edição 97 fenacon em 2004 · fenacon em ano ix edição 97 janeiro 2004 publicação mensal da...

36
FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr esas de Serviços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento, Perícias, Infor mações e Pesquisas dirigida a empr esários de prestação de serviços - Valor Unitário - R$ 2,50 Governo sanciona ‘Reforma Tributária’, mas setor produtivo tem pouco a comemorar. Primeiras alterações trazem, como ‘novidade’, aumento de carga tributária. Cofins não-cumulativa, em vigor a partir de fevereiro, abre a lista Nada de novo Tempo esgotado Termina prazo para as empresas se adaptarem ao Novo Código Civil Não esqueça! Contribuição Sindical 2004 31 de janeiro é o prazo final

Upload: others

Post on 03-Mar-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

FENACON emAno IX

Edição 97

Janeiro2004

Publ

icaçã

o M

ensa

l da F

eder

ação

Nac

iona

l das

Em

pres

as d

e Ser

viços

Con

tábeis

e da

s Em

pres

as d

e Ass

esso

ram

ento

, Per

ícias

, Inf

orm

açõe

s e P

esqu

isas d

irigi

da a

empr

esár

ios d

e pre

staçã

o de

serv

iços -

Valo

r Uni

tário

- R$

2,5

0

Governo sanciona ‘Reforma Tributária’, mas setor produtivo tem pouco a comemorar.Primeiras alterações trazem, como ‘novidade’, aumento de carga tributária.Cofins não-cumulativa, em vigor a partir de fevereiro, abre a lista

Nada de novo

Tempo esgotadoTermina prazo para as empresas seadaptarem ao Novo Código Civil

Não esqueça!

Contribuição Sindical 2004

31 de janeiro é o

prazo final

Page 2: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

SESCAP - AcrePres.: Sergio CastagnaAv. Getúlio Vargas, 130, sala 205 - Centro69900-660 - Rio Branco/ACTel.: (68) 223-8177/[email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - AlagoasPres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 18557050-080 - Maceió/ALTelefax: (82) 336-6038 / [email protected]/sescon-alCód. Sindical: 002.365.89638-8

SESCAP - AmapáPres.: Aluisio Pires de OliveiraR. Hamilton Silva, 2200, Bairro Trem68906-480 - Macapá/APTelefax: (96) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - AmazonasPres.: Wilson Américo da SilvaR. Monsenhor Coutinho, 477 - sala 5 - Centro69010-110 - Manaus/AMTelefax: (92) 3087-6089 / [email protected]/sescon-amCód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCAP - ApucaranaPres.: Alicindo Carlos MorotiR. Osvaldo Cruz, 359 - Centro86800-720 - Apucarana/PRTelefax: (43) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCAP - BahiaPres.: Fernando César Passos LopoAv. Antonio Carlos Magalhães, 257312° andar, salas 1205/1206Candeal de Brotas40289.900 - Salvador/BATel.: (71) 452-4082 / Fax: (71) [email protected]ód. Sindical: 002.365.90858-0

SESCON - Baixada SantistaPres.: Orival da CruzAv. Conselheiro Nebias, 592, Boqueirão11045-002 - Santos/SPTel.: (13) 3222-4839Fax: (13) 3222-1862

SESCON - BlumenauPres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - 10º andarsalas 1009/101089010-901 - Blumenau/SCTel.: (47) 326-0236 / Fax: (47) [email protected]ód. Sindical: 002.365.89502-0

SESCON - CampinasPres.: Gervásio de SouzaR. Dona Ester Nogueira, 28313073-040 - Campinas/SP

SESCON - Caxias do SulPres.: Moacir CarboneraR. Ítalo Victor Bersani, 1134 - Jd. América95050-520 - Caxias do Sul/RSTel.: (54) 222-7831 / 228-2425Fax: (54) [email protected]ód. Sindical: 002.365.87490-2

SESCON - CearáPres.: Urubatam Augusto RibeiroAv. Washington Soares, 1.400 - sala 401,Edson Queiróz60811-341 - Fortaleza/CETel.: (85) 273-2255 / Telefax: (85) [email protected]@sescon-ce.org.brwww.sescon-ce.org.brCód. Sindical: 002.365.88157-7

SESCON - Distrito FederalPres.: Elizer Soares de PaulaSHC CR Quadra 504, Bloco C, Subsolo -loja 64, Asa Sul - Entrada W270331-535 - Brasília/DFTel.: (61) 226-2456 / 226-1485 / 226-1269Fax: (61) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04303-2

SESCON - Espírito SantoPres.: Rider Rodrigues PontesR. Quintino Bocaiuva, 16, sala 90329010-903 - Vitória/ESTel.: (27) 3223-3547 / Fax: (27) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04904-9

SESCON - GoiásPres. Edson Cândido PintoAv. Goiás, 400 - 6º andar - sala 67 - Centro74010-010 - Goiânia/GOTelefax: (62) [email protected]/sescon-goCód. Sindical: 002.365.05474-3

SESCON - Grande FlorianópolisPres.: Walter Teófilo CruzR. Felipe Schmidt, 303, 9º andar, Centro88010-903 - Florianópolis/SCTelefax: (48) [email protected]ód. Sindical: 002.365.88511-4

SESCON - LondrinaPres.: Paulo BentoR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja86010-914 - Londrina/PRTelefax: (43) [email protected]ód. Sindical: 002.365.90169-1

SESCON - MaranhãoPres. Gilberto Alves RibeiroAv. Gerônimo de Albuquerque, s/n° - sala 201Retorno do Calhau - Casa do Trabalhador65051-200 - São Luís/MATelefax: (98) 246-7459 / [email protected]/sesconCód. Sindical: 002.365.90023-7

SESCON - Mato GrossoPres.: João dos SantosR. São Benedito, 851 - 1º andar - Lixeira78010-800 - Cuiabá/MTTel.: (65) 623-1603 / Fax: [email protected]ód. Sindical: 002.365.86025-1

SESCON - Mato Grosso do SulPres.: Laércio José JacomélliR. Elvira Pacheco Sampaio, 681 - JardimMonumento79071- 030 - Campo Grande/MSTelefax: (67) 387.6094 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.87924-6

SESCON - Minas GeraisPres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar - Centro30130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax: (31) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04937-5

SESCON - ParáPres.: Carlos Alberto do Rego CorreaAv. Presidente Vargas, 640 - 5° andarSala 01 - Campina66017-000 - Belém/PATelefax: (91) [email protected]ód. Sindical: 002.365.90145-4

SESCON - ParaíbaPres.Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.R. Rodrigues de Aquino, 267 -3º andar - Centro58013-030 - João Pessoa/PBTel.: (83) 222-9106Fax: (83) [email protected]/sescon-pbCód. Sindical: 002.365.90755-0

SESCAP - ParanáPres.: Valdir PietrobonR. Marechal Deodoro, 500 - 11º andar - Centro80010-911- Curitiba/PRTelefax (41) [email protected]ód. Sindical: 002.365.88248-4

SESCAP - PernambucoPres.: Almir Dias de SouzaR. José Aderval Chaves, 78, salas 407/408,Boa Viagem51111-030 - Recife/PETelefax: (81) [email protected]ód. Sindical: 002.365. 88145-3

SESCON - PiauíPres.: Tertulino Ribeiro PassosAv. José dos Santos e Silva, 2090sala 201 - Centro64001-300 - Teresina/PITelefax: (86) 221-9557 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.90801-7

SESCON - Ponta GrossaPres. Luiz Fernando SaffraiderR. XV de Novembro, 301 - 6° andar - salas67 e 68 - Centro84010-020 - Ponta Grossa/PRTelefax: (42) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - Rio de JaneiroPres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - sala 1906 - Centro20071-000 - Rio de Janeiro/RJTel.: (21) 2233-8868Telefax: (21) [email protected]/sescon-rjCód. Sindical: 002.365.86767-1

SESCON - Rio Grande do NortePres.: Edson Oliveira da SilvaR. Segundo Wanderley, 855-B, sala 122,Barro Vermelho59030-050 - Natal/RNTel.: (84) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON/ Rio Grande do SulPres.: Tadeu Saldanha SteimerR. Augusto Severo, 168 - São João90240-480 - Porto Alegre/RSTel.: (51) 3343-2090Fax: (51) [email protected]

SESCAP - RondôniaPres.: João Aramayo da SilvaAv. Carlos Gomes, 2292 - sala 04 - SãoCristóvão78901-200 - Porto Velho - ROTel.: (69) 3026-2531Fax: (69) [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - RoraimaPres.: Vivaldo Barbosa de Araújo FilhoR. Coronel Mota, 1848, Centro69301-120 - Boa Vista/RRTelefax: (95) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04959-6

SESCON - Santa CatarinaPres.: Vilson WegenerAv. Juscelino Kubitschek, 410 - bloco B -salas 306/30889201-906 - Joinville/SCTelefax: (47) 433-9849 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.02808-4

SESCON - São PauloPres.: Antônio MarangonAv. Tiradentes, 960 - Luz01102-000 - São Paulo/SPTelefax: (11) 3328-4900Fax: (11) [email protected]ód. Sindical: 002.365.86257-2

SESCON - SergipePres.: Wladimir Alves TorresR. Siriri, 496 - sala 3 - 1º andar - Centro49010-450 - Aracaju/SETelefax: (79) [email protected]ód. Sindical: 002.365.04999-5

SESCON - Sul FluminensePres. Fulvio Abrami StagiR. Orozimbo Leite, 14, 2º andar, Centro27330-420 - Barra Mansa/RJTelefax: (24) 3322-5627 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.05022-5

SESCON - TocantinsPres.: Antônio Luiz Amorim AraújoQuadra 103 Norte (ACNO I) - conjunto 2 -lote 10 - Centro77013-020 - Palmas/TOTelefax: (63) 215-5090 / [email protected]ód. Sindical: 002.365.00000-7

SESCON - TupãPres.: Hamilton D. Ramos FernandezR. Potiguaras, 414 - Centro17601-080 - Tupã/SPTel.: (14) 442-1727

Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

Empresário de Serviços, entre em contato com seu sindicato através de e-mail. É mais fácil, rápido e econômico.Critique, reivindique, opine, faça sugestões aos seus dirigentes. Eles querem trabalhar por você, em defesa de sua empresa.

Atualizado em 11.01.2004

Page 3: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

■ espaço do leitor .......................................................................04■ palavra do presidente ..............................................................05

. 2003 já foi tarde... Salve 2004!

■ brasil político ..........................................................................05■ entrevista .................................................................................06

. ‘A principal força da corrupção no Brasil está em aceitá-la’

■ simples ....................................................................................09. Todos a favor do Simples

■ opinião ....................................................................................10. Ano novo sem novidades: mais sobrecarga fiscal

■ tributação ................................................................................12. Novas normas para a Cofins

■ à luz do direito ........................................................................14. Seguro desemprego - aspectos legais

■ gestão sindical .........................................................................16. Sindicatos são beneficiados com novo sistema de gerenciamento

■ novo código civil ....................................................................18. Fim do prazo. Principais mudanças promovidas pelo Novo Código Civil

■ resolução CFC .........................................................................21. Resolução regulamenta obrigatoriedade do contrato de prestação de serviços contábeis

■ publicado & registrado ............................................................22. Fenacon divulga manifesto contra matéria da revista ‘Você S/A’. Enfrentando a burocracia. Comdex Las Vegas mostra fantástico mundo wireless

■ tecnologia da informação ........................................................24. Sistemas wireless e palmtops dominam mercado em 2004

■ análise .....................................................................................26. Gente que faz

■ regionais .................................................................................28. Contribuição Sindical 2004 e X Conescap são destaque em Natal. Consciência social no Paraná. 22º Ciclo de Estudos Contábeis de Londrina

■ gestão de pessoas ....................................................................29. Atravessando momentos de crise com sucesso

■ rápidas ....................................................................................30. Fenacon tem novo vice-presidente regional. Representação no Maranhão. Core/SC adere a campanha pelo Simples

■ go around ................................................................................31. A bicicleta do seu Abílio

■ campanha sindical ..................................................................32. Categorias econômicas representadas pelos sindicatos filiados à Fenacon. Embasamento legal da contribuição sindical. Códigos de área dos sindicatos filiados

Diretoria da Fenacon 2001/2004

Presidente: Pedro Coelho Neto

Vice-Presidente - Região Sudeste: Nivaldo Cleto

Vice-Presidente - Região Sul: Mário Elmir Berti

Vice-Presidente - Região Nordeste: José Geraldo Lins de Queirós

Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/Norte: Antônio Gutenberg Moraes de Anchieta

Diretor Administrativo: Roberto Wuthstrack

Diretor Financeiro: Horizon Donizett Faria de Almeida

Diretor Institucional: Haroldo Santos Filho

Diretor de Assuntos Legislativos e do Trabalho:Sauro Henrique de Almeida

Diretor de Eventos: José Rosenvaldo Evangelista Rios

Suplentes: José Eustáquio da FonsecaLuiz Valdir Slompo de LaraAnastácio Costa MotaMaciel Breno SchifflerOrival da CruzCleodon de Brito SaraivaIzabel Rodrigues LiipkeCarlos Alberto do Rego CorreaLeomir Antonio MinozzoWilliam de Paiva Motta

Conselho Fiscal

Efetivos: Jodoval Luiz dos SantosJosé Carmelo FariasAntonio José Papior

Suplentes: Irany Barroso de Oliveira FilhoAluísio Beserra de MendonçaLuis Carlos Freitas

Representação na CNC

Efetivos: Pedro Coelho NetoEliel Soares de Paula

Suplentes: José Augusto de CarvalhoMaria Elzira da Costa

Secretaria de redação

Setor Comercial Norte, Quadra 1, Bloco F, salas 602 e 603CEP 70711-905 - Brasília - DF • Telefax: (61) 327-0002E-mail: [email protected]

AnúnciosTel.: (11) 3875-0308 • E-mail: [email protected]

FENACONSetor Comercial Norte, Quadra 1,Bloco F, salas 602 e 603CEP 70711-905 - Brasília - DFTelefax: (61) 327-0002E-mail: [email protected]

ExpedienteA REVISTA FENACON EM SERVIÇOS é uma publicação mensal daFederação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e dasEmpresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas.

Circulação: nacional - empresas de setores de serviços ligadas aoSistema Fenacon, instituições de ensino superior, órgãosgovernamentais, representantes dos poderes legislativos eentidades empresariais.

Auditoria de Circulação: Itecon - Instituto Técnicode Consultoria e Auditoria S/C

Impressão: Prol Gráfica Editora Ltda.

Editor Responsável: André Luiz de Andrade

Direção de Arte e Diagramação: Marcelo Ventura

Conselho Editorial: Pedro Coelho NetoAntonio MarangonNivaldo CletoMário Elmir BertiGerson Lopes FontelesSérgio Approbato MachadoJosé Antonio de Godoy

Tiragem: 50 mil exemplares

A Revista Fenacon em Serviços não se responsabiliza pelosconceitos emitidos nas matérias ou artigos assinados

índice

FENACON em Ano IX - Edição 97

Janeiro de 2004

Page 4: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

4 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

espaço do leitor

Fale com o editor: [email protected] mensagens, para esta seção, somente serão publicadas com a devida identificação do leitor:

Nome, Endereço Completo e Telefone.Por motivos de espaço, a redação se reserva o direito de publicar de modo

resumido o conteúdo das cartas e e-mails dos leitores.

Você S/ACaro Sr. Pedro Coelho Neto, vejo que

decisões e atitudes com a responsabilidadecomo as tomadas por V.Sª são de extremaimportância para a classe contábil. Omanifesto escrito sobre a reportagem darevista Você S/A, a discordância quanto àalteração na lei retirando as empresas decontabilidade do sistema Simples e outrosrealizados e que acredito fielmente quevirão, hão de contribuir para uma classecontábil mais respeitada.

Hoje, tornou-se uma constante ligar oprofissional contábil com falcatruas,desmandos. Ligam a imagem do pro-fissional ao aumento de impostos e tudo oque prejudica a empresa, imaginando queo profissional trabalhe para o governo. Estána hora, ou já passa, que toda a classe dosbons profissionais alterem esta imagem,respeitando sua profissão e, claro, seuscolegas através do seu código de ética.

Atualmente, no mercado de prestação deserviços contábeis, predomina uma ofertade maus profissionais - pequena, mas queatrapalham os verdadeiros contabilistas.

A missão do contabilista não é distintadas outras profissões como a dos médicos,advogados, dentistas e outras classes quemantêm, através de seus representantes, ummerecido reconhecimento popular. Mesmohavendo profissionais desqualificados,estes não atingem a imagem respeitosaadquirida e sustentada pela maioria honestae plenamente confiável.

O profissional contábil também re-presenta uma classe de inestimávelimportância, nem maior ou menor que asdemais citadas. Por isto, merece oreconhecimento e respeito pertinentes àsoutras, junto a sociedade em geral.

Uma forma de reconhecimento podeser atitudes como as tomadas por V.Sª e arepetição, de forma maciça, através dosCRCs, CFC, Fenacon, sindicatos eassociações contábeis, que podemperfeitamente solicitar na mesma revistaum direito de resposta, por representarema classe, através do inciso V do artigo 5ºda Constituição Federal: “V - é asseguradoo direito de resposta, proporcional aoagravo, além da indenização por danomaterial, moral ou à imagem”.

Poderiam, portanto, se valer destedispositivo, quando da representação dacoletividade dos contabilistas e em outros

casos de reportagens negativas por parteda imprensa falada, escrita e televisio-nada, melhorando a imagem já desgastadadesta profissão que é de extrema grandeza.

No mais, queria agradecer e ser ple-namente a favor de tomadas de decisõesconscientes, firmes e de inigualável en-riquecimento e fortificação da classecontábil no Brasil.Fábio Renan [email protected]

SolidariedadeDeixo a minha solidariedade para com

o Sr. Raul Pereira Sampaio (‘Espaço doLeitor’ - RFS - edição 95), que sugeriu queo diretor da revista perguntasse ao Pres.Lula sobre o Simples. Também sugeririaum movimento para nós, contadores, irmosjuntos a Brasília mostrar que nossa classemerece ser ouvida. Afinal de contas,trabalhamos indiretamente para o governoe não temos benefícios nenhum.José Mauro C. MagalhãesJundiaí - [email protected]

SimplesGostaria de saber se vocês têm algum

trabalho sobre consultas formuladas pelocontribuinte sobre a possibilidade de optarpelo Simples, um trabalho bem recente,inclusive com as novas mudanças einclusão de novas empresas no Simples,conforme a Lei 9317/96.Rodomiro Vieira de SousaPosse - [email protected]

Nota da redação: Caro Rodomiro, nasedições 94 e 95 da RFS, publicamos relaçãode empresas optantes e vedadas ao Simples,produzida pela empresa IOB Thomson.

ScannerSomos uma empresa de contabilidade

de porte médio do Rio Grande do Sul eestamos estudando a possibilidade de

começar a escanear documentos, notasfiscais, recibos de pagamentos e outrosdocumentos de nossos clientes, a fim deeliminar a quantidade de documentos queficam no escritório e otimizar espaçofísico e usos de informação.

Desejaria uma breve orientação emrelação a melhor opção para comprar umscanner, pois minha impressão é que estessão bons para escanear imagens. Mas,gostaria de saber no caso de digitalizaçãode documentos, alguns deles não 100%visíveis, como notas fiscais de saída. Qualseria o melhor no mercado?

Tomo esta liberdade, pois sou um leitorpermanente de seus artigos na revista daFenacon, os quais me ajudam muito areconsiderar decisões de investimento emimpressoras e outros equipamentoscomputacionais.Márcio NevesServicon Assessoria Contábil e Gestã[email protected]

Nivaldo Cleto: Prezado Márcio, naminha empresa em SP estamos escaneandoos documentos há cerca de três anos. Aindaexiste um paradigma a ser quebrado - obri-gar os funcionários a localizarem os docu-mentos eletronicamente dentro da nossarede, porém, nada que um bom treinamentoou substituição da resistência não resolva.

Hoje, existem no mercado máquinasmultifuncionais que, além de escanear,podem servir de central de impressão, faxe copiadoras. Utilizamos uma LexmarkT632 que tem sido extremamente eficientee não dá problemas de manutenção.

Para gerenciar os documentos es-caneados utilizamos o ProScanDoc daProsoft, que também é eficiente e defácil entendimento para acessar os do-cumentos. Basta você escolher no mer-cado um scanner com resolução acimade 1200 DPI.

Tenho certeza que na sua cidade hárepresentantes da HP ou Lexmark quepoderão lhe dar uma orientação técnicae lhe ajudar na decisão de compra.

Page 5: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 5

Pedro Coelho Neto

palavra do presidente

2003 já foi tarde... Salve 2004!Bem que gostaríamos de apresentar

neste primeiro editorial do ano umbalanço recheado de otimismo. Infe-lizmente, o governo ‘novo’, copiando asvelhas práticas de administrações públicashá muito vigentes neste País, foi maiscompetente do que se esperava no afã dearrancar dinheiro do contribuinte. E,como o exemplo de cima pega mais quesarna, vêem-se, Brasil afora, dezenas degovernadores e milhares de prefeitos secoçando para assegurar sua dentada noosso; para aumentar sua fatia no bolo -um bolo que já está parecendo mais umabolacha, de tão mirrado.

Na pauta, leis que trataram da nãocumulatividade da Cofins, da prorrogaçãoda CPMF, da prorrogação da alíquota de27,5% do IRPF, do aumento do ICMSpara determinadas operações, do IPTU,do ISSQN e por aí vai. Para o primeiroano de governo, foi um encerramentodigno de comemoração (infelizmente, sópara os que fazem o governo). O objetivode retirar mais dinheiro das empresas, aqualquer custo, foi plenamente atingido.De quebra, ainda conseguiram permissãopara gastar fora do orçamento.

Imaginem se a moda pega e todas asadministrações estaduais e municipaisficarem livres para torrar tudo sem qual-quer amarra orçamentária! Afinal de

“O objetivo de retirar maisdinheiro das empresas, a

qualquer custo, foi plenamenteatingido. De quebra, ainda

conseguiram permissão paragastar fora do orçamento”

contas, governo não quebra, ainda maistendo à mão instrumentos legais - tão legaisquanto letais - de pegar receita nummercado cativo de contribuintes sub-missos. Seria irônico, não fosse trágico.

Enquanto o presidente se precipita como anúncio do início de um ‘espetáculo dodesenvolvimento’ e membros do seugoverno fazem discursos alardeando oinício da recuperação da economia, o quetivemos, em 2003, na verdade com-provada, foi a estagnação da economia.O PIB se manteve próximo de ‘zero’ e ocrescimento da arrecadação e o desem-prego disputando com a violência públicaa corrida da desesperança.

É difícil, com um quadro desse, encontrarboas lembranças do ano de 2003, quefelizmente já se foi (ufa!). Para 2004,podemos antever, quando muito, uma bolhade desenvolvimento, ou seja, algum alívio,que estaria longe de reparar tantas perdas acu-

muladas nos últimos anospelos setores produtivos.Mas, parodiando Eu-clides da Cunha sobre osertanejo, o empresáriobrasileiro é acima de tudoum forte. O prestador deserviços, então, con-tinuará servindo, a des-peito das crises e apesardas ‘reformas’ de qual-quer governo.

A esperança é que umdia os governantesacordem e entendam quecontribuinte não éinimigo do Estado. Quesintam a necessidade

urgente de mudar as estratégias dearrecadação de tributos e de aplicação dosrecursos públicos, assegurando maiorestabilidade para as empresas. Isso, antesque ocorra a morte irremediável da‘galinha dos ovos de ouro’. Não é possívelque os segmentos produtivos sejam con-denados, indefinidamente, ao finan-ciamento de uma máquina de governocomparada a um ‘buraco negro’. Ou auma esfinge intocável ocupada em triturare devorar os recursos, duramenteproduzidos por quem trabalha.

Mas, como ‘criticar por criticar’ nãoé uma prática recomendável, deixamosaqui, na mão estendida, um fio deesperança de que os representantes dopovo, os dirigentes desta Nação, sejamtocados pela humildade. Ah se elesquisessem um dia aprender um poucoda arte do empresário que ‘governa’,responsavelmente, com recursos es-cassos! Se não gastassem mais do quedispõem. Enfim, se não dessem pas-sadas maiores que as próprias pernas.Se não comprometessem o futuro daentidade, fazendo dívidas para queoutros paguem. Por outro lado, se nãofor pedir demais, que largassem essatolice de criar tanta burocracia. Quetenham sensibilidade para avaliar assuas exigências descabidas; para revera infinidade de obrigações impondocustos adicionais às empresas, jásobrecarregadas de tanta tributação.

A nós, empresários, resta mantermo-nos alertas, diligentes e unidos,cobrando dos nossos representantespartidários e/ou sindicais uma atuaçãoindependente e mais corajosa na defesada instituição empresarial. Só assim serápossível construirmos uma economiaforte o suficiente para não dependermosde recursos emergenciais e de inves-tidores temporários, interessadosexclusivamente em ganhos fáceis.

Pedro Coelho Netoé presidente da Fenacon

[email protected]

brasil político

Mar

celo

Ven

tura

Page 6: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

6 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

entrevista

RFS - O que leva um país a ter altosíndices de corrupção?Luiz Otávio - Eu digo que a principalforça da corrupção no Brasil está emaceitá-la. É o que eu chamo de ‘não-adiantismo’. Se você tem uma atitude edecide reagir contra a corrupção, vocêacha o telefone, o endereço do Mi-nistério Público, reclama, exige ação desuas entidades e descobre as ouvidorias,as corregedorias que existem por aí eque ninguém nem sabe. Se você decide,você acha.

RFS - Corrupção é uma característicade país subdesenvolvido?Luiz Otávio - A corrupção é ca-racterística do ser humano, de todas associedades. Agora,se você examinar osíndices de corrup-ção nos diversospaíses e os índicesde desenvolvimentohumano, vai perce-ber que a populaçãode um país com me-nos corrupção tendea ter melhor qualidade de vida.

RFS - Burocracia tende a facilitar acorrupção?Luiz Otávio - Existe fonte de corrupçãona burocracia, existe fonte de corrupçãona lentidão, na morosidade do Poder

‘A principal força da corrupçãono Brasil está em aceitá-la’

Por Fernando Olivan

Judiciário, existe fonte de cor-rupção na instabilidade jurídica, nafreqüente mudança das normas;Constituição, portarias, ordens deserviço, instruções normativas ... Tudoisso é fonte de corrupção. Agora, na minhaavaliação, a maior ou mais grave dasfontes de corrupção, que inclusive in-fluencia todas as outras, é a culturacomportamental de boa parte da sociedadebrasileira, inclusive a parcela maisqualificada. E, veja, existem os órgãos, osdirigentes maiores da nação que dãopéssimos exemplos para nós.

RFS - Mudou alguma coisa no país em20, 30 anos?Luiz Otávio - Pelos dados publicados

pela TransparênciaBrasil, que é umaorganização voltadaà redução e ao com-bate da corrupção,ela, no Brasil, nosúltimos anos, nãotem diminuído. Está,na melhor das hi-póteses, se man-

tendo no mesmo patamar.

RSF - A corrupção está mais evidente,está sendo mais noticiada?Luiz Otávio - Ela está mais noticiada,porque nós temos uma imprensa maislivre e porque, desde 88, nós temos os

Quando falamos em corrupção no Brasil, não faltam casos para serem lembrados.Fraudes, desvios na administração pública, superfaturamentos de obras, funcionáriosfantasmas entre outras infinidades de maus exemplos de má gestão do dinheiropúblico. Mas como a sociedade civil pode reagir e cobrar de seus dirigentestransparência no uso de seus recursos? Nesta entrevista concedida à RFS, o ex-audi-tor fiscal da Receita Federal, Luiz Otávio Borges, membro das ONG’s ‘TransparênciaBrasil (www.transparencia.org.br)’ e ‘Instituto de Estudos de Direito e Cidadania(www.iedc.org.br)’, analisa as principais conseqüências da corrupção na sociedade,destaca o papel do profissional contábil no ‘efeito semente’ da moralização e incentivaa população a reagir.

procuradores da República, promotores deJustiça voltados para a lei, defendendo asociedade e não defendendo o Estadocomo era até antes de 88.

RFS - O que a sociedade pode fazerpara diminuir a corrupção no País?Luiz Otávio - Eu acho que é a perguntachave quando a gente fala em corrupção.Eu estou convicto de que a culturacomportamental, a forma como a genteenxerga a interação entre o Estado e asociedade, esse é o nó maior, o nó maisencrencado da questão. O Brasil não vaisair do atoleiro em que está, vai continuarsofrendo os efeitos sociais e econômicosda corrupção, até que a sociedade civildecida ou queira com mais intensidadereagir a esse estado de coisas, porqueexistem alguns exemplos, até bemrecentes, de como a sociedade está omissaou entorpecida, resignada e desanimada.Por exemplo: veja esse caso dos‘gafanhotos’ de Roraima. Imagine aquantidade gigante de pessoas que sabiamque aquilo estava acontecendo mas nãoreagiram. Uma auditoria feita há poucotempo atrás descobriu que em 7 Estadosbrasileiros, aliás, Estados com populaçãopequena, existiam 20 mil funcionáriosfantasmas. Imagine quanta gente teve que

“Nós temos uma tendênciaem maior ou menor grau de

achar - ‘eu votei em tal pessoae a minha responsabilidade

está completada’”

Foto

: Sér

gio

de P

aula

Page 7: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 7

“A sociedade está omissaou entorpecida, resignada

e desanimada”

ficar quieta para que isso pudesseacontecer. É claro que sempre há aquelaturma que não quer fazer nada para poderaproveitar também.

RFS - A arma está no voto ou na atitudedas pessoas?Luiz Otávio - A arma está no voto emtermos institucionais, porque de quatro emquatro anos a gente pode melhorar aqualidade das instituições, mas a arma queeu vejo como mais necessária hoje noBrasil é a atuação operacional, aquela dodia-a-dia. Eu gostaria de ver mais gente nasociedade apostar no que eu chamo de‘efeito semente’ e ‘efeito avalanche’. Exis-tem muitos exemplos disso.

Os leitores devem lembrar da máfia dosfiscais de São Paulo. Começou com umapequena empresária jogando uma pedra

numa tentativa de corrupção deum fiscal da prefeitura. Aquelapedra gerou uma grande ava-lanche de vereadores, depu-tados sendo cassados, autori-dades sendo processadas, em-presas e por aí vai. Esse proces-so, essa fantástica CPI do Ba-nestado, que está investigandoo desvio de bilhões de dólarespara paraísos fiscais, começouhá muitos anos na investigaçãodos precatórios.Então, é mais um exemplo deque as pequenas pedras podem ocasionargrandes efeitos e a sociedade vai ter queacreditar nisso, de não achar que as pedrassão pequenas, de apostar nas pequenaspedras que podem gerar grandes ava-lanches ou nas pequenas sementes quepodem gerar grandes árvores.

RFS - É importante também a mudan-ça comportamental nas pequenasatitudes, como prática de agilizardocumentos em troca de pequenasquantias, a cultura da ‘caixinha’ etc?

Luiz Otávio - Não aceitar essas coisas éexatamente apostar no efeito semente. Agente sabe e, particularmente, oscontabilistas. Eles trabalham dandoassessoria contábil para as pessoasjurídicas e físicas, são os que têm maiscontato com várias organizações, comvários órgãos federais, estaduais emunicipais. Então, são essas pessoas ul-tra-qualificadas que ouvem, que sabem,vivenciam a chamada criação dedificuldades para vender facilidades, quesabem diretamente ou indiretamente, que

Foto

: Sér

gio

de P

aula

Exactus

Page 8: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

8 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

ouvem aquela frase “sem recibo é maisbarato”, que sabem da ocorrência devendas sem nota oupor nota falsa. Eutenho a convicção deque é por aí, nãoaceitando as peque-nas safadezas que agente vai conseguirderrotar as grandessafadezas.

RFS - Os contabilistas acabam seexpondo então justamente pelo meio emque convivem, de estarem próximos aopoder público?Luiz Otávio - Essa questão envolveaspectos psicológicos e sociológicos quevão além da minha capacidade de res-ponder. Mas, de uma forma mais sim-plificada e prática eu posso dizer que émenos uma questão de índole e mais umaquestão de ajustamento ao meio social. Éisto que desanima vários profissionais, emespecial os contabilistas. O Brasil tem umpotencial de crescer bastante e de ter umasociedade muito mais desenvolvida e umasituação social bem mais justa, mas acorrupção está nos matando, está arrasandocom esta capacidade que o Brasil tem.

A nação vai depender muito dos con-tabilistas, porque são as pessoas maispreparadas e que mais informações tême podem reagir a este estado de coisas.Eu sei porque conheço muitos con-tabilistas e não diria nem que é a maioria,diria que 100% dos contabilistas queremreagir. Mas eles também são vítimas demaior ou menor grau da cultura do não-adiantismo, de achar que não adiantareagir e a minha mensagem é: não sóadianta reagir como nós não temos outraalternativa. É só ler o jornal, ver o queacontece. Nós não temos alternativa, anão ser melhorar a eficácia da interaçãoentre o Estado e a sociedade. Não háoutra salvação.

RFS - Falta comunicação entre oGoverno e a sociedade?Luiz Otávio - Eu acho que existemfalhas de comunicação, mas dos doislados. Por exemplo: eu conheço muitaspessoas altamente qualificadas, comcurso superior, com mestrado, em

posições importantes nas áreas pro-fissionais, nas áreas políticas, jorna-

lísticas e elas nãosabem achar o tele-fone ou o site doMinistério Público.Elas não sabem queexistem e em nú-mero crescente en-tidades que defen-dem a cidadania.Muitas pessoas não

insistem junto às suas entidades declasse, federações, confederações. Nóstemos uma tendência em maior oumenor grau de achar - ‘eu votei em talpessoa e a minha responsabilidade, aminha atuação está completada’. Este éum grande engano.

RFS - A alta carga de impostos podepropiciar a corrupção? Como o Sr.avalia a atual Reforma Tributárianeste contexto?Luiz Otávio - Eu tenho lido muitosartigos de pessoas especializadas e aminha conclusão é que não houveReforma Tributária nenhuma. Houveapenas um rearranjo das receitas, dadistribuição das receitas entre os váriosníveis do Estado. Porque a ReformaTributária, uma digna de nome, teria quecomeçar atacando um dos principaisproblemas do Brasil que é o fato deaproximadamente 70% da carga tributáriaser indireta, a chamada carga tributária

regressiva, que a pessoa mais humilde, aocomprar um caderno, um quilo de arroz,paga o mesmo imposto que os maismilionários. É realmente desalentador nósvermos uma carga tributária que já estáem 38 ou 39% e em paralelo nós vemosgente morrendo por falta de atendimentoem filas de hospitais públicos. Essa cargatributária está servindo para outras coisas,mas não para dar o serviço ao público.

RFS - Como o público reage às suaspalestras? Há um interesse sobreeste tema?Luiz Otávio - Eu tenho de vez em quandoplatéias empresariais, mas o grosso dasminhas platéias é de universitários, ondeeu tento vender exatamente essas idéiasde que Brasil não terá solução, caso nãoinclua uma forte redução da corrupção,um forte aumento da interação positivaconstrutiva entre Estado e a sociedade. Éisso o que eu tenho feito e eu tenho sentidodos públicos a que eu tenho tido acesso -uma enorme reação, porque quando eujunto uma série de dados do que estáacontecendo no Brasil e faço a correlaçãoentre as mazelas brasileiras e o desvio dedinheiro público, noto que os rapazes emoças ficam realmente sensibilizados eespero que fiquem motivados para fazerparte da resistência.

RFS - Eles até conhecem pelo no-ticiário, mas não tem idéia das con-seqüências negativas que são geradas

pela corrupção?Luiz Otávio - Ou não tem idéia daquantidade de fatos negativos ou já seacostumaram. O pior problema causadopor uma quadrilha de juizes não é odinheiro que eles roubam, porquequalquer quantia que uma quadrilha dejuizes, policiais ou fiscais rouba éinfinitamente menor do que amensagem extremamente destrutiva deque não temos mais a quem apelar.Porque, no momento em que elestambém participam da safadeza, asensação que nos vem é de completodesamparo e essa sensação acaba nosentorpecendo. Se essa juventude, omelhor material humano que nós temos,também desanimar, aí realmente vai serdifícil tirar o Brasil do buraco.

entrevista

“A nação vai depender muitodos contabilistas, porque sãoas pessoas mais preparadas e

que mais podem reagir aeste estado de coisas”

Foto

: Sér

gio

de P

aula

Page 9: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 9

simples

No último dia 09 de dezembro, a Fenaconentregou aos principais representantes doGoverno Federal cerca de 15.600 assinaturasa favor da inclusão das prestadoras deserviços no Simples. O abaixo-assinado fazparte do ‘Movimento Nacional pelo Simplespara as empresas de serviços’ retomado nofinal do ano passado.Cerca de 80 milestão impedidas deaderirem ao sistemasimplificado de tri-butos, apesar daConstituição Fe-deral, em seu artigo179, assegurar tra-tamento tributáriodiferenciado e sim-plificado às micro epequenas empresas,sem distinção.

Recolhidas empouco mais de ummês, as assinaturasforam encaminhadase protocoladas naPresidência da República, Câmara dosDeputados e no Senado, nos ministérios daFazenda e Casa Civil e Secretaria da ReceitaFederal. Durante um almoço com cerca de100 pessoas entre deputados e entidadesrepresentativas de prestadores de serviços, emBrasília, foram entregues também assinaturaspara o coordenador da Frente Parlamentarda Micro e Pequena Empresa, deputado fed-eral Augusto Nardes (PP/RS).

Os documentos foram encaminhadospessoalmente pelo presidente da Fenacon,Pedro Coelho Neto, juntamente com osdiretores Financeiro, Horizon DonizettFaria de Almeida e Institucional, HaroldoSantos Filho, o vice-presidente daFenacon (Regiões Centro-Oeste e Norte),Antônio Gutenberg Moraes de Anchieta,e pelo deputado federal e vice-presidentedo Núcleo Parlamentar de EstudosContábeis e Tributários, Carlos Motta

Todos a favor do SimplesFenacon entrega abaixo-assinado reivindicando inclusão de empresasprestadoras de serviços no Sistema Simplificado de Pagamentos Federal

(PL-MG). Em seguida, eles se reuniramcom diversos representantes de entidadese visitaram os gabinetes das lideranças dospartidos PTB, PL, PSB, PDT e do líderdo governo Aldo Rebelo (PCdoB/SP).

Alteração no ISSA Lei Complementar n.º 116, de 31 de

julho de 2003, que alterou a legislação doImposto Sobre Serviços de QualquerNatureza (ISS), continua cau-sando confusão e perturbando osono, que já é leve, dos empre-sários de setores de serviços.

O Decreto Lei n.º 406, de1968, que legislava sobre oassunto, estabelece, em seuartigo 9º, que a prestação deserviços sob a forma de trabalhopessoal não pode ser calculadacom base na sua remuneração.Mas a LC 116 não revogou esteartigo, portanto as empresaspassariam a contribuir confor-me manda a lei original. Mas, muitos mu-nicípios, e o próprio governo, entenderam

que a LC regula toda a legislação do ISS eque não haveria necessidade de umarevogação expressa do artigo 9º.

Com este ‘buraco’ na lei, as prefeiturasarregalaram os olhos com a possibilidadede aumentar sua arrecadação em cima deum setor já bastante penalizado por tributos.

SensibilizadosDiante de protestos da Fenacon e de

outras entidades representativas de diversossegmentos, o Senado aprovou, no último dia09 de dezembro, por 64 votos a 2, um projetode lei para a LC 116. Segundo o novo texto,profissionais liberais continuarão pagandoum valor fixo por profissional. A redaçãoapresentada originalmente pelo PL revogavaa tributação diferenciada para profissionaisliberais. O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) apresentou emenda reintroduzindo oregime diferenciado, que acabou confirmadano texto original.

A Fenacon enviou, no mês de dezembro,para mais de 16 mil cadastrados de seu PressClipping e entidades representativas, ummodelo de carta junto com os endereços dee-mails e telefones de todos os senadores. Amedida tinha como objetivo ‘sensibiliza-los’do castigo tributário imposto sobre asempresas de prestação de serviços, enviandoo modelo de texto assinado através de faxou e-mail para os seus gabinetes. Afinal,havia a possibilidade de o Governo inseriruma alteração passando a taxar o ISS atravésdo recolhimento mensal (5%) sobre ofaturamento bruto.

Como houve emendas ao projeto quepassou no Senado, o PL deverá voltar à

Câmara dos Deputados. Portanto, amobilização continua.

Esq. p/ a dir., Horizon Donizett Faria de Almeida, AntônioGutenberg Moraes de Anchieta, Carlos Motta (PL-MG), PedroCoelho Neto e Haroldo Santos Filho, em Brasília, para a entrega doabaixo-assinado reivindicando inclusão de empresas prestadorasde serviços no Sistema Simplificado de Pagamentos Federal

Pedro Coelho Neto protocola entrega das assinaturas,acompanhado do deputado Carlos Motta

Foto

s: L

. Mar

tinez

Page 10: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

10 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

Foto

: Ale

x S

alimopinião

Parece que o Governo ainda vai levaralgum tempo para entender que a atividadeeconômica somente vai crescer quando eleestancar a sangria de recursos das empresase dos cidadãos que tem sido praticada coma crescente elevação da carga tributária.

Durante o ano passado, a economiabrasileira apresentou alguns indicadoreseconômicos positivos, como em relaçãoao ‘risco-país’, à queda do dólar e aosuperávit fiscal. No entanto, o crescimentodo PIB foi de apenas 0,4%, a taxa dedesemprego, em ritmo crescente, atingiu12,9% e houve uma queda de 15,2% narenda dos trabalhadores.

Os dados negativos confirmaram arecessão da economia brasileira, queprecisava ser revertida, rapidamente, commedidas concretas de desoneração daprodução e dos salários, redução da cargatributária para todos os contribuintes, criandoas condições do crescimento das atividadesempresariais e a geração de novos empregos.

No entanto, este não foi o caminhoadotado pelo Executivo Federal. Pelocontrário, as inúmeras medidasaprovadas, ao final do ano passado,ampliam a carga tributária e vão impedira retomada do crescimento econômico tãoanunciado pelo Governo.

A Reforma Tributara, aprovada pelaEmenda Constitucional n.º 42/2003, que

Ano novo sem novidades:mais sobrecarga fiscal

“Os dados negativosconfirmaram a recessão da

economia brasileira, queprecisava ser revertida,

rapidamente, com medidasconcretas de desoneração

da produção”

Por Marta Arakaki

gerou tanta polêmica e expectativa, nãocontemplou muitas alterações propostaspelo próprio Governo, as quais foram sendoabandonadas ao longo das votações naCâmara e no Senado Federal. Era evidenteo esforço de todos os níveis de governo parainserir alterações que lhes proporcionasseampliar a sua arrecadação.

A União, os estados e municípiosnegociaram muito, mas não conseguiram

arrancar dos deputados e senadoresa aprovação de todos os aumentosde tributos que desejavam paraampliar, ainda mais, as suasrespectivas fatias do bolo tri-butário. Parece que não havia amenor preocupação com a situaçãodifícil que estão enfrentando oscidadãos e as empresas brasileiras,notadamente, as de micro epequeno porte.

Diante do impasse entre oGoverno e o Congresso sobrealguns pontos, a solução foiaprovar o que era consenso,dividindo a vigência das alte-

rações tributárias em 3 fases, a saber:

1ª Fase - Vigência a partir de1º janeiro/2004■ CPMF - Mantida até 2007, com alíquotade 0,38%, com uma promessa do governode encaminhar ao Congresso um projetode lei tornando a CPMF permanente, mas

com previsão de redução da alíquota paraaté 0,08%. Enquanto isto não ocorre, ocontribuinte continuará onerado por umaalíquota excessivamente alta, que deveriaser reduzida a partir deste ano.

■ CIDE - 25% da arrecadação para osestados e municípios. Para compensar suaperda, a União já aumentou a alíquota daCIDE, onerando todos os brasileiros peloaumento nos preços do gás de cozinha,da energia e dos combustíveis

■ Cofins - Aprovada a não-cumula-tividade, que foi regulamentada pela MP135, de 30/10/2003 e convertida na Lei10.833, de 29/12/2003. Neste sistema, seráadotada uma nova alíquota de 7,6% quevigora a partir de 1º de fevereiro, re-presentando um aumento de 153% sobre aatual alíquota de 3%, equivalente ao quetambém foi aplicado na alíquota do PIS,sob a mesma justificativa.

O novo sistema não cumulativo daCofins permite abater o que foi pago nasetapas anteriores e se aplica às empresastributadas pelo lucro real, exceto paraaquelas com atividades nas áreas da saúde,educação e transporte. Ele não atingeempresas tributadas pelo lucro presumidoou pelo Simples, que permanecerãorecolhendo a Cofins pela alíquota de 3%.

As empresas prestadoras de serviços, porutilizarem muita mão-de-obra, serão as maisoneradas com o novo sistema de cálculo daCofins, o que tem gerado preocupação como aumento de preços que teriam de fazer,mas que o mercado pode não suportar.

■ Incentivos fiscais - Criado o Fundo deCompensação das Exportações e prorrogadasas vigências da Zona Franca de Manaus, até2023, e da Lei de Informática, até 2019.

Dentre os pontos que também foramaprovados, mas ainda dependem deregulamentação, destacam-se os seguintes:

■ Supersimples - Lei complementardefinirá sobre a ampliação dos benefícios

Marcelo Ventura

Page 11: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 11

“O contribuinte está à mercêda voracidade fiscal, semcondições de se opor ao

verdadeiro confisco que temsido praticado na cobrança

dos tributos em nosso País”

do atual Simples, in-clusive pelos estadose municípios, paratodas as micro e pe-quenas empresas.

■ Desoneração dafolha de salários -Legislação específicadefinirá a cobrança departe da contribuição previdenciária patronalincidente sobre o faturamento das empresas.Tudo indica que esta medida vai onerar maisainda as empresas, pois a nova contribuiçãovai conviver com a contribuição patronalsobre a folha de salários.

■ Guerra fiscal - Proibida a concessãode novos incentivos fiscais, sendo que,para os projetos atuais, uma Lei Com-plementar definirá regras de vigência, por,no máximo, mais 11 anos.

■ Política industrial - Será elaboradoprojeto de lei definindo tratamento di-ferenciado às regiões mais pobres parapromover a atração de novos investimentos.

■ Desoneração dos bens de capital - Aaplicação do benefício será regulamentadapor decreto.

2ª Fase - Vigência apartir de 2005

■ Unificação do ICMS - Em 5 alíquotas,definidas pelo Senado. Os produtos serãoenquadrados nas respectivas alíquotaspelo Confaz.

■ Alíquotas re-duzidas - Lei com-plementar deter-minará a redução dealíquotas do ICMSsobre os produtos dacesta básica, in-sumos agrícolas,remédios e energia

para a população de baixa renda.

3ª Fase - Vigência a partir de2007 (em estudo)

■ Criação do IVA - Existem duas opçõespropondo a implantação do Imposto sobre oValor Adicionado. Uma prevê que o IVA seriaresultante da unificação do ICMS, do IPI, doISS e de todas as contribuições sociais, o quetornaria as suas alíquotas muito altas.

Na outra opção, o IVA surgiria apenasda fusão dos impostos citados e as con-tribuições formariam um outro tributo.Adotada qualquer uma das opções, terá queser redefinida a partilha da respectiva receitatributária entre União, estados e municípios.

Outras medidas foram tomadas peloGoverno, no sentido de aumentar oumanter a carga tributária, que podemprovocar reflexos econômicos negativos,dentre as quais destacam-se:

■ Imposto de Renda das Pessoas Físicas- congelamento da Tabela de Retenção naFonte e dos valores de dedução, que estãodefasados em 57,5%, se comparados à

variação do IPCA de 1996 a 2003, edescontada a última atualização, de apenas17,5%, que ocorreu em 2001.

Foi também mantida a alíquota máximade 27,5%, que deveria ter retornado para25%, a partir deste ano. Estas medidas vãoprovocar aumento na tributação sobre osrendimentos do trabalho e de aluguéispercebidos por pessoas físicas, reduzindosua capacidade de compra e poupança.

■ Imposto sobre serviços - ampliada alista de serviços e fixada alíquota mínimade 2% para incidência do ISS, pela LeiComplementar 116/2003, o que vaiprovocar aumento de tributação e dospreços dos serviços.

Como se constata, o contribuintebrasileiro está à mercê da voracidade fis-cal, sem condições de se opor aoverdadeiro confisco que tem sidopraticado na cobrança dos tributos emnosso País. Nem todos têm recursos pararecorrer ao judiciário ou se defender dasinjustas e onerosas investidas do fisco.

Por isto, é urgente a aprovação de umEstatuto de Defesa do Contribuinte, fixandoregras e limites para os governos exercerema sua capacidade de criar, aumentar e cobrartributos, evitando que inviabilizem as ati-vidades econômicas ou que, na linguagempopular: ‘matem a galinha dos ovos de ouro’.

Marta Arakaki é contabilista eadvogada, especializada em

tributação e legislação [email protected]

DP Comp

Page 12: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

12 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

Foto

: Div

ulga

ção

Por Edino Garcia

tributação

A partir de 1º de fevereiro de 2004, aCofins será não-cumulativa, comaplicação da alíquota de 7,6% sobre areceita bruta auferida pelas pessoasjurídicas. Os contribuintes são asempresas tributadas com base no lucroreal, exceto as instituições financeiras eequiparadas, que permanecem sujeitas àalíquota de 4%. As receitas de vendas debens e direitos pertencentes ao ativopermanente da pessoa jurídica nãointegram a base de cálculo da Cofins.

Continuam sujeitas à incidência daCofins, conforme a legislação anterior, asseguintes empresas:

■ Optantes pelo lucro presumido ouarbitrado;

■ Optantes pelo Simples Federal;

■ Imunes a impostos;

■ Cooperativas;

■ Órgãos públicos, autarquias e fun-dações públicas federais, estaduais emunicipais e fundações criadas ouautorizadas por lei.

Novas normas paraa Cofins

“Os créditos não aproveitadosem um determinado mêspoderão ser utilizados nos

meses subseqüentes”

As seguintes receitas auferidas pelaspessoas jurídicas não estão sujeitas à novanorma da Cofins, permanecendo com aincidência já vigente:

1) Receitas de pessoas jurídicas imunes aimpostos;

2) Receitas de órgãos públicos, autarquiase fundações públicas e fundaçõesautorizadas por lei (CF/88, art. 61);

3) Receitas auferidas no regimemonofásico;

4) Receitas sujeitas à substituiçãotributária;

5) Receitas de prestação de serviços detelecomunicações;

6) Receitas de prestação de serviçosde empresas jornalíst icas e deradiodifusão sonora e de sons eimagens;

7) Receitas tributadas no regime especialde pessoa jurídica integrante doMercado Atacadista de EnergiaElétrica (MAE);

8) Receitas de prestação de serviços detransporte coletivo rodoviário,metroviário, ferroviário e aquaviáriode passageiros;

9) Receitas de serviços prestados por hos-pital, pronto-socorro, casa de saúde ede recuperação sob orientação médicae por banco de sangue;

10) Receitas de prestação de serviços deensino infantil, fundamental, médio esuperior.

Pelo sistema de não-comutatividade,as aquisições de mercadorias pararevenda, insumos na produção ou apli-cados na prestação de serviços, despesascom energia elétrica, encargos dedepreciação, aluguéis de prédios, des-pesas financeiras (exceto quando contraí-das com empresas optantes pelo SimplesFederal), benfeitorias e bens recebidosem devolução, tributados a 7,65%, dãodireito a crédito para fins de utilizaçãona Cofins devida mensalmente.

Os créditos não aproveitados em umdeterminado mês poderão ser utilizadosnos meses subseqüentes. Quanto aosencargos de depreciação, o crédito daCofins somente poderá ser apurado sobremáquinas, equipamentos e outros bensincorporados ao imobilizado, desde queadquiridos para utilização na produção ouna prestação de serviços.

No caso de construção por em-preitada ou de fornecimento a preçopredeterminado de bens ou serviços comentidades de direito público, empresapública, sociedade de economia mistaou suas subsidiárias - cuja receita para

Mar

celo

Ven

tura

Page 13: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 13

“A prestação de serviçospara pessoa física ou jurídica

domiciliada no exterior,com ingresso de divisas,

não terá incidência da Cofins”

fins de incidência da Cofins tenha sidodiferida, ou seja, tributada à medida doseu recebimento, o crédito a serutilizado sobre mercadorias pararevenda, insumos na produção ouaplicados na prestação de serviços,despesa com energia elétrica, encargosde depreciação, aluguéis de prédios,despesas financeiras, benfeitorias e bensrecebidos em devolução, tributados a7,65%, fica vinculado ao efetivorecebimento das receitas.

Nos contratos a longo prazo (superioresa um ano), de construção por empreitadaou de fornecimento, a preço pre-determinado, de bens ou serviços a seremproduzidos, a Cofins será calculada sobrea receita apurada de acordo com oscritérios definidos pela legislação doimposto de renda, ou seja, segundo oprogresso físico da obra.

Dessa forma, a apuração da receitapoderá ser efetuada mediante aplicação deum percentual sobre o valor do contrato.A determinação do percentual poderá serfeita da seguinte forma:

a) Com base na relação entre os custosincorridos no período de apuração e ocusto total estimado da execução daempreitada ou da produção ou;

b) Com base em laudo técnico deprofissional habilitado, segundo anatureza da empreitada ou dos bens ouserviços, que certifique a percentagemexecutada em função do progressofísico da empreitada ou produção.

As empresas que se dediquem à com-pra e venda de imóvel, promovam des-membramento ou loteamento de terrenos,incorporação imobiliária ou construção deprédios destinados à venda, somentepoderão utilizar os créditos apuradossobre os custos vinculados à unidadeconstruída ou em construção, quandorealizarem a venda das unidades narelação proporcional ao valor recebido.

Essas empresas, quando optarem pelocusto orçado, tam-bém terão direito aocrédito da Cofins,mas de forma pre-sumida sobre o or-çamento menos ocusto incorrido.Quando da con-clusão da obra, de-verão apurar a insu-ficiência ou não do custo orçado, a saber:

a) Sendo o custo realizado inferior aocusto orçado em mais de 15%, adiferença será considerada comopostergação da contribuição;

b) Sendo o custo realizado inferior ao custoorçado em até 15%, a diferença da con-tribuição será devida a partir da con-clusão da obra sem os acréscimos legais;

c) Sendo o custo realizado superiorao custo orçado, dará direito acrédito sobre a diferença apurada apartir da conclusão da obra, semnenhum acréscimo.

Os estoques existentes em 31 de janeirode 2003 dão direito a crédito da Cofinsaplicando-se a alíquota de 3% e a suautilização poderá ser feita em 12 parcelasmensais iguais e sucessivas.

As exportações de mercadorias parao exterior, prestação de serviços parapessoa física ou jurídica domiciliada noexterior, com ingresso de divisas, e ven-das a empresa comercial exportadoracom o fim de exportação não terão in-

cidência da Cofins.Além da isen-

ção, também terãodireito a créditosapurados sobre oscustos, despesas eencargos vincu-lados à receita deexportação parautilização na com-

pensação da Cofins devida nas operaçõestributadas no mercado interno. Asempresas comerciais exportadoras nãoterão direito a esse crédito.

Caso a empresa não tenha comocompensar esses créditos, eles poderão serutilizados para compensação de tributose contribuições administrados pelaReceita Federal. Ao final de cadatrimestre, o crédito não utilizado poderáser ressarcido em dinheiro.

Edino Garcia é tributarista da IOB Thomson,especialista em legislações do Imposto de

Renda, Comercial, Societária e Contábilwww.iob.com.br

Domínio

Page 14: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

14 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

à luz do direito

Por Líris Silvia Zoega Tognoli do Amaral

O programa do Seguro Desemprego tempor finalidade: prover assistência financeiratemporária ao trabalhador desempregadoem virtude de dispensa sem justa causa, in-clusive a indireta, e auxiliar os trabalhadoresna busca de emprego, promovendo, paratanto, ações integradas de orientação,recolocação e qualificação profissional.

Os fundamentos legais que regulam o SDsão a Lei n.º 7.998, de 11 de janeiro de 1990,e a Lei n.º 8.900, de 30 de junho de 1994.Tem direito a perceber o SD o trabalhadordispensado sem justa causa, inclusive porrescisão indireta, que comprove:

a) Ter recebido salários consecutivos noperíodo de 6 meses imediatamente ante-riores à data da dispensa, de uma ou maispessoas jurídicas ou pessoas físicas equi-paradas às jurídicas. Exemplo: dispensa em02/10/2003 - comprovação de recebimentode salários de abril a setembro/2003;

b) Ter sido empregado de pessoa jurídica oupessoa física equiparada à jurídica, durante,pelo menos, 6 meses nos últimos 36 mesesque antecederam a data de dispensa quedeu origem ao requerimento do SD;

c) Não estar em gozo de qualquer benefícioprevidenciário de prestação continuada,previsto no Regulamento de Benefíciosda Previdência Social, excetuando oauxílio-acidente e a pensão por morte;

d) Não possuir renda própria de qualquernatureza suficiente à sua manutenção ede sua família.

Notas I1ª) Na dispensa sem justa causa, não está

incluído o término do contrato de expe-

Seguro Desemprego - aspectos legais

“No caso do trabalhadorperceber salário com partevariável, a composição do

salário para cálculo doSD tomará por baseambas as parcelas”

riência, o término do contrato de safra e otérmino do contrato por obra certa, pois,nesses casos, não há dispensa doempregado e sim o termo do contratofirmado por prazo determinado.

2ª) Caracteriza-se a rescisão indireta docontrato de trabalho pela prática, porparte do empregador, de atos queimplicam violação das normas ouobrigações legais/contratuais na relaçãoempregatícia. Os casos de rescisãoindireta constam do art. 483 da CLT.

Notas II1ª) Considera-se pessoa física equiparada à

pessoa jurídica, os profissionais liberaisinscritos no Cadastro Específico do Ins-tituto Nacional do Seguro Social (CEI).

2ª) Considera-se um mês de atividade, paraefeito deste item, a fração igual ou supe-rior a 15 dias, nos termos da Conso-lidação das Leis do Trabalho (CLT).

ComprovaçãoA comprovação dos requisitos de que

trata o item anterior deve ser feita:

a) Mediante as anotações da Carteira deTrabalho e Previdência Social (CTPS);

b) Pela apresentação do Termo de Rescisãodo Contrato de Trabalho (TRCT), ho-mologado quando o período trabalhadofor superior a 1 ano;

c) Mediante documento utilizado para le-vantamento dos depósitos do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço (FGTS) ouextrato comprobatório dos depósitos;

d) Pela apresentação da sentença judicialtransitada em julgado, acórdão ou certidãojudicial, na qual conste os dados do tra-balhador, da empresa e o motivo dademissão sem justa causa;

e) Mediante verificação a cargo da fis-calização trabalhista ou previdenciária,quando couber.

ConcessãoO SD é concedido ao trabalhador de-

sempregado, por um período máximo variável

de 3 a 5 meses, de forma contínua ou al-ternada, a cada período aquisitivo de 16 meses,observando-se a seguinte relação:

a) 3 parcelas, se o trabalhador comprovarvínculo empregatício com pessoa jurídicaou pessoa física a ela equiparada de, nomínimo, 6 meses e no máximo 11 meses,nos últimos 36 meses;

b) 4 parcelas, se o trabalhador comprovarvínculo empregatício com pessoa jurídicaou pessoa física a ela equiparada de, nomínimo, 12 meses e, no máximo, 23meses no período de referência;

c) 5 parcelas, se o trabalhador comprovarvínculo empregatício com pessoajurídica ou pessoa física a ela equiparada,de, no mínimo, 24 meses no período dereferência.

O período aquisitivo de 16 meses écontado da data de dispensa que deu origemà última habilitação, não podendo serinterrompido quando a concessão do be-nefício estiver em curso.

A concessão do SD poderá ser retomadaa cada novo período aquisitivo desde queatendidas as condições estabelecidas na lei.

A primeira dispensa que habilitar o tra-balhador determinará o número de parcelas aque este terá direito no período aquisitivo.

A adesão a Planos de Demissão Voluntá-ria ou similares não dá direito ao benefício,por não caracterizar de-missão involuntária.

Mar

celo

Ven

tura

Page 15: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 15

“O RSD e a CD devidamentepreenchidos deverão ser

fornecidos pelo empregadorao trabalhador demitidosem justa causa, no ato

da dispensa”

Cálculo do valorO valor do benefício é fixado em moeda

corrente na data de sua concessão ecorrigido anualmente por índice oficial, nãopodendo ser inferior ao valor do saláriomínimo de R$ 240.

Para cálculo do valor do benefício doSD, segundo as faixas salariais a que serefere o art. 5° da Lei n° 7.998/90, serãoaplicados os seguintes critérios:

a) Para os salários até R$ 396,18, o valorda parcela do SD é obtido por intermédioda multiplicação do salário médio dos 3últimos meses trabalhados pelo fator 0,8;

b) Para os salários compreendidos entre R$396,18 e R$ 660,37, aplica-se, até olimite da alínea anterior, a regra nelacontida, e, no que exceder, o fator 0,5.O valor da parcela do SD será a somadesses dois valores;

c) Para os salários superiores a R$ 660,37, ovalor do benefício do SD é igual a R$449,04, não podendo ultrapassar esse valor.

O salário será calculado com base no mêscompleto de trabalho, mesmo que o trabalhadornão tenha trabalhado integralmente emqualquer dos 3 últimos meses. No caso dotrabalhador perceber salário com parte variável,a composição do salário para cálculo do SDtomará por base ambas as parcelas.

Para o trabalhador em gozo de auxílio-doença ou convocado para prestação doserviço militar, bem assim na hipótese denão ter percebido do mesmo empregadoros 3 últimos salários, o valor do benefíciobasear-se-á na média dos 2 últimos ou,ainda, no valor do último salário.

O SD é pessoal e intransferível, salvono caso de morte do segurado, para efeitode recebimento das parcelas vencidas,quando será pago a dependentes, medianteapresentação de alvará judicial. Também,no caso de grave moléstia do segurado,comprovada pela perícia médica do INSS,quando será pago ao seu curador ou ao seurepresentante legal, na forma admitida pelaPrevidência Social.

Prazo de requerimentoO Requerimento do Seguro Desem-

prego (RSD) e a Comunicação de Dispensa(CD) devidamente preenchidos com asinformações constantes da CTPS deverãoser fornecidos pelo empregador aotrabalhador demitido sem justa causa, noato da dispensa.

Os documentos deverão ser enca-minhados pelo trabalhador a partir do 7° atéo 120° dia subsequente à data da sua dispensa(90º dia, se empregado doméstico) aoMinistério do Trabalho e Emprego (MTE),por intermédio dos postos credenciados dassuas Delegacias do Sistema Nacional deEmprego (SINE) e entidades parceiras.

Nas localidades onde não existam essesórgãos, o RSD poderá ser encaminhado poroutra entidade autorizada pelo MTE.

DocumentaçãoPara requerer o beneficio, o trabalhador de-

verá apresentar os seguintes documentos:

a) Carteira de Identidade;b) Carteira de Trabalho e Previdência So-

cial (CTPS);c) Documento de identificação no Programa

de Integração Social (PIS) ou Programade Formação do Patrimônio do ServidorPúblico (PASEP);

d) Requerimento do Seguro-Desemprego(RSD) e Comunicação de Dispensa (CD);

e) Termo de Rescisão de Contrato deTrabalho (TRCT) homologado, quandoo período de vinculo for superior a l ano;

f) Documento de levantamento dosdepósitos no FGTS ou extrato com-probatório dos depósitos.

Caso não sejam atendidos os critérios ena hipótese de não ser concedido o SD, otrabalhador será comunicado dos motivosde indeferimento. Do indeferimento dopedido do SD, caberá recurso ao MTE porintermédio dos postos credenciados de suasDelegacias, no prazo de 90 dias, contadosda data em que o interessado tiver ciência.

PagamentoO pagamento da primeira parcela

corresponde aos 30 dias de desemprego, acontar da data da dispensa. O trabalhadorfaz jus ao pagamento integral das parcelas

subsequentes para cada mês, por fraçãoigual ou superior a 15 dias de desemprego.A primeira parcela é liberada 30 dias apósa data do requerimento e as demais a cadaintervalo de 30 dias contados da emissãoda parcela anterior.

SuspensãoO pagamento do SD é suspenso quando o

trabalhador é admitido em novo emprego ouno início de percepção de benefício de pres-tação continuada da Previdência Social, excetoo auxílio-acidente e a pensão por morte.

CancelamentoO SD é cancelado:

a) pela recusa, por parte do trabalhadordesempregado de outro emprego con-dizente com as qualificação e remu-neração anterior;

b) por comprovação da falsidade naprestações de informações necessárias àhabilitação;

c) por comprovação de fraude visando apercepção indevida do benefício do SD;

d) por morte do segurado.

Nos casos previstos nas alíneas ‘a’, ‘b’,e ‘c’, o SD será suspenso por 2 anos,dobrando-se este prazo em caso dereincidência. Para efeito do SD, considera-se emprego condizente com a vaga oferta-da aquele que apresente tarefas semelhantesao perfil profissional do trabalhador, de-clarado/comprovado no ato do seucadastramento.

RestituiçãoAs parcelas do SD recebidas in-

devidamente pelos segurados devem serrestituídas mediante depósito em conta doPrograma Seguro Desemprego na CaixaEconômica Federal, por formulário próprioa ser fornecido pelo MTE. O valor daparcela a ser restituída será corrigido peloÍndice Nacional de Preços ao Consumidor(INPC), a partir da data do recebimentoindevido, até a data da restituição.

Líris Silvia Zoega Tognoli do Amaral é consultora FISCOSoft On Line, advogada,

pós-graduada em Direito do Trabalho ePrevidência Social

[email protected]

Page 16: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

16 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

gestão sindical

Há dois anos, por solicitação dediversos presidentes de sindicatosfiliados, houve a necessidade de moder-nizar a administração sindical, devido àscrescentes mudanças de gestão pro-movidas pelas inovações tecnológicas.

Um novo sistema de gerenciamentosindical, o TCS, veio, portanto, supriresta adequação aos novos métodos narotina de trabalho.

Segundo RicardoPedro Timmers, sócio-diretor da empresa TCSSistemas, de Caxias doSul/RS - especializadaem soluções de infor-mática para entidades declasse - para cada cliente,são feitas adaptações queprocuram adequar oprograma às suas neces-sidades e ao seu perfil. No caso do SistemaFenacon, a automação das entidadesprivilegiou a geração de banco de dadose a atualização do cadastro de empresasassociadas, a contabilidade, o fluxo decaixa e as rotinas de escritório.

Sindicatos são beneficiados comnovo sistema de gerenciamentoNovo software de gestão, que está em sua fase final deimplantação, possibilitou a modernização e a dinamização daadministração do Sistema Fenacon

Pelo Sistema TCS também passoua ser possível a emissão da GuiaSindical, disponibilizada já a partirda Campanha de ContribuiçãoSindical 2004, via Internet, na páginada Fenacon ou dos próprios sin-

dicatos, e Press Clipping. Paraisso, basta selecionar o tipo deguia para emissão, preencher osdados solicitados e imprimir odocumento para pagamento nasagências bancárias.

O sistema, em ambiente Windows,também oferece independência ope-racional ao usuário, o qual pode criarseus gráficos de apresentaçãoe definir e montar seus pró-prios relatórios.

Os treinamentos, semprerealizados por um período dedois dias, se iniciaram emnovembro de 2002. Até de-zembro passado, participaram

cerca de 80 pessoas, entre fun-cionários e diretores dos sin-dicatos filiados de diversos

estados. “Sempreprocuramos fazer com queos participantes tenhammicros à disposição, demodo a poderem operar osistema simultaneamentecom o treinamento, alémde salas com projetores,permitindo uma fácil visua-lização”, diz Timmers.

SimplificaçãoEm todos os treinamentos os

participantes preenchem um questionáriode avaliação, onde opinam sobre a suaduração, instalações, material e instrutor.Para aqueles sindicatos que já fizeram o

primeiro treinamento e desejam revisar eaperfeiçoar os conhecimentos, a Fenacondisponibiliza o re-treinamento.

Segundo o téc-nico contábil doS e s c o n / G o i á s ,Carlos AlbertoAires dos Santos,o sistema simpli-ficou o trabalhoem todas as áreas.“Apesar de nãoutilizarmos aindatodos os seus itensdisponíveis, o sis-

tema é excelente, principalmente secomparado com o programa antigo queutilizávamos”, avalia.

“Conseguimos colocar em ordem onosso banco de dados, utilizamos a agendade contato, o financeiro, ainda não emtodos os módulos, mas a parte daContribuição Sindical 2004 foi todareal izadaatravés doTCS, semcontar quejá fizemosos testespara enviara nossa co-brança aos

O diretor Administrativo da federação,Roberto Wuthstrack, coordenou oprocesso de implantação do Sistema TCSjunto ao Sistema Fenacon

Foto

: Bec

aclic

k C

omun

icaç

ão V

isua

l

Facilidade: página na Internet permiteemissão de Guias de ContribuiçãoSindical Online

Tela de apresentação dosistema TCS

Tela do Cadastro deContribuintes

Tela da Posição Financeirados Contribuintes

Page 17: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 17

Ricardo Timmers explica que, paracada cliente, são feitasadaptações que procuram adequaro programa às suas necessidadese ao seu perfil

Foto

: Lill

ian

Vane

ssa

de O

livei

ra (A

rqui

vo F

enac

on)associa-

dos, tam-bém atra-vés dosistema,faltandoa p e n a sa l g u n sdetalhesjunto aobanco” ,

explica a secretária do Sescap/Per-nambuco, Giselle Santos.

Ao todo, são 24 sindicatos bene-ficiados com o sistema. O de GrandeFlorianópolis foi o primeiro a recebero novo modelo degerenciamento. “Fo-mos os primeiros emvirtude do crescimentode nosso espaço físicoe do volume de recur-sos que têm giradodentro do sindicato”,explicou, na ocasião, ogerente Administrativo,Emerson Paim.

AdaptaçãoA tarefa de encon-

trar o sistema opera-cional que melhorpudesse se adequaràs necessidades dossindicatos ficou acargo do diretoradministrat ivo daFenacon, RobertoWuthstrack. Apóspercorrer feiras detecnologia e esta-belecer diversos con-tatos, o diretor che-

gou aoT C SSistemas e conheceu osistema instalado na Fe-comércio - Federação doComércio e no Sindiloja- Sindicato dos Lojistas,ambos no Rio de Janeiro.

Os custos com a im-plantação do sistema, to-tal de R$ 70 mil, foram

Emissão de Guias Sindicais

Tela dos Recebimentos(pagamentos)

arcados pela Fe-nacon. Os sin-dicatos cobrem asdespesas com ostécnicos da em-presa gaúcha.“Até agora, possoafirmar que opessoal tem elo-giado a forma detreinamento e osistema”, defendeTimmers.

Segundo Car-los Alberto Airesdos Santos, o no-vo sistema deg e r e n c i a m e n t o

facilitou o trabalho em todas as áreasadministrativas do sindicato. “Algunsacharam complicado. Para mim foibem aceito e aprovado. Creio que é sóuma questão de tempo”. “O sistemaTCS é muito rico e nos dá a pos-sibilidade de termos o controle devárias áreas do sindicato em um sólugar”, elogia Giselle Santos.

Coad

Page 18: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

18 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

novo código civil

Para as empresas, 2003 ficará marcadocomo o ano das mudanças, adaptações e da bus-ca desenfreada por informações. Nunca sediscutiu tanto uma lei como a do Novo CódigoCivil. Foram centenas de palestras promovidaspor associações, sindicatos, confederações eoutras entidades representativas de advogados,contabilistas e juristas. Dezenas de artigos es-critos por especialistas e matérias sobre a novalei foram publicadas em jornais e revistas. AFenacon também produziu cartilha, dispo-nibilizada gratuitamente, em versões impressae eletrônica, através do press clipping e portal.

O Novo Código (Lei 10.406/02) entrou emvigor no dia 11 de janeiro de 2003 e esta-beleceu o prazo de 1 ano para que as empresasconstituídas sob a forma de sociedades li-mitadas se adaptassem às novas regras ealterassem seus contratos sociais. Mas, mesmodiante de um prazo extenso e das váriasdiscussões que tomaram conta do meio em-presarial, as empresas, principalmente as mi-

cro e pequenas, deixaram tudo para a última hora.O Sebrae/SP realizou, no último mês de dezembro,

uma teleconferência para discutir os impactos da novalei, sobretudo nas pequenas empresas. Durante o evento,foi apresentada uma pesquisa inédita sobre o grau deconhecimento delas sobre o Novo Código. Foramsondadas 450 empresas paulistas do comércio, indústriae serviço no período de 6 a 18 de novembro de 2003.

Segundo a pesquisa, apenas 15% das empresasalteraram seu contrato social ou estão com a alteraçãoem andamento, 30% não realizaram nenhuma ação e46% estão aguardando seu contador providenciar asadequações. Ou seja, na data darealização da pesquisa, há doismeses do prazo final, dia 11 dejaneiro de 2004, praticamente umterço das empresas sequer haviadado entrada nas alterações deseus contratos sociais.

No caso das empresas já regis-tradas na Junta Comercial de SãoPaulo (Jucesp), apenas 425 mil deum total de aproximadamente 2milhões já haviam regularizadoseu registro até o começo de de-zembro (segundo o órgão, os da-

Fim do prazoAs empresas que não adaptaram seus contratos de acordo com o Novo CódigoCivil não sofrerão punições, mas terão suas atividades empresariais limitadas

dos relativos aosmeses de dezem-bro e janeiro serãodivulgados apenasem fevereiro).

O diretor supe-rintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca, acredita que as pequenas empresasestiveram mais atrasadas em virtude do pouco acessoaos veículos de informação e pela atenção a outros tiposde problemas, mas observa: “Temos sempre aquelavisão de esperar alguém fazer para nos contar como éque as coisas são. No fim, o tempo acaba passando emuita gente deixa de fazer aquilo que deve ser feito”.

CustosAs pequenas empresas também estão preocupadas

com o aumento de custos e da burocracia. Para 45%,segundo a pesquisa, a obrigação de pagar jornais degrande circulação para publicar mudanças admi-nistrativas será a mais difícil de ser cumprida.

Segundo o Novo Código, os principais atos quedevem ser publicados são a redução do capital so-cial, renúncia de administrador, convocação de as-sembléias, dissolução da sociedade e venda de estabe-lecimento. Essas empresas, portanto, são as quedevem sofrer mais, já que os gastos com publicaçõesde atos podem custar até R$ 3 mil e a maioria delastem um faturamento abaixo dos R$ 15 mil mensais.

Além disso, muitas empresas terão que migrar doscartórios de registro de pessoas jurídicas para as Jun-tas Comerciais, já que o critério de enquadramentofoi modificado (veja quadro na página 20).

UniformidadePara evitar desentendimentos de

uniformização com relação àaplicação de registro, presidentes eprocuradores das juntas comerciaisde todo o país se reuniram nos dias11 e 12 de dezembro para avaliar commais profundidade os aspectosjurídicos e de registro do NovoCódigo Civil. Foram 18 conclusõesque serão adotadas pelas juntascomerciais após o dia 11 de janeiro.

Marcelo Manhães deAlmeida: “A partir do dia11 de janeiro, se fortrazida uma alteração decontrato e a sociedade nãotiver o seu contrato socialadaptado, ela vai sofrer aexigência”

Foto

: Sér

gio

de P

aula

Antonio Neves da Silva: “Hoje, seporventura agirmos com culpa,nós teremos responsabilidade”

Foto

: And

ré L

. Fac

hine

Mar

celo

Ven

tura

Por Fernando Olivan

Page 19: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 19

Uma delas é a decisão de não efetuar arqui-vamentos que não estejam adaptados ao Novo Código.“A partir do dia 11 de janeiro, se for trazida umaalteração e a sociedade não tiver o seu contrato so-cial adaptado, ela vai sofrer a exigência”, afirma opresidente da Jucesp, Marcelo Manhães de Almeida.

Uma das questões que estão sendo discutidas no meiojurídico é sobre a possibilidade de as sociedades que nãoadaptaram seus contratos até a data limite serem con-sideradas irregulares. Para a Junta de São Paulo, elas nãoirão sofrer qualquer tipo de punição pelo órgão. Deverão,apenas, ter restrição quanto ao arquivamento de atos.

“A Junta é um órgão passivo. Ela recebe estas infor-mações e registra ou não registra. Ela não parte paranotificar uma empresa. A eventual irregularidade é umadiscussão jurídica. Não é a Junta Comercial que declaraou decreta, é o Judiciário. É ele, se provocado por algumcredor, que pode entender que uma sociedade devedora,não adaptada ao NCC, está irregular”, explica Manhães.

Segundo o advogado e consultor do escritório Tozzini,Freire, Teixeira e Silva Advogados, Renato Berger, coma empresa considerada irregular, os sócios poderão res-ponder com os próprios bens pelas dívidas das empresas.

“Mas é importante notar que essa hipótese nãorepresenta necessariamente um problema grave. Porexemplo: nem toda empresa possui dívidas relevantesou, então, ela pode possuir recursos suficientes em caixaque permitam o pagamento imediato de suas dívidas.Mas, teoricamente, o risco de responsabilização pessoaldos sócios existe e pode ser relevante dependendo dasituação da empresa”, completa Berger.

Isso significa, portanto, que as empresas podem sofrerlimitações quanto ao seu desempenho. “Não é um pro-blema de punição, é um problema de dinâmica doprocesso. Enquanto a maioria das empresas vai seadaptando, as que não se adaptarem vão perdendo chanceaté mesmo de negócios”, explica José Luiz Ricca.

SóciosUmas das complicações pode ser na hora de tomar

ou renovar empréstimos. Asinstituições financeiras poderão fazerrestrições às empresas que nãoestiverem com o contrato social deacordo com o Novo Código, pois odocumento é utilizado na análise derisco da empresa. Além disso, elaspodem ficar impedidas de participarde licitações e abrir conta em bancos.

Há também outras obrigaçõesimportantes que precisam ser obser-vadas, a partir de agora, pelas empresas.“Nas relações internas, a empresa podesofrer questionamentos de seus admi-nistradores”, acrescenta Berger. “Con-forme o Código Civil, os adminis-tradores precisam ter suas contas

aprovadas anualmente para seremeximidos de responsabilidade.Assim, os administradores podemexigir que a empresa cumpra asdisposições do Código Civil,eventualmente recusando-se apermanecer na administração daempresa caso isso não seja feito”.

Outra alteração significativaimposta é a exigência de apro-vação de pelo menos 75% dossócios para que a empresa façaqualquer alteração em seu con-trato. “Dessa forma, se um único sócio possui, porexemplo, 90% do capital social, não haverá grandemudança. Mas, se em determinada sociedade, um sóciodetinha 51% do capital e podia aprovar qualquer matéria,toda a relação societária terá que ser revista. Os sóciosdeverão, inclusive, verificar se a sociedade não teria queser transformada em sociedade anônima para manter suaestrutura de poder original”, explica Berger.

Ajuda profissionalA desinformação por parte das empresas diante da

necessidade de adaptar seus contratos e rever algunsprocedimentos internos, muitas vezes, é por falta deum profissional especializado para orientar os seusadministradores. “Muitas empresas querem seformalizar. Mas, por não terem um contabilista, en-contram mais dificuldades”, diz José Ricca.

Para as empresas que já estão amparadas por um profis-sional, o Novo Código incluiu, inclusive, responsabilidadesmaiores. Segundo o conselheiro e membro da Câmara deFiscalização do CRC-SP, Antonio Neves da Silva, o con-tabilista responde perante à empresa ou ao empresário pe-los atos praticados com culpa ou dolo. “Hoje, se porventuraagirmos com culpa, teremos responsabilidade. Se agirmoscomo dolo, aí seremos penalizados, inclusive com nossosbens patrimoniais. Se viermos a causar qualquer dano aoempresário, nós seremos penalizados”.

Segundo as juntas comerciais, após odia 11, elas continuarão recebendo os pe-didos de adaptação ao Novo Código, masqualquer alteração que venha a ser pro-movida, como uma abertura de filial, nãoserá aceita se a empresa não promover aconsolidação de todo o seu contrato járegistrado no órgão. Portanto, não há qual-quer punição, mas a empresa não poderáfazer nenhum tipo de arquivamento.

Para as empresas que não conseguiramse adaptar, não há outra possibilidade anão ser consolidar seus contratos sociaisnas juntas comerciais e/ou cartórios paraque não fiquem à margem da lei, pois nãohá como alegar desconhecimento davigência do NCC nem de seu prazo final.

José Luiz Ricca: “Enquanto a maioriadas empresas vai se adaptando, as quenão se adaptarem vão perdendo chanceaté mesmo de negócios”

Foto

: And

ré L

. Fac

hine

Renato Berger: “Conformeo Código Civil, osadministradores precisamter suas contas aprovadasanualmente para seremeximidos deresponsabilidade”

Foto

: Arq

uivo

pes

soal

Page 20: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

20 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

novo código civil

Entretanto, no último dia 18 de dezembro, foi apro-vado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1275/03, do deputado Pastor Francisco Olímpio (PSB-PE),que prorroga por mais um ano o prazo para que asempresas adaptem-se às regras do Novo Código, isto é,11 de janeiro de 2005. A matéria ainda tem que passar

no Senado, mas, como o recesso parlamentar vai até 15de fevereiro e não há definições quanto a convocaçãoextraordinária do Congresso, no dia 20 de janeiro, restaàs empresas rezarem para que o projeto seja aprovado,mesmo depois do recesso. Ou, então, não deixar asobrigações para a última hora.

Principais mudanças promovidas pelo Novo Código Civil

Fonte: Sebrae-SP

SITUAÇÃO LEGISLAÇÃO COMERCIAL ANTERIOR NOVO CÓDIGO CIVILCapacidade civil 21 anos 18 anos

Emancipação Entre 18 e 21 anos Entre 16 e 18 anosDivisão das sociedades Mercantil (indústria ou comercial) ou Serviços Sociedade empresária (Junta Comercial) ou

Sociedade Simples (Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas)Atuação sem sócio Autônomo ou Firma Individual Autônomo ou Empresário

Critério de enquadramento Conforme a atividade desenvolvida Sociedade Empresária ou Empresário: Exercício profissional de atividadee do empresário pela empresa (comércio ou serviços) econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços;

Sociedade Simples ou Autônomo: profissão intelectual (regra geral)Regras aplicáveis Mercantis (comerciais) - deve adotar qualquer tipo societário; Sociedade Empresária - deve adotar qualquer tipo societário;

às Sociedades Civis (serviços) - adoção opcional dos Sociedade Simples - adoção opcional dos tipos societários outipos societários ou Código Civil as regras que lhe são próprias (Sociedade Simples Pura).

Tipos Societários Ltda., S/A, em Nome Coletivo, Comandita As mesmas, exceto a “sociedade de CapitalSimples e por Ações, de Capital e Indústria. e Indústria” que deixa de existir.

Sociedades Específicas Sociedade em Conta de Participação e Cooperativa Não houve mudanças em suas estruturas básicas.Sociedade Anônima Sempre considerada mercantil (independentemente do objeto). Sempre considerada sociedade empresária (independentemente do objeto).

Cooperativa Sociedade de pessoas registrada na Junta Comercial Sempre considerada Sociedade Simples - registro naJunta Comercial (lei especial- Lei 5.764/71).

Número mínimo de A Lei 5.764/71 estabelece o nº mínimo de 20 pessoas O NCC estabelece o número mínimo necessário paraCooperados p/ constituição físicas p/ constituir uma cooperativa singular. compor a Administração para se constituir.

Sócios Cônjuges Não há restrição quanto ao regime de bens Restringe aos casados sob o regime da comunhão universal edo casal que participam da mesma empresa. obrigatória (maiores de 60), participarem da mesma empresa.

Empresário Rural Não há previsão na legislação comercial Empresário que tem como profissão principal a atividade rural,é facultativa a sua inscrição na Junta Comercial.

Pequeno Empresário O Estatuto da MPE e o Simples conceituam micro e O NCC dispõe algumas vantagens ao “pequeno empresário”,pequena empresa, nada dispondo, porém, sobre o entretanto, não o define nem estabelece se o porte relaciona-se

termo “pequeno empresário”. às MPEs do Estatuto (Lei 9.841/99) ou do Simples (lei 9.317/96).Sociedade Simples Não houve previsão. O gênero de sociedade que mais Regra geral, trata-se de sociedade ligada à profissão intelectual, de natureza

se aproxima à Sociedade Simples é a Sociedade Civil científica, literária ou artística, podendo, contudo, optar por um dos tiposPrestadora de Serviços. societários mencionados ou adotar suas próprias regras. O NCC estabelece

critérios mais rígidos com relação às deliberações sociais (quorum), responsabilidades nas relações com terceiros e na dissolução societária.

Sociedade Limitada Administração: Sócio Gerente e Sócio Cotista Administração: Administrador (sócio ou não); Gerente(normalmente confiado a empregado mais antigo); e sócio Cotista.

Conselho Fiscal: Não havia previsão no Dec. 3.708/19, Conselho Fiscal: Passa a ter previsão no NCC, sendoembora fosse possível adotá-lo com base na Lei 6.404/76. sua adoção facultativa.

Registros: Basicamente, a legislação obriga o empresário a Registros: O NCC faz uma série de novas exigências quanto aos atos registrar somente as alterações do contrato social. que deverão ser levados a registro, tais como: os atos que possam alterar a

situação patrimonial do empresário (separação, doações), nomeação,destituição e renúncia de Administrador, procuração para representante

em assembléia ou reunião, Atas de reuniões, aumento ou reduçãodo capital social, nomeação de liquidante, encerramento da liquidação

da sociedade, ato que deliberar sobre Fusão, Incorporação etc.Publicações: A lei comercial não faz exigências para Publicações: As sociedades “Limitadas” passam a ter que publicar

que as “Limitadas” façam publicações em jornais. determinados atos em Diário Oficial e jornal de grande circulação: Renúnciado Administrador, Ata que aprovar a redução do capital social, o ato quedeterminou a dissolução da sociedade e sua extinção, ato que deliberar

a Fusão e Incorporação da sociedade, venda de estabelecimento.Dissolução das Sociedades: O Código Comercial estabelece regras mais simplificadas para Já o NCC estabelece maiores formalidades ao liquidante. Se este não for

se dissolver uma sociedade: nomeação de liquidante; sócio - averbar no Órgão de Registro; Ato de dissolução (averbar e publicar);Distrato Social; Publicação (para efeito das obrigações que Realizar inventário e balanço geral; Convocação de Assembléia (semestral);

possam existir com terceiros); Balanço. Relatório da liquidação e contas finais; Averbação da ata de encerramento;Impõe uma série de formalidades, deveres e responsabilidades ao liquidante,

que serão observados pela Junta Comercial.

Page 21: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 21

resolução CFC

Anúncios em jornais e revistas degrande circulação estão veiculando acampanha ‘Empresário, contrate comcontrato’, desenvolvida pelo Sescon/SP,com o apoio do CRC/SP, para divulgar aimportância do contrato de prestação deserviços profissionais, firmado entre asempresas contábeis e os usuários.

A campanha das duas entidades a favordo contrato tem a finalidade de viabilizar ocumprimento do Código de Defesa doConsumidor, que estabelece a necessidadede prévio ajuste e autorização para aexecução de serviços, e a Resolução CFCn.º 987/03, de 15 de dezembro de 2003, queregulamentou a obrigatoriedade do contratode prestação de serviços contábeis.

A resolução do CFC leva em conta asdisposições constantes no novo Código Civilsobre a relação contratual, no que diz respeitoà prestação de serviços contábeis e o fato darelação dos contabilistas com seus clientesexigir uma definição clara e objetiva dosdireitos e deveres das partes contratantes.

O contabilista ou a empresa contábildeverá manter o contrato por escrito deprestação de serviços para podercomprovar os limites e a extensão daresponsabilidade técnica, permitindo asegurança das partes e o regular desem-penho das obrigações assumidas.

Resolução regulamenta obrigatoriedade docontrato de prestação de serviços contábeis

O CFC orientaque o contrato deprestação de serviçoscontenha os seguin-tes requisitos: iden-tificação das partescontratantes; relaçãodos serviços a seremprestados; duraçãodo contrato; cláusularescisória com a fixa-ção de prazo para aassistência, após adenúncia do contra-to; honorários profis-sionais; prazo paraseu pagamento; res-ponsabilidade daspartes; foro para diri-mir os conflitos.

A oferta de servi-ços poderá ser feitamediante proposta, contendo todos osdetalhes de especificação e, quando aceita,poderá ser transformada, automaticamente,no contrato de prestação de serviçoscontábeis, desde que contenha os requisitosespecificados acima.

A Resolução CFC n.º 987/03 dispõe queos contratos em vigor, que estejam emdesacordo com esta resolução, terão prazo

de dois anos (a partirde 15 de dezembro de2003, data da pu-blicação da resoluçãono Diário Oficial daUnião) para seremformalizados.

Nos casos em queo vínculo contratualentre as partes for su-perior a cinco anos,não será necessária aformalização do con-trato, desde que o con-tabilista ou a empresade serviços contábeispossa provar, quandohouver fiscalização, oinício da relaçãocontratual, o valor doshonorários e os ser-viços contratados.

A Resolução CFC n.º 987/03 e osmodelos de contrato de serviços (sim-plificado ou completo, que devem seradaptados para cada caso) estãodisponibilizados nos portais do CRC/SP(www.crcsp.org.br) e do Sescon/SP(www.sescon.org.br).

Fonte: Boletim CRC/SP

Modelo simplificado de contrato deprestação de serviços

Copan

Page 22: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

22 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

publicado & registrado

O presidente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, divulgou, no último dia 04 dedezembro, carta, manifestando-se con-trário às informações e opiniõesveiculadas na matéria ‘Enfrentando aburocracia’, da revista ‘Você S/A’, edição65, de novembro de 2003. Coelho Netoressaltou a iniciativa de se abordar tematão relevante para os setores econômicosno Brasil, a burocracia, mas fez críticasàs acusações generalizadas e semcomprovações ou fundamentos, direcio-nadas ao segmento contábil.

Um dos trechos da matéria, criticado pelopresidente da Fenacon, diz o seguinte sobre

Fenacon divulga manifesto contramatéria da revista ‘Você S/A’

Tão logo a revista ‘Você S/A’, edição 65,de novembro de 2003, chegou às bancas, oscomputadores e telefones da Fenacon, emBrasília, ficaram lotados com a indignação daclasse contábil por conta do artigo ‘Enfrente aBurocracia’, da jornalista Anne Dias. Ossindicatos filiados, em nome das mais de cemmil empresas prestadoras de serviçosrepresentadas, exigiam uma medida urgente emdefesa da categoria; um protesto à altura dassuspeitas sem fundamento, levantadas contrao profissional contabilista.

Analisando a matéria com serenidade,gostaríamos de refletir sobre alguns pontosque destacamos:

(1) É apreciável o alcance dessa mídia no meiocontábil; de fato, o artigo sobre ‘burocracia’chegou imediatamente ao conhecimento deuma infinidade de contabilistas.

(2) Ressalvadas algumas informações técnicascarentes de pequenas correções, leve-se acrédito da jornalista Anne Dias o poder desíntese, a objetividade indicando meios paracaminhar no entulho burocrático.

(3) Faríamos uma sugestão, corrigindo adefinição introdutória, segundo a qual: “Ela(a burocracia) é um dos maiores inimigos

Carta resposta da Fenacon

Enfrentando a burocracia

“Venham engajar-se na luta da

Fenacon, no sentido de eliminar os

entraves burocráticos que, juntamente

com a carga tributária, sufocam o

desenvolvimento do nosso País”

os trâmites necessários para a abertura de umaempresa: “(...) a lei exige que você contrateum contabilista para cuidar das contas. Odilema é onde encontrar um profissionalidôneo. Você pode recorrer ao conselho re-gional de seu estado e pedir uma lista decontabilistas. Ou então peça a indicação paraum amigo. “Mas nunca deixe que o con-tabilista faça os pagamentos de sua empresa,para não correr o risco de ele embolsar seudinheiro”, afirma Roy Martelanc, professorda Faculdade de Economia, Administraçãoe Contabilidade (FEA/USP) (...)”.

Outro trecho, dessa vez sobre o fecha-mento da empresa, diz: “(...) A lei não

exige que se contrate um contabilista, masele pode facilitar sua vida. O problemasão os honorários desse profissional.Dependendo da dificuldade do fe-chamento, ele pode cobrar 1 500 reais oumais (não se esqueça de que sempre épossível negociar esse valor). Se vocêoptar por terceirizar o serviço, não deixetudo na mão do contabilista. “Acompanhecada passo e peça explicação de tudo oque ele está fazendo”, afirma Adelino deBortoli Neto, professor da FEA/USP (...)”.Veja abaixo a íntegra da carta divulgadapela Fenacon, a respeito dos comentárioscitados na matéria da ‘Você S/A’:

de quem está iniciando ou encerrando umnegócio”. Iniciar e terminar o negócio, sãoapenas deveres episódicos, tópicos, os quais,uma vez resolvidos, são esquecidos. O piormesmo é o durante. Diariamente, mensal-mente, anualmente, ‘ela’ continuará semprepresente na vida da empresa. Como um para-sita impregnado ao corpo da sua vítima, aburocracia sugará energias vitais da

organização, impondo-lhe muitas vezes obri-gações tão trabalhosas e caras, quanto in-coerentes e desnecessárias.

(4) O ponto fraco do artigo, que deteriorou o seuconteúdo, inoculando opiniões precon-ceituosas, turvando a visão imparcial damatéria, está em duas das fontes citadas: os‘professores’ Roy Martelanc e Adelino deBortoli Neto, ambos da Faculdade de Eco-nomia, Administração e Contabilidade (FEA/

USP). Ali foram espremidas as laranjaspodres, estragando o suco. Só esperamos queessas idéias atribuídas aos referidos ‘mestres’não sirvam jamais de ingredientes na for-mação de eventuais colegas contabilistas.

Aproveitamos a oportunidade suscitada pelaabordagem da questão para fazer um convitenão só à jornalista Anne Dias, mas também atodos que fazem a revista ‘Você S/A’: venhamengajar-se na luta da Fenacon, que é também aluta de centenas de entidades de classe, demilhares de empreendedores, dos sofridoscontribuintes e dos cidadãos indefesos, nosentido de eliminar os entraves burocráticos quejuntamente com a carga tributária, sufocam odesenvolvimento do nosso País.

Quanto aos ‘prestadores de serviços’ que,eventualmente, estejam desonrando sua pro-fissão, acreditamos que existam, sim! Existemna mesmíssima proporção de seres humanoscom desvio de conduta, atuando em qualquercategoria. A única medida inteligente, justa eeficaz seria denunciá-los, nominalmente.Assacar acusações generalizadas podeacobertar covardia, ignorância ou merairresponsabilidade. É um ato tão ‘útil’ quantomisturar fruta podre numa salada saudável.

Pedro Coelho Neto presidente da Federação Nacional dasEmpresas de Serviços Contábeis e das

Empresas de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas

Brasília, 04 de dezembro de 2003

Page 23: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 23

Comdex Las Vegas mostrafantástico mundo wireless

Além de Gates e Ballmer vestidos depersonagens de Matrix, a Comdex LasVegas trouxe outras imagens de espanto.Menores, mais coloridos e mais caros, osdispositivos wireless é que fazem cada vezmais sucesso. Tudo que não tem fios, desdeidentificadores biométricos, smartphonesa terminais de informação via infra-vermelho podem ser vistos na feira.

Depois do figurino, o que chamou maisatenção na palestra de abertura da Microsoftontem foram os novos tablets. Os modelosda ViewSonic e da Gateway foram algumasnovidades mostradas no evento. Todos osúltimos lançamentos em PDAs e terminaissem fio estavam disponíveis na Comdex.

Pílula vermelhaDe acordo com Nivaldo Cleto, diretor

de tecnologia da Fenacon (Federação das

Empresas de Serviços Contábeis e dasEmpresas de Assessoramentos, Perícias,Informações e Pesquisas), a dramatizaçãode Matrix foi ainda além da propagandatradicional da Microsoft. No filme apre-sentado dia 16, Bill Gates era Morpheuse o CEO Steve Ballmer era Neo.

“Neo teve uma reunião com os agentesda Matrix (o mau) que representavam aIBM e o Linux. Diziam que estavam deolho nele por algum tempo, abriram olaptop que logo em seguida apresentou umerro de núcleo do Linux. Dessa forma osagentes da IBM/Linux deram uma opçãopara Steve, tomar uma pílula azul gigantecom os emblemas IBM/Linux ou umapílula vermelha normal com o emblemaMicrosoft”, contou Cleto.

“Ballmer (Neo) escolheu a vermelha,o telefone tocou e ele foi puxado pelo

Morpheus (Bill G), que queria provar queo Mundo real era o mundo da Microsoft.Após a conversa Bill e Steve travaramuma luta do estilo Kung-Fu”, completouCleto. O diretor da Fenacon dispo-nibilizou algumas imagens e comentáriosdo evento no portal da Federação:www.fenacon.org.br.

Yahoo! Notícias (http://br.yahoo.com)Magnet (www.magnet.com.br/bits)

19/11/2003

Página de notícias do site Yahoo! trazas novidades da tecnologia mundialcolhidas pelo diretor Nivaldo Cleto,durante a Comdex, em Las Vegas, emnovembro do ano passado

Folhamatic

Page 24: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

24 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

palavra do presidente

Foto

: Ale

x S

alim

tecnologia da informação

Por Nivaldo Cleto

Sistemas wireless e palmtopsdominam mercado em 2004Nesta segunda parte da cobertura da Comdex Las Vegas 2003, o crescimentos das soluções para telefoniasem fio e a popularização das multifuncionais handhelds são o destaque

estarão com os preços mais em conta parainstalação nas pequenas empresas.

Câmaras digitaisHavia uma fila enorme de pessoas para

adquirir uma minicâmera da NISIS DV4,do tamanho de umradinho de pilhas, que játraz integrada diversasutilidades: além da má-quina fotográfica, tocaMP3 e filma em extensãoAVI pequenos clipes quevariam de acordo com ocartão de memória. Paravocês terem uma idéia,com um cartão de 256MB conseguimos filmar30 minutos.

Já sei, você quer saber o preço: US$199. Só que o cartão de memória de 128MB custa US$ 45 e cabe no bolso de umpaletó. Imagi-nem os faná-ticos por tecno-logia asiáticoscom a maquini-nha na mão fil-mando a Com-dex em todo opavilhão.

PalmsNo terceiro dia, fui ao Las Vegas

Convention Center com a expectativade assistir a palestra Keynote de Mr.David C. Nagel, CEO da PalmSource.A Palm está investindo maciçamente nomercado brasileiro, com uma políticade popularizar esse modelo de PDA(Portable Document Assistant).

No segundo dia da Comdex Fall,feira de tecnologia, ocorrida de 16 a 20de novembro de 94, nos EUA, encon-trei mais uma série de novidades. Aprimeira foi um relógio com capacidadede guardar até 250 MB de arquivos, oMega Memory Watch USB Connector,da empresa Chinesa Xonix. Podemosconectá-lo com a porta USB do PC elevar os principais arquivos dentro dochip de memória do relógio.

Agora, ficará ainda mais fácil para asempresas de logística entregarem osprodutos ao destinatário, ou mesmolocalizarem o transportador em temporeal. O PDA Pocket PC, com uma placaadaptada, permite a conexão pelo sistemawireless (sem fio) onde o operador lo-caliza os endereços via GPS. O equipa-mento já esta sendoutilizado no Brasil.Aqui nos USA, adistribuição do GPSé feita pela empresaSysOn Chip Inc.Para verificar a uti-lidade no Brasil,visitem o site www.apontador.com.br.

O Tablet PC, lan-çado em 2002, hojetambém disponível

no Brasil a um preço exorbitante, é, maisuma vez, uma das principais vedetes daexposição, juntamente com os telefonescelulares de terceira geração. É muito útilquando precisamos transformar as ano-tações escritas em texto digital, evitando,assim, o retrabalho.

O software que ge-rencia essas mensa-gens é o WindowsTablet PC Edition. Autilização desses equi-pamentos móveis po-de ser aplicada para ostrabalhadores de cam-po, engenheiros, mé-dicos e outros profis-sionais que necessitamfazer as anotações forado seu escritório. E,agora, com o acesso àInternet sem fio se proliferando pelas grandescapitais do Brasil, creio que a sua utilizaçãoserá ainda maior.

WirelessTive a oportunidade de assistir o Key-

note de John Zeglis - Chairman e CEO daAT&T Wireless, juntamente com 2000espectadores. Zeglis informou que a

indústria wireless nos EstadosUnidos já está saturada e que,no país, hoje, existem 150 mi-lhões de usuários de telefonescelulares. No mundo, são1,250 bilhão de pessoas e que,em breve, o número de tele-fones sem fio ultrapassará ode telefones fixos.

Também encontrei muitosfabricantes de conectores pararedes sem fio, concluindo que,em breve, esses equipamentos

PDA Pocket PC: localizaçãode endereços via GPS

O Tablet PC mais uma vez foidestaque na Comdex

Câmeras digitais são febreno mundo todo

Relógio chinês, com chip de memória,guarda 250 MB de arquivos

Page 25: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 25

Nagel começou a pa-lestra informando que aPalm é uma das líderes eque as principais haldheldsvendidas no mercado uti-lizam a plataforma (sistemaoperacional) Palm OS. Emseguida, mostrou como épossível passar filmes,exibir fotos, fotografar etocar MP3 nas agendas de última geraçãodo tipo Palm Tungsten e Sony Clié.

Nagel ressaltou também como estásendo útil para os médicos anotarem osprontuários dos pacientes, bem comopesquisar sobre os diagnósticos,exames e outras funções. Reparem queno Brasil todos os médicos possuemuma Palm. Virou uma febre.

O CEO da Palm finalizou a palestracom a frase: “Vivemos a era dosdispositivos inteligentes (Smart De-vices)”. Ao final, conversei com ele,parabenizando-o e convidando-o paradar uma palestra no Brasil ao públicoda Fenacon. Ele aceitou e estáaguardando o convite oficial.

LançamentosA empresa Coreana MediaMax mos-

trou quiosques que estãosendo disponibilizados emlocais públicos para apopulação fazer videocon-ferência, ler e-mails, localizarruas, assistir TVs, vídeos,ouvir músicas dentre outrasfunções, como serviços deacesso a bancos.

Para quem utiliza PDAs,teclado lançado pela em-presa Chinesa HANN HWAIndustrial Co. Ltd. possibilitao acesso pelo sistema deinfravermelho de todos os

PDAs e telefonescelulares que pos-suem o sistemaPalm OS. A ven-dedora informouque o preço noatacado é de U$ 18para, no mínimo,500 peças (www.hannhwa.com.tw).

Para vocês terem uma idéia, o tecladosimilar da Palm, no Brasil, é vendido

por R$ 400.

ConversãoPara os profissionais e

estudantes que utilizam textos dejornais, livros, revistas, esca-neando e convertendo auto-maticamente em arquivosExcel e Word, o sistemaFineReaderOCR, versão

7.0, é fenomenal. O vendedor fezuma apresentação escaneando oJornal USA Today nos placares dosjogos do futebol americano. Eleconseguiu mudar o placar e retornarao formato do jornal, bem comoconseguiu transformar o placar emarquivo Excel.

Com esse sistema acabaram-se osproblemas com as travas dos arquivosPDF, pois a capacidade do programa ésuper refinada, trabalhando com 177línguas. Vale a pena testar a versãoshareware por 30 dias. O endereço naweb é www.abbyyusa.com. Conclusão:não acreditem mais em matériaspublicadas em jornal que vocês recebem acópia escaneada por email.

MicrosoftA maior desen-

volvedora de soft-wares do planeta, aMicrosoft, ocupou20% do pavilhão deexposições, ofere-cendo todos os sis-temas para usuáriosfinais, desenvol-vedores, lançamen-to do Office 2003,além de todos ostipos de soluções

para grandes e pequenas corporações,como o Windows Small Bussinnes 2003e o Office One Note 2003 (organizadorde arquivos do nosso dia a dia). Sem amenor sombra de dúvida, o melhor ex-positor da Comdex.

ModernidadeEsse tipo de congresso é de funda-

mental importância para quem atua naárea de TI e também para quem é usuáriodas ferramentas para gerir os seusnegócios. Há uma enorme integração en-tre fabricantes, representantes, ven-dedores e consumidores.

Com meus três anos de participaçãonesse evento, apesar da quantidade decongressistas ser a menor de todas, posso

a f i r m a rque o mer-cado asiá-tico estádominan-do o mun-do da tec-n o l o g i a ,lançandoprodutoscom maisqualidadee preçosc o m p e -titivos. Ca-so tivesseque come-çar minhavida pro-f issional

novamente, além de estudar inglês eespanhol eu incluiria o chinês como maisuma das línguas obrigatórias para a so-brevivência no mercado empresarial naspróximas décadas.

Espero ter repassado a vocês umpouco dos conhecimentos que obtivenessa imersão em TI, em cinco dias, naterra do Tio Sam. Nossos governantesprecisam incentivar com mais agilidadeo acesso à população como um todo àmoderna tecnologia, senão conti-nuaremos sempre 20 anos atrás dospaíses desenvolvidos.

Nivaldo Cleto é vice-presidente -Região Sudeste da Fenacon

[email protected]

Mr. David Nagel, CEO da Palm, à esq., com NivaldoCleto. À dir., Palm Tungsten em exposição na feira

Novidade: teclado para PDAscom infravermelho, daempresa chinesa HANN HWA

As janelinhas da Microsoft eos pingüins do Linux: briga depeso entre sistemasoperacionais

Empresas asiáticas sãodestaques na Comdex 2003

Page 26: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

26 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

análise

Na atual vida corpo-rativa, é muito comum aprocura de empresas porsuper homens e mu-lheres maravilhas.Todos querem acharverdadeiros gênios queestão a vagar por aí àprocura do empregoideal. A questão é que oemprego ideal não existe eo melhor a se fazer hoje emdia é trocar a palavra empregopor trabalho.

Acredito que há muita confusãoe uma falsa percepção entre os atributosde um talento em comparação com um pro-fissional qualquer. A mídia exaltacelebridades, jovens com MBA em univer-sidades do exterior,etc. Mas, será que ofato de se falar duasou três línguas di-ferentes o tornamais competente?

Como tudo ain-da é muito novo,fatos recentes co-mo a globalização,Internet, acesso anovas tecnologias e as inúmeras novastécnicas gerenciais que, na verdade, têmmuito de antigo, acabaram criando umverdadeiro frenesi no mercado detrabalho. Como diz Júlio Takeshi, um dosmaiores economistas do Paraná: “o queé novo nem sempre está correto e o queestá certo não é novidade”.

Gente que fazPor Paulo Araújo

Com um olhar um pouco mais críticopodemos notar que uma boa formaçãoacadêmica é fundamental, treinamentosaprimoram, mas nada substitui a prin-

cipal qualidade deum talento que é asua capacidade deagir. Esse é o nomedo jogo e o ver-dadeiro diferen-cial. Mas lembre-se que somenteagir por agir tam-bém não costumadar muito certo. A

questão é saber como agir. Reflita sobreos pontos abaixo:

Não confunda agilidade com pressa -Todo mundo sabe: vence o mais ágil! Nãoé o maior que ganha do menor, mas sim omais ágil do mais lento. Aí vem o dilema:o que é ser ágil? O que vemos hoje é um

monte de gente ansiosa. Estressando meiomundo, louco por resultados que a pressanunca irá trazer.

O apressado age sem muito pensar,analisar e o planejamento raramente fazparte de seu dicionário. Ágil é estar otempo todo atento às novidades domercado, as ações da concorrência,anseios do cliente, da equipe e co-munidade. É saber diferenciar ourgente do urgentíssimo, é minimizaras chances de fracasso.

Ser ágil não é ter pressa. Agilidade tema ver com estrutura organizacional,planejamento, descentralização, infor-mação capaz de ser transformada emconhecimento, em fatos concretos. Eentão, sua empresa tem uma estruturaágil? A comunicação flui? Existemmuitos níveis hierárquicos? As decisõessão muito centralizadas? Os papéis estãobem definidos ou é comum a frase “Istonão é da minha área”?

“Na omissão, perco aoportunidade de criar umahistória, de escrever um

roteiro, de testarpersonagens...”

Gon

zalo

Cár

cam

o

Institucional

Page 27: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 27

Vale mais errarpela ação doque pela omis-são - Profissio-nais realizados ecobiçados já er-raram muito,

mas muito mes-mo. Porém, nunca

abriram mão de agir,de decidir, não temem a respon-sabilidade. Decidir, por vezes, não éfácil e as conseqüências podem serdesastrosas.

O erro por ação tem uma grandevantagem em relação ao erro por omissão:o erro pode ser arrumado maisrapidamente, pois já temos um histórico euma experiência anterior. Já aprendemosalgo. Teremos números con-cretos, ao invés deprevisões. Teremos crité-rios para comparação eopiniões de usuários,fornecedores e fabri-cantes. Na omissão, percoa oportunidade de criar umahistória, de escrever umroteiro, de testarpersonagens...

Todos conhe-cemos casos e maiscasos de empresas queperderam a hora certa, ochamado timing da opor-tunidade e correm atrás, atéhoje, de seus concorrentes.

“Ser ágil não é ter pressa.Agilidade tem a ver comestrutura organizacional,

planejamento,descentralização”

ginários que acreditam que os outrosestão lá para servi-los, na hora e do jeitoque bem entenderem. E ainda queremser chamados de líderes. Atingindoresultados fantásticos, mas deixandomuita destruição pelo caminho. Aindavai chegar o dia que a pergunta vai mu-dar de “Você atingiu as metas?” para“Como você atingiu as metas?”. Utopia?

Sei não...

O verdadeirotalento age, tem ofoco em resultadospalpáveis, é sen-sível ao meio emque vive e sabe quetem uma missão acumprir além daempresa em que

atua. É claro que deve estar atento àevolução de sua carreira e é, justamente,sua capacidade de agir da maneira corretaou incorreta que será o melhor parâmetrode sua evolução.

Ação e tempo como bons amigos estãosempre juntos. Não espere o tempo passar,para depois olhar para trás e perceber oquanto deixou de fazer pelo medo de agir.Este pode ser o seu maior pecado.

Paulo Araújo é administradorde empresas, com pós-graduação em

Marketing e emGestão pela Qualidade e Produtividade,

escritor e [email protected]

Pecaram pela omissão, uma vez quetinham tecnologia, conhecimento eestrutura compatível com o concorrente,porém ficaram à espera do momentoideal. Mas, é importante que se entendaque o momento ideal deve ser criado enão esperado.Nem sempre os meios justificam os fins- O talento age. É preciso deixar bem claroque a ação deve serplanejada e execu-tada dentro de prin-cípios básicos comohonestidade, inte-gridade e ética. Nosúltimos tempos,temos visto muitaação negativa. Ba-lanços contábeisfraudulentos, des-truição do meio ambiente, demissão por

telegrama e coisas do gênero. A buscapor resultados, poder e dinheiro temalterado, significativamente, apersonalidade de muitas pessoas ea noção de que “tudo pode” tematingido níveis perigosos.

A ascensão profissional tem aver com o privilégio de servir e

contribuir para o desen-volvimento de seus se-melhantes sejam eles fun-cionários, fornecedores,clientes internos ou externos.Em vez disso, são criadosverdadeiros feudos, peque-nos reis ou rainhas ima-

InfoBip

Page 28: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

28 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

regionais

O Sescon/RN rea-lizou o seu primeiro caféda manhã no último dia16 de dezembro, noauditório da Federaçãodo Comércio, contandocom a participação de 92participantes. Duas pa-lestras foram proferidas.A primeira foi mi-nistrada pelo diretor deEventos da Fenacon,José Rosenvaldo Evangelista Rios, que falousobre o tema ‘Campanha de ContribuiçãoSindical 2004’ e destacou a importância parao Estado da conquista do direito de sediar apróxima Conescap, em 2005.

Em seguida, o presidente do Sescon/RN, Edson Oliveira da Silva, apresentouum retrospecto dos eventos realizados noano de 2003 e suas metas para 2004. Ocafé da manhã teve ainda palestra dosauditores fiscais da Secretaria da ReceitaFederal, Andréa Castro e Aguinaldo de

Rio Grande do Norte

Contribuição Sindical 2004 eX Conescap são destaque em Natal

Souza, sobre a DCOMP (Declaração deCompensação de Tributos Federais).

No evento, o Sescon/RN também rea-lizou um trabalho de ação social ofertandoum lanche para os idosos do Instituto JuvinoBarreto. O café da manhã contou com aparticipação de representantes do CRC/RN,Sindicato dos Contabilistas do RN, Farn -Faculdade para o Desenvolvimento do RN,Receita Federal, Ascont - Associação dosContabilistas do RN e do Sindicato doComércio Varejista de Parnamirim/RN.

Edson Oliveira da Silva fala, acompanhado, à esq., por JoséRosenvaldo Evangelista Rios. Na foto, à dir., participantesacompanham a exposição do diretor da Fenacon

Foto

: Arq

uivo

Ses

con/

RN

O ’22º Ciclo de Estudos Contábeisde Londrina’ aconteceu de 7 e 10 deoutubro e contou com a presença de943 participantes entre estudantes, pro-fessores das instituições promotoras eprofissionais da área contábil.

O evento foi uma realização dos De-partamentos de Ciências Contábeis daUniversidade Estadual de Londrina -

UEL, Universidade Norte do Paraná -Unopar, Faculdade Paranaense - Faccare Centro Universitário Filadélfia -Unifil e teve o apoio do Sescon/Londrina, CFC e CRC/PR.

Na solenidade de abertura, realizadanas dependências do Cine Teatro OuroVerde, estiveram presentes o presidentedo Sescon/Londrina, Paulo Bento, di-retores do sindicato, assim como ospresidentes do CRC/PR, Nelson Zafra,e do CFC, Alcedino Gomes Barbosa.

Londrina

22º Ciclo deEstudos

Contábeis deLondrina

Na foto acima, quase milpessoas participam do 22º Ciclode Estudos Contábeis deLondrina. Abaixo, Paulo Bento,1° à esq., com diversaspersonalidades contábeis

Foto

Arq

uivo

Ses

con/

Lond

rina

O Sescap/PR, Regional de Toledo,divulgou o resultado da arrecadação dealimentos em favor da campanha ‘NatalSem Fome’. A iniciativa também contoucom a participação do Sindicato dosContabilistas de Toledo. A contribuição

Paraná

Consciênciasocial no Paraná

das empresas de serviços contábeis foiem benefício das entidades sociais,educacionais e assistenciais da cidade.Ao todo, foram arrecadados 3.300 Kgde alimentos não perecíveis.

As entidades beneficiadas foram:Casa de Maria, Ação Social São Vicentede Paulo, Auxílio Fraterno, AlbergueNoturno, Aldeia Infantil Betesda eCentro Social Dorcas. Cada entidaderecebeu um total de 550 Kg de alimentos.

A responsabilidade social está presentenas ações do Sescap/PR há vários anos.Em 2003, por exemplo, o balanço,comemorado pelo presidente ValdirPietrobon foi prá lá de positivo. Asdoações de mantimentos e leite em póarrecadados nos cursos realizados pelosindicato, tanto na capital Curitiba quantono interior do Estado atingiu a marca de916 latas e 6.983 Kg de alimentos, ou seja,mais de 7 toneladas de mantimentos.

Alimentos arrecadados emToledo: responsabilidade socialno interior do Paraná

Foto

: Arq

uivo

Ses

cap/

PR

Page 29: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 29

gestão de pessoas

Uma crise é como uma tempestade emalto mar. Ou você deixa o barco flutuar co-mo queira nas ondas bravias e afundar; ouvocê luta para tomar o comando do barcoe levá-lo são e salvo para um porto seguroonde, no domínio dasituação, você possanavegar com tran-qüilidade para qual-quer local que desejeir. Na crise, ou vocêcresce ou afunda.Como disse SaulWurman em ‘Ansiedade de Informação’,“Quando cai, você larga as coisas quepensava sustentá-lo. Mas é quando largadelas que encontra terra firme”.

O papel da empresa durante umacrise é cuidar da comunicação em todosos níveis, ser transparente e se colocarà disposição para responder às perguntasde todos os funcionários. Em tempos de

mudanças como osque estamos vi-vendo, a maioriadas pessoas sente-se insegura naso r g a n i z a ç õ e s .Quando apareceum fator que jus-

tifica a insegurança, elas ficam perdidas- e essa é a hora que a organizaçãoprecisa atuar com rapidez, mostrandoqual o problema que está havendo e

quais as medidas que estão sendo oudevem ser tomadas.

Uma organização evolui e muda emuma porção de aspectos. As tarefas, o de-sempenho, o mercado, tudo pode mudar.Para acompanhar a mudança, é necessáriamuita flexibilidade. Em geral, isto é muitodifícil para a Gestão.

Quando a administração procura mudaras metas da organização, adotar novosmétodos de trabalho ou criar qualquer mu-dança fundamental, a cultura organizacionalpode deixar de suportar essas mudanças,como também acabar com elas. É importan-te atuar em conjunto: processos, pessoas ecomunicação e criar o clima adequado à mu-dança decorrente da crise. Desta forma, aschances das mudanças e das crises da or-ganização serem bem resolvidas é bem maior.

Maria Ignez Prado Lopes Bastos é formadaem Administração Pública pela FGV, diretora

da MTB Assessoria Organizacional e autora dolivro ‘O Direito e o Avesso da Consultoria’

Atravessando momentosde crise com sucesso

Por Maria Ignez Prado Lopes Bastos

“O papel da empresadurante uma crise é cuidar

da comunicação emtodos os níveis”

Mastermaq

Page 30: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

30 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

rápidas

Nivaldo Cleto,que antes ocupava ocargo de diretor deTecnologia e Negó-cios da Fenacon,passou a integrar,desde de janeiro des-te ano, a vice-presi-dência (Região Su-deste) da federação.Cleto substitui o ex-titular da pasta, An-tônio Marangon, que renunciou ao cargopara assumir a presidência do Sescon/SP.

As eleições no Sescon/SP ocorreramno dia 23 de outubro de 2003. A cerimôniade posse da nova diretoria do Sescon/SPestava prevista para ocorrer no dia 16 dejaneiro, no Clube Monte Líbano, na capi-tal paulista. Marangon substitui CarlosJosé de Lima Castro.

O novo presidente do Sescon/SP assumeainda a presidência da Aescon/SP (Asso-ciação das Empresas de Serviços Contábeisdo Estado de São Paulo), cujas eleiçõestambém foram no dia 23 de outubro. Foiconvocado para assumir o cargo de diretorde Tecnologia e Negócios da Fenacon,completando o mandato de Nivaldo Cleto,o primeiro suplente da federação, JoséEustáquio da Fonseca.

O presidente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, visitou, no dia 10 de dezembro, o Es-tado do Maranhão. Ele sereuniu com diversas lideran-ças e representantes da JuntaComercial e do CRC, ondeforam discutidos e avaliadosos trabalhos das classescontábeis do Estado. CoelhoNeto também foi recebidodurante almoço pelo pre-sidente do Sescon/MA,Gilberto Alves Ribeiro.

O Conselho Regional dos Repre-sentantes Comerciais do Estado deSanta Catarina - Core é mais umaentidade que se junta à Fenacon emfavor do Simples para o setor deserviços. As primeiras conversaçõespara a adesão ao ‘Movimento pelaampliação do Simples’ foram durante a10ª Conescap, de 15 a 17 de outubro,em Florianópolis-SC, quando sereuniram os presidentes da Fenacon,Pedro Coelho Neto, e do Core - SC,Flávio Flores Lopes. “Entendemos queseja uma ótima oportunidade de incluir

Core/SC adere a campanhapelo Simples

o representante comercial no Simples epor isso buscamos o comprometimentode todos”, declarou Lopes.

Apoio do Core à ampliação do Simplesé destaque no jornalda entidade

Em seguida, o presidente da Fenaconintegrou a mesa de abertura e proferiu

palestra durante o ‘IVEncontro Maranhense deContabilidade’, realizadosimultaneamente com o ‘IEncontro Maranhense daMulher Contabilista’, noAuditório do Conventodas Mercês, na capital SãoLuís. Um total de 100pessoas participaram dosdois eventos.

Representação no Maranhão

O presidente do Sescon/MA, Gilberto Alves Ribeiro

Foto

: Bec

aclic

k C

omun

icaç

ão V

isua

l

Fenacon tem novovice-presidenteregional

Nivaldo Cletoassume a vice-presidência daFenacon para aRegião Sudeste

Foto

: Sér

gio

de P

aula

Senac

Page 31: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 31

go around

Haroldo Santos Filho

Sou fã de sorvetes e de ‘cases’ de em-presas de sucesso. Apesar de distintos,tem um local onde costumo ‘consumir’estes dois produtos. É lá no bairro ondenasci, na sorveteria do seu Abílio. O seuAbílio fundou o seu negócio há quase50 anos e, desde lá, tem vendido sorvetea várias gerações de famílias. Melhoresdo que o sorvete são o otimismo e as téc-nicas administrativas do seu Abílio.

Uma vez fui elogiar a sua sorveteriae a comparei a um carro do ano. Imedia-tamente, fui corrigido pelo seu Abílio quefez questão de dizer que sua empresa eramesmo uma bicicleta. Quando quis sabero porquê, ele já me respondeu per-guntando: “você já experimentou sedistrair um pouco ou ficar parado do altode uma bicicleta?”. Não é que é mesmo?!

Ao lidar com situações do cotidianodas empresas, tenho procurado manteruma postura proativa e otimista, como seuAbílio, evidenciando, quase que religi-

osamente, o aspectopositivo dos

A bicicleta do seu Abílio

“As únicas empresas quese mantêm na luta pela

sobrevivência são aquelas queprocuram aperfeiçoar os seusprocessos constantemente”

acontecimentos, em detrimento do negativo.Mas, às vezes, mesmo a contragosto,

sou obrigado a descumprir este man-damento universal, principalmente quan-do algum cliente virapara mim e diz: “Ascoisas não andambem para a minhaempresa, mas de umacoisa eu tenho cer-teza: pior não podeficar”. Com a devidalicença dos ‘gurus’ daadministração e semnenhum peso na consciência, rebato logoesta falsa crença com um curto e grosso:“o pior é que pode”!

No mundo corporativo de hoje, as únicasempresas que se mantêm na luta pelasobrevivência e com chances de crescimentosão aquelas que procuram aperfeiçoar osseus processos constantemente, mesmo quejá sejam bem sucedidas. Repetir sempre osmesmos hábitos de gestão, antigamente,significava obter os mesmos resultados.

Hoje, quem fizer isso, certamente,estará contribuindo para o seufim. É a procura da melhoriaconstante das ações, quebrandoo paradigma embalado pelavelha máxima futebolística:“...em time que está ganhando,não se mexe”.

Tenho visto muitas pessoasobterem um surpreendente su-cesso na condição de empre-

sárias, mas que, ao diversificarem demaissuas atividades e aumentarem o número

de seus estabelecimentos, acabaram porentrar numa onda sucessiva de ‘infortúnios’que, quase sempre, para não falirem porcompleto, foram obrigadas a recomeçar,

muitas vezes, comuma empresa mui-to menor e mais es-truturada do que aque havia sido cria-da originalmente.

Isso tudo por-que ao crescerem,estes empresáriosacabaram por ne-

gligenciar um ponto primordial para osucesso: a sua própria atenção. Faltouaquele famoso “olho do dono que engordao gado”. É claro que a delegação de poderesé fundamental para o crescimento, mas aatenção entra exatamente na escolha dessaspessoas, na cobrança permanente peloalcance de metas e, principalmente, namanutenção da satisfação do cliente paracom seus produtos.

Uma das principais funções dos con-sultores empresariais (que para a es-magadora maioria das micro e pequenasempresas é o contador) é a de mantersempre acesa esta chama em seusclientes. Tenho tentado fazer assim, nemque para isso precise recorrer às inu-sitadas teorias do seu Abílio e sairconvidando algumas pessoas a voltarema andar de bicicleta.

Haroldo Santos Filho é diretorInstitucional da [email protected]

Gon

zalo

Cár

cam

o

Fiscosoft

Page 32: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

32 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 97

Os Sindicatos, devidamente congregados pela Fenacon, representam os segmentos econômicosabaixo discriminados, integrantes do Ordenamento Sindical do Grupo Terceiro, da ConfederaçãoNacional do Comércio na forma de CLT e do Parágrafo IV do artigo oitavo da Constituição Federal(exceto se houver sindicato de representação específica). Assim, as empresas que devemrecolher Contribuição Sindical e Confederativa aos Sindicatos Filiados são:

Categorias econômicas representadaspelos sindicatos filiados à Fenacon

I - Empresas e escritórios de serviçoscontábeis e fiscais

(organizados ou não sob forma de pessoa jurídica)01. Empresas de Contabilidade02. Escritórios Fisco-Contábeis Autônomos03. Empresas de Auditoria04. Escritórios de Auditoria Autônomos05. Empresas de Assessoria e Consultoria Contábil06. Escritórios de Assessoria e Consultoria Contábil

Autônomos07. Empresas de Assessoramento Contábil08. Empresas de Perícias Contábeis09. Empresas de Informações Contábeis10. Empresas de Pesquisas Contábeis

II - Empresas e escritórios deassessoria e assistência

11. Assessoria de importação e exportação e aduaneira12. Assessoria de marketing e merchandising13. Assessoria e assistência gerencial, econômica,

financeira e fiscal14. Assessoria e planejamento fiscal e contábil15. Assessoria na área de crédito16. Assessoria e assistência técnica rural17. Assessoria da previdência privada18. Assistência automobilística19. Assistência e orientação a cooperativas

habitacionais e agropecuárias20. Assistência e projetos de cozinhas21. Assistência e projetos agropecuários22. Assistência e projetos de urbanização23. Assistência e projetos de viabilidade técnica-

econômica24. Assistência e projetos de topografia,

aerolevantamento e aerofotografia25. Assistência e projetos de reflorestamento26. Assistência e projetos de prospecção geofísica27. Assistência e projetos na área de

telecomunicações28. Assistência e projetos urbanísticos e estudos

ambientais29. Assistência técnica de aparelhos e equipamentos30. Assistência empresarial e gerencial

III - Empresas e escritórios de períciase avaliações

31. Avaliações de empresas

32. Avaliações patrimoniais33. Engenharia de avaliações34. Avaliações e regularização de avarias marítimas35. Perícias judiciais, trabalhistas e contábeis36. Controle patrimonial

IV - Empresas e escritórios deconsultoria

37. Consultoria empresarial38. Consultoria na área de informática39. Consultoria técnica e imobiliária40. Consultoria financeira, econômica e fiscal

V - Sociedade de advogados

VI - Empresas e escritórios deadministração

41. Administração de crédito42. Administração de convênios43. Administração de vale-transporte44. Administração de vale-refeições (através de

tíquete)45. Administração empresarial46. Administração de cartão de crédito47. Administração de transporte e serviços portuários48. Administração de clubes49. Administração de recursos públicos50. Administração de estradas e rodovias com

cobrança de pedágio

VII - Empresas e escritórios deorganização e coordenação

51. Organização de eventos52. Exposições e feiras53. Organização e promoção de venda de cartões de

instituições e clubes54. Organização e promoção de vendas de contratos

de assistência técnica55. Promoção de vendas e mala-direta56. Organização e promoção de congressos e eventos

VIII - Empresas e escritórios de serviços57. Serviços de cópias e fotocópias58. Serviços de documentação e microfilmagem59. Serviços de urbanismo, ajardinamento e

ornamentos60. Serviços de consertos em geral61. Serviços de cobrança extrajudicial

62. Recursos humanos, seleção, recrutamento,treinamento e desenvolvimento

63. Agências de serviços terceirizados pela EBCT64. Aerofotografia65. Aerolevantamento

IX - Associações, clubes, entidadescooperativas

66. Clubes de proteção ao crédito67. Clubes de diretores lojistas68. Associações comerciais, industriais e de serviços69. Associações de criadores rurais e de ruralistas70. Câmaras de indústria, comércio e serviços71. Sociedades civis e militares72. Clubes de serviços73. Centrais de abastecimento74. Centrais de produtores rurais75. Companhias de desenvolvimento76. Bolsa de valores e mercadorias77. Cooperativas de serviços e trabalho profissional

(exceto serviços médicos e odontológicos)78. Cooperativas habitacionais79. Partidos políticos80. Serviços de apoio a empresas

X - Agências de informações epesquisas

81. Agências de Informações e pesquisas82. Agências de colocação de fretes (centrais de

fretes)83. Agências de colocação de mão-de-obra

(inclusive temporária)84. Agências de marcas e patentes85. Agências de recursos humanos

XI - Holdings societárias e fundosmútuos

86. Participações societárias87. Administração patrimonial (exceto bens imóveis)88. Administração de ações e quotas89. Administração de bens e negócios90. Administração de fundos mútuos e de

previdência privada

* De acordo com o ordenamento do SistemaConfederativo de Representação Sindical daConfederação Nacional do Comércio - CNC,grupo terceiro

Page 33: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Revista Fenacon em Serviços - Edição 97 - 33

Embasamento legal da contribuição sindicalMISSÃO INSTITUCIONAL DOS SINDICATOSAos sindicatos, conforme previsto na Constituição Federal (art. 8º),cabe a defesa dos interesses individuais e coletivos da categoriarepresentada, inclusive em questões judiciais e administrativas, sendoobrigatória sua participação nas negociações coletivas de trabalho.

CUSTEIO DAS ATIVIDADES SINDICAIS - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL(Art. 578 CLT)Assim, para custear suas atividades, entre outras fontes, está prevista aContribuição Sindical (antigo imposto sindical), disciplinada pelo art.578 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho.

DATA-LIMITE PARA O RECOLHIMENTO- Empregadores: 31.JAN.2004;- Autônomos: 29.FEV.2004;- Para os que venham a estabelecer-se após os meses acima, aContribuição Sindical será recolhida na ocasião em que requeiram àsrepartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade;

VALOR BASE: R$ 159,04Linha Classe de Capital Social (em R$) Aliquota(%) Parcela a adicionar (R$)

01 de 0,01 a 11.928,00 Contr. Mínima 95,42

02 de 11.928,0 a 23.856,00 0,8% -

03 de 23.856,01 a 238.560,00 0,2% 143,14

04 de 238.560,01 a 23.856.000,00 0,1% 381,70

05 de 23.856.000,01 a 127.232.000,00 0,02% 19.466,50

06 de 127.232.000,01 em diante Contr. Máxima 44.912,90

* O recolhimento efetuado fora do prazo será acrescido das cominaçõesprevistas no art. 600 da CLT.

FORMA DE RECOLHIMENTOO recolhimento deverá ser realizado através de Guia de Recolhimentoda Contribuição Sindical - GRCS, junto à Caixa Econômica Federal.

CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃOTABELA I - Para os agentes do comércio ou trabalhadores autônomos,não organizados em empresa (item II do artigo 580 da CLT, alteradopela Lei 7.047 de 01 de dezembro de 1982), considerando os centavos,na forma do Decreto-lei n.º 2.284/86.30% de R$ 159,04Contribuição devida = R$ 47,71TABELA II - Para os empregadores e agentes do comércio organizadosem firmas ou empresas e para as entidades ou instituições com capitalarbitrado (item III alterado pela Lei n.º 7.047 de 01 de dezembro de1982 e §§ 3º, 4º e 5º do art. 580 da CLT).

Alterdata

Page 34: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Códigos de área dos sindicatos filiadosREGIÃO SUDESTE

Sindicato Fundação Registro SindicalES 22.01.93 002.365.04904-9MG 20.12.90 002.365.04937-5RJ 16.02.87 002.365.86767-1SP 12.01.49 002.365.86257-2

SUL FLUM. 18.12.92 002.365.05022-5

REGIÃO SULSindicato Fundação Registro Sindical

APUCARANA 05.09.00 002.365.00000-7BLUMENAU 05.09.97 002.365.89502-0

CAXIAS DO SUL 11.08.93 002.365.87490-2GDE. FLOR. 20.12.88 002.365.88511-4LONDRINA 28.07.91 002.365.90169-1

PONTA GROSSA 02.09.94 002.365.00000-7PARANÁ 09.09.88 002.365.88248-4

SC 15.09.84 002.365.02808-4

REGIÃO CENTRO OESTE / NORTESindicato Fundação Registro Sindical

DF 12.01.87 002.365.04303-2

AM 13.06.01 002.365.00000-7AP 23.05.01 002.365.00000-7GO 01.12.92 002.365.05474-3MS 16.06.87 002.365.87924-6MT 03.04.91 002.365.86025-1PA 26.11.94 002.365.90145-4RO 08.12.93 002.365.00000-7RR 30.04.93 002.365.04959-6TO 27.09.96 002.365.00000-7AC 19.11.01 002.365.00000-7

REGIÃO NORDESTESindicato Fundação Registro Sindical

AL 12.03.97 002.365.89638-8BA 07.12.94 002.365.90858-0CE 12.12.88 002.365.88157-7MA 13.08.97 002.365.90023-7PB 22.06.94 002.365.90755-0PE 08.02.93 002.365. 88145-3PI 21.06.99 002.365.90801-7

RN 16.06.96 002.365.00000-7SE 24.09.91 002.365.04999-5

NOTAS:1 - As firmas ou empresas e as entidades ou instituições cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 11.928,00, estão obrigadas ao

recolhimento da Contribuição Sindical mínima de R$ 95,42, de acordo com o disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pelaLei n.º 7.047 de 01 de dezembro de 1982);

2 - As firmas ou empresas com capital social superior a R$127.232.000,00, recolherão a Contribuição Sindical máxima de R$44.912,90, na forma do disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pela Lei n.º 7.047 de 01 de dezembro de 1982);

3 - Base de cálculo conforme art. 21 da Lei n.º 8.178, de 01 de março de 1991 e atualizado pela mesma variação da UFIR, de acordocom o art. 2º da Lei n.º 8.383, de 30 de dezembro de 1991, observada a Resolução CNC/SICOMÉRCIO n.º 017/2003.

CUIDADOS NO PREENCHIMENTOÉ indispensável o preenchimento correto da GRCS, especialmente do campo 07 - CÓDIGO DA ENTIDADE SINDICAL, motivo pelo qualdivulgamos os códigos sindicais que devem ser utilizados para cada sindicato.

MORA / PENALIDADESDurante o primeiro mês de atraso no recolhimento da contribuição sindical patronal, incidirá multa correspondente a 10% (dez por cento) de seuvalor e, a partir do segundo mês de atraso, será acrescida sucessivamente de 2% (dois por cento) ao mês ou fração.Em caso de mora, são ainda devidos juros à razão de 1% (um por cento) ao mês ou fração e correção monetária calculada de acordo com oscoeficientes aplicáveis a débitos para com a Fazenda Nacional (artigo 600 da CLT). Além dos acréscimos decorrentes da mora, sujeita-se oinadimplente à imputação de multa pela Delegacia Regional do Trabalho, da ordem de 7,5657 até 7.565,6932 UFIR, segundo dispõe o artigo 598da CLT e Portaria n.º 148, de 25 de janeiro de 1996, do Ministro de Estado do Trabalho.

CÓDIGOS DA ENTIDADE SINDICALCada Sindicato Filiado tem seu código sindical. As guias entregues pelo seu Sindicato já vêm previamente preenchidas com o respectivo código.Caso sua empresa contábil não tenha recebido as guias, você poderá preenchê-la, respeitando os seguintes códigos de área, conforme quadroabaixo.

CATEGORIAS REPRESENTADAS PELOS SINDICATOS FILIADOSA relação apresentada na página 32 resume basicamente a representatividade dos Sindicatos.

OBSERVAÇÕES FINAISDemais informações e esclarecimentos podem ser obtidos diretamente no Sindicato (relação na página 2) com base territorial abrangente dalocalidade em que sediado o contribuinte, cuja orientação prevalece no cumprimento da contribuição sindical mencionada.

Page 35: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

CNC

Page 36: Edição 97 FENACON em 2004 · FENACON em Ano IX Edição 97 Janeiro 2004 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr iços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento,

Prosoft