iob - icms/ipi - espírito santo - nº26/2016 - 5ª sem junho

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Ressarcimento do imposto por decisão judicial a ICMS - Substituição tributária - Venda porta a porta a ICMS - Substituição tributária nas operações com bebidas quentes ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 26/2016 Espírito Santo / a Federal IPI Ressarcimento do imposto 01 / a Estadual ICMS Substituição tributária nas operações com cimento 05 / a IOB Setorial Estadual Agrícola - Diferimento do ICMS nas operações de importação, do exterior, de milho em grão 11 / a IOB Comenta Federal ICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disciplina 12 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Certidão negativa - Prazo de validade 13 Simples Nacional Classificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória 13 ICMS/ES Diferimento - Gado 13 Documentos fiscais - Dispensa na coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado 14 NF-e - Números inutilizados 14

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IOB ICMS-IPI, Espirito Santo,26-2016,5a Sem Junho

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Ressarcimento do imposto por decisão judicial

a ICMS - Substituição tributária - Venda porta a porta

a ICMS - Substituição tributária nas operações com bebidas quentes

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 26/2016

Espírito Santo

/a FederalIPIRessarcimento do imposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSSubstituição tributária nas operações com cimento . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialEstadualAgrícola - Diferimento do ICMS nas operações de importação, do exterior, de milho em grão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB ComentaFederalICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB Perguntas e RespostasIPICertidão negativa - Prazo de validade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Simples NacionalClassificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/ESDiferimento - Gado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Documentos fiscais - Dispensa na coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14NF-e - Números inutilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

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© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : ressarcimento do imposto.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2742-7

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04153 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

26-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 ES

a Federal

IPI

Ressarcimento do imposto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Direito ao ressarcimento 3. Pedido 4. Transferência 5. Competência 6. Pagamento 7. Procedimento especial

1. INTRODUÇÃO

O procedimento para o ressarcimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) está disciplinado pela Instru-ção Normativa RFB nº 1.300/2012.

Neste texto, examinaremos os detalhes para o ressarcimento de créditos do IPI, com fundamento na referida Instrução Normativa.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012)

2. DIREITO AO RESSARCIMENTO

Os créditos do IPI, em conformidade com o princípio da não cumulatividade, pode-rão ser utilizados pelos estabelecimentos mediante o lançamento dos respectivos valores na escrita fiscal, para efeito de dedução dos débitos decorrentes das saídas de produtos tributados.

Os créditos que ao final do período de apuração remanescerem da dedução poderão ser mantidos na escrita fiscal do estabelecimento para posterior dedução de débitos do IPI, relativos a períodos subsequentes de apuração, ou ser transferidos para outro estabelecimento da pessoa jurídica, somente para dedução de débitos do IPI, caso se refiram a:

a) créditos presumidos do IPI, como ressarci-mento das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins previstas nas Leis nºs 9.363/1996 e 10.276/2001;

b) créditos decorrentes de estímulos fiscais na área do IPI a que se refere o art. 1º da Portaria MF nº 134/1992;

c) créditos do IPI passíveis de transferência a fi-lial atacadista nos termos do item 6 da Instru-ção Normativa SRF nº 87/1989;

d) créditos presumidos do IPI de que tratam os incisos III a VIII do caput do art. 12 do Decreto nº 7.819/2012, apurados pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica habilitada ao Progra-

ma de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva

de Veículos Automotores (Inovar--Auto), nos termos do art. 15 do

mesmo Decreto.

Se ao final de cada trimestre-calendário rema-nescerem créditos do IPI

passíveis de ressarcimento, depois de efetuadas as dedu-

ções, o estabelecimento matriz da pessoa jurídica poderá requerer

o ressarcimento dos referidos créditos em nome do estabelecimento que os apurou

ou utilizá-los na compensação de débitos próprios relativos a tributos administrados pela RFB.

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 10.276/2001; Decreto nº 7.819/2012, art. 12, III a VIII, e art. 15; Instrução Normativa SRF nº 87/1989, item 6; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, caput, §§ 1º e 2º; Portaria MF nº 134/1992, art. 1º)

2.1 Créditos passíveis de ressarcimento

Não obstante o contribuinte poder utilizar os créditos para dedução do imposto nos períodos sub-sequentes ou transferi-los para outro estabelecimento

A retificação do

pedido de ressarcimento gerado a partir do programa PER/DCOMP, nas hipóteses

em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo

mediante apresentação à RFB de documento retificador gerado

a partir do referido programa

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26-02 ES Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

(matriz ou filial) nas hipóteses referidas nas letras “a” a “d” do item 2, para fins de ressarcimento somente serão passíveis:

a) os créditos relativos a entrada de matérias-pri-mas (MP), produtos intermediários (PI) e mate-rial de embalagem (ME) para industrialização, escriturados no trimestre-calendário;

b) os créditos presumidos mencionados na letra “a” do item 2, escriturados no trimestre-ca-lendário, excluídos os valores recebidos por transferência da matriz;

c) o crédito presumido do IPI como ressarcimen-to das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, previsto no inciso IX do art. 1º da Lei nº 9.440/1997; e

d) os créditos presumidos do IPI de que tratam os incisos III a VIII do caput do art. 12 do De-creto nº 7.819/2012, nos termos do art. 15 do mesmo Decreto (Inovar-Auto).

(Lei nº 9.363/1996; Lei nº 9.440/1997, art. 1º, IX; Lei nº 10.276/2001; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 3º)

2.2 Vedação

É vedado o ressarcimento de crédito do trimestre--calendário cujo valor possa ser alterado, total ou par-cialmente, por decisão definitiva em processo judicial ou administrativo fiscal de determinação e exigência de crédito do IPI.

Ao requerer o ressarcimento, o representante legal da pessoa jurídica deverá prestar declaração, sob as penas da lei, de que a pessoa jurídica não se encontra nessa situação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 25)

3. PEDIDO

Cada pedido de ressarcimento deverá:

a) corresponder a um único trimestre-calendá-rio; e

b) ser efetuado pelo saldo credor passível de ressarcimento remanescente no trimestre-ca-lendário, depois de efetuadas as deduções na escrituração fiscal.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 7º)

3.1 PER/DCOMP

O pedido de ressarcimento será efetuado pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica mediante

utilização do Programa Gerador do Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP).

Nota

Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016 aprovou o Programa PER/DCOMP, versão 6.6.

Esse programa, de livre reprodução, está dispo-nível na página da RFB (www.receita.fazenda.gov.br).

A pessoa jurídica deverá apresentar o PER/DCOMP com assinatura digital, inclusive, em relação ao pedido de cancelamento e à retificação desse programa, nas seguintes hipóteses:

a) declarações de compensação;b) pedidos de restituição, exceto para créditos

decorrentes de pagamentos indevidos ou a maior, ou de contribuições previdenciárias; e

c) pedidos de ressarcimento.(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 21, § 6º, e

art. 110; Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016)

3.2 Retificação

A retificação do pedido de ressarcimento gerado a partir do Programa PER/DCOMP, nas hipóteses em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante apresentação à RFB de documento retificador gerado a partir do referido programa.

A retificação do pedido de ressarcimento apre-sentado em formulário (papel), nas hipóteses em que for admitida, deverá ser requerida pelo sujeito passivo mediante a apresentação à RFB de formulário retifica-dor, o qual será juntado ao processo administrativo de ressarcimento para posterior exame pela autoridade competente.

O pedido de ressarcimento somente poderá ser retificado pelo sujeito passivo caso se encontre pen-dente de decisão administrativa à data do envio do documento retificador.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 87 e 88)

4. TRANSFERÊNCIA

A transferência de créditos do IPI a que se refere o item 2 deverá ser efetuada mediante nota fiscal, emitida pelo estabelecimento que os apurou, exclusi-vamente para essa finalidade, em que deverá constar:

a) o valor dos créditos transferidos;b) o período de apuração a que se referem os

créditos;

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26-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) a fundamentação legal da transferência dos créditos.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, caput)

4.1 Escrituração

4.1.1 Transferência

O estabelecimento que estiver transferindo os créditos deverá escriturá-los no livro Registro de Apuração do IPI, a título de estorno de créditos, com a observação: “Créditos transferidos para o estabele-cimento inscrito no CNPJ sob o nº........”.

Nota

O contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal Digital (EFD), na forma do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá observar as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que define as especificações técnicas do leiaute dos arquivos da EFD, e no Guia Prático EFD ICMS/IPI. Os lançamentos de estorno de créditos deverão ser efetuados, entre outros, nos registros E520 e E530 do bloco E da EFD.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Ins-trução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 1º; Guia Prático EFD ICMS/IPI)

4.1.2 Recebimento

O estabelecimento que estiver recebendo os créditos por transferência deverá escriturá-los no livro Registro de Apuração do IPI, a título de outros créditos, com a observação: “Créditos transferidos do estabelecimento inscrito no CNPJ sob o nº........”, indicando o número da nota fiscal que documenta a transferência.

Nota

Examinar “nota” sobre a EFD no subitem 4.1.1.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 2º)

4.2 Transferência por não contribuinte

A transferência de créditos presumidos do IPI, como ressarcimento das contribuições ao PIS-Pasep e da Cofins, por estabelecimento matriz não contri-buinte do imposto será realizada mediante emissão de nota fiscal de entrada pelo estabelecimento industrial que estiver recebendo o crédito, devendo o estabelecimento matriz efetuar a escrituração em seu livro Diário.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 24, § 3º)

4.3 Estorno de crédito

No período de apuração em que for apresentado à RFB o pedido de ressarcimento, o estabelecimento

que escriturou referidos créditos deverá estornar, em sua escrituração fiscal, o valor do crédito solicitado.

Nota

Examinar “nota” sobre a EFD no subitem 4.1.1.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 23)

5. COMPETÊNCIA

A decisão sobre o pedido de restituição de cré-dito relativo a tributo administrado pela RFB, o pedido de ressarcimento de créditos da contribuição para o PIS-Pasep, da Cofins, do Reintegra e o pedido de reembolso, caberá ao titular da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF), da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat), da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes no Rio de Janeiro (Demac/RJ) ou da Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Instituições Financeiras (Deinf) que, à data do reconhecimento do direito creditório, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

A restituição, o reembolso ou o ressarcimento dos créditos, bem como a sua compensação de ofício com os débitos do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional, caberão à DRF, à Derat, à Demac/RJ ou à Deinf que, à data da restituição, do reembolso, do ressarcimento ou da compensação, tenha jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 69)

5.1 Reconhecimento do crédito

A autoridade da RFB competente para decidir sobre o pedido de ressarcimento de créditos do IPI poderá condicionar o reconhecimento do direito cre-ditório à apresentação de documentos comprobató-rios desse direito, inclusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo a fim de verificar, mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 76, caput)

5.2 Indeferimento

É facultado ao sujeito passivo no prazo de 30 dias contados da data da ciência da decisão que indeferiu seu pedido de restituição, ressarcimento ou reembolso ou, ainda, da data da ciência do despacho

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26-04 ES Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

que não homologou a compensação por ele efetuada, apresentar manifestação de inconformidade contra o indeferimento do pedido ou a não homologação da compensação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 77, caput)

6. PAGAMENTO

O ressarcimento de créditos do IPI será realizado pela RFB exclusivamente mediante crédito em conta--corrente bancária ou de poupança de titularidade do beneficiário.

Ao pleitear o ressarcimento, o requerente deverá indicar o banco, a agência e o número da conta--corrente bancária ou de poupança de titularidade do sujeito passivo em que se pretende que seja efetuado o crédito.

Compete à instituição financeira que efetivar o ressarcimento verificar a correspondência do número de inscrição do respectivo beneficiário no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), constante dos docu-mentos de abertura da conta-corrente bancária ou de poupança, com o assinalado na correspondente autorização de crédito.

O descumprimento dessa norma caracteriza desvio de recursos públicos e obriga a instituição financeira responsável à entrega dos valores ao legítimo credor ou sua devolução ao Tesouro Nacional, acrescidos dos juros e das demais san-ções cabíveis.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 85 e 86)

6.1 Juros compensatórios

O crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou de reembolso, será restituído, reembolsado ou compensado com o acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulados mensalmente, e de juros de 1% no mês em que a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo.

No entanto, não incidirão juros compensatórios no ressarcimento de créditos do IPI, bem como na compensação desses créditos, conforme o disposto no § 5º, I, do art. 83 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 83, caput, I, § 5º, I)

7. PROCEDIMENTO ESPECIAL

A Portaria MF nº 348/2010 instituiu procedimento especial para ressarcimento de créditos de contribui-ções para o PIS-Pasep, da Cofins e do IPI.

O procedimento de ressarcimento do IPI somente se aplica a créditos acumulados em cada trimestre--calendário, decorrente de aquisição de MP, PI e ME, aplicados na industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota zero, que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos.

Não serão objetos de ressarcimento do IPI, devendo ser estornados os créditos originários de aquisição de MP, PI e ME, destinados à fabricação de produtos:

a) com notação “NT” na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011;

b) amparados por imunidade, exceto nos casos de exportação para o exterior; e

c) excluídos do conceito de industrialização na forma do art. 5º do Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

O procedimento especial não alcança pedidos de ressarcimento efetuados por pessoa jurídica com pro-cesso judicial ou com processo administrativo fiscal de determinação e exigência de crédito cuja decisão definitiva, judicial ou administrativa, possa alterar o valor a ser ressarcido.

A RFB deverá, no prazo máximo de 30 dias conta-dos da data do pedido de ressarcimento dos créditos, efetuar o pagamento de 50% do valor pleiteado por pessoa jurídica que atenda, cumulativamente, às seguintes condições:

a) cumpra os requisitos de regularidade fiscal para o fornecimento de certidão negativa ou de certidão positiva, com efeitos de negativa, de débitos relativos a tributos administrados pela RFB e à Dívida Ativa da União (DAU) ad-ministrada pela Procuradoria-Geral da Fazen-da Nacional (PGFN);

b) não tenha sido submetida a regime especial de fiscalização de que trata o art. 33 da Lei nº 9.430/1996 nos 36 meses anteriores à apre-sentação do pedido;

c) esteja obrigada a manter EFD;

Page 7: IOB - ICMS/IPI - Espírito Santo - nº26/2016 - 5ª Sem Junho

26-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Nota

A obrigatoriedade da EFD será verificada para cada estabelecimento detentor de crédito do IPI, nos ressarcimentos de créditos desse tributo.

d) tenha efetuado exportações em todos os 4 anos--calendário anteriores ao pedido;

e) tenha auferido receita bruta decorrente de ex-portações para o exterior nos 2º e 3º anos-ca-lendário anteriores ao do pedido, em valor igual ou superior a 30% de sua receita bruta total da venda de bens e serviços no mesmo período; e

f) não tenha havido indeferimentos de pedidos de ressarcimento ou não homologações de compensações relativos a créditos de contri-buição para o PIS-Pasep, da Cofins e do IPI, totalizando valor superior a 15% do montante solicitado ou declarado, com análise concluí-da pela autoridade competente da RFB, ainda que o pedido se encontre pendente de deci-são definitiva na esfera administrativa nos 24 meses anteriores à apresentação do pedido.

Nota

O disposto no art. 2º da Portaria MF nº 348/2010 aplica-se aos pedidos de ressarcimento efetuados a contar de 22.05.2011, bem como àqueles com período de apuração compreendidos entre 1º.01.2009 e 31.03.2010 (Portaria MF nº 260/2011, art. 3º).

A apuração do requisito descrito na letra “e” será efetuada anualmente.

Entende-se por receita bruta de exportações a soma dos valores das mercadorias efetivamente exportadas, em reais, conforme informado nas res-pectivas declarações de exportação (DE) e declara-ções simplificadas de exportação (DSE) registradas no âmbito do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), no período de 1º.01 a 31.12 de cada ano--calendário utilizado para o cálculo.

A apuração do requisito indicado na letra “f” independe da data de apresentação dos pedidos de ressarcimentos ou das declarações de compensação analisados nos últimos 24 meses e será calculada de forma unificada para o contribuinte.

A retificação do pedido de ressarcimento apre-sentada depois do efetivo ressarcimento de 50% do valor pleiteado somente produzirá efeitos depois de sua análise pela autoridade competente.

Para fins de pagamento a ser efetuado pela RFB, deve ser descontado do valor a ser ressarcido o montante utilizado em declarações de compensação apresentadas até a data da restituição, no que superar em 50% do valor pleiteado pela pessoa jurídica.

O procedimento especial de que trata este item foi disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº 1.060/2010.

Para efeito de sua aplicação, o contribuinte deverá atender aos requisitos exigidos na data do pedido, mantendo esta condição inalterada até a data do pagamento da antecipação.

A operacionalização da antecipação do ressarci-mento será efetuada pela unidade da RFB a que compete o reconhecimento do direito ao ressarcimento do crédito.

Aplica-se, subsidiariamente, aos pedidos de ressarcimento especial o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012 e nos demais dispositi-vos da legislação tributária que disciplinam a matéria.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012; Instrução Norma-tiva RFB nº 1.060/2010; Portaria MF nº 348/2010; Portaria MF nº 594/2010; Portaria MF nº 260/2011)

N

a Estadual

ICMS

Substituição tributária nas operações com cimento SUMÁRIO 1. Introdução 2. Responsável pela retenção (contribuinte substitu to) 3. Inaplicabilidade

4. Base de cálculo do imposto retido 5. Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) 6. Simples Nacional 7. Alíquota 8. Cálculo do imposto retido 9. Recolhimento 10. Exemplo de cálculo 11. Exemplo de nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto 12. Escrituração - Principais reflexos na EFD 13. Penalidade

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26-06 ES Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

1. INTRODUÇÃO

A responsabilidade pelo pagamento do ICMS, no que se refere às operações ou prestações, em regra, é daquele que pratica o fato gerador.

No entanto, em algumas situações, a legislação atribui expressamente a terceiros a condição de su-jeito passivo por substituição.

Veremos neste texto, com base no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 1.090-R/2002 e no Protocolo ICM nº 11/1985, as principais regras de aplicação do regime da substituição tributária estabe-lecido para as operações com cimento.

2. RESPONSÁVEL PELA RETENÇÃO (CONTRIBUINTE SUBSTITUTO)

Fica atribuída ao estabelecimento industrial ou importador, na qualidade de sujeito passivo por substituição, a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido nas operações sub-sequentes, com cimento de qualquer espécie, NCM 2523, exceto o branco.

(RICMS-ES/2002, art. 265, III)

3. INAPLICABILIDADE

A substituição tributária não se aplica:

a) às operações que destinem mercadorias a su-jeito passivo por substituição da mesma mer-cadoria;

b) às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por subs-tituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empre-sas diversas;

c) às operações com mercadorias destinadas a integração ou consumo em processo de in-dustrialização.

(RICMS-ES/2002, art. 180)

4. BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO RETIDO

Existindo preço final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou pelo importador, esse preço será a base de cálculo para fins de substituição tributária.

Inexistindo o valor de que trata o parágrafo anterior, a base de cálculo corresponderá ao mon-tante formado pelo preço praticado pelo remetente, incluídos os valores correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições e outros encargos transfe-ríveis ou cobrados do destinatário, ainda que por terceiros, adicionado da parcela resultante da apli-cação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado ajustada - MVA Ajustada -, calculado segundo a fórmula MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1, considerando-se:

a) MVA ST original;b) ALQ inter: coeficiente correspondente à alí-

quota interestadual aplicável à operação; e

c) ALQ intra: coeficiente correspondente à alí-quota interna ou ao percentual de carga tribu-tária efetiva, quando esse for inferior à alíquota interna, praticada pelo contribuinte substituto no Espírito Santo.

Tratando-se de operações internas, aplica-se a MVA-ST original.

Na impossibilidade de inclusão do valor do frete, seguro ou outro encargo na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente a essas parcelas será efetuado pelo estabelecimento destinatário, acrescido dos percentuais de MVA ajus-tada.

Se a “ALQ intra” for inferior à “ALQ inter”, aplicar--se-á a MVA-ST original.

Nas operações destinadas aos Estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo com os produtos a MVA-ST original a ser aplicada é a prevista na legisla-ção desses Estados.

CIMENTO

PRODUTOCODIFICAÇÃO MVA

DATA DE VENCIMENTO

LEGISLAÇÃO

Cest NCM/SH Indústria/ Importador Distribuidor Acordo RICMS

CIMENTO 10 Protocolo ICM nº 11/1985

art. 265, III

Cimento de qualquer espécie, exceto o branco

05.001.00 2523

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26-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

PRODUTOCODIFICAÇÃO MVA

DATA DE VENCIMENTO

LEGISLAÇÃO

Cest NCM/SH Indústria/ Importador Distribuidor Acordo RICMS

a) MVA original 20,00% 20,00%

b) MVA ajustada

b.1) alíquota interestadual 4% 38,80% 38,80%

b.2) alíquota interestadual 7% 34,46% 34,46%

b.3) alíquota interestadual 12% 27,23% 27,23%

(RICMS-ES/2002, art. 194, §§ 6º, 16 e 20 e Anexo V, IV)

5. CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA (CEST)

A partir de 1º.10.2016, deverá ser observado o disposto no § 1º da cláusula terceira do Convênio ICMS nº 92/2015, segundo o qual, nas operações com mercadorias ou bens listados nos Anexos II a XXIX do referido Convênio, o contribuinte deverá mencionar o respectivo Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) no documento fiscal que acobertar a operação, ainda que a operação, mercadoria ou bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição tribu-tária ou de antecipação do recolhimento do imposto.

O Cest identifica a mercadoria passível de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto, relativos às operações subsequentes e é composto por 7 dígitos, sendo que:

a) o 1º e o 2º correspondem ao segmento da mer-cadoria ou bem;

b) o 3º ao 5º correspondem ao item de um seg-mento de mercadoria ou bem;

c) o 6º e o 7º correspondem à especificação do item.

Para fins das letras “a”, “b” e “c”, considera-se:

a) Segmento: o agrupamento de itens de mer-cadorias e bens com características asseme-lhadas de conteúdo ou de destinação, confor-me previsto no Anexo I do Convênio ICMS nº 92/2015;

b) Item de Segmento: a identificação da merca-doria, do bem ou do agrupamento de merca-dorias ou bens dentro do respectivo segmen-to;

c) Especificação do Item: o desdobramento do item, quando a mercadoria ou bem possuir características diferenciadas que sejam rele-vantes para determinar o tratamento tributário

para fins dos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto.

Nota

Na hipótese de a descrição do item não reproduzir a correspondente descrição do código ou posição utilizada na NCM/SH, os regimes de subs-tituição tributária ou de antecipação do recolhimento do ICMS com encerra-mento de tributação serão aplicáveis somente às mercadorias ou aos bens identificados nos termos da descrição contida no RICMS-ES/2002.

(Convênio ICMS nº 92/2015; RICMS-ES/2002, art. 205, IV, §§ 2º ao 5º e § 7º)

6. SIMPLES NACIONAL

A Lei Complementar nº 147/2014 estabeleceu que, a partir de 1º.01.2016, os contribuintes optantes pelo Simples Nacional não mais se sujeitam ao regime de substituição tributária, exceto em relação a deter-minado rol de mercadorias, sendo que ficou a cargo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) editar Convênio para detalhar esse rol.

A relação detalhada das mercadorias passíveis de sujeição ao regime de substituição tributária foi divulgada pelo Convênio ICMS nº 146/2015, estando nela os materiais de limpeza.

Ressalte-se que os regimes de substituição tribu-tária ou de antecipação do recolhimento do imposto com encerramento de tributação, relativos às ope-rações subsequentes, não se aplicam às operações com mercadorias ou bens relacionados no Anexo Único do Convênio ICMS nº 149/2015, se fabricados em escala industrial não relevante em cada segmento, nos termos do art. 13, § 8º, da Lei Complementar nº 123/2006, observado o seguinte:

a) estende-se às operações subsequentes à fa-bricação da mercadoria ou bem em escala não relevante até o consumidor final;

b) consideram-se fabricados em escala industrial não relevante a mercadoria ou bem quando

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26-08 ES Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

produzidos por contribuinte que, cumulativa-mente:

b.1) for optante pelo Simples Nacional;

b.2) auferir, nos últimos 12 meses, receita bru-ta igual ou inferior a R$ 180.000,00; e

b.3) possuir estabelecimento único; e

c) se o contribuinte não atender a qualquer das condições previstas na letra “b”, o bem ou mercadoria deixam de ser considerados como fabricados em escala não relevante e as operações com esses ficam sujeitas ao regime de substituição tributária a partir do 1º dia do 2º mês subsequente ao da ocorrên-cia.

(Lei Complementar nº 147/2014; Convênio ICMS nº 146/2015; RICMS/ES, art. 180-A, II)

7. ALÍQUOTA

A alíquota do ICMS para as operações internas no Estado do Espírito Santo com cimento é de 17%.

No cálculo do ICMS retido nas operações interes-taduais, deverá ser observada a alíquota interna da mercadoria no Estado destinatário.

(RICMS-ES/2002, art. 71, I, e art. 194, § 7º)

8. CÁLCULO DO IMPOSTO RETIDO

Para o cálculo do ICMS retido, o contribuinte substituto (responsável pela retenção) deverá aplicar a alíquota do ICMS (tópico anterior) sobre o valor da base de cálculo do ICMS retido (tópico 4) e subtrair desse valor o ICMS devido sobre a sua própria ope-ração.

Dessa forma, o valor do ICMS retido correspon-derá à diferença entre o imposto calculado conforme o tópico 4 e o devido pela própria operação do contri-buinte substituto.

(RICMS-ES/2002, art. 194, § 7º)

9. RECOLHIMENTO

O pagamento do imposto retido será efetuado mediante utilização do DUA eletrônico, nas seguintes hipóteses:

a) antes de iniciada a remessa efetuada por con-tribuinte de outra Unidade da Federação, não credenciado neste Estado, devendo o do-

cumento de arrecadação acompanhar o trans-porte;

b) nos prazos estabelecidos em convênio ou protocolo, nas remessas efetuadas por con-tribuintes de outra Unidade da Federação, credenciados como contribuintes substitutos.

A Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santo disponibiliza o serviço “Sefaz-e-DUA” (www.sefaz.es.gov.br - DUA Eletrônico), que permite o acesso aos serviços pela Internet, para emissão e pagamento do Documento Único de Arrecadação (DUA), além de integração por código de barras com a rede bancária de qualquer agência da receita estadual.

(RICMS-ES/2002, art. 193; Decreto nº 1.969-R/2007, art. 7º, II)

10. EXEMPLO DE CÁLCULO

Exemplificaremos aqui a formação da base de cálculo para fins do regime de substituição tributária em uma operação interna:

- Preço: R$ 1.000,00;

- IPI: alíquota zero;

- Percentual de agregação: 20%.

O ICMS na operação própria (R$ 1.000 x 17%) é de R$ 170,00.

Assim, para o cálculo da substituição tributária, temos:

- BC-ST = preço + percentual de agregação = R$ 1.000,00 + 20% = R$ 1.200,00;

- ICMS-ST = (BC-ST x alíquota interna) - ICMS operação própria = (R$ 1.200,00 x 17%) - R$ 170,00 = R$ 34,00.

11. EXEMPLO DE NOTA FISCAL EMITIDA PELO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO

Com base no exemplo dado no tópico 10, demonstramos, a seguir, a visualização do Danfe relativamente à Nota Fiscal Eletrônica emitida por contribuinte substituto tributário em uma operação interna com cimento.

Nota

O exemplo de Danfe a seguir foi emitido com a utilização de dados hipotéticos e com base na legislação tributária vigente da data de simulação do cálculo. Em vista disso, o contribuinte deverá, sempre, observar a classifi-cação fiscal e a tributação aplicável à mercadoria, no momento de ocorrência do fato gerador.

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26-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 ES

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DANFE

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26-10 ES Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

12. ESCRITURAÇÃO - PRINCIPAIS REFLEXOS NA EFD

Ao contribuinte que estiver obrigado à apre-sentação da EFD, para o lançamento fiscal da NF-e apresentada no tópico anterior, a título exemplificativo, apresentamos, a seguir, o preenchimento dos princi-pais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - EFD--ICMS/IPI.

12.1 Registro C100

Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada no tópico 11, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Registro C100

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O2 IND_OPER 1 O3 IND_EMIT 0 O4 COD_PART 999 O5 COD_MOD 55 O6 COD_SIT 00 O7 SER 1 OC8 NUM_DOC 8 O

9 CHV_NFE 32150277084635757746550010000000081047601808 O

10 DT_DOC 240520XX O11 DT_E_S 240520XX OC12 VL_DOC 1034,00 O13 IND_PGTO 2 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 1000,00 OC17 IND_FRT 9 O18 VL_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 1000,00 OC22 VL_ICMS 170,00 OC23 VL_BC_ICMS_ST 1200,00 OC24 VL_ICMS_ST 34,00 OC25 VL_IPI OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC29 VL_COFINS_ST OC

A representação deste registro no arquivo TXT da Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-ções deste exemplo, será:

|C100|1|0|999|55|00|1|8|32150277084635757746550010000000081047601808|240520XX|240520X X|1034,00|2||||1000,00|9|||1000,00|170,00|1200,00|34,00

12.2 Registro C110

Este registro destina-se ao lançamento da infor-mação apresentada no campo “Informações Comple-mentares” na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Registro C110

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O

2 COD_INF 99 O

3 TXT_COMPL

Imposto retido por substi-tuição tributária conforme Anexo V, item IV, do RICMS--ES/2002

OC

A representação deste registro no arquivo TXT da Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-ções deste exemplo, será:

|C110|99| Imposto retido por substituição tributária conforme Anexo V, item IV do RICMS-ES/2002|

12.3 Registro C190

O registro analítico de documento fiscal tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte preenchimento:

Registro C190

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O

2 CST_ICMS 10 O

3 CFOP 5401 O

4 ALIQ_ICMS 17,00 OC

5 VL_OPR 1.034,00 O

6 VL_BC_ICMS 1.000,00 O

7 VL_ICMS 170,00 O

8 VL_BC_ICMS_ST 1.200,00 O

9 VL_ICMS_ST 34,00 O

10 VL_RED_BC O

11 VL_IPI O

12 COD_OBS OC

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26-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 ES

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Manual de Procedimentos

ESTADUAL

Agrícola - Diferimento do ICMS nas operações de importação, do exterior, de milho em grão

Provavelmente, o milho é a mais importante planta comercial com origem nas Américas. Há indicações de que sua origem tenha sido no México, América Central ou Sudoeste dos Estados Unidos. É uma das culturas mais antigas do mundo, havendo provas, através de escavações arqueológicas e geológicas, e através de medições por desintegração radioativa, de que é cultivado há pelo menos 5 mil anos. Logo depois do descobrimento da América, o milho foi levado para a Europa, onde era cultivado em jardins, até que seu valor alimentício tornou-se conhecido. Passou, então, a ser plantado em escala comercial e espalhou-se desde a latitude de 58º Norte (União Soviética) até 40º Sul (Argentina).

A importância econômica do milho é caracte-rizada pelas diversas formas de sua utilização, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. Na realidade, o uso do milho em grão como alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal, isto é, cerca de 70% no mundo. Nos Estados Unidos, cerca de 50% é desti-nado a esse fim, enquanto que no Brasil varia de 60% a 80%, dependendo da fonte da estimativa e de ano para ano.

Associando o consumo humano ao consumo animal, além de se verificar também o crescimento

do uso de milho em aplicações industriais, pode-se observar o aumento de sua importância no contexto da produção de cereais na esfera mundial. Nesse sentido, o milho passou a ser o cereal mais produzido no mundo. Esse crescimento acompanhou a demanda por milho para alimentação animal, isto é, enquanto o trigo é usado basicamente para consumo humano, o milho é mais versátil, principalmente no que diz res-peito à alimentação animal, aumentando o leque de aplicações desse cereal.

O Estado do Espírito Santo publicou no DOE ES de 20.05.2016 a Lei nº 10.529/2016, incluindo no Capítulo III do Título IV da Lei nº 7.000/2001 (Lei do ICMS) o art. 179-E, concedendo até 30.11.2016 diferimento de ICMS nas operações de importação, do exterior, de milho em grão, para o momento:

a) da subsequente saída tributada;b) quando destinado exclusivamente à alimenta-

ção animal, da saída, do estabelecimento avi-cultor ou suinocultor situado neste Estado, de ovos ou de produto resultante do abate, veda-do o aproveitamento de qualquer crédito rela-tivo à aquisição da mercadoria.

Cabe ressaltar que o diferimento é uma espécie de substituição tributária, em que existe uma poster-gação ou adiamento do pagamento do imposto e, ao mesmo tempo, a transferência da responsabilidade para o pagamento do imposto a um terceiro.

(Lei nº 7.000/2001, art. 179-E; http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_8_168200511157.html)

N

a IOB Setorial

A representação deste registro no arquivo TXT da Escrituração Fiscal Digital, considerando as informa-ções deste exemplo, será:

|C190|10|5401|17|1.034,00|1.000,00|170,00|1.200, 00|34,00||||

13. PENALIDADE

O contribuinte deve cumprir as obrigações a ele impostas, seguindo os procedimentos determinados

na legislação. Caso sejam verificadas irregularidades, o Fisco, no cumprimento do exercício de órgão fisca-lizador, aplica as penalidades previstas na legislação, de acordo com as incorreções ou faltas cometidas pelo contribuinte, e com suas capitulações.

As infrações e penalidades estão devidamente arroladas na Lei nº 7.000/2001, arts. 74 e seguintes.

(Lei nº 7.000/2001, arts. 74 e seguintes)

N

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26-12 ES Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

FEDERAL

ICMS - Projeto Canal Verde Brasil-ID - Simplificação da fiscalização - Disciplina

Os Estados da Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Sergipe são os signatários do Protocolo ICMS nº 51/2015, que dispõe sobre a simplificação dos procedimentos de fiscali-zação nos postos fiscais de controle de mercadorias em trânsito, relacionados às empresas de transporte e veículos de cargas, participantes do Projeto Canal Verde Brasil-ID.

Considerando, entre outros fatores, o disposto no Convênio ICMS nº 77/1997, que trata do compar-tilhamento de postos fiscais de divisa interestadual e da necessidade de assegurar maior eficiência e celeridade às atividades de verificação de docu-mentos fiscais e de conferência de mercadorias transportadas por via rodoviária, os mencionados Estados ajustaram regras de cooperação mútua para atuar de forma harmônica e integrada na fiscalização de mercadorias em trânsito de seus res-pectivos territórios, bem como no que se refere aos procedimentos de fiscalização nos postos fiscais de percurso onde transitam os veículos de carga de empresas de transporte com termo de acordo (TA) ou regime especial (RE) participantes do Projeto Canal Verde - Brasil-ID.

As empresas de transporte interessadas em participar desse projeto devem firmar TA ou RE com a Unidade da Federação (UF) de destino e termo de anuência com as UF que possuam postos de fiscali-zação de mercadorias em trânsito nas localidades de carregamento e percurso da carga.

O objetivo do projeto é possibilitar o desenvolvi-mento conjunto de novos modelos de fiscalização de trânsito de mercadorias adequados à nova realidade dos documentos fiscais eletrônicos (DF-e) e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo de deslocamento dos veículos de carga, com a adoção de um novo con-ceito de inspeção de veículo em movimento, a partir do monitoramento dos DF-e transportados e rastrea-

mento dos veículos de carga, na saída da unidade de carregamento, no percurso e descarregamento.

Os veículos das empresas transportadoras integrantes do projeto terão atendimento mais célere nos postos fiscais dos Estados signatários, quando estes estiverem em trânsito em seus respec-tivos territórios, devendo os mesmos adentrar nas unidades fiscais para o procedimento de leitura da etiqueta de rádio frequência, que identifica a placa do veículo, da apresentação do Documento Auxiliar do Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (DAMDFE), de cópia do TA ou do RE e dos termos de anuência assinados com as Secretarias da Fazenda envolvidas, assim como para outras ações julgadas necessárias.

Não poderão participar do projeto cargas trans-portadas com previsão de carregamento/descarre-gamento durante o percurso entre a UF de origem e destino final das mercadorias.

Os veículos participantes do Canal Verde devem possuir adesivos fornecidos pela Secretaria da Fazenda de destino, apostos nos para-brisas e na porta lateral direita, sendo também obrigatório o regis-tro no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) de que se trata de mercadoria transportada através do Projeto Canal Verde Brasil-ID.

Na hipótese de existência de alguma não confor-midade ou em caso de suspeita de irregularidade, a carga passa a ter o tratamento usual de controle fiscal adotado para todas as demais cargas.

A UF de destino poderá cancelar a qualquer tempo o TA ou o RE, excluindo o transportador do pro-jeto, tornando o contribuinte sujeito ao controle normal de fiscalização de mercadorias em trânsito.

As UF de carregamento e/ou percurso poderão cancelar o TA a qualquer tempo, excluindo o trans-portador do projeto, tornando o contribuinte sujeito ao controle normal em seu território, independente da permanência do benefício nas demais UF envol-vidas.

(Convênio ICMS nº 77/1997; Protocolo ICMS nº 51/2015)

N

a IOB Comenta

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26-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IPI

Certidão negativa - Prazo de validade

1) Qual é o prazo de validade da certidão negativa de débitos de tributos e contribuições federais?

O prazo de validade da certidão é de 180 dias, contados da data de sua emissão.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1.751/2014, art. 10)

SIMPLES NACIONAL

Classificação fiscal - NCM - Indicação obrigatória

2) Há obrigatoriedade de indicação da classifica-ção fiscal de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), nas notas fiscais emitidas por empre-sas enquadradas no Simples Nacional?

As obrigações acessórias das empresas optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006, estão disciplinadas pela Resolução CGSN nº 94/2011.

O art. 63 dessa Resolução dispõe que os livros e os documentos fiscais nela previstos serão emitidos e escriturados nos termos da legislação do ente tribu-tante da circunscrição do contribuinte, observando-se o disposto nos Convênios e Ajustes Sinief de que tratam a matéria, especialmente no Convênio Sinief s/nº, de 1970, no Convênio Sinief nº 6/1989 e no Ajuste Sinief nº 7/2005 - Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

Nesse sentido, o Ajuste Sinief nº 11/2009 alterou a alínea “c” do inciso IV do art. 19 do Convênio s/nº, de 15.09.1970, estabelecendo, entre os requisitos obrigatórios na emissão da nota fiscal, a indicação do código da Nomenclatura Comum do Mercosul - Sistema Harmonizado (NCM/SH), nas operações realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação federal, e nas operações de comércio exterior.

O inciso V da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 7/2005 dispõe que a identificação das mercadorias comercializadas com a utilização da NF-e deverá conter o seu correspondente código, estabelecido na NCM:

a) nas operações:

a.1) realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legis-lação federal;

a.2) de comércio exterior;

b) nos demais casos:

b.1) desde 1º.07.2014, para NF-e, modelo 55;

b.2) desde 1º.01.2015, para NF-e, modelo 65.

O item 3 da Nota Técnica (NT) nº 4/2014, versão 1.10, citando o Ajuste Sinief nº 22/2013, esclarece que a identificação das mercadorias na NF-e deverá conter o seu correspondente código estabelecido na NCM completo, não sendo mais aceita a possibilidade de informar apenas o capítulo (2 dígitos).

Esclarece, ainda, que:

a) caso o item da NF-e se refira a serviço tribu-tado pelo Imposto sobre Serviços (ISS) ou a NF-e seja de ajuste, neste campo deverá ser informado o código “00” (2 zeros);

b) em caso de NF-e complementar que se refi-ra a um dos casos referidos na letra “a”, tam-bém poderá ser informado o código “00” neste campo; e

c) se o item da NF-e se referir a mercadoria ou outra operação que não possa ser classifi-cada segundo a tabela da NCM, seguidas as normas do Ministério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), este campo deverá ser preenchido com o código “00000000” (8 zeros).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A; Convênio Sinief s/nº, de 1970, art. 19, IV, “c”, § 27; Ajuste Sinief nº 7/2005; Ajuste Sinief nº 11/2009; Ajuste Sinief nº 22/2013; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 63; Nota Técnica nº 4/2014, versão 1.10; Manual de Orientação do Contribuinte - NF-e, versão 6.0, Anexo I, item 104)

ICMS/ES

Diferimento - Gado

3) As saídas internas de gado estão abrangidas pelo diferimento do imposto?

Sim. O lançamento e o pagamento do imposto incidente sobre as sucessivas saídas internas de

a IOB Perguntas e Respostas

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26-14 ES Manual de Procedimentos - Jun/2016 - Fascículo 26 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

gado ovino, caprino, bovino ou bufalino ficam dife-ridos para o momento em que ocorrer a saída do estabelecimento abatedor ou para outra Unidade da Federação, vedado o aproveitamento de quaisquer créditos relativos à aquisição das mercadorias.

(RICMS-ES/2002, art. 328)

Documentos fiscais - Dispensa na coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado

4) Qual o procedimento para coleta de óleo lubrifi-cante usado ou contaminado?

Na coleta e transporte de óleo lubrificante usado ou contaminado, realizados por estabelecimento coletor, cadastrado e autorizado pela ANP, com destino a estabelecimento re-refinador ou coletor--revendedor, em substituição à nota fiscal, o coletor de óleo lubrificante emitirá o certificado de coleta de óleo usado, previsto na legislação da ANP, conforme modelo constante do Anexo Único do Convênio ICMS nº 17/2010, dispensando o estabelecimento remetente da emissão de documento fiscal.

(RICMS-ES/2002, art. 285)

NF-e - Números inutilizados

5) Qual procedimento deve ser adotado pelo emi-tente da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em relação aos números inutilizados?

As NF-e canceladas e denegadas e os números inutilizados devem ser escriturados, sem valores monetários, de acordo com a legislação de regência do imposto.

É facultado ao contribuinte, na hipótese de núme-ros inutilizados, em substituição ao procedimento previsto no parágrafo anterior, lavrar termo no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, no qual serão prestadas, no mínimo, as seguintes informações:

a) a data da inutilização;

b) o número inutilizado ou o intervalo numérico que englobe uma sequência de números inuti-lizados; e

c) o número do documento de arrecadação, na hipótese de recolhimento de multa decorrente da aplicação de penalidade pecuniária.

(RICMS-ES/2002, art. 543-V)◙