“todos somos a força da união!”...revista agros nº26 . 3 editorial 2016, um ano de uniÃo...

52
N.26 TRIMESTRAL . EDIÇÃO GRATUITA Entrevista Bolsas de Terras - Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso p.6 Opinião Lacínios - Um grupo de alimentos a incluir durante todo o ciclo de vida p.14 Editorial “Todos somos a Força da União!”

Upload: others

Post on 03-May-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

N.26 TRIMESTRAL . EDIÇÃO GRATUITA

Entrevista

Bolsas de Terras - Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso p.6

Opinião

Laticínios - Um grupo de alimentos a incluir durante todo o ciclo de vida p.14

Editorial

“Todos somos aForça da União!”

Page 2: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

44COOPERATIVASAGRUPADAS

HORASDIAS

7 DIASSEMANA

365 DIASANO

RECOLHEMOSLEITE

1448PRODUTORES(2015)

A AGROS É LÍDER NA QUALIDADE,RASTREABILIDADE E RECOLHA DE LEITE

564Milhões LtsLEITE RECOLHIDOPOR ANO (2015)

1,5Milhões LtsLEITE RECOLHIDOPOR DIA (2015)

185Milhões €VOLUME NEGÓCIOS(2015)

A AGROS REPRESENTA

30%PRODUÇÃONACIONAL

45%PRODUÇÃOPORTUGAL CONTINENTAL

78%PRODUÇÂONORTE

PRODUÇÃO DE LEITE NO UNIVERSO AGROS

Page 3: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

REVISTA AGROS Nº26 . 3

Editorial

2016, UM ANO DE UNIÃO

Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação de toda a fileira a montante – Produtores de

leite, Cooperativas e outras organizações com as quais nos relacionamos, assim como, a entrega de todos os colaboradores, pois em conjunto, conse-guimos efetivamente inverter a trajetória e conso-lidar o Grupo AGROS.A este nível, tenho de destacar os resultados obtidos desde 2012, com a inversão dos resultados negativos de 2011 e 2012 e que possibilitaram que em Agosto de 2015, alcançássemos mais uma das principais etapas do nosso percurso: conseguir pagar integralmente o endividamento bancário da AGROS, UCRL.Este percurso não foi fácil, mas também não acre-dito no sucesso sem o verdadeiro “arregaçar as mangas”.Com efeito, e sem desviar um milímetro a nossa trajetória e a nossa missão, temos o dever de assumir que trabalhar para o futuro passará por ter sempre os olhos postos na maximização do valor da matéria-prima aos nossos Produtores, não só tentando pagar o melhor preço possível, mas acima de tudo, procurar novos produtos e serviços, com melhor relação qualidade-preço, nos diferentes segmentos dos fatores de produção que ajudem a baixar os custos de produção.De facto, a realidade macroeconómica do país não tem sido favorável: os apoios ao setor por parte da União Europeia não se fazem sentir no terreno; os lobby’s concorrentes ao leite efetuam uma abor-dagem falaciosa e ilusória dos produtos que trans-formam e intitulam-se de produtos de substituição ao leite; os mitos que teimam em se instalar acerca do leite, estão efetivamente a conseguir “tapar os olhos com a peneira” aos consumidores e estão a tentar retrair a apetência ao consumo da nossa matéria-prima de excelência.Face a estes desafios, e hoje mais do que nunca, temos de saber lidar com esta volatilidade e deli-near planos de atuação para evitar cenários menos

“Pela primeira vez na história da AGROS, em 66 anos da sua existência, iremos proceder à distribuição dos lucros gerados pela AGROS pelos nossos Produtores de Leite.Este será defi-nitivamente um marco histórico do trabalho, da perse-verança, e da luta de todos os dias, pela Produção de Leite e pelo futuro das nossas gentes.”

JOSÉ CAPELAPRESIDENTE DA DIREÇÃO DA AGROS

favoráveis e agir racionalmente em defesa da Produção de Leite. Por este motivo, é essencial o estabelecimento de regras e diretrizes que abar-quem o maior número de Produtores e realidades possíveis. A contratualização da compra de leite cru assume assim um papel determinante no equilíbrio da Produção do Leite.Pela primeira vez na história da AGROS, em 66 anos da sua existência, iremos proceder à distribuição dos lucros gerados pela AGROS pelos nossos Produ-tores de Leite. Este será definitivamente um marco histórico do trabalho, da perseverança, e da luta de todos os dias, pela Produção de Leite e pelo futuro das nossas gentes.Em 2016 vamos continuar a trabalhar e a bata-lhar por um futuro digno para o Setor Cooperativo agrícola e para as gerações vindouras. A este nível, saliento as principais orientações estratégicas para este novo ano:

- Garantir a estabilidade na Produção do Leite por via da criação da OP e da contratualização anual das quantidades a produzir, de forma a valorizar o Leite;

- Envolver as Cooperativas e fidelizar os Produ-tores às Empresas do Grupo;

- Promover os benefícios do Leite e o seu consumo;

- Reforçar as competências tecnológicas da AGROS e das Empresas do Grupo de forma a serem mais eficientes nos seus processos operacionais;

- Reforçar o Centro Partilhado de Serviços para a AGROS e Empresas do Grupo no sentido de tornar o Grupo mais eficiente e contribuir para a criação de valor à Produção;

- Dinamizar o Espaço AGROS com o intuito de promover a Origem e o Futuro do setor do Leite.

Termino com votos de um Próspero ano de 2016 e com um ímpeto que retrata, a meu ver, a família AGROS:

“Todos somos a Força da União!”

Page 4: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

4 . REVISTA AGROS Nº26

PROPRIEDADE E EDITORAAGROS - União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L.CONTACTOSLugar de Cassapos4490-258 Póvoa de VarzimTel. 252 241 000 - Fax. 252 241 009E-mail: [email protected] Url : www.agros.ptDIRETORJosé Fernando Martins CapelaPRODUÇÃO E COORDENAÇÃOServiço de MarketingSEDE DE REDAÇÃOLugar de Cassapos4490-258 Póvoa de VarzimN.º DE CONTRIBUINTE500291950DEPÓSITO LEGAL295758/09ISSN 1647-3264REGISTO NA ERC125612DESIGN E COMPOSIÇÃO GRÁFICAServiço de EventosIMPRESSÃO GRÁFICASersilitoEmpresa Gráfica, Lda.Travessa Sá e Melo, n.º2094471-909 [email protected] exemplaresPERIODICIDADETrimestral - out . nov . dez 2015FOTOSAGROS, U.C.R.L.; iStockPhoto; Shutterstock

Os textos publicados nesta edição são da responsabilidadedos respetivos autores.

Ficha Técnica

Consulte a Revistaem PDF:

Índice

3

5

6

8

10

12

14

18

20

22

24

26

28

30

34

46

Editorial> 2016, um ano de União

Destaque> A Ciência do Leite

Área Agrícola> Bolsa de Terras - Entrevista do Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso

A AGROS em ...> Entrevista ao Presidente da Direção da Cooperativa Agrícola da Feira, S. João

da Madeira, Gaia e Espinho, C.R.L.

Ucanorte XXI> Parceria Ucanorte XXI – Nufarm

Satisfação - Grupo AGROS > Agros Comercial

Opinião> Laticínios: Um grupo de alimentos a incluir durante todo o ciclo de vida

A AGROS em ...> Entrevista ao Presidente da Direção da Cooperativa Agrícola do Concelho de

Paredes, C.R.L.

Entrevista> Entrevista ao Senhor Presidente da Direção do IDARN

A AGROS em ...> Entrevista ao Presidente da Direção da Cooperativa Agrícola de Vieira do

Minho, C.R.L.

Satisfação - Grupo AGROS> Segalab

Boas Práticas> Boas Práticas na Produção de Leite – Saúde Animal

ABLN > 1.ª Exportação de Novilhas para Marrocos

Entrevista> Entrevista ao Senhor Presidente do Conselho de Administração do MAP

Acontecimentos

Espaço Lúdico> 2.º Passatempo AGROS Júnior – Premiados> Agenda Cultural Agrícola> Sabores da Nossa Terra> Sudoku e Palavras Cruzadas> Almanaque Popular

Page 5: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Por que razãoo leite azeda?

O leite não pasteurizado (leite cru) é uma potencial fonte de doenças. Por isso, se consumir leite cru, certifique-se da sua

proveniência e ferva-o obrigato-riamente antes de consumir, conservando-o, de seguida,

no frigorífico.

A CIÊNCIA DO LEITEO leite de vaca, tal como é produzido nas explorações agrícolas, é designado por leite cru, o que significa que não foi submetido a qualquer tratamento térmico ou físico.O tratamento térmico do leite cru é uma operação essencial para assegurar a preservação da qualidade do produto e, com isso, a saúde do consumidor.

Destaque

4-5 dias (no frigorífico)EMBALAGEM FECHADA

1 dia (no frigorífico)EMBALAGEM ABERTA

3 meses (temperatura ambiente)EMBALAGEM FECHADA

2-3 dias (no frigorífico)EMBALAGEM ABERTA

1 ano (temperatura ambiente)EMBALAGEM FECHADA

2-3 dias (no frigorífico)EMBALAGEM ABERTA

LeitePASTEURIZADO

LeiteUHTO leite ultrapasteurizado é conhecido por leite UHT – “ultra high temperature” – iniciais de designação desse processo de trata-mento.

LeiteESTERILIZADOExiste, ainda, um terceiro processo de tratamento térmico do leite, ainda que cada vez menos usual – a esterilização. Na esterilização o leite é submetido a um tratamento térmico ainda mais drástico, sendo sujeito, durante alguns segundos, a uma temperatura entre 130-140oC. Após arrefe-cimento e embalamento hermético, o produto é novamente aquecido entre 110-120oC ao longo de cerca de 15 minutos. Este é um leite mais pobre do ponto de vista nutricional sofrendo alterações profundas no seu teor vitamínico. Nota-se, também um certo sabor caramelizado e uma colo-ração acastanhada.

O que é apasteurização do leite?

A pasteurização é, por definição, a «operação que consiste em submeter um produto à ação do calor

durante um certo tempo, com o fim de impedir ou de para-lisar o desenvolvimento de microrganismos».

Foi Louis Pasteur (1822-1895), cientista francês que, no decurso do século XIX, desenvolveu a pasteurização, processo que permitiu,

posteriormente, melhorar a conservação de qualidade do leite para consumo humano. Com a pasteurização, o leite é submetido a elevadas temperaturas, atingindo valores entres os 72oC a 76oC, durante 15 a 20 segundos. De seguida, o leite é imediatamente arrefecido, resultando um leite sem bactérias causadoras de doenças. Convém, contudo, manter o leite pasteurizado conservado a baixas temperaturas no

local do frigorífico destinado aos laticínios. Quer esteja pasteu-rizado ou não, o leite acaba por se estragar quando as bacté-

rias não patogénicas se multiplicam. Com a pasteurização altera-se o menos possível o produto em termos de

sabor e aspeto. Mesmo assim, o leite perde algumas vitaminas (B6, B12 e C).

?

O que é aultrapasteurização?

A ultrapasteurização é uma técnica desenvolvida a partir de meados do

século XX. Neste processo, o leite é tratado a temperaturas mais elevadas do que na

pasteurização, normalmente a 145oC, entre dois a quatro segundos, sendo de imediato arrefecido até aos 20oC. O choque térmico elimina todas as bactérias que causam a destruição do leite e prejudiciais à saúde.

O valor nutritivo deste leite não é muito inferior ao do leite pasteu-

rizado.

??

REVISTA AGROS Nº26 . 5

Page 6: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Área Agrícola

A Câmara Municipal de Santo Tirso lançou uma Bolsa de Terras Municipais. Qual é o objetivo desta iniciativa?Esta iniciativa, inserida no programa do INVEST San-to Tirso - Gabinete de Apoio ao Investidor, tem como objetivo ajudar quem quer dedicar-se à agricultura e não tem onde fazê-lo, bem como reabilitar os espaços de terrenos abandonados. Em resultado da conjun-tura socioeconómica com que o país se depara, veri-fica-se um novo e crescente interesse na exploração de terras com aptidão agroflorestal, numa lógica de produção familiar ou empresarial. Tendo em conta o elevado número de terrenos inutilizados no concelho, a Câmara de Santo Tirso decidiu avançar com a im-plementação desta Bolsa de Terras Municipal. A Bolsa de Terras Municipal facilita o acesso à terra através da disponibilização de terras, designadamente quan-do as mesmas não sejam utilizadas, através de uma melhor identificação e promoção da sua oferta. Esta iniciativa visa encontrar proprietários dispostos a ce-der por arrendamento os seus prédios rústicos para explorações agrícolas ou florestais. Atualmente, a Câ-mara Municipal de Santo Tirso já tem 15 hectares dis-poníveis, e interessados de cidades vizinhas.

A quem se destina a Bolsa de Terras?A todos os possíveis interessados. A nossa intenção passa, sobretudo, por dinamizar os terrenos abando-nados. Claro que se, consequentemente, pudermos contribuir, por um lado para ajudar a resolver situa-ções de desemprego e, por outro, a atrair investidores de fora, tanto melhor. Podem candidatar-se à Bolsa de Terras de Santo Tirso todos os empreendedores, pes-soas individuais maiores de 18 anos, ou empresas, que estejam interessadas em desenvolver um negócio agrí-cola ou florestal nas terras disponibilizadas nesta bolsa.

Resumidamente, de que se trata esta bolsa?De uma forma simplificada, podemos dizer que esta bolsa é, no fundo, uma “facilitadora” no encontro de vontades, entre quem quer terrenos para cultivar e quem tem terrenos abandonados. Os terrenos exis-tentes no concelho que estejam disponíveis, estão a ser identificados e elencados, e a Bolsa de Terras Municipal vai traduzir-se numa espécie de plataforma online que os interessados poderão consultar, ser-vindo a autarquia de mediadora. Na prática, trata-se de uma base de dados com informação, desde áreas de terrenos, requisitos e formalidades legais, bem

BOLSAS DE TERRASEntrevista do Presidente da Câmara Municipal de Santo TirsoDr. Joaquim Couto

6 . REVISTA AGROS Nº26

Page 7: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

como especificidades e caraterísticas da terra para o cultivo. Através desta bolsa, os proprietários que não estejam interessados em cultivar um espaço, podem encontrar um arrendatário e garantir um rendimento anual. Além de beneficiarem da renda, os “senhorios” deixam de ser obrigados a pagar os custos relativos à limpeza do terreno, de acordo com a lei em vigor.

Qual será o papel que a Câmara Municipal assume nesta iniciativa?A Câmara assumirá o papel de facilitadora no proces-so burocrático entre o proprietário e quem vai arren-dar, mas também terá a tarefa de acompanhar o pro-cesso e o novo negócio.A bolsa é um cardápio identificativo do que existe. E o investidor tem a vida facilitada se quiser fazer in-vestimento na área, assim como o proprietário acaba por ter vantagens em não ter o terreno abandonado. Como mediadora, a Câmara realiza os contratos de arrendamento, e alguns dos nossos engenheiros vão analisar o solo, para ajudar os arrendatários.

A Bolsa de Terras Municipais integra o projeto con-celhio “Invest Santo Tirso”, um Gabinete de Apoio ao

Investidor que a câmara lançou em Maio deste ano. Qual é o balanço do trabalho efetuado até à data?Bem, passados sete meses desde o lançamento do IN-VEST Santo Tirso - Gabinete de Apoio ao Investidor, o balanço do trabalho desenvolvido é muito positivo. Temos recebido várias delegações de investidores à procura de informação. Têm-nos procurado, sobretu-do, empresas que analisam localizações para inves-timentos novos ou empresas locais que pretendem alargar as instalações. Estimamos que, nestes sete meses, tenham sido criados em Santo Tirso cerca de 150 novos postos de trabalho, um número que acre-ditamos que, no espaço de dois anos, aumentará para as quatro centenas. Há ainda muito trabalho pela frente, mas estamos no caminho certo. Exemplo dis-so foi termos conseguido a fixação em Santo Tirso da multinacional Weg, um dos maiores fabricantes mun-diais de motores e equipamentos elétricos. Este é um investimento importante na diversificação do empre-go e do setor produtivo do concelho, e estamos certos que vai ainda estimular a economia da região ao criar sinergias com outras empresas.

1. Exemplo de terreno disponível; 2. 1.ª Sessão pública - Câmara Municipal de Santo Tirso

1

2

REVISTA AGROS Nº26 . 7

Page 8: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

A AGROS em ...

No atual contexto do setor agrícola nacional, como descreve o papel e ação da Cooperativa Agrícola da Feira, São João da Madeira, Gaia e Espinho C.R.L.? O papel da Cooperativa é fundamental, pois é a ponte da relação entre o Associado e o consumidor. As ques-tões burocráticas estão tão conectadas entre si que os associados acabam por nos procurar para a resolução de vários problemas e responsabilidade nas informações e procedimentos relacionados com as suas atividades.

Qual o principal pilar económico da vossa Cooperati-va e que outras atividades vos estão associadas?Esta Cooperativa não está dependente de um único pilar económico, mas sim de um conjunto de fatores que nos permitem facilitar a movimentação a nível fi-nanceiro, comercial e humano. Operamos na base da polivalência humana, diversidade comercial, e autono-mia financeira.

Desde 1993 que é Presidente da Organização, que balanço faz desses anos e como espera enfrentar os seguintes?A Direção da Cooperativa já passou por diferentes fa-ses, com mais ou menos dificuldades, mas sempre con-seguiu solucionar eficazmente os problemas que foram surgindo. Atualmente, o futuro não parece risonho, já

CFSJGE - Cooperativa Agrícola da Feira, S. João da Madeira,Gaia e Espinho, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Sr. António Pinheiro

1

TEXTOAGROS

que a nível governamental não existem facilidades. Por outro lado, a crise que se tem vivido, é um impulso para enfrentar os obstáculos com outra perspetiva. Va-mos acreditar no aparecimento de novas ideias e me-lhores atitudes. Vamos acreditar no desenvolvimento sustentável.

Que condições considera que seriam importantes ser colocadas ao dispor dos jovens, para aproximá-los do setor agrícola?Os jovens têm de compreender, pois tudo tem um prin-cípio, que estão numa posição privilegiada, apesar de que, os subsídios do passado, os colocam numa posição ingrata para arrancar com projetos que possam vingar a longo prazo. As condições têm de ser criadas de raiz, através da formação prática, e com resultados visíveis para dar alento aos que se propõem investir na área.

Como analisa a situação do Setor Cooperativo em Por-tugal?O Setor Cooperativo está em queda acentuada. Um se-tor primário em decadência mostra nitidamente que a economia está dependente de tudo e de todos, quan-do não produzimos para autoconsumo, estamos a gas-tar divisas em bens de primeira necessidade em vez de rentabilizar os nossos solos. Os setores não têm força

8 . REVISTA AGROS Nº26

Page 9: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

1948Início daAtividade

740Número deAssociados

1Produtorde Leite

33Número de

Colaboradores

9,4Milhões €(Volume de

Negócios em2014)

2

1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita:Manuel Coimbra (Secretário), António Pinheiro (Presidente) e José Ferreira Leite (Tesoureiro).

suficiente para motivar um dos principais motores da economia.

A realidade do Grupo AGROS passa por ajudar em ob-ter melhores condições comerciais em todos os fatores de produção necessários à produção de leite e à ativi-dade agrícola. Em que medida entende que o Grupo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Produtores?Como todos os grupos, quanto mais fortes, mais poder negocial têm. A AGROS, em particular, possui quase o monopólio do leite graças à fidelização do Produtores. Esse é um fator benéfico, se existir uma relação justa entre os Associados que colaboram com toda a sua produção e o preço.

Para finalizar, que mensagem pretende transmitir aos vossos Associados?Os Associados da Cooperativa Agrícola da Feira, S. João da Madeira, Gaia e Espinho podem contar com o em-penho e dedicação desta Direção para os ajudar, sem-pre que necessário, a manter uma agricultura de exce-lência e uma tradição que nunca vai passar de moda. Olhando para o futuro com determinação e confiança nas potencialidades do nosso concelho e, principal-mente, na capacidade dos nossos Associados e de to-dos os que se queiram juntar a nós.

REVISTA AGROS Nº26 . 9

Page 10: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

PARCERIAUcanorte XXI - Nufarm

Ucanorte XXI

O mercado dos produtos fitofarmacêuticos em Por-tugal continua demasiado protegido por interes-ses dúbios que não permite a livre concorrência

dos produtos dentro da comunidade europeia. A bu-rocracia instalada nos serviços que regulamentam as li-cenças para comercialização de produtos no nosso País, torna quase impossível que os agentes comerciais pos-sam comercializar produtos licenciados noutros países da União Europeia, colocando os nossos Produtores em situação de concorrência desleal quando na maioria das vezes os preços dos produtos nos nossos vizinhos (Es-panha) são muito mais competitivos que no nosso país.Para tentar minimizar estas diferenças a Ucanorte XXI estabeleceu uma parceria com a Nufarm, uma das maio-res empresas do mundo de produtos fitofarmacêuticos. Estamos convencidos que este acordo vai ser muito be-néfico aos nossos Produtores por várias razões, entre as quais destacamos a nossa pretensão de regular o mer-cado com preços muito competitivos e, por outro lado, colocar ao dispor dos Produtores soluções de proteção para as culturas da região.A Nufarm Portugal, Lda é uma filial da empresa austra-liana Nufarm Limited, tendo como atividade principal a produção e comercialização de produtos fitofarma-cêuticos. Esta tem apresentado um forte crescimento, o qual se deve à confiança crescente que os agriculto-

res têm vindo a depositar nos seus produtos e serviços tornando-os mais competitivos ao nível do mercado.A Nufarm Limited, no âmbito da proteção de culturas agrícolas, é considerada uma das maiores empresas do mundo. Produz produtos destinados ao combate de pragas e outras doenças das culturas agrícolas, as quais têm sido, ao longo da história, uma das preocupações dos agricultores, dado que compromete a sua compe-titividade agrícola.Com produção na Austrália, Nova Zelândia, Ásia, Euro-pa e na América, a Nufarm Limited está representada em 22 países, vendendo os seus produtos em mais de 100 países distribuídos por todo o mundo. A reputação da empresa aliada à qualidade dos seus produtos deve-se ao seu potencial humano (cerca de 2.800 pessoas), à inovação e ao seu suporte técnico. É líder de mercado com os produtos Amitrol, Phenoxy, Bromoxinil e Ioxinil, e ocupa uma posição significativa no mercado relativa-mente aos produtos Glifosato e Cobres.A Nufarm Portugal tem um portfólio adaptado às ne-cessidades dos agricultores portugueses focando-se no desenvolvimento de soluções das culturas com maior expressão no Minho: milho, vinha e hortícolas. Mas também acompanha o crescimento de culturas emer-gentes como frutos vermelhos e kiwi, sendo: inovador, rápido, diferente, melhor e eficaz.

TEXTOUCANORTE XXI

10 . REVISTA AGROS Nº26

Page 11: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

REVISTA AGROS Nº26 . 11

A Nufarm Portugal che-ga a cada agricultor com uma equipa jovem e dinâ-mica apresentando solu-ções como Kaiso, Nurelle, Emblem Flo e Crew. Num mundo em crescimento procura sempre a melhor forma de fazer acontecer preparando a cada ano o alargamento e ajustamen-to de portfólio.

Page 12: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Bertelina Costa e família

ExploraçãoBertelina Costa Vila de Punhe, Viana do Castelo

Ano da Fundação1995

Satisfação - Grupo AGROS

Quais foram as principais razões/motivações que o levaram a optar pelos serviços/produtos comercializados pela Agros Co-mercial? Antes de mais, esta Exploração em Viana do Castelo é totalmen-te nova. Anteriormente possuía uma Exploração em Barcelos que, por diversos motivos, não era viável. Foi então necessário efetuar um investimento na construção desta nova Exploração, missão para a qual escolhemos como parceira a Agros Comercial, que já nos acompanhava anteriormente. As principais razões que nos levaram a optar pelos produtos e serviços da Agros Comer-cial foram a qualidade e tecnologia de todos os equipamentos e produtos. Todos os materiais que se encontram relacionados com o bem-estar animal na nossa Exploração foram fornecidos pela Agros Comercial.

Que produtos/serviços fornecidos pela Agros Comercial usa? Na nova Exploração investi em diversos equipamentos da Agros Comercial, tais como a máquina de ordenha, tanque de refrigeração, material tubular para o estábulo (cubículos, barreiras, cornadis), camas para os animais, bebedouros, entre outros. Utilizo, ainda, os produtos de higienização de pré-dipping e pós-dipping.

Que resultados espera obter com os equipamentos na sua Ex-ploração? O que motivou este investimento?Os resultados que procuro, obviamente, são o aumento da produção e qualidade do leite. O bem-estar animal é o principal foco, e isso reflete-se no produto final.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracte-rizariam a Agros Comercial, qual escolheria? Qualidade, preço, profissionalismo, competência técnica ou outro, que considere pertinente? O apoio e competência técnica são, sem dúvida, o maior atributo. A qualidade dos produtos instalados também é, obviamente, de extrema importância.

Pretende manter a Agros Comercial como parceira da sua Exploração?Sim, pretendo. Já era cliente da Agros Comercial na Exploração em Barcelos, e recomendo os seus serviços e produtos, daí termos optado novamente pela Agros Comercial na montagem da nova Exploração em Viana do Castelo. Estou satisfeita e pretendo continuar esta parceria.

Nº de Animais167, dos quais 70 vacas lactantes

Cliente Agros ComercialDesde 1995

Quantidade Contratualizada722.000 Lts

Cliente Empresas Grupo AGROSSegalab; Ucanorte XXI; Lusogenes;ABLN

12 . REVISTA AGROS Nº26

Page 13: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Rua 5 de Outubro, 16904480-647 VILA DO CONDETEL 252 241 [email protected]

Assistência Técnica àProdução de Leite, Lda

GRU

PO A

GRO

S

EQUIPAMENTOS EPRODUTOS DE HIGIENE

MANUTENÇÃO EASSISTÊNCIA TÉCNICA

EQUIPAMENTO DEORDENHA E REFRIGERAÇÃO

MATERIAL PARAESTÁBULOS

SOLUÇÕES DE CONFIANÇA

Page 14: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

LaticíniosUm grupo de alimentos a incluirdurante todo o ciclo de vida

Artigo de Opinião

4-11porçõesCereais ederivados,tubérculos

1-2porçõesLeguminosas

1,5 - 4,5porçõesCarnes,pescado e ovos

3-5porções

Fruta

1-3porções

Gordurase óleos

2-3porçõesLatícínios

1,5 a 3 LtsÁGUA

3-5porções

Produtos Hortícolas

Os laticínios representam um grupo de alimentos onde se inclui o leite, os diversos tipos de queijos (curados e frescos), o requeijão, o leite fermentado e os iogurtes. Este grupo de alimentos apresenta uma riqueza nutri-cional bastante interessante, o que o torna fundamen-tal para ser incluído no dia-a-dia alimentar ao longo de todo o ciclo de vida. Para além de fornecer uma boa quantidade de proteí-nas de elevado valor biológico, apresenta também uma elevada quantidade de vitaminas e minerais, como a vitamina A, a B2, a B12, o cálcio, o fósforo, o potássio ou o iodo. Fornecem ainda hidratos de carbono, sobre-tudo no formato de lactose, e gordura. Neste último caso, tendo em conta que uma parte da gordura prove-

niente dos laticínios é saturada, será importante prefe-rir os laticínios com menor quantidade deste nutriente, visto ser um tipo de gordura que apresenta algumas desvantagens a nível da saúde, ou seja, sempre que possível devemos preferir as versões magras destes alimentos. Além disso, apresentam na sua constituição substâncias com propriedades fisiologicamente ativas, como o ácido butírico, as imunoglobulinas ou os pép-tidos ativos.Se consultarmos os guias alimentares existentes em cada país veremos que é elemento comum a recomen-dação do consumo de laticínios. Poderá variar a quan-tidade ou frequência recomendada, mas estão sem-pre presentes. Os guias alimentares são conjuntos de

TEXTOHELENA REALNutricionistaSECRETÁRIA-GERAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS

Figura 1RODA DOS

ALIMENTOS, Guia Alimentar

Português.

FonteFCNAUP

Instituto do Consumidor,

2006

IlustraçãoAGROS U.C.R.L.

14 . REVISTA AGROS Nº26

Page 15: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Quantos mais vegetais , e maior a variedade, melhor.

Batatas e batatas fritas não contam.

Escolha peixe, frango, feijão e nozes; limite carne vermelha e queijo; evite bacon, fiambres e carnes

embutidas, e outras carnes processadas.

Coma muitas frutas de todas as cores.

Use óleos saudáveis (como azeite de oliva e de canola) para cozi-nhar, em saladas, e na mesa.Limite manteiga.Evite gorduras trans.

MANTENHA-SE ATIVO!

PRATO: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Beba água, chá ou café (com pouco ou sem açúcar). Limite leite / laticínios (1-2 porções dia) e sumo (1 copo pequeno / dia) Evite bebidas açucaradas.

Coma uma variedade de cereais integrais (como pão integral,

massa integral e arroz inte-gral), limite grãos refinados (como arroz branco e pão branco).

Figura 2PROPOSTA DA UNIVERSIDADE DE HARVARD PARA UMAREPRESENTA-ÇÃO GRÁFICA DE RECOMENDA-ÇÕES ALIMEN-TARES

FonteHarvard T.H. Chan School of Public HealthThe Nutrition Sourcewww.hsph.harvard.edu/nutritionsource

Harvard Medical SchoolHarvard Health Publicationswww.health.harvard.edu

IlustraçãoAGROS U.C.R.L.

orientações para uma alimentação mais saudável para a população de um país ou de uma região, construídos com base na especificidade da sua alimentação e na evidência científica existente. Normalmente, os guias alimentares apresentam imagens gráficas que auxiliam a sua interpretação, sendo elas na maioria das vezes rodas ou pirâmides. Vejamos o caso de Portugal, cujo guia alimentar oficial é a Roda dos Alimentos e onde está presente a recomendação de consumo diário de 2-3 porções de laticínios (Figura 1).

Se analisarmos outros guias como o do Reino Unido, da Espanha, da Alemanha, da China, da Austrália, da África do Sul, do Canadá, dos Estados Unidos ou de

muitos outros países, verificamos que a recomenda-ção de consumo de laticínios está também incluída. Recentemente, a Universidade de Harvard propôs um modelo gráfico tendo por base recomendações ali-mentares com fundamento científico, onde recomen-davam um consumo moderado de laticínios (Figura 2). Na altura da publicação desta informação houve alguma confusão na mensagem tendo sido entendi-do que recomendavam a eliminação dos laticínios da alimentação diária, mas tal não correspondia à reali-dade, pois apenas apelavam à moderação, facilmente percebida no contexto americano, em que o consumo de laticínios, sobretudo leite, é acima das necessida-des da população.

REVISTA AGROS Nº26 . 15

Page 16: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Artigo de Opinião

A PIRÂMIDE DA DIETA MEDITERRÂNEA: Um estilo de vida para os dias de hojeRecomendações para a população adulta

SEM

ANAL

MEN

TE

Doces ≤ 2p

Batatas ≤ 3p Carnes Vermelhas < 2pCarnes processadas ≤ 1p

Carnes brancas 2pPeixe / Pescado ≥ 2p

Ovos 2 - 4 pLeguminosas secas ≥ 2p

DIA

RIA

MEN

TE

Laticinios 2p(de preferência magros)

Azeitonas / nozes /sementes 1-2p

Ervas Aromáticas / especiarias /alho / cebolas

(menos sal de adição)Variedade de aromas / sabores

A CA

DA

REF

EIÇÃ

O

PRIN

CIPA

L

Frutas 1-2 | Hortícolas ≥ 2p(Variedades de cores e texturas)(cozinhados / cruz)

AzeitePão / Massas / Arroz / Couscous /

Outros cereais 1-2p(de preferência integrais)

Água e infusões

Atividade física regularDescanso adequadoConvivência

Locais e amigos do ambienteAtividades culinárias

Biodiversidade e sazonalidadeProdutos tradicionais

Porções de alimentos baseados na frugalidade e nos hábitos locais

Vinho em moderação e de acordo com as crenças sociais

Por outro lado, podemos ainda consultar as recomen-dações da Dieta Mediterrânea, um dos padrões ali-mentares mais saudáveis, baseado em evidência cien-tífica. Neste caso, é recomendado o consumo diário de laticínios, sobretudo queijo e iogurtes (Figura 3).

Desta forma, a recomendação do consumo de laticí-nios tem uma base sólida, devendo o mesmo ocorrer em todas as fases da vida de forma a garantir um bom crescimento, desenvolvimento e manutenção do nos-so organismo. Por serem alimentos de elevado valor nutricional, são reconhecidos como sendo essenciais numa alimentação saudável ao longo de toda a vida. Acresce, ainda, o facto de serem de fácil acesso, trans-porte e consumo.

Figura 3PIRÂMIDE DA DIETA

MEDITERRÂ-NEA

FonteFundación Dieta

Mediterránea, 2010

IlustraçãoAGROS U.C.R.L.

No quadro 1 apresentam-se as principais vantagens do consumo de laticínios nas várias fases do ciclo da vida.Será ainda importante reforçar a importância de se consultar os rótulos alimentares de forma a serem efetuadas as escolhas mais acertadas, ou seja, preferir as opções com menor gordura, com menos açúcar, no caso dos iogurtes, e de origem nacional. Em situações em que se verifique intolerância à lactose, podem ser selecionadas as opções de laticínios sem lactose já dis-poníveis no mercado, obtendo-se assim os restantes benefícios deste grupo de alimentos. Não esquecer ainda que o consumo de laticínios deve acompanhar uma alimentação e estilo de vida equili-brados, saudáveis e completos, adequados às necessi-dades de cada indivíduo.

16 . REVISTA AGROS Nº26

Page 17: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

FASE DO CICLO DE VIDA É IMPORTANTE CONSUMIR LATICÍNIOS PORQUE...

INFÂNCIA

É uma fase de rápido crescimento

Verifica-se a formação óssea e dentária

Ocorre o desenvolvimento neurológico onde a satisfação das necessidades de diversas vitaminas e minerais é imprescindível

Aumentam as necessidades de cálcio, fósforo, zinco, ferro, magnésio, vita-minas A, B, C, D, ácido fólico

ADOLESCÊNCIA

É uma fase de crescimento abrupto

Aumentam as necessidades nutricionais

Se se verificarem carências em proteínas, vitaminas do complexo B e minerais, como o cálcio, pode ser comprometido o bom desenvolvimento neurológico, físico e hormonal

GRAVIDEZ E LACTAÇÃO

Verificam-se alterações no metabolismo do cálcio do organismo da mulher

Aumentam as necessidades de vitaminas do complexo B

IDADE ADULTA

Verifica-se um pico da massa óssea aos 30 anos, sendo necessário fornecer cálcio e fósforo em quantidades necessárias e de forma contínua até esta fase

Com a menopausa, nas mulheres, há maior perda da massa óssea

IDADE SÉNIOR

O envelhecimento conduz a alterações fisiológicas

Verifica-se uma diminuição da massa óssea e da massa muscular

Aumentam as necessidades de vitaminas do complexo B, cálcio, ferro e zinco

É fundamental o consumo de proteínas de alto valor biológico

Auxilia o consumo de alimentos de fácil mastigação e digestão

Quadro 1RESUMO DAS PRINCIPAIS VANTAGENS DO CONSUMO DE LATICÍNIOS EM CADA FASE DO CICLO DA VIDA

IlustraçãoAGROS U.C.R.L.

REVISTA AGROS Nº26 . 17

Page 18: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

A AGROS em ...

Atualmente, como retrata a agricultura na área social da vossa Organização? Há cerca de 30 anos atrás, no concelho de Paredes, sub-sistia uma agricultura regional, visto que este se encon-trava deslocado da área metropolitana do Porto e já in-serido na Beira Interior de Portugal. Portanto, na época existia um número considerável de Produtores de Leite, enquanto hoje em dia temos apenas 5. Atualmente, a atividade agrícola no nosso concelho é, basicamente, de subsistência, com pequenos agricultores de hortícolas que também se dedicam à avicultura, cunicultura, suini-cultura, etc. Além de alguns setores menos específicos, o setor vitivinícola talvez seja o mais globalizado a nível do concelho de Paredes.

Quais os serviços e secções existentes na vossa Coope-rativa ao dispor dos vossos Associados?Além da secção comercial, possuímos a secção OPP; a secção Alimentar onde vendemos alguns produtos de produtores do concelho; Serviços Administrativos de apoio ao agricultor; Serviços Técnicos, alguns desses orientados, fundamentalmente, para novas culturas que surgem no mercado, novos produtos fitossanitários e apoio ao agricultor; e dispomos, ainda, de uma secção de Formação.

Que balanço faz do trabalho já realizado como Presi-dente da Cooperativa desde 1980 e que projetos tem em mente para o futuro?Os meus 35 anos enquanto Presidente desta Coopera-tiva foram vividos em duas grandes fases. Como é de conhecimento geral, as Cooperativas, inclusive a Coo-perativa Agrícola de Paredes, surgiram na sequência da extensão dos Grémios da Lavoura com o 25 de abril de 1974. Por essa altura, verificou-se um certo dinamis-mo na agricultura nacional. O concelho de Paredes não foi exceção! Este acontecimento, em conjunto com os apoios cedidos pela então Comunidade Económica Eu-ropeia, permitiram dinamizar o setor agrícola. Por um lado, o incentivo à comunidade, motivado pelos apoios comunitários e, por outro lado, a mudança de um Gré-mio de Lavoura, que se encontrava numa situação es-tática, para uma Cooperativa Agrícola, resultaram numa maior afluência de agricultores. Esta situação manteve-se ao longo de uma ou duas décadas. No entanto, no início deste século, surgiu a necessidade de reestruturar a Cooperativa. O abaixamento do leite e a diminuição de carne foi progressiva, e como consequência foi surgindo a ideia de aproveitar as instalações da Cooperativa e tor-ná-la polivalente, construindo um conjunto de espaços que têm como finalidade o aluguer e que, eventualmen-

Cooperativa Agrícola do Concelho de Paredes, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Eng.º José Leão

1

TEXTOAGROS

18 . REVISTA AGROS Nº26

Page 19: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

A realidade do Grupo AGROS passa por ajudar em ob-ter melhores condições comerciais em todos os fatores de produção necessários à Produção de Leite e à ativi-dade agrícola. Em que medida entende que o Grupo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Produtores?É evidente que a AGROS tem dado um enorme apoio no desenvolvimento da agricultura regional e, principal-mente, no Setor Leiteiro. A AGROS alargou a sua ativi-dade de apoio ao setor através das suas empresas par-ticipadas - desde a produção de carne, aos fatores de produção, ao leite, à sanidade animal - e muito têm con-tribuído, ao longo destes anos, para a evolução do setor. Um desafio que propunha à AGROS, que se encontra numa posição privilegiada, em termos intelectuais, se-ria o de motivar uma nova evolução agrícola na região. Eu acho que há uma enorme carência de conhecimento de gestão na região. Somos bons produtores e sabemos produzir bons produtos, mas somos péssimos comer-ciantes e gestores de vendas. Há na região uma enorme carência, que é produzirmos para quem e a que preço. Com certeza que a AGROS tem como principal finalidade o setor leiteiro, e deve defendê-lo com unhas e dentes, no entanto, considero que lhes é possível dar esse apoio através das associadas no escoamento do produto. Faz-nos falta a centralização, a recolha, a transformação e o empacotamento de produtos, porque a distribuição ao público já existe pelas grandes superfícies.

Para finalizar, qual a mensagem que pretende deixar aos Associados da Cooperativa?A agricultura hoje em dia é um setor tão exigente como os demais setores existentes em Portugal. É necessário evoluir de forma a garantir um futuro sustentável. Há a necessidade de quando se iniciar a atividade haver uma noção de gestão para se saber o que fazer, o enquadra-mento a produzir e saber a quem vender o que produzi-mos. Não posso terminar sem deixar uma mensagem de positivismo porque, apesar das bolsas agrícolas serem cada vez mais reduzidas, vai continuar a haver agricul-tores e, consequentemente, agricultura. Acredito que a natalidade em Portugal vai aumentar e, por isso, daqui a 50 anos vai haver mais e melhores agricultores, e ainda mais satisfeitos. Por fim, que estejam ao nível das res-tantes profissões.

1975Início daAtividade

1364Número deAssociados

5Produtores

de Leite

14Número de

Colaboradores

1.6Milhões €(Volume de

Negócios em2014)

te, poderão ser comprados e permitirão à Cooperativa manter o seu funcionamento, mesmo com um número menor de agricultores com atividades mais restritas, e desenvolver a atividade a que está destinada: apoiar o agricultor.

Atualmente um dos assuntos na ordem do dia, é o re-juvenescimento do Setor Cooperativo Agrícola, que estímulos considera que deveriam ser implementados para aproximar os jovens ao setor?Hoje em dia, as regras do mercado alteraram-se em to-dos os níveis, e na agricultura não foi exceção. Tendo este facto em consideração, acredito que um dos primeiros apoios que deveria ser exigido em substituição do P1 - as terras que o jovem agricultor vai trabalhar - deveria ser uma formação, de 8 ou 15 dias, em que lhe fossem in-cutidos conhecimentos de gestão. Desta forma, o jovem agricultor, para além do conhecimento histórico, e com certeza familiar, tivesse algumas bases e noções do que é a gestão agrónoma. Defendemos, ainda, que deveria existir apoio técnico na instalação - desde obras agrícolas, engenharia agrícola, mecanização - depois de optada pela cultura base, já que hoje em dia é necessário ser-se espe-cialista naquilo que se produz. Para além do apoio técni-co na instalação, em que técnicos os poderiam orientar e acertar estratégias de acordo com o interesse do jovem agricultor, também deveria ser levantada a questão do que vai produzir, para quê e para quem. Genericamente, somos bons produtores agrícolas em qualquer ramo. So-mos eficientes e produzimos produtos de alta qualidade, mas o grande problema é o escoamento. Produzir para quê, para quem e a que preço.

Como analisa a situação do Setor Cooperativo em Por-tugal?Conheço razoavelmente o Setor Cooperativo em Portu-gal, em particular o de Entre-o-Douro e Minho, e este está envelhecido. É necessário dar lugar a gente nova. Por exemplo, deveria ser instituído um número limite de mandatos para a presidência de uma Cooperativa. Há que implementar mudanças para não criar velhos hábi-tos e rotinas. O mundo evoluiu rapidamente, e a globa-lização e informatização levou-nos rapidamente para o futuro. Acho que devemos ser rejuvenescidos.

2

1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita:António Pinto (Secretário), José Leão (Presidente) e José Santos (Tesoureiro).

REVISTA AGROS Nº26 . 19

Page 20: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Entrevista

O IDARN elegeu os novos Órgãos Sociais para o triénio 2015-2018, nos quais foi reeleito Presidente da Dire-ção. Como encara esta eleição?Antes de mais, irei recuar à fundação do IDARN - Insti-tuto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte - que é criado pela Reitoria da Universidade do Porto. Na altura, era vice-reitor da Universidade do Porto e, sendo reitor no momento o Professor Doutor Alberto Amaral, proporcionou-se um encontro com o Senhor Fernando Mendonça que se fez acompanhar pelo Eng.º Torres que era Presidente da Direção Regional de Agri-cultura e Pescas do Norte (DRAPN). A certa altura, em conversa com estes dois últimos, referiram que a agri-cultura, nomeadamente a minhota, precisava de uma urgente reestruturação. E, assim, criou-se o IDARN. Portanto, desde a sua fundação, esta instituição está diretamente ligada à AGROS, por via do Senhor Fer-nando Mendonça. É, por isso, lógico que sempre tenha acompanhado de perto toda a evolução do IDARN até à altura em que tomei posse do cargo de Presidente da Direção no ano de 2006, numa época em que o futuro desta associação era incerto. A atual Direção é um sucedâneo das outras direções e penso que este será o meu último mandato. Encaro esta eleição com entusiasmo, especialmente porque prevejo um futuro promissor para o IDARN, fruto da eleição destes novos Órgãos Sociais, pois possui ele-mentos de diversas instituições (Ucanorte XXI, AGROS U.C.R.L., ABLN, etc.), que pertencem à indústria, jun-tamente com um elemento nomeado pela Reitoria da Universidade do Porto. Todos têm demonstrado vonta-de de trabalhar com afinco na criação de novos proje-tos em prol do setor.

Tomada de Posse dos ÓrgãosSociais do Instituto para o Desenvolvimento Agrário daRegião Norte

Entrevista ao Senhor Presidente da DireçãoProfessor Doutor Francisco Carvalho Guerra

Foi eleito Presidente da Direção do IDARN pela pri-meira vez em 2006. Que balanço faz destes últimos mandatos?A formação qualitativa fornecida aos técnicos pelas Direções anteriores foram absolutamente essenciais. Mais de 150 técnicos foram formados pelo IDARN. Mui-tos fizeram estágios nos Estados Unidos da América e no Canadá, assim como na Alemanha e na Holanda, em grandes empresas e explorações do setor agrícola, e daí provieram profissionais altamente qualificados. Ao mesmo tempo que o IDARN preenchia esta lacuna, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) criou no Norte um sistema agrário, digamos assim, di-ferente do Instituto Superior de Agronomia que estava mais direcionado para as regiões do centro e sul. Em termos de formação superior, a UTAD correspondeu às necessidades detetadas na área da veterinária e da agricultura.As instituições de ensino superior do Norte encontram-se cada vez mais ligadas à Industria Agrícola, como é o caso da Universidade do Porto, da UTAD e, penso, que inclusive a Universidade do Minho.

Quais são os principais objetivos traçados por estes novos Órgãos Socias para o IDARN?Os objetivos vão ser sempre os mesmos: continuar a promover a inovação tecnológica e a valorização do co-nhecimento necessários ao desenvolvimento agrário e rural da Região Norte. Esperamos continuar a desen-volver uma cooperação entre instituições do ensino superior em diversas áreas (Universidade do Porto, Universidade Católica, UTAD, etc.) Seremos uma plataforma rolante para ouvir, da parte

20 . REVISTA AGROS Nº26

Page 21: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

dos Produtores e da produção, quais são os estrangula-mentos do setor. Da parte das Universidades e Politéc-nicos, temos áreas de estudo que podem promover a melhoria da qualidade do vinho, do leite, da carne, de tudo aquilo que é produção do Norte de Portugal. Con-sidero, ainda, que é extremamente relevante apostar na internacionalização. Apesar do salto qualitativo que já se verifica, chegou a altura de repensar novas tecnologias, focos de inovação, novos produtos, estudos económicos sobre a viabilidade de mercados, etc. Portanto, há uma série de oportunidades que esta plataforma rolante, que interliga a indústria, o ensino superior e os Produ-tores, pode impulsionar. É necessário que estas partes se unam e dialoguem no sentido de estabelecer linhas de uma estratégia que seja útil de uma forma eficiente.

Como caracteriza o papel do IDARN no desenvolvi-mento agrário e rural da Região Norte?O IDARN é uma plataforma que analisa e deteta as neces-sidades da indústria, da produção e dos agricultores. So-mos uma instituição que pretende estar constantemente ligada ao setor e, assim, perceber quais são os seus es-trangulamentos, no sentido de oferecer soluções para au-mentar a capacidade produtiva e diminuir os custos.

Que mensagem de fundo gostaria de deixar às dife-rentes organizações da cadeia de valor empresarial e do setor agroindustrial do Norte do País?A mensagem que gostaria de deixar é uma mensagem de união. É fundamental que os Produtores, as Univer-sidades e Politécnicos e a Indústria se unam para que a distribuição dos fundos seja equitativa e que as fontes de diálogo sejam eficientes.

1 Intervenção do Reitor da Universidade do Porto - Sebastião Feyo de Azevedo; 2 e 3 Tomada de posse dos Diretores da AGROS, U.C.R.L. - Sr. Manuel Loureiro e Sr. Ramos Carreira, respetivamente.

1

2

3

Page 22: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

A AGROS em ...

Como caracteriza o atual estado de setor agrícola re-gionalmente onde a vossa Cooperativa atua?O nosso concelho é caracterizado essencialmente por pequenos agricultores, com pouca área agrícola sendo esta constituída por mini parcelas, tendo muita impor-tância o baldio para área de pastagem dos animais. Exis-te fundamentalmente uma agricultura familiar com pro-dução de animais de carne, como os bovinos, ovinos e caprinos. Também é relevante a existência de um grande núcleo de produtores de Equídeos de Raça Garrana. Em-bora, o setor agrícola seja uma das principais atividades da nossa região, tem-se vindo a verificar um progressivo abandono da atividade, o que se deve, principalmente, à elevada idade dos agricultores e à emigração. No en-tanto também se tem vindo a verificar um forte investi-mento por parte dos Jovens Agricultores, havendo cerca de 80 projetos já aprovados e a funcionar.

Que serviços e secções a Cooperativa coloca ao dispor dos seus Associados?As secções são Compra e Venda, OPP, Leite e Insemi-nação Artificial.Temos ainda a área de apoio ao agricultor, nomeada-mente SNIRB, Candidaturas, Sala de Parcelário Agríco-la, Licenciamentos e Comissão de Viticultura.

Como avalia o trabalho efetuado pela Cooperativa, desde que assumiu a sua presidência em 2010? Que desafios ainda espera encontrar no futuro?Quando assumi a presidência tentei dar continuidade ao

trabalho que tinha vindo a ser efetuado pelas anteriores direções, nomeadamente tentar acabar com o Passivo que existia devido à construção das nossas instalações e tentar que as contas ficassem equilibradas.Também se tentou criar uma maior proximidade dos As-sociados dando continuidade aos serviços já existentes e tentando responder às novas necessidades que vão surgindo, nomeadamente, a Formação Profissional, Li-cenciamento de Explorações e, devido à obrigatorieda-de de estarem coletados, o acompanhamento quer no preenchimento de faturas, quer no lançamento destas no portal das Finanças, IRS e Segurança Social.No futuro há que ter o cuidado de tomar medidas para contrariar o abandono da agricultura, ajudando os agricultores que ainda vão resistindo e os jovens agri-cultores. Criamos uma parceria com a autarquia para a criação de Agrupamentos de Produtores das várias vertentes existentes no nosso concelho para ajudar quer a reduzir os custos de produção, quer a escoar os produtos produzidos nas explorações, quer para pro-mover a excelência e qualidade da produção regional de Vieira do Minho.

Estando o país a passar por vários problemas estrutu-rais nos mais diversos setores, que medidas considera que seriam importantes serem implementados por forma a envolver mais os nossos jovens nestas estru-turas organizacionais?Tentar implementar nos jovens agricultores o espírito de associativismo, fazendo com que se unam e em con-

Cooperativa Agrícola de Vieira do Minho, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Sr. Guilherme Gomes

1

TEXTOAGROS

22 . REVISTA AGROS Nº26

Page 23: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Penso que poderá ajudar se as condições que o Grupo propõe às pequenas Cooperativas, como a nossa, se-jam as mesmas que às grandes Cooperativas, de modo que não continuemos sempre em desvantagem.

Para finalizar e sendo os Associados um dos principais pilares da Cooperativa, que mensagem gostaria de lhes transmitir?Quero agradecer aos que confiam em nós e adquirem os nossos produtos e serviços e, convido os que ainda não o fazem para se juntar a nós, pois quantos mais formos, mais fortes ficaremos. Também gostaria de deixar uma palavra de louvor aos jovens agricultores. Continuem a apostar na nossa região, embora pense que devido às características climáticas e geográficas, zona de montanha com a abundância de pastos, a cria-ção de Raças Autóctones continua a ser uma opção mais rentável.A Cooperativa Agrícola é dos agricultores, o nosso ob-jetivo será sempre trabalhar em função das necessi-dades dos Associados e agricultores, quer os de longa data, quer os novos.

1979Início daAtividade

1200Número deAssociados

1Produtorde Leite

13Número de

Colaboradores

1.2Milhões €(Volume de

Negócios em2014)

junto com a Cooperativa possam rentabilizar as suas explorações.Embora no nosso concelho exista um elevado núme-ro de jovens agricultores, ainda há que criar condições para que haja um maior envolvimento, quer com a Cooperativa, quer entre eles. Com a criação das Or-ganizações de Produtores será dado um grande passo nesse sentido.

Como analisa a situação do Setor Cooperativo em Por-tugal?O conceito de Cooperativa está a desaparecer. Já não existe o hábito, e até a obrigatoriedade, de se dirigi-rem à Cooperativa para adquirirem os seus produtos e seviços. Penso que se deve principalmente ao apareci-mento de concorrência, quer do comércio de produtos, quer de serviços que tradicionalmente pertenciam às Cooperativas. Se juntarmos o abandono da agricultura e a desertificação das zonas mais interiores verificamos que diversas congéneres não resistiram e já encerra-ram. Há que evoluir e tentar seguir as necessidades dos Associados, melhorando as ofertas e condições dos serviços prestados.

A realidade do Grupo AGROS passa por ajudar em obter melhores condições comerciais em todos os fa-tores de produção necessários à produção de leite e à atividade agrícola. Em que medida entende que o Grupo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Pro-dutores?

2

3

1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita:Manuel Antunes Pereira (Secretário), Guilherme Fernando V. Gomes

(Presidente) e Francisco Jorge Martins (Tesoureiro);3 Interior da loja da Cooperativa.

REVISTA AGROS Nº26 . 23

Page 24: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Quais foram as principais razões/motivações que o levaram a optar pelos serviços prestados pela Sega-lab, nomeadamente, pelo Programa Bovicontrol? Essencialmente para procurar otimizar a minha Exploração, porque entendo que a saúde animal é decisiva para uma boa produção. Optei pela Segalab com o objetivo de conseguir uma melhoria da qualidade animal, prevenindo doenças e medicando aquelas que são necessárias tratar, conseguindo, assim, otimizar a produção de leite.

Os resultados obtidos foram os esperados? Está satis-feito com o Programa?Estou satisfeito com o Programa e com os técnicos que o trabalham, pela disponibilidade e profissionalismo enorme que têm demonstrado. Dentro daquilo que é possível, estou muito satisfeito.

Satisfação - Grupo AGROS

Aconselharia este serviço a outros Produtores?Sim, com certeza que sim.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracterizariam a Segalab, qual escolheria? Qua-lidade, preço, profissionalismo, competência técnica ou outro, que considere pertinente? Qualidade, profissionalismo, competência técnica e, por último, o preço.

Pretende manter a Segalab como parceira da sua Exploração?Espero que sim, pelo menos enquanto conseguir manter a Exploração, que é muito difícil, mas estou satisfeito.

ExploraçãoJorge Manuel Vasconcelos Tavares Moreira Vale S. Cosme - V. N. Famalicão

Ano da Fundação1995

Cliente SegalabDesde 2005

N.º de Animais175, dos quais 68 vacas lactantes

Quantidade Contratualizada750.000 Lts

Cliente Empresas Grupo AGROSAgros Comercial

24 . REVISTA AGROS Nº26

Page 25: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Este ano jáanalisou aágua da suaexploração?

GRU

PO A

GRO

S

Desde 1991no apoio aodiagnósticoveterinário

SOMOSPARTE daSOLUÇÃO

252 241 500 [email protected]

SEGALAB, S.A.Lugar de Cassapos4490-258 ArgivaiPóvoa de Varzim

Page 26: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Boas Práticas

Fomentar a escolha de animais com resistência a doençasOpte por adquirir ou recriar animais mais adaptados às suas condições ambientais e ao seu sistema de produção. Esta atuação diminuirá os riscos de produtividade por questões de saúde e bem-estar animal.Tenha em atenção que os animais estabulados são mais expostos a doenças transmissíveis.Importante para uma boa adaptação é a exposição prévia e o desenvolvimento de imunidade por parte dos animais, quando provêm de locais distintos da exploração. Animais provenientes de outras regiões são mais vulneráveis a doenças endémicas no novo local. Para minimizar este impacto, dentro do possível, mantenha espaço para quarentena antes da total introdução.Quanto maior, o efetivo maiores as exigências. As aptidões de gestão do Produtor/empresário são muitas vezes colocadas à prova, em momentos em que o efetivo aumenta consideravelmente. As consequências podem ser graves. Ministre o risco de problemas, estando mais atento a um provável aumento de doenças e identifique animais que exigem intervenção e tratamento individual.Preste atenção às condições climatéricas sazonais porque influenciam, tanto o pastoreio como a oferta de forragem. As vacas leiteiras requerem fontes constantes

TEXTOAGROS

de alimento e água de boa qualidade para manterem os níveis de resistência elevados.Avalie a necessidade de vacinação para aumento da imunidade da sua população animal. Faça-o junto de técnicos e englobado no seu programa de maneio sanitário ou seguindo indicações das autoridades oficiais.

Prevenir a entrada de doenças na exploraçãoConter os animais na exploração, não introduzir animais novos e impedir a entrada de animais que saíram da exploração é praticamente impossível e pouco prático. Neste sentido, o controlo rigoroso da introdução de qualquer animal é essencial.Introduza apenas animais cujo estado sanitário seja conhecido e controle a entrada na exploração:

• Inspecione os animais visando a deteção de doenças da área de proveniência e da sua exploração;

• Aprecie a identificação do animal e avalie a necessidade de rastreio desde a origem;

• Peça declaração ou certificado que descreva o estado sanitário dos animais;

• Procure obter informação credível sobre testes, tratamentos, vacinas ou outros procedimentos que foram ou estão a ser realizados no animal;

• Requisite o estado de saúde dos animais que se encontravam na origem e/ou tiveram conctato com o que acabou de introduzir;

• Tenha consciência que existem doenças com longos períodos de incubação (por exemplo, a paratuberculose);

• Os animais devem estar livres de parasitas externos;

• É boa prática de maneio tratar os animais introduzidos contra parasitas internos;

• Mantenha registo de todos os movimentos dos animais;

• Avalie a necessidade de quarentena;• ANIMAIS DOENTES DEVEM SER REJEITADOS.

Nota introdutória:Fundamental neste capítulo é a garantia da saúde dos animais e a adoção de programas de maneio sanitário do efetivo.A legislação nacional e internacional tem papel fulcral nas indicações e obrigatoriedades a cumprir essencialmente sobre zoonoses e mais em particular sobre outras doenças, que devido a determinadas características, merecem relevo legislativo. Não obstante, programas de maneio sanitário mais específicos e adaptados a regiões ou mesmo explorações são cruciais na prevenção.

Implementação medidas de BiossegurançaNota 1 - Exemplo de Movimentação de Animais

Saúde Animal - Parte I

doença é muito variável. Ao

venda dos animais em causa

Caso 1: Um dos animais PI (fêmea) foi adquirido

monetário, mas à troca de um macho,

de um animal PI.

Caso 2: Um outro animal PI foi detetado no âmbito do programa Bovicontrol

distintas. Após a deteção na primeira exploração

segunda exploração; quando esta exploração entrou no Programa o animal foi novamente

diagnosticado e prontamente eliminado

nesta segunda exploração, a presença temporária do animal PI deu, mais tarde, origem ao nascimento

de outros cinco animais PI.

A figura 6 representa o trajeto de todos os animais que circularam entre três ou mais explorações (excluindo

o mercado de gado), mostrando a abrangência em

Ilustração

(Esquerda: Portugal continental e ilhas. Direita: Entre

Para que seja possível o controlo e eventual erradicação da BVD

diagnóstico, controlo de movimentos e correta e

medidas de biossegurança e profilaxia vacinal.

. Ao produtor cabe a decisão pelo abate, manutenção na exploração ou

venda dos animais em causa.

Um dos animais PI (fêmea) foi adquirido a um negociante no ano de 2015,

macho, o que, à partida parecia um bom negócio caso

Um outro animal PI foi detetado no âmbito do programa Bovicontrol

a deteção na primeira exploração foi vendido a um intermediário que o

segunda exploração; quando esta exploração entrou no Programa o animal foi novamente

e prontamente eliminado, desta vez para o matadouro. Apesar das medidas tomadas

presença temporária do animal PI deu, mais tarde, origem ao nascimento

A figura 6 representa o trajeto de todos os animais que circularam entre três ou mais explorações (excluindo

o mercado de gado), mostrando a abrangência em termos territoriais dos seus movimentos.

Ilustração 6 - Movimentação registada de 15 animais PI

(Esquerda: Portugal continental e ilhas. Direita: Entre-Douro-e-Minho.)

Para que seja possível o controlo e eventual erradicação da BVD em Portugal é essencial que se realize o

diagnóstico, controlo de movimentos e correta eliminação dos animais PI, para além da implementação de

medidas de biossegurança e profilaxia vacinal.

cabe a decisão pelo abate, manutenção na exploração ou

a um negociante no ano de 2015, não por um valor

um bom negócio caso, não se tratasse

Um outro animal PI foi detetado no âmbito do programa Bovicontrol®

em duas explorações

foi vendido a um intermediário que o vendeu a uma

segunda exploração; quando esta exploração entrou no Programa o animal foi novamente

. Apesar das medidas tomadas

presença temporária do animal PI deu, mais tarde, origem ao nascimento

A figura 6 representa o trajeto de todos os animais que circularam entre três ou mais explorações (excluindo

termos territoriais dos seus movimentos.

essencial que se realize o

liminação dos animais PI, para além da implementação de

26 . REVISTA AGROS Nº26

Page 27: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Saúde Animal - Parte I

Relativamente ao transporte de, e para fora da exploração, os transportadores devem sempre questionar e serem informados se os animais estão doentes. O transporte de animais doentes é fortemente desaconselhado.Em caso de doença ou acidente, somente técnicos habilitados devem realizar abate de animais na exploração, quando necessário e possível. Em todos os casos cumpra a legislação específica.Minimize sempre a disseminação da doença na eliminação de animais doentes, ou mortos, nunca descurando a legislação vigente.Dialogue, com os seus vizinhos e com as organizações a que está ligado, sobre o estado sanitário dos animais. Conhecimento antecipado de ocorrências pode conter a disseminação.Limite, tanto quanto possível, o acesso à exploração de veículos, pessoas e outros animais. Mantenha o espaço de circulação limpo, livre de contaminações fecais. O acesso de pessoas e veículos deve ser independente da circulação dos animais e o piso pavimentado. Evite o contato de visitantes e animais estranhos com o seu efetivo.

Estabeleça um programa de controlo de pragas. As espécies de pragas variam geograficamente e podem incluir animais autóctones, roedores, pássaros e insetos. Locais como a zona de ordenha, armazém de alimentos e água, e a zona de estabulação de animais são sítios prováveis de propagação. Tenha sempre presente que nas explorações leiteiras além da saúde animal, a segurança do Leite deve ser sempre salvaguardada.

Como última referência para prevenir a entrada de doenças na exploração, os equipamentos agrícolas e os equipamentos utilizados pelos técnicos que visitam a exploração devem estar ou serem lavados e desinfetados aquando da entrada na exploração.

Identificação, intervenção e controlo são passos cruciais nas estra-tégias de prevenção de doenças endémicas (de uma região, local ou mesmo exploração)

Nota 2 - Pragas

Na próxima Edição daremos continuídade ao tema Saúde Animal, onde serão desenvolvidos os seguintes pontos: • Estabelecer um programa eficaz para a gestão sanitária dos

animais;• Utilizar produtos químicos e medicamentos veterinários de

acordo com a prescrição médica.

REVISTA AGROS Nº26 . 27

Page 28: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

ABLN

1.ª Exportação de Novilhaspara Marrocos

Depois de um processo longo de visitas, reuniões e negociações, liderado pela DGAV, foi finalmente aprovada a autorização de comercialização de

animais vivos reprodutores de Portugal para Marrocos.A ABLN, em cooperação com os serviços oficiais, par-ticipou conjuntamente com outras organizações do País, nesse processo apresentando, relativamente às questões zootécnicas, à situação atual do país e, em particular, da região Norte.Este processo, que demorou mais de 2 anos, viu final-mente agora o resultado desse trabalho com a expor-tação de um camião de novilhas de vários Produtores da região que se enquadraram no caderno de encar-gos exigido pelo país importador.Foi uma experiência, estimulante, extremamente tra-balhosa, mas com um final feliz.É a primeira exportação de reprodutoras da Raça Frí-

sia de Portugal e temos o orgulho de termos sido os primeiros a consegui-lo.Numa altura em que o setor atravessa um dos mo-mentos mais difíceis, o investimento realizado no me-lhoramento genético ao longo dos anos permite agora atingir um patamar que remete o nosso efetivo para um produto de qualidade e competitivo, pelo que há que aproveitar esta janela de oportunidade.Um agradecimento especial aos Criadores que confia-ram em nós e se disponibilizaram a vender algumas novilhas nas condições exigidas. Aos serviços regionais da DGAV Norte, pela total cooperação neste processo, à SEGALAB pelo trabalho excelente e apoio permanen-te na área sanitária, bem como, aos médicos veteri-nários da OPP da área das explorações aderentes que colaboraram sempre para que fosse possível tornar real esta primeira exportação.

TEXTOABLN

28 . REVISTA AGROS Nº26

Page 29: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Satisfação - Grupo AGROS

PEC - NORDESTEIndústria de Produtos Pecuários do Norte, S.A.Zona Indústrial N.º 2 - Apartado 202 4564-909 Penafiel PORTUGAL

GPS41.222317, -8.284766 GR

UPOA

GRO

S

TEL+351 255 718 [email protected]

ABATE DE BOVINOS, SUÍNOS, OVINOS E CAPRINOS

DESMANCHA, FATIAGEM E ACONDICIONAMENTODE CARNE

DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTOSCOMERCIALIZADOS

COMPRA DIRETA DE ANIMAIS (Vacas Refugo)

ABATE DE ANIMAIS PARA CONSUMO PRÓPRIO(Mais informações na sua Cooperativa)

FABRICO DE PREPARADOS DE CARNE

COMERCIALIZAÇÃO DE CARNES

Page 30: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Entrevista

Tendo sido fundado em 1988, o que esteve na génese da criação do MAP – Mercado Abastecedor do Porto?No dia 8 de janeiro de 2016, o Mercado Abastecedor do Porto completou 28 anos de existência. Antes da sua fundação, o Porto não possuía nenhum mercado grossista de bens alimentares, que é a atividade a que o MAP se dedica. Devido a essa carência verificava-se, pela cidade, a formação de “mercados” ilegais, não autorizados, em torno das viaturas de carga que transportavam a mercadoria. Nessas zonas, o trânsito complicava-se, agravado pela afluência de público para comprar bens alimentares, sobretudo frutas e legumes. Estava a gerar-se uma situação caótica na cidade do Porto. Foi então que a Câmara Municipal, em conjunto com diversas empresas do Setor Agrícola Cooperativo, e também com alguns comerciantes, se uniram para fundar o Mercado Abastecedor do Porto. Os terrenos foram conseguidos através das participações da própria CMP e do IROMA – Instituto Regulador e Orientador dos Mercados Agrícolas, que já possuía no local um pavilhão que, de certo modo, funcionava como grossista. O MAP levou alguns anos a ser integralmente construído, mas desde então tem evoluído com sucesso, que se mantém até hoje, já que estamos numa fase de expansão e prosperidade.

Que missão e objetivos se propõe o MAP?O objetivo do MAP continua a ser a comercialização de bens alimentares numa perspetiva grossista. Como é de conhecimento geral, na periferia da cidade, e até mesmo no Porto, desenvolveu-se uma coroa de shoppings, incluindo mercados retalhistas de bens alimentares. No entanto, o MAP é o único mercado grossista e, como tal, tem uma missão que é exclusiva e que abrange não apenas o Porto mas toda a área metropolitana e até a Região Norte do país. Portanto, o MAP tem um público-alvo muito vasto, constituído por comerciantes retalhistas e grandes consumidores, tais como hotéis, restaurantes, hospitais, quartéis, transformadores, etc.

Nos últimos anos, que progressos económicos alcan-çados pelo MAP gostaria de destacar?Na perspetiva dos acionistas, provavelmente o fator mais importante a salientar será o crescimento dos

Resultados, após Impostos, que o MAP tem vindo a alcançar e que têm sido sucessivamente crescentes. Posso desde já adiantar que no ano de 2015 o objetivo de ultrapassar 750.000 Euros foi alcançado.Durante cada ano são efetuadas duas avaliações do que poderão ser os Resultados, uma em julho e outra em dezembro. Em janeiro, quando se fecham todas as contas, sabemos o resultado exato. Portanto, o número apresentado constitui uma previsão, mas as nossas previsões têm tido um elevado grau de acerto. Os Resultados têm vindo a crescer todos os anos permitindo, em conformidade com as deliberações da Assembleia Geral, aumentar o Capital Social e remunerar os acionistas. O Capital Social inicial do MAP era de 1 Milhão de Euros (200 mil contos). Hoje já atingiu 7,5 Milhões de Euros e decerto elevar-se-á ainda neste Mandato. De facto, tem sido tradição no MAP transferir, no penúltimo ano de cada Mandato, uma quantia elevada de Reservas para Capital Social. Atualmente as Reservas já ultrapassam 1,6 Milhões de Euros. Resta dizer que os Capitais Próprios do MAP já são atualmente superiores a 11 Milhões de Euros. No que se refere a Dividendos, todos os 162 acionistas sabem que desde há vários anos (sem que a crise tenha exercido qualquer perturbação) têm sido equivalentes a 5 % do Capital Social. O MAP tem constituído um justo enriquecimento para os seus acionistas.

Quer referir algumas características que distingam o MAP de outros mercados abastecedores?O Mercado Abastecedor do Porto é uma empresa de sucesso. Ocupa uma área de 12 hectares, com acesso direto pela Via de Cintura Interna, isto é, está situado no centro do Porto, mas encostado a uma auto-estrada. Não carece de fazer publicidade porque, diariamente, todos os canais de televisão e rádio o referem, ao informar sobre o trânsito que, de manhã, invade a cidade. Todavia, a nível mundial, é um Mercado de média dimensão. O MAP dispõe de cerca de 24 mil metros quadrados de área comercial alugável e em média estão instalados no MAP 200 Operadores Grossistas, dois grandes Cash & Carry, dois Restaurantes, uma unidade de venda e reparação de empilhadores, uma Clínica Dentária e

Entrevista aoPresidente do Conselho de Administração do MAP - Mercado Abastecedor do PortoEng.º Oliveira Dias

30 . REVISTA AGROS Nº26

Page 31: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Vista aérea do Mercado Abastecedor do Porto

200 24.000 98,5 % 2 1 2 3.2

Operadores

m2 de Área Comercial Alugável

Área Comercial Ocupada

Venda e Reparação de Empilhadores

Cash and Carry

Faturação: MilhõesRestaurantes

REVISTA AGROS Nº26 . 31

Page 32: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

diversas empresas de atividades complementares às do Mercado. O movimento global anual de toda esta atividade comercial situa-se certamente entre os 200 e 300 Milhões de Euros. O movimento do próprio MAP é de cerca de 3,2 Milhões de Euros.Tecnologicamente, o Mercado Abastecedor do Porto possui todos os recursos para funcionar com a máxima eficiência, designadamente no que diz respeito à informática. O Sistema de Controlo de Acessos continua a ser o mais eficaz e poderoso do mundo dos mercados abastecedores. O sistema informático que o serve registou, de 2001 a 2015, 15 Milhões de entradas e saídas de viaturas, cada uma caracterizada por um extenso grupo de parâmetros, permitindo, através de programas adequados, uma enorme diversidade de estudos sobre a vida do Mercado. Moderno e útil é também o sistema de visionamento e segurança (CCTV) que abrange todo o Mercado. Exercemos um papel muito ativo na garantia do bem-estar dos Utentes. Por exemplo, trabalhamos em conjunto com entidades da administração pública que se ocupam da saúde, por forma a garantir que o Mercado seja absolutamente seguro. Termino esta brevíssima síntese referindo aspetos culturais. O MAP dispõe de uma pequena biblioteca, e ainda, o que é muito raro, possui quatro esculturas de elevada qualidade e porte, de notáveis autores da cidade do Porto.

Finalmente, quais são os projetos/objetivos que gos-taria de ver o MAP alcançar no futuro? O objetivo principal é manter o Mercado sempre absolutamente atualizado. Para o Mandato em curso previmos mais de 2 Milhões de Euros em investimento, o que é um valor muito elevado para uma empresa do ramo do MAP. Os trabalhos estão muito avançados, mas o ritmo do progresso é inferior ao projetado, devido aos tempos necessários para conseguir os licenciamentos municipais.Sinteticamente, descrevo os principais projetos em desenvolvimento. Verificamos que o pavilhão dedicado à comercialização de Plantas e Flores tinha uma área desproporcionada a essa atividade. Aliás, existem outras unidades na Região Norte, com idêntica finalidade, e não

é do nosso interesse fazer-lhes concorrência. Por isso transferimos a comercialização de Plantas e Flores para outro pavilhão menor, mais bem dimensionado. Estamos agora a ampliar o pavilhão devoluto, preparando-o para albergar um conjunto de novas atividades no MAP que serão extremamente importantes, tal como já são hoje as frutas, legumes e mercearias. Destaco a comercialização de carne, através da Carnagri/PEC, com a qual já temos um pré-acordo de princípio, que no futuro se concretizará num excelente Posto de Vendas no MAP. O mesmo se passará com o comércio de peixe, artigos de bazar, e muitos outros. Para melhor garantir o êxito dessa unidade é necessário cativar espaço à sua volta para que os compradores possam estacionar, tão próximo quanto possível, dos Postos de Venda. Há um número enorme de viaturas que acedem, por dia, ao MAP. São cerca de 3 000, ou seja, ultrapassando 50 mil por mês. Mesmo numa plataforma grande como a do MAP, há dificuldades de estacionamento nalgumas horas e dias da semana. Mas como possuímos, em frente ao Mercado, do outro lado da rua, um espaço devoluto, vamos lá construir um grande e novo parque de estacionamento, destinado a viaturas que não carecem de ocupar lugares de estacionamento, que, nalguns períodos do dia são indispensáveis aos compradores, e noutros aos abastecedores. Porém, para que não haja “resistência” do condutor e ocupantes desses veículos a estacionarem no novo parque, é indispensável criar condições para que se sintam sempre dentro do Mercado, tal como se tivessem estacionado num parque na cave! Como o uso do parque (do outro lado da rua) é exclusivo e restrito aos Utentes do MAP, vai instalar-se uma travessia por ponte pedonal e, para vencer o desnível, um elevador, do lado do parque. Para movimento das viaturas entre Mercado e parque, como as portarias respetivas distam cerca de 100 metros, basta reorganizar o trânsito. Este complexo programa, quando completo, fará crescer a atividade comercial do MAP e, evidentemente, os Resultados após Impostos. Se tudo correr bem, como espero, até final do próximo Mandato, o movimento do Mercado poderá crescer mais de 6,5%, atingindo Resultados após Impostos superiores a um Milhão de Euros!

32 . REVISTA AGROS Nº26

Page 33: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

GRUPO AGROSParticipações

REVISTA AGROS Nº26 . 33

Page 34: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

AcontecimentosAcontecimentos

A Cooperativa Agrícola da Maia celebrou, em 2015, 40 anos de existência. Que balanço faz desses anos?O balanço destes 40 anos é extremamente positivo para a Cooperativa da Maia, temos orgulho no nosso passado. Atravessamos um período de estabilidade, nomeadamente a nível financeiro, resultante do cuidado modelo de gestão adotado pelos dirigentes que por aqui passaram ao longo destas quatro décadas, e é por isso que hoje podemos considerar a Cooperativa da Maia como uma instituição de referência na região, e no setor em que atua.

Desde 2013 que é Presidente desta Organização. Quais foram os maiores desafios com que se deparou?Parte desta equipa, da qual sou Presidente, tem já oito anos de Direção. Nessa época, o grande desafio foi reestruturar a Cooperativa, assim como o edifício. Foi um trabalho árduo, criar uma imagem diferente em relação ao edifício, uma vez que a mesma está inserida num meio e concelho urbano. É importante que a Cooperativa esteja aberta para a população em geral e não fechada dentro de portas. Foram alterações que nessa altura criaram alguma preocupação, pois exigiram um grande investimento. Relativamente ao capital humano, foi necessário criar alguma orgânica, pois era essencial uma redução de custos já que diversos serviços teriam que ser reestruturados. Conseguimos fazê-lo e as consequências a longo prazo foram positivas. No decorrer deste desafio, foi fundamental criar uma Cooperativa transparente e

criar uma relação estreita com a população geral. Nesse sentido, lançámos a iniciativa “Mostra Agrícola da Maia” inserida nas festas do concelho. Foi, sem dúvida, uma ótima aposta na divulgação da nossa instituição, aproximando-a dos milhares de pessoas que visitam aquele evento, com resultados extremamente benéficos. Fruto dessa iniciativa, em conjunto com as obras efetuadas nos nossos armazéns, conseguimos projetar uma imagem completamente diferente, que se tem traduzido num aumento da faturação.

Nos últimos anos, quais as conquistas alcançadas pela Cooperativa da Maia que mais gostaria de destacar?Temos apostado, essencialmente, na formação dos nossos Associados. Além disso, participamos em pequenos convívios no sentido de cativar o espírito cooperativista. O rejuvenescimento do setor é, também, um assunto pelo qual a Cooperativa da Maia tem grande consideração. Todos os anos promovemos uma atividade que tem como principal objetivo estimular o interesse dos jovens nestas estruturas organizacionais. Esta iniciativa consiste na visita a uma ou duas explorações de referência na região, e um convívio da parte da tarde. Julgo que tem sido benéfico, já que as Cooperativas têm um papel fundamental na formação dos jovens, e responsáveis por implementar um espirito cooperativista nas gerações vindouras. Esta política de incentivo é imprescindível para garantir o futuro do Setor Cooperativo Agrícola.

da Cooperativa Agrícola da MaiaEntrevista ao Sr. Presidente da Direção – Sr. Américo Soares

40 Anos1

TEXTOAGROS

34 . REVISTA AGROS Nº26

Page 35: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Quais são os objetivos/projetos que a vossa Institui-ção gostaria de atingir no futuro?Uma Direção ambiciosa e com objetivos é fundamental ao sucesso de uma Cooperativa. Estes fatores estão diretamente relacionados com a fidelização de um maior número de Associados, criando um ambiente dinâmico, através da implementação de uma política de preços cada vez mais competitiva e de serviços capazes de dar resposta às necessidades dos nossos sócios, no sentido de criar um futuro sustentável para a Cooperativa que, evidentemente, resultará numa imagem pública

favorável e numa situação financeira estável. Este é um trabalho que tem sido implementado continuamente e os resultados mostram, como já referi, um aumento da faturação mesmo nos tempos de crise que correm. A Cooperativa da Maia tem orgulho no seu passado, e pensa projetando sempre o futuro. A desistência de Associados no Setor do Leite tem sido menor, e fruto desta tendência, a nossa produção tem-se mantido ao longo dos anos, e até mesmo aumentado. No entanto, a política de preços não tem ajudado nessa área, mas o objetivo é trabalhar em conjunto e fornecer soluções adequadas às necessidades dos nossos Associados para que possam usufruir das melhores condições possíveis.

Nesta data comemorativa especial, que mensagem, em nome da Direção, gostaria de deixar aos vossos Associados?Os nossos Associados sabem que têm à frente da Cooperativa uma equipa de Diretores que estão no ativo. Todos somos agricultores e sentimos as dificuldades deles. A mensagem que quero transmitir é que os nossos Associados podem ter a certeza absoluta de que tudo faremos, ao nosso alcance, para que a Cooperativa possa providenciar serviços cada vez mais eficazes, em todos os sentidos, e apelo para que, sempre que possível, participem nas iniciativas promovidas pela nossa instituição e passem pela Cooperativa para que, unidos, fomentando dinâmicas e discussões diferentes, sejamos capazes de, em conjunto, procurar soluções rentáveis para os obstáculos que se impõem. Mas é, nesse sentido, que podem contar connosco no futuro. Uma Cooperativa cada vez mais aberta a todos e que seja capaz de promover uma maior ligação entre todos. Só assim conseguimos alcançar os nossos objetivos e servir o setor agrícola.

1 Edifício da Cooperativa;2 Da esquerda para a direita:

Fernando Martins (Secretário), Américo Soares (Presidente) e António Fernado Lopes (Tesoureiro);

3 Interior da loja da Cooperativa.

2

3

REVISTA AGROS Nº26 . 35

Page 36: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

AcontecimentosAcontecimentos

No passado dia 2 de novembro de 2015, decorreu, no Centro de Congressos de Lisboa, o Encontro Nacional de Laticínios. Neste evento, promovido pela Associação Nacional de Laticínios (ANIL), foram abordados diferentes contribu-tos da cadeia, no que concerne ao real valor do leite e dos produtos lácteos como sendo nutricionalmente adequados e adaptados às exigências do consumidor atual, mas também a importância desta atividade na economia nacional e mundial.A sessão de abertura foi proferida pelo Senhor Co-mendador Manuel Casimiro de Almeida, Presidente da ANIL.A ANIL tem por fim a representação legal, defesa, ges-tão, promoção e estudo dos interesses socioeconó-micos do setor transformador do leite e laticínios em Portugal. A Associação engloba empresas que produ-zem todos os tipos de produtos lácteos e tem como objetivo a defesa dos interesses e representação do setor, no acompanhamento das matérias legislativas, normativas, ambientais, económicas e técnicas que contribuam para o desenvolvimento da indústria láctea em Portugal. Cabe-lhe, ainda, zelar pela manutenção de um clima de sã concorrência e de bom relaciona-mento no interior do setor, desenvolvendo um código de ética e adotando ações que visem uma conduta leal no mercado.Seguiram-se as intervenções por parte dos oradores convidados, nacionais e internacionais, todos eles es-pecialistas nas temáticas abordadas.

O primeiro contributo esteve a cargo do Dr. Sergio Cal-samiglia, Professor de Produção Animal na Universitat Autònoma de Barcelona, onde o seu principal foco, na área da investigação, é na alimentação de vacas leitei-ras e nos aspetos técnicos e económicos da gestão das explorações de alta produção. O debate deste orador teve como tema “Conquistando a confiança do consu-midor desde o início”.A Dr.ª Helena Real, da Associação Portuguesa dos Nu-tricionistas, apresentou o leite como sendo um alimen-to para a vida e afirmou que, ao contrário do que re-centemente se tem feito crer, o leite e seus derivados têm um papel imprescindível na alimentação em todas as etapas da vida. Neste sentido, a Dr.ª Gisele Câmara, representante da Direção-Geral de Saúde, que debateu a temática “Defi-nição de políticas/recomendações nutricionais”, refor-çou a importância dos laticínios na roda dos alimentos e relembrou a importância de informar claramente o consumidor.O Encontro Nacional de Laticínios contou, também, com a perspetiva internacional do Dr. Jerreau Beau-doin, Diretor de Comunicação da Global Dairy Plat-form, com o tema “Propriedades do leite debaixo de ataque: como ripostar!”Dr.ª Marina Bortoletto, foi mais uma das oradoras que marcou presença no evento com a discussão do tema “O Consumidor acredita em nós”. A Gestora de Marke-ting da TetraPak, empresa que efetuou recentemente um estudo acerca da imagem que os consumidores, a

Encontro NacionalDe Laticínios

TEXTOAGROS

1

36 . REVISTA AGROS Nº26

Page 37: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

nível global, têm do leite, afirmou que as conclusões não deixaram espaço para dúvidas: o consumidor, no geral, continua a acreditar nos benefícios nutricionais deste produto. No entanto, foi possível verificar, de fac-to, uma diminuição no seu consumo e apelou à capaci-dade do setor para contornar esta tendência.Finalmente, a última sessão do encontro esteve a cargo da Dr.ª Carla Teixeira que interviu em representação da Portugal Foods, associação formada por empresas, por entidades do sistema científico e tecnológico nacional e por entidades regionais e nacionais que representam os vários subsetores que compõem o setor agroalimen-tar português. Com o tema “Enfrentando os desafios da diversidade do mercado global”, traçou as atuais tendências do setor dos laticínios e as estratégias cor-respondentes para contrariar a descida do consumo do leite.A moderar os debates do programa do evento esteve o

Dr. Nuno Borges, Professor Associado e Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Ciências da Nutri-ção e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP).O Encontro Nacional de Laticínios é considerado uma importante oportunidade para se apresentar a dinâ-mica do setor em questão, quer a nível nacional como internacional, assim como reforçar a crença nos produ-tos lácteos com sendo nutricionalmente adequados e fundamentais para a saúde da população em geral. A importância do setor leiteiro na sustentabilidade eco-nómica do país é, também, um dos pontos frisados no objetivo do evento. Atualmente, num cenário de crise no setor leiteiro, é fundamental dar relevo a iniciativas desta natureza, que defendem a produção de leite e promovem o seu consumo, para que o consumidor tenha acesso a uma mensagem científica clara e que possa, assim, tomar decisões informadas.

2

3

1 Intervenção Secretário de Estado da Agricultura, Dr. Miguel Albuquerque;

2 Intervenção Dr.ª Carla Teixeira, Portugal Foods;

3 Intervenção Dr. Jerreau Beaudoin, Diretor de Comunicação da Global Dairy Platform

REVISTA AGROS Nº26 . 37

Page 38: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Acontecimentos

Decorreu, no dia 18 de novembro de 2015, uma reunião de trabalho, no Espaço AGROS, onde marcaram presença elementos da Direção e Gerentes das Cooperativas

Agrícolas do Minho, Douro Litoral e Trás-os-Montes, agrupadas AGROS, para discussão de diversos temas, entre os quais os Contratos de Compra de Leite para 2016.Estes contratos de compra de leite cru de vaca são considerados uma importante ferramenta de regulação e um instrumento de estabilização do mercado que substitui o regime de quotas leiteiras, contribuindo para uma maior responsabilização dos diferentes operadores na gestão interna da oferta e na adaptação à procura. Outra das temáticas debatidas neste evento foi o relacionamento da Ucanorte XXI, empresa participada do Grupo AGROS, com as Cooperativas Agrícolas Agrupadas.Da mesma forma, este momento foi também proveitoso para analisar outros assuntos de interesse geral para as Cooperativas do universo AGROS.

AGROS - Reunião Cooperativas

Realizou-se, no dia 4 do mês de dezembro de 2015, a Assembleia Geral para apreciação, debate e aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para 2016.

Com a maioria dos Delegados presentes, esta Assembleia serviu para debater as linhas orientadoras da Organização para o ano 2016.Este momento foi também aproveitado por todos para atualizar informação de âmbito geral de interesse para a AGROS e/ou Coo-perativas Agrupadas.

Prodística – Renovação de Frota

Recentemente, a Prodística – Logística e Transportes, S.A. reforçou/renovou a sua frota com 12 veículos MAN TGX 18.480 4x2 com 480cv Euro 6.

Esta nova aquisição vem realçar o espírito de crescimento contínuo e sustentado da Prodística na prestação de serviços de transporte rodoviário, com o objetivo de alcançar níveis de performance de serviço, baseada no conhecimento, rigor, inovação e vanguarda, apostando na qualidade, fiabilidade e eficiência dos veículos MAN.Estes veículos possuem os seguintes equipamentos adicionais: Pack EfficentLine 2 – que contempla equipamentos de redução do consumo e maior eficiência, de modo a contribuir para uma redução na exploração dos recursos naturais e nas emissões de partículas poluentes - e o PackSegurança Plus – que conta

AGROS - Assembleia Geral

com equipamentos que garantem à Prodística as condições de segurança adequadas na prestação dos seus serviços.Além da aquisição dos camiões, a empresa optou também pelo pacote MAN Solutions, um inovador conjunto de soluções integradas de transportes; deste modo, todos os camiões terão incluído o serviço de monotorização e gestão de frotas MAN TeleMatics e formação para condutores MAN ProfiDrive.O MAN TGX 18.480 4x2 cumpre as diretrizes da norma Euro 6, sendo um veículo MAN ecológico, com baixos consumos de combustível. A qualidade e fiabilidade do veículo, juntamente com o pacote MAN Solutions e inovadoras tecnologias como a caixa de velocidades MAN TipMatic Eco e motor com TopTorque permite alcançarem níveis de eficiência excelentes, e uma clara redução do Custo Total de Propriedade (TCO).

PACK EFFICIENTLINE - alternador de maior potência e menor fricção; - compressor de ar com função liga /desliga (engrenável);- ailerons e spoilers para melhor aerodinâmica; - TPM (Tyre Pressure Monitoring) indicador de pressão

dos pneus; - Função de desligar motor ao ralenti (Idle Shutdown);- MAN EfficientCruise, sistema de cruise control com

leitura da topografia do terreno ou cruise control com GPS;

- Motor com TopTorque, 200 Nm adicionais de torque no motor na 11ª e 12ª velocidades.

PACKSEGURANÇA PLUS- ACC (Adaptive Cruise Control) cruise control adaptivo

em função da velocidades dos veículos à frente;- ESS Sinal de travagem de emergência;- EBA2 (Emergency Break Assist) evita colisões em caso de

distração do condutor;- LGS (Lane Guard System) Sistema de manutenção da

faixa de rodagem por leitura das linhas da estrada;- Sistema de GPS integrado no rádio;- Caixa de velocidades TipMatic Eco com travão auxiliar

Intarder de elevado binário de travagem e controlo automático MANBrakeMatic.

38 . REVISTA AGROS Nº26

Page 39: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

1 Stand Grupo AGROS -

Milk Drink -um brinde à

produção nacional

1

Entre os dias 23 e 25 de outubro, decorreu, no Estádio Cidade de Barcelos, a 4.ª edição da Expo Barcelos – Atividades Económicas. A também

conhecida como “Festa do Galo” é organizada com o apoio conjunto da Câmara Municipal e da Cooperativa Agrícola de Barcelos.Depois do sucesso das edições anteriores, a organização duplicou o número de expositores, em relação ao ano de 2014, onde estiveram representados diversos setores de atividade, com enfoque para o setor agropecuário, num certame que incluiu o 2.º Concurso Regional da Raça Holstein Frísia - Agribar.No que concerne a este concurso, de entre os vários prémios atribuídos, evidenciam-se os seguintes: Vaca Grande Campeã Jovem (J) pertencente à Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda., exploração que arrecadou também o prémio de Melhor Criador Geral; Quinta Vale do Rio Unipessoal, Lda. foi honrada com o prémio de Melhor Criador de Barcelos. Estiveram ainda a concurso animais do Centro de Recria da Cooperativa Agrícola de Barcelos, C.R.L., tendo como objetivo principal dar a conhecer o trabalho de várias décadas, em que a Agribar promove a recria e comercialização de vitelas nascidas nas explorações dos seus Associados.A inauguração oficial deste evento decorreu no dia 23 de outubro pelas 18 horas e, entre outras entidades, marcaram presença o Presidente da Câmara Municipal de Barcelos - Miguel Costa Gomes, o Presidente da Cooperativa Agrícola de Barcelos – José Carlos Miranda, e o responsável pela organização do certame – João Dantas.A AGROS, atendendo à importância desta região no setor leiteiro, esteve presente numa vertente

TEXTO AGROS

expositiva dedicada, principalmente, à promoção do consumo de leite e valorização da produção desta matéria-prima e de toda a sua cadeia. As empresas participadas do Grupo também marcaram presença na Expo Barcelos – Agros Comercial, Ucanorte XXI, Segalab, ABLN e Lusogenes – divulgando os seus produtos e serviços, e representando a dimensão do Grupo AGROS no norte do país.No que se refere ao programa do certame, a 4.ª edição teve uma novidade: o Festival de Tunas, organizado em parceria com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA).A Expo Barcelos é já um evento de grande importância no que respeita à promoção das potencialidades económicas e turísticas do concelho.

Expo Barcelos

CRIADORES COM ANIMAIS A CONCURSO - Raça Holstein Frísia

CRIADOR LOCALIDADE

Agostinho da Silva Oliveira Barcelos Não

Encanto Natural – Agro-Pecuária, Lda. Ponte de Lima Sim

Esc. Prof. de Agr. e Desenvolv. Rural de Ponte de Lima Ponte de Lima Sim

Jovens Empresários Agrícolas Nunes Garcia, Lda. Barcelos Sim

Manuel Floriano Queirós Carvalho Barcelos Não

Manuel Joaquim da Costa Cardoso Barcelos Não

Manuel Joaquim Novais Barbosa Barcelos Não

Marinho Maciel Miranda Barcelos Não

Quinta Vale do Rio Unipessoal, Lda. Barcelos Não

Sociedade Agro-Pecuária Vilas Boas & Pereira, Lda. Ponte de Lima Sim

Virgínia Maria Silva Ferreira Martins Barcelos Não

REVISTA AGROS Nº26 . 39

Page 40: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Acontecimentos

Realizou-se a 19 de novembro 2015, no Espaço AGROS, a ação de formação “Uma Gama Profissional para a Nutrição Vegetal – Compo

Expert” promovida pela Ucanorte XXI em parceria com a Compo Expert.A sessão foi direcionada a técnicos e comerciais das Cooperativas Associadas aderentes, responsáveis pelo apoio direto aos Produtores, no sentido de os prover de conhecimentos específicos e detalhados que os habilitem para uma atuação mais qualificada na área da nutrição vegetal, ainda pouco reconhecida no nosso país, e que começa atualmente a desempenhar um papel fundamental no sucesso das culturas.Este evento contou com a presença dos responsáveis da empresa em Portugal, distinguindo-se o respetivo Responsável de Marketing e Gestor de Produtos –

Ação de Formação UCANORTE XXI/COMPO EXPERT:“Uma Gama Profissional para a Nutrição Vegetal – Compo Expert”

Pedro Cabanita; e o Responsável pelo Negócio da Compo Expert em Portugal – Joaquim de Sousa.A ação finalizou com uma sessão de esclarecimentos entre os intervenientes e participantes.A aposta da Ucanorte XXI na gama Compo Expert reflete o desejo de implementação de uma agricultura mais sustentável, com a criação crescente de postos de trabalho e o contínuo respeito pelo meio ambiente, a par de uma maior rentabilidade das explorações agrícolas. A vasta gama de fertilizantes de alta qualidade, aliada a uma forte aposta em R&D, a Compo Expert consegue, assim, corresponder às necessidades de vários setores agrícolas tais como a horticultura, a vinha, a fruticultura, a floricultura, as culturas forrageiras, a jardinagem, os viveiros de plantas ornamentais, entre outros.

TEXTOAGROS

40 . REVISTA AGROS Nº26

Page 41: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Nos dias 4 e 5 de dezembro decorreu, nas instalações da Agros Comercial, uma ação de formação direcionada a clientes utilizadores

do software de gestão das explorações pecuárias de leite que acompanha as máquinas da Boumatic - HerdMetrix Advanced, com o objetivo de exponenciar o nível de conhecimentos acerca do programa.Além de ter sido efetuada uma abordagem aos pontos fulcrais deste software, foram também apresentadas algumas novidades introduzidas no mesmo: • O livro de registos de animais - versão específica para Portugal;• O livro de registos de medicamentos - versão específica para Portugal.

Ação de FormaçãoAgros Comercial/Boumatic

SmartDairy® Catalog HerdMetrix™ Herd Management Software

MySmartDairy.com

Quality Milk

Through

Technology™

Sort Gate

Hoof Care

Feeding Station

System Management

ViewPoint™

TouchPoint™

SmartControl™ Meter

ISO RFID

Com esta ação de formação, a Agros Comercial pretende, no âmbito da sua missão, garantir a prestação de assistência e formação dos Produtores, incluindo o fornecimento de soluções técnicas a nível dos equipamentos, e, assim, responder de forma eficiente às necessidades dos seus clientes.Sendo a Boumatic, desde 1993, empresa pioneira no design, fabrico e fornecimento de sistemas de ordenha de alta qualidade, reconhecida pelos seus produtos inovadores, esta sessão foi uma aposta da Agros Comercial, visando acompanhar o constante progresso e dotar os seus clientes de conhecimentos específicos que se traduzam numa maior rentabilidade das suas explorações.

BouMatic

SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO

REVISTA AGROS Nº26 . 41

Page 42: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Acontecimentos

No dia 25 de novembro de 2015, um grupo de alunos e professores do Mestrado de Engenharia Zootécnica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)

fizeram uma visita de estudo à UCANORTE XXI, que pretendia cumprir diversos objetivos, nomeadamente:

• Obter uma perspetiva do funcionamento da indústria de produção de alimentos compostos para bovinos;• Visualizar o processo de fabrico dos vários tipos de alimen-tos, toda a estrutura envolvida nesse processo e o controlo de qualidade realizado, quer nas matérias-primas quer no produ-to final;• Compreender a logística da distribuição e o relacionamento com o cliente final.

Neste âmbito, os estudantes visitaram as instalações da Unidade de Produção de Alimentos Compostos da Ucanorte XXI, já que a área de negócio de Alimentação Animal é um dos principais seg-mentos desta empresa do Grupo AGROS.Os alunos tiveram, ainda, a oportunidade de visitar uma Explo-ração Agrícola, com boas condições de bem-estar e conforto ani-mal, e com tecnologia de ponta, quer no maneio da Exploração,

Visita de EstudoUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Dia 12 de novembro de 2015, mais de 50 Associados das Cooperativas Agrícolas de Santo Tirso e Trofa, e de Matosinhos – agrupadas da

Ucanorte XXI – visitaram o complexo multidisciplinar de logística e fabricação de fertilizantes da Delagro S. Coop., um dos maiores do noroeste peninsular, situado em As Pontes (província da Corunha, Galiza). A visita estendeu-se às instalações da Cooperativa ICOS, em Chantada, no sentido de conhecerem o seu serviço de maquinaria que conta com todo o equipamento e material necessário para a realização das tarefas agrícolas.O Programa Profer de fertilizantes específicos para cada terreno e modo de cultivo foi um dos focos da visita, visando a integração destas Cooperativas no respetivo programa.

Visita das Cooperativas e daUcanorte XXI à Delagro

quer na gestão do efetivo. Neste sentido, visitaram uma Explora-ção com um Sistema de Ordenha Rotativo, instalado pela Agros Comercial, onde lhes foi apresentado todo o potencial de gestão do efetivo proporcionado pelo programa informático do referido equipamento.Na deslocação para a Exploração Agrícola visitaram o Espaço AGROS, sede da AGROS U.C.R.L., para que lhes fosse possível, além de conhecer a empresa, avaliar a integração da produção leiteira no sistema Cooperativo.O Professor José Carlos, docente da disciplina de “Produção de Bovinos” do Mestrado de Engenharia Zootécnica na UTAD, e res-ponsável pela referida atividade, realçou e agradeceu o empenho de todos os intervenientes que possibilitaram o cumprimento dos objetivos propostos.

42 . REVISTA AGROS Nº26

Page 43: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

II Sessão Técnica SEGALAB - DECHRA

Realizou-se, no dia 20 de novembro de 2015, no Espaço AGROS, uma homenagem de agradecimento e reconhecimento ao Senhor

Comendador Francisco Xavier da Silva Gomes Marques.Tendo terminado, em junho de 2015, o seu último mandato à frente da Associação para o Apoio à Bovi-nicultura Leiteira do Norte – ABLN - organização que ajudou a fundar. Entenderam os seus responsáveis criar uma ocasião que juntasse a atual equipa diretiva e colaboradores, com ex-diretores e ex-colaboradores, que passaram pela Associação desde a sua fundação em 1993.O evento foi constituído por um almoço de confrater-nização, seguido dos discursos de reconhecimento e agradecimento, proferidos pelo atual Presidente do Conselho de Administração, Senhor José Fernando Capela, pelo Secretário-Geral, Eng.º António Ferreira, e pelo Eng.º Manuel Lima Leite em representação, respetivamente, dos colaboradores e ex-colaborado-

Realizou-se, dia 26 de novembro, no Espaço AGROS, a II Sessão Técnica Segalab – Dechra.O programa apresentado abrangeu temas como

o “Hipotiroidismo Canino”, temática apresentada pela Dr.ª Maria Dolores Tabar Rodriguez, Veterinária Especialista em Medicina Interna Diplomada pelo Colégio Europeu da Especialidade; “Otopatias”, que contou com o contributo do Dr. Pablo Payo

Puente, Docente no Mestrado Integrado em Medicina Veterinária no ICBAS; e a última oradora do evento foi a Dr.ª Vanessa Silva, Chefe de Serviço da Segalab, que abordou o assunto “Exsudados Auriculares e Amostras de Pele – Principais isolados e antibiorressistências”. Marcaram presença no evento cerca de 100 médicos veterinários de animais de companhia.

res dos Serviços Regionais do Ministério da Agricultu-ra, organização também fundadora da ABLN e que se manteve nos Órgãos Sociais até ao ano 2000.Como memória do evento, foi oferecido ao Senhor Comendador Francisco Marques um presépio estili-zado, simbolizando a família ABLN, fazendo assim a analogia para uma organização que sempre pugnou por um espírito de família e união, onde o respeito, a liberdade e a responsabilidade foram sempre valores determinantes para o seu crescimento e que fazem parte da matriz identitária da ABLN.Finalmente, o Senhor Francisco Marques agradeceu, sensibilizado, a atenção e o carinho por este momento de homenagem. Deteve-se sobre o processo de cons-tituição e evolução do melhoramento da Raça Frísia no país ao longo dos últimos 40 anos e regozijou-se de, apesar dos contratempos, termos chegado até aqui, com o esforço de muitos com quem ele teve o privilégio de trabalhar.

Homenagem aoSenhor Comendador Francisco Marques

REVISTA AGROS Nº26 . 43

Page 44: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Acontecimentos

A área de formação dos produtos fitofarmacêuticos é, sem dúvida, uma área nobre na formação profissional agrária, e no caso específico da CONFAGRI, ocupa um

lugar de destaque na sua estratégia formativa. A CONFAGRI, nos últimos 15 anos, tem apostado no desenvolvimento e inovação nesta área, distinguindo-se por alguns fatores inovadores e diferenciadores associados à conceção de recursos pedagógicos e de conteúdos. A qualificação de todos os agentes que aplicam, operam e manuseiam produtos fitofarmacêuticos é uma constante preocupação para CONFAGRI, motivo pelo qual tem desenvolvido diversas iniciativas a nível nacional, sendo uma entidade de referência nesta área de educação-formação. A parceria com a AGROS, a este nível, potencia o desenvolvimento de um serviço reconhecido como de elevada qualidade pelos utilizadores. Como referência, no último trimestre de 2015 foram desenvolvidas 5 ações de formação nesta área, certificando 33 operadores de Produtos Fitofarmacêuticos e 44 Técnicos Responsáveis/formadores. Para os operadores, foi desenvolvido uma formação inicial (35 horas, em Distribuição e Comercialização de Produtos Fitofarmacêuticos) e outra para renovação das certificações (14 horas em Atualização de DCPF). Nestas ações, os principais destinatários foram os funcionários das Secções de Compra e Vendas das Cooperativas Agrícolas com funções na área da venda de Produtos Fitofarmacêuticos, visando desenvolver e melhorar as competências relacionadas com a Venda Responsável.

CONFAGRI - Ação de Formação em Produtos Fitofarmacêuticos:“Uma questão de Qualidade e Inovação”

• Setembro de 2005 – Formação de Formadores de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos – APF, para aperfeiçoamento das competências pedagógicas dos formadores ativos e conceção de instrumentos de avaliação da componente prática;

• Fevereiro de 2007 – Encontro Nacional de Formadores com os objetivos de: - Validar e disseminar o Manual de Formador e Manual de

Formando de APF; - Sensibilizar para a evolução das Práticas Fitossanitárias;- Alertar para a problemática da inspeção de equipamentos

de pulverização; - E, sensibilizar para as questões da SHST na utilização de

máquinas e equipamento.

• Julho de 2010 – 1ª Edição do Manual de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos, de qualidade reconhecida por diversos utilizadores e entidades;

• Agosto de 2010 - Responsável pela conceção do conteúdo pedagógico de “Aperfeiçoamento em Máquinas e Equipamentos de Tratamento e Proteção de Plantas”, submetido para reconhecimento à Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural/Ministério da Agricultura e do Mar, certificando 45 formadores;

• Julho de 2015 – 3ª Edição e Revisão do Manual de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos, considerando e integrando as alterações com a publicação da Lei 26/2013;

• Setembro de 2015 – Encontro de Formadores da Região Centro com objetivo de apresentar as alterações da regulamentação e certificação desta área de formação.

Os técnicos e formadores tiveram oportunidade de participar nas seguintes ações:

- Atualização de DCAPF (35 horas, para renovação de cartão e competências como formador);- Aperfeiçoamento em Máquinas e Equipamento de

Tratamento e Proteção de Plantas (35 horas para formadores adquirirem competências na área da mecanização e equipamento de tratamento);

- Proteção de Plantas (50 horas, para formadores e técnicos da área das ciências agrarias melhorarem e desenvolverem as competências na área da fitossanidade). A título de curiosidade, a ação de Proteção de Plantas foi a 1ª a nível nacional, tendo a colaboração da DRAPN na divulgação de experiências Inovadoras ao nível da Agrometeorologia e o impacto na Proteção das Culturas.

Sendo o final do ano um momento propício para balanço e definição de estratégias e planos de ação, é importante referir que nestas ações foi destacado por todos os participantes - formandos e formadores - a acessibilidade e elevada qualidade das infraestruturas, no Espaço AGROS, onde decorreu a formação. Assim, e neste ano de 2016, a CONFAGRI demonstra o desejo de manter o seu papel de entidade formadora certificada pela DGERT e pelo MAM, valorizando e potenciando parcerias para uma formação de Elevada Qualidade e Inovadora!

CRONOLOGICAMENTE PODEM SER DESTACADAS ALGUMAS INICIATIVAS DA CONFAGRI, COMO:

44 . REVISTA AGROS Nº26

Page 45: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Mais de 1300 aves estiveram em exposição na 8.ª edição do Grande Prémio Costa Verde 2015 entre os dias 20 e 22 de novembro, no Espaço AGROS em Vila do Conde.

Este evento foi organizado pela Associação de Canaricultores de Vila do Conde (ACVC), com o apoio conjunto da Câmara Municipal de Vila do Conde, da Federação Ornitológica Nacional Portuguesa e da AGROS U.C.R.L. Contou, ainda, com a colaboração da Junta de Freguesia de Vila do Conde.A ACVC é uma organização fundada, oficialmente, no ano de 2011 por criadores e amantes destas aves, que tem por fim fomentar o gosto pelos canários, através do seu estudo e criação, tendo, ao longo dos seus 14 anos de existência, organizado e participado em diversos eventos nesse sentido.A 1.ª edição do Grande Prémio Costa Verde teve lugar em

A Tetra Pak e a Lactogal, em parceria com a Lipor e os municí-pios associados, confirmaram o sucesso da iniciativa “Amarelo é Diversão”, que consistia numa campanha destinada a todos os habitantes dos municípios que integram a Lipor - Espinho, Gon-domar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde - recolhendo o máximo de embalagens da Agros no ecoponto amarelo.Com a ação foram recolhidos 10.255kg de embalagens da Tetra Pak com a marca Agros, o equivalente a 612.564 embalagens no total, angariando 10.500€ para a construção de um parque infantil, no Centro Social Monsenhor Pires Quesado, na Póvoa do Varzim. Por cada 10kg de embalagens da Agros recolhidas, a Lactogal e a Tetra Pak doaram 10€ para a construção do Parque.Esta iniciativa tinha como objetivo conjugar a vertente social e ambiental, sensibilizando a população abrangida para a im-portância da correta reciclagem das embalagens e o seu papel essencial na preservação do ambiente.O desafio “Amarelo é Diversão” teve a duração de dois meses, tendo terminado no final do mês de outubro de 2015, com os resultados a serem conhecidos a 15 de dezembro do mesmo ano.

Desafio Tetra Pak e a marca Agros “Amarelo é Diversão”

8.º Grande Prémio Costa Verde 2015Associação dos Canaricultores de Vila do Conde

novembro de 2008, com o objetivo de progredir, aumentando o número e qualidade das aves em exposição. O êxito desse evento, ditou a realização das seguintes edições até ao presente ano.O início deste certame ocorreu no dia 15 de novembro com a receção das aves, julgamento e respetiva classificação prolongando-se até aos dias 20, 21 e 22 com a abertura de portas ao público geral. A grande quantidade de espécimes de aves foi um fator de atração para os visitantes.A Associação dos Canaricultores de Vila do Conde pretende, com este género de eventos, continuar a lutar por uma evolução constante através da união de novos associados e com a angariação de novos amigos e apoiantes.

REVISTA AGROS Nº26 . 45

Page 46: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Espaço LúdicoEspaço Lúdico

2º Passatempo Agros JúniorPremiados

Nome: Luana (10 anos) e Mara (9 anos)

Exploração: Exploração Agrícola de

António Leones Pereira

Grau de Parentesco: Netas do Proprietário

da Exploração

Localidade: Moreira do Lima - Ponte de Lima

1.º

Nome: A l e x a n d r e M e n d o n ç a fa r i a

Idade: 3 A n o sExploração: B e n e d i t o R o d r i g u e s M e n d o n ç a

Grau de Parentesco: N e t o d o P ro p r i e t á r i o d a E x p l o ra ç ã o

Localidade: C a r r e i ra - B a r c e l o s

2.º

Nome: A d r i a n a C a m p o s

Idade: 4 A n o s

Exploração: S o c i e d a d e A g ro P e c u á r i a

C a m p o s & C a m p o s L d a .

Grau de Parentesco: F i l h a d o S ó c i o d a

E x p l o ra ç ã o

Localidade: C r i s t e l o - B a r c e l o s

3.º

Nome: I r m ã o s C a ro l i n a ( 4 A n o s ) e E d g a r ( 3 A n o s )

Exploração: Ja c i n t o P e r e i ra d e B r i t o .Grau de Parentesco: N e t o s D o P ro p r i e t á r i o d a E x p l o ra ç ã o

Localidade: C o s s o u ra d o - B a r c e l o s

Mensão Honrrosa

46 . REVISTA AGROS Nº26

Page 47: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

I Feira 100% Agrolimiano27 e 28 de fevereiro de 2016, Ponte de LimaEste evento, a realizar entre 27 a 28 de fevereiro, tem como principal missão promover todo o setor agroa-limentar do concelho de Ponte de Lima, um território onde a produção de qualidade é uma marca distintiva e um fator de promoção e atração. A Feira 100% Agrolimiano pretende transformar-se num espaço dedicado à exposição dos variados pro-dutos de cultivo e fabrico local, assim como dos servi-ços associados ao mundo rural do concelho de Ponte de Lima, como a produção de vinho verde, leite, enchidos e fumados, animais, sidra, fruta, caracóis, cogumelos, mel, entre muitos outros, que contri-buem para a dinamização da economia Limiana.Perspetiva-se a realização de um evento inovador e único no âmbito do setor do Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima, no sentido de motivar todos os parceiros envolventes, desde a produção, à distribui-ção e à comunicação.

AGENDACulturalAgrícola

Feira Anual da Trofa3 a 6 de março de 2016, Trofa

Decorrerá, de 3 a 6 de março de 2016, mais uma Feira Anual da Trofa, organizada pela Junta de Freguesia de Bougado (S. Marti-nho e Santiago) e em estreita colaboração com a Câmara Municipal da Trofa, no senti-do de promover o setor agropecuário.Espera-se que nesta edição do evento, que já se realiza desde 1946, se continue a afir-mar uma feira agropecuária reconhecida, emblemática e ilustre da região.www.feiraanualdatrofa.com

2.º Seminário Ucanorte XXI“Custos da Exploração Leiteira –Torne a sua Exploração mais Eficiente”11 de março de 2016, Póvoa de VarzimO 2.º Seminário Ucanorte XXI, decorrerá no dia 11 de março 2016, no Espaço AGROS – Pó-voa de Varzim – e recairá na temática “Custos da Exploração Leiteira – Torne a sua Explora-ção mais Eficiente”.Na conjuntura atual, em que os produtores se encontram no limiar da rentabilidade, todos os intervenientes na fileira do leite têm a res-ponsabilidade de fazer mais e melhor. Neste sentido, é urgente debater novas formas de tornar as explorações mais eficientes e assim baixar os custos de produção, sendo este o grande desafio deste seminário. O futuro do setor é da responsabilidade de todos, e só aumentando a rentabilidade das explorações poderemos ter esperança na sustentabilidade económica das explorações.

AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação31 de março a 3 de abril, BragaA InvestBraga - Agência para a Dinamiza-ção Económica, EM, vai organizar de 31 de Março a 3 de Abril de 2016, a 49.ª edição da AGRO - Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação.A AGRO vai continuar a apoiar as fileiras mais representativas do setor agrário, quer através da aposta no reforço de divulgação do certame com o consequente aumento do número de visitantes/compradores quer ainda no contributo para a qualificação dos profissionais agrícolas.É neste ambiente característico e bem po-pular que a AGRO 2016 se desenrola, sendo certo que este certame tem na sua longe-vidade uma das garantias da sua relevância enquanto montra da agricultura portuguesa.O Stand do Grupo AGROS será uma das pre-senças confirmadas na Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação.www.peb.pt

SEMINÁRIO UCANORTE XXI

PRODUÇÃO DE FORRAGEME PRODUÇÃO VEGETAL

CUSTOS COM PESSOALAQUISIÇÃO DE BENS

E RECURSOS

Espaço AGROS . Póvoa de Varzim11 de Março de 2016

COMBUSTIVÉIS

ELETRICIDADE

DIVERSOSALIMENTAÇÃO

SAÚDE ANIMAL

Organização

REVISTA AGROS Nº26 . 47

Page 48: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Espaço Lúdico

Sabores da Nossa Terra

Bolo de Coco encharcado com Leite

Ingredientes: • 3 Ovos;• 150g de Açúcar;• 150g de Farinha• 2 Colheres de Sopa de Coco;• 2 Colheres de Sopa de Leite UHT Meio Gordo Agros;• 125g de Manteiga Agros.• 3dl de Leite UHT Meio Gordo Agros;• Coco ralado para polvilhar.

Preparação da Receita:Pré-aqueça o forno a 180ºC.Num recipiente bata a manteiga com o açúcar até obter um creme.Junte as gemas dos ovos ao creme e volte a bater. Acrescente duas colheres de sopa de leite.De seguida, junte as claras e envolva com cuidado. Por fim, misture a farinha e o coco. Unte com manteiga uma forma de bolo e polvilhe-a com farinha. Deite o preparado na forma e leve ao forno pré-aquecido durante cerca de 40 minutos.Quando o bolo estiver cozido, deixe arrefecer um pouco e desenforme.Ferva 3dl de leite e regue o bolo, aos poucos, com o leite ainda a ferver. Polvilhe com coco ralado.

48 . REVISTA AGROS Nº26

Page 49: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Passatempos

1 3 2 4 9

6

4 5

8 9 7

6 5 9 3

9 7 4

6 2

1

7 5 6 8 9

8 6 2

5 1 8

3 7

5 3 9

2 5

7 1 6

4 7

3 2 9

1 8 4

Palavras Cruzadas

Sudoku

2.

5. 1.

7. 4.

3.

6.

8.

10. 11.

12.

9. 15.

13.

14. 17.

20.

21. 18. 16.

19.

Dificuldade: Médio Dificuldade: Difícil

Horizontais:1. Veículo motorizado que se desloca sobre rodas ou esteiras de aço. 3. Relativo a biologia.6. Doença bovina.

Verticais: 2. Conjunto de animais.4. Carboidrato encontrado no leite.5. Cooperativa espanhola.7. Representação gráfica de alimentação saudável.10. Símbolo AGROS.11. Criação de gado bovino.15. Programa de recomendação de fertilização.17. Parte dura e sólida que forma a armação do corpo dos verte-

brados.18. Conhecido cereal, cultivado em grande parte do mundo.

8. Subordinação da agricultura à indústria.9. Localidade onde decorre a Feira de Atividades Económicas no

mês de outubro.12. Mungir.13. Nova criação.14. Pesticidas.16. Plantas comestíveis.19. Espaço destinado à comercialização de flores de corte,

plantas ornamentais, flores secas, flores artificiais e acessó-rios.

20. Inflamação da glândula mamária.21. Produto do leite.

REVISTA AGROS Nº26 . 49

Page 50: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

Almanaque Popular

ALMANAQUEPOPULAR

FEVEREIRONesta altura do ano, deve ter as tesouras de poda sempre prontas para os trabalhos de poda. Tudo o que se encontre seco, deteriorado ou com mau aspeto, deve ser removido.Na horta, lavrar a fundo os terrenos que estejam livres e em bom estado de enterrar estrumes e adubos fosfa-tados. No Norte e no Centro semear alface, couves, nabo, nabiça, pimento, alho-porro, repolho, feijão e tomate. No Sul, semear abóboras, cenoura, couves, ervilhas, pimento, feijão, nabiça, pepino, tomate e melancia.Nos jardins, esta é também a altura em que deve plantar coníferas, árvores de sombra de folha caduca e espécies de folha perene.Sendo fevereiro um mês propício à existência de geadas, regue bem as plantas pois melhora a sua resistência.

MARÇOCom a primavera à porta, não espere demais para começar a preparar o espetáculo de cor que inundará o jardim nos próximos meses. No jardim, semeie crisântemos, verbenas, amores-per-feitos, petúnias, cravos e dálias, além das indicadas nos meses anteriores. Deve, ainda, colher as flores de tulipas serôdias, campainhas brancas, narcisos e goivos.Na horta, este é um dos meses de maior atividade no que se refere a sementeiras e plantações.O mês de março é ideal para preparar a terra para o milho e a batata, e, nas regiões com menos geadas, semear trigo, aveia, centeio e cevada.De preferência regar pela manhã, caso se verifique falta de água por escassez de chuvas.

ABRILComece a adubar e a incrementar as regas à medida que a temperatura vai subindo.Na horta, abril é mês de semear abóbora, alface, chicória, couve-galega, espinafre, ervilha, feijão, melancia, melão, nabiças, pepino, rabanete, batata, brócolos, cenoura e favas.No jardim, conclua a poda das roseiras. Semeie girassóis e malmequeres, e colha flores de lilases, margaridas, etc.

Soluções página 49: PALAVRAS CRUZADAS

1.Trator; 2.Gado; 3.Biológico; 4.Lactose; 5.Delagro;

6.Leucose; 7.Roda dos Alimentos; 8.Agroindústria; 9.Barcelos;

10.Flor; 11.Bovinicultura; 12.Ordenha; 13.Recria;

14.Fitofármacos; 15.Profer; 16.Cereais; 17.Ossos;

18.Milho; 19.Mercoflores; 20.Mastite; 21.Manteiga.

5 1 8 7 3 2 4 6 9

4 7 9 8 5 6 2 3 1

2 6 3 9 4 1 5 7 8

3 8 1 2 6 4 9 5 7

6 4 2 5 7 9 8 1 3

9 5 7 3 1 8 6 4 2

1 9 6 4 2 7 3 8 5

8 3 4 1 9 5 7 2 6

7 2 5 6 8 3 1 9 4

8 7 9 4 5 6 1 2 3

6 5 4 1 2 3 9 8 7

1 2 3 9 7 8 6 4 5

5 4 2 6 8 7 3 1 9

3 9 6 2 1 5 4 7 8

7 8 1 3 9 4 2 5 6

9 6 8 5 4 1 7 3 2

4 3 5 7 9 2 8 9 1

2 1 7 8 3 9 5 6 4

Dificuldade: Médio Dificuldade: Difícil

SUDOKU

50 . REVISTA AGROS Nº26

Page 51: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

NOVO WEBSITE

disponível nos dispositivos

Visite-nos em:

www.prodistica.pt

Serviços Frota Contactos Orçamentos

Page 52: “Todos somos a Força da União!”...REVISTA AGROS Nº26 . 3 Editorial 2016, UM ANO DE UNIÃO Findo mais um ano, é com grande satisfação e agrado que destaco o esforço e a dedicação

SEMINÁRIO UCANORTE XXI

PRODUÇÃO DE FORRAGEME PRODUÇÃO VEGETAL

CUSTOS COM PESSOALAQUISIÇÃO DE BENS

E RECURSOS

Espaço AGROS . Póvoa de Varzim11 de Março de 2016

COMBUSTÍVEIS

ELETRICIDADE

DIVERSOSALIMENTAÇÃO

SAÚDE ANIMAL

Organização