Penha entrou em vigor, mais de 11 mil homens que agrediram suas companheiras foram parar na cadeia no Brasil."

"A juíza Elaine Cavalcante só julga casos envolvendo crimes contra as mulheres na cidade de São Paulo. É em uma sala que ela faz as audiências e fica frente a frente com agressor e vítima. 'Eles raramente chegam a pedir perdão para a mulher. Acho que a maioria nega, poucos acabam admitindo e sentindo arrependimento e vergonha pelo ato cometido', afirma Elaine."

Pensando no antagonismo dos textos propostos produza um artigo de opinião sobre os desafios e conquistas da mulher no século XXI.

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Fonte: http://euqueropassarnovestibular.blogspot.com.br/2011/11/fazer-artigo-de-opiniao-como-proposta.html

GÊNERO EM FOCO – NOTÍCIA

Características do gênero:

Trata-se de um texto jornalístico que relata um fato novo. Apresenta geralmente uma estrutura padrão, composta de duas partes: lead e corpo. O lead deve mencionar a maior parte das informações essenciais sobre o fato ocorrido: o quê, quando, onde, como e por quê. O corpo contém o detalhamento ou o desenvolvimento do lead, podendo ser enriquecido por citações de pessoas envolvidas no fato. A notícia é encabeçada por um título objetivo e geralmente curto, com verbos no presente. A linguagem é impessoal, objetiva e direta e segue a variedade padrão da língua.

Escreva uma notícia, que depois poderá compor o mural da escola. Ela será, portanto, lida por colegas de sua classe e de outras, por funcionários e professores da escola.

Escolha para produzir: Uma notícia sobre um fato ocorrido recentemente no Brasil ou no mundo. O fato pode se referir à política nacional

ou internacional, à economia, ao meio ambiente, à saúde, à educação, aos esportes, às artes em geral, aos jovens, à violência urbana, etc.

Uma notícia sobre um fato ocorrido recentemente em seu bairro ou em sua escola. O fato referente ao bairro pode ser, por exemplo, uma campanha de entidade filantrópica, um acontecimento cultural, um passeio ciclístico, um evento promovido por uma sociedade de bairro, a inauguração de um centro esportivo ou cultural, a abertura de um estabelecimento comercial, uma festa de rua, etc.; o fato referente à escola pode ser formatura, uma campanha, uma feira de livros, uma mostra de cinema, uma feira científica, uma apresentação teatral, uma comemoração cívica, um campeonato esportivo, aquisição de jornais, revistas ou livros para biblioteca, uma festa beneficente, uma excursão, etc.

Ao escrever a notícia, siga estas instruções:a) Faça um planejamento. Leia jornais e revistas, depois converse com seus pais, professores, colegas e vizinhos

sobre o assunto, procurando obter o maior número possível de informações.b) Tenha em mente o leitor de seu texto; escreva com simplicidade, na ordem direta (sujeito, verbo e

complementos); sempre que possível, empregue uma palavra em vez de duas ou mais; use frases curtas, com duas ou três linhas no máximo, e parágrafos com poucas frases; empregue um vocabulário acessível à maioria das pessoas; evite palavras difíceis, termos coloquiais, gírias, superlativos e adjetivos desnecessários; empregue a variedade padrão da língua.

c) Redija primeiramente o lead, procurando responder às perguntas básicas que um leitor faria: o quê?, quem?, quando?, onde?, como?, por quê?.

d) Comece seu texto pela informação que considerar a mais interessante ou a mais esclarecedora para o leitor, como forma de despertar seu interesse; use no relato verbos em 3ª pessoa; evite dar sua opinião sobre o fato.

e) Dê à sua notícia um título curto e sugestivo e que sirva para anunciar ao leitor o assunto que será desenvolvido.

Fonte: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação – São Paulo: Atual, 2005.

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GÊNERO EM FOCO – NOTÍCIA

Leia trechos de um conto de Lygia Fagundes Telles que relata o último encontro entre Ricardo e Raquel, sua ex-namorada. A partir dessa narrativa, crie uma notícia.

a) Lembre-se de que a notícia de ser composta pelo lead e pelo corpo.b) A objetividade e a concisão são fundamentais, assim como o emprego da linguagem formal.c) Não se esqueça de criar título e subtítulo.d) Considere o público-alvo para criar a notícia.

Venha ver o pôr do solELA SUBIU sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas iam rareando, modestas casas

espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde.

Ele a esperava encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinham um jeito jovial de estudante.

- Minha querida Raquel. Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos. - Vejam que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que idéia, Ricardo, que idéia! Tive

que descer do taxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima.[...]Ele sorriu entre malicioso e ingênuo.- Podia ter escolhido um outro lugar, não? – Abrandara a voz – E que é isso aí? Um cemitério? Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portão de ferro, carcomido pela ferrugem.

- Cemitério abandonado, meu anjo. [...]Brandamente ele a tomou pela cintura.

- Conheço bem tudo isso, minha gente está enterrada aí. Vamos entrar um instante e te mostrarei o pôr do sol mais lindo do mundo.

Ela encarou-o um instante. E vergou a cabeça para trás numa risada. - Ver o pôr do sol!…Ah, meu Deus…Fabuloso, fabuloso!…Me implora um último encontro, me atormenta dias

seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr do sol num cemitério…[...]

Pararam diante de uma capelinha coberta de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par. [...]

Ela entrou na ponta dos pés, evitando roçar mesmo de leve naqueles restos da capelinha. [...]- Sei que você gostaria de encontrar tudo limpinho, flores nos vasos, velas, sinais da minha dedicação, certo? Mas

já disse que o que eu mais amo neste cemitério é precisamente esse abandono, esta solidão. As pontes com o outro mundo foram cortadas e aqui a morte se isolou total. Absoluta.

Ela adiantou-se e espiou através das enferrujadas barras de ferro da portinhola. Na semi-obscuridade do subsolo, os gavetões se estendiam ao longo das quatro paredes que formavam um estreito retângulo cinzento. [...]

- Que frio que faz aqui. E que escuro, não estou enxergando… Acendendo outro fósforo, ele ofereceu-o à companheira.

- Pegue, dá para ver muito bem…- Afastou-se para o lado.- Repare nos olhos.- Mas estão tão desbotados, mal se vê que é uma moça…- Antes da chama se apagar, aproximou-a da inscrição

feita na pedra. Leu em voz alta, lentamente.- Maria Emília, nascida em vinte de maio de mil oitocentos e falecida…- Deixou cair o palito e ficou um instante imóvel – Mas esta não podia ser sua namorada, morreu há mais de cem anos! Seu menti…

Page 11: Apostila 2 Ano

Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor. A peça estava deserta. Voltou o olhar para a escada. No topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso meio inocente, meio malicioso. [...]

Ela sacudia a portinhola. - Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente!- Sacudiu a portinhola com mais força

ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. [...]Guardando a chave no bolso, ele retomou o caminho percorrido. [...]Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de um animal sendo

estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. [...]

Fonte: TORRALVO, Izeti Fragata; MINCHILLO, Carlos Cortez. Linguagem em movimento – São Paulo: FTD, 2010.

GÊNERO EM FOCO – REPORTAGEM

No texto a seguir, o estudioso Juarez Bahia comenta as diferenças entre notícia e reportagem.Vejam quais são elas.

a) Enquanto a notícia nos diz no mesmo dia ou no seguinte se o acontecimento entrou para a história, a reportagem nos mostra como é que isso se deu. Tomada como método de registro, a notícia se esgota no anúncio; a reportagem, porém só se esgota no desdobramento, na pormenorização, no amplo relato dos fatos.

b) O salto da notícia para a reportagem se dá no momento em que é preciso ir além da notificação - em que a notícia deixa de ser sinônimo de nota - e se situa no detalhamento, no questionamento da causa e feito, na interpretação e no impacto, adquirindo uma nova dimensão narrativa e ética.

c) Com essa ampliação de âmbito a reportagem atribui à notícia um conteúdo que privilegia a versão. Se a notícia é geralmente a história de uma só versão [...], a reportagem é por dever e método a soma das diferentes versões de um mesmo acontecimento.

d) [...] É fundamental ouvir todas as versões de um fato para que a verdade apurada não seja apenas a verdade que se pensa que é e sim a verdade que se demonstra e tanto que possível se comprova.

Fontes: Jornal, história e técnica – As técnicas do jornalismo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1990. v. 2, p 49-50.

Produza uma reportagem escolhendo um dos assuntos sugeridos a seguir ou outro que preferir. Um evento relacionado a política ou economia nacionais, como, por exemplo, eleições, situação

econômica do país, pobreza da população, etc. ou relacionado a esporte, como, por exemplo, um campeonato

Os diferentes gostos musicais dos jovens hoje Mudanças no ensino médio A banda musical do momento As formas de lazer dos jovens em sua cidade ou barri ou a ausência de lazer Gravidez na adolescência A profissão do momento Primeiro emprego O que o jovem gosta de ler A AIDS no Brasil de hoje ou a AIDS entre os jovens Violência urbana

Escolhido o assunto, sigam estas instruções:

a) Entreviste pessoas que possam opinar a respeito do assunto e/ou procurem informações sobre ele em jornais e revistas. Reúna alguns textos sobre os acontecimentos principais, curiosidades, entrevistas, estatísticas, fotos, etc.

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b) Organize o material obtido e escreva a reportagem, procurando transmitir junto com as informações o ponto de vista do grupo e dos entrevistados sobre o assunto.

c) Procure estabelecer conexões entre o assunto principal e assuntos paralelos, por meio de citações, trechos de entrevistas, tabelas, mapas, boxes informativos, estatísticas, fotografias, etc.

d) Escreva em linguagem objetiva e clara e empregue a variedade padrão da língua.e) Tenha em mente o leitor de sua reportagem.f) Planeje o aspecto visual da reportagem, isto é, a distribuição dos textos em colunas ou não, a posição das fotos,

títulos, tabelas, etc. Lembre-se de que as fotos devem ser acompanhadas de legendas. Dê à reportagem um título que atraia a atenção do leitor e, ao mesmo tempo, indique o assunto que ela tem por tema. Se julgar necessário, crie também um subtítulo.

Fonte: Cereja, William Roberto. Português: linguagens: vol. 2: ensino médio. 5. ed. - São Paulo: Atual, 2005.

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO

Analise com atenção os dois textos apresentados, abaixo.

Baseando-se nesses textos e em suas próprias reflexões a partir deles, produza um texto dissertativo-argumentativo, discutindo a relevância do sistema educacional, diante das desigualdades sociais existentes em nosso país.

Dê um título à sua redação.

Fonte: http://www.uemg.br/downloads

No Brasil, 10% dos brasileiros mais pobres recebem 0,9% da renda do país, enquanto os 10% mais ricos ficam com 47,2%. Segundo a UNICEF, 6 milhões de crianças (10% do total) estão em condições de “severa degradação das condições humanas básicas, incluindo alimentação, água limpa, condições sanitárias, saúde, habitação, educação e informação”.

www.consciencia.net/mundo/desigual.html

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GÊNERO EM FOCO – CRÔNICA

Crônica é um gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade. Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular.Adaptado de Alfredina Nery. Disponível em:[http://educacao.uol.com.br/portugues/cronica-genero-entre-jornalismo-e-

literatura.jhtm]. Acesso em:19/06/2012

Leia os trechos a seguir e imagine-se como um (a) habitante da Terra vivendo no ano 2200. Escreva uma crônica, narrando um episódio singular de sua vida nesse mundo futuro.

Texto 1

O Museu de ÁrvoresEm breve, só poderemos ver a natureza em museus.Há um ano, foi criada a biblioteca de sementes, justamente para proteger as espécies de plantas caso o futuro continue predatório. Agora, é nessa “raridade” que aposta o artista finlandês Ilkka Halso.Halso criou imagens que demonstram o Museu da Natureza, que abrigaria as plantas como se fossem um espetáculo, em que se pagam ingressos para ver o “esplendor natural”. Afinal, nossa paisagem seria tomada por prédios e construções, acabando com todas as áreas verdes

http://super.abril.uol.com.br/blogs/planeta/132610_post.shtml

Texto 2

Não sei o que será da espécie. Tenho uma visão do futuro em que viveremos todos no ciberespaço, volatizados. Só nossos corpos ficarão na Terra porque alguém tem que manejar o teclado e o mouse e pagar a conta da luz.(Luís Fernando Veríssimo)

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GÊNERO EM FOCO – CRÔNICA

Leia a seguir um trecho da crônica “Conflitos” do autor Carlos Heitor Cony:

Pesquisa divulgada há pouco, dessas que ouvem milhares de pessoas de diferentes classes econômicas e sociais, procurou entender (ou explicar) as causas e efeitos que separam as gerações. Não se tratou do eterno conflito que sempre existiu entre velhos e moços atuando no interior da sociedade humana. O universo pesquisado foi o lar, a família, os pais e os filhos. De forma emblemática, eles representam o conflito entre o velho e o novo, mas há detalhes próprios dessa luta na célula familiar. A novidade desta vez é que o mal-estar entre as gerações que vivem sob o mesmo teto e repartem a mesma mesa é apenas um mal-entendido cultural de ambas as partes. Os pais acham que os filhos, por serem jovens, são necessariamente felizes, têm tudo da vida, tudo podem esperar do mundo. Os filhos acham que os pais, por representarem o poder, são necessariamente felizes, porque chegaram lá. [...]

A partir dessas ideias, escreva um artigo de opinião para uma revista de EDUCAÇÃO FAMILIAR, sugerindoPROPOSTAS PARA DIMINUIR CONFLITOS ENTRE PAIS E FILHOS.

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GÊNERO EM FOCO – MANIFESTO

O manifesto é o Gênero textual que se produz quando uma pessoa ou um grupo de pessoas deseja chamar a atenção da população, denunciando um problema de interesse geral, que afeta a todos, ou alertando para um problema que está prestes a ocorrer. Embora não possua uma estrutura rígida, o manifesto deve conter alguns dados essenciais, como:a) um título capaz de chamar a atenção do público e ao mesmo tempo informar de que se trata o texto;b) a identificação dos problemas logo no primeiro período;c) análise do problema e argumentos que justificam o ponto de vista do (s) autor (es);d) local e data;e) assinaturas dos autores do manifesto ou simpatizantes da causa

Coloque-se no lugar dos estudantes de uma escola que passou a monitorar as páginas de seus alunos em redes sociais da internet (como o Orkut, o Facebook e o Twitter), após um evento similar aos relatados na matéria reproduzida abaixo. Em função da polêmica provocada pelo monitoramento, você resolve escrever um manifesto e recebe o apoio de vários colegas. Juntos, decidem lê-lo na próxima reunião de pais e professores com a direção da escola. Nesse manifesto, a ser redigido na modalidade oral formal, você deverá necessariamente:

explicitar o evento que motivou a direção da escola a fazer o monitoramento; declarar e sustentar o que você e seus colegas defendem, convocando pais, professores e alunos a agir em

conformidade com o proposto no documento.

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Fonte: http://www.comvest.unicamp.br/vest_anteriores/2013/download/comentadas/redacao.pdf

GÊNERO EM FOCO – MANIFESTO E ABAIXO-ASSINADO

Todos nós um dia já ficamos indignados com determinados problemas sociais que vivemos ou presenciamos. Diante deles, podemos tomar duas posições: ou nos calamos ou buscamos soluções para eles. No caso de buscar soluções, podemos apenas nos manifestar, denunciando o problema, ou podemos também exigir soluções das autoridades competentes.

Reúna-se com mais dois ou três colegas e identifiquem um problema que vem afligindo vocês, estudantes, ou sua comunidade, ou a sociedade em geral.A seguir relacionamos alguns dos problemas mais comuns. Escolha um deles ou pense em outro que realmente possa se transformar numa causa do grupo ou de toda a escola.

Violência ou falta de segurança Falta de transporte coletivo Falta de áreas verdes e/ou de lazer Falta de biblioteca pública ou de acervo atualizado Falta de centros esportivos Necessidade de criar eventos culturais para a comunidade: feiras, festivais de música, exposição de artes, festas

populares, etc. Segurança de trânsito nas proximidades da escolaDefinido o problema, discuta-o com seu grupo. Levantem hipóteses sobre as causas dele e sobre e sobre eventuais

formas de solucioná-lo. Em seguida, decidam o tipo de intervenção que desejam fazer: se pretendem apenas denunciar ou alertar – ações compatíveis com o manifesto – ou se pretendem solicitar ou reivindicar – ações mais condizentes com o abaixo-assinado.

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A produção de abaixo-assinados requer que se dê especial atenção aos pronomes de tratamento. A seguir apresentamos alguns dos mais utilizados nesse tipo de documento. Empregue-os de acordo com o cargo ou posição ocupada pelo interlocutor.

Pronomes de tratamento Abreviatura Usado para

Vossa Excelência V. Exa.altas autoridades do governo (deputados, senadores, membros das Forças Armadas)

Vossa Senhoria V. S.a autoridades em geral: chefes, diretores e pessoas a quem se quer tratar com distanciamento e respeito

Senhor, senhora Sr. Sra. geralmente pessoas mais idosas que nós ou a quem queremos tratar com distanciamento e respeito.

Fonte: CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação – São Paulo: Atual, 2005.

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO

Por que a ideia de fim do mundo atrai e assusta?21 de dezembro de 2012. Esse era para ser o dia do fim do mundo, segundo algumas interpretações do calendário

maia. Isso, porém, não aconteceu e a data entrou para a vasta galeria das previsões apocalípticas que não se cumpriram. O medo do fim do mundo é uma constante na sociedade mundial de todas as épocas, é um tema que povoa o imaginário de gerações e já foi explorado na literatura, na canção popular, no cinema, na televisão. É difícil entender como, mesmo diante de várias previsões erradas, as polêmicas sobre o fim do mundo ainda provocam um sentimento tão forte em parte da população. Leia os textos da coletânea e depois discuta o tema em uma dissertação argumentativa de até 30 linhas. Você tinha acreditado na previsão? O que você pensa desse tipo de previsões? Por que isso mexe tanto com o imaginário do ser humano em sua opinião?

O fim do mundo em 2012Os planetas, as estrelas, o calendário maia e, é claro, uma superprodução de Hollywood reavivam a ideia

aterrorizante do apocalipse e levantam uma questão: por que continuamos a acreditar em profecias finalistas apesar de todas elas terem fracassado redondamente?(...) No inventário dos fracassos humanos, talvez não haja aposta tão malsucedida quanto a de marcar data para o fim do mundo. Falhou 100% das vezes, mas continua a se espalhar, resistindo ao tempo, à razão e à ciência. As tentativas de explicar esse fenômeno são uma viagem fascinante pela alma, pela psique, pelo cérebro humano. Uma das explicações está no fato de que o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados

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a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde tudo é casual e fortuito. As constelações no céu, por exemplo, são uma criação mental para organizar o caos estelar. (...)A preponderância do aleatório sobre o determinado pode dar a sensação de desesperança, de que somos impotentes diante de todas as coisas. Talvez nisso residam a beleza e a complexidade da vida, mas o fato é que o cérebro está mais interessado em ordem do que em belezas complexas. Por isso, quando não vê significado nas coisas naturais, ele salta para o sobrenatural. "Nascemos com o cérebro desenhado para encontrar sentido no mundo", diz o psicólogo Bruce Hood, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, autor de Supersense: Why We Believe in the Unbelievable (Supersentido: Por que Acreditamos no Inacreditável). "Esse desenho às vezes nos leva a acreditar em coisas que vão além de qualquer explicação natural."

[André Petry, Revista Veja, 4 de novembro de 2009]

A passagem do cometaNo texto abaixo (fragmentos), Cecília Meireles faz referência à passagem do cometa Halley, em 1910, pelas proximidades da Terra.O Fim do Mundo(Cecília Meireles)A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa

que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.(...) Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste - mas que importância tem a tristeza das crianças?(...) Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna. (...) Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

[Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Editora Record, Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.]Fonte: http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/por-que-a-ideia-de-fim-do-mundo-atrai-e-assusta.jhtm

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO

Analise os textos dados e faça o que se pede:

“De uma coisa temos certeza: a terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence à terra. Disso temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra, fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida; é antes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.”

Trecho de uma das várias versões de carta atribuída ao chefe Seattle, da tribo Suquamish. A carta teria sido endereçada ao presidente norte-americano, Franklin Pierce, em 1854, a propósito de uma oferta de compra do território da tribo feita pelo governo dos Estados Unidos.PINSKY, Jaime e outros (Org.). História da América através de textos, 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1991.

Conter a destruição das florestas se tornou uma prioridade mundial, e não apenas um problema brasileiro. (…) Restam hoje, em todo o planeta, apenas 22% da cobertura florestal original. A Europa Ocidental perdeu 99,7% de suas florestas primárias; a Ásia, 94%; a África, 92%; a Oceania, 78%; a América do Norte, 66%; e a América do Sul, 54%. Cerca de 45% das florestas tropicais, que cobriam originalmente 14 milhões de km quadrados (1,4 bilhão de hectares), desapareceram nas últimas décadas. No caso da Amazônia Brasileira, o desma-tamento da região, que até 1970 era de apenas 1%, saltou para quase 15% em 1999. Uma área do tamanho da França desmatada em apenas 30 anos. Chega.

Paulo Adário, coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace. – http://greenpeace.terra.com.br

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Com base na leitura dos quadrinhos e dos textos, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender o seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema discutido em seu texto. Suas propostas devem demonstrar respeito aos direitos humanos.

Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua.

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO

A imprensa noticiou um caso curioso em agosto de 2011: um delegado fez o relatório de um crime em forma de poesia. Sua atitude gerou uma grande polêmica. De um lado, pessoas concordavam com a ideia de que a poesia deve fazer parte do cotidiano, independente da profissão, religião, ou qualquer outro segmento. Por outro lado, pessoas ponderavam que, em se tratando de criminalidade e justiça, os fatos precisam ser tratados de forma objetiva.

O texto I é uma reportagem sobre o caso e o texto II é o relatório/poesia escrito pelo delegado.

Texto I:Delegado faz relatório de crime em forma de poesia e é repreendido

O delegado de Brasília Reinaldo Lobo optou pela poesia para registrar um crime de receptação ocorrido no dia 26 de julho. A inovação não satisfez a Corregedoria da Polícia, que devolveu o texto ao autor, pedindo termos mais tradicionais.

“A ideia era mostrar que o delegado trabalha próximo das pessoas e carrega sentimentos”, disse Lobo. “Achei que era um texto adequado até porque não existe nenhuma norma que me impeça de escrever como escrevi.”

O delegado usou versos para informar que o detido na região de Riacho Fundo, a cerca de 20 km de Brasília, tinha ficha corrida e estava em uma moto roubada. “Todas as informações que eram necessárias estavam lá. A contestação é só sobre o formato”, afirmou.

“Queria chamar a atenção para a violência na nossa região. As pessoas estão acostumadas com um formato de texto para relatar crimes e isso é só uma questão de hábito. Não discutiram o mérito e o mérito é que não fiz nada de errado no texto”, alegou Lobo.

Foi a primeira vez que o delegado escreveu um relatório em forma de poesia. “Se me impedirem de fazer outro, o que posso fazer?”, lamentou.

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Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/8/3/delegado-faz-relatorio-de-crime-em-forma-de-poesia-e-erepreendido-veja-integra.jhtm. Acesso: 3/8/2011. Adaptado.

Texto II:Já era quase madrugadaNeste querido Riacho FundoCidade muito amadaQue arranca elogios de todo mundo

O plantão estava tranquiloAté que de longe se escuta um zunidoE todos passam a esperarA chegada da Polícia Militar

Logo surge a viaturaDesce um policial fardadoQue sem nenhuma frescuraTraz preso um sujeito folgado

Procura pela AutoridadeNarra a ele a sua verdadeQue o prendeu sem piedadePois sem nenhuma autorizaçãoPelas ruas ermas todo tranquilãoEstava em uma motocicleta com restrição

A Autoridade desconfiadaJá iniciou o seu sermãoMostrou ao preso a papeladaQue a sua ficha era do cãoIa checar sua situaçãoO preso pediu desculpaDisse que não tinha culpaPois só estava na garupa

Foi checada a situaçãoEle é mesmo sem noçãoEstava preso na domiciliarNão conseguiu mais se explicarA motocicleta era roubadaA sua boa fé era furada

Se na garupa ou no volanteSei que fiz esse flagranteDesse cara petulanteQue no crime não é estreante

Foi lavrado o flagrantePelo crime de receptaçãoPois só com a polícia atuanteProtegeremos a população

A fiança foi fixadaE claro não foi pagaE enquanto não vier a cutucadaManteremos assim preso qualquer pessoa má afamada

Já hoje aqui esteve pra testemunháA vítima, meu quase xaráCuja felicidade do seu gargalhoNos fez compensar todo o trabalho

As diligências foram concluídasO inquérito me vem pra relatarMas como nesta satélite acabamos de chegarE não trouxemos os modelos pra usarResta-nos apenas inovar

Resolvi fazê-lo em poesiaPois carrego no peito a magiaDe quem ama a fantasiaDe lutar pela Paz ou contra qualquercovardia

Assim seguimos em mais um plantãoEsperando a próxima situaçãoDe terno, distintivo, pistola e caneta na mãoNo cumprimento da fé de nossa missão

Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/8/3/delegado-faz-relatorio-de-crime-em-forma-de-poesia-e-erepreendido-veja-integra.jhtm. Acesso: 3/8/2011. Adaptado.

Agora, imagine que você, ao ler a página policial de um jornal, tenha se deparado com as informações contidas nos textos I e II. Você resolve, então, participar comentando sobre o uso da poesia no cotidiano. Escreva um texto dissertativo - argumentativo para ser publicado no jornal, expondo o seu ponto de vista sobre o caso noticiado. Dê um título ao seu texto.

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GÊNERO EM FOCO – COMENTÁRIO

Imagine que, ao navegar em uma página da internet especializada em orientação vocacional, você encontra um fórum criado por concluintes do Ensino Médio para discutir o que leva uma pessoa a investir na profissão de cientista. Um dos participantes do fórum, que se autonomeia Estudante Paulista, postou o gráfico reproduzido abaixo e escreveu o seguinte comentário:

Você decide, então, participar da discussão, postando um comentário sobre a mesma pesquisa, em resposta à pessoa que assina como Estudante Paulista. No comentário, você deverá:

fazer uma análise do gráfico, sugerindo o que pode ser concluído a partir dos resultados da pesquisa; posicionar-se frente à opinião do Estudante Paulista, levando em conta a análise que você fez do gráfico.

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Respostas de estudantes de vários países à pergunta “Gostaria de ser cientista?”, apresentadas em escala de 1 a 4. Quanto maior o número, maior a quantidade de respostas positivas. Em destaque, os índices dos municípios

brasileiros de Tangará da Serra (MT) e São Caetano do Sul (SP). (Adaptado de Ciência Hoje, n. 282, vol. 47, jun. 2011, p. 59.)

Fonte: http://www.comvest.unicamp.br/vest_anteriores/2013/download/comentadas/redacao.pdf

GÊNERO EM FOCO – CRÔNICA

Escolha uma manchete a seguir e redija uma crônica de, aproximadamente, 30 linhas.

1) Meninas são obrigadas a engordar em país africano para conseguirem se casarRitual para engordar começa a partir dos 5 anos de idade. Mulheres confessam que, mesmo com dificuldades para andar e dores nas articulações, fazem de tudo para ganhar peso.

2) Bailarina perde a visão aos 25 e diz que dança melhor hojeSabrina Casado, de 33 anos, perdeu a visão aos 25 por conta da diabetes. Ela afirma que encontrou energia para enfrentar as dificuldades na dança.

3) Estrangeiro em SP não acha quem o entendaVisitantes sofrem para conseguir auxílio mesmo em locais turísticos da capital

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GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO

Leia o texto seguinte:Nunca se assistiu a tanta violência na televisão como nos dias atuais. Dada a enormidade de tempo que crianças e adolescentes das várias classes sociais passam diante da TV, é lógico o interesse pelas consequências dessa exposição. Até que ponto a banalização de atos violentos, exibidos nas salas de visita pelo País afora, diariamente, dos desenhos animados aos programas de “mundo-cão”, contribui para a escalada da violência urbana? Essa questão é mais antiga do que se imagina.

A prática de atos agressivos pelos jovens foi avaliada por meio de sucessivas aplicações de um questionário especializado e de consulta aos arquivos policiais. Depois de cuidadoso tratamento estatístico, os autores verificaram que, independentemente dos fatores de risco citados acima, o número de horas que um adolescente com idade média de 14 anos fica diante da televisão, por si só, está significativamente associado à prática de assaltos e à participação em brigas com vítimas e em crimes de morte mais tarde, quando atinge a faixa etária dos 16 aos 22 anos. Essa conclusão vale para homens ou mulheres, mas não vale para os crimes contra a propriedade, como furtos e vandalismo, que aparentemente parecem não guardar relação com a violência presenciada na TV.

Conclusões idênticas foram tiradas analisando-se o número de horas que um jovem de idade média igual a 22 anos (homem ou mulher) dedica a assistir à televisão: quanto maior o número de horas diárias, mais frequente a

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prática de crimes violentos. Entre adolescentes e adultos jovens expostos à TV por mais de três horas por dia, a probabilidade de praticar atos violentos contra terceiros aumentou cinco vezes em relação aos que assistiam durante menos de uma hora. O estudo do grupo de Nova York é importante não só pela abrangência (707 famílias acompanhadas de 1975 a 2000) ou pela metodologia criteriosa, mas por ser o primeiro a contradizer de forma veemente que a exposição à violência da mídia afeta apenas crianças pequenas.

Demonstra que ela exerce efeito deletério sobre o comportamento de um universo de pessoas muito maior do que aquele que imaginávamos.

http://drauziovarella.com.br/wiki-saude/violencia-na-tv-e-comportamentoagressivo/acessado em 29 de julho de 2012.

Após a leitura do texto acima, reflita sobre a associação violência/televisão/cinema. Depois disso, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa, apresentando propostas de conscientização social que consigam mudar o resultado constatado nas pesquisas divulgadas pelo médico Dráuzio Varella. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Fonte: http://www.descomplicandoalingua.com.br/bancoderedacoes

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO

É certo que está chegando ao nível máximo a nossa capacidade de produção de alimentos, moradia e demais produtos, no ritmo em que a população continua crescendo e os recursos naturais (água potável, terras cultiváveis e minerais) vão se esgotando.

Associado a esse assunto, o Relatório de Brundtland (1987) afirma que sustentabilidade é: “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”.

Relacionado a tal discussão, o termo original “desenvolvimento sustentável” foi adaptado pela Agenda 21, programa das Nações Unidas. Algumas pessoas, hoje, referem-se a “desenvolvimento sustentável” como um termo amplo, pois implica em desenvolvimento continuado, e insistem que ele deve ser reservado somente para as atividades de desenvolvimento. “Sustentabilidade”, então, é hoje em dia usado como um termo amplo para todas as atividades humanas. (adaptado de http://www.sustentabilidade.org.br).

Diante de tais conceitos, fica claro que é necessário fazer algo para que tenhamos um futuro garantido. Pressupondo que você seja um jovem envolvido em sua comunidade, redija um texto dissertativo com o seguinte tema:

Sustentabilidade: a responsabilidade é apenas do outro?Fonte: http://www.descomplicandoalingua.com.br/bancoderedacoes

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GÊNERO EM FOCO – CARTA ARGUMENTATIVA

Leia o texto abaixo:GENTE VENENOSA: OS SABOTADORES

Não há como afirmar que existe alguém totalmente bom ou totalmente mau como nas maniqueístas histórias infantis. Mas em determinadas situações há pessoas de personalidade difícil, que potencializam as fragilidades de quem está a sua volta,semeando frustrações e desestruturando sonhos alheios. Atitudes que, em resumo, envenenam. O terapeuta familiar argentino Bernardo Stamateas identificou essas pessoas, cunhou o termo “gente tóxica” e falou sobre elas no livro Gente tóxica - como lidar com pessoas difíceis e não ser dominado por elas. Assim como uma maçã estragada em uma fruteira é capaz de contaminar as outras frutas boas, as pessoas tóxicas, segundo Stamateas, tendem a envenenar a vida, plantar dúvidas e colocar uma pulga atrás da orelha de qualquer um.PR A vilania da situação reside no fato de que gente tóxica está sempre à espera da queda ou da frustração de alguém próximo para, então, assumir o papel de protagonista. “Eles (os tóxicos) se sentem intocáveis e com capacidade de ver a palha no olho do outro e não no seu”, comenta o autor.

(Adaptado de: BRAVOS, M. Gente Venenosa: os sabotadores. Gazeta do Povo - Suplemento Viver Bem, 19 set. 2010, p. 6.)

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Construa uma carta argumentativa endereçada ao autor do texto acima, manifestando uma opinião favorável ou contrária à ideia principal defendida por ele.

Sua carta deverá, obrigatoriamente, atender às seguintes exigências: apresentar argumentos que fundamentem o seu ponto de vista; ser redigida na variedade padrão da língua portuguesa; não ser escrita em versos; conter, no mínimo, 20 linhas (corpo do texto);

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO

As famílias brasileiras financiam a maior parte das despesas de saúde no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total gasto em 2007, cerca de 128 bilhões de reais (57,4%) vieram dos bolsos dos cidadãos, ante 93 bilhões de reais (41,6%) provenientes do setor público.

O problema é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o fôlego dos brasileiros. O maior estorvo, é claro, está no atendimento oferecido pelo governo. De acordo com levantamento realizado junto a secretarias de saúde de sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba), ao menos 171.600 pessoas estão na fila para fazer uma cirurgia eletiva - procedimento agendado, que não possui característica de urgência. A demora para a realização de um procedimento ortopédico, por exemplo, pode levar até cinco anos.

A qualidade do serviço também é influenciada pela insatisfação dos médicos que trabalham para o Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde, em média, a remuneração dos profissionais da área pública é metade da paga pela privada. Em alguns casos, a diferença é exorbitante: uma equipe de seis profissionais recebe 940 reais do SUS por cirurgia, enquanto receberia até 13.500 reais dos planos de saúde.

http://veja.abril.com.br/

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Durante esta semana, VEJA.com vai analisar a realidade do sistema público de saúde, ouvindo candidatos a prefeito para saber, afinal, que Brasil eles pretendem construir nos próximos quatro anos.

Você também pode participar, dizendo o que pensa sobre o assunto. Deixe sua opinião na área de comentários da VEJA.com, participando da enquete a seguir, por meio de um artigo de opinião.

Qual das seguintes medidas relativas à saúde teria maior impacto em sua vida?o elevação dos recursos do governo investidos no sistema público de saúde.o maior controle do reajuste das mensalidades de planos privados de saúde.o ressuscitar a CPMF, destinando de fato o valor arrecadado para a saúde.o realização de mutirões de saúde para atingir a população.

Fonte: http://www.descomplicandoalingua.com.br/bancoderedacoes

GÊNERO EM FOCO – DISSERTATIVO

O número de jovens e adolescentes assassinados, muitos deles relacionados ao tráfico de drogas, assusta e leva a pensar se uma solução para situação, de fato, é possível. Para o assistente social especializado em Dependência Química e coordenador do Centro de Recuperação Mão Amiga (CREMA), Luiz Carlos Favaron, o problema maior decorre da falta de um sistema de educação mais eficiente.

Para o coordenador, o adolescente nessa situação acaba estando sujeito aos riscos que geram a economia da droga. Aliadoa esse fato, explica ele, está a posição dos traficantes, que agem sem o menor respeito e preocupação pela vida humana. "Já fazem algo terrível, que é a venda. Matar, para eles, é o de menos", afirma.

Por essa questão é que se faz necessário, de acordo com Favaron, um trabalho educativo mais presente, com a participação da família e da escola, com mais diálogo e ocupando esses menores de alguma maneira, assim como também mais oportunidades de emprego e capacitação para esses jovens.

Ilustrando essa situação, leia as manchetes abaixo que associam a criminalidade com as drogas. Depois disso, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre a relação droga/crime, apresentando propostas de conscientização social que demonstrem como a educação brasileira pode diminuir tal

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problema. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Fonte: http://www.descomplicandoalingua.com.br/bancoderedacoes

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO

A violência policial é um fato – basta lembrar Carandiru, Candelária, Eldorado dos Carajás, blitz em São Paulo – não um caso isolado ou um “excesso” do exercício da profissão como querem fazer crer as corporações policiais e as autoridades ligadas ao sistema de justiça e segurança. E, em se tratando de um fato concreto, deve ser encarada como um grave problema a ser solucionado pela sociedade, porque a violência ilegítima praticada por agentes do Estado, que detêm o monopólio do uso da força, ameaça substancialmente as estruturas democráticas necessárias ao Estado de Direito.

Para tentar se encontrar um caminho que ajuste os órgãos de segurança à realidade democrática, é importante, antes de tudo, que a sociedade descubra que tipo de polícia ela quer. Diante disso, produza um artigo de opinião, a ser publicado no jornal Tribuna do Dia, em que você responda a esse questionamento.

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GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO

Leia:Texto 1: Ser humano

Numa época em que amigos não se veem mais, porque ninguém tem tempo para visitas, numa época em que as pessoas têm amizades e namoros virtuais, vivendo também uma realidade virtual e se afastando cada vez mais uma das outras, estamos perdendo o sentido do ser humano, de sermos humanos. Estamos nos afastando de nossa essência, que é eminentemente social. Estamos nos computadorizando, nos maquinizando. Nossas relações são frias, via e-mail. Numa mesma empresa, pessoas preferem enviar e-mails a falarem pessoalmente com seus colegas. O que é isso? Preguiça, comodismo, indiferença, individualismo? Não sei. Estamos perdendo a dimensão do humano: tudo é banal, tudo é aceitável. Tudo é aceitável? Não mesmo![...] Fonte: http://www.partes.com.br/ed48/reflexao.asp

Texto 2: Nenhum homem é uma ilhaO grande filósofo Teilhard de Chardin criou uma célebre frase; “no men is an island”, ou seja, “nenhum homem

é uma ilha”. Isto significa que o homem não consegue viver isoladamente e precisa um dos outros para a sua

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sobrevivência.

A natureza nos ensina que esta é uma lei que vale para todos. As plantas, por exemplo, precisam da ajuda de alguns animais para poder dispersar seu pólen ou suas sementes para assegurar a sobrevivência da espécie.

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/nenhum-homem-e-uma-ilha/1307/

Texto 3: Nenhum homem é uma IlhaIlha é uma porção de terras cercada de águas por todos os lados. Diferentemente do braço de mar, que embora

pareça cercado de água por todos os lados, liga-se ao continente por um feixe de terra. Quem está numa ilha, está isolado, não tem ligação direta com qualquer coisa que não sejam os limites terra-mar, por isso mesmo quem está numa ilha está a ver navios, literalmente. Para a psicologia, nenhum homem deve ser uma ilha, recolher-se em sua introspecção, faltar ao convívio da sociedade, ter amigos, um amor, um destino. Ninguém é uma ilha, porque ninguém nunca está absolutamente sozinho.

Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/contoscotidianos/2704952

Agora é sua vez!Desenvolva um texto dissertativo a partir da leitura dos textos acima. Seu texto deve ter como tema a frase

“Nenhum homem é uma ilha”.Fonte:http://www.propostasderedacao.com.br/2011/05/proposta-de-redacao-dissertativa-sobre.html

GÊNERO EM FOCO – DISERTAÇÃO

Page 31: Apostila 2 Ano

1. o

Como mostram os textos 1 e 2, a imagem de abnegação fornecida pela palma talipot, que, de certo modo, “sacrifica” a própria vida para criar novas vidas, é reforçada pelo altruísmo* de Roberto Burle Marx, que a plantou, não para seu próprio proveito, mas para o dos outros. Em contraposição, o mundo atual teria escolhido o caminho oposto. Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma dissertação argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:

O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?

*Altruísmo = s.m. Tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro. Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2009.

Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/redacao-enem-vestibular/2012/11/12/nova-proposta-de-redacao-altruismo-no-mundo-contemporaneo/

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO

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Claudio de Moura Castro, em Artigo publicado pela revista Veja (02/04/2012), apresentou a seguinte ideia sobre o Bolsa Família:“É considerado pelo Banco Mundial como o melhor sistema de transferência de renda”

A edição seguinte desse periódico resolveu publicar os artigos de leitores sobre o comentário do articulista. Diante disso, produza um Artigo de Opinião em que você apresente um ponto de vista favorável ou desfavorável ao posicionamento de Moura Castro.Seu texto deve apresentar explicitamente um ponto de vista, fundamentado em, no mínimo, dois argumentos;

Fonte: http://www.descomplicandoalingua.com.br/r/docs/proposta-2012-2.pdf

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO

Page 33: Apostila 2 Ano

A infância é uma etapa da vida, a primeira, o começo, que adquire sentido em função de sua projeção no tempo: o ser humano está pensando como um ser em desenvolvimento, numa relação de continuidade entre o passado, o presente e o futuro. Por isso, a educação que é dada à criança representa muito o que ela será adiante. Cabe à família e à escola desenvolverem um trabalho que promova um bem-estar digno de uma vivência amorosa, baseada em grandes valores.

Diante dessas informações, produza um Artigo de Opinião, a ser publicado na revista Viver Bem, respondendo ao seguinte questionamento:O que esperar das próximas gerações se a família e a escola não priorizarem valores como solidariedade, tolerância e amor?

Fonte: http://www.descomplicandoalingua.com.br/r/docs/proposta-2012-2.pdf

GÊNERO EM FOCO – ARTIGO DE OPINIÃO

Page 34: Apostila 2 Ano

(UFMG) Leia este trecho:E se ... o voto não fosse obrigatório?

A tentação é grande... Seus amigos querem saber o que você vai fazer no feriado, as agências de viagem anunciam

pacotes para a data. E você pensa que, em pleno calor de 15 de novembro ou de 3 de outubro, um dia livre é mesmo

um convite ao lazer. Afinal, com o fim do voto obrigatório, essas datas virariam simples feriados. Mas não é que, justo

agora que acabou a obrigatoriedade de votar, a eleição parece mais interessante? Os temas da campanha são bem mais

palpáveis, os problemas discutidos pelos candidatos se assemelham aos seus e tem até gente acenando com uma

solução! “Será que eles, finalmente, descobriram que eu existo?”, você pensa. Chega o dia da eleição. E, de repente,

você está com o título de eleitor na mão, votando! Utopia? Coisa de país desenvolvido?

VOMERO, M. F. Superinteressante. São Paulo, n. 175, abr. 2002. p. 39. (Texto adaptado)

Em resposta à pergunta proposta no título, REDIJA uma continuação para esse artigo, apresentando suas próprias

considerações sobre as vantagens e desvantagens da não-obrigatoriedade do voto.

GÊNERO EM FOCO – DISSERTATIVO

Page 35: Apostila 2 Ano

(ENEM 2011) Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO , apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Liberdade sem fioA ONU acaba de declarar o acesso à rede um direito fundamental do ser humano — assim como saúde, moradia

e educação. No mundo todo, pessoas começam a abrir seus sinais privados de wi-fi, organizações e governos se mobilizam para expandir a rede para espaços públicos e regiões onde ela ainda não chega, com acesso livre e gratuito.

ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu. No 240, jul. 2011 (fragmento).

A internet tem ouvidos e memória

Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela que, nos Estados Unidos, a população já passou mais tempo conectada à internet do que em frente à televisão. Os hábitos estão mudando. No Brasil, as pessoas já gastam cerca de 20% de seu tempo on-line em redes sociais. A grande maioria dos internautas (72%, de acordo com o Ibope Mídia) pretende criar, acessar e manter um perfil em rede. “Faz parte da própria socialização do indivíduo do século XXI estar numa rede social. Não estar equivale a não ter uma identidade ou um número de telefone no passado”, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da e.Life, empresa de monitoração e análise de mídias.

As redes sociais são ótimas para disseminar ideias, tornar alguém popular e também arruinar reputações. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar o que se publica nela. Especialistas recomendam que não se deve publicar o que não se fala em público, pois a internet é um ambiente social e, ao contrário do que se pensa, a rede não acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem se esconde atrás de um pseudônimo pode ser rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se exaltam e cometem gafes podem pagar caro.

Disponível em: http://www.terra.com.br.

Acesso em: 30 jun. 2011 (adaptado).

DAHMER, A. Disponível em:

http://malvados.wordpress.com. Acesso em: 30 jun. 2011.

GÊNERO EM FOCO – DISSERTATIVO

Page 36: Apostila 2 Ano

(ENEM 2010) Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema O Trabalho na Construção da Dignidade Humana, apresentando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

O que é trabalho escravoEscravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento da liberdade

A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para realizar derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agropecuárias, contratam mão de obra utilizando os contratadores de empreitada, os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.

Trabalho escravo se configura pelo trabalho degradante aliado ao cerceamento da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.

Disponível em: http://www.reporterbrasil.org.br. Acesso em: 02 set.2010 (fragmento).

O futuro do trabalho

Esqueça os escritórios, os salários fixos e a aposentadoria. Em 2020, você trabalhará em casa, seu chefe terá menos de 30 anos e será uma mulher.

Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo como trabalhamos e, consequentemente, como vivemos. E as transformações estão acontecendo. A crise despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos de administração. Em vez de grandes conglomerados, o futuro será povoado de empresas menores reunidas em torno de projetos em comum. Os próximos anos também vão consolidar mudanças que vêm acontecendo há algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupação com o meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos como pessoas também em nossos trabalhos. “Falamos tanto em desperdício de recursos naturais e energia, mas e quanto ao desperdício de talentos?”, diz o filósofo e ensaísta suíço Alain de Botton em seu novo livro The Pleasures and Sorrows of Works (Os prazeres e as dores do trabalho, ainda inédito no Brasil).

Page 37: Apostila 2 Ano

GÊNERO EM FOCO – DISSERTAÇÃO

(ENEM 2009) Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema O indivíduo frente à ética nacional, apresentando proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione coerentemente argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Millor Fernandes Disponivel em http://www2.uol.com.br/millor. Acesso em: 14 de jul. 2009.

Andamos demais acomodados, todo mundo reclamando em voz baixa como se fosse errado indignar-se. Sem ufanismo, porque dele estou cansada, sem dizer que este é um país rico, de gente boa e cordata, com

natureza (a que sobrou) belíssima e generosa, sem fantasiar nem botar óculos cor-de-rosa, que o momento não permite, eu me pergunto o que anda acontecendo com a gente.

Tenho medo disso que nos tornamos ou em que estamos nos transformando, achando bonita a ignorância eloquente, engraçado o cinismo bem-vestido, interessante o banditismo arrojado, normal o abismo em cuja beira nos equilibramos – nao malabaristas, mas palhaços.

LUFT, L. Ponto de vista. Veja. Ed. 1988, 27 dez. 2006 (adaptado).

Qual é o efeito em nós do “eles são todos corruptos”?

As denuncias que assolam nosso cotidiano podem dar lugar a uma vontade de transformar o mundo só se nossa indignação não afetar o mundo inteiro. “Eles são TODOS corruptos” e um pensamento que serve apenas para “confirmar” a “integridade” de quem se indigna.

O lugar-comum sobre a corrupção generalizada não é uma armadilha para os corruptos: eles continuam iguais e livres, enquanto, fechados em casa, festejamos nossa esplendorosa retidão.

O dito lugar-comum e uma armadilha que amarra e imobiliza os mesmos que denunciam a imperfeição do mundo inteiro.

CALLIGARIS, C. A armadilha da corrupção. Disponível em: http:/www1.folha.uol.com.br (adaptado).

REDAÇÃO – RASCUNHO

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Nome: Série: Turma: Turno: Tema: Proposta: Data:

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REDAÇÃO – A LIMPO

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Nome: Critérios avaliativos PontosSérie: Turma: Turno: Convenção de Escrita (E) Tema: Aspectos Gramaticais (G) Proposta: Aspectos Textuais (T) Data: Originalidade/criatividade

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TOTAL: REDAÇÃO – FINAL

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Page 40: Apostila 2 Ano

Nome: Critérios avaliativos PontosSérie: Turma: Turno: Convenção de Escrita (E) - 2,0 Tema: Aspectos Gramaticais (G) - 3,0 Proposta: Aspectos Textuais (T) - 4,0 Data: NOTA FINAL:

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Observações:________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________