ano 13 ed 149 out 2012

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Jornal de Umbanda Sagrada

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  • Pgina -2 Jornal de Umbanda Sagrada - OutubrO/2012

    Diretor Responsvel: Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112E-Mail: [email protected]: Av. Irer, 292 - Apto 13 -Planalto Paulista So Paulo - SP

    Diagramao, Editorao e Arte: Laura Carreta - Tel.: (11) 8820-7972

    Diretor Fundador: Rodrigo Queirz Tel.: (14) 3019-4155 E-mail: [email protected]

    Consultora Jurdica: Dra. Mirian Soares de Lima Tel.: (11) 2796-9059

    Jornalistas Responsveis:Marcio Pugliesi - MTB: 33888Wagner Veneziani Costa - MTB:35032 Alessandro S. de Andrade - MTB: 37401

    expediente:

    uma obra filantrpica, cuja misso contribuir para o engrandecimento da religio, divulgando material teo l gico e unificando a comunidade Umbandista.

    Os artigos assinados so de in teira res ponsabilidade dos auto res, no refletindo necessaria mente a opi-nio deste jornal.

    As matrias e artigos deste jor nal podem e devem ser reproduzidas em qualquer veculo de comunicao. Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.).

    Contatos: [email protected]

    Neste ms dedicado a Oxum, me dedico a escrever sobre o amor, mas tambm sobre a falta dele.Amor sem dvida o que mais nos

    aproxima de Deus. Amor o que h de mais lindo e divino no ser humano. Amor algo praticamente inexplicvel, algo que simplesmente acontece, ou no. Ningum pode ser obrigado a Amar. No possvel impor o Amor. No algo que se compra ou vende. Nem mesmo possvel ensinar algum a ter Amor. H sim pessoas que tm mais ou menos capacidade de amar.

    Por vezes pensamos sobre as pes-soas de uma forma julgadora. Dizemos fulano no tem sentimentos, ciclana fria, beltrano no tem amor. Ento sen-timos que as pessoas que no tem amor so as piores pessoas que conhecemos. Quando lemos notcias sobre crimes e violncia, sabemos que ali no tem amor. Por isso a presena do Amor nos faz o que h de melhor no ser humano e sua ausncia nos torna o que h de pior em ns mesmos. Amor e desamor

    Me de Todos os Meus Amores, me coloco a seus ps, toco o cho com minha testa, para, em atitude de reverncia e devoo agradecer e pedir sempre sua prote-o. Clamo por sua guarda e sua guia em minha vida, e peo que sua estrela possa brilhar em meu Cu, para que quando vier a noite eu possa ter sem-pre sua luz a me iluminar o caminho.

    Me Permita Exercer o Sacerdcio de Seus Valores, Ser Amante de Sua Verdade e Mstico de Sua Presena.

    Clamo em Invocao sua mani-festao de dentro para fora do meu, pedindo e desejando um encontro

    ou amor e dio. O que o dio seno o amor que

    ficou doente por alguma razo. Embora todos sejamos espritos imortais e reen-carnantes, passamos por um perodo de pureza e inocncia na infncia. Em uma encarnao bem direcionada, possvel curar muitas dores passadas e aprender a amar com a vida, com as pessoas e com as situaes, mas o contrrio tambm verdadeiro. No processo de crescimento, todos ns nos machucamos, nossos sen-timentos so feridos, nossas expectativas no so cumpridas, nossas iluses se tornam desiluses.

    Existem muitas formas de amor. O primeiro amor sempre o amor de me, depois o amor de pai, de parentes e ami-gos. As vezes j nos machucamos nesta infncia, se nossos pais no receberam amor dos pais deles e no souberem dar este amor. Depois que esta criana comea a andar com as prprias pernas e criar uma certa independncia ento vo surgir os hormnios e, com eles, o interesse de tocar, beijar e sentir outras

    formas de amor. Aqui surgiro senti-mentos mais delicados, como o cime, que leva a comportamentos agressivos como a posse, a ideia de ter propriedade e controle sobre o outro. E mais uma vez vamos nos machucar e muito. Pois estamos confundindo amor com paixo. Amor liberdade, querer ver o outro bem e feliz alm de ns mesmos. E vamos crescendo e acumulando dores.

    Apenas com muita sorte, encontra-remos pessoas sensveis e interessadas em curar nossas dores. A grande maioria no quer ter o trabalho de se curar e nem pacincia de curar ao outro. Os valores da sociedade tambm nos machucam e oprimem neste sentido, j que nossa cultura tem origem e base catlica. Recebemos do catolicismo uma srie de valores deturpados, de dogmas sem ne-nhum fundamento, alm da questo do pecado. Criou-se a ideia de que o amor carnal seja um pecado, o que se agrava mais ainda se for entre duas pessoas do mesmo sexo. A igreja, e boa parte das religies, separou o amor do sexo e criou uma base de comportamento antinatural para a sociedade. As pessoas querem se amar e ao mesmo tempo so per-

    seguidas pela ideia de estar pecando, fazendo algo errado, ao mesmo tempo em que buscam se sentir bem, ter prazer no contato com o ser amado.

    Assim, vamos acumulando nossas dores, desequilbrios, traumas, fobias, vcios e taras. Temos na Umbanda dois Orixs que se manifestam no campo do Amor: Me Oxum e Pai Oxumar. Traba-lhamos com Oxum para nos suprir com o amor, para nos amparar enquanto seres de amor, para nos envolver em seu amor. Mas quando estamos na dor, sofrendo, em alguma situao de desequilbrio, precisamos do amparo do Pai Oxumar. ele, o Pai do amor, quem nos ajuda a curar nossas dores, Ele quem dilui nossos sentimentos de desamor, Ele quem nos traz renovao e alegria para nossas vidas.

    Pecado um conceito teolgico catlico, que no existe nas outras re-ligies, mas que existe no inconsciente coletivo. Vemos espritas, umbandistas e at candomblecistas, carregando a culpa do pecado catlico. Espritas lidam com a ideia de karma como um pecado e umbandistas tambm trazem um peso semelhante para seu dia a dia.

    Pecado algo que voc faz e ofende a Deus. A questo que ofender-se um sentimento muito humano e nada Divino. Deus amor puro e est acima dos sentimentos mais baixos e humanos.

    Somos umbandistas e precisamos reaprender a amar, sem culpa, sem medo, sem dor, sem cimes, sem mgoas, sem ofensas, sem traumas... Precisamos de um amor maior, um amor que cure, que ampare, que nos guie, que nos sustente, que nos eleve acima das situaes do dia a dia. Precisamos de um amor que nos ajude a nos tornarmos quem realmente somos. Precisamos deste amor de Oxum e Oxumar. Graas a Deus somos umbandistas e podemos, sempre, reaprender a amar com o amparo e o amor de Oxum e Oxumar. E no para por aqui, temos o amor de todos os Orixs e tambm o amor de exu e pomba-gira a nos guiar. Por isso tudo e muito mais, podemos dizer que a Umbanda uma religio de muito amor, libertadora. A Umbanda pode, com este amor curar, todas as nossas dores e tornar nossas vidas muito mais leves, com muito mais amor.

    ORAO MAME OXUM - Por Alexandre Cuminocom o Sagrado de Todas as Culturas que habita no EU mais profundo no qual todos so apenas UM.

    Leva seus filhos minha Amada Me, Enleva toda esta BANDA, Com Seus Cantos de Encantos, Amores e Solicitude ajude-nos, todos, a subir mais um degrau, em direo ao UM.

    Permita minha me que todos que me so queridos sejam tocados por uma centelha deste infinito amor.

    Seja presente em minha alma e esprito para que quando meus sen-timentos, palavras e aes ganharem vida sejam sempre a sua vida mani-festa na minha, proporcionando vida

    em abundncia.Por meio de meus olhos, boca e

    ouvidos, a senhora possa estabelecer um contato com este mundo to ca-rente de sua presena, que meus ps toquem sempre em solo sagrado e minhas mos demonstrem gestos de amor e gratido, reconhecendo sua presena divina em tudo que Deus Criou...

    Para Minha Famlia Seja tambm a prosperidade, e, que todos reconhe-am que sua presena que nos torna prsperos e realizados...

    Oxal Nos Ilumine Para Ser e Viver Por Sua Luz e Verdade...

  • Pgina -3 Jornal de Umbanda Sagrada - OutubrO/2012

    A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mgicos e ela pode ser usada de vrias formas, tais como: Para riscar pontos cabalsticos; Para cruzar os filhos de f; Para ps-purificadores; Para limparem pessoas; Para cruzarem imagens ou outros objetos; Para assentamentos;

    Pemba significa e um elemento mgico mineral.

    A confeco das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcrio (um gesso) branco modo e coado, depois moldado em formas ovais que lhe do uma forma de fcil manuseio e de boa resistncia, no sendo muito duro nem muito mole.

    A pemba ideal aquela que risca facil-mente sem esfarelar-se.

    Os guias espirituais gostam de riscar pontos cabalsticos quando vo trabalhar. Cada um com seu prprio ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que alguns smbolos, signos e ondas sejam comuns.

    Porm sempre vemos diferenas entre os pontos de guias pertencentes a uma

    mesma linha ou corrente de trabalho espiritual.

    As pembas podem ser consagradas ou no, tudo depende da orien-tao dos guias espirituais.

    Uma Consagrao Simples, pode ser feita por todos os mdiuns e se processa desta forma:

    1. Risca-se um crculo, firmam-se sete velas coloridas sobre ele e uma vela branca no centro.

    2. Colocam-se as pembas brancas ou coloridas (menos a de cor preta) dentro dele.

    3. Evoca-se Deus e os sagrados orixs, pedindo-lhes irradiao sobre aquele circulo e a imantao das suas vibraes divinas sob as pembas ali colocadas. E que as consagrem para serem usadas segundo as necessidades dos guias e dos mdiuns (para riscarem pontos, cruzarem pessoas, fazerem ps-especficos, tornando-as condensadoras e anuladoras de energias negativas, etc).

    Aps a queima das velas, devem ser recolhidas as pembas j consagradas pelos sagrados orixs e guardadas em uma caixa ou serem envolvidas em tecidos com suas respectivas cores, s voltando a manuse-las em caso de uso.

    Est forma de consagrao a mais simples de ser feita. Sendo realizada dentro do cong ou na casa do mdium, em um local adequado.

    Uma Consagrao Especfica, tambm existe e processa-se de uma forma diferente, pois feita nos campos vibratrios que devem ter a cor da irradiao na qual trabalham os guias.

    1) Faz-se uma oferenda ritual ao guia es-

    piritual no campo da sua irradiao principal. (mata, pedreira, cachoeira, cemitrio, mar, etc.) e deposita-se dentro dela - cercada por velas na cor da pemba a(s) pemba(s) que se deseja consagrar.

    2) Aps isso feito, o mdium deve incor-porar o seu guia (da direita ou da esquerda) e um cambone deve dar-lhe a que ele pedir, com as pembas a serem consagradas.

    Os guias espirituais tm mos de pemba as imantaro e concentraro nelas as vibraes de todas as irradiaes divinas nas quais foram iniciados e de cujas vibra-es retiram smbolos, signos e ondas que escrevem nos seus pontos.

    3)Aps o guia consagr-la (s), o cam-bone deve coloc-la dentro do circulo da oferenda e deix-la em imantao at que o guia desincorpore e o mdium agradea aos orixs e ao seu guia por consagrarem a (s) sua (s) pemba (s).

    4)Aps os agradecimentos, o mdium deve envolver a (s) sua (s) pemba (s) e te-cido da mesma cor e guard-la, s voltando a manuse-la se for riscar algum ponto cabalstico.

    O local ideal no cong para guardar pembas consagradas desta forma atrs das imagens dos orixs e guias (se nos seus altares tiverem-nas) ou em um com-partimento dele, oculto dos freqentadores do seu centro.

    No caso de serem membros de um cen-tro, devem guard-las em suas casas, porm mant-las encobertas e acondicionadas em uma caixa fechada e fora do alcance dos seus familiares.

  • Pgina -4 Jornal de Umbanda Sagrada - OutubrO/2012

    A Umbanda uma religio es-sencialmente mgica e, desde o seu nascimento, vemos as prticas mgicas sendo largamente utilizadas.

    Vamos resgatar alguns textos do passado e do presente sobre a Magia na Umbanda.

    Leal de Souza, ao publicar a pri-meira obra de Umbanda, O Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda, em 1933, j chamava a ateno para a presena da Magia no ttulo do livro. No captulo XVI, Os atributos e peculiari-dade da Linha Branca, ele apresenta e explica alguns dos elementos utilizados nos rituais de Umbanda e em sua ma-gia. Entre os elementos, o autor cita:

    Guia, banho de descarga, cachaa, defumador, ponto cantado, ponto ris-cado, ponteiro e pemba.

    bem interessante observar que todos estes elementos que utilizamos at os dias de hoje na Umbanda j estavam presentes no primeiro ttulo de Umbanda, portanto j faziam parte da primeira tenda de Umbanda e, por concluso, foram idealizados por Zlio de Moraes.

    Capito Pessoa foi tambm inicia-do e preparado por Zlio de Moraes na TENSP, e, mais tarde, viria a se tornar dirigente espiritual e sacerdote respon-svel pela Tenda Esprita de Umbanda So Jernimo, uma das sete tendas fundadas e mantidas diretamente pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas. No texto abaixo, de sua autoria, Umbanda, a magia e os seus mistrios, podemos observar a importncia que, desde sem-pre, teve e tem a Magia para a prtica de Umbanda, e a prpria Umbanda como religio e magia:

    Antes de mais nada: O QUE A MAGIA?

    Para os letrados do sculo em

    que vivemos superstio grosseira, ignorncia e explorao da credulidade humana.

    Mas, ns que lidamos com a magia, que a realizamos, que vemos os seus milagres dirios, sabemos que magia a cincia da vida e da morte, a cincia do bem e do mal, a arte magna que nivela o homem aos deuses.

    O que a Umbanda faz reviver para uma multido aquilo que sempre se praticou nos mistrios dos santurios e para um pequeno nmero de privile-

    giados [...].H cerca de 40

    anos, venho diaria-mente dedicando parte do meu tem-po a estudar as coi-sas da magia, que tanto me seduzem, e cada dia que se passa, ao desven-dar novos segre-dos, ao aprender a aplicao de novas frmulas, mais me espanto de ver o quo pouco me foi dado saber de uma cincia to difcil

    e to intrincada! Porque quanto mais aprendemos mais se desdobram as perspectivas de novos mistrios a desvendar nessa arte de to difcil manejo [...].

    No impunemente que se penetra nos mistrios da magia e entrada do sagrado recinto onde ela se realiza de-via haver um anjo com espada de fogo que fizesse recuar os inconscientes que tentassem nele penetrar! [...].

    Temos orgulho em mais uma vez repetir que somos uma religio de magos. Somos umbandistas e a nossa

    misso fazer a boa magia, a magia divina, com o nico objetivo de fazer a caridade [...].

    Loureno Braga, 1941, vem por meio de sua literatura trabalhar a relao entre Magia e Umbanda, apresentando os fundamentos da Um-banda como Espiritismo e Magia Branca. Entre os seus ttulos est Umbanda e Quimbanda, Os mistrios da Magia (um romance) e Trabalhos de Umbanda ou Magia Prtica:

    Devemos dividir o Espiritismo, como ele , na verdade, em trs partes, a saber:

    Lei de Kardec: Espiritismo doutrinrio, filosfico e cientfico;

    Lei de Umbanda: Espiritismo Magia Branca ;

    Lei de Quimbanda: Espiritismo Magia Negra

    Depois de haver publicado os livros Umbanda e Quimbanda e Os mistrios da Magia resolvi, atendendo aos apelos de um grande nmero de praticantes do espiritismo, escrever o presente livro [Trabalhos de Umbanda ou Magia Pr-tica], com o propsito de transmitir aos leitores conhecimentos sobre o modo de praticar a Magia Branca.

    Rubens Saraceni, mdium, sa-cerdote e autor umbandista, reco-nhecido hoje como o Umbandista que mais ateno deu a Magia. Seus ttulos trazem esclarecimentos e recursos que definem a utilizao e fundamentao dos elementos mgicos na religio. Por meio dos cursos de Magia Divina, h anos vem ensinando recursos para

    O material abaixo parte do livro e do curso virtual de Histria da Umbanda, de Alexandre Cumino.

    Temos orgulho em mais uma vez repetir que somos uma religio de magos. Somos umbandistas e a nossa misso fazer a boa magia, a magia divina, com o nico objetivo de fazer a caridade.

    Frase de Capito Pessoa, 1960, Mdium preparado por Zlio de Moraes.

    os umbandistas aprenderem a cortar demandas, encaminhar obsessores, fazer descarregos e criar espaos m-gicos dentro dos mistrios dos Tronos de Deus (Orixs), entre outras coisas. Abaixo algumas consideraes do Mes-tre Rubens Saraceni:

    A Umbanda tem na sua base de for-mao os cultos afros, os cultos nativos, a doutrina esprita kardecista, a religio catlica e um pouco da religio oriental (Budismo e Hindusmo) e tambm da magia, pois uma religio magstica por excelncia, o que a distingue e a honra, porque dentro dos seus templos a magia negativa combatida e anulada pelos espritos que neles se manifestam, incorporando nos seus mdiuns.

    [...] Magia o ato de evocar pode-res e Mistrios Divinos e coloc-los em ao, beneficiando-nos ou aos nossos semelhantes [...].

    Magia o ato de ativar ou desativar mistrios de Deus;

    Magia a manipulao mental, energtica, elemental e natural de mistrios e poderes Divinos;

    Magia o ato de, a partir de um ritual evocatrio especfico, ativar energias e mistrios que, s assim, so colocados em ao;

    Magia um procedimento paralelo

    aos religiosos ou, mesmo, parte deles [...].

    [...] A Magia Divina dividida em duas vertentes: uma religiosa e outra energtica.

    Na magia religiosa, os Orixs so evocados quando so oferendados em seus santurios naturais, e o ritual um ato religioso, revestido de preceitos e posturas religiosas por quem o realiza;

    Na magia energtica, os Orixs so ativados a partir de uma escrita mgica ou grafia de pemba, e so usados ele-mentos mgicos especficos.

    Comentar os poderes mgicos individuais mostrar a todos em geral, e a cada um em particular, que todos ns somos portadores de dons que nos tornaro aptos a ativar processos mgicos positivos em favor dos nossos semelhantes, bastando para tanto que nos coloquemos em uma vibrao e grau consciencial afim com os regentes dos dons.

    Um mdium, ao colocar o nome de algum junto imagem simblica de um Orix sagrado, j est realizando a ativao dos poderes daquele Orix, pois a sua f o moveu.

    Este o princpio da magia!Nos trabalhos de caridade espiritu-

    al, realizados nos centros de Umbanda, tudo magia. Ela vai desde as bafora-das de fumaa at o estalar de dedos; desde defumaes at os cantos dos pontos de chamada para o trabalho. Tudo mgico na Umbanda.

    Espero com estes textos ajudar na compreenso da religio de Umbanda. A Magia algo de fundamental impor-tncia na prtica da religio e que deve ser estudado e conhecido por ns, os praticantes.

    Recentemente, um jornal carioca desta-cou o caso da professora proibida de usar o livro Lendas de Exu em uma escola municipal. A professora umbandista e a diretora da escola evanglica. cada vez mais comum que professores e alunos de candombl ou umbanda sejam discriminados nas escolas. A pergunta : por que Jesus pode estar em um livro para o ensino religioso catlico, destinado rede pblica, e Exu no pode? Exu no entra na escola porque este pas racista, e o racismo est presente na escola. Acredito tambm que atravessamos uma fase de avano conservador na educao pblica. A manuteno da oferta do ensino religioso na Constituio de 88, a aprovao deste como confessional no Rio, os livros didticos catlicos, a Concordata Brasil-Vaticano, so vitrias silenciosas que ampliam e legitimam as circunstncias necessrias para discriminaes como essa.

    A me-de-santo Beata de Yemanj diz: Pensam que o Brasil uma coisa s e nos discriminam. Isso racismo. Para o pesquisador Antnio Srgio Guimares, o racismo brasileiro heterofbico, a nega-o absoluta das diferenas implicando um ideal, explcito ou no, de homogeneidade (ou uma coisa s, como diz Beata).

    Quando uma escola probe um livro de lendas africanas ela discrimina culturas afrodescendentes. Exu negro. Um pode-roso e imenso orix negro. o orix mais prximo dos seres humanos porque repre-senta a vontade, o desejo, a sexualidade, a dvida. Por que esses sentimentos no so bem-vindos na escola? Porque a Igreja catlica tratou de associ-lo ao seu diabo e muitas escolas incorporam essa lgica conservadora, moralista e racista. O Exu proibido afirma que este pas tem negros

    com diferentes culturas que, se entendidas como modos de vida, podem incluir diferentes modos de ver, crer, no crer, sentir, entender e explicar a vida. Positivo foi que muitos pro-fessores e professoras criticaram o ocorrido, o que mostra que tambm a escola no uma coisa s. nas suas tenses cotidianas que devemos lutar contra o racismo.

    As culturas com suas religies fazem parte do ensino de Histria da frica. Como que vai ser? Pais e professores arrancaro as pginas desses livros? Ou eles j sero confeccionados mutilados pelo racismo? Respondo com a saudao ao orix excludo da escola: Laro oy Exu! Para que ele traga mais confuso e com ela, o movimento, a comunicao, a transformao onde reina.

    * Stela Guedes Caputo professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

  • Pgina -5 Jornal de Umbanda Sagrada - OutubrO/2012

    Neste ms de outubro,que estamos ainda celebrando a energia e a fora de Cosme e Damio,gostaria de contar sobre a criana cigana.

    Para os ciganos a celebrao do nascimento de uma criana j se inicia quando anunciado pela me que esta grvida,nos prximos 9 meses,ela ter todos os cuidados fsicos,mas tambm um ritual para a chegada desta criana.

    Cada ms de gestao entre os ci-ganos tem uma importncia especial. O ventre da mulher considerado sagrado e deve ser protegido para que o fruto nele contido seja especial.

    No 1 ms a me banha o seu ventre com lquidos,sucos de frutas e lama. (elemento gua).

    No 2 ms ela se expe ao sol o quanto pode. (elemento fogo).

    No 3 ms a me se apresenta para os 4 pontos cardeais,deixando que brisa envolva o seu ventre (ele-mento ar).

    No 4 ms a me busca um conta-to maior com a terra,para que a criana sinta este elemento,que para os ciganos traz a concretizao.( elemento terra ).

    No 5 ms a hora das pedras,a me encosta e desliza no seu ventre va-rias pedras,para a criana sentir a fora deste elemento. (elemento mineral )

    No 6 ms a me traz para a criana entrar contato, flores,frutas,folhas,razes,madeira,a fora das ervas.(elemento vegetal).

    No 7 ms comea os rituais de limpeza e purificao,a me faz banhos de gua morna com sal,e banhos ba-nhos de ervas,ela comea a se preparar para a chegada.

    No 8 ms o ms da luz a me

    mantm ao seu lado uma vela acessa para dormir,esta luz guiar a chegada desta criana ao mundo.

    No 9 ms a me ficar ao mximo em contato com o ouro, prata, cobre, jias, ervas,e desde agora a me ensi-nar esta criana a no se deslumbrar com o brilho das coisas que podem levar a perdio.

    A hora do nascimento uma grande alegria para os ciganos,esta criana simboliza a perpetuao, a renovao e a multiplicidade, pois jamais uma crian-a como a outra e o nascimento a perpetuao a continuao de um povo e seus costumes e tambm a esperana do nascimento de um lder que poder fazer grandes mudanas no mundo.

    Quando esta criana nasce,ela banhada em banho especial, na ba-nheira h ouro, prata, jias, este banho significa que nada material h de faltar durante a sua jornada,esta criana tambm apresentada para Lua Cheia, para que esta ilumine os caminhos, para que no haja escurido nem de dia e nem a noite,que a Lua traga intuio e inspirao.

    Segundo a tradio, cada criana que nasce, tem o seu destino e isso no pode ser mudado, pelo contrrio, incentivado, pois cada uma delas pode significar a soluo que todos estamos esperando. Assim, a cada nascimento, a palavra a esperana de um novo tempo e de uma mudana. Mudana na qual os ciganos depositam toda a sua esperana. Ensinam a esta criana seus costumes e tradies,aprende e aceita que ela nica,mas que tambm ela faz parte de um todo e que jamais ela estar sozinha.

    No mesmo ano em que nasceu Zlio de Morais, em 1891, o Brasil aboliu esta noo de religio oficial, religio de estado, e passou a adotar um modelo de sociedade de estado um pouco parecido com o que ns temos hoje, o Estado Laico.

    Esta denominao significa, em primeirssimo lugar, que no existe religio oficial. Para o direito, todas as religies tm a mesma dignidade, o mesmo estatuto jurdico, devem ser todas tratadas com igual respeito, com igual considerao pelo estado, pelos agentes pblicos e tambm pelos par-ticulares. Ns temos uma constituio que garante o direito dos brasileiros pro-fessarem a sua religio de maneira livre. O ltimo recenseamento demonstra que h centenas de organizaes religiosas presentes no nosso pas. Os brasileiros possuem centenas de denominaes religiosas, muito embora existam oito, dez, vinte, vinte e cinco, no mximo, grupos de grandes doutrinas religiosas. Mas so milhares de organizaes reli-giosas que existem no Brasil, que esto organizadas, que fazem propaganda do seu dogma, do seu credo, e tm templos abertos no Brasil.

    A constituio garante aos brasilei-ros o direito de professar uma religio. Qual religio? Qualquer religio, pois hoje o cdigo civil d ampla liberdade para qualquer organizao religiosa. Agora, o fato de a constituio fede-ral e leis ordinrias, leis civis, penais, trabalhistas, etc., protegerem o fato religioso, a manifestao religiosa, a vontade da pessoa, do indivduo, seja no mbito privado, ou seja no mbito coletivo, professar uma determinada religio no autoriza o estado brasileiro

    a promover a religio.O indivduo pode ter sua religio,

    como tambm no ter uma religio. O ltimo recenseamento demonstra que h cerca de 15 milhes de brasileiros que no professam religio alguma. So brasileiros como todos os outros que professam religio, pagam tributos, mantm a mquina pblica, mantm a receita pblica, mantm o sistema de ensino; so brasileiros que devem ser respeitados como qualquer outro brasileiro pela sua condio de cidado.

    O Estado Laico, portanto, quer dizer isso. O Estado no tem uma religio, mas os indivduos podem ter religio, se quiserem ter. O estado no pode impor uma determinada religio a quem quer que seja. O Estado no pode discrimi-nar pessoas em funo do seu credo religioso, ou em funo de no terem um credo religioso. O Estado protege o direito das pessoas professarem uma determinada crena, mas este mesmo Estado no pode ter e no tem uma religio oficial.

    Portanto, o Estado Laico um Es-tado que compreende que a expresso religiosa, que a opo, a escolha reli-giosa, no um assunto de interesse pblico, um assunto de interesse privado. O indivduo decide, segundo suas prprias convices, se ele vai ter ou no uma religio.

    Hoje h um debate cada vez mais intenso sobre o delicado tema do ensino religioso, porque o ensino religioso ministrado com recursos pblicos, tri-butos que so pagos por brasileiros de todas as crenas, e no pode, portanto, veicular doutrina desta ou daquela religio. Notem bem, o fato do Estado no possuir uma religio, no significa

    que no haja uma disciplina jurdica das religies, que ns poderamos chamar de direito religioso, que prescreve, por meio de leis e da constituio, quais so os direitos das organizaes religiosas, quais so os direitos dos sacerdotes, como que se faz para que o templo seja legalizado, como que eu legalizo o sacerdcio, as bases da relao en-tre cada religio e o poder pblico, as chamadas imunidades tributrias do templo, etc. Esta expresso, imunida-de, uma expresso jurdica de no fao compreenso, mas imunidade chamada popularmente de iseno, so aqueles impostos que o templo e a organizao religiosa, por fora da cons-tituio, so desobrigados a pagar, no precisam pagar determinados impostos. Tudo isso previsto em lei.

    Ento, o fato do Estado ser um Estado Laico no significa que no haja leis, pois h leis que disciplinam, que do regramento de cada um desses direitos. E conhec-los, ter conscincia sobre eles, um passo fundamen-tal para que aqueles brasileiros que professam religio, no caso, religies afro-brasileiras, o Candombl no seus segmentos, a Umbanda, para que pos-sam exercer o que se chama cidadania religiosa.

    O que cidadania religiosa ? eu ter o direito de professar a

    minha religio, de no ser humilhado, de no sofrer constrangimento em nenhuma situao vexatria em funo da minha religio e ter minha religio respeitada pelos meios de comunicao, pelos particulares, por qualquer pessoa da forma como toda e qualquer religio deve ser respeitada.

    A Umbanda uma religio muito nova, 103 anos, que traz em seu colo influncias de muitas culturas e religies, sendo predominante a cul-tura religiosa africana, fruto do nosso culto aos Orixs - Yorub, divindades cultuadas na Nigria.

    Claro que a forma como a Umbanda se relaciona com os Orixs bastante diferente que o Culto de Nao. Cito isso pois um termo tpico da cultura africana usado dentro da Umbanda, trata-se do que se chama de Tradio, afinal o que tradio?

    Para no me alongar quero adiantar que o conceito de Tradio no africanis-mo tambm diferente do que ocorre na Umbanda, e como sou Umbandista s posso neste momento falar de Umban-da. A Umbanda neste primeiro sculo evoluiu muito e vai evoluir, cresceu e vem tomando forma, ainda no d para prever sua forma, pois ela ainda est no processo de firmamento e construo de uma identidade.

    Desde Pai Zlio de Moraes, sempre existiram reunies no terreiro para estudos acerca da Umbanda e da espiritualidade. O tempo foi passando

    e, h mais de 30 anos, Pai Ronaldo Linares, baluarte da religio que con-viveu com Pai Zlio de Moraes, criou o curso Sacerdcio Umbandista. Pai Jamil Rachid tambm desenvolveu um curso de casamento,batizado e funeral para sacerdotes, ao que consta um dos primeiros cursos com esta temtica para dirigentes. O motivo que os candidatos Sacerdote de Umbanda, que tenham sido outorgados pelos guias espiritu-ais, pudessem receber uma estrutura terica e conceitual do que se trata o Sacerdcio. Centenas de terreiros de Umbanda surgiram a partir destes lderes conscientes e conscientizadores.

    Toda religio, independente de seus templos, criam ncleos de estudos sobre sua Teologia, bem como assuntos correlacionados e, estranhamente, nas outras religies isso no um problema,

    muito pelo contrrio, isso nada mais que a constatao de uma organizao e estruturao da religio, pois sabem seus idealizadores que um fiel consciente um fiel convicto, que um fiel consciente um fiel fortalecido, que um fiel cons-ciente um fiel producente.

    No entanto, nos ltimos tempos falar de estudos dentro da Umbanda um problema, no para os fiis preocupados com a evoluo, mas sim para os tiranos dirigentes que evocam a tal Tradio, como se tradio fosse o enclausura-mento do fiel ao terreiro. Pois pensam e transmitem a ideia de que Umbanda em toda sua simplicidade e complexidade se resume ao terreiro ou s suas expe-rincias pessoais. Presos no orgulho no reconhecem a importncia de estudar os vrios assuntos que envolvem a religio Umbanda, pois tambm no a estudam

    e temem serem questionados. Querem na verdade fechar seus filhos numa ostra e ser reconhecido como o nico detentor do saber.

    Tradio espiritual pelo que aprendi no terreiro, conversando com Preto Velho, Caboclo, enfim, evoluo cons tante, ampliao dos horizontes da conscincia e do corao, de modo que apenas a realidade do terreiro uma forma.

    Particularidades do terreiro e da es-piritualidade, somente o convvio ofere-ce, o dia a dia no terreiro, as prosas com os guias, o convvio com o pai ou me do terreiro, com os irmos, com o toque do tambor, com a fumaa do turbulo, ah... estas coisas no tem estudo que transmita, claro que no! Mas explicam.

    Por isso no podemos confundir Tradio com Ostracismo. Precisamos

    repudiar estes discursos que promovem a alienao dos religiosos Umbandistas, que centralizam os incautos entorno do pseudo-mrtir.

    Umbanda precisa de estudos e escolas organizadas da mesma maneira que precisa se politizar, pois tudo isso corrobora para o seu crescimento, alicer-amento e reconhecimento. Eu militarei pela educao Umbandista, pois acredito que este o caminho da evoluo.

    Eu sinto a Umbanda, eu vibro a Umbanda, eu amo a Umbanda, desde o primeiro contato com ela, mas tenho que confessar, ela fica mais encanta-dora, colorida e brilhante a cada novo conhecimento que tomo sobre ela, pois vou percebendo o amor de Olorum, que criou uma religio onde Ele pudesse se manifestar sem vus, ainda que tentem cobri-lo com uma Burca (traje feminino que esconde toda a mulher, como dita a Tradio Isl).

    Obrigado aos grandes baluartes da Umbanda que por serem estudados sempre contriburam para uma Um-banda estudada. Por isso digo que a Umbanda no a religio ideal, mas o ideal de religio! Sarav!

  • Pgina -6 Jornal de Umbanda Sagrada - OutubrO/2012

    Hoje eu pretendo falar um pouco sobre meditao e sobre Deus. A ideia falar sobre meditao como uma ferramenta junto da mediuni-dade e a favor de uma qualidade de vida.

    Para dar inicio, uma histria que era contada por Bruce Lee. Sou admirador e gosto muito de artes marciais. O Kung-Fu tem uma base chinesa que se inspira no Taosmo e no Confucionismo, evocando a sabedoria milenar destas tradies. Vamos ao conto oriental:

    Um lenhador estava na mata cor-tando rvores com o seu machado e ele pressentiu um movimento, ouviu um barulho de algo se aproximando. Ele viu um drago se aproximar... um drago de verdade, enorme, assustador, que sol-tava fumaa pelo nariz, fogo pela boca e o lenhador pensou: estou com um machado na mo, ento, quando o dra-go se aproximar, eu vou acertar esse machado bem no meio da testa. Logo em seguida ele pensou: vou pra cima do drago com o machado. Quando o lenhador pensou em acertar o drago, ele foi para o outro lado. Ento mais uma vez ele pensou: agora eu vou para o outro lado e vou acertar o machado no drago. E o drago desviou uma, duas, trs vezes.

    O lenhador percebeu que tudo o que pensava, o drago j sabia antes de realizar, se esquivando e evitando de ser pego, ou acertado com o machado. O drago lia seus pensamentos, o que tornava impossvel acert-lo.

    Se dando conta da impossibilidade de pegar o Drago, aceitou a condio

    e o fato da impossibilidade de captur-lo e voltou a lenhar, cortando rvores com seu machado.

    Quando a mente do nosso lenhador esvaziou, cortando rvores, o machado escapou da sua mo e acertou o drago no meio da testa. O drago foi atingido no momento em que ele parou de pen-sar em como acert-lo, no momento em que voltou a ateno sua atividade principal e esvaziou a mente.

    Isso tem muito a ver com meditao e tambm com Mediunidade, pois cria-mos monstros e drages como este o tempo todo em nossa mente, e como so criaes nossas, dentro de nossa mente, estes monstros sabem tudo o que pensamos. E enquanto estamos focados em destru-los, muitas vezes s os alimentamos e damos fora. Exata-mente como na incorporao e, mais especificamente, no desenvolvimento medinico, porque uma das maiores dificuldades para incorporar parar de pensar; no pensar em nada. nestes momentos que ouvimos frases como:

    Firme a cabea, deixa vir, solte o corpo, esvazia a mente...

    Quando voc est em desenvolvi-mento e o Caboclo fala firme a cabea, ento a gente pensa se pra segurar a cabea. Mas firmar a cabea tem o sentido de colocar os seus pensamentos em um nico objetivo certo: incorporar.

    No Vacila quer dizer: no se entregue a devaneios e firme a sua cabea neste momento, no agora, e no em outros lugares. para no dispersar. No colocar a mente em outro lugar.

    Soltar o corpo no soltar as pernas para cair no cho e, sim, en-tregar-se para que uma outra vontade domine os movimentos do seu corpo, da sua mente. A incorporao acontece na mente. A entidade que incorpora domina o seu mental e por meio dele controla todas as funes do corpo.

    Esvazie a Cabea (mente). O maior drama no desenvolvimento o autoquestionamento: Ser que sou eu, ou o meu guia. E quanto mais a gente pensa, mais difcil acertar esse drago que assombra o desenvolvi-mento medinico.

    Quanto mais eu encuco, quanto mais eu me questiono, quanto mais penso, mais difcil fica incorporar. H mdium que no consegue parar de pensar em outras coisas, como ati-vidades do trabalho, da casa, do lar, da famlia. Por isso, quando chega ao templo, o ideal ter alguns momentos de meditao, harmonia, ouvindo uma msica ou no. Ter um momento de serenidade, de tranquilidade, para que voc possa esquecer todo o resto que ficou do lado da rua e que deve estar do lado da rua. No devemos trazer para dentro do templo, no momento da incorporao, todos os nossos pro-blemas. Antes de incorporar devemos nos esvaziar.

    Justamente as pessoas que tem maior dificuldade em no pensar em nada, as pessoas que tem dificuldade de ficar sozinhas consigo mesmas, so aquelas que precisam praticar diaria-mente o silncio e a meditao.

    1) Isolar todo o permetro do terreno onde est localizado o terreiro com um fio de cobre e outro de ao.

    2) Atar as pontas do fio de cobre a uma barra de aterro e as pontas do fio de ao a um vergalho de ao. A barra e o vergalho devem ter um metro (mais ou menos) de comprimento.

    3) Cavar dois buracos a barra de cobre e no outro a barra de ao, deixando 30cm (mais ou menos) de dimetro e profundidade.

    4) Enterrar em um dos buracos a barra de cobre e no outro a barra de ao, deixando 30cm acima do nvel do solo.

    5) Colocar ao redor da barra de cobre uma camada de carvo mineral, e ao redor da barra de ao uma camada de carvo mineral.

    6) Cobrir essas duas camadas com uma de serragem.

    7) Cobrir as camadas de serra-gem com areia do rio misturada com p de ferro.

    8) Cobrir esta camada de areia e p de ferro com uma camada de barro cermico ou de fabricao de tijolos. Se conseguir um vermelho e outro branco, coloque esta ao redor da barra de ferro e o vermelho ao redor da barra de cobre.

    9) Colocar moedas sobre as duas camadas de barro.

    10) Espetar sete tridentes curvos ao redor da barra de cobre e sete tri-dentes retos ao redor da barra de ao.

    11) Fincar sete punhais pequenos ao redor de cada barra.

    12) Cobrir tudo com l de ao e derramar terra sobre a l at nivelar o buraco com o solo. A seguir cimente, s deixando visveis as duas barras.

    13) Coloque sete olhos de boi e sete bzios fechados ao redor da barra de ao e sete olhos de cabra e sete b-zios abertos ao redor da barra de cobre.

    14) Ao redor dos assentamentos com as barras de cobre e ao, acenda sete velas pretas, sete vermelhas e 7 brancas.

    15) Abra uma Champagne, der-rame um pouco sobre a barra de cobre e um pouco em crculo por fora dos crculos de velas.O resto deixe na garrafa e oferea senhora PombaGira Guardi dos Mistrios da Esquerda do seu orix feminino.

    16) Abra uma garrafa de pinga, derrame um pouco sobre a barra de ao e um pouco em crculo por fora dos crculos de velas. O resto deixe na garrafa e oferea ao senhor Exu guardio dos Mistrios da Esquerda do seu orix masculino.

    17) Cigarros devem ser acessos no assentamento da senhora Pomba Gira guardi e charutos no assentamen-to do senhor Exu guardio.

    Aps este assentamento, inicial, sempre que for abrir uma sesso de trabalhos o dirigente deve firmar um tringulo com uma vela branca, uma vela vermelha e 1 vela preta.

    No assentamento feminino a vela branca fica no vrtice voltado para dentro e no masculino a vela branca fica com o vrtice para fora.

    Bebidas, charuto e cigarro so reco-mendados, no deixando de derramar um pouco sobre as barras e no solo em volta do assentamento.

  • Pgina -7 Jornal de Umbanda Sagrada - OutubrO/2012

    Afinal, o Que tica?

    A tica daquelas coisas que todo mundo sabe o que so, mas que no so fceis de explicar, quando algum pergunta.(VALLS, lvaro L.M. O que tica. 7a edio Ed.Brasiliense, 1993, p.7)

    Alguns diferenciam tica e moral de vrios modos:

    1. tica princpio, moral so aspectos de condutas especficas; 2. tica permanente, moral temporal; 3. tica universal, moral cultural; 4. tica regra, moral conduta da regra; 5. tica teoria, moral prtica.

    Fonte: http://www.mundodosfilosofos.com.br/vanderlei18.htm

    A palavra tica originada do grego ethos, que significa modo de ser, carter. Atravs do latim mos (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra moral. Em Filosofia, tica significa o que bom para o indivduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivduo - sociedade.

    Define-se Moral como um conjunto de nor-mas, princpios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivduo no seu grupo social. Moral e tica no devem ser confundidos: enquanto a moral normati-va, a tica terica e busca explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsdios para a soluo de seus dilemas mais comuns. Porm, deve-se deixar claro que etimologicamente tica e moral so expresses sinnimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda

    sua traduo para o latim.A tica tambm no deve ser confundida

    com a lei, embora com certa frequncia a lei tenha como base princpios ticos. Ao contrrio do que ocorre com a lei, nenhum indivduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivduos, a cumprir as normas ticas, nem sofrer qualquer sano pela desobedincia a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questes abrangidas no escopo da tica.

    Modernamente, a maioria das profis-ses tm o seu prprio cdigo de tica profissional, que um conjunto de normas de cumprimento obrigatrio, derivadas da tica, freqentemente incorporados lei pblica. Nesses casos, os princpios ticos passam a ter fora de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses cdigos no esto incorporados lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer influncia, por exemplo, em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos conduta profis-

    sional. Ademais, o seu no cumprimento pode resultar em sanes executadas pela sociedade profissional, como censura pbli-ca e suspenso temporria ou definitiva do direito de exercer a profisso.

    Tanto ethos (carter) como mos (cos-tume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que no natural, o homem no nasce com ele como se fosse um instinto, mas que adquirido ou conquista-do por hbito (VZQUEZ). Portanto, tica e moral, pela prpria etimologia, diz respeito a uma realidade humana que construda histrica e socialmente a partir das relaes coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.

    Fonte: Wikpdia

    DOUTRINAO termo doutrina pode ser definido como

    o conjunto de princpios que servem de base a um sistema religioso, poltico, filosfico, militar, pedaggico, entre outros.

    Todos os dias, repetimos padres, atitudes, pensamentos e palavras au-tomaticamente, como uma mquina programada para executar, sem questionar. Mas de onde vm tais valores, conceitos e crenas? Por que repetimos aquilo que vimos nossos pais e avs fazerem, mesmo que sejam comportamentos dos quais reclamamos uma vida inteira? Por que continuar fazendo algo que, ou no achamos ser bom, ou que nem sequer analisamos ou refletimos sobre?

    Vou dar um exemplo simples: aprendemos que correto e educado no arrotar mesa, dizer polidamente que estamos satisfeitos, comer com garfo e faca, ou, num contexto mais refinado, comer com vrios garfos, facas e colheres, tendo que saber quando usar cada um. Ufa! Mas voc j se deu conta que em outros lugares do mundo no assim? Que arrotar pode ser sinnimo de sua comida estava deliciosa, comi muito bem, obrigada? Ou que comer com a mo pode ser o normal em alguns pases, demonstrando amor e uma profunda conexo com o alimento, ao sentir sua textura, calor e energia?

    O tipo de alimentos que ingerimos tambm segue um padro cultural, de repetio. Refri-gerante, massa, acar, gordura... nada disso natural ou necessrio para a manuteno da vida. Ento por que comemos algo que

    prejudica nosso corpo, mas que aprendemos a adorar? Por que to difcil para muitos saborear folhas verdes, alimentos saudveis? Ou mesmo novos sabores, como pela primeira vez que algum come sushi, ou que prova a pasta rabe de gergelim chamada Tahine? Porque so sabores com os quais no estamos acostumados, ou mesmo que nos trazem lem-branas sensoriais ruins (mas que podem ser transformadas e curadas).

    Nossa rotina diria de vida um resultado do que aprendemos com nossos pais, com os costumes de nossa regio. Mas ser que a mais adequada pra voc? Muitos viajam para outros pases e passam a viver de uma forma completamente diferente, sem qualquer pre-juzo para a sua sade fsica ou mental. Ento por que no reconhecer que o fato de termos aprendido algo de uma maneira at agora no impede que passemos a fazer a mesma coisa de outra maneira, ou at fazer outras coisas diferentes? Precisamos fazer, falar, pensar o que nos faz bem e nos faz feliz!

    Mais um exemplo... Ao iniciarmos um rela-cionamento, tudo lindo e maravilhoso. S que homens e mulheres no possuem os mesmos desejos e necessidades; cada pessoa pode vir de um contexto cultural diferente; cada orga-nismo funciona de uma maneira. E ignoramos isso. O mais normal a mulher se adequar

    personalidade e rotina sexual do marido, e este se adequar forma de cozinhar e cuidar da casa dela. Ser que isso saudvel?

    Ou voc no conhece casais que, no co-meo da relao, faziam muito amor, viviam ao beijos, eram magros, saudveis e felizes? Mas, com o passar do tempo, o sexo ficou algo raro, os beijos viraram palavras de crtica e agresso, o corpo engordou e a sade foi embora junto com a felicidade? Voc acha que isso normal? No, no e no!

    Essa monotonia e insatisfao no rela-cionamento um padro que repetimos h geraes, ao esquecermos de olhar verdadei-ramente para o parceiro, ao nos negarmos crescer, aprender e evoluir. mais cmodo deixar como est. Continuar com os sentimen-tos de posse, machismo, ou medo de perder.

    Voc pode perguntar se no existem padres de comportamento condicionado positivos. No, no existem. Existem com-portamentos e atitudes positivas, mas tudo o que condicionado feito sem conscincia, sem cuidado, sem ateno, sem alma. Por isso essencial aceitar o novo, o diferente. es-sencial perceber quais atitudes, pensamentos e palavras j no nos trazem mais alegria e felicidade. Mudar padres faz parte da vida e do nosso processo de crescimento e evoluo espiritual.

    Contatos: [email protected]

  • Pgina -8 Jornal de Umbanda Sagrada - OutubrO/2012

    Ns somos seres de amor de luz de paz!!Fomos criados para amar, sorrir, contemplar, louvar, realizar, concretizar e etcFomos criados para chorar, arrepiar, sentir frio,

    calor, medo, ficar alerta, desconfiado, inseguro, tremer e etc.

    Fomos criados para termos conscincia e conscientizar nossa mente entre os dois seres que

    Cenrio: reunio medinica num Centro Esprita. A reunio na sua fase terica desenrola-se

    sob a explanao do Evangelho Segundo o Espiri-tismo. Os membros da seleta assistncia ouvem a lio atentamente. Sobre a mesa, a gua a ser flui dificada e o Evangelho aberto na lio nona do captulo dez: O Argueiro e a trave no olho.

    Dr. Anestor, o dirigente dos trabalhos, tecia as ltimas consideraes a respeito da lio daquela noite. O ambiente estava impregnado das fortes impresses deixadas pelas palavras do Mestre: Por que vs tu o argueiro que est no olho do teu irmo, e no vs a trave que est no teu?. Findos os esclarecimentos, apagaram-se as luzes principais, para que se desse abertura comuni-cao dos Espritos.

    Um dos presentes fez a prece e deu-se incio s manifestaes medinicas. Pequenas mensagens, de consolo e de apoio, foram dadas aos presentes.

    Quando se abriu o espao destinado co-municao das entidades no habituais e para os Espritos necessitados, ocorreu o inesperado: a mdium Letcia, moa de educao esmerada, traos delicados, de quase trinta anos de idade, dez dos quais dedicados educao da mediunidade, sentiu profundo arrepio percorrendo-lhe o corpo. Nunca, nas suas experincias de intercmbio, tinha sentido coisa parecida. Tomada por uma sacudidela incontrolvel, suspirou profundamente e, de forma instantnea, foi dominada por um Esprito. Letcia nunca tinha visto tal coisa: estava consciente, mas seus pensamentos mantinham-se sob o controle da entidade, que tinha completo domnio da sua psiqu.

    O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prtica esprita, deu-lhe as boas vindas, em nome de Jesus:

    - Seja bem vindo, irmo, nesta Casa de Cari-dade, disse-lhe Dr. Anestor.

    O Esprito respondeu:Zi-boa noite, zi-fio. Sunc me d licena pra

    eu me aproxim de seus trabaios, fio?.- Claro, meu companheiro, nosso Centro Esp-

    rita est aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor dos trabalhos.

    Os presentes perceberam que a entidade comunicante era um preto-velho, Esprito que habi-tualmente comunica-se em terreiros de Umbanda. A entidade comunicante continuou:

    Vs mec no tem a uma cachainha pra eu beb, Zi-Fio ?.

    - No, no temos, disse-lhe Dr. Anestor. Voc precisa se libertar destes costumes que traz de

    terreiros, o de beber bebidas alcolicas. O Esprito precisa evoluir, continuou o dirigente.

    Vs mec no tem a um pito? T com von-tade de pit um cigarrinho, Zi-fio.

    - Ora, irmo, voc deve deixar o hbito adqui-rido nas sesses de Umbanda, se queres progredir. Que benefcios traria isso a voc?

    O preto-velho respondeu:Zi-preto vio gostou muito de suas falas, mas

    sunc e mais alguns dos que aqui esto, no faz uso do cigarro l fora, Zi-fio? Sunc mesmo, no toma suas bebidinhas nos fins de sumana? Vs mec pode me explic a diferena que tem o seu Esprito que bebe whisky, no fim de sumana, do meu Esprito que quer beber aqui? Ou explic pr mim, a diferena do cigarrinho que sunc queima na rua, daquele que eu quero pit aqui dentro?.

    O dirigente no pde explicar, mas ainda tentou arriscar:

    - Ora, meu irmo, ns estamos num templo esprita e preciso respeitar o trabalho de Jesus.

    O Esprito do preto-velho retrucou, agora j no mais falando como caipira:

    Caro dirigente, na Escola Espiritual da qual fao parte, temos aprendido que o verdadeiro templo no se constitui nas quatro paredes a que chamais Centro Esprita. Para ns, estudiosos da alma, o verdadeiro templo o templo do Esprito, e ele que no deve ser profanado com o uso do lcool e fumo, como vem sendo feito pelos senhores. O exemplo que tens dado sociedade, perante estranhos e mesmo seus familiares, no tem sido dos melhores. O hbito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lio do prprio comportamento que fundamental na vida de quem quer ensinar.

    Houve profundo silncio diante de argumentos to seguros. Pouco depois, o Esprito continuou:

    Desculpem a visita que fiz hoje e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para o lugar de onde vim, mas antes queria deixar a vocs um conselho: que tomassem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Senhor, tem gente coando mosquito e engolindo camelo. Cuidado, irmos, muito cuidado. Deixo a todos um pouco da paz que vem de Deus, com meus sinceros votos de progresso a todos que militam nesta respeitvel Seara.

    Deu uma sacudida na mdium, como nas manifestaes de Umbanda, e afastou-se para o mundo invisvel. O dirigente ainda quis perguntar-lhe o porqu de falar daquela forma. No houve resposta. No ar ficou um profundo silncio, uma fina sensao de paz e uma importante lio: lio para os confrades meditarem.

    somos em um.A dualidade existe para sentirmos e sermos

    duais, mas com equilbrio. Est a chave que abre nossa concha da vida intima.

    Somos fontes que Pai Olorum criou, e fonte s se realiza quando fornece sua essncia para outros seres que de alguma forma no conseguir ainda beber no nctar doce da prpria fonte.

    Pai Misericordioso e Justo, Criador do Universo, lanai as vossas bnos so-bre os trabalhos que os vossos filhos, em Vosso sagrado nome vo executar neste terreiro, em beneficio dos seus irmos, tambm vossos filhos.

    Pai Misericordioso e Justo, dai permis-so aos espritos de luz, superiores, aos Anjos, Santos, Orixs e chefes de falanges e seus comandados, aos caboclos e pretos velhos, espritos do mar, dos rios, fontes e cachoeiras, a todos os espritos puros ou purificados, que lancem sobre este terreiro sua irradiaes salutares, seus fluidos rege-neradores em beneficio dos que vem aqui em busca de alivio, socorro e cura para suas dores morais e fsicas.

    Oxal poderoso e cheio de bondade, derramai sobre ns, os vossos eflvios infundindo em todos ns a resignao, a boa vontade, para desempenharmos bem a

    nossa tarefa. Anjos de quarda, guias e protetores nossos, derramai vossa influencia sobre os mdiuns aqui presentes, afim de que possudos da vossa energia possam transmitir aos irmos necessitados de amparo.

    Espritos de luz ,da aos mdiuns a vossa fora , para que estes a transmitam aos irmos que dela necessitam, que as energias do universo sobre a ao dos espritos de luz , guias e protetores, anjos da quarda, derramem-se luminosas, benficas e fortes neste ambiente, putrifiquem-no, iluminem-no, afastando os maus elementos do espao e da terra.

    Espritos Superiores, defendei este terreiro, impedindo a aproximao dos espritos perturbadores.Pai Misericordioso e Justo, louvado seja o vosso nome para todo sempre, Assim seja.

    Orao retirada do CD de Walter de Figueiredo:Umbanda Abertura e Encerramento

    Orao de Abertura dos Trabalhos de Umbanda

  • Pgina -9 Jornal de Umbanda Sagrada - OutubrO/2012

    TAMBOR DE ORIXCom Severino Sena, h 14 anoS formando ogS e inStrutoreS.

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    SEGUNDA-FEIRA: Das 20h00 s 22h00magia divina daS Sete PedraS SagradaS INSCRIES

    ABERTAS:

    MAGIADOSRAIOS

    MAGIADOS

    GNIOS

    E

    Aguardem novidades!

    Servir ter compaixo. estender uma mo amiga porque ela necessria eporque podemos estend-la. Servir no tem nada a ver com recompensa, e sim com a disposio de fazer apenas a pequena parte que nos pediram para fazer, e faz-la de maneira impecvel.

    Quando perguntaram recentemente ao Dalai Lama qual a melhor coisa que algum pode fazer, ele respondeu que servir; e, se a pessoa no puder servir, ento a melhor coisa que ela pode fazer no prejudicar.

    Quando algum chamado a servir, ou deseja isso, tem incio um novo estgio de mudana pessoal. A Divindade Interior (Deus que habita dentro de cada um de ns) comea a desenvolver dentro dessa pessoa as qualidades de coragem, sabedo-ria, dedicao, disciplina, amor incondicio-nal, fora e viso. Isso necessrio porque, muitas vezes, quando algum comea a servir, servir significa ajudar a estimular a mudana. s vezes isso significa at desafiar o status quo (o estado atual das coisas) de uma forma que cria resistncia.

    Gandhi, Martin Luther King, o Dalai Lama, Madre Teresa e incontveis outros so exemplos de pessoas que ousaram desafiar o status quo com seu servir, que estava voltado para a realizao de vises superiores.

    - Gandhi questionou princpios morais e raciais;

    - Martin Luther King questionou o sta-tus quo sobre a igualdade dos homens e questes de segregao racial;

    - Madre Teresa desafiou o status quo

    com sua doao natural de bondade e compaixo.

    A lista infindvel. Ao lon-go dos sculos, sempre houve grupos que desafiaram o status

    quo, pois isso que mantm o jogo em evoluo. E agora, medida que entramos num novo milnio, milhes levantam-se para apoia a necessidade de mudana. So pessoa que perce-beram que um nico indivduo pode fazer a diferena e tm um desejo intenso de servir.

    As razes que levam as pessoas a desejarem servir so multifacetadas. Algu-mas servem porque podem servir. Algumas servem porque uma vocao. Algumas servem em busca de respostas e para dar sentido e propsito vida. (...)

    No processo de autorrefinamento e responsabilidade por ns mesmos, tomamos conscincia das mirades de escolhas que todos temos de fazer todos os dias da vida. O primeiro passo para a criao de um pro-gresso positivo e permanente nesse planeta para dentro, rumo conexo com o poder da Divindade Interior; o passo seguinte nossa capacidade de nos comunicarmos uns com os outros. (...)

    A compreenso de que a base de toda a vida energia e que a qualidade de nossa vida depende da faixa de frequncia que cada um de ns atrai automaticamente aleatria ou conscientemente pode ajudar muito. Alguns chamam de Deus a frequncia mais elevada que podemos atrair e irradiar, outros lhe do o nome de A Divindade Inte-rior, Al, Jeov, Vishnu, Krishna, Inteligncia Suprema e Infinita e outra formas de invocar a Fora Criadora e dar-lhe uma forma mais personalizada e definida. (...)

    Quanto queles que no se interessam por teologia e religio, perguntem-se se h algo que pode ser melhorado em sua vida

    fsica, emocional, mental ou mesmo espiritu-al e, se a resposta for sim, faam um pouco de pesquisa experimental. Trabalhem com inteligncia e usem o discernimento, pois h uma mirade de respostas da nova era, dos nativos, da sabedoria e das religies antigas s questes da vida.

    Depois que nos sintonizamos, exata-mente como fazemos com um aparelho de rdio, muitas vezes nos surpreendemos mais altrustas. Isso se expressa em atitu-des mais voltadas para a caridade, para o sentido da vida, para o servir, numa atitude de Eu gostaria que minha vida aqui fizesse a diferena.

    Quando pedimos, recebemos. E como as respostas vm, somos liberados para nos transformarmos em pensadores, visionrios, cocriadores, cultuadores e, s vezes, at em algum que cultuado. Cultuado por causa de uma energia de tal intensidade, prop-sito e sabedoria que tem o potencial de se irradiar de ns a tal ponto que as pessoas se apaixonam pelas emanaes do poder da Divindade Interior em ns. Quando vamos alm da beleza superficia,l ou da simples inteligncia voltada para a sobrevivncia, o Eu Supremo ou a Divindade Interior revela-se para aqueles que tm olhos para ver e corao para sentir.

    Texto extrado do livro Os Embaixadores da Luz, de Yasmuheen. Editora Aquariana, 2002.

    Editado por Marina B. Nagel

    O Ato de SERVIR

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    Texto extrado do livro Rituais com Ervas Banhos, defumaes e benzimentos de Adriano Camargo, que j se encontra venda. Mais informaes pelo telefone: (11) 4177-1178

    Salve sagrados irmozinhos e irmzinhas em Mame Natureza.Gentileza gera gentileza. Mas ser que o mundo tem compreendido isso? O que ser a gentileza?

    No quero fazer uma analise lin-gustica, mas de forma bem automtica, posso afirmar que a palavra gentileza vem de gentil, de gente, ou poderamos definir o que gosta de gente a ponto de ser nobre, amvel.

    Um dia desses, andando de car ro na cidade, parei numa faixa de pedes-tres para que uma senhora passasse. A senhora tinha dificuldade de locomoo e atravessava devagar.

    Coloquei o brao para fora para conter o carro que vinha atrs, que ao parar, no pensou duas vezes em buzinar, dar farol alto, enfim, fazer um escndalo para que eu andasse, independente de estar esperando a pedestre atravessar a rua.

    Logo, um motoqueiro que vinha atrs, cortou pela direita e quase, mas quase mesmo, atropelou a senhora. Por pouco, um ato de gentileza, de educao e repeito ao prximo no se tornou o motivo de uma tragdia.

    Dei esse exemplo do trnsito, mas podemos perceber isso em todos os locais. Invariavelmente encontramos aquelas pessoas no comrcio, ou em algum local de prestao de servios, afirmando com o peito inflado: - Sabe com quem est falando?

    Normalmente o mal educado um ser frustrado, que no consegue rece-ber amor, pois afinal, no o tem e no o irradia, e naturalmente acredita que o mundo deve lhe servir pela imposio da fora.

    Nos terreiros importante que se observe o comportamento do corpo re-ligioso (mdiuns, cambones, curimbas, etc.) dentro e fora do ambiente sagra-do, pois afinal a cara da Umbanda que estar sendo mostrada. E o mundo no perde uma oportunidade de taxar a forma de religiosidade de algum de acordo com seus atos.

    Sentir-se bem no terreiro, ampa-rado pelos seus Guias e pelo ambiente firmado e assentado tarefa at fcil. Levar consigo esse magnetismo no dia a dia, requer prtica, vontade, persistncia, coragem, e muito outros atributos positivos.

    Mas d certo! Quando a gente com-preende que as vibraes do cong so

    contnuas, e o tempo todo nos amparam, aprendemos a nos ligar a essa energia benfica e leva-la para onde formos.

    Aprendemos tambm que h uma diferena entre situaes de negativismo (o que comum a todos ns), e estados de negativismo, principalmente quando o ser est fora do seu ambiente religioso.

    Aprendemos que ao respirarmos fundo, elevarmos, mesmo que momen-taneamente o pensamento s esferas superiores, sempre algum atende e nos ajuda a sair da situao difcil. Visualizar seu cong e v-lo irradiando luzes e cores durante essa respirao profunda muito positivo e ajuda a mudar a vibrao rapidamente.

    Guarde na memria dois ou trs momentos felizes da sua vida, e quando perceber que est perdendo o equilbrio, ficou nervoso com alguma situao, e pender para o lado que o tornar

    grosseiro, mal educado, enfim, anti gentil, lembre-os e procure atravs dessa memria visual, voltar ao mais prximo do equilbrio.

    Seja umbandista dentro e fora do terreiro. Gentil no apenas com seus irmos de F, mas com o mundo. E ver que isso se multiplica e retorna com muita fora. Gentileza e amabilidade no so demonstraes de fraqueza. Para ser gentil necessrio muita fora. Pense nisso tambm.

    Ao acordar, afirme que seu dia ser perfeito, muito bom mesmo, e reconhea-se como filho (a) de Deus, merecedor de tudo de bom nessa vida!

    Eu gosto muito de algumas rezas, e uma que sempre recorro para os mo-mentos tristes ou de energias densas a Prece de Critas. Muito obrigado a todos, e quero lembrar que nosso novo livro j est a venda!

    Muito conhecida pela sua presena marcante nos altares de muitas religies, principalmente nas afro-brasileiras.

    Oferenda natural para os Orixs Oxal e Iemanj, h quem afirme na Umbanda tradicional que a nica erva que todos os filhos de Orix podem usar na cabea.

    As rosas brancas compem para todos os Orixs verdadeira honra, podendo ser usadas em todos os amacis e todas as ornamentaes festivas.

    Todas as rosas so de Oxum, a branca inclusive, mas sua caracterstica remete-nos imediatamente aos orixs citados acima. As cores das flores so manifestaes vivas e visveis da presena de uma ou mais vibraes especficas naquela planta.

    Conhecida tambm por sua capacidade acalmadora do esprito, associada ao desenvolvimento das faculdades psquicas, purificando com leveza os chacras, principalmente o coronal, o frontal e o cardaco, iluminando-os e carregando-os com energias salutares, propiciando assim uma excelente conexo com o plano espiritual.

    usada principalmente nos banhos, pois sua energia e vibrao potencializada junto com os lquidos, sejam eles guas da natureza (fonte, cachoeira, mar, rio e lago) ou bebidas ritualsticas dos Orixs e linhas de trabalho.

    Para o desenvolvimento da mediunidade um timo amaci pode ser preparado com ptalas de rosas brancas e gua de coco, aplicado na coroa e coberto com pano branco antes dos trabalhos.

    Indicaes ritualsticas: limpeza leve e preparao de mdiuns. Potencializa a mediunidade e desobstrui os chacras. Magnetizador da tranqilidade.

    Ao (verbos): iluminador, limpador leve, espiritualizador, Cor energtica: do branco ao rosadoOrixs principais: Oxum, Oxal, Iemanj, Logun e todos os Orixs.

    Rosa BrancaRosa centifolia L.

    Como voc tem lidado com o prazer em sua vida? J parou pra pensar se voc tem feito tudo o que deseja?Ser que a insatisfao tem sido a sua

    melhor refeio?Pergunto isso, pois quero faze-lo sentir

    o quanto isso importante para a sua vida.Quantos so os casamentos que so

    empurrados com a barriga por apenas con-venincia? No existe mais desejo, no existe mais paixo e o teso virou apenas obrigao.

    Quantos sonhos so deixados para traz para realizar a vontade de algum que no voce?

    No consegue imaginar sua felicidade, pois voc no sabe o que te faz feliz.

    A roupa que voc se veste sempre fica melhor em qualquer um, menos em voc?

    A comida que voc come apenas enche o estomago, mas no sacia a vontade, o que te faz exagerar e engordar.

    Suas escolhas se perdem num vazio, que no compreende, por que voc faz apenas por fazer, e no por sentir.

    Sabe o que esta faltando em sua vida?Eu Pombo Gira!!!No sou apenas o sexo como muitos fa-

    lam, eu sou o sentido mais aguado, o gosto mais saboroso, o cheiro do melhor perfume, o conforto de uma vestimenta, o som mais agradvel, o sorrir mais engraado eu sou o seu prazer!!!!

    O prazerPor Maria Padilha das Almas

    Pelo mdium ANdre MoNteIro de oLIveIrA Contatos:[email protected]

    Arte digital desenvolvida por JESSTER STUDIOS apresentada em Cuba na Semana Nacional Pyme2009

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