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FENACON em Ano VIII Edição 96 Dezembro 2003 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr esas de Serviços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento, Perícias, Infor mações e Pesquisas dirigida a empr esários de prestação de serviços - Valor Unitário - R$ 2,50 Após oito meses de discussões no Congresso Nacional, proposta de reforma tributária é tratada como ‘fonte de arrecadação’ do governo e pouco contribui para o crescimento econômico do País Sobrecarga tributária Auditoria de contrato Contribuição Sindical 2004 Fique atento! Atenção redobrada para os serviços terceirizados

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FENACON emAno VIII

Edição 96

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Após oito meses de discussões noCongresso Nacional, proposta dereforma tributária é tratada como

‘fonte de arrecadação’ do governo epouco contribui para o crescimento

econômico do País

Sobrecargatributária

Auditoriade contrato

Contribuição

Sindical 2004

Fique atento!

Atenção redobradapara os serviços

terceirizados

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SESCAP - AcrePres.: Sergio CastagnaAv. Getúlio Vargas, 130, sala 205 - Centro69900-660 - Rio Branco/ACTel.: (68) 223-8177/[email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - AlagoasPres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 18557050-080 - Maceió/ALTelefax: (82) 336-6038 / [email protected]/sescon-alCód. Sindical: 002.365.89638-8

SESCAP - AmapáPres.: Aluisio Pires de OliveiraR. Hamilton Silva, 2200, Bairro Trem68906-480 - Macapá/APTelefax: (96) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - AmazonasPres.: Wilson Américo da SilvaR. Monsenhor Coutinho, 477 - sala 5 - Centro69010-110 - Manaus/AMTelefax: (92) 3087-6089 / [email protected]/sescon-amCód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCAP - ApucaranaPres.: Alicindo Carlos MorotiR. Osvaldo Cruz, 359 - Centro86800-720 - Apucarana/PRTelefax: (43) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCAP - BahiaPres.: Fernando César Passos LopoAv. Antonio Carlos Magalhães, 257312° andar, salas 1205/1206Candeal de Brotas40289.900 - Salvador/BATel.: (71) 452-4082 / Fax: (71) [email protected]ód. Sindical: 002.365.90858-0

SESCON - BlumenauPres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - 10º andarsalas 1009/101089010-901 - Blumenau/SCTel.: (47) 326-0236 / Fax: (47) [email protected]ód. Sindical: 002.365.89502-0

SESCON - Caxias do SulPres.: Moacir CarboneraR. Ítalo Victor Bersani, 1134 - Jd. América95050-520 - Caxias do Sul/RSTel.: (54) 222-7831 / 228-2425Fax: (54) [email protected]ód. Sindical: 002.365.87490-2

SESCON - CearáPres.: Urubatam Augusto RibeiroAv. Washington Soares, 1.400 - sala 401,Edson Queiróz60811-341 - Fortaleza/CETel.: (85) 273-2255 / Telefax: (85) [email protected]@sescon-ce.org.brwww.sescon-ce.org.brCód. Sindical: 002.365.88157-7

SESCON - Distrito FederalPres.: Elizer Soares de PaulaSHC CR Quadra 504, Bloco C, Subsolo -loja 64, Asa Sul - Entrada W270331-535 - Brasília/DFTel.: (61) 226-2456 / 226-1485 / 226-1269Fax: (61) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04303-2

SESCON - Espírito SantoPres.: Luiz Carlos de AmorimR. Quintino Bocaiuva, 16, sala 90329010-903 - Vitória/ESTel.: (27) 3223-3547 / Fax: (27) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04904-9

SESCON - GoiásPres. Edson Cândido PintoAv. Goiás, 400 - 6º andar - sala 67 - Centro74010-010 - Goiânia/GOTelefax: (62) [email protected]/sescon-goCód. Sindical: 002.365.05474-3

SESCON - Grande FlorianópolisPres.: Walter Teófilo CruzR. Felipe Schmidt, 303, 9º andar, Centro88010-903 - Florianópolis/SCTelefax: (48) [email protected]ód. Sindical: 002.365.88511-4

SESCON - LondrinaPres.: Paulo BentoR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja86010-914 - Londrina/PRTelefax: (43) [email protected]ód. Sindical: 002.365.90169-1

SESCON - MaranhãoPres. Gilberto Alves RibeiroAv. Gerônimo de Albuquerque, s/n° - sala 201Retorno do Calhau - Casa do Trabalhador65051-200 - São Luís/MATelefax: (98) 246-7459 / [email protected]/sesconCód. Sindical: 002.365.90023-7

SESCON - Mato GrossoPres.: João dos SantosR. São Benedito, 851 - 1º andar - Lixeira78010-800 - Cuiabá/MTTel.: (65) 623-1603 / Fax: [email protected]ód. Sindical: 002.365.86025-1

SESCON - Mato Grosso do SulPres.: Laércio José JacomélliR. Elvira Pacheco Sampaio, 681 - JardimMonumento79071- 030 - Campo Grande/MSTelefax: (67) 387.6094 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.87924-6

SESCON - Minas GeraisPres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar - Centro30130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax: (31) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04937-5

SESCON - ParáPres.: Carlos Alberto do Rego CorreaAv. Presidente Vargas, 640 - 5° andarSala 01 - Campina66017-000 - Belém/PATelefax: (91) [email protected]ód. Sindical: 002.365.90145-4

SESCON - ParaíbaPres.Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.R. Rodrigues de Aquino, 267 -3º andar - Centro58013-030 - João Pessoa/PBTel.: (83) 222-9106Fax: (83) [email protected]/sescon-pbCód. Sindical: 002.365.90755-0

SESCAP - ParanáPres.: Valdir PietrobonR. Marechal Deodoro, 500 - 11º andar - Centro80010-911- Curitiba/PRTelefax (41) [email protected]ód. Sindical: 002.365.88248-4

SESCAP - PernambucoPres.: Almir Dias de SouzaR. José Aderval Chaves, 78, salas 407/408,Boa Viagem51111-030 - Recife/PETelefax: (81) [email protected]ód. Sindical: 002.365. 88145-3

SESCON - PiauíPres.: Tertulino Ribeiro PassosAv. José dos Santos e Silva, 2090sala 201 - Centro64001-300 - Teresina/PITelefax: (86) 221-9557 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.90801-7

SESCON - Ponta GrossaPres. Luiz Fernando SaffraiderR. XV de Novembro, 301 - 6° andar - salas67 e 68 - Centro84010-020 - Ponta Grossa/PRTelefax: (42) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - Rio de JaneiroPres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - sala 1906 - Centro20071-000 - Rio de Janeiro/RJTel.: (21) 2233-8868Telefax: (21) [email protected]/sescon-rjCód. Sindical: 002.365.86767-1

SESCON - Rio Grande do NortePres.: Edson Oliveira da SilvaR. Segundo Wanderley, 855-B, sala 122,Barro Vermelho59030-050 - Natal/RNTel.: (84) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON/ Rio Grande do SulPres.: Tadeu Saldanha SteimerR. Augusto Severo, 168 - São João90240-480 - Porto Alegre/RSTel.: (51) 3343-2090Fax: (51) [email protected]

Empresário de Serviços,entre em contato com seu

sindicato através de e-mail.É mais fácil, rápido e

econômico.Critique, reivindique, opine,

faça sugestões aos seusdirigentes. Eles queremtrabalhar por você, emdefesa de sua empresa.

SESCAP - RondôniaPres.: João Aramayo da SilvaAv. Carlos Gomes, 2292 - sala 04 - SãoCristóvão78901-200 - Porto Velho - ROTel.: (69) 3026-2531Fax: (69) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - RoraimaPres.: Vivaldo Barbosa de Araújo FilhoR. Coronel Mota, 1848, Centro69301-120 - Boa Vista/RRTelefax: (95) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04959-6

SESCON - Santa CatarinaPres.: Vilson WegenerAv. Juscelino Kubitschek, 410 - bloco B -salas 306/30889201-906 - Joinville/SCTelefax: (47) 433-9849 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.02808-4

SESCON - São PauloPres.: Carlos José de Lima CastroAv. Tiradentes, 960 - Luz01102-000 - São Paulo/SPTelefax: (11) 3328-4900Fax: (11) [email protected]ód. Sindical: 002.365.86257-2

SESCON - SergipePres.: Wladimir Alves TorresR. Siriri, 496 - sala 3 - 1º andar - Centro49010-450 - Aracaju/SETelefax: (79) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04999-5

SESCON - Sul FluminensePres. Fulvio Abrami StagiR. Orozimbo Leite, 14, 2º andar, Centro27330-420 - Barra Mansa/RJTelefax: (24) 3322-5627 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.05022-5

SESCON - TocantinsPres.: Antônio Luiz Amorim AraújoQuadra 103 Norte (ACNO I) - conjunto 2 -lote 10 - Centro77013-020 - Palmas/TOTelefax: (63) 215-5090 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

Atualizado em 27.11.2003

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■ espaço do leitor .......................................................................04■ palavra do presidente ..............................................................05

. Quem paga, efetivamente, os impostos?

■ brasil político ..........................................................................05■ ato público ..............................................................................06

. Sem a participação da sociedade civil, Tributária não decola

. Gabrielli faz balanço das atividades do NPECT

■ sistema tributário .....................................................................10. Malha fiscal. 16º Prêmio Tributarista IOB 2003

■ previdência social ................................................................... 11. Perfil Profissiográfico Previdenciário

■ opinião ....................................................................................12. Muito além dos impostos

■ à luz do direito ........................................................................14. O preposto na Justiça de Trabalho

■ sindical ...................................................................................15. Conselho de Representantes da Fenacon faz última assembléia do ano, em Brasília

■ eleições ...................................................................................16. Sescons de São Paulo e Espírito Santo elegem novas diretorias

■ empresas de auditoria .............................................................18. Contratos de risco

■ auditoria interna ......................................................................20. Novos tempos para a auditoria

■ junta comercial .......................................................................22. Projeto de modernização será mantido pelo novo presidente da Jucesp

■ rápidas ....................................................................................23. Junta de SP lança pesquisa sobre empresas, via Internet. Sebrae oferece ‘Simulador de alternativas de crédito’ online

■ tecnologia da informação ........................................................24. Janela para o sucesso

■ análise .....................................................................................26. Contador: desafios à parte, uma profissão de futuro

■ qualificação ............................................................................27. Parceria entre Fenacon e Editora Atlas amplia acessso a informações técnicas

■ crônica ....................................................................................28. Todos os lares

■ publicado & registrado ............................................................29. Justiça isenta contabilistas da Cofins

■ desenvolvimento pessoal .........................................................30. Simples e essencial

■ go around ................................................................................31. Ilegal ou extralegal

■ campanha sindical ..................................................................32. Categorias econômicas representadas pelos sindicatos filiados à Fenacon. Embasamento legal da contribuição sindical. Códigos de área dos sindicatos filiados

Diretoria da Fenacon 2001/2004

Presidente: Pedro Coelho Neto

Vice-Presidente - Região Sudeste: Antônio Marangon

Vice-Presidente - Região Sul: Mário Elmir Berti

Vice-Presidente - Região Nordeste: José Geraldo Lins de Queirós

Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/Norte: Antônio Gutenberg Moraes de Anchieta

Diretor Administrativo: Roberto Wuthstrack

Diretor Financeiro: Horizon Donizett Faria de Almeida

Diretor Institucional: Haroldo Santos Filho

Diretor de Assuntos Legislativos e do Trabalho:Sauro Henrique de Almeida

Diretor de Eventos: José Rosenvaldo Evangelista Rios

Diretor de Tecnologia e Negócios: Nivaldo Cleto

Suplentes: José Eustáquio da FonsecaLuiz Valdir Slompo de LaraAnastácio Costa MotaMaciel Breno SchifflerOrival da CruzCleodon de Brito SaraivaIzabel Rodrigues LiipkeCarlos Alberto do Rego CorreaLeomir Antonio MinozzoWilliam de Paiva Motta

Conselho Fiscal

Efetivos: Jodoval Luiz dos SantosJosé Carmelo FariasAntonio José Papior

Suplentes: Irany Barroso de Oliveira FilhoAluísio Beserra de MendonçaLuis Carlos Freitas

Representação na CNC

Efetivos: Pedro Coelho NetoEliel Soares de Paula

Suplentes: José Augusto de CarvalhoMaria Elzira da Costa

Secretaria de redação

Setor Comercial Norte, Quadra 1, Bloco F, salas 602 e 603CEP 70711-905 - Brasília - DF • Telefax: (61) 327-0002E-mail: [email protected]

AnúnciosTel.: (11) 3875-0308 • E-mail: [email protected]

FENACONSetor Comercial Norte, Quadra 1,Bloco F, salas 602 e 603CEP 70711-905 - Brasília - DFTelefax: (61) 327-0002E-mail: [email protected]

ExpedienteA REVISTA FENACON EM SERVIÇOS é uma publicação mensal daFederação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e dasEmpresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas.

Circulação: nacional - empresas de setores de serviços ligadas aoSistema Fenacon, instituições de ensino superior, órgãosgovernamentais, representantes dos poderes legislativos eentidades empresariais.

Auditoria de Circulação: Itecon - Instituto Técnicode Consultoria e Auditoria S/C

Impressão: Prol Gráfica Editora Ltda.

Editor Responsável: André Luiz de Andrade

Direção de Arte e Diagramação: Marcelo Ventura

Conselho Editorial: Pedro Coelho NetoAntonio MarangonNivaldo CletoMário Elmir BertiGerson Lopes FontelesSérgio Approbato MachadoJosé Antonio de Godoy

Tiragem: 50 mil exemplares

A Revista Fenacon em Serviços não se responsabiliza pelosconceitos emitidos nas matérias ou artigos assinados

índice

FENACON em Ano VIII - Edição 96

Dezembro de 2003

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4 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

espaço do leitor

Fale com o editor: [email protected] mensagens, para esta seção, somente serão publicadas com a devida identificação do leitor:

Nome, Endereço Completo e Telefone.Por motivos de espaço, a redação se reserva o direito de publicar de modo

resumido o conteúdo das cartas e e-mails dos leitores.

Abaixo-assinadoCaro Colega Pedro Coelho, sou presi-

dente de uma pequena associação de escri-tórios em Atibaia - SP e, como acho quenecessitamos de fato exercer nossa cida-dania, pois, ao que parece, não há limitespara a fome de nosso ‘leão’, lhe remeti apro-ximadamente 250 assinaturas do abaixo-assinado (ver matéria pág. 06). Espero queconsigamos, no país todo, atingir nosso obje-tivo de ‘tentar’ ao menos barrar esta voraci-dade e que nossa voz seja ouvida e respeita-da. Parabenizo-o por sua atuação à frenteda entidade e, especialmente, pela iniciativa.Marcos Fernando RoncolettaAesca - Associação dos EscritóriosContábeis de AtibaiaAtibaia - [email protected]

ÊxitoTemos a satifação, mais uma vez, de

acusar o recebimento da Revista ‘Fenaconem Serviços’, ano VIII, edição 93, se-tembro/2003, pelo que somos gratos.

Gostaríamos de informar, também, oquanto é saudável a leitura da revista aquicitada, uma vez que ela é recheada deexcelentes artigos, dentre eles, encontramos,como destaque, no nosso conceito, os se-guintes: ‘Reformas e reformas’, ‘Felicidadee simplicidade beneficiam gestão em-presarial’ e ‘Educação continuada’.

Servimo-nos, pois, da presente, para levara todos os que, com esforço e dedicação,constróem e erguem o nome dessa institui-ção, nossos aplausos pelos êxitos alcançados.Osvaldo Ferreira dos Santos - diretor-presidenteJosé Kleber Calou - diretor-gerenteCooperativa de Crédito Caixeiral do CratoCrato - CE

COMDEX 2003O site do Terra deu destaque a matéria

sobre Bill Gates, da empresa Microsoft,onde mostrava o mesmo protagonizando,com um dos figurões da mesma empresa,personagens do filme Matrix em uma feirano EUA. O que me chamou a atenção foique as fotos divulgadas no site foramtiradas pelo diretor de Tecnologia eNegócios da Fenacon, Sr. Nivaldo Cleto(ver artigo TI, página 24).

Acho que engrandece a classe contábilsaber que a entidade está ‘plugada’ e atenta

no que ocorre no cenário internacional detecnologia. O intuito desse e-mail é de para-benizar a Fenacon, pois é um orgulho veruma entidade de classe colaborando cominformação em um site de tanta expressão.Anderson Ximenes PradoMarpe Prosoft NordesteFortaleza - [email protected]

Nivaldo Cleto: Esse comentário medeixa emocionado, pois demonstra oreconhecimento da comunidade Fenaconpelo trabalho que realizamos. Divido comtoda a diretoria da Fenacon, que me apoianesse trabalho, a minha emoção e entu-siasmo. Continuem contando sempre comos meus conhecimentos de tecnologia dainformação em prol da entidade.

Mas, é que ...Prezado Senhor Haroldo Santos Filho,

acabei de ler o artigo intitulado ‘Mas, é que...’,publicado na edição 95, da Revista Fenacon(seção ‘Go around’) e senti-me motivada aenviar este e-mail. Concordo plenamente que,ao assumirmos os nossos erros de imediato,as coisas tendem a ser resolvidas maisrapidamente e sem maiores aborrecimentos.Além do que, uma pessoa que reconhece seuserros tão prontamente, de uma certa formaatrai confiança e respeito. Com certeza,artigos assim são um aprendizado. Parabéns.Yolanda RégisSecretaria Sescap/BASalvador - [email protected]

Haroldo Santos Filho: Prezada Yolanda,antes de mais nada, receba o meu abraço eo meu agradecimento pelo seu e-mail.Quanto ao artigo ‘Mas é que...’ por vocêcitado, de fato, o dia-a-dia de nossasempresas acaba por nos revelar que coisassimples contribuem fortemente para osucesso de nossas ações. Um bom exemplodisso é o simples fato de se reconhecer aprópria falha e olhar imediatamente parafrente no sentido de, efetivamente, ajudar a

empresa a superar aquele momento. Maisuma vez obrigado pelas palavras.

Alta velocidadeCaro Nivaldo, trabalho em uma empresa

contábil e estamos interessados em Internetbanda larga - por enquanto só dispomosde conexão discada. Até o final do ano, aBrasiltelecom garante que estará disponívelem nossa cidade a ADSL. Outro provedorestá estudando a possibilidade de conexãovia rádio. Como não conheço na práticaestas tecnologias, gostaria de uma opiniãosua sobre qual a melhor tecnologia, visandoo custo/benefício e que não se torneobsoleta rapidamente.Gilmar MüllerEscritório Contábil ServiconPiratuba - [email protected]

Nivaldo Cleto: Prezado Gilmar, vou teceralguns comentários como usuário de diversossistemas - cabo, satélite, wireless e rádio. EmSão Paulo, houve nos últimos anos umaproliferação do sistema de transmissão viarádio, pois, dependendo da distância entre oprovedor e o usuário, o sistema tem demons-trado-se eficiente. No interior, onde o sistemade telefonia a cabo ainda não foi instalado,o rádio, sem dúvida, é a melhor opção.

Acontece que o provedor contrata com aEmbratel um link dedicado pelo sistema defibra ótica. Ele pega essa banda e retransmiteaos clientes via rádio. Dependendo daquantidade de clientes, há uma divisão,causando lentidão nas horas de pico. Vocêdeve exigir do seu fornecedor uma bandamínima para evitar dores de cabeça. Osistema de rádio já está testado e aprovado.

Saiba de uma coisa: não existe umsistema perfeito, quer seja rádio, wireless,cabo, etc. ... Ainda me sinto uma cobaiadentro desse cipoal de fios e linhasimaginárias. Temos que conviver e toleraras falhas do sistema. Cobrar, eles sabemmuito bem. Espero que o avanço datecnologia resolva o problema de qualidadedas bandas em um curto espaço de tempo.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 5

Pedro Coelho Neto

palavra do presidente

Quem paga, efetivamente,os impostos?

Muito se fala sobre aumento da cargatributária, por conta das constantesalterações na legislação, promovidaspelos governos federal, estaduais emunicipais; porém, a grande maioriados verdadeiros prejudicados não temconhecimento do porquê de tantoalarde. Vêem-se entidades represen-tativas da agricultura, da indústria, docomércio e de serviços verberando con-tra a majoração dos tributos e, noentanto, ao divagarmos um pouco sobreo tema veremos que as razões dosquestionamentos são bem diferentes doque se pensa.

A idéia dessa pequena reflexãosurgiu por ocasião de uma entrevistapara a CBN, quando a entrevistadoraquestionou o fato de estarmos afir-mando que as empresas que maisempregam seriam prejudicadas, caso aMP 135 venha a ser aprovada, obri-gando-as a repassarem esse aumentopara os preços dos bens ou serviços queproduzem. Questionou a repórter: comoentão as empresas seriam prejudicadasse os impostos serão repassados aosconsumidores?

Ora, os impostos são pagos, efe-tivamente, pelo consumidor final, ouseja, pelas pessoas físicas que adquirem

“Precisamos ter a nítidaconsciência de que um

governo que põe seu focoexclusivo na arrecadação estálesando o povo consumidor”

bens e serviços. As empresas, emborasejam entes importantíssimos, são merasrepassadoras de custos, dentre eles osimpostos. Poder-se-ia, então, dizer: asempresas pagam imposto sobre os lucrosque obtêm; mas, se verificarmos que oslucros estão embutidos nos preços pagospelos consumidores, veremos, facilmente,também aqui, os consumidores como osverdadeiros pagantes.

Caberia perguntar: por que os re-presentantes das empresas se mobilizamcontra o governo na tentativa de por umbasta na insaciável fome por mais im-postos? Apesar de parecer incoerente, abatalha dos empresários é em defesa do‘mercado’ e do ‘consumidor’.

Ao aumentar a carga tributária parapatamares inaceitáveis, o governo põe emrisco as empresas, obrigando-as a pra-ticarem preços facilmente superáveis porprodutos ou serviços equivalentes pro-

duzidos em outros países que exijamtributos em porcentagem mais baixa.Ademais, o simples fato de os recursosdo consumidor, transformados emimpostos, serem carreados para o go-verno que destina grande parte do quearrecadada para pagamento de juros dadívida externa, por si só, já representauma sangria irrecuperável para o País.

É preciso, portanto, deixar claro paraa população que a bandeira contra oaumento da carga tributária deve serempunhada por todos, pois, se prejudicaas empresas, pondo em risco a co-mercialização do que elas produzem,também gera desemprego e afetadiretamente a cada uma das pessoasfísicas que venha a consumir, seja lá oque for. Não é sem sentido que oconsumidor americano, por exemplo,tem nas suas notas de consumo aimportância destinada a TAXAS de-vidamente destacada.

Precisamos ter a nítida consciênciade que um governo que põe seu focoexclusivo na arrecadação de tributos -deixando a desejar na contra-prestaçãodos serviços públicos -, está lesando opovo consumidor. É importante, por-tanto, que “quem paga efetivamente osimpostos” esteja consciente disso e semobilize junto com os que, indire-tamente prejudicados, participam dessaguerra, ora tão desigual, contra os plan-tonistas cobradores de impostos.

Aproveitamos, por fim, o ensejo dotérmino do ano para reiterar o nossopropósito de, cumprindo a missão quenos foi confiada, continuar lutando paraque todos nós, prestadores de serviços,tenhamos mais tranqüilidade no exer-cício da nossa nobre missão de servir.Servir os nossos clientes, servir oscontribuintes que, afinal, pagam a conta.Um ano novo promissor para todos sãoos votos dos que fazem a Fenacon.

Pedro Coelho Netoé presidente da Fenacon

[email protected]

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6 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

ato público

Quanto mais se aproxima o final dasdiscussões sobre a reforma tributária noCongresso, mais aumenta a sensação deque os ajustes propostos não passam deartifícios para satisfazer as necessidadesde receita do governo. Ou seja,transcorrido quase um ano do governoLula, algumas vozes se levantam paradizer que Brasília viu a troca dosmandatários, após as últimas eleições,mas os ‘desígnios’ do poder continuamos mesmos. Mais receita para cobrir asdespesas da máquina estatal.

Mas como diz o presidente do NúcleoParlamentar de Estudos Contábeis eTributários, Gerson Gabrielli, “Brasíliasó entende a linguagem da pressão”, oNPECT, em conjunto com a Fenacon eo Conselho Federal de Contabilidade,resolveu organizar um ato público con-tra a atual condução das reformas.

Sem a participação da sociedade civil,Tributária não decolaAto público em Brasília demonstra insatisfação deempresários de serviços com a condução dareforma tributária e retoma ‘Movimento pelaAmpliação do Simples’

Denominado ‘AReforma Tri-butária que oBrasil Precisa’, oevento ocorreuno último dia 19de novembro, nasede do CFC, nacapital federal.

P r e s t i g i a d opor diversos par-lamentares, pelos34 presidentesdos sindicatosfiliados à Fe-nacon, presi-dentes de CRCs,empresários, con-tabilistas, alémde nomes como odo consultor Antoninho Marmo Trevisan,membro do Conselho de Desenvol-vimento Econômico e Social do governofederal, o ato público foi conduzido porGabrielli, Coelho Neto e pelo vice-presidente do CFC, Irineu De Mula. Du-rante a manifestação, como não poderiadeixar de ser, o foco principal foi omodelo de reforma tributária queatualmente tramita no Senado Federal.

Fantasia tributáriaPedro Coelho chegou a classificar a

proposta de uma ‘fantasia’, enquanto osdiversos parlamentares presentes, ao sepronunciarem, foram unânimes ao,igualmente, condenar o modelo dereforma. “Não se pode fazer reforma tri-butária com o País em recessão. O que osentes federados querem não cabe dentro

do PIB”, afirmou o deputado José Militão(PTB/MG), referindo-se à disputa entreprefeituras, estados e União por maisrecursos. O deputado Gérson Gabrielliaproveitou para anunciar que retomariaum projeto de lei do senador JorgeBornhausen (PFL/SC), reformulando-o ereapresentando-o na Câmara. A propostaé a criação do Código de Defesa doContribuinte, uma maneira de impedir oseventuais abusos tributários cometidospelo governo.

Outro momento de destaque durante oato foi a exposição da tributarista MartaArakaki. “O Brasil precisa parar de fazerreforma tributária pelo lado da receita”,lembrou a representante do CFC. Arakaki,que é uma das coordenadoras do grupopertencente ao Conselho Federal deContabilidade responsável por apresentarpropostas e alternativas às reformas,

Mesa do ato público: ‘A Reforma Tributária que o Brasil Precisa’

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O presidente da Fenacon, PedroCoelho Neto, entrega abaixo-assinado,com 14 mil assinaturas, pelaampliação do Simples, ao deputado epresidente do NPECT, Gerson Gabrielli

Por Márcio Sampaio de Castro

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Alterdata

lembrou que seria muito mais interessanteo governo conduzir uma reforma fiscal eadministrativa que reduzisse o número demunicípios brasileiros.

Marta defendeu que grande parte delesnão sobrevive do que arrecada e sim doFundo de Participação dos Municípiosfornecido pelo governo federal. “Umverdadeiro festival de gastos inúteis”,completou a especialista, para quem deveriacaber ao Parlamento efetivamente definir osrumos das reformas e não à Receita Federal,como, segundo ela, costuma ocorrer. Martalembrou que, em diversas oportunidades,nos últimos anos, o Palácio do Planalto, coma anuência dos técnicos da Receita, vemintervindo sobre as questões tributárias juntoao Congresso Nacional.

Executivo + Executivo +Executivo

De fato, talvez a falta de equilíbrio naequação Congresso + Executivo +Sociedade Civil venha sendo o calcanharde Aquiles para uma resolução satisfatória

de temas como as reformas estruturais. Deacordo com o deputado Gérson Gabrielli,estudo realizado naCâmara apurou que85% dos projetos delei aprovados naquelaCasa nasceram noPalácio do Planalto, oque demonstra o pesodo Executivo sobre osoutros dois elementosda fórmula mate-mática. O resultadodisso só pode ser insa-tisfação generalizadae frustração, comodemonstrou o atopúblico em Brasília.

Simples em pautaPreocupada com este vaticínio pouco

auspicioso, a Fenacon, através de seupresidente Pedro Coelho Neto, resolveuretomar com mais força, durante o atopúblico, o chamado ‘Movimento Nacional

pelo Simples para as Empresas deServiços’. Para isso, promoveu um abaixo-

assinado, que colheumais de 14 mil assi-naturas em pouco maisde um mês. Além deretomar o Movimento, odocumento apresentaduas característicasbastante importantes:mantém a pressão emostra que existe muitagente descontente coma desatenção do go-verno federal em rela-ção ao setor que maisgera emprego e maispaga impostos no País.

Colhido entre em-presários, contabilistas e profissionaisligados ao setor de serviços, o abaixo-assinado lembra em seu texto que a própriaConstituição Federal, em seu artigo 179,prevê tratamento tributário diferenciado esimplificado às micro e pequenasempresas, o que na prática não vem

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Marta Arakaki: “O Brasil precisaparar de fazer reforma tributáriapelo lado da receita”

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ato público

ocorrendo de maneira extensiva. Como sesabe, as prestadoras de serviços estãoimpedidas de aderir ao Simples. Uma vezfinalizada a coleta de assinaturas, odocumento será entregue aos ministrosAntonio Palocci (Fazenda), José Dirceu(Casa Civil) e aos presidentes João PauloCunha (Câmara), José Sarney (Senado) eLula, ainda em dezembro.

Aos pedaçosPercebendo o tamanho da encrenca em

que se meteu, ao levantar a bandeira dareforma tributária sem discutí-la apro-priadamente com a sociedade, o governo,nas últimas semanas, resolveu mudar detática e vem atacando em várias frentes. Aosparlamentares do NPECT, o ministro JoséDirceu, por mais de uma vez, sinalizoupessoalmente ou através de emissários queé sensível ao pleito das prestadoras deserviços, no que se refere a ampliação doSimples, e que, num futuro próximo,alterações podem ser encaminhadas atravésde Medida Provisória ou Projeto de Lei.

Num espectro mais amplo, o Planaltojá entendeu que não aprovará nenhumareforma dentro do perfil originalmenteapresentado à Câmara, ainda em abrildeste ano. Por isso, adotou a fórmula dofatiamento. Optou por aprovar até o fimdeste ano medidas emergenciais como aprorrogação da CPMF, a Desvinculaçãodas Receitas da União e a partilha daCide (Contribuição de Intervenção sobreDomínio Econômico) entre as trêsesferas federativas.

Ao final do primeiro ano à frente doNPECT - Núcleo Parlamentar deEstudos Contábeis e Tributários, opresidente Gérson Gabrielli (PFL/BA),aproveitou para fazer um balanço dasatividades do período. O deputadolembrou que nem havia assumido aindae já estava participando da mobilizaçãopela derrubada dos vetos à MP 66, como grande ato público realizado emBrasília, na sede da CNC - Confe-

deração Nacional do Comércio e nasdependências do próprio Congresso,ainda no mês de março deste ano.

Gabrielli lembrou que, neste pe-ríodo, já teve contato, em companhiado presidente da Fenacon, PedroCoelho Neto, durante o IV Encontro deLíderes Latino-Americanos, em julho,

Gabrielli faz balanço dasatividades do NPECT

em São Paulo, com o ministro da CasaCivil, José Dirceu, que se comprometeua ampliar o Simples para as prestadorasde Serviços. O parlamentar tambémcitou a visita à sede da Secretaria daReceita Federal, em Brasília. Mais umtrunfo apresentado foi o aumento nonúmero de deputados filiados aoNúcleo. Atualmente, são mais de 100,o que eqüivale a aproximadamente umquinto dos congressistas da Câmara.

O deputado baiano co-mentou ainda que, ulti-mamente, se fala muito eminclusão no Brasil, mas quea verdadeira inclusão pre-cisa nascer a partir do setorprodutivo, “que é o que geraempregos”. “Nos últimos 20anos, foram tantos pacotese planos que só fizeramexcluir e inibir os em-presários. Está na hora demudar isso”, completa.Quanto ao futuro, Gabriellientende que o NPECT devepermanecer em atividade

permanente. Uma das estratégiastraçadas envolve visitas a todos osEstados, juntamente com o presidenteda Fenacon, Pedro Coelho Neto, coma realização de reuniões envolvendo osempresários para troca de impressõese sugestões e a divulgação das ati-vidades do Núcleo.

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Gerson Gabrielli: “Nos últimos 20 anos, foramtantos pacotes e planos que só fizeram excluire inibir os empresários”

Para 2005, ano de eleições, ficariam osdebates sobre o polêmico ICMS e somentepara 2007, já sob um novo governo ou man-dato, a criação e implementação do IVA(Imposto sobre Valor Agregado), com aconseqüente redução no número de tributos.Em resumo, pode-se dizer que tais medidassão um indicativo claro de que o deputadoJosé Militão tem razão ao avaliar que a refor-ma tributária será sepultada no Senado. Afi-nal, em ano de eleições, as atenções voltam-se quase que exclusivamente para as urnas.

InsatisfaçãoAinda na tentativa desesperada de

salvar as aparências, o governo foi maislonge e aceitou pela primeira vez discutira reformulação da tabela do Imposto deRenda. Algo entre 10% e 12% sobre olimite de isenção. Para compensar a faixade assalariados que entrariam no grupodos isentos, a intenção seria a de reduziros abatimentos para gastos com saúde eeducação. Isso na prática deverá ter umimpacto simpático junto à faixa dos

Deputado José Militão: “Não se podefazer reforma tributária com o País emrecessão. O que os entes federadosquerem não cabe dentro do PIB”

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Mastermaq

beneficiados e diminuir a margem demanobra dos assalariados de classe médiano trato com o ‘leão’.

Voltando à questão da equação entreas forças de uma sociedade democrática,mobilizações como a do ato público rea-

lizado na sede do CFC, em novembro, egestões junto aos parlamentares das maisdiversas agremiações são as maneirasmais eficazes de se mostrar a insatisfaçãoda sociedade civil com a condução dosdestinos da nação e sinalizar que o tempo

das decisões de gabinete precisa abrirespaço para uma participação mais amplade todos os interessados. “É precisomudar a relação entre o poder público eo poder civil”, lembrou o deputadoGérson Gabrielli.

O presidente da Fenacon, PedroCoelho Neto, e parlamentaresintegram a mesa do evento

Carlos Castro,presidente doSescon/SP

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O consultor Antoninho MarmoTrevisan, à esq., com o deputadoGerson Gabrielli (PFL/BA)

Deputadosfederais, CarlosMota (PL - MG)...

...Feu Rosa(PP - ES)...

...Ivan Ranzolin(PP - SC)...

...Roberto Pessoa(PL - CE)...

...e Alex Canziani(PTB - PR)

O vice-presidente doCFC, Irineu de Mula

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sistema tributário

Diante da complexa legislaçãotributária brasileira, diversas autoridadesda comunidade jurídica e contábil sereuniram no 12º Simpósio IOB de DireitoTributário, realizado nos dias 12 e 13 denovembro, em São Paulo. Temas como aReforma Tributária, SubstituiçãoTributária, Imposto de Renda, ICMS e ISSforam analisados por especialistas quepermearam as explicações técnicas acercada infinidade de impostos, com intensascríticas ao sistema tributário nacional.

A medida provisória da Cofins (MP135), que acabou com a cumulatividade dotributo e aumentou a alíquota aplicável àbase de cálculo de 3% para 7,6%, umaumento de 153,33%, foi lembrada noSimpósio como mais uma medida pre-datória para as empresas de serviços, já queelas estão no início da cadeia produtiva enão têm como descontar o pagamento doimposto em etapas anteriores.

Para o presidente do Instituto Brasileirode Planejamento Tributário (IBPT), Paulode Barros Carvalho, o Governo, ao editara MP, atropelou o processo da ReformaTributária e onerou o setor de serviços,sobrecarregando-o com o aumento da

Malha fiscalReforma Tributária é criticada por especialistasdurante Simpósio da IOB, em São Paulo

alíquota. “O Go-verno está meioperdido na dis-cussão da refor-ma”. Carvalhodefendeu ainda abusca de meca-nismos de com-pensação.

O tributaristaIves Gandra daSilva Martinscriticou a atual Reforma e a ânsiaarrecadatória dos legisladores. Indagadosobre o motivo que leva o Governo aimpor um ‘castigo’ tributário às empresasde serviços, que são as maiores paga-doras de impostos do país, Gandra foienfático: “Na verdade, é pela própriaincapacidade de cortar gastos. Hoje, nãohá um sistema tributário no Brasil. É umsistema que apenas arrecada recursospara cobrir a incompetência dos gover-nos para cortar gastos”. O tributaristaafirmou, ainda, que a Reforma que oBrasil precisa, em primeiro lugar, é aadministrativa. “Esta não se fala. O quese fala é como obter mais recursos”.

Durante o 12º Simpósio IOB deDireito Tributário, foi entregue oprêmio Tributarista IOB Thomson parao professor livre-docente de DireitoTributário da USP e membro doInstituto Brasileiro de Estudos Tri-butários - IBET (SP), Heleno TaveiraTorres. Em sua 16ª edição, o prêmiotributarista do ano é entregue a cadadois anos e é considerado pelos pro-

16º PrêmioTributarista

IOB 2003

Professor Heleno Taveira Torres, à dir.,recebe homenagem do presidente daIOB Thomson, Gilberto Fischel

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fissionais da área como a mais im-portante premiação aos profissionaisque se destacam por suas pesquisas eestudos sobre o Direito Tributário.

Porta arrombadaDiante das críticas e pressões, o

governo federal parece disposto adialogar. Recentemente, o líder governistano Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP),sinalizou com a possibilidade do governorever alguns pontos da polêmica medidaprovisória da Cofins. Segundo ele, algunssegmentos da área que não consomeminsumos poderiam ter um tratamentodiferenciado, como os da área de serviços.

Outro exemplo recente foi o do ministroda Previdência, Ricardo Berzoini, que,diante das críticas que sofreu, voltou atrásna tentativa de obrigar os aposentados acimade 90 anos a se recadastrarem junto ao INSSpara continuar a receber o benefício. A leido Imposto Sobre Serviços (ISS), alteradaem julho deste ano, pela LC n.º 116, tambémjá recebeu diversas ameaças de ques-tionamento na Justiça por parte de entidadesrepresentativas de empresas de serviços eprofissões regulamentadas.

Tantas mudanças e recuos aumentamainda mais a complexidade da legislaçãobrasileira, já contaminada pela burocracia.Durante o Simpósio IOB de Direito Tri-butário, renomados especialistas tiverama árdua tarefa de decifrar para uma atentaplatéia as obscuras matérias que regem essacomplicada malha fiscal. A Fenacon estevepresente no evento com os diretoresInstitucional, Haroldo Santos Filho, deAssuntos Legislativos e do Trabalho, SauroHenrique de Almeida, e de Tecnologia eNegócios, Nivaldo Cleto.

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Composição de uma das mesas do evento: esq. p/ a dir., oadvogado tributarista, Ives Gandra da Silva Martins; o professorlivre-docente de Direito Tributário da USP e membro do IBET,Heleno Taveira Torres; e o advogado e professor da Universidadede Lisboa e da PUC/SP, Alberto Xavier

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 11

previdência social

O Perfil Profissiográfico Previden-ciário - PPP é um documento histórico-laboral e individual do trabalhador quepresta serviço à empresa, destinado afornecer informações ao INSS relativas aefetiva exposição a agentes nocivos. En-tre outras infor-mações, registradados administra-tivos, atividadesdesenvo lv idas ,registros ambien-tais, com base noLaudo Técnico deCondições Am-bientais do Tra-balho - LTCAT eresultados de mo-nitorização biológica com base noPCMSO, PPRA, PCMAT e PGR.

A utilização do formulário do PPP seráobrigatória a partir de 1º de janeiro de 2004.Alternativamente, até 31 de dezembro de2003, poderão ser utilizados os antigosformulários (SB - 40, DISES BE 5235,DSS-8030, DIRBEN 8030). A res-ponsabilidade pela elaboração do PPP é daempresa. O formulário do PPP deverá serassinado pelo representante legal da em-presa ou seu preposto, indicando o nomedo médico do trabalho e do engenheiro desegurança do trabalho, em conformidadecom o dimensionamento do SESMT.

Segundo quadro explicativo constante doAnexo XV, da Instrução Normativa INSS/DC n.º 95/03, é indispensável se declinaros nomes do Coordenador do PCMSO, doEngenheiro de Segurança do Trabalho (sehouver), e do responsável pela elaboraçãodo Laudo Ambiental, bem como a assinaturado emitente do PPP (Gerente do RH ouRepresentante Legal do empregador).

De acordo com o art. 187-A, da acimacitada IN INSS/DC n.º 95/03, com asalterações da IN INSS/DC n.º 96/03, apartir de 1º de janeiro de 2004, a empresaou equiparada à empresa deverá elaborarPPP, conforme o Anexo XV, de forma indi-

Perfil ProfissiográficoPrevidenciário

“Num segundo momento,esse documento será exigido

para todos os segurados,independentemente do ramode atividade da empresa e daexposição a agentes nocivos”

Por Silvio Helder Lencioni Senne e Ydileuse Aparecida Martins

vidualizada para seus empregados, traba-lhadores avulsos e cooperados, expostos aagentes nocivos químicos, físicos, bio-lógicos ou associação de agentes prejudi-ciais à saúde ou à integridade física, con-siderados para fins de concessão de apo-

sentadoria especial.Num segundo

momento, ou seja,após a implantaçãodo PPP em meiomagnético, pela Pre-vidência Social, essedocumento será exi-gido para todos ossegurados, indepen-dentemente do ramode atividade da em-

presa e da exposição a agentes nocivos.Por outro lado, para fins de concessão

de benefícios por incapacidade, a partirde 1º de janeiro de 2004, a Perícia Médicado INSS poderá solicitar o PPP à empresa,com vistas à fundamentação do re-conhecimento técnico do nexo causal epara avaliação de potencial laborativo,objetivando processo de ReabilitaçãoProfissional, independentemente de oempregado ter atividade sujeita a ação deagentes nocivos (§ 2º do art.199 da ININSS7DC n.º 95/03, na redação dada pelaIN INSS/DC n.º 96/03).

O PPP será mantido em meio papel ouem meio magnético. O formulário deve terduas vias, uma para o empregado e outrapara a empresa, sempre contra-recibo. Porenquanto, as informações podem serarmazenadas no meio eletrônico, porém,quando da entrega ao trabalhador, oformulário deve ser na modalidade ‘papel’.

Existindo dúvidas com relação à atividadeexercida ou com relação à efetiva exposiçãoa agentes nocivos, de modo habitual epermanente, não ocasional e nem inter-mitente, a partir das informações contidas noformulário DIRBEN-8030 ou PPP e noLTCAT, quando esses forem exigidos, poderáo INSS solicitar esclarecimentos à empresa,

relativos à atividade exercida pelo segurado,bem como solicitar a apresentação de outrosregistros existentes na empresa que venhama convalidar as informações prestadas.

Existem quatro situações que deter-minam a entrega do PPP pela empresa aostrabalhadores, nas situações já comentadas:

1)Rescisão contratual (por pedido de de-missão; encerramento da empresa; res-cisão com justa causa; morte do tra-balhador e aposentadoria);

2)Requerimento de benefícios por inca-pacidade (auxílio-doença e aposen-tadoria por invalidez, acidentários ounão), desde que solicitado pela PeríciaMédica do INSS;

3)Requerimento de aposentadoria especial;

4)Requerimento de aposentadoria comum,mas com a utilização de tempos especiais.

O PPP deve ser mantido atualizadomagneticamente ou por meio físico coma seguinte periodicidade:

■ Anualmente, na mesma época em quese apresentar os resultados da análiseglobal do desenvolvimento do PPRA,do PGR , do PCMAT e do PCMSO;

■ Nos casos de alteração de ‘layout’ daempresa, com alterações de exposiçõesde agentes nocivos, mesmo que ocódigo da GFIP/SEFIP não se altere.

A não manutenção do PPP atualizado ouo não fornecimento do mesmo ao empregado,por ocasião do encerramento do contrato detrabalho, ensejará aplicação de multa de R$991,03 à R$ 99.102,12 (alíneas “h” e “o”,incisos I e II do art. 283 do Regulamento daPrevidência Social - Decreto 3.048/99 naredação do Decreto n.º 4.862, de 21.10.03,DOU de 22.10.03 e Portaria 727/2003).

Silvio Helder Lencioni Senne eYdileuse Aparecida Martins são advogados

especializados em Direito do Trabalho ePrevidência Social e Coordenadores da

Consultoria IOB Thomson - Área Trabalhista ePrevidenciária - www.iob.com.br

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12 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

opinião

Numerosas nações, dentre elas asdesenvolvidas, debatem-se para conciliaro atendimento simultâneo a duasprioridades antagônicas: a solução dosdesequilíbrios das contas (externas e/ouinternas) e a promoção de crescimentoeconômico mais substantivo. Nestecenário, a disputa pelo fluxo de capitalno fluido mercado globalizado torna-semais acirrada, suscitando interessantejogo cambial entre as principaiseconomias. É inegável que o crescentedescompasso do setor público dosEstados Unidos - que saltam de umsuperávit equivalente a 0,87% do PIB,no final de 2000, para iminente déficitde 4% em 2003 - está diretamenteassociado a essa nova situação.

É necessário ficar alerta, em especialem países emergentes como o Brasil,que, além de igualmente enfrentarem o

mesmo dilema ‘fluxo de caixa/crescimento econômico’, ainda têm fortedependência da poupança externa para arealização de investimentos produtivos.O próprio Estado brasileiro, desde agrave crise fiscal dos anos 80,encarregou-se de debilitar a poupançainterna e passou a recorrer cada vez mais,

Muito alémdos impostos

“O sistema de tributos temde fortalecer e fazer aflorar

o Brasil que trabalha, produz,exporta, cria empregos;

não o Brasil que faz‘papagaios’ com títulos

públicos e impostosescorchantes pararolar suas dívidas”

Por Ruy Altenfelder

via impostos etítulos públicos,ao dinheiro dainiciativa priva-da para socorreros déficits inter-nos e o balançode pagamentos.Esta fragilidadedeixa o Paísmuito expostoem conjunturascomo a que sedelineia no flu-xo internacionalde capitais.

A nova situação internacional, cujapercepção nem sempre parece tão clara,precisa ser considerada na reformatributária, que ganha ampliado contextoe importância estratégica na presenteconjuntura mundial. Por quê? Esta é apergunta que o Governo Federal eParlamento já deviam ter feito e começadoa responder com estudos técnicosaprofundados, capazes de embasar oprojeto final. É preciso foco, a começarpelas razões concretas de a Naçãonecessitar de uma reforma tributária.

O bom senso e a conjuntura econômicanacional e internacional indicam comclareza os motivos: desonerar a produçãoe oferecer mais competitividade econdições de crescimento ao parqueempresarial, pois o sistema de tributosdeve ser o motor e não o freio daeconomia; reduzir (muito) a dependênciados investimentos produtivos da poupançaexterna e do dinheiro comprometido coma rolagem da dívida pública e, portanto,contaminado por juros elevadíssimos;diminuir a fragilidade do País ao fluxo docapital especulativo, criando forteblindagem, com grande crescimento dasexportações e atração crescente deinvestimentos produtivos; gerar receita

tributária suficiente para o custeio einvestimentos do Estado, evitando aretomada do déficit orçamentário.

Em síntese, a reforma tributária é aoportunidade histórica de mudar osparâmetros e critérios com que o mundoanalisa as possibilidades e tendências daeconomia brasileira. Como nação,temos muito mais potencial, produção,recursos naturais, tecnologia, inte-ligência e capacidade do que transpa-rece no índice do risco-país. Este nú-mero, frio, muitas vezes subjetivo e ba-seado em variáveis complexas, tem noscolocado no purgatório (e come-moramos muito quando isto acontece,como agora...) ou no inferno, apenascom base na possibilidade aleatória denos tornarmos inadimplentes.

O sistema de tributos tem de fortalecere fazer aflorar o Brasil que trabalha, produz,exporta, cria empregos; não o Brasil quefaz ‘papagaios’ com títulos públicos eimpostos escorchantes para rolar suasdívidas. Não podemos canalizar ao setorpúblico praticamente todo o dinheirodisponível para investimentos. Nãodevemos estimular a guerra fiscal, ou seja,são necessárias normas equânimesnacionalmente. Precisamos de respon-

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 13

Copan

“Precisamos deresponsabilidade e critério

fiscal, o que se alcançacom a extinção dos ralos

do dinheiro público”

sabilidade e critério fiscal, o que se alcançacom a extinção dos ralos do dinheiropúblico, por intermédio da reforma daPrevidência e com essencial lição de casaainda não realizada: um grande orçamentoda União, estados e municípios, comprecisa distribuição de atribuições,evitando-se a superposição de programase melhorando a produtividade do setorpúblico. Este exercício de gestãopossibilitaria ampliar as ações do Estadonas áreas sociais prioritárias, bem como osinvestimentos em infra-estrutura e fomentoainda sob sua responsabilidade, com muitomenos dinheiro do que se gasta hoje.

O projeto de reforma tributária a-provado na Câmara dos Deputados é aantítese de tudo isso. Seu trâmite noSenado, ameaçado pelas pressões emtorno da manutenção da guerra fiscal, nãoapresentou avanços no texto aprovado naComissão de Constituição e Justiça. Comotimismo, pode-seesperar a aprovaçãoeste ano, com vali-dade para 2004, deitens menos impor-tantes (a matéria, épreciso lembrar,deverá voltar à Câ-mara e precisa seraprovada, pormaioria absoluta eem dois turnos, nas duas casas doCongresso). Há até mesmo o risco de setransferir para uma revisão tributária em2007, a apreciação dos ‘pontos po-

lêmicos’ - leia-se: os que, de fato, repre-sentam mudanças estruturais.

Por enquanto, a emenda constitucionalem trâmite aumenta a carga de tributos(alíquota do ICMS saltando de 18% para22%; Cofins maior sobre importação debens; Cide ampliada para repasse aosEstados; IPVA mais oneroso; pro-gressividade do ITBI; e majoração doimposto sobre heranças e doações). Alémdisso, estimula a guerra fiscal, em par-ticular com o estabelecimento dacobrança do ICMS no destino e não naorigem, insensatez inédita no mundo emtermos de tributos relativos ao valoragregado. Não bastasse tudo isso, o go-verno ainda vai onerar a pequena e médiaempresa com aumento de 157% daCofins para as prestadoras de serviços,conforme medida provisória editada no iní-cio de novembro. Esta ‘canetada’ benefi-cia apenas as empresas exportadoras e pode

provocar numero-sas demissões detrabalhadores.

Em 1776, AdamSmith observava“não existir arteque um governoaprenda de outrocom maior rapidezdo que a de extrairdinheiro do bolso

da população”. É inconcebível que, 227anos depois, o Brasil contemporâneo,mantendo carga tributária equivalente a37% do PIB, índice sem paralelo em

países com renda per capita similar, con-tinue patinando num dilema filosófico doiluminismo europeu. Afinal, a reformatributária passa a transcender a im-portante meta de reordenamento daarrecadação de impostos e tributos,tornando-se, também, um suporte es-tratégico ao crescimento, compe-titividade e fortalecimento da economiabrasileira para enfrentar a turbulênciacrescente do mercado internacional.

Ruy Altenfelder é advogado e presidentedo Instituto Roberto Simonsen (Fiesp).Foi secretário da Ciência, Tecnologia,Desenvolvimento Econômico e Turismo

do Estado de São Paulo (2001/2002)

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à luz do direito

Conforme o disposto no artigo 843, § 1º,da Consolidação das Leis do Trabalho- CLT,é facultado ao empregador fazer-se representarem audiência por gerente ou qualquer outropreposto que tenha conhecimento dos fatosalegados pelo reclamante.

A primeira divergência que surge emrelação ao preposto é se ele deve ser em-pregado da empresa acionada. Em razãodeste fato não constar expressamente na CLT,seja proibindo ou autorizando a repre-sentação do empregador por pessoa des-provida de vínculo empregatício, doutrina ejurisprudência divergem sobre o assunto.

Como não há legislação expressa quediscipline a figura do preposto e para evitarriscos desnecessários à empresa em umprocesso trabalhista, é recomendável queo preposto seja sócio, diretor ou em-pregado, considerando-se que este é oposicionamento atual da Justiça do Tra-balho, embasado na orientação juris-prudencial n.º 99 do Tribunal Superior doTrabalho, a saber:

“Preposto. Exigência da condição deempregado. Exceto quanto à reclamação deempregado doméstico, o preposto deve sernecessariamente empregado do reclamado.Inteligência do art. 843, §1º, da CLT”.

Preposto empregadoA empresa deve escolher com bastante

cautela o empregado que irá atuar como

O preposto na Justiça do Trabalho

“Para evitar riscosdesnecessários à empresa,

é recomendável que opreposto seja sócio,

diretor ou empregado”

Por Líris Silvia Zoega Tognoli do Amaral

preposto, pois perante o juiz que estiver con-duzindo a audiência a figura do prepostoconfunde-se com o próprio empregador.

É importante lembrar que todas as suasdeclarações obrigam a empresa-reclamada.Por este motivo, mostra-se imprescindível queele esteja absolutamente preparado paraprestar depoimento, tendo pleno conheci-mento do processo e dos pedidos formuladospelo empregado na reclamação trabalhista.

O preposto, ainda, deve ser a pessoaresponsável pela escolha das testemunhasmais indicadas, dando a elas a necessáriaorientação quanto ao dia e a hora que de-verão prestar o testemunho e esclarecê-lasquanto ao procedimento em audiência.

Preposto advogadoOutra questão bastante controvertida com

relação a este assunto é se o advogado-empregado da empresa pode atuar ao mesmotempo como defensor e preposto em au-diência. Há um Provimento da Ordem dos

Advogados do Brasil proibindo expres-samente tal cumulação de funções, sobpena de aplicação de sanções disciplinaresaos advogados que assim procederem.

Mesmo considerando que tal pro-vimento não tenha força legal paravincular as decisões provenientes daJustiça do Trabalho, é recomendávelque advogado e preposto sejam pes-soas distintas.

Assim é prudente que a empresaconstitua um advogado para a ela-boração da sua defesa e escolha, dentreum dos seus empregados, pessoa deconfiança e com conhecimento dosfatos narrados no processo pararepresentá-la em audiência, evitando,

assim, incidentes desagradáveis e umadecisão desfavorável.

JurisprudênciasA 1ª Turma, em relação à inteligência

contida no § 1º do art. 843 da CLT, assentouentendimento no sentido de que: “a normalegal autoriza a substituição do re-presentante legal da empresa por qualqueroutro preposto que tenha conhecimento dosfatos, cujas declarações obrigarão o pre-ponente, ex vi do § 1º do art. 843 da CLT.

Com efeito, da dicção do citado dis-positivo legal não infiro a exigência dacondição de empregado para ser preposto.Assim, a reclamada pode se fazer re-presentar por outra pessoa que não sejaempregado ou representante legal, desdeque tenha conhecimento dos fatos e cujasdeclarações obrigarão o preponente.

Com efeito, entendo perfeitamenteválida a representação da reclamada napessoa do Sr. Jair Piai, que trouxe aos au-tos instrumento de procuração pública, naqual seus legítimos proprietários lheoutorgaram amplos poderes, inclusivepara liquidar quaisquer questões tra-balhistas (fls. 71-72)”.

Preposto não empregadoO parágrafo 1º do art. 843 da CLT prevê

que o empregador pode-se fazer substituirpelo gerente ou qualquer outro preposto.Prevalece, hoje, na jurisprudência do-minante, o entendimento de que só podeser preposto na Justiça do Trabalho quemna empresa for empregado, ressalvadas ashipóteses de empregador doméstico, quepoderá ter como preposto qualquer pessoada família (Precedente n. 99, SDI/TST)(TRT 3ª Região - RO -15426/99, 4ªTurma, Rel. Juiz Mauricio J. GodinhoDelgado, DJMG 01-04-2000).

Líris Silvia Zoega Tognoli do Amaralé consultora FISCOSoft On Line, advogada,

pós-graduada em Direito do Trabalhoe Previdência Social

[email protected] Ventura

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 15

sindical

Os presidentes dos sindicatos filiados àFenacon, que compõem o Conselho deRepresentes da Federação, fizeram a últimaassembléia do ano, no dia 19 de novembro,em Brasília-DF. ‘Apreciação e remane-jamento orçamentário de 2003’, ‘Apre-ciação e votação da proposta orçamentáriapara 2004 e respectivo parecer do ConselhoFiscal’, e ‘Fixação das eleições para a novadiretoria da entidade para o dia 21 de maiode 2004’ foram alguns dos assuntosdiscutidos e deliberados.

À tarde, os conselheiros e diretores daFenacon participaram do ato público ‘Areforma tributária que o Brasil precisa’,no auditório do CFC (ver matéria napágina 06). No dia 20, os trabalhoscomeçaram com reuniões entre os vice-presidentes da Fenacon e os respectivospresidentes dos sindicatos de cada região.

Em seguida, presidentes de sindicatosfiliados apresentaram seminários sobre‘Experiências de Sucesso’. Vilson Wegener(Sescon/SC) e Carlos Roberto Victorino(Sescon/Blumenau) mostraram, emconjunto, os ‘cases’ - ‘Projeto de EducaçãoContinuada e Campanha de Divulgação eValorização da Classe’. Em seguida, WalterTeófilo Cruz (Sescon/Grande Floria-nópolis) apresentou a fita com os melhores

Conselho de Representantes da Fenaconfaz última assembléia do ano, em Brasília

momentos da 10ª Conescap e entregou todaa prestação de contas do evento para seranalisada pela Fenacon.

Também apresentaram experiências desucesso, os presidentes dos Sescons de SãoPaulo, Carlos Castro; de Minas Gerais, JoãoBatista de Almeida; e do Espírito Santo, LuizCarlos Amorim. À tarde, palestra motivacio-

nal ‘Alcance seu sucesso sem vender a alma’foi proferida pelo arquiteto e articulista daRevista Fenacon em Serviços, Paulo An-gelim. Por fim, o gerente de E-Learning daempresa IOB Thomson, Moisés Zylbersztajn,e o diretor de Marketing e EducaçãoProfissional, Juan Manuel Romero, falaramsobre ‘Cursos à distância - E-Learning’.

A partir da esq., Carlos Roberto Victorino, Vilson Wegener e Carlos Castroapresentam seminários sobre ‘Experiências de Sucesso’

O presidente da Fenacon, Pedro Coelho Neto, entre, esq. p/ adir., o diretor de Assuntos Legislativos e do Trabalho daFederação, Sauro Henrique de Almeida, o diretor de Marketinge Educação Profissional da IOB Thomson, Juan Manuel Romero,o gerente de E-Learning da empresa, Moisés Zylbersztajn, e odiretor Institucional da Fenacon, Haroldo Santos Filho

O palestrante PauloAngelim, com opresidente da Fenacon,Pedro Coelho Neto

Galeria deimagens

Fotos: L. Martinez

DP Comp

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16 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

eleições

O atual vice-presidente da Fenacon paraa Região Sudeste e da Aescon (Associaçãodas Empresas de Serviços Contábeis doEstado de São Paulo), Antônio Marangon,foi eleito, no dia 23 de outubro (2° turno),presidente do Sescon/SP, para a gestão2004/2006. O 1° turno foi no dia 08 deoutubro. No dia 23 de outubro, tambémocorreram eleições, em turno único, paraa Aescon/SP. Marangon substitui CarlosJosé de Lima Castro. A cerimônia de posseserá no dia 16 de janeiro, no Clube MonteLíbano, na capital paulista.

Outro sindicato que teve, neste finalde ano, mudança em sua diretoria foi odo Espírito Santo. A eleição no Sescon/ES ocorreu no dia 27 de novembro. Foiapresentada chapa única para arenovação da diretoria, conselho fiscal esuplentes. O presidente eleito é RiderRodrigues Pontes. Ele substitui o atualpresidente, Luiz Carlos de Amorim.

Sescons de São Paulo eEspírito Santo elegem novas diretorias

Sistema CFCDois dos maiores conselhos repre-

sentativos de profissões regulamentadastambém passaram por processoseleitorais em todo o Brasil. Nos dias 6 e7 de novembro, foram realizadas, na sededo Conselho Federal de Contabilidade(CFC), em Brasília - DF, as eleições doSistema CFC/CRC 2003, para renovaçãoda composição do plenário da entidade.

Os representantes de cada Conselho Re-gional de Contabilidade (CRC) entregaramao presidente do Colégio Eleitoral -presidente do CFC, Alcedino GomesBarbosa - o pedido de registro de uma únicachapa. Presidentes e delegados-repre-sentantes dos 26 estados e do Distrito Fe-deral, em sessão extraordinária, elegeram,por unanimidade, os novos membros.

As eleições do Sistema CFC/CRCsrenovaram 1/3 da composição do plenáriodo CFC: cinco conselheiros efetivos e cinco

Aescon/São PauloDiretoria efetiva

• Presidente: Antônio Marangon• Vice-presidente:José Maria Chapina Alcazar• Vice-presidente Administrativo:Reinaldo Franco• Vice-presidente Financeiro:João Edison Deméo• Diretor Administrativo:Edeno Teodoro Tostes• Diretora Financeira:Célia Regina de Castro• Diretor Social: Valdemir Arnesi

Diretoria suplente• Alaíde Pereira da Silva Vitorino• Gabriel de Carvalho Jacintho• José de Faria Granja• José Maria Ribeiro• Nilton de Araújo Faria• Osias Chasin• Salvador Strazzeri

Conselho fiscal efetivo• Antonio Jonas• Arthur Verna• Darcílio da Silva Mendes

Conselho fiscal suplente• Durval Alves• Hatiro Shimomoto• Manoel de Oliveira Maia

Diretoria efetiva• Presidente:Antônio Marangon

• Vice-presidente:José Maria ChapinaAlcazar

• Vice-presidente Administrativo:Sérgio Approbato Machado Jr.

• Vice-presidente Financeiro:Valdemar Lopes Armesto

• Diretor Administrativo:Fábio Oliveira Filho

• Diretor Financeiro:Márcio Martins Villas

• Diretor Social:Humberto Sérgio Batella

Diretoria suplente• Adalmo Coutinho• João Aleixo Pereira

Sescon/São Paulo

• Júlio Augusto dos Reis• Nelson de Jesus Ferreira• Odair Domiciano da Silva• Ricardo Roberto Monello• Sérgio Nohara Teruya

Conselho fiscal efetivo• Iracélio Perez• João Gondim Sobrinho• Tikara Tanaami

Conselho fiscal suplente• Antonio Palhares• Irineu Thomé• Valdemir Atílio Arnesi

Delegação federativa efetiva• Antônio Marangon• Carlos José de Lima Castro

Delegação federativa suplente• Aparecida Terezinha Falcão• Annibal de Freitas

Antônio Marangon

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conselheiros suplentes, para o mandato quese inicia em 1º de janeiro de 2004, en-cerrando-se em 31 de dezembro de 2007.Também foram eleitos dois contabilistas paraassumirem o mandato complementar, que seprolonga até o dia 21 de dezembro de 2005.A posse ocorrerá em janeiro, na primeirasessão plenária do CFC de 2004.

CRCsNo último dia 13 de novembro, também

foram realizadas eleições em cada um dos27 CRCs, com renovação de 1/3 de suascadeiras para suplentes efetivos econselheiros suplentes. Neste ano, con-

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 17

HC Donin

Novos conselheiros do CFCMembros efetivos

• Contador Hugo Rocha Braga - RJ• Contador João de Oliveira e Silva - PA• Contadora Maria Clara CavalcanteBugarim - AL• Técnico em Contabilidade JoséOdilon Fasutino - MG• Técnico em Contabilidade MauroManoel Nóbrega - SP

Suplentes• Contador Juarez DominguesCarneiro - SC• Contadora Sílvia Maria LeiteCavalcante - MT• Contadora Verônica Cunha deSouto Maior - PE• Técnico em Contabilidade LuizAuto Fanini - MG• Técnico em Contabilidade JoséLopes Castelo Branco - PI

Mandato complementar• Contadora Jucileide Ferreira Leitão - RN• Contador André FariaLebarbenchon - MS

correram 382 contabilistas e a novidadeficou por conta da destinação de, no mínimo,20% das vagas, tanto para homens comopara mulheres. Os mandatos serão de 1º dejaneiro de 2004 a 31 de dezembro de 2007.

OABNovembro ainda foi o mês de eleições

nos Conselhos Seccionais da Ordem dosAdvogados do Brasil, conforme deter-mina o Estatuto da Advocacia e da OAB(Lei 8906/94), com os pleitos sendorealizados a partir do dia 15. As eleiçõesrenovaram as diretorias das 27Seccionais da OAB, em todo o País.

Sescon/Espírito SantoDiretoria efetiva

• Presidente:Rider Rodrigues Pontes• Vice-presidente Admi-nistrativo: Luiz Carlos de Amorim• Vice-presidente Financeiro:Jacintho Soella Ferrighetto• Diretora Secretária:Dolores F. M. Zamperlini• Diretor Tesoureiro:Evaldo Bortolini• Diretora Técnica Científica:Carla Cristina Tasso• Diretora de Pesq. e Informações:Luzimar de Souza Pagotto• Diretora de Ação Social:Leonor P. R. Zamprogno• Diretor Cultural Recreativo:Walter Alves Noronha• Diretor de Ética Profissional:Antonio Juliano da Silva• Diretor de Relações Intersindicais:Marcelo Tadeu Ciuffi Munhão

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Rider Rodrigues Pontes

Diretoria suplente• José Jocimar Pinheiro• Benedito dos SantosSilva• Maria da Conceição

Rodrigues Rossi• Antonio Nacif Nicolau• Sebastião Coelho do Prado• Claudio Monteiro Rodrigues• Walter Batista Casotti• José Maria Hupp• Paula Koehler• Glorinha Maria Reisen de Oliveira• Tânia Regina Gobbete Marques

Conselho fiscal efetivo• Moacyr Edson de Angelo• Cláudio V. Siqueira Jr.• José Borges. de Oliveira Filho

Conselho fiscal suplente• José Nilo Carneiro• Edson Queiroz Nascimento• Ramon Loozer

Acre• Adherbal MaximianoCaetano CorrêaAlagoas• Marcos Bernardes de MeloAmapá• Washington dos SantosCaldasAmazonas• Alberto Simonetti CabralFilhoBahia• Dinailton de OliveiraCeará• Hélio das Chagas LeitãoNetoDistrito Federal• Estefânia ViveirosEspírito Santo• Agesandro da Costa Pereira

Goiás• Miguel Ângelo CançadoMaranhão• José Caldas GóisMato Grosso• Francisco Anis FaiadMato Grosso do Sul• Geraldo Escobar PinheiroMinas Gerais• Raimundo Cândido JúniorPará• Ophir Cavalcante JúniorParaíba• Arlindo Carolino DelgadoParaná• Manoel Antonio deOliveira FrancoPernambuco• Júlio Alcino deOliveira Neto

Piauí• Álvaro Fernando da Rocha MotaRio de Janeiro• Octávio Augusto Brandão GomesRio Grande do Norte• Joanilson de Paula RêgoRio Grande do Sul• Valmir Martins BatistaRondônia• Oreste Muniz FilhoRoraima• Antonio Oneildo FerreiraSanta Catarina• Adriano ZanottoSergipe• Henry Clay Santos AndradeSão Paulo• Luiz Flávio Borges D’UrsoTocantins• Luciano Ayres

Presidentes eleitos nas seccionais da OAB

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18 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

empresas de auditoria

Nas últimas décadas, a economia mundial setransformou de tal modo que afetou diretamente paísesem desenvolvimento como o Brasil. As aberturascomerciais, o plano de estabilização econômica e as

privatizações fizeramsurgir novas categoriasde mercados que mo-dificaram sensivelmenteas relações de trabalho.

Nos anos 80, o go-verno brasileiro iniciouum programa de priva-tizações, que só se con-solidou nos anos 90com o lançamento doPlano Nacional deDesestatização. Ascompanhias privatiza-das passaram, então, acontratar empresas deserviços terceirizadaspara realizar atividadesacessórias, visandodiminuir seus custos deprodução e aumentar acompetitividade, com

empresas já estabelecidas no mercado.Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), reduziu-sesubstancialmente o número de trabalhadores na in-dústria de transformação e, em contrapartida,aumentou o número de trabalhadores nos setores deprestação de serviços e do comércio.

A expansão de empresas prestadoras de serviçosque, muitas vezes, são criadas por ex-trabalhadoresda indústria que, de alguma maneira, se espe-cializaram em determinada tarefa ou execução denovas tecnologias, é crescente. As grandes empresasenxergaram na contratação dessa mão-de-obraterceirizada uma importante vantagem, pois amedida reduz os custos de contribuições sobre afolha de pagamento.

Mas há certos cuidados que devem ser tomados paraevitar futuros problemas trabalhistas e previdenciáriosdecorrentes de uma má verificação da situação fiscalda empresa prestadora ou do contrato de prestação.

Contratos de riscoA prática de terceirizar alguns serviços pode ser saudável paraas finanças da empresa, mas é preciso ter cuidado na hora deformalizar os contratos

Por Fernando Olivan

“Essa é a hora de se ter o apoio de um consultor, deum auditor que possa orientar já no momento em queas coisas estão acontecendo”, alerta o economista ediretor de Comunicação e Relações Externas doInstituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra),Oswaldo Basile.

Segundo ele, o risco de a empresa contratante vir ater algum tipo de problema é elevado. “É umapreocupação grande do próprio Audibra dar o apoio ealertar para os riscos que isso traz. A gente tem vistoque o empresário não dá muito valor, não olha commuito cuidado esse risco”.

Para o diretor operacional da empresa MarpeAuditores Associados, Euvaldo Holanda Nogueira,este sempre foi um ramo importante na auditoria. “Ostrabalhos de auditoria independente em conexão comas relações de terceirização têm relevante importânciano sentido de conhecer e informar se as obrigaçõesdecorrentes das avenças entre as partes estão sendocumpridas tempestivamente e em valorescompatíveis, de forma profissional e transparentepara ambas as partes”, avalia.

Acidentes de trabalhoA segurança no trabalho é um ponto que chama

a atenção. A falta de estrutura, de treinamento e deequipamentos básicos para se realizar uma tarefa,por exemplo, pode ocasionar sérios acidentes. Outro

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João Carlos Orzzi Lucas, gerente de auditoriainterna da RGE-RS: “Terceirizar não é crime,ao contrário, terceirizar pode ser parte deuma estratégia. O que você precisa é fazerisso com cuidado”

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 19

Oswaldo Basile, economista e diretor de Comunicação eRelações Externas do Instituto dos Auditores Internos doBrasil (Audibra): “É preciso que o contrato estabeleçade maneira muito clara o que está sendo contratado, ouseja, o produto do serviço e não a mão-de-obra e apessoa A, B ou C”

problema bastante comum é com as relações detrabalho. Segundo Oswaldo Basile, não são poucosos casos de decisões da Justiça favoráveis aostrabalhadores e o vínculo empregatício definidopara o tomador de serviços. “O que configura ovínculo? A dependência, a subordinação hie-rárquica. Aí então a empresa é obrigada a, desde omomento em que ele (funcionário) começou atrabalhar, ressarcir e equiparar todos os ganhos queele deveria ter”, observa.

“Mas eu diria que isso ainda é um risco queestá meio dormente, quer dizer, ele é forte e tam-bém funciona como um efeito dominó. Se umadeterminada categoria apoiada pelo sindicatoentende, descobre e entra por um caminho comoesse, pode vir a se transformar num grande passivotrabalhista para as organizações; não tenhadúvida”, alerta Basile.

Ainda segundo Basile, é preciso muito cuidado nahora de redigir um contrato, o qual deve ter umrespaldo jurídico. “É preciso que o contrato estabeleçade maneira muito clara o que está sendo contratado,ou seja, o produto do serviço e não a mão-de-obra e apessoa A, B ou C. Isso é fundamental”, diz Basile.

“É importante tomar cuidado e não ter dentro desua empresa como contratado sempre o mesmofuncionário. Ou seja, ter uma rotatividade entre osfuncionários dessa empresa prestadora de serviços étambém uma boa prática. Muitos empresários acabamnão gostando muito disso, porque, na medida em queo funcionário se desenvolve, ele vai se tornando umespecialista naquela prestação de serviço; mas fazereste tipo de rodízio também é uma boa idéia”.

TributosPara o gerente de auditoria interna da Rio Grande

Energia (RGE-RS), João Carlos Orzzi Lucas, esse éum mercado promissor para as empresas de audito-ria. Segundo ele, as empresas terceirizadas, muitasvezes, não recolhem os impostos ou não cumpremregras básicas e os auditores podem servir para mudaresse comportamento.

Um exemplo é a exigência de apresentação deguias de tributos, comprovantes de que osfuncionários sejam registrados e que todos receberamos equipamentos adequados para prestar determinadoserviço. “A empresa paga sem cobrar do prestador deserviço que recolha aquilo que é legal. Eu, comotomador de serviços, sou co-responsável”, alerta.

Segundo Euvaldo Nogueira, os problemas quevenham a ser causados ao tomador de serviçosdependem das formas e termos de contratação entre aspartes e cita um exemplo: “Situações dedescumprimento de cláusula contratual, no que dizrespeito à administração de fundos, que devam ser

mantidos emconta especí-fica, movimen-tada somentecom a finali-dade previstaem contrato,onde possa ha-ver, eventual-mente, anteci-pação ou adian-tamento de re-cursos. A cons-tatação da ine-xistência deabrigo bancárioespecífico paraestes fundos oua eventual uti-lização em o-peração não es-pecificamenteprevista, cons-titui problema.”

Verificar com cautela um contrato, portanto,torna-se vital para apontar prováveis regimentosno documento, que podem dar margem a in-terpretações dúbias, gerando problemas e indocontra a intenção da empresa, desde o começo daimplantação da terceirização, que é a de concentraro foco em sua atividade fim, reduzir os seus gastose ter, ao mesmo tempo, mão-de-obra especializadae constantemente treinada.

“A boa prática dos negócios sempre re-comendou atenção na escolha dos parceiros, o queinclui desde a prospecção sobre sua atuaçãopregressa (experiências com terceiros) até suacapacidade financeirapara assumir e honrarcompromissos e respon-sabilidades. Idoneidade,moral e competência po-dem resumir os atributosnecessários e recomen-dáveis em todas situaçõesde relacionamento hu-mano e o comercial nãoescapa dessa exigência”,enfatiza Nogueira.

“Terceirizar não écrime, ao contrário, ter-ceirizar pode ser parte deuma estratégia. O que vocêprecisa é fazer isso comcuidado”, alerta JoãoCarlos Orzzi Lucas.

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Euvaldo Holanda Nogueira, diretoroperacional da empresa Marpe AuditoresAssociados: “A boa prática dos negóciossempre recomendou atenção na escolhados parceiros, o que inclui desde aprospecção sobre sua atuação pregressaaté sua capacidade financeira”

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20 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

auditoria interna

A discussão em torno das leisnacionais e internacionais que im-puseram novas regras ao mercado de au-ditoria centralizou as atenções duranteo 26º Conbrai - Congresso Brasileiro deAuditoria Interna, realizado entre osdias 19 e 21 de novembro, na capitalpaulista. O evento foi promovido pelaAudibra - Instituto dos AuditoresInternos do Brasil.

Tendo como tema ‘Auditoria Interna:Novo Posicionamento no ContextoMundial’, cerca de 40 palestrantesapresentaram as principais mudanças etendências do mercado. Foram abor-dados assuntos relativos às signi-ficativas alterações nas leis e nocomportamento das corporações, evi-denciando a importância do profissionalque atua na auditoria e sua respon-sabilidade diante de um mercado sen-sível a mudanças.

Em uma das grades apresentadas du-rante o evento, especialistas discutiramos principais desafios impostos pela leiSarbanes-Oxley (SOX), que afetadiretamente os mercados de capitaisnorte-americanos e mundiais. No Brasil,as empresas com registro na SEC(Comissão de Valores Mobiliários dosEstados Unidos), com suas ações cotadasna Bolsa norte-americana, cerca de 30delas, e suas subsidiárias, terão que seadaptar às novas regras.

A lei foi criada com o intuito derecuperar a credibilidade do mercadoacionário depois de uma série de eventosque prejudicaram a imagem de grandescorporações como os casos Enron eWorldcom. Avaliação de riscos, captaçãode denúncias de fraudes, criação decomitês de auditoria e transparência das

Novos tempos para a auditoriaEvento realizado em São Pauloavaliou as principais mudanças nomercado de auditoria interna noBrasil e no mundo

Por Fernando Olivan

informações aos acionistas são algumasdas medidas regulamentadas.

Mais rigorPara Ney dos Santos, consultor da

Xerox do Brasil, empresa da área detecnologia em processamento dedocumentos, o grande mérito da lei sãoas conseqüências negativas para quemfornecer informações falsas. A SOXtambém aumenta as multas, que podemchegar a US$ 5 milhões e as pe-nalidades, como prisão de 20 anos nocaso de informações erradas (anteseram 10 anos).

“Aumentou a nossa responsabi-lidade”, avalia o gerente de auditoriainterna da RGE-RS - concessionáriadistribuidora de energia elétrica da regiãonorte-nordeste do Rio Grande do Sul,João Carlos Orzzi Lucas. Mas, enfatizou:“esta é a oportunidade pela qual a gentesempre brigou, que é a de ser ouvido”,disse e alertou: “enganam-se aqueles quepensam que isso é um problema para asempresas privadas. Não é, este aí é umproblema para qualquer organização,pública ou privada”.

Em virtude do impacto da lei SOX,medidas também foram adotadas pelogoverno brasileiro para controlar omercado corporativo. A Resolução 3081/03, do Banco Central, traz uma série demudanças na regulamentação da prestaçãode serviços de auditoria independente paraas instituições financeiras, como a criaçãode comitês de auditoria e a Instrução 308da Comissão de Valores Mobiliários -CVM, que determina, em seu artigo 31, orodízio de empresas de auditoria apóscinco anos de prestação de serviços emuma empresa.

Para o presidente do Instituto dosAuditores Internos do Brasil - Audibra,Luiz Carlos Araújo, o rodízio de au-ditorias é positivo para o mercado e podemelhorar a qualidade do profissional.“Eu vejo o processo de rodízio como algoextremamente salutar. Por maior que sejaa capacitação da empresa de auditoria oudos profissionais envolvidos, sempreexiste uma certa acomodação em relaçãoao cliente”, afirmou.

A administradora de empresas egerente da Divisão Business Assurance,da empresa Tech Supply, CarmemOzores Fernandes, ressalta que o rodízio

Auditores internos de todo o país acompanham as novidades do setor durante o 26ºConbrai, em São Paulo

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 21

é importante, mas ainda é uma questãobastante polêmica. “Por outro ladoexiste a discussão no sentido de queessas auditorias já tenham a experiênciadaquele negócio. Um outro chega e nãotem”, avaliou.

Dinheiro públicoOutros temas importantes foram

apresentados durante o 26º Conbrai. Aauditora geral da prefeitura do Rio de Ja-neiro, Márcia Andréa Peres, em suapalestra ‘Planejamento de Auditoria noSetor Público baseado em Riscos’,relatou as principais funções e res-ponsabilidades do serviço de auditoriaem setores públicos.

Márcia citou o desafio de dar respostasrápidas e eficazes, a concentração naliquidação de despesas e a importância doempenho de todas as secretarias de umgoverno. Ela lembrou que o auditor dosetor público deve ter em mente que seucliente é a sociedade. “O cidadão esperao melhor de seu trabalho”.

O gerente de auditoria interna da SerasaS/A, Valter Tiba, analisou os aspectos detecnologia da informação e apresentou

alternativas no combate às fraudes, comoo compartilhamento de informações en-tre auditores e um banco de informaçõespara o apoio da auditoria. “Para prevenirfraudes, é importante não ficar fechadona auditoria. É preciso ter sistemas decontrole interno de informação”,salientou. Investir milhões em tecnologia

e deixar deavaliar o ladohumano é umaação equivo-cada, segundoTiba. “Temosque trabalharcom pessoas.A importânciada auditoria ea responsa-bilidade cres-ceram muito ea alta direçãoespera muitodos serviçosde auditoria”completou.

C a r m e mOzores tam-bém chamoua atenção para que as empresas tenhamcontroles internos preventivos, evi-tando qualquer tipo de fraude. Segundoos especialistas em auditoria, grandeparte das fraudes ocorre no ambienteinterno da empresa, praticada por fun-cionários que, muitas vezes, mantêmum controle rígido de determinada ta-

refa ou possuem acessoa senhas e informaçõesprivilegiadas.

“Dentro do escopode meu trabalho a gentefala mais em mo-nitoramento, análise deinformações, procurarindícios de fraudes.Mas, não se restringe aisso. Eu acredito mui-to num trabalho vol-tado, não só para essaquestão fria de análisede dados, mas tambémpara manter uma mo-tivação interna naempresa. É muito maisdifícil ocorrer a fraudenuma empresa em que

as pessoas estão satisfeitas”, enfatizouCarmem.

Em tempoAs ações preventivas, segundo os

especialistas, foram deixadas de lado pormuito tempo, o que propiciou a ocorrência

Márcia Andréa Peres, auditora geral da prefeitura do Rio de Janeiro:“O cidadão espera o melhor de seu trabalho”

de grandes fraudes. Para o presidente daAudibra, Luiz Carlos Araújo, oempresário apenas pensa no auditorquando o problema já aconteceu. “Ele nãopensa no auditor em termos de açãopreventiva”, disse. Segundo Araújo, édifícil as pessoas enxergarem o quanto seestá agregando valor à empresa, pre-venindo problemas.

“Eu estou vendo potenciais de riscos eprevenindo problemas, ou seja, eu voudeixar de ter prejuízo lá na frente. Só queas pessoas não enxergam esse ‘deixar deter prejuízo’ como um ganho efetivo. Oque acontece é que as pessoas nor-malmente vão pensar na auditoria quandoo prejuízo já aconteceu. Você vai corrigirdaquele momento para frente. Daí, não vaihaver ganhos efetivos porque já houve aperda”, alertou.

Também foram abordados, durante o26º Conbrai, temas como ‘MonitoraçãoContínua’, ‘Gestão Ambiental’,‘Sistemas de Automação da Função Au-ditoria’, ‘Compromisso Social’,‘Comitê de Auditoria’, entre outros.Luiz Carlos avaliou de forma positivao evento, principalmente na qualidadetécnica dos assuntos abordados. “OCongresso Brasileiro de Auditoria éuma grande vitrine em termos das ten-dências e da identificação das neces-sidades dos nossos auditores”, disse.Cerca de 230 pessoas estiveram pre-sentes no Congresso, entre conferen-cistas, palestrantes e convidados.

Luiz Carlos Araújo, presidente da Audibra: “As pessoasnormalmente vão pensar na auditoria quando o prejuízojá aconteceu”

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22 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

entrevista

Melhoria e conforto no atendimento aopúblico e continuidade do processo deimplantação da Junta Digital. Essas sãoas principais metas de Marcelo Manhãesde Almeida, novo presidente da JuntaComercial de São Paulo (Jucesp). Elesubstitui o advogado Armando LuizRovai, que assumiu recentemente apresidência do Instituto de Pesos eMedidas do Estado de São Paulo (Ipem).

Em uma cerimônia concorrida, Manhãesdestacou os principais projetos da antigagestão, que serão mantidos em seu mandato.

“O enfoque será darcontinuidade ao pro-cesso de moralização etransparência que foiimplementado pelo Dr.Armando Rovai. Essetrabalho tem como focodar ao usuário a faci-lidade, agilidade de re-gistro e de informaçõesque são cadastradasaqui na Junta Co-mercial”, disse.

A partir de 2004, osdocumentos trazidos para registro no órgãoserão digitalizados e disponíveis via Internet.Segundo Manhães, as novas empresas aserem constituídas já terão seus documentosdigitalizados assim que estes foremregistrados. “O usuário também terá acertificação digital desse documento. Ele con-segue tirar de sua própria empresa aqueledocumento que está em imagem aqui na JuntaComercial”, afirmou e completou: “Associedades que já existem, o acervo, ele vaiser digitalizado na medida da demanda; entãoalguém traz uma alteração de contrato, nóspegamos o acervo dessa empresa e começa-mos a digitalizar”.

Outra medida anunciada e que vemsendo reivindicada pelos usuários do órgão,é a reforma das instalações no saguão deatendimento na sede da Jucesp, localizadana Barra Funda, bairro central, na capital

Projeto de modernização será mantido pelo novopresidente da JucespOutras medidas foram anunciadas durante a cerimônia deposse, no dia 7 de novembro, na sede do órgão

paulista. “O layoutdele é ultrapassado,não atende bem ousuário. Temos cons-ciência disso. A dis-posição das cadeiras,a ventilação é pre-cária. Nós queremosfazer um layout novo,com melhor atendimento ao público, em es-pecial ao idoso e ao deficiente físico”,prometeu Manhães.

Contra o tempoCom o prazo estabelecido até 11 de ja-

neiro de 2004 para que as empresas se adap-tem ao Novo Código Civil, muitas so-ciedades ainda não promoveram alteraçõesnos seus contratos. Segundo dados da JuntaComercial de São Paulo, dos dois milhõesde empresas ativas do Estado, apenas cercade 400 mil realizaram alguma adaptação.

“Nem todas as empresas estão conscientesdessa necessidade de alterar seu contrato so-cial em face do Novo Código e algumas nãosabem qual a consequência que isso podeprovocar”, alerta Manhães. Segundo ele, aodeixar de promover as alterações, associedades podem ser consideradas irre-gulares, isto é, perder a condição de limitada.Os sócios também poderão responder comseus bens pessoais caso ocorra algumacobrança judicial.

O presidente da Junta revelou, ainda, que,devido à tendência de aumento no númerode pedidos de alterações neste final de ano,não vai serpossível cum-prir com oprazo de en-trega dos do-c u m e n t o s .“Cada asses-sor técnico,em média,examinava

120 documentos/dia. Hoje, ele já examina250. Nestas duas últimas semanas jáduplicou. Uma sociedade dava entrada aquie três dias úteis depois ela estava registrada.Isso não vai ser possível, porque o númerode funcionários nosso continua o mesmo, otrabalho vem duplicando, quiçá triplicandoaté dezembro”, previu Manhães. Hoje, em

média, as empresas têm os seus contratosregistrados em 5 dias úteis.

Na cerimônia, também tomou posse onovo vice-presidente e corregedor da JuntaComercial, José de Oliveira Costa. Estiverampresentes no evento o secretário-adjunto daJustiça, José Jesus Cazetta Júnior; os

presidentes da Associação Co-mercial de São Paulo, GuilhermeAfif Domingos, do SIMPI, JosephCouri e da Imprensa Oficial doEstado de São Paulo, Hubert Al-quéres; o diretor de Tecnologia eNegócios da Fenacon e ex-pre-sidente da Jucesp, Nivaldo Cleto, erepresentantes do CRC-SP, Fiesp,Secovi, Fecomércio e OAB-SP.

Mesa da posse, esq. p/ dir.: Guilherme Afif Domingos; VeraLúcia La Pastina, procuradora do Estado e chefe daProcuradoria da Jucesp; Armando Luiz Rovai; José JesusCazetta Júnior, secretário-adjunto da Justiça; MarceloManhães de Almeida; José de Oliveira Costa, vice-presidenteda Jucesp e Gilberto Kassab, deputado Federal (PFL/SP)

junta comercial

Marcelo Manhãesde Almeida, pres.da Jucesp

Nivaldo Cleto, à dir., ao lado deHaroldo Piccina, presidente doConselho de Serviços daFederação do Comércio, eJoseph Couri, ao centro

Esq. p/ a dir., Armando Luiz Rovai; NivaldoCleto; Victor Abuassi, ex-vice-presidente daJucesp e Marcelo Manhães de Almeida

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 23

Dominio

Em parceria com a Junta Comercial do Estado de São Paulo,a Imprensa Oficial do Estado oferece mais um produto na áreade e-commerce: a Junta Digital. O serviço, via Internet, contém

os dados atualizados dosúltimos 11 anos com in-formações da Junta Co-mercial, como abertura efalência das empresas,processos e capital so-cial. Já há cerca de 14mil clientes cadastradospara utilizar o serviço.

“Nossa proposta éoferecer novos serviços a empresas, advogados e pessoasfísicas, disponibilizando o poderoso banco de dados da JuntaComercial sobre 1,5 milhão de empresas”, explica opresidente da Imprensa Oficial do Estado, Hubert Alquéres.

O serviço também é oferecido para clientes corporativos,como a Serasa e a Equifax, com venda integral do banco dedados e atualização permanente de todas as movimentaçõesregistradas na Junta Comercial de São Paulo.

A contratação dos serviços da Junta Digital é feitadiretamente pelo site www.imprensaoficial.com.br/juntadigital, com pagamento por boleto ou cartão de crédito.O cliente também pode comprar cotas de pesquisas (sistemaideal para pequenas empresas) no esquema de pré-pagamento, no caso de consultas constantes ao banco dedados. Nesses casos, há descontos progressivos de acordocom a quantidade de cotas.

rápidas

Junta de SP lançapesquisa sobre empresas,

via Internet

Sebrae oferece‘Simulador de alternativas

de crédito’ onlineMicro e pequenos empresários de todo o país podem ter acesso a

um serviço que identifica, rapidamente, linhas de crédito disponíveisem instituições financeiras como Banco do Brasil, Caixa EconômicaFederal, Banco do Nordeste, entre outras. Desenvolvido sob asupervisão da Unidade de Apoio a Financiamento e Capitalização doSebrae, o ‘Simulador de alternativas de crédito’ está disponível nosite www.sebrae.com.br.

O simulador traz informações sobre linhas de crédito parapessoas físicas e jurídicas. No caso das pessoas físicas, a ferramentaremete às linhas de crédito disponíveis para abertura de empresas,franquias, entre outras demandas. Para micro e pequenas empresas,disponibiliza linhas de crédito destinadas a investimento, capitalde giro, investimento agrícola, além de fundos constitucionaiscomo FNE - Verde, que integra o Programa de Financiamento eControle do Meio Ambiente.

Uma das principais vantagensdo ‘Simulador de alternativas decrédito’ do Sebrae é que ele re-mete o usuário diretamente àsáreas específicas de cada uma daslinhas de crédito disponíveis nosbancos. “Além de encurtar o ca-minho entre micro e pequenosempresários e as instituições fi-nanceiras, as informações do simulador são atualizadas cons-tantemente pelos bancos” diz a consultora da Unidade de Apoio aFinanciamento e Capitalização do Sebrae, Sandra Mattos.

Agência Sebrae de Notícias (ASN)

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24 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

palavra do presidente

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tecnologia da informação

Janela para o sucessoPor Nivaldo Cleto

“A COMDEX é a janela para osucesso do seu negócio, abre portas e éindispensável”. Foi com essa frase queMr. Bill Gates, o chairman da MicrosoftCo. , pai do congresso que, desde 1983,é promovido em Las Vegas e tambémem diversos locais do Mundo, fez aabertura do evento. Em um rápidopasseio pela história da informática, elelembrou que, nos primeiros anos dafeira, a tecnologia, moderna para aquelaépoca, fazia com que por diversas vezesos slides e retroprojetores aparecessemde ponta cabeça.

Gates destacou que softwares foramsendo ‘construídos’ com grandes pro-blemas: ship, web, etc..., mas enfatizou:“se você não fizer nada de errado, o certonão aparece”. O sonho da Cia. era osucesso dos softwares, aos quais aspessoas pudessem ter acesso para secomunicar, criar boas idéias, trabalhar,crescer e gerenciar. Ao longo da década,muitas pessoas começaram a usar os PCspara tudo: música, trabalho, jogos, brin-quedos e pesquisas ... Os softwarestinham que rodar. O problema é que oshardwares não eram suficientes parafazer os softwares funcionarem. Assim,

para ele, os softwares levaram à‘invenção’ dos hardwares.

Outro avanço: o acesso à Internet,com o passar de duas décadas, ficou

O diretor de Tecnologia e Negócios da Fenacon, Nivaldo Cleto, mais uma vez esteve naCOMDEX Las Vegas 2003, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, ocorrida de16 a 20 de novembro, trazendo as principais novidades do mundo da informática

mais barato. Hoje, todos falam a mesmalíngua e ao mesmo tempo.

Brincando com a onda virtual que to-mou o cinema, a Microsoft produziu umfilme, fazendo uma analogia da sérieMatrix, onde o Bill Gates era o Morpheuse o Steve Ballmer, CEO (Chief ExecutiveOfficer) da Microsoft Corp., era o NEO.

Mercado disputadoO NEO teve uma reunião com os

agentes da Matrix (o mau) que represen-tavam as empresas IBM e Linux. Diziam

que estavam de olho nele por algum tem-po. Abriram o laptop que, logo em se-guida, apresentou um erro de núcleo doLinux. Dessa forma, os agentes da IBM/

Linux deram uma opçãopara Steve: to-mar uma pílulaazul gigante comos emblemasIBM/Linux ouuma pílula ver-melha normalcom o emblemaMicrosoft.

O NEO (Steve)escolheu a ver-melha. O telefone

tocou e ele foi puxado peloMorpheus (Bill Gates), que queria provarque o mundo real era o mundo da Microsoft.Após a conversa, Bill e Steve travaram uma

luta no estilo Kung Fu (foi o máximo,igual a da série Matrix). A moral dahistória: numa era onde a vontade peloacesso à tecnologia da informação estiversendo reprimida unicamente por um soft-ware livre, esta será libertada para omundo real por Morpheus - Bill Gates.

Gates também falou sobre umaproliferação de dispositivos - relógios,computadores de bolso, telefonescelulares e Tablets PCS - que requeremmelhores softwares para a integraçãomútua. A exposição teve um ar de paiorgulhoso dos sistemas Microsoft, na

qual não foram apresentadasnovidades, mas, sim, a neces-sidade de incrementar eintegrar os sistemas já exis-tentes, com uma presença ma-ciça no mercado mundial.

Mercado em criseNo segundo dia de

COMDEX, fui ao Centro deConvenções - Las Vegas ConventionCenter - localizado junto ao HiltonHotel, com uma expectativa deconhecer as grandes novidades domercado da Tecnologia da Infor-

mação para 2004. Este é pra-ticamente o terceiro ano seguido queeu participo desse Show de Tec-

‘Morpheus Gates’: o todo poderoso da Microsoftfala sobre a popularização da informática aolongo das últimas décadas e brinca de Matrix,durante a palestra

Filme Matrix inspira apresentação da Microsoft

Mercado retraído: número de participantes daCOMDEX 2003 cai para um terço em relação àedição de 2002

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 25

nologia, com exceção de 2001, quesuspendi a minha viagem face aoterrorismo no WTC.

Quando cheguei ao local, percebique a quantidade de participantes e deexpositores diminuiu sensivelmenteem relação aos últimos anos. Aorganização do evento informou quehavia apenas 55 mil inscritos, contraos 150 mil de 2002. Grandesfabricantes como a Toshiba, Sony,Palm, Samsung, LG, HP, dentreoutros, não estão mais presentes naFeira, passando a missão de mostraros seus produtos para os seusrepresentantes e desenvolvedores dossistemas.

A Acer, Samsung e a HP, porexemplo, estão localizadas no Pavilhãoda Microsoft. Na minha opinião, isso éo resultado da crise econômica que omundo está atravessando. Pude com-provar visitando as principais lojas dedepartamentos e lojas de eletrônicoscomo CompUSA e a Fry´s. Nelas, haviauma quantidade bem menor de pro-dutos destinados à venda, bem comopoucos clientes comprando.

WirelessHá uma grande presença dos fa-

bricantes e desenvolvedores desistemas dos países asiáticos, comoKorea e China. O sistema de co-municação sem fio, integrando otelefone celular, a agenda eletrônica eo acesso à Internet são as vedetes desseComputer Show, como a feira é cha-mada pelos americanos.

Nas fotos acima, mostramos o tele-fone híbrido da Samsung, que integraos serviços web, celular e PDA (Port-

able Document Assistant). Esse serviço jáé disponibilizado no Brasil pela ‘Vivo’,‘BCP’, ‘Oi’ e outras empresas.

Mais uma vez, os organizadores dis-ponibilizaram o acesso dos con-gressistas à web, com os CyberCenters

instalados em ilhas no pavilhão deexposições. No mundo empresarial éuma necessidade consultar os emailspelo menos três vezesao dia, no mínimo.

Uma das maioress e n s a ç õ e sda Feira foio lançamen-to de umtelefone quenos permitec o n v e r s a rcom pes-soas em qualquer lugar doplaneta, desde que ela tenhao mesmo aparelho. Gratui-tamente. É isso mesmo,grátis!! Funciona muito

bem, já que eu testei por diversas vezesligando para minha residência e minhaempresa. Em breve farei uma matéria

Telefones híbridos da Samsung: mil e umautilidades

especial para a Revista Fenacon emServiços sobre as vantagens desserevolucionário telefone que, com

certeza, irá en-curtar aindamais a distân-cia nesse pla-neta integradoe globalizado.

SegurançaO b s e r v e i

também que ossistemas uti-lizados para se-

gurança estão cada vez mais avançadose os preços mais acessíveis à populaçãoem geral. Alguns softwares são capazes

de monitorar diversas loca-lidades de uma residênciaou de uma empresa atravésde um único monitor, tendodiversas microcâmerasinstaladas. Os acessospodem ser feitos de fora dolocal, via Internet.

Outra novidade na áreade segurança, é o apa-relho produzido pelaRitech International Ltd.Ligado na porta USB do

computador, permite que apenas odono acesse o sistema através da suaimpressão digital.

Na próxima edição da Revista Fena-con continuarei mostrando as últimasnovidades da tecnologia da informaçãoque, em breve, estarão disponíveis paranós, brasileiros.

Nivaldo Cleto é diretor deTecnologia e Negócios da Fenacon

[email protected]

Participantes da COMDEX utilizam CyberCenters paracomunicação via Internet

Novidade tecnológica: telefone permitirácomunicação gratuita com qualquer lugar do planeta

Softwares monitoram ambientes, com acesso aimagens via Internet

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26 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

análise

Para viver em sociedade o homemprecisa respeitar regras, cumprir acordose conhecer os limites da liberdade dopróximo. Você pode até não ter percebidoainda, mas se parar para pensar um poucologo verá que o ato contábil é uma dastantas necessidades básicas para se viverem harmonia. Imagine o que seria dasempresas, dos profissionais liberais e dosgovernos, nas esferas municipal, estaduale federal, se não contassem com o trabalhoque é feito pelo contador.

Esta, que é uma das profissões maisantigas da humanidade, torna-se cada vezmais fundamental para o sucesso nastransações comerciais. Do correto ma-nuseio dos números e balancetes contábeisdependem, em muitos casos, os inves-timentos que o setor público faz em áreasprioritárias como, por exemplo, saúde,

educação e segurança pública. O re-colhimento do ICMS, da Cofins, do PIS,do FGTS e de tantos outros impostospassam pelas mãos dos contadores.

Percebe-se aqui um dos grandesdesafios do novo contador: o de estar ladoa lado com o empresariado e a sociedadena busca por uma reforma tributária justaque diminua os impostos e faça com quea economia retome o crescimento, fatoeste que é desejado por 10 em cada 10brasileiros. Campanha, neste sentido, estásendo desenvolvida pelo Sescon/SC -Sindicado das Empresas de ServiçosContábeis, Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas no Estado deSanta Catarina.

Contador: desafios à parte, umaprofissão de futuro

“Hoje, o profissional é

co-responsável por

praticamente todos os atos

praticados pela empresa”

Por Udélcio Demczuk

Outro pontoimportante a serlembrado é aseriedade e oc o m p r o m i s s ocom a ética quenorteiam a atua-ção do profis-sional de con-tabilidade. Asmudanças nalegislação, emrazão da entradaem vigor do No-vo Código Civilbrasileiro, trans-formaram a fun-ção do contador.Hoje, o profis-sional é co-res-ponsável porp r a t i c a m e n t etodos os atospraticados pelaempresa. Ta-manha respon-sabilidade fazdele uma peçachave no dia-a-dia empresarial.

Mas não foi sóna legislação queocorreram mudanças. A tecnologia trouxeprogressos extraordinários para diversasáreas, entre elas a de contabilidade,agilizando processos e reduzindo custos.A eletrônica invadiu empresas e de-partamentos, proporcionando maisrapidez nas iniciativas.

Cito ainda o Selo Catarinense daQualidade, apoiado pelos Sescons,sindicatos da categoria e Fecontesc -Federação dos Contabilistas de SantaCatarina. Direcionado a empresas decontabilidade, tornou-se estratégico etotalmente eficaz na padronização e nasistematização da rotina, colaborando para

que os profissionais da área possamampliar e melhorar o atendimentoprestado ao cliente.

É por estas e tantas outras razões quepodemos afirmar que a contabilidadefoi, é e sempre será uma profissão defuturo. Capaz de desafiar o tempo, asmudanças e os ambientes de umaeconomia flutuante, oferece todas aschances de realização, seja no âmbitopessoal ou no profissional.

Udélcio Demczuk é diretor doGrupo META e vice-presidente

do Sescon/SC

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 27

Institucional2

qualificação

Com o propósito de ampliar o lequede serviços oferecidos à base empresarialrepresentada e ao público leitor dos seusveículos de informação, a Fenaconcelebrará acordo de cooperação mútuacom a Editora Atlas, umas das principaisempresas da área editorial do País.

A intenção é que, a partir da RevistaFenacon em Serviços e dos veículoseletrônicos da entidade (press clipping ePortal), a editora venha a oferecer fa-cilidades para aquisição de seus títulos,bem como viabilizar apresença de seus autorese escritores em eventossob patrocínio e pro-moção da Fenacon.

As negociações estãoem fase de conclusão.Em novembro, houvereunião preparatória parao acordo, na sede daeditora, em São Paulo,com a participação dosdiretores da Fenacon,

Parceria entre Fenacon e editora Atlasamplia acesso a informações técnicas

Nivaldo Cleto (Tecnologia e Negócios) eHaroldo Santos Filho (Institucional), dogerente de Marketing da Atlas, Epson deCarvalho, e do diretor Comercial daempresa, Enoch Bruder.

A editoraFundada em 1943 por Frederico

Hermann Júnior e presidida atualmentepor seu filho Luiz Hermann, a Atlas foicriada com o intuito de publicar livros

voltados para o ensinouniversitário e para aformação profissional.Hoje, é uma das prin-cipais editoras de obrastécnicas do País.

Privilegiando o autornacional e publicando oque há de melhor naliteratura estrangeira, atuaem diversas áreas, taiscomo: Administração,Comércio Exterior, Co-

municação, Contabilidade, Direito,Economia, Educação, Estatística,Finanças, Humanidades, Marketing,Matemática, Metodologia Científica,Psicologia, Qualidade, RecursosHumanos, Segurança no Trabalho,Tecnologia da Informação e Turismo.

Em mais de meio século de atividadese contando com o apoio de 200profissionais espalhados pelo Brasil(Brasília, Recife, Belo Horizonte,Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, PortoAlegre, Bahia e São Paulo), a EditoraAtlas já publicou cerca de 3.000 títulos.O catálogo unificado só para o ano de2003 tem mais de 1.000 títulos.

Diretores da Fenacon visitam a sede daEditora Atlas, em São Paulo: esq. p/ adir., o gerente de Marketing da Atlas,Epson de Carvalho; o diretor Comercialda empresa, Enoch Bruder, e osdiretores da Fenacon, Nivaldo Cleto(Tecnologia e Negócios) e HaroldoSantos Filho (Institucional)

Nivaldo Cleto, ao lado de LuizHermann, presidente da Atlase filho do fundador da editora,Frederico Hermann

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28 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 9628 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

crônica

Os seres vivos precisam de abrigo,proteção, defesa... Mesmo os animaisirracionais, para assegurar a preservaçãoda sua espécie, procuram, instin-tivamente, um lugar adequado e bemseguro para a sobrevivência dos seusfilhotes. Nós, humanos, sobre a pelenatural do nosso corpo, usamos a roupa,que é a primeira ‘casa’ de cada um denós, individualmente.

Já a casa em que moramos seria a‘roupa’ da nossa família. Assimsendo, uma família sem tetopoderia ser comparada a umapessoa obrigada a viver nua.Sua existência seria muitoprecária e desumana.

As funções da casa são mui-tas. Além do abrigo, proteção edefesa, a casa acolhe, aproxima.É como se apertasse entre suasparedes os laços de união das pes-soas que ali convivem. Esse con-viver ou ‘viver com’ é a base danossa dimensão social. Na orga-nização social fundamentam-se acivilização e a evolução do ser hu-mano na sua passagem pela terra.

O nosso corpo exige cuidadosvitais como: alimentação, hi-giene pessoal, repouso, agasalho,dentre outros. Assim tambémnosso ‘corpo social’, ou seja, afamília precisa de um espaço sóseu, para preservar sua inti-midade, para proteger os bensmateriais indispensáveis à suasobrevivência; um espaço queassegure, acima de tudo, sua

Todos os lares“Além do abrigo,

proteção e defesa,a casa acolhe, aproxima”

Por Paulo Fernando Torres Veras

dignidade de seres humanos e garanta seudireito a um ‘pedaço’ deste reino que estãoajudando a construir.

Uma casa precisa de cuidados: limpeza,manutenção, reforma e reparos. Além dos

móveis e utensílios, indispensáveis àfuncionalidade, a nossa casa reclama estéticanum toque de graça; alguns enfeites, pe-quenos mimos; detalhes que simbolizem onosso carinho, que façam daquele ambienteum LAR! O nosso próprio lar, identificadocom a personalidade dos que ali vivem.

A importância da casa está imortalizadanas palavras do Divino Mestre. No Seuevangelho há aquela bela passagem:“Então um escriba aproximou-se dele e

disse: Mestre, aonde quer que fores, eute seguirei. Respondeu-lhe Jesus: Asraposas têm covis, e as aves do céu têmninhos, mas o Filho do Homem nãotem onde reclinar a cabeça”.

Vê-se ali que Jesus, cuja missão oobrigou a abandonar Sua casa, quandosaiu pelo mundo pregando a Boa Nova,sentia falta de um lar aqui na terra, desseindispensável conforto humano. Indis-pensável até para bichos brutos, quantomais para o Filho de Deus feito homem.

Que bom e agradável seria se cadauma das nossas casas desse abrigo aeste mesmo Jesus Cristo! O que vocêacha que precisaria ser feito na sua casapara acolher tão Divino Visitante? Queexigências o Bom Mestre haveria denos fazer para hospedar-se conosco?

E os nossos corações - morada doEspírito Santo de Deus - como estãoacolhendo esse Hóspede, que é aprópria Vida?! É tempo de refletir.

Paulo Fernando Torres Verasé administrador de empresas e

consultor de Qualidade da [email protected]

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 29

publicado & registrado

O Conselho Regional de Contabilidade(CRC-RJ) obteve vitória na Justiça, emprimeira instância, que deverá beneficiartodas as empresas de contabilidade e audi-toria que funcionam no Estado. Sentençada Justiça Federal publicada na quarta-feira[26/11] no Diário Oficial da Uniãodesobrigou todos os escritórios repre-sentados pelo CRC-RJ e pelo Sindicato dasEmpresas de Serviços Contábeis (Sescon/RJ) de efetuar o recolhimento daContribuição para o Financiamento daSeguridade Social (Cofins).

Hoje, este tributo representa 3% dofaturamento mensal das empresas e, a partirde fevereiro de 2004, irá passar para 7,6%,de acordo com a medida provisória do Go-verno federal editada em 30 de outubro.

O CRC-RJ impetrou, em julho, man-dado de segurança coletivo em parceriacom o Sescon/RJ na Justiça Federal, seção

Justiça isenta contabilistas da CofinsRio de Janeiro, patrocinado peloadvogado e conselheiro do CRC-RJWalter Carlos da Conceição. Emsetembro, a Justiça Federal haviaconcedido liminar desobrigando asempresas representadas por essasinstituições da obrigatoriedade dacontribuição. Agora, a isenção foiconfirmada no julgamento do mérito.

As sociedades de profissão legalmentehabilitadas, quando da instituição daCofins, pela Lei Complementar n.º 70, de30/12/91, gozavam de isenção, conformeart. 6º, inciso II, da citada Lei. Paraaumentar a arrecadação, em 1996, oGoverno federal editou a Lei Ordinárian.º 9.430, revogando a isenção eobrigando todas as empresas decontabilidade e auditoria ao pagamento dareferida contribuição social, no percentualde 3% sobre o faturamento mensal.

O CRC-RJ e o Sescon/RJ impetrarammandado de segurança, em julho desteano, na Justiça Federal, com objetivo deassegurar às empresas representadas poreles o benefício da isenção, sem o riscode uma autuação por parte da Receita Fe-deral. As instituições se basearam noargumento de que uma lei de menorhierarquia não pode modificar asrelações jurídicas criadas por lei supe-rior - o que configura quebra do princípioconstitucional e legal da “hierarquia dasleis” - e também no posicionamento doSupremo Tribunal de Justiça que, corro-borando com esse entendimento, editoua Súmula 276, confirmando a isenção daCofins para as sociedades de prestaçãode serviços.

Jornal do Commercio28 de novembro de 2003

Rio de Janeiro - RJ

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30 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

Fui a Brasília - DF ministrar umapalestra para a Fenacon sobre meu novolivro “Desenvolvimento Profissional”.No caminho para o aeroporto, jádeixando a cidade, paramos em umfarol, ao lado de uma Topic. Quandovoltei meu rosto em direção à mesma,fui completamente absorvido por umolhar fulminante de uma criança. Elaestava sentada à janela e mantinha seusolhos fixos em mim.

Sinceramente, há muito tempo nãovia um olhar tão fixo e ao mesmo tempo

sereno como o daquela criança. Eladevia ter uns 4 anos, no máximo. Nãoconseguia tirar o olho dela. Para sorteminha, o tempo do farol era longo. Pudeassim experimentar umas das expe-riências mais gratificantes que tive nosúltimos dias. Liv Geller, primeira

Simples e essencial“Olhando para trás, tenho

algo do que me arrepender:

freqüentemente, quando amei,

não o disse”. David Grayson

estagiária de minha consultoria e que hojetrabalha para a ONU, era quem estava melevando ao aeroporto. Tornamo-nosgrandes amigos.

O fato é que, sem virar meu rosto, aindaabsorvido pelo olhar dacriança, chamei a atençãoda Liv para o que estavaacontecendo. Como todajovem mulher de 25 anos,noiva, cheia de planos esonhos, ela se encantoude imediato com o olharsereno e fixo da criança.Mas o melhor ainda es-tava por vir.

Numa reação autên-tica, enquanto eu olhavafixo a criança, soltei umsorriso para ela. Elaimediatamente sorriupara mim. Digo-lhescom sinceridade: estouarrepiado enquanto es-crevo estas linhas, so-mente lembrando o sor-riso que ela me devolveue a sensação de sereni-dade e amor correspon-dido que senti naquelemomento. Uma sensa-ção forte o suficiente aponto de me paralisar.

Fiz um sinal de po-sitivo para ela, que me

devolveu com um aceno de mão e umsorriso ainda mais largo. Olhei para omotorista e o mesmo sorriu para mim.Olhei para as outras crianças e tenteiidentificar, de alguma forma, umaescola, uma creche, uma instituição so-cial. Não deu para saber. Percebi apenas

que eram humildes, por causa daroupa que trajavam.

Confesso-lhes que naquele instantenão desejaria outra coisa senão pulardaquele carro e dar um longo e afe-tuoso abraço naquele ser que, não seiporque razão, Deus colocou ao meulado para me passar uma mensagem detanta paz e significado, sem sequersoltar uma só palavra.

É provável que jamais veja no-vamente aquele rostinho, jamais meencontre novamente com aquelacriança. Trago lágrimas aos olhos empensar isso. Ah, como eu queria dizerpara ela que aquele seu simples gestotrouxe tanto significado para meu finalde tarde, longe da minha família, deminha esposa e filhos! Como eu queriadizer que ela era especial, que ela tinhauma missão neste mundo; que ela,independentemente de sua classe social,de sua origem, poderia fazer umagrande diferença!

O fato é que passou! É possível quejamais consiga dizer isso diretamentepara ela. E fico agora pensando quantaspessoas verdadeiramente importantesestão ao nosso lado todo o dia, que noscompletam e dão significado à nossaexistência e simplesmente ignoramos anecessidade de lhes dizer o que sentimos.Não hesite: gente faz toda a diferença.

É gente que verdadeiramenteemociona gente. É gente que faz nossaexistência ter um sentido mais nobre.Por isso, ainda hoje, agora mesmo,diga o que sente a quem você ama.Diga agora! Pois quando você menosesperar, poderá restar somente umvazio e uma declaração engasgada,presa, sem encontrar um destinatário.Desesperadamente, ame! Mas nãoesqueça de dizer isso!

Paulo Angelim é arquiteto,pós-graduado em marketing,

palestrante especializadonas áreas de marketing,

vendas e motivaçã[email protected]

Por Paulo Angelim

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 31

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Ilegal ou extralegal?Haroldo Santos Filho

Quem nunca teve a curiosidade desaber como vive aquele desconhecidocidadão, morador daquela simpáticacasinha no alto de um morro? Em quetrabalha? Quanto ganha por mês? Nãoseria de se estranhar se aquele cidadãonunca tivesse assinado carteira detrabalho, nem tivesse a escritura de suacasa própria, nunca tivesse abertocontas em banco e, o que pode causarinveja à sofrida classe média, nuncativesse recolhido 1 centavo sequer detributos diretos.

Nos registros públicos, simples-mente, o sujeito não existe. Para aPrefeitura local, aquela construção éilegal. Para o Estado e União sãotambém ilegais as receitas auferidas poraquele cidadão em seu comércio infor-mal. Não obstante a tão fortes indíciosde ilegalidade, não consigo abandonara tese de que em muitos casos comoeste, na verdade, trata-se tão somenteda extralegalidade, fenômeno cada diamais comum e que acontece sempre queos governos fracassam em fazercoincidir a lei e o modo de vida etrabalho das pessoas.

Para o economista Hernando deSoto, presidente do Instituto da Li-berdade e Democracia (ILD) e ex-con-sultor da Organização Mundial doComércio (OMC), um dos principaismotivos para que o capitalismo nãoevolua em países em desenvolvimentoé o excesso de burocracia, que estariaaumentando a musculatura de umaeconomia informal, gigantesca, mascom baixa capacidade de geração decapital. Sem um sistema de propriedadelegal, não é criada uma rede efetiva deativos para a criação de mais capital,contribuindo, com isso, para um capi-talismo capenga.

Muito antes do apelo por empregos,como mote de campanha do PresidenteLula, já se sabia da importância dacriação de novos postos de trabalhopara o desenvolvimento econômico esocial de um povo. Apesar disso, por

“Um dos principais motivospara que o capitalismonão evolua em países

em desenvolvimento é oexcesso de burocracia”

mais que seja patente aos governantesque as pequenas e médias empresassejam as que mais empregam neste país,pouco se faz nosentido de faci-litar a vida dosnovos empreen-dedores. Em al-guns casos, umaautorização parafuncionamento deuma empresa po-de durar meses,configurando-senum evidente convite à informalidade.Sou capaz de afirmar que se poderiamedir o grau de desenvolvimento de umanação como sendo um fator inversamenteproporcional ao tempo despendido nalegalização de suas empresas.

Com as escrituras públicas não édiferente. Quantas propriedades ‘ile-gais’ poderiam ser legalmente regis-

tradas pelo po-der público, ge-rando, a partirdaí, novos negó-cios, recolhi-mentos de im-postos e, acimade tudo, o a-quecimento daeconomia for-mal? Até os car-

tórios ganhariam com isso, já que, apartir do registro inicial de um imóvel,gratuito que fosse, se beneficiariam acada nova transação imobiliária.

Infelizmente, políticas públicashabitacionais que propiciem dignidadeao cidadão de mais baixa renda efacilidade nas legalizações de suaspropriedades e negócios não são usuais.Usuais mesmo têm sido as práticas devoracidade arrecadatória, com in-crementos tributários constantes, comose a capacidade contributiva das pessoasfísicas ou jurídicas deste imenso paísfosse interminável.

As atividades extralegais brotarãosempre que o sistema legal impuserregras que frustrem a expectativadaqueles que estiver excluindo. Emoutras palavras, a alta carga tributária,a rigorosa legislação trabalhista e adanosa burocracia estatal continuarãoformando, diariamente, ‘criminosos’cujos objetivos não passam de desejossimples de cidadania, tais como aconstrução de uma casa, o fornecimentode serviços ou a criação de um negócio.É hora de considerarmos a força quepossuem esses nossos ‘vizinhos’, antesque, marginal, passe a ser a legalidade,na medida em que a extralegalidadevenha a se tornar a norma.

Haroldo Santos Filho é diretorInstitucional da [email protected]

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celo

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32 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

Os Sindicatos, devidamente congregados pela Fenacon, representam os segmentos econômicosabaixo discriminados, integrantes do Ordenamento Sindical do Grupo Terceiro, da ConfederaçãoNacional do Comércio na forma de CLT e do Parágrafo IV do artigo oitavo da Constituição Federal(exceto se houver sindicato de representação específica). Assim, as empresas que devemrecolher Contribuição Sindical e Confederativa aos Sindicatos Filiados são:

Categorias econômicas representadaspelos sindicatos filiados à Fenacon

I - Empresas e escritórios de serviçoscontábeis e fiscais

(organizados ou não sob forma de pessoa jurídica)01. Empresas de Contabilidade02. Escritórios Fisco-Contábeis Autônomos03. Empresas de Auditoria04. Escritórios de Auditoria Autônomos05. Empresas de Assessoria e Consultoria Contábil06. Escritórios de Assessoria e Consultoria Contábil

Autônomos07. Empresas de Assessoramento Contábil08. Empresas de Perícias Contábeis09. Empresas de Informações Contábeis10. Empresas de Pesquisas Contábeis

II - Empresas e escritórios deassessoria e assistência

11. Assessoria de importação e exportação e aduaneira12. Assessoria de marketing e merchandising13. Assessoria e assistência gerencial, econômica,

financeira e fiscal14. Assessoria e planejamento fiscal e contábil15. Assessoria na área de crédito16. Assessoria e assistência técnica rural17. Assessoria da previdência privada18. Assistência automobilística19. Assistência e orientação a cooperativas

habitacionais e agropecuárias20. Assistência e projetos de cozinhas21. Assistência e projetos agropecuários22. Assistência e projetos de urbanização23. Assistência e projetos de viabilidade técnica-

econômica24. Assistência e projetos de topografia,

aerolevantamento e aerofotografia25. Assistência e projetos de reflorestamento26. Assistência e projetos de prospecção geofísica27. Assistência e projetos na área de

telecomunicações28. Assistência e projetos urbanísticos e estudos

ambientais29. Assistência técnica de aparelhos e equipamentos30. Assistência empresarial e gerencial

III - Empresas e escritórios de períciase avaliações

31. Avaliações de empresas

32. Avaliações patrimoniais33. Engenharia de avaliações34. Avaliações e regularização de avarias marítimas35. Perícias judiciais, trabalhistas e contábeis36. Controle patrimonial

IV - Empresas e escritórios deconsultoria

37. Consultoria empresarial38. Consultoria na área de informática39. Consultoria técnica e imobiliária40. Consultoria financeira, econômica e fiscal

V - Sociedade de advogados

VI - Empresas e escritórios deadministração

41. Administração de crédito42. Administração de convênios43. Administração de vale-transporte44. Administração de vale-refeições (através de

tíquete)45. Administração empresarial46. Administração de cartão de crédito47. Administração de transporte e serviços portuários48. Administração de clubes49. Administração de recursos públicos50. Administração de estradas e rodovias com

cobrança de pedágio

VII - Empresas e escritórios deorganização e coordenação

51. Organização de eventos52. Exposições e feiras53. Organização e promoção de venda de cartões de

instituições e clubes54. Organização e promoção de vendas de contratos

de assistência técnica55. Promoção de vendas e mala-direta56. Organização e promoção de congressos e eventos

VIII - Empresas e escritórios de serviços57. Serviços de cópias e fotocópias58. Serviços de documentação e microfilmagem59. Serviços de urbanismo, ajardinamento e

ornamentos60. Serviços de consertos em geral61. Serviços de cobrança extrajudicial

62. Recursos humanos, seleção, recrutamento,treinamento e desenvolvimento

63. Agências de serviços terceirizados pela EBCT64. Aerofotografia65. Aerolevantamento

IX - Associações, clubes, entidadescooperativas

66. Clubes de proteção ao crédito67. Clubes de diretores lojistas68. Associações comerciais, industriais e de serviços69. Associações de criadores rurais e de ruralistas70. Câmaras de indústria, comércio e serviços71. Sociedades civis e militares72. Clubes de serviços73. Centrais de abastecimento74. Centrais de produtores rurais75. Companhias de desenvolvimento76. Bolsa de valores e mercadorias77. Cooperativas de serviços e trabalho profissional

(exceto serviços médicos e odontológicos)78. Cooperativas habitacionais79. Partidos políticos80. Serviços de apoio a empresas

X - Agências de informações epesquisas

81. Agências de Informações e pesquisas82. Agências de colocação de fretes (centrais de

fretes)83. Agências de colocação de mão-de-obra

(inclusive temporária)84. Agências de marcas e patentes85. Agências de recursos humanos

XI - Holdings societárias e fundosmútuos

86. Participações societárias87. Administração patrimonial (exceto bens imóveis)88. Administração de ações e quotas89. Administração de bens e negócios90. Administração de fundos mútuos e de

previdência privada

* De acordo com o ordenamento do SistemaConfederativo de Representação Sindical daConfederação Nacional do Comércio - CNC,grupo terceiro

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 33

Embasamento legal da contribuição sindicalMISSÃO INSTITUCIONAL DOS SINDICATOSAos sindicatos, conforme previsto na Constituição Federal (art. 8º),cabe a defesa dos interesses individuais e coletivos da categoriarepresentada, inclusive em questões judiciais e administrativas, sendoobrigatória sua participação nas negociações coletivas de trabalho.

CUSTEIO DAS ATIVIDADES SINDICAIS - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL(Art. 578 CLT)Assim, para custear suas atividades, entre outras fontes, está prevista aContribuição Sindical (antigo imposto sindical), disciplinada pelo art.578 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho.

DATA-LIMITE PARA O RECOLHIMENTO- Empregadores: 31.JAN.2004;- Autônomos: 29.FEV.2004;- Para os que venham a estabelecer-se após os meses acima, aContribuição Sindical será recolhida na ocasião em que requeiram àsrepartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade;

VALOR BASE: R$ 159,04Linha Classe de Capital Social (em R$) Aliquota(%) Parcela a adicionar (R$)

01 de 0,01 a 11.928,00 Contr. Mínima 95,42

02 de 11.928,0 a 23.856,00 0,8% -

03 de 23.856,01 a 238.560,00 0,2% 143,14

04 de 238.560,01 a 23.856.000,00 0,1% 381,70

05 de 23.856.000,01 a 127.232.000,00 0,02% 19.466,50

06 de 127.232.000,01 em diante Contr. Máxima 44.912,90

* O recolhimento efetuado fora do prazo será acrescido das cominaçõesprevistas no art. 600 da CLT.

FORMA DE RECOLHIMENTOO recolhimento deverá ser realizado através de Guia de Recolhimentoda Contribuição Sindical - GRCS, junto à Caixa Econômica Federal.

CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃOTABELA I - Para os agentes do comércio ou trabalhadores autônomos,não organizados em empresa (item II do artigo 580 da CLT, alteradopela Lei 7.047 de 01 de dezembro de 1982), considerando os centavos,na forma do Decreto-lei n.º 2.284/86.30% de R$ 159,04Contribuição devida = R$ 47,71TABELA II - Para os empregadores e agentes do comércio organizadosem firmas ou empresas e para as entidades ou instituições com capitalarbitrado (item III alterado pela Lei n.º 7.047 de 01 de dezembro de1982 e §§ 3º, 4º e 5º do art. 580 da CLT).

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34 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 96

Códigos de área dos sindicatos filiadosREGIÃO SUDESTE

Sindicato Fundação Registro SindicalES 22.01.93 002.365.04904-9MG 20.12.90 002.365.04937-5RJ 16.02.87 002.365.86767-1SP 12.01.49 002.365.86257-2

SUL FLUM. 18.12.92 002.365.05022-5

REGIÃO SULSindicato Fundação Registro Sindical

APUCARANA 05.09.00 002.365.00000-7BLUMENAU 05.09.97 002.365.89502-0

CAXIAS DO SUL 11.08.93 002.365.87490-2GDE. FLOR. 20.12.88 002.365.88511-4LONDRINA 28.07.91 002.365.90169-1

PONTA GROSSA 02.09.94 002.365.00000-7PARANÁ 09.09.88 002.365.88248-4

SC 15.09.84 002.365.02808-4

REGIÃO CENTRO OESTE / NORTESindicato Fundação Registro Sindical

DF 12.01.87 002.365.04303-2

AM 13.06.01 002.365.00000-7AP 23.05.01 002.365.00000-7GO 01.12.92 002.365.05474-3MS 16.06.87 002.365.87924-6MT 03.04.91 002.365.86025-1PA 26.11.94 002.365.90145-4RO 08.12.93 002.365.00000-7RR 30.04.93 002.365.04959-6TO 27.09.96 002.365.00000-7AC 19.11.01 002.365.00000-7

REGIÃO NORDESTESindicato Fundação Registro Sindical

AL 12.03.97 002.365.89638-8BA 07.12.94 002.365.90858-0CE 12.12.88 002.365.88157-7MA 13.08.97 002.365.90023-7PB 22.06.94 002.365.90755-0PE 08.02.93 002.365. 88145-3PI 21.06.99 002.365.90801-7

RN 16.06.96 002.365.00000-7SE 24.09.91 002.365.04999-5

NOTAS:1 - As firmas ou empresas e as entidades ou instituições cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 11.928,00, estão obrigadas ao

recolhimento da Contribuição Sindical mínima de R$ 95,42, de acordo com o disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pelaLei n.º 7.047 de 01 de dezembro de 1982);

2 - As firmas ou empresas com capital social superior a R$127.232.000,00, recolherão a Contribuição Sindical máxima de R$44.912,90, na forma do disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pela Lei n.º 7.047 de 01 de dezembro de 1982);

3 - Base de cálculo conforme art. 21 da Lei n.º 8.178, de 01 de março de 1991 e atualizado pela mesma variação da UFIR, de acordocom o art. 2º da Lei n.º 8.383, de 30 de dezembro de 1991, observada a Resolução CNC/SICOMÉRCIO n.º 017/2003.

CUIDADOS NO PREENCHIMENTOÉ indispensável o preenchimento correto da GRCS, especialmente do campo 07 - CÓDIGO DA ENTIDADE SINDICAL, motivo pelo qualdivulgamos os códigos sindicais que devem ser utilizados para cada sindicato.

MORA / PENALIDADESDurante o primeiro mês de atraso no recolhimento da contribuição sindical patronal, incidirá multa correspondente a 10% (dez por cento) de seuvalor e, a partir do segundo mês de atraso, será acrescida sucessivamente de 2% (dois por cento) ao mês ou fração.Em caso de mora, são ainda devidos juros à razão de 1% (um por cento) ao mês ou fração e correção monetária calculada de acordo com oscoeficientes aplicáveis a débitos para com a Fazenda Nacional (artigo 600 da CLT). Além dos acréscimos decorrentes da mora, sujeita-se oinadimplente à imputação de multa pela Delegacia Regional do Trabalho, da ordem de 7,5657 até 7.565,6932 UFIR, segundo dispõe o artigo 598da CLT e Portaria n.º 148, de 25 de janeiro de 1996, do Ministro de Estado do Trabalho.

CÓDIGOS DA ENTIDADE SINDICALCada Sindicato Filiado tem seu código sindical. As guias entregues pelo seu Sindicato já vêm previamente preenchidas com o respectivo código.Caso sua empresa contábil não tenha recebido as guias, você poderá preenchê-la, respeitando os seguintes códigos de área, conforme quadroabaixo.

CATEGORIAS REPRESENTADAS PELOS SINDICATOS FILIADOSA relação apresentada na página 32 resume basicamente a representatividade dos Sindicatos.

OBSERVAÇÕES FINAISDemais informações e esclarecimentos podem ser obtidos diretamente no Sindicato (relação na página 2) com base territorial abrangente dalocalidade em que sediado o contribuinte, cuja orientação prevalece no cumprimento da contribuição sindical mencionada.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 96 - 35

CNC

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