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ANO XXIX- Nº. 345 Mês de Junho de 2011 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Castelo Branco TAXA PAGA Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011 Publica-se na última semana de cada mês Mensário Regionalista Fundador: DOMINGOS ALVES DIAS Director JOSÉ FAIA P. CORREIA Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84 29 Anos ao serviço do nosso Concelho Número Avulso: 0,80 Pág. 2 Editorial O PRESIDENTE DA REPÚBLICA INAUGUROU O MUSEU MANUEL CARGALEIRO I ntegrado nas festivas comemorações do “DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS”, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que se fazia acompanhar da esposa e do presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão Lopes Dias, procedeu, no transato FEIRA DAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS DE VILA VELHA DE RÓDÃO - A realizar nos dias 24, 25 e 26 de Junho - VISITE O STAND DA CASA DO CONCELHO E DO JORNAL “O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO”, subordinado ao tema ENERGIAS RENOVÁVEIS - O FUTURO DO NOSSO PAÍS - O aerogerador existente junto da povoação da Ladeira Cont. Pág. 7 dia 9 de Junho, à inauguração solene do Museu Manuel Cargaleiro, sediado em Castelo Branco. À entrada do Museu, sorridente e com a felicidade estampada no rosto, encontrava-se Manuel Cargaleiro, que recebeu o Presidente da República e todo o séquito presidencial, com cordial acolhimento. PEDIMOS DESCULPA O último número do nosso Jornal chegou às nossas mãos com tão mau aspeto que, algumas páginas, mais pareciam um borrão! Tratou-se de um problema de ordem técnica o qual, embora completamente alheio ao grupo de trabalho que, juntamente com a direção, constrói cada número, nos deixou envergonhados. E não sem razão porque, mês após mês, com carinho e muita dedicação, esforçamo- nos por fazer o melhor que sabemos e podemos para que o Jornal chegue em boas condições às mãos dos nossos assinantes espalhados por esse mundo fora, por forma a dignificar o nosso Concelho. Aos nossos leitores e, em particular, aos nossos assinantes apresentamos o pedido de desculpa. A Direção Pág. 5 Chama da Solidariedade esteve em Vila Velha de Ródão Dia Nacional das Misericórdias Pág. 12 O que o novo Primeiro-Ministro prometeu aos portugueses Pág. 11

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Page 1: ANO XXIX- Nº. 345 Mês de Junho de 2011 O CONCELHO DE VILA ...€¦ · a avestruz, temos escondido a cabeça debaixo da areia, fazendo de conta que nada disto nos diz respeito, nem

ANO XXIX- Nº. 345 Mês de Junho de 2011

O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

Castelo BrancoTAXA PAGA

Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011

Publica-se na última semana de cada mês

Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS

DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA

Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84

29 Anos ao serviço do nosso Concelho

Número Avulso: 0,80

Pág. 2

Editorial

O PRESIDENTEDA REPÚBLICAINAUGUROU O MUSEUMANUEL CARGALEIRO

Integrado nas festivas comemorações do “DIA DE PORTUGAL,DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS”, oPresidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que se fazia

acompanhar da esposa e do presidente da Câmara Municipal deCastelo Branco, Joaquim Morão Lopes Dias, procedeu, no transato

FEIRA DAS ACTIVIDADES ECONÓMICASDE VILA VELHA DE RÓDÃO

- A realizar nos dias 24, 25 e 26 de Junho - VISITE O STAND DA

CASA DO CONCELHO E DO JORNAL“O CONCELHO DE

VILA VELHA DE RÓDÃO”,subordinado ao tema

ENERGIAS RENOVÁVEIS- O FUTURO DO NOSSO PAÍS -

O aerogerador existente junto da povoação da Ladeira

Cont. Pág. 7

dia 9 de Junho, à inauguração solene do Museu Manuel Cargaleiro,sediado em Castelo Branco.

À entrada do Museu, sorridente e com a felicidade estampadano rosto, encontrava-se Manuel Cargaleiro, que recebeu o Presidenteda República e todo o séquito presidencial, com cordial acolhimento.

PEDIMOS DESCULPA

O último número do nosso Jornal chegou às nossas mãos comtão mau aspeto que, algumas páginas, mais pareciam um borrão!

Tratou-se de um problema de ordem técnica o qual, emboracompletamente alheio ao grupo de trabalho que, juntamente com adireção, constrói cada número, nos deixou envergonhados. E não semrazão porque, mês após mês, com carinho e muita dedicação, esforçamo-nos por fazer o melhor que sabemos e podemos para que o Jornal chegueem boas condições às mãos dos nossos assinantes espalhados por essemundo fora, por forma a dignificar o nosso Concelho.

Aos nossos leitores e, em particular, aos nossos assinantesapresentamos o pedido de desculpa.

A Direção

Pág. 5

Chama da Solidariedade esteveem Vila Velha de Ródão

Dia Nacional das Misericórdias

Pág. 12

O que o novo Primeiro-Ministro prometeu aos portugueses

Pág. 11

Page 2: ANO XXIX- Nº. 345 Mês de Junho de 2011 O CONCELHO DE VILA ...€¦ · a avestruz, temos escondido a cabeça debaixo da areia, fazendo de conta que nada disto nos diz respeito, nem

JUNHO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO2

Crónicas de um paraíso à beira do Tejo…

Editorial

"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"Propriedade e editor: Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão; Nº Registo Pessoa Colectiva: 502 377003 - Registo de Imprensa: Nº108771 - Depósito Legal: Nº. 4032/84 - Director: José Faia P. Correia([email protected]) - Presidente da Direcção da Casa do Concelho: Elísio Carmona([email protected]) Composição: João Luis Gonçalves Silva ([email protected]). Impressão:Jornal Reconquista - Castelo Branco. - Colaboradores: Alexandra Fernandes, Ângelo M. Duarte Ribeiro, AnaMartins Camilo, António Fernando Martins, António Silveira Catana, Elísio Carmona, Emílio B. Pereira Costa,Fabião Baptista, Joaquim Dias Caratão, Jorge Manuel Cardoso, José Carlos Belo, José Emílio Ribeiro, LuisRibeiro Pires Correia, Manuel Antunes Marques, Mendes Serrasqueiro, Mónica Santo, e O. Sotana Catarino.Sede, Redacção e Administração: Av. Almirante Reis, 256 - 1º. Esqº. - 1000-058 LISBOA - Tel.: 218 494565 N.B. - Toda a correspondência deverá ser enviada para a redacção. As opiniões expressas nostextos publicados em "O Concelho de Vila Velha de Ródão" apenas reflectem os pontos de vista dos seusautores. Assinatura anual: •Território nacional - 8,5 € • Estrangeiro -12,5 € Tiragem mensal: 1 000 ex.([email protected])

* Largo da Graça, 63-D 1170-165 LISBOA* Rua Seminário, Lt 17 1885-076 MOSCAVIDE* Tel. Gás: 219 441 205 – 219 430 152* Linha verde: 800 206 563* Fax: 219 443 506

Distribuição de GALPGÁS

ÁS Manuel Matas (Foz do Cobrão)

José Emílio Ribeiro *

Exmo. Sr. DiretorVenho pedir-lhe a publicação no nosso jornal de umas breves palavras minhas emagradecimento a todas as pessoas que me acompanharam aquando do falecimentode minha mãe, Leonor Maria Amaro da Costa, em 03 de Abril de 2011.Venho por este meio agradecer a todos os familiares, amigos e conhecidos queacompanharam minha mãe em vida e que a acompanharam também à sua últimamorada.A todos em geral e a cada um em particular, um grande obrigado e um BemHajam.Um agradecimento muito grande a todos os funcionários do Centro Comunitáriode Fratel pelo carinho e estima que lhe dedicaram.Do fundo do meu coração, a todos muito obrigado.

Margarida Maria Amaro da Cruz

Holocausto? (1)

Sempre nutri pelo povo judeu umacerta simpatia e não duvido que,para este facto, tenha contribuído

tudo o que passaram ao longo dahistória para se poderem consolidarcomo povo.

Tenho sempre na mesa-de-cabeceira o livro que relata os seusfeitos na chamada Guerra dos seis diasem 1967. Costumo reler passagensdeste livro sempre que me invadealgum desânimo, seja devido a quemotivo for, pois nele se relata não sóos sacrifícios por que passaram, mastambém a força de vontade paratriunfar.

A palavra holocausto sempre meassustou, porque foram cometidoscrimes hediondos. Não é tema quegoste de recordar, muito menos de falar.Dele apenas retenho a forma sublimecomo as pessoas enfrentavam a morte,chegando a ir para os tristementecélebres fornos crematórios, cantando.Esta era a forma que encontravam paraenfrentar os medos e encarar assim oinimigo e a fatalidade, atirando-lhe àcara o orgulho de serem judeus.

Este facto vem a propósito da nossasituação actual, da situação que se viveno nosso país. Atravessamos talvez apior crise a que o nosso país foisubmetido, poderemos estar a caminhode uma bancarrota, quiçá mesmo estejaem perigo a sobrevivência do país comonação.

Perante tal situação, qual tem sidoa nossa reacção?

Seguimos cantando, indiferentes aoperigo, não por amor à pátria, mas poruma inconsciência gritante e estranha.

Para onde caminhamos, para ondevamos, com que consciência o fazemos?

Escrevo este artigo em plenacampanha eleitoral, não sendo possívelprever quais irão ser os resultadosfinais, tal a forma confusa como todasas informações nos chegam.

Nenhum partido fala da crise nemdas medidas que se irão tomar para sairdeste fosso, não lhes interessaesclarecer, apenas lhes interessa opoder.

Neste país não temos apenas umacrise económica, temos uma crise depolíticos. Não se vislumbra alguém com

credibilidade suficiente para tirar o paísdeste atoleiro, os políticos estãonivelados pela mediocridade, pelooportunismo.

Os partidos hoje parecemcomandados por Ali Bábás, seguidaspor um séquito de oportunistas, prontosa assaltarem quem lhes aparecer àfrente.

Somos assaltados, espoliados pelaclasse política, que basta estarem meiadúzia de dias no poleiro, para logo searrogarem no direito a usufruir de umachoruda reforma, paga por quem sofrepara ganhar uns míseros tostões.

Começa a ser tempo de corrermoscom os vendilhões do templo…

Começa a ser tempo de não termosde pagar renda aos senhores feudaisque, não querendo amanhar a terra, nosvêm cobrar a maquia a que se julgamcom direito.

Não tenho veleidades, nem queroaqui pronunciar-me sobre as opções quedeveríamos tomar. Cada um por si deveter esse cuidado. Apenas quero ressaltara forma inconsciente como nos temosvindo a comportar face à crise. Tal comoa avestruz, temos escondido a cabeçadebaixo da areia, fazendo de conta quenada disto nos diz respeito, nem temosnada a fazer para salvar o país.

Já aqui escrevi por mais de uma vezum alerta ao que se passa no nosso país.Não tenho a veleidade de salvar apátria, nem quero ser herói, apenas

queria ser consciente e ajudar a acordareste país moribundo.

Ninguém quer fazer sacrifícios,todos querem continuar a levar umavida como se o fogo apenas lavrasse nacasa do vizinho e assim não vamos lá,não vamos legar aos vindouros um paíspara viverem, apenas lhes deixaremosum vasto campo de concentração, ondeestão apenas de passagem para umterrível holocausto…

Um país sem orgulho, semconsciência, sem futuro…

Um país onde começo a tervergonha de viver e, ao qual já tenhovergonha de pertencer…

Não sei nem me interessa quem vaiganhar as eleições. Deixei de acreditarnos políticos.

Valha-me ao menos o meu paraíso.Valha-me ao menos as terras que,generosamente, ainda teimam emproduzir alguma coisa.

As oliveiras pelas encostas do Tejo,na quase maioria abandonadas, teimamem dar os seus frutos, indiferentes acrises e abandonos.

Os comboios continuam a passartristemente vazios… Gastaram-se riosde dinheiro na reparação emodernização da linha, na mira de seganhar algum tempo na viagem, mas aluta com a circulação rodoviáriacontinua perdida, e, assim não se vailá.

Circulam comboios de vagõescarregados com madeira, na suamaioria de eucalipto, que vai paraoutras paragens para ser transformada

em estilha.Não resisto a deixar aqui algo que

me contaram e que, a ser verdade, ébem o espelho deste país…

Está a ser importada matéria-primapara as celuloses, vinda de países daAmérica latina, a qual é descarregadano porto de Leixões e daquitransportada para os centros deprodução de pasta por via rodoviária.Imagine-se só que, para garantir otransporte rodoviário, foi especialmentecriada uma nova empresa, de âmbitoparticular e, ó acaso dos acasos (!!!),por alguém ligado à administração daempresa importadora da dita matéria-prima…Estranha-se o facto de alguma matéria-prima nacional estar a ser transportadapara centros onde é transformada emestilha, voltando depois à origem, ondeexistem meios para esta transformação,andando neste vai e vem, escusado, emtransportes da dita empresa…

Não daria para acreditar se nãoconhecêssemos como são as coisas àmoda deste paraíso à beira marplantado…

(1) Homicídio metódico de grandenúmero de pessoas, especialmentejudeus e outras minorias étnicas,executado pelo regime nazi durante aSegunda Guerra Mundial

* [email protected]

1. Correspondendo àurgência para resolver osgraves problemasfinanceiros com que o paísse debate, em apenas 48horas, o primeiro ministroindigitado, Dr. PassosCoelho, apresentou aoPresidente da República alista com aspersonalidades queescolheu para o governo,o qual já terá tomadoposse quando o nossoJornal vier a público. Bomtrabalho e bom sinal.Fazemos votos para queseja um bom presságiotambém.

2. No dia 10 de Junho foiinaugurado em CasteloBranco o MuseuCargaleiro. Artistaplurifacetado e do mundo,este nosso ilustreconterrâneo, a quem omuseu é dedicado, bemmerece ser maisconhecido de todos nós e,por isso, publicaremos emsucessivos números umapequena mas bemfundamentada biografiado artista, da autoria donosso dedicadocolaborador Dr. FabiãoBaptista.

3. Em 31 de Maiocomemorou-se o dia dasMisericórdias, essabenemérita e bem quistainstituição criada a rainhaD. Leonor em 1498, e queborbulhou por todo o paíspara fazer o bem juntodos que mais precisam.Face à pressão numéricaque as faixas etárias demais idade constituem,por certo é junto dosidosos que, hoje, a açãodas Misericórdias se tornamais visível. Mas a suaatividade é bem maisextensa e prestimosa. Nãonos cansemos, por isso, deaplaudir e apoiar quantostrabalham na Santa Casada Misericórdia do nossoConcelho. BEM HAJAM!

4. Julgava eu que tinha sidobem claro, logo noprimeiro número em queassumi a Direção, masvolto a repetir ocompromisso de que oJornal usará de toda aisenção e que, comigo, nãohaverá censura. Só que,quem se quiser pronunciar,assume o que escreve. Enão vale a pena mandaremrecadinhos…

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JUNHO DE 2011E O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3

Fabião Baptista

FRATELVENDE-SE CASA

Rua 1.º DE DEZEMBRO

CONTACTO: 91 8 51 0 4 64

PERDÃO, SR. ENGENHEIRO...

Depois duma encarniçada e virulenta luta eleitoral, os portugueses optaram por alijar JoséSócrates do navio do poder, colocando no seu lugar, Pedro Mamede Passos Coelho, um“jovem” nascido em Coimbra, há 47 anos. Desta sorte findou um ciclo político, que não vai

deixar grandes saudades. A expressiva derrota que foi infligida ao PS, não deixa margem para grandesdúvidas, sendo prova concludente do que acabo de afirmar.

No entanto, refletindo melhor, acho que há nesta atitude, do eleitorado português, uma grandeingratidão, para com o Sr. Engenheiro...

É certo que durante os últimos anos, escrevi vários artigos, verberando as políticas desastrosasdo Sr. Primeiro Ministro de Portugal, as quais me pareciam desajustadas à realidade em que vivíamose profundamente erradas, tais como o fecho injustificado das maternidades, obrigando muitasparturientes a terem as suas “délivrances” nas ambulâncias ou então no Hospital de Badajoz, o queé deprimente; encerramento de muitos “Centros de Saúde” e escolas do ensino básico; construção daterceira via de auto-estrada, Lisboa/Porto e da Ponte sobre o rio Tejo; adjudicação do TGV e construçãode vários e desnecessários campos de futebol, alguns dos quais têm de ser demolidos por serincomportável a sua manutenção; reconhecimento dos aberrantes “casamentos” de homossexuais;aumentos desmesurados de impostos; criação, a esmo, de Parcerias privadas e públicas, institutos efundações, empresas municipais e lojas do cidadão, alguns dos quais sem qualquer préstimo;lançamento de mais de 700 mil trabalhadores, no grande e medonho pélago do desemprego (13%),etc.

Tudo isto critiquei oportunamente, de maneira contundente e mais algumas coisas que nestemomento não me ocorrem à colação. Porém, agora que José Sócrates foi rejeitado literalmente, peloeleitorado português, entendo que é chegado o momento de, publicamente, lhe vir pedir perdão e deme penitenciar contritamente, por tudo quanto disse e escrevi em seu desfavor, contra o seu modo degerir o Executivo Nacional. E, confesso, reconheço que tudo quanto parafraseei, se deve apenas e tãosomente, à minha ignorância, à minha pouco esclarecida inteligência, à minha falta de clarezaintelectual e política, para saber compreender quanto o Sr. Engenheiro estava a trabalhar para o bemestar nacional, e em benefício dos portugueses, para o desenvolvimento do País e engrandecimentodas suas estruturas produtivas e empresariais. Apenas agora, que Sócrates levou um valente pontapéno rabo e afocinhou o PS nas urnas eleitorais, se fez luz no meu bestunto. E tudo isto porque só agorative oportunidade de ler e meditar o documento formulado pela “sinistra” “troika”. Neste contexto,só agora se iluminou o meu cérebro, dando conta que o Sr. Engenheiro é um estadista de rasgadavisão de governante, um talentoso gestor público. É verdade que nos colocou na penúria, quase àbeira da falência. É certo que esvaziou o erário público, outrora repleto de ouro e que agora nemdinheiro tinha para pagar ao funcionalismo público, corpos administrativos, reformados e pensionistas,forças armadas e de segurança e credores do Estado. É um fato que estamos mesmo à beira dainsolvência, colocando o país na ridícula condição de pedinte e a Nação Portuguesa mergulhada nopântano, já sem tanga sequer...

Mas agora reparo que tudo isto foi executado deliberadamente e para nosso bem, para melhorpoder reestruturar o País e restaurar a sociedade portuguesa, a partir do zero absoluto... Como fuiestúpido e não compreendi esta tão expedita e genial manobra política de consumado estadista?

E, pasmem. Quem acabou por ganhar estas eleições, não foi Pedro Passos Coelho, mas simManuela Ferreira Leite. E isto, porque tudo quanto ela protagonizou, tudo quanto ela lealmentealertou e proclamou, nas legislativas de 2009, tudo quanto afirmou que ia suceder, tudo aconteceu.Tudo quanto disse que era imprescindível executar, tudo veio a ser feito.

Vejam bem que agora, Pedro Passos Coelho até tem sorte. Tem já delineado o programagovernativo, que a “troika” lhe ofertou, para ser executado nos próximos anos do seu consuladopolítico, o qual abrange todos os sectores da vida social portuguesa, desde a justiça à economia,desde a saúde à educação, desde a indústria ao comércio.

Não haja dúvidas que o Sr. Engenheiro foi um governante excepcional. Se não vejamos. Em vezde gastar milhares de Euros com economistas, financeiros e outros consultores, para solucionarem oproblema do endividamento do Estado e das famílias portuguesas, conseguiu que a União Europeia,o FMI e o Banco Central Europeu, arranjassem uma equipa de credenciados técnicos, altamentequalificados, que fizessem os estudos necessários, “à borla” e por fim ainda emprestassem 78 milmilhões de Euros para guarnecer os cofres do Estado para que os vencimentos, reformas, pensões ecredores da fazenda pública, pudessem receber o seu dinheirinho. E digam lá que isto não é genial!...

Só que o Povo não é parvo e cansou-se deste estilo de governação, revoltou-se contra esta formaarrogante, auto-suficiente e mentirosa de fazer política e o resultado ficou bem à vista no dia 5 deJunho, para quem queira ver, sem estrábicos tendencialismos políticos ou vesgas cromatologiaspartidárias.

Ao fim, ao cabo e ao resto, chegamos à conclusão que o eng. Sócrates é um sonhador, um fenolibata,talvez um lunático liberal, travestido de racional socialista, o qual, com suas astutas artimanhas,engenhosos ardis políticos e truques megalómanos, conseguiu colocar Portugal a pedir e as famíliasportuguesas, na mais deprimente indigência, fazendo acreditar que tudo estava a ser executado paraque Portugal crescesse, tornando-se um País desenvolvido e vigoroso, aos olhos da Europa, comTGV e tudo.

E os portugueses, (alguns), foram acreditando... Ainda haverá quem diga: “Porreiro pá...” ésgenial...

A MUDANÇA

Ora aí está aquilo que muitagente desejava: “a

mudança de regime”, ou seja,a alternativa a tudo aquilo quea oposição lhe parecia estarerrado e que no ver desses“grupos de pessoas”, estavamesmo tudo errado, por isso apolitiquice do bota abaixo tinhaque resultar e resultou.

A democracia tem destascoisas. Embora seja o governodo povo, esse mesmo povo, emaltura de eleições, volta-secontra si mesmo, porque quandoelegemos o incerto pelo certo,só porque nos deixamos iludirpor promessas impossíveis decumprir e baseadas em mentirase calúnias, dá sempre num climade instabilidade, que em vez deprogresso origina retrocesso,isso sim.

No entanto espero que tantoos “novos” governantes como os“novos” governados aprendam alição, que depois de gastosmilhões em propagandasdesnecessárias façam aquilo queprometeram; “alternativavertical” para melhorar asituação daquilo que se dizia sersó mau, dum modo geral eratudo! Agora resta esperar paraver.

A Ti meu amigo Eng.º JoséSócrates expresso aqui o meureconhecimento por tudo aquiloque fizeste durante estes seis

anos e que muito mais irias fazerse não tivesses sidointerrompido por “alguém” queembora se diga de esquerda,demonstrou a maiorirresponsabilidade dos últimostempos, lançando o país... nãose sabe bem em quê.

E como se costuma dizer:“há coisas levadas da breca!” Nacampanha eleitoral falou-semuito nos “direitos doscidadãos” mas muito pouco ounada nos “deveres doscidadãos”. Pois meus amigos, asolução para se por o país emordem passa mais pelos deveresdo que pelos direitos, porque osdireitos já nós os temos, graçasao glorioso 25 de Abril, mas,infelizmente, os deveres

estamos sempre a negligenciá-los. Não queremos pagar istonão queremos pagar aquilo(impostos). Pois tomem nota:não é com o dinheiro dos outrosque se resolve o problema, mascom o nosso trabalho e asolidariedade de todos.

Por isso meu amigoSócrates, espero que em brevevoltes para completar a obra quedeixaste em meio - DEFENDERPORTUGAL. Para ti e tua coesaequipa de ministros esecretários, os meuscumprimentos.

Alexandre FonsecaAugusto Jesus

(Monte Fidalgo)

3º Convívio dePesca Desportiva em Tostão

N o passado dia 22 deMaio realizou-se naBarragem do Açafal, o

3º convívio de Pesca Desportivaorganizado pela AssociaçãoRecreativa e Cultural de Tostão.

Esta actividade iniciou-sepelas 6h da manhã com aabertura do secretariado,formalização de inscrições,sorteio dos pesqueiros epequenas iguarias e bebidasespirituosas para fazer face àexigência que esta arte requer.

O Concurso decorreu numclima e ambiente propício àprática da modalidade. Apesardo peixe pescado não ter sido emabundância, a motivação e oenvolvimento registou níveiselevados todas as gramas erambem-vindas

O 1º lugar individual coubea Carlos Sousa com 740g, o 2ºlugar a João Ribeiro com 600g eo 3º lugar a Alexandre com 500g.Por equipas, em 1º lugar ficou aAssociação Recreativa eCultural de Tostão, em 2º lugarCasa do Benfica de Vila Velhade Ródão.

Seguiu-se o almoço convíviona sede da Associação aberto atodas as pessoas que quiseramassociar-se ao encontro, commomentos de partilha, lazer eboa disposição.

Encerrou-se o evento com adistribuição dos prémios aosdigníssimos vencedores. Osmesmos foram entregues aosconcorrentes por quem

gentilmente os ofereceu e queporventura esteve presente nesteencontro para o qual estavaconvidado. Uma palavra deagradecimento a todos oselementos da direcção peloempenho e envolvimento nestae noutras actividades que estacolectividade tem levado a efeitodesde o inicio do ano. O JoséPaulo, sócio desta instituição, foiinacedivel na sua colaboraçãofazendo jus à sua experiência,

não se poupando a esforços,fazendo com que tudo fossemais fácil.

Um agradecimento muitoespecial aos Empresários/Firmas ou em nome Individualcom as ofertas com que fomosagraciados, pela boa qualidadeque elevou o patamar dandouma dimensão a este 3ºConvívio que muito nosdignifica.

Fernando Carmona

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JUNHO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO4

SARNADAS DE RÓDÃO

ALMOÇO CONVÍVIODOS MENOS JOVENS1942/43/44/45

Com tantos eventos no dia 21de Maio pelo distrito de

Castelo Branco, onde as pessoastiveram que se dividir por todoseles ,ficamos muito satisfeitoscom a presença de 50 (menosjovens) da nossa freguesia , queconviveram mais uma vez noantigo edifício da EscolaPrimária, matando algumasaudade. Foi de facto um diapleno de boa disposição e maisuma vez o rercordar de muitashistórias com cerca de 60 anos.A componente que nos fez reunire que se chama almoço, foiotima com o cunho muitoespecial e simpatia de SebastiãoCanelas e sua Esposa que foraminexcediveis.Quem conseguiuajudar a digerir a lauta refeiçãofoi o Ti João Velhote com o seu

brilhante acordeão que pareceter alguma afinidade com ovinho do porto (o Ti João).

Seria bom que para opróximo ano alguém dessecontinuidade a este evento ,porque além de termos gostadode ter participado na suaorganização nestes 3 últimosanos devemos dar lugar aoutros, que sempre trazem ideiasnovas. Neste caso a mudançaserá benéfica.

Os nossos agradecimentosao JORNAL O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO pornos ter ajudado a contactar osnossos patricios.Agradecemostambém a colaboração da Juntade Freguesia de Sarnadas deRódão.

Leonel Gomes

RODEIOS

PASSEIO EM GRANDE

A direcção de AssociaçãoDesportiva Recreativa eCultural do Rodeios

realizou , no dia 29 de Maio doano em curso , o I primeiropasseio pedestre “ Rota dasFonte “

A partida deu-se em frente aassociação do Rodeiosparticipando no passeio 43pessoas que percorreram todasas fontes daquela localidade .Osparticipantes andaram cerca de9 km partindo do Rodeios emdirecção ao Vale de Morgadopelo antigo caminho que ligavaaquele lugar a Sarnadas deRodão , passando em Vale deMorgado .

Seguiram pela paralela emdirecção ao Vale do Homemneste intervalo foi lhe servidoum lanche convívio entre ValeMorgado e Vale do Homem .Seguiram pela estrada da NossaSenhora da Paz , passando pelasantigas fontes da terra ( FonteVelha , Fonte Nova , Fonte daFerranha , Fonte da Barreira (esta era é que o povo utilizava

para dar água aos animais ) ,Fonte do Vale do Homem eFonte da Senhora da Paz .

Depois seguiram para aassociação onde almoçaram ,

este constou de sardinhasassadas bem assim como bifanase as entremeadas , estavãoinscritos 64 para o almoçoseguindo-se um convívio

durante toda a tarde .A organização foi prefeita e

o Almoço foi confeccionadopelos elementos da direcção erespectivas famílias .

DIA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES

S arnadas tambémcomemorou o dia 10 deJunho, com uma festa

popular organizada pela junta defreguesia e pela CâmaraMunicipal o evento teve iniciopor volta das 15 horas, com umporco no espeto servido apopulação que se ali juntou parao convívio . Tudo correudignamente dado aoacontecimento que estava afestejar .

Entre os presentesencontravam-se alguns elementoda junta e da Câmara Municipal, entre os quais a Dr.ª Maria doCarmo Sequeira que com a suasimpatia conviveu com apopulação que participou noevento .

Pereira da Costa

EM PERDIGÃO, A SUAASSOCIAÇÃO REUNIUOS SÓCIOS E AMIGOS

C omo foi previamenteanunciado, pelo nosso

jornal “O Concelho de VilaVelha de Ródão” e pela internet,mais uma vez o Grupo deAmigos levou a efeito asardinhada-convívio.

A Direcção do Grupo sente-se satisfeita dado que a presençados convivas tem tendência aaumentar. Este facto éimportante porque é sinal de queas pessoas gostam provando,assim, que são bem recebidas.A Direcção tudo faz para que talaconteça, e aproveita estaoportunidade para agradecer aosconvivas a sua presença.

É possível que nem todos sesintam totalmente satisfeitosporque perfeito não há ninguém.Como todos os eventos sãoorganizados por pessoas,nenhum é perfeito. Por isso énecessário que haja da parte daspessoas a maior compreensãopossível. Alguma anomalia quepossa existir, será tida emconsideração para ser corrigidanos eventos futuros. O que nãodevemos é baixar os braços.

Devemos, sim, procurar fazersempre melhor. Essa é a intençãoda Direcção do Grupo.

Realizou-se, porém, maisum convívio. E o seu êxito só foialcançado graças a boasvontades.

Quero realçar em primeirolugar, o gesto simpático dassenhoras, dum modo geral, que,com mãos de fada, prepararamdoçarias maravilhosas, queforam uma tentação para aquelesque não devem comer taisguloseimas.

Para a preparação dosgrelhados, tivemos a sempreagradável presença e boavontade do Sr. Fernando Manuelda Silva, do Vale da Bezerra.Pessoa simpática, trabalhadorae sabedora do ofício.

Na parte musical, esteve aaparelhagem do Sr. Octávio, doMarmelal, pessoa sempredisposta a colaborar nesteseventos.

No que concerne ao pão aliconsumido, a parte solicitada aoSr. João Manuel Calado, nossoconterrâneo, foi por este

gentilmente oferecido.Foram, pois, momentos

agradáveis porque, tiveram omérito de manter a alegria, a boadisposição, o reatar amizades eaté o de esquecer a crise que vaigraçando pelo País, a todos osníveis.

Aproveito esta oportunidadepara lembrar que, além de outroseventos, se aproximam asfestividades em honra de S. JoãoBaptista, nos dias 6 e 7 deAgosto.

No próximo jornal seráanunciado o programa das festasque, estou ciente, irão agradaraos conterrâneos e amigos. Maisum evento em que a vossapresença é desejada.

A todos, uma saudaçãoamiga da Direcção do Grupo deAmigos de Perdigão.

Pelo GrupoLuis Pires Ribeiro Correia.

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JUNHO DE 2011E O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 5

O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

Chama da Solidariedade esteve em Vila Velha de Ródão

No passado dia 19 de Maio, a chamada solidariedade chegou a Vila

Velha de Ródão. A AssociaçãoPortuguesa de Pais e Amigos doCidadão Deficiente Mental

(APPACDM) de Castelo Brancoassociou-se a esta iniciativa promovidapela Confederação Nacional dasInstituições de Solidariedade e tambémpela União Distrital das Instituições

Particulares de Solidariedade Social.A presidente da autarquia de Vila

Velha de Ródão, Maria do CarmoSequeira, e as crianças do jardim deinfância do Porto do Tejo assistiram a

esta acção, que decorreu no cais deRódão, que tem como objectivo chamara atenção para a necessidade de todosserem solidários.

Projecto “Mamã, lê-me uma história” animaBiblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão

N os dias 19 e 20 de Maio aBiblioteca Municipal José

Baptista Martins voltou a encher-se decrianças que dão os primeiros passosno caminho para o prazer da leitura.No âmbito do projecto “Mamã, lê-me

ATL e FériasDesportivas

ocupam tempode lazer decrianças e

jovensrodenses

Como em anos anteriores, aCâmara Municipal durante a

interrupção das actividades lectivasorganiza várias actividades deocupação para crianças e jovenspromovendo um conjunto deiniciativas aliciantes que contribuempara o desenvolvimento integradodos participantes.

Destinados a ocupar os temposlivres das crianças em férias, oCampo de Férias e o ATL de Verão,são duas iniciativas que a autarquiade Ródão vai promover, este ano de2011, no âmbito do Lazer.

O Campo de Férias Desportivasé dirigido aos jovens, com idadesentre os 12 e os 15 anos, e tem comoobjectivos a prática de actividadesdesportivas que favorecem apromoção da saúde e o aumento daqualidade de vida ao mesmo tempoque é estimulado o uso deequipamentos desportivos e de lazerdo concelho. Estão previstas nesteâmbito os passeios pedestres,canoagem, jogos desportivos,escalada, orientação, jogostradicionais, acampamento, BTT ekaraoke.

O ATL de Verão, para criançasdos 5 aos 12 anos, vai decorrer de 1de Julho a 26 de Agosto para que osjovens de forma descontraída possamviver momentos de lazer e de culturatais como: o ateliê de ilustração,actividades aquáticas, desportoscolectivos, canoagem, visitas deestudo e actividades radicais.

As inscrições encontram-seabertas para estas duas iniciativas eos interessados poderão contactar asecção do Desporto da CâmaraMunicipal de Vila Velha de Ródãoatravés do número de telefone - 272540 300.

uma história”, foram recebidas naBiblioteca Municipal as crianças dasduas salas do Jardim de Infância de VilaVelha de Ródão e da creche da SantaCasa da Misericórdia, tendo-lhes sidoproporcionada a oportunidade de

participarem na dramatização do livro“O Cuquedo”, escrito por Clara Cunha,e de requisitarem livros para lhes seremlidos em casa. Deste modo, a BibliotecaMunicipal, apoiada no trabalho einteresse de educadoras de infância e

famílias, está a criar o prazer da leiturae o hábito de frequentar a Bibliotecanas futuras gerações de leitores que,deste modo, estarão mais motivadaspara integrar o acto de ler no seuquotidiano.

Casa de Artes e Cultura do TejoDia 1 | 18h|Inauguração da exposição de pintura “Olhares” de Eva Afonso

Eva Afonso, nasceu em 1951 em Barca d’Amieira, concelho de Mação ereside no concelho de Sintra.Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássicade Lisboa, exerceu a profissão de professora durante 35 anos.Desde muito jovem manifestou uma grande paixão pelas artes plásticas,nomeadamente pela pintura a óleo.Frequentou o curso “Introdução à Representação do Volume e da Cor” noNextArt em Lisboa.Desde há alguns anos, tem vindo a aprofundar várias linguagens pictóricasem óleo sobre tela, no atelier da pintora Dinara Dindarova.Os seus trabalhos abordam paisagens e recantos do nosso patrimóniotradicional edificado, numa modesta contribuição para manter viva a nossamemória colectiva.Patente ao público até 30 de Julho

Crianças de Ródão apreendemcores, texturas e aromas

No âmbito do V Centenário donascimento de Amato Lusitano, a

Biblioteca Municipal José BaptistaMartins organizou no passado dia 1 deJunho, Dia Mundial da Criança, váriasoficinas de estímulo sensorial “Àdescoberta das cores, aromas e virtudesterapêuticas de plantas usadas porAmato Lusitano e cantadas pelo povoda Beira” integradas no projecto Vidase Memórias de uma Comunidade.

Esta acção tem como objectivos:

conhecer algumas plantas usadas porAmato Lusitano com base naobservação directa e experimentação;conhecer figuras da região da Beira como valor educativo e a dimensão culturalde Amato; realizar tarefas da vidaquotidiana para diferenciar cores,texturas e aromas; descobrir os saboresdas nossas avós e participar em jogosde descoberta, cantigas de roda e cabra-cega.

Contin. Pág. 11

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO6 JUNHO DE 2011

Comemoração do Dia Mundial da Criança

9º Ano - E agora, o que vou fazer…?SuperTVila Velha de Ródão tem Campeã Nacional!

O nosso Agrupamentoestá de parabéns! Pelaprimeira vez participou

em vários dos onze campeonatosnacionais de SuperTmatik e osresultados foram muitosatisfatórios.

A competição destina-se aalunos do ensino básico quefrequentam escolas públicas ouprivadas e que se enquadram emdiferentes escalões, de acordocom o ano que frequentam.

A lista definitiva dos 10alunos mais bem classificadospor escalão foi publicada no dia31 de Maio emwww.eudactica.com e nãopoderíamos estar maisorgulhosos! Sendo este umagrupamento relativamentepequeno, ficamos muito felizespor termos classificado setealunos nos Tops 10 dosCampeonatos Nacionais.Segundo a organizaçãoparticiparam nas competiçõesescolares mais de 245.000 alunos.Os nossos parabéns especiaisvão para a Marlene CristinaDias da Silva do 9º Ano, queobteve o 1º Lugar doCampeonato Nacional de

Sinónimos. Os outrosclassificados foram:

. Quiz de Matemática –Categoria 5 - Rui Pedro MarquesTavares – 2º Lugar

. Sinónimos – Categoria 8 -Vasco Pequito Veríssimo – 5ºLugar

. Sinónimos – Categoria 8 -Paulo Miguel Dias Solipa – 7ºLugar

. Sinónimos – Categoria 9 -Amélie Lopes Serraninho – 6ºLugar

. Francês – Categoria 8 -Ophélie Rose de Sá Filipe – 6ºLugar

. Quiz de Língua Portuguesa

– Categoria 9 - Amélie LopesSerraninho – 6º Lugar

Os campeões nacionais decada escalão receberão o troféu“Estrela de Cristal”, Diplomas,jogos e T-shirts oficiaisSuperTmatik e o fantástico jogode estratégia e lógicaPIGNUSMANIA; os alunosclassificados entre a 2ª e a 5ªposição de cada escalãoreceberão jogos SuperTmatik,Diplomas e T-shirts oficiaisSuperTmatik; Os alunosclassificados entre a 6ª e a 10ªposição de cada escalão receberãoDiplomas e T-shirts oficiaisSuperTmatik.

No passado dia 3 de Junho(sexta-feira) os trezealunos e encarregados de

educação do 9º ano doAgrupamento de Escolas de VilaVelha de Ródão participaramnuma sessão de esclarecimentosobre alguns dos cursos doensino secundário disponíveis nodistrito.

Numa tarde que foi de muitassurpresas, estiveram presentesrepresentantes de diversas

escolas; a saber: Escola deHotelaria do Fundão, EscolaProfissional da Sertã, Instituto deEducação Técnica de Seguros,Escola Tecnológica ProfissionalAlbicastrense, EscolaProfissional do Fundão, EscolaProfissional Agostinho Roseta,Escola Secundária AmatoLusitano, Escola ProfissionalAgrícola Quinta da Lageosa,Escola Tecnológica Artística eProfissional de Nisa, Escola

Secundária Nun’ Álvares.Os alunos e encarregados de

educação fizeram váriasperguntas, receberam algumaslembranças e ainda se deliciaramcom os petiscos que os alunosdos cursos de restauraçãoelaboraram. No final, todosconcordaram que a sessão foimuito esclarecedora e alguns dosalunos até a consideraram comoessencial para as suas escolhasfuturas.

Teve lugar, no passado dia4 de Junho, o convívioanual promovido pela

Associação de Pais eEncarregados de Educação doAgrupamento de Escolas de VilaVelha de Ródão, com aparticipação dos elementos daComunidade Escolar quemanifestaram o interesse em estarpresentes e colaborar nummomento de convívio com osrestantes pais e, sobretudo, comas crianças. Pretendia-se destaforma comemorar um DiaMundial da Criança maispartilhado.

A comemoração do Dia daCriança coincidiu este ano com oConvívio de Pesca, organizaçãoresultante de uma parceria entreo Agrupamento de Escolas e aAssociação de Pais e onde seinscreviam os alunos e os seusacompanhantes adultos. Estaactividade tem procurado, aolongo dos anos da sua realização,reforçar os laços entre osfamiliares e as suas crianças,através de uma actividadedesportiva que requer o trabalhode equipa e que constituiu,igualmente, um momentoagradável de aprendizagem daactividade da pesca desportiva.E podemos confirmar que essaaprendizagem foi conseguida

sendo nós testemunho dos bonsresultados obtidos pois, se noinício o receio de colocar o isco eretirar o peixe do anzol causoualguns problemas aos maispequenos e pequenas, depois dealgumas capturas a desenvolturadestes era assinalável, parecendoaté que nunca tinham feito outracoisa na vida.

Digno de registo foi o grandeentusiasmo verificado sempre queuma perca decidia sair da água.Nestas alturas brilhavam os olhose gritava-se “Yes!”. Vencedoresforam todos os participantes quedispuseram do seu tempo parapassar uma agradável manhã juntoàs águas limpas da barragem doAçafal.

Seguiu-se o almoço em que

estiveram presentes cerca de umacentena de participantes dandoao recinto do campo de feiras umabela moldura humana recheada deboa disposição, o melhoringrediente para alcançar osobjectivos pretendidos. No finaldo almoço o Director doAgrupamento, o Vereador daeducação e a presidente daAssociação de Pais distribuíramos prémios aos pescadoresvitoriosos e houve ainda umapequena lembrança para todas ascrianças presentes, uma gentilezada Associação de Pais.

Terminados os formalismos,a festa, entretanto, continuou: ascrianças nos insufláveis e os paisna cavaqueira, que o dia impunha,e que durou até tarde.

Visita de Estudo ao Jardim Zoológico

Visita de Estudo do 1º Ciclo ao Oceanário/Lisboa

N o dia 27 de Maio osalunos do 1º Ciclo deVila Velha de Ródão

deslocaram-se a Lisboa para umavisita de estudo ao Oceanário.A viagem decorreu comnormalidade e animação, tendo achegada ao Parque das Naçõesocorrido à hora de almoço. Depoisde comidos os lanches e de umagradável passeio pelo aprazívelespaço do Parque, que muitosalunos referiram ser muitodiferente daquilo a que estãohabituados, chegou a hora deentrar no Oceanário.A visita foi livre. Cada grupo deseis crianças foi acompanhadopor um adulto, o que fez com quenão houvesse confusões. Dequando em vez, podia ouvir-seda boca de alguns dos meninos:“Espectáculo”; “Já cá tinhavindo mas agora parece-mediferente”; “Da outra vez nãovi tantos peixes”; “Quem medera ser peixinho e conseguir

entrar neste mundo”; “Nãoimaginava que houvessetantas espécies de animaismarinhos”, “Eu pensava que,peixes com estas cores, só nomundo da fantasia!”.Depois da visita, houve tempopara fazer umas comprinhas. Foi,

também, tempo de saborear otradicional gelado e… do regressoa Vila Velha de Ródão!Esta viagem só foi possível como apoio das Juntas de Freguesiado Concelho de Vila Velha deRódão, que os alunos do 1º ciclomuito agradecem.

Na passada sexta-feira, dia 27de Maio, as crianças do

Jardim de Infância de Vila Velhade Ródão acompanhadas pelasEducadoras e AssistentesOperacionais visitaram o JardimZoológico de Lisboa, ondedescobriram animais exóticos,fascinantes e representativos dequase todo o mundo.

Após um divertido almoço noMc Donald´s, onde retemperaram

forças, partiram à descoberta dosinteressantes animais.

Dos majestosos leões, aosbrincalhões macacos, passandopelo “frio” reptilário, e dezenasde muitos outros “bichos,bichinhos e bicharocos”

finalizaram o passeio com o“show” dos leões marinhos egolfinhos, onde algumas criançase adultos do nosso grupo forampresenteadas com uma“perfumada beijoca” de umdivertido leão marinho.

Queremos agradecer à Sr.ªPresidente da Junta de FreguesiaVila Velha de Ródão, pela cedênciada verba para o transporte e àDirecção do Agrupamento deEscolas, pelo apoio incondicionalà realização desta actividade.

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7JUNHO DE 2011

QUEM É MESTRE CARGALEIROPor: Fabião Baptista

1. DA BEIRA BAIXA PARA MONTE DA CAPARICA

Contin. da 1ª. Pág.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICAINAUGUROU O MUSEU MANUEL CARGALEIRO

Após os efusivos e calorososcumprimentos, toda a comitivaentrou para o Museu, onde lhes

foi dado apreciar todo aquele acervo dearte, constituído por objetos decerâmica, painéis e telas, expostos comprimor em galerias de arte.

Cargaleiro esmerava-se por explicar,minuciosamente, ao seu ilustre visitante,o significado de cada quadro daFundação Manuel Cargaleiro. Eramóleos que tinham como suportepictórico, telas, contraplacados, platex,cartão, cartão prensado, madeira, cortiça,tapeçaria em ponto cruz e tapeçaria emponto de nó raso, vários guaches sobrepapel e faianças esmaltadas. Painéis deapurada concepção artística,completavam aquele precioso espóliodeste Museu, agora inaugurado, o qual éo feliz resultado da estreita, frutuosa eeficaz cooperação, entre a FundaçãoManuel Cargaleiro e a Câmara Municipalde Castelo Branco, o que muito nos aprazregistar.

Entretanto e no meio de todo aquelemanancial de arte, Cavaco Silva gravou,numa sessão privada, uma mensagem desaudações, dirigida ás comunidadesPortuguesas e aos luso-descendentes daDiáspora, “que de maneira tãoexpressiva, levam o nome de Portugal,pelo Mundo fora, verdadeiros e insignesembaixadores itinerantes de Portugalque, pelo valor do seu estenuantetrabalho, pelo espírito empreendedordos seus membros e pelo dinamismo doseu titânico esforço, enobrecem o nomedo País onde nasceram e dão um preciosoe fundamental contributo para oprestígio de Portugal no estrangeiro”.

Cavaco Silva acentuou ainda que“Portugal atravessa hoje, uma situaçãodifícil. Neste contexto todos não somosdemais para ajudar a nossa terra, a terradas nossas raízes ancestrais”.

Depois de se referir à vitalidade dasComunidades Portuguesas, noestrangeiro, (mais de um terço da NaçãoPortuguesa desenvolve a sua atividadelaboral nas mais diversas partes doMundo), Cavaco Silva asseverou que “alaboriosa atividade dos emigrantes, é umprecioso capital que temos de saberaproveitar, na convicção de que o Paíspode contar com o apoio de todos osseus filhos, para poder superar osdifíceis desafios que tem de enfrentarnos próximos anos”.

De imediato Cavaco Silva apelou,vigorosamente, aos Portugueses daDiáspora, “que noutras ocasiões daHistória, nunca faltaram com o seuauxílio, para que apoiem o nosso País”.“Aquele que emigrou era, por natureza,um inconformista. Aspirava a modos devida melhor, não se resignando com asituação em que estava. Por isso ascomunidades da Diáspora, são umeloquente modelo de quem não espera,passivamente, de quem não aguarda,nem deseja que sejam outros aresolverem os seus problemas internos”.E noutra passagem da sua mensagem:“Mesmo nas partes mais recônditas doglobo, existem Portugueses talentosos,empreendedores e experientes, quesempre revelaram uma extraordináriacapacidade de adaptação ás suascomunidades de acolhimento. Portugalnecessita do Vosso fecundo contributo,

A MAGIA DA COR

Toda a obra exposta no MuseuManuel Cargaleiro, composta por

precisa de Vós, especialmente nestaaltura difícil, em que devemos, comonunca, fortalecer os laços que une aDiáspora Portuguesa a Portugal”.

mais de 5.000 telas, revela-se como umapintura vitoriosa, através das maisvariadas tipologias.

Manuel Cargaleiro, é um virtuosoceramista, um prodigioso pintor, umconsagrado artista de desenho, gravura etêxtil. Toda a sua Obra é alimentada,culturalmente falando, na senda artísticaeuropeia, onde mergulha as suas

da pintura moderna.O inconfundível estilo pictórico de

Manuel Cargaleiro, funda-se naondulação da cor e na vibração da luzque, dominando a arte cromática, tudoreduz à unidade essencial, em coloraçõessubtis, utilizando miríades de manchasde cores puras, que opticamente semisturam, de modo a obter efeitosdeslumbrantes e deliciosos, emreverberes de alegria resplandecente earroubos de luz, em fragrâncias de cor.Tanto a “Cidade Revisitada”, como o “OGrande Festival”, são dois óleos sobretela onde a fantasia pictórica exprime umaverdade que o artista corporiza nodualismo da horizontal e da vertical.Tanto nestes, como na maioria dosquadros ali expostos, há uma exigênciaao espetador. Têm de ser apreciados comuma comunhão mais atenta e cerebral doque com uma simples contemplação,preferentemente visual.

Noutras telas, os raios de luzinterpenetram-se, criando atmosferas deirrealista pureza, o que confere à pinturade Cargaleiro, um misto de sedução eirresistível atração, que todos apreciame embevecidos contemplam. Porém, oque nem todos os espetadores são capazde atingir, é toda a grandeza, fulgurânciae profundidade, que se desprende eexorna da sua pródiga fecundidadeartística e da sua inconfundível pinturade eleição e de excelência abstrata esintética, que tão bem individualiza omestre Manuel Cargaleiro.

Fabião Baptista

profundas raízes, avançando,deliberadamente, sobre os mais estáveiscaminhos de uma modernidade autênticae avassaladora, possuidora de uma serenaunidade, onde cada peça tem um lugarpróprio, um valor intrínseco e bemdefinido, por vezes com intervençãoexigente de severas leis geométricas ematemáticas, uma espécie de metafísica

2. OS PRIMEIROS CONTATOS COM A CERÂMICA E O DESPERTAR PARA O ABSTRACIONISMO

Manuel Cargaleiro, nasceu a 16 de Março de 1927, no lugar de Chão dasServas, do concelho de Vila Velha de Ródão. Respirando a brisa fresca que

soprava do Vale do Tejo e a aragem tonificante que ventava da Serra do Perdigão,coada através das agulhas dos pinheiros, ali permaneceu no primeiro ano de vida.Muito cedo se habituou a contemplar o acidente telúrico e espetacular das “Portasde Ródão”, de impressionante recorte orográfico, que mais tarde imortalizou emtela.

Um ano depois, em 1928, Cargaleiro foi transportado para a Quinta da Silveirade Baixo, no Monte da Caparica, onde passou a viver, sem nunca ter perdido aligação afetiva e “umbilical” que o prendia ao seu berço natalício: Chão das Servas.

Em 1939, já com 12 anos de idade, inicia os estudos do ensino secundário, noInstituto Secundário d Lisboa.

Criado sob a matriz dos princípios éticos beirabaixanos, encontra no ambientefamiliar a gravidade interior dos seus progenitores, a respeito das regras de conduta,de viver e da tradição ancestral que envolvia o seu lar. Já nessa época, a inclinaçãopara o desenho, atrai-o fortemente. Começa então a desenhar, como um artistafigurativo, em papel, a pintar azulejos, baseando a sua cultura pictórica, na correntelusitana. Nessa época o abstracionismo não fazia parte da sua tendência artística.

Desenhava figuras românticas, esculturas policromadas, meninas esbeltas, enfim,uma pintura verdadeiramente figurativa.

Porém, em 1945, surgem as primeiras experiências em cerâmica, na olaria deJosé Trindade, na Caparica. Um novo sentimento assalta a inspiração de

Cargaleiro, despertando-o para o abstracionismo, para a introspeção artística.Revê então o que mais o sensibiliza, o convívio afectivo da Natureza que o

rodeia, seduz e envolve. A atmosfera luminosa que o desperta, em arroubos dealacrejante encantamento, as cores do arrebol que o fascina, no declinar dos dias deVerão, a alvorada e nascer do Sol, prelúdio dum aurifulgente amanhecer.

Em 1946, Cargaleiro matricula-se na Faculdade de Ciências da Universidade deLisboa, no Curso de Geografia e Ciências da Natureza, curso este que mais tardevem a abandonar, para se dedicar a tempo inteiro e em absoluta exclusividade, àsArtes Plásticas. É a sua forte vocação a chamá-lo, de maneira irresistível, para o seudestino psico-sensorial. Dedica-se agora ao estudo intensivo da cerâmica, queaprofunda com categorizados mestres. Ensimesmeia-se em experiências do

domínio ceramista. Depressa troca o lápis pelo barro que suas mãos modelam comarte, saber e inspiração. A olaria seduz o seu talento, fascinando-o a arte demodelagem. Procura Jorge Barradas, insigne mestre na arte ceramista e grandetalento de elevada craveira artística, o qual muito cedo se apercebe da inspiraçãoinata, da capacidade criativa e da refinada técnica do nóvel discípulo. Cargaleiromuito rapidamente supera as expectativas, afirmando-se um potencial talento e umpromissor artista, na arte da cerâmica. Interpretando sentimentos de alma, queestavam em letargo, começa a transformá-los em realidade, transplantando-os parao barro. Mas Manuel Cargaleiro é uma alma de verdadeiro artista, sempreinconformado e em evolução. Logo que se apanha a dominar a cerâmica, outravocação surge. Começa a despertar nele, de maneira incontida, o desejo de partirpara a pintura. Seduzido pela cor em vibração, sonha com as telas, com o cheiro dastintas. (continua no próximo número)

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JUNHO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8

Poetas do nosso Concelho Crónica dos lusíadas piquininos

VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS

1Eu quis dar a volta ao MundoNaveguei pelo mar profundoSubi os montes até aos céusPasseando na serra da EstrelaE para ver uma linda donzelaSubi ao mais alto dos Pirinéus2Subi os Alpes, subi o DanúbioVi também o Vulcão VesúvioAs velhas Ruínas de PompeiaVi o D. Quixote de la ManchaCom seu criado Sancho PançaE fomos libertar a Dulcineia3Colunas de Hércules,GibraltarAtravessei o Estreito a nadarFui pelo deserto até à GuinéSe não me falha a memóriaBanhei-me no Lago VitóriaVisitei as Pirâmides de Gizé4Fui ver o Gigante AdamastorQuis depois viajar em vaporPelo Índico e Mar VermelhoEstive na Palestina, em IsraelFoi onde pregou o EmanuelUma viagem que aconselho5Via as duas Cidades SantasVi a Meca que nos encantaTambém a cidade de BelémSão duas terras com muita féQue em Meca nasceu MaoméE em Belém, Cristo também6Subi ao mais alto do TibeteQue fica no Monte EveresteQue é muito pertinho do céuVi na China a grande MuralhaE tanta gente que ali trabalhaA quem tirei o meu chapéu

7Fui ao Ganges, o rio SagradoVi o Japão lá pelo outro ladoPerdido em águas da OceaniaPor Bering passei ao AlaskaNo Grand Canyon fui arrascaE vi coisas que não conhecia8Passei o Estreito do PanamáAndei por terras do Grão ParáNo Pão de Açúcar e ArgentinaFui á Amazónia ali descanseiOs Grandes Lagos que admireiE fui Corrente do Golfo acima9Desci pela corrente de RenelFui às terras da Rainha IsabelE depois viajei pela LapóniaPassei pelas terras dos CzaresRecordei Hitler e seus ParesE João Paulo II na Polónia10Ainda vi o Muro de BerlimDesci o Danúbio até ao fimPara no Mar Negro me banharPelo Mediterrâneo navegueiEm Santa Sofia também rezeiE até quis TRÓIA conquistar11Com o esforço posto à provaDei volta por Idanha-a-NovaE fui à Senhora do AlmortãoRezei na campa de meus paisJá estava cansado por demaisCom um aperto no coração12Fui no transporte do futuroAndei de cavalo e de burroE andei a pé por onde pudeE quando a Lisboa chegueiA capelinha também visiteiDe Nossa Senhora da Saúde

Manuel Antunes [email protected]

A MINHA

ALDEIA

CAREPA(FRATEL)

Minha aldeia é pequeninaHoje tem quatro habitantesPara chegar onde chegouTem feito um esforço constante

Vou falar um pouco delaPara reviver o passadoHá cinquenta anos atrásHavia gente por todo o lado

Saíamos para o campoNa labuta de viverPara as ceifas e a regaE muita azeitona colher

Vivia-se humildementeTudo estava organizadoE todo o nosso trabalhoPor Deus era abençoado

As portas estavam abertasA chave na fechaduraReinava a confiançaO que hoje já não dura

Este mundo mudouDeu-se uma grande revoluçãoAquilo que é dos outrosQualquer um lhe deita a mão

O trabalho é um passatempoQue deve ser aproveitadoAté nos divertimosE vemos o resultado

A vivência do passadoEu gosto de divulgarHavia mais alegriaE vontade de cantar

Falando do dinheiroQue nesse tempo não haviaCada um se governavaCom aquilo que produzia

A moeda portuguesaHá longo tempo desvalorizouDesde que entrou para o euroLogo seu valor perdeu

Para gastarmos mil escudosTinha de ser bem ponderadoHoje é dinheiro que gastamosApenas num gelado

Naquela aldeia pequenaLá nos tempos atrasadosNos domingos havia bailePara solteiros e casados

Havia café com farturaEram nossas mães que o faziamA seguir à moda inglesaAs raparigas o bebiam

Oferecido pelos rapazesCom carinho e amorAssim se faziam uns trocosPara pagar ao tocador

Conheci bem de pertoEste tempo que já lá vaiPorque o nosso tocadorEra o meu querido pai

Arminda Mendes Sequeira

OFÍCIOS DA ALDEIA(EM EXTINÇÃO)

Começa cedo a vida, no dia-a-dia da aldeiaJá o pastor caminha, antes do romper da auroraSegue em direção ao redil, para soltar o rebanho,Conduzindo-o a fartas pastagens, p’los campos foraCom seu jeito, levando o sarrão e cajado tamanho

As rodas dos carros também já se ouvem a chiarÀ frente das juntas de bois, vão os ganhõesEm marcha calma, pachorrenta e a assobiarDirigem-se p’ros terrenos que estão p’ra lavrarPara depois milho, trigo, centeio ou aveia semear

Quando por toda a aldeia se ouve martelarEstá o ferreiro na sua forja o ferro a trabalharNuma alternância muito bem combinadaEntre as pancadas no ferro em brasa dadasE as horas no relógio da torre badaladas

Moldando o barro desenvolve o oleiro sua arteCriando peças utilitárias e de decoraçãoRodando o torno com o pé, toca o barro com as mãosFaz potes, panelas, tachos, travessas e pratosQue vende em casa, nas feiras ou qualquer parte

Pelo seu esforço, sensibilidade e amorCariz que já lhe está, decerto, arreigadoTemos um artífice muito útil e procuradoPelo povo intitulado de ferradorQue nos animais solípedes, limpa cascos e põe calçado

Para burros, cavalos, éguas e mulas ajeitarTemos o albardeiro com profissão adequadaQue para eles fabrica bornis, albardões e albardasCom cabedal, lonas, linhas e palhasAlfaias precisas p’ra trabalhos de campo e de cargas

Em junho, sob o solstício do VerãoDias quentes e intensos de São JoãoOs ceifeiros, de bilha com água, suores e canseirasSegam o trigo e centeio que levam p’ras eirasOnde depois de malhado, se aparta a palha do grão

No cimo da charneca, por entre os sobreiros, soamViolentas pancadas secas, dadas pelo marrãoSão os lenhadores, que sem alma nem coraçãoDepois da árvore abatida com a serra e já no chãoEm cepos e cavacas, com as cunhas e o machado, a racham

Envolto em rolos de solas e bocados de borrachasSentado, de banca à frente com colas, pregos e cardasMas também com facas, sovelas, agulhas, fios e graxasFaz o sapateiro novos sapatos e concertos nos usadosQue os seus clientes aguardam para andarem calçados

Para os dias domingueiros, de casamento e festaMuito trabalha e contribui o alfaiateFaz capotes e fatos-calças, coletes e casacosDe tecidos de lã, alpaca, algodão e poliesterQue transforma o visual daqueles que os vestem

Caminhando, com a taleiga de trigo às costasNum passo certo, mas lento e rotineiroVai o aldeão, à vida, fazendo contasAo encontro dos préstimos do amigo moleiroPara lhe transformar o grão em farinha de padeiro

Há também ao serviço da comunidadePara atendimento a um povo inteiroAquele que trabalha a folha flandresFaz objetos novos, consertos e trabalhos variadosE que devido aio ofício recebe o nome de latoeiro

Para extração da cortiça nos montadosPor incisões no tronco, sem danificar as árvoresHá o corticeiro que tira a matéria prima, de nove em nove anosDe alta qualidade e valor, da qual Portugal é grande produtorUtilizada em rolhas, bóias e aglomerados para construçãoAlguma p’ro mercado interno, grande parte para exportação

João Eduardo Tavares RibeiroAgualva-Cacém/Maio 2011

CHEIRINHOS...E SABORES...Da Beira Baixa

A esteva, é flor beiroaOu beirã, também se dizSingela, floresce à toaSerrana, porque Deus quis

É amarela, a giestaNasce livre, descuidadaTorna os montes, numa festaQuando em flor e perfumada

Da carqueija, muito a dizerTudo nela se aproveitaAté chá de bem-fazerNa cura de certa maleita

O poejo, ribeirinhoDe perfume peculiarTem um sabor comezinhoP’rás migas temperar

Agriões bravos da ribeiraAli, bem à mão, como ofertaUsam-se, aqui na nossa BeiraEm saladas de malga aberta

Quem conhece o almeirão?Aquela espécie de saladaQue se come com feijãoE de azeite temperada?

Bem aos molhos, o alecrimCampos fora, serra acimaNuma alegria sem fimQue a primavera anima

E mais ervas, tantas sãoNa sabedoria dos antigosLhe conheciam o condãoDe sarar, os mais sofridos

A carne da matançaLogo após a dita cujaEra o início de festançaQue hoje, já não se usa

Em tijela concavadaSe coze, doce saborosoDe seu nome, tigeladaSatisfaz, qualquer guloso!

Silverio Dias

Foz do Cobrão

Abriu ao público o Café Peleja, em Foz do Cobrão, Largo daEira, com gerência de Mónica Martins responsável peloexcelente serviço de café, petiscos e de bolaria, das 7 às 24

horas. Depois de uma breve consulta a clientes da casa, podemosconcluir que o agrado é unânime, na certeza de que a aldeia ficou aganhar.

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JUNHO DE 2011 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9

haja

SAÚDE

Mónica Santo - (Dietista)

Alexandra Fernandes(Directora de Internato

Complementar deMedicina Geral e Familiar)

*Membro da Academia OlímpicaEx-Secretário Geral da Academia Olímpica de Portugal(Nota: O autor escreve de acordo com a antiga ortografia)

Jogos Olímpicos

CEFALEIA DE TENSÃO(Dor de cabeça de tensão)

Costuma ter dores de cabeça?

A PROPÓSITO DO RÂGUEBI DE 7E DO BASQUETEBOL 3X3

David Sequerra*

Os repetidos riscos de gigantismo que assolam o programa base dos Jogos Olímpicos, sobpressão quase desenfreada das Federações Internacionais (FI), constituem uma das mais sérias

preocupações do poderoso COI, da liderança do Dr. Jacques Rogge. Bom exemplo dessa ambiçãodas FI ressaltam da admissão do Voleibol de Praia desde há alguns anos e das tentativas de juntarao Hóquei em Campo o muito “nosso” Hóquei em patins. Mais recentemente ficou a saber-se queo Râguebi de 7, variante do “clássico” de 15, vai entrar nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro,suscitando viva expectativa.

De igual modo, com pontaria feita para a capital carioca, o Basquetebol tenta a aceitaçãoolímpica do jogo formativo de 3 contra 3 (3x3), de ampla adesão da juventude.

Resta saber se esse desígnio da “F.I.B.A”, de muito poder, é para ser em vez de ou além de,relativamente à modalidade chave que tem a N.B.A. “Yanke” como intocável magnate, empopularidade e proventos de “sponsoring”.

Também o “Futsal”, jogado por 5 em vez de 11, não esconde a sua bem fundamentada pretensãode integrar o Programa dos J.O. tão cedo quanto for possível, talvez no Rio de Janeiro onde, tudoo que cheire a Futebol causa super entusiasmo.

No Remo, na Canoagem, na Ginástica, na Vela o aumento faz-se através de novas provas e denovas classes e, sendo assim, percebe-se como é dificílimo garantir o limite máximo de 11 milparticipantes de que se tem falado.

Daqui por um ano saber-se-á o que se apura da comparticipação em Londres, onde o Râguebiainda tem esperanças de cumprir uma exibição formal da variante de 7, com largas probabilidadesda presença de Portugal.

Até lá, confessemos a nossa curiosidade no que respeita à intenção do Basquetebol 3x3 nagrande Festa do Desporto Mundial.

A tese de que os J.O. não podem ocupar mais de 16 dias, nem suportar mais de 11 mil atletas,está em vias de ser posta em causa. Afinal de contas, muito prosaicamente, se tudo sobe – inflação,desemprego, insatisfação, etc. – não é incrível que suba também a participação olímpica.

Hoje vamos falar do tipomais frequente de dores de

cabeça: a dor de cabeça detensão muscular, ou, como osmédicos lhe chamam, a cefaleiade tensão.Este tipo de dor de cabeça deve-se à contracção excessiva dosmúsculos do pescoço e dacabeça.A dor é tipo uma moinhaimpertinente e persistente, queatinge geralmente a nuca e afronte. Parece que temos umcapacete a apertar a cabeça.Vai-se agravando ao longo dodia, mas costuma passar com osono e, geralmente, já lá nãoestá quando acordamos demanhã.Se sofre deste tipo de dor decabeça, algumas medidassimples podem ajudá-lo:· Tente relaxar os músculos dopescoço e da nuca com umamassagem ou um banho quente.· Tome um analgésico, como oparacetamol 1000, mal a dor decabeça comece a aparecer. (Emalternativa pode tomar um anti-inflamatório, como porexemplo o ibuprofeno que,

muitas vezes, é mais eficaz queo paracetamol, mas pode fazermal ao estômago).· Se tem dores de cabeçafrequentemente, pode ser útilfazer um diário, no qual anotaa que horas tem dor de cabeçae quanto tempo dura. Assimpoderá perceber quais são assituações em que a dor decabeça aparece e tentar evitá-las.· A má postura, como, porexemplo, estar mal sentado àsecretária, pode causar tensãomuscular e dar dor de cabeça.Será o seu caso? Então veja oque pode fazer para alterar asituação.· Ver mal faz-nos franzir atesta e causa tensão muscular.Quando é que fez testes devisão pela última vez?· O stress também é uma causafrequente da cefaleia de tensão.Aprender a respirar e fazerexercícios de relaxamentoajuda muito. Há vários livros eCDs que o podem ensinar arelaxar.· Em geral, as dores de cabeçade tensão são mais frequentes

nas pessoas que não fazemexercício físico. Se é este o seucaso, pode valer a penacomeçar a ter uma actividadefísica regular, como andar a péou de bicicleta, nadar oudançar.· A depressão causafrequentemente dor de cabeça.Se acha que pode estardeprimido consulte o seumédico!

Deve também consultar o seumédico se as dores de cabeçaforem muito intensas ou muitofrequentes e se não tiverem ascaracterísticas típicas dasimples cefaleia da tensão.

MALDITA CELULITE!

Étalvez a frase mais ditapelas mulheres quando se

aproxima a época balnear!A celulite caracteriza-se por

uma disfunção celular nostecidos subcutâneos, no entantosão várias as causas que a podemoriginar ou acentuar:

· Desequilíbrios alimentares,· Problemas circulatórios/uso de roupa apertada· Factores hormonais· Sedentarismo· Stress

O primeiro passo para a eliminaré combinar uma alimentaçãorica em frutas e legumes com oexercício físico frequente.

Dicas dietéticasAdopte um estilo de vida

mais saudável com vista a umareeducação alimentar:

Faça uma alimentação ricaem fibras, fruta e verduras – asfibras ajudam a diminuir a

absorção da gordura e a regularo trânsito intestinal;

· Beba cerca de 1,5 a 2 litrosde água por dia;

· Reduza o consumo de sal,que favorece a retenção delíquidos

· Evite os fritos, alimentosgordurosos e doces

· Prefira alimentos integrais;· Diminua o consumo de chá

preto e de café;· Evite as bebidas alcoólicas,

que fornecem muitas calorias epoucos nutrientes;

· Substitua as carnes gordaspelas carnes brancas e peixe;

· Faça várias refeições aolongo do dia, ingerindopequenas porções de comida decada vez. Desta forma, além defacilitar a digestão e controlar oapetite, o organismo fará menosreservas de gordura;

Pode ainda complementar o seu

plano dietético com o uso decremes anticeluliticos queajudam na dissolução degordura já que aumentam amicro-circulação e,consequentemente, à drenagemda gordura, auxiliam naretenção de líquidos e amassagem favorece aelasticidade da pele.

CANCIONEIRO POPULARde

VILA VELHA DE RÓDÃO

No sábado, dia 25 deJunho, pelas 21h00, vaiter lugar um

acontecimento raro no nossoConcelho com a apresentaçãopública dum livro que lhe dizdiretamente respeito: oCancioneiro Popular de VilaVelha de Ródão.

Trata-se de uma publicaçãoautónoma, uma vez que o seuconteúdo já consta doCancioneiro Popular de Leitede Vasconcelos e foi publicadonosso Jornal a partir do nº 310,Julho de 2008, até ao nº 321,Julho de 2009. De resto, seria apartir daqui que o organizador

do projecto, Dr. AntónioSilveira Catana, continuou todoo processo que a CâmaraMunicipal apoiou e, agora,teremos o ensejo de ver dado àestampa.

Um Cancioneiro é um livroimpresso ou manuscrito ondeforam coligidas canções e,nalguns casos, a própria músicarelativa às mesmas, de sabormais ou menos popular e que,antigamente, eram transmitidasoralmente, de geração emgeração, nos longos serões àlareira com familiares e amigos.Em tais canções se transmitiamas vivências, os sentimentos, osusos e costumes e as tradições.Através dos versos do

Cancioneiro ficaremos aconhecer em parte comoviveram os que nos antecederamneste rincão à beira Tejo, afinalparte da sua história e da suacultura.

Saber como chegou estevalioso património cultural aoiminente Professor Leite deVasconcelos conduziu-nos aCarlos de Oliveira Machado,uma interessante figura donosso concelho, fundador daCasa do Concelho e assinantede primeira hora do nossoJornal, por sinal tio do nossoestimado Presidente da Mesada Assembleia Geral da Casado Concelho, Dr. ManuelMachado.

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JUNHO DE 2011 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11

NECROLOGIAPERAIS

Faleceu no dia 26 de Maio, no Hospital da CUFDescobertas, João Castelo Barreto de 60 anos, natural dePerais. Era casado com Maria Emília Mendes Dias Barreto,pai de Ana Isabel Dias Barreto e de Paulo Jorge DiasBarreto. O funeral realizou-se para o cemitério de Vale dePousadas.À família enlutada apresentamos os nossos pêsames.

JCBelo

O QUE O NOVO PRIMEIRO-MINISTRO PROMETEU AOS

PORTUGUESES

EM AGENDA:

Crianças de Ródãoapreendem cores, texturas e aromas

O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

Contin. da Pág. 5

Em Julho naBiblioteca Municipal José Baptista Martins

Paisagens Marinhas em Vila Velha de Ródão

As crianças do jardim de infância deVila Velha de Ródão apresentaram ostrabalhos desenvolvidos na sua oficina eno final elaboraram o lanche, que depois

foi servido a todos os presentes,integrado na oficina dedicada ao gosto.

Nesse dia, estiveram ainda presentesas crianças da creche da Santa Casa da

Misericórdia que comemoraram o Diada Criança com o jogo dramático “Todosno sofá”.

De 17 de Junho a 11 de SetembroExposição de fotografia “Paisagensdo Ocreza”

Apresentação de fotografias daautoria de fotógrafos amadoresparticipantes no passeio fotográficorealizado em Março pelo rio Ocreza eFoz do Cobrão, dinamizado pelofotógrafo Pedro Martins e organizadopela BMJBMEntrada Livre

Até 19 de JulhoExposição “No tempo da implantaçãoda República: Quadros da vida rural”Museu do Azeite de Sarnadas de RódãoConheça as vivências políticas, sociais eeconómicas do nosso concelho no iníciodo século XX, através de documentosescritos e fotografias da época,devidamente enquadradoshistoricamente.Entrada Livre

Ao longo dos meses de Julho e AgostoATL Verão 2011

Actividades desportivas, exploração danatureza, actividades aquáticas, visitas,ateliê de ilustração.Destinatários: Crianças dos 5 aos 12anos.

De 3 a 8 | Campo de FériasActividades: animação cultural,desportos aventura, desportos náuticos,exploração da naturezaOrganização: Câmara Municipal de V. V.Ródão

De 1 de Julho a 26 de Agosto| ATL deVerãoActividades: ateliê de ilustração,actividades aquáticas, desportos

colectivos, canoagem, exploração danatureza, visitas de estudo, actividadesradicaisOrganização: Câmara Municipal de V.V. Ródão

Festas populares1º fim-de-semana de JulhoCoxerro2º fim-de-semana deJulhoSerrasqueira - Santo António

16 de Julho ou, caso não coincida comfim-de-semana, no fim-de-semanaseguinteCebolais de Baixo - N. S. doCarmo16 e 17 de Julho Festas de Verãodo Vilar do Boi4º fim-de-semana deJulho>Marmelal - S. João>Vale de Pousadas - Festas de Verão

Último domingo de JulhoRodeios e Vale do Homem – N. S. da Paz

No dia 3 de Junho, teve lugar, na salapolivalente da Casa de Artes e Culturado Tejo, a inauguração da exposição“Amar o Mar – Paisagens Marinhas” deJoão Garcia: Após um longo período

como autodidacta fez formação artísticana SNBA – Sociedade Nacional das BelasArtes, nos cursos de Desenho. Pintura eEstética de Arte e já participou emdiversas exposições individuais e

colectivas.A exposição está patente ao público

até dia 25 de Junho.

XV Feira de Actividades Económicas de Ródão

Memórias de Ródão com dois novos livros

No dia 25 de Junho, sábado, às 21h, durante a XV Feira de Actividades Económicas de Vila Velha de Ródão, serãolançados dois livros, O Cancioneiro Popular de Vila Velha de Ródão” e “Os Nossos Médicos – Vila Velha de Ródão(1883-1983)”, no âmbito do projecto “Vidas e Memórias de uma Comunidade”, que desde há dois anos tem vindo

a ser dinamizado pela Biblioteca Municipal José Baptista Martins.Para além do site www.memoriasderodao.net , onde regularmente são disponibilizados novos testemunhos, documentos

e vídeos, e das exposições que foram organizadas no âmbito deste projecto, são agora editados pelo município de Ródão doistrabalhos de investigação: a obra “Cancioneiro Popular de Vila Velha de Ródão”, organizada por António Silveira Catana,conhecido historiador natural de Idanha-a-Nova, e o livro “Os nossos Médicos – Vila Velha de Ródão (1883-1983) “, daautoria da investigadora Maria de Lurdes Cardoso, natural de Gavião de Ródão, que constitui uma homenagem aos médicosque exerceram clínica no concelho de Ródão neste período - João Mamede, Alfredo da Mota, António Russo, Francisco dePaula, João Blaize, Francisco Pinto Cardoso, Maria dos Santos, José Valério e Augusto Pinto Afonso, e foi elaborado apartir de arquivos das famílias e de instituições locais. E, porque de médicos se trata, a apresentação da obra estará a cargodo comendador e renomeado médico Dr. Lourenço Marques, um dos pioneiros dos cuidados paliativos em Portugal eorganizador das Jornadas de Medicina na Beira Interior, que se realizam anualmente em Castelo Branco.

O “Cancioneiro Popular de Vila Velha de Ródão” oferece, nas palavras do seu organizador “duas centenas de quadras[…] da mais pura inspiração poético-popular, [que] espelham os usos, os costumes, as tradições, as festas e as romarias,o viver quotidiano, os divertimentos, os sentimentos amorosos, por vezes não correspondidos, os arrufos e a reconciliação,os suspiros e os ais, os gostos e os desgostos, as desilusões e os sonhos das gentes de Vila Velha de Ródão”. Trata-se, pois,de uma obra que valoriza não só o povo que as preservou mas também Carlos de Oliveira Machado que as recolheu e deua José Leite de Vasconcelos, para que integrassem o “Cancioneiro Popular Português”. Aliás, o papel do “dador dascantigas”, Carlos Machado, é muito valorizado na obra que é profusamente ilustrada com trabalhos artísticos e artesanaisda sua autoria. A apresentação da obra caberá ao Coronel Faia, director do jornal “O concelho de Vila Velha de Ródão” que,em primeira mão, divulgou os textos que compõem a publicação.

No stand da Biblioteca Municipal na Feira de Actividades Económicas, vai decorrer também, no dia anterior, sexta-feira,24 de Junho, uma sessão de autógrafos com o DJ Fernando Alvim.

Este número do Jornal chegará aos nossos leitores quando já está indigitado onovo Chefe do Governo e, sendo os programas eleitorais dos partidos, de todosos partidos entenda-se, de tal maneira complexos que só uma minoria se dará aotrabalho de os consultar, pareceu-nos útil assinalar a coincidência deixando paramemória futura a lista de propósitos que nos foi deixada na caixa do correio emvésperas de eleições.

1. O Pilar Cívico e InstitucionalSistema político: Uma sociedade civil mais forte e mais activa. Redução donúmero de deputados para 181; Extinção dos Governos Civis; Alteração dosistema eleitoral com a introdução do voto preferencial.Sistema de Justiça: Dotar os tribunais de uma gestão profissional e do necessárioapoio técnico; Sentença simplificada; Extinção da Acção executiva sempre que otítulo seja uma sentença.Combate à Corrupção e à informalidade: Assegurar que o Estado é um agenteque respeita e promove as regras transparentes e não discriminatórias de mercado;Racionalizar a regulamentação fiscal; Reforçar capacidade para controlo da evasãofiscal.2. O Pilar económico e financeiro: Restaurar a credibilidade financeira, relançaro crescimento, a competitividade e o emprego; Reduzir o défice externo e oendividamento nacional.Programa de crescimento, competitividade e emprego: Redução da taxa socialúnica.Revitalização da agricultura: Estimular a produção Nacional compatibilizandoe integrando as políticas de apoio ao sector.Revitalização da economia do Mar: Portugal, de país periférico e pequeno apaís grande e central no mundo; Revitalização de portos, logística, transportesmarítimos, Turismo Náutico, Pescas e suas indústrias, Construção e reparaçãoNaval.Empreendorismo, capital de risco e MPEME’s: Promover cultura deempreendorismo, como forma de combater o desemprego. Criação da “academiade empreendorismo Nacional”.Exportações: Reforçar o apoio às empresas exportadoras facilitando o seu acessoao crédito e reduzindo os custos burocráticos.3. Um Estado eficiente e sustentável e centrado no cidadão: Redução dopeso do Estado sem redução ou despedimento de funcionários públicos.Racionalizar estruturas do Governo: 10 Ministros, 25 Secretários de Estado,metade dos assessores até final da legislatura.Transparência: Reduzir drasticamente o Estado paralelo (Fundações eInstitutos).Dignificar, valorizar, apoiar e envolver os funcionários públicos: Repensaro modelo de aplicação do SIADAP; Rever os sistemas de formação dos funcionáriosPúblicos.Diminuir a participação do Estado de forma progressiva nas EP’s:implementando o programa de privatizações. Reavaliar PPPC’s.4. O Pilar do desenvolvimento Humano e Modelo Social, Protecção Social,coesão, inclusão e solidariedade. Novo modelo de inovação social ePrograma de emergência social: Desenvolver uma rede nacional de solidariedadeentre Estado, Autarquias Locais, IPSS’s, Misericórdias e restante Sociedade Civil.Educação: Garantia de Educação para todos, independentemente da sua capacidadefinanceira.Sistema Nacional de Saúde: Garantia de saúde para todos independentementeda sua capacidade financeira; Garantir a sustentabilidade económica e financeirado SNS; Garantir médico de família a todos os cidadãos.Cultura e Desporto: Rever o modelo de gestão dos Teatros Nacionais reparandoerros cometidos pela actual Governação; Relançar a rede de bibliotecas suspensapelo actual Governo.5. O Pilar da Política Externa ao serviço do desenvolvimento: Reforço dadiplomacia económica.

(Nota: cópia fiel do original)

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JUNHO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 12

Motu Proprio Dia Nacional das Misericórdias

No ano de 1498, a rainha D. Leonorinstituiu em Portugal a ordem dasSantas Casas de Misericórdia,

hospitais que se formaram a partir dehospedarias à beira das estradas. A funçãoprincipal das Santas Casas era a prática deobras de caridade, dividindo-se no tratamentodos doentes, auxílio aos presos, socorro aosnecessitados e amparo aos órfãos.

São instituições com mais de cinco séculosde existência e a sua identidade tem sidocelebrada, por todo o país, no dia 31 de Maio,data que não passou despercebida à Santa Casada Misericórdia de Vila Velha de Ródão,Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Proença-a-Nova festejando esse mesmo dia com arequerida dignidade. A celebração da palavra,presidida pelo Secretário da Santa Casa daMisericórdia de Vila Velha de Ródão, Sr. JoãoMendes deu início às actividades festivasseguindo-se um almoço de convívio, com lugarno “campo de feiras” que reuniu utentes dasquatro Misericórdias.

O acontecimento contou ainda com umatarde de animação sociocultural onde cadaMisericórdia apresentou a sua actividade. Aaula de ginástica, ministrada pela técnica deanimação da santa Casa de Vila Velha deRódão, foi a primeira actividade à qual sejuntaram utentes das várias instituições quemanifestaram bastante interesse em participar.

A melhoria da qualidade de vida durante aterceira idade é um dos principais desafiosdo século XXI, deste modo foi importanteaumentar a consciência e a participação dosidosos nesta actividade servindo como meiodeterminante para fomentar as suas relações.Foram apresentados trabalhos manuaisdesenvolvidos pelos utentes que deram largas

à sua imaginação e criatividade através dasvárias formas de expressão, como sendo ascestarias e artes decorativas. Por fim,juntaram-se todos à animação que decorria noespaço, onde os utentes iam sendo brindadoscom a actuação de várias músicas típicas decada concelho terminando os festejos emambiente de bailarico.

Arraial de Santo António naSanta Casa da Misericórdia de Vila Venha de Ródão

Junho é o mês dos santos populares e,cumprida a tradição, a Santa Casa daMisericórdia de Vila Venha de Ródão

festeja o Santo António, que começou com umagrande sardinhada e muita música popular,interpretada pelos acordeonistas Sr. Ricardoe Sr. João Calcinha animando assim a noitedos utentes da Santa Casa da Misericórdia eda população de Vila Velha que se juntou àfesta, num agradável convívio entre todos.

Este dia proporcionou aos utentes da SantaCasa da Misericórdia uma oportunidade parareforçar o relacionamento com a população eestimular momentos de diálogo e decriatividade entre eles. Além de conviveremuns com os outros, viveram momentos deprazer e notou-se um sentimento de partilhasaudável pelo facto de estarem na companhiauns dos outros sem qualquer obrigação oudever para com eles.

Porém, o melhor da festa foi guardado paradepois do jantar pois as funcionárias tinhampreparado uma marcha popular, vestidas comos seus trajes a rigor e acompanhadas por umamúsica que estimulou a dança e transmitiuuma especial animação e muita alegria a estetempo de celebração dos santos populares. Amarcha desfilou junto de todos os presentesque aplaudiam com satisfação e com o desejo

de se juntar ao grupo em desfile. A noiteencerrou com um baile onde se notarammomentos de prazer e um sentimento de bem-estar vivido por todas. Foi uma iniciativa bemconseguida e que recolheu imensos aplausospor parte da assistência.

A esta festa não faltou a fogueira com o

cheiro a rosmaninho queimado e a alegria dascrianças que aproveitaram para recordar atradição de saltar a fogueira.

Graça Margarida, técnica da Santa Casada Misericórdia de Vila Velha de Ródão

AS MISERICÓRDIAS REUNIRAM EM CASTELO BRANCO

Sob a presidência de Joaquim MorãoLopes Dias, secretariado por LuísaFolgado Serejo (Provedora da

Misericórdia de Rosmaninhal), e por LuisFerro Pereira (Provedor da Misericórdia deVila Velha de Ródão), reuniu no salão nobreda Santa Casa da Misericórdia de CasteloBranco, o Secretariado Regional da Uniãodas Misericórdias Portuguesas, que contou

com a presença do Assessor Jurídico daPresidência Nacional da União dasMisericórdias, Aurelino Ramalho.

Entre outros assuntos de substancialinteresse para a vida comunitária das SantasCasas da Misericórdia, foi esclarecida qual aposição tomada pela Conferência EpiscopalPortuguesa, sobre os estatutos, regulamentose relações entre a Igreja e as Santas Casas,

bem como o regime jurídico/canónico dasAssociações particulares de fiéis desolidariedade social, que regem estasinstituições.

Estiveram presentes cerca de trintarepresentantes de outras tantas Santas Casasda Misericórdia do Distrito de CasteloBranco.

Fabião Baptista

Repovoar oInterior? Pois…

“O saque das aldeias é o cimentocom que se constrói cada um

dos edifícios das cidades.”GANDHI

LEGISLATIVAS. Gostava que o País estivesse de facto aviver uma verdadeira Primavera política económica e socialapós as eleições de 5 de Junho, mas logo memorizo a“Primavera Marcelista” dos finais dos anos 60 do séculopassado que deu no que deu: os poderosos e monopolistasdos grandes grupos económicos travaram as ténues reformasque Marcelo Caetano preconizava… Com roupagemdemocrática, os poderosos continuam a mandar cá e no mundo,enquanto os sindicatos perdem poder…

Hoje, nova Primavera de Esperança se anuncia com a possedo novo Governo, naturalmente com outros protagonistaspolíticos que vão governar com o nosso benefício de dúvida,beneplácito dos seus apaniguados e estado de graça que sedeseja longo, não obstante as “directivas” vindas do exterior…

Mas a campanha eleitoral, desta feita, foi má de mais para seacompanhar até ao fim… particularmente pela maledicência,ataques pessoais e falta de debate de ideias para o nosso futurocolectivo, o que me fez recordar uma célebre citação de EleanorRoosevelt: - “As grandes mentes discutem ideias, as mentesmédias discutem factos, as pequenas mentes discutempessoas.”

10 DE JUNHO. Até o Senhor Presidente da República,inspirado porventura pelas vestes primaveris da Beira Interiore arrumada a questão do novo Governo, da sua área política,parece outra pessoa no contacto com a população e a fazeralertas, justamente, para os tempos difíceis que nos estão abater à porta, avisando: “Portugal não pode falhar!”

Gostei do discurso do Senhor Presidente por ocasião do 10 deJunho, em Castelo Branco, cidade digna do acontecimento,especialmente quando apelou ao repovoamento do Interior eaos jovens para investirem na agricultura. Mas, há sempreum mas…, logo me veio à memória os tempos do seuconsulado como Primeiro-Ministro:

- Então, não foi enquanto Primeiro-Ministro, SenhorPresidente da República, que a debandada do Interior e oabandono da terra sofreram maior impulso?

- Não foi com os seus governos que se iniciou a era do betão,a construção de auto-estradas e o desenvolvimento do Litoralem detrimento do Interior?

- Não foi durante o seu magistério à frente do Governo queteve início a destruição da agricultura e pescas a troco demilhões vindos da Europa rica para infra-estruturas nãoprodutivas?

- Não foi na sua governação que foram beneficiados os grandesagricultores que até distribuíam jeepes pelos familiares, semcontrolo das verbas comunitárias, em detrimento dasexplorações familiares que recebiam fundos para nãoproduzirem?

Foi sim senhor, é sempre útil avivar a memória da gente, enão fora a visão estratégica para o País global encetada pelosgovernos do PS de Guterres, continuada por Sócrates, o nossoInterior teria definhado ainda mais, Senhor Presidente, porquea Beira Interior não seria o que é hoje, apesar de tudo, sem aA-23, a UBI, a Faculdade de Medicina, o Regadio da Cova daBeira, a electrificação da Linha da Beira Baixa, as EnergiasRenováveis ou a construção da Barragem do Alvito… que jámexe e vais criar 5 mil empregos!

Ah! Já me esquecia: integrada nas comemorações do Dia dePortugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foiinaugurada a Biblioteca Manuel Cargaleiro. Os media falaramdo assunto?

por Octávio Catarino