ed. 23 - out/2009

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Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso Ano III - Nº 23 Cuiabá - Outubro/2009 FILIADO À e CONDSEF Veja o calendário aprovado em Brasília 1º/10 – Paralisação de 24 horas 15 e 16/10 – Paralisação de 48 horas 23/10 – Reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) 24/10 – Planária Nacional da Condsef 10/11 – Indicativo de greve por tempo indeterminado Em 1808, com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, formou-se o embrião daquilo que seria a máqui- na administrativa estatal. São, por- tanto, mais de du- zentos anos de fun- cionalismo público. O Brasil se tornou independente, virou império, república. E lá estavam os servidores. Gover- nos e governantes vieram e passaram, e os funcionários permaneceram. Tanto na ditadu- ra quanto na democracia, a imensa máquina pública brasileira jamais deixou de funcionar. Por fazer parte dessa história, você merece comemorar! Parabéns! Diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso Servidores federais mostram disposição para pressionar o Governo Cerca de duzentos servidores federais es- tiveram na manhã de sexta-feira, 16, na Pra- ça Alencastro para o último dia da paralisa- ção nacional de 48 horas das superintendên- cias do Poder Executivo. O barulho foi mai- or que no dia anterior e representantes de cada órgão reivindicaram seus direitos na porta da prefeitura de Cuiabá. (PÁGINA 4) “Há uma carência grande de líderes políticos no Estado” Sem confirmar a candidatura ao governo do Estado em 2010, o juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Juli- er Sebastião da Sil- va, que atua na operação Pacenas, recebeu a reporta- gem do jornal O Compromisso, numa entrevista exclusiva para falar aos servidores públicos federais. (PÁGINA 3) Servidores federais e Governo não entram em acordo (PÁGINA 2) Sindsep-MT realiza reunião para rever reajuste da Unimed A Unimed de Cá- ceres, plano de saúde conveniado ao Sindi- cato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sind- sep-MT) apresentou uma proposta de rea- juste de 38% que não foi aceita pelos seus usuários. (PÁGINA 2) 28 de Outubro: Dia do Servidor Público Jornal Sind.pmd 19/10/2009, 14:57 1

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Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso

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Page 1: Ed. 23 - Out/2009

Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso

Ano III - Nº 23Cuiabá - Outubro/2009

FILIADO À

e CONDSEF

Veja o calendário aprovado em Brasília1º/10 – Paralisação de 24 horas

15 e 16/10 – Paralisação de 48 horas23/10 – Reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE)

24/10 – Planária Nacional da Condsef10/11 – Indicativo de greve por tempo indeterminado

Em 1808, com achegada da FamíliaReal Portuguesa aoBrasil, formou-se oembrião daquiloque seria a máqui-na administrativaestatal. São, por-tanto, mais de du-zentos anos de fun-cionalismo público.O Brasil se tornouindependente, virouimpério, república.E lá estavam osservidores. Gover-

nos e governantes vieram e passaram, e osfuncionários permaneceram. Tanto na ditadu-ra quanto na democracia, a imensa máquinapública brasileira jamais deixou de funcionar.Por fazer parte dessa história, você merececomemorar! Parabéns!

Diretoria do Sindicato dos ServidoresPúblicos Federais de Mato Grosso

Servidores federais mostramdisposição para pressionar o Governo

Cerca de duzentos servidores federais es-tiveram na manhã de sexta-feira, 16, na Pra-ça Alencastro para o último dia da paralisa-ção nacional de 48 horas das superintendên-cias do Poder Executivo. O barulho foi mai-or que no dia anterior e representantes decada órgão reivindicaram seus direitos naporta da prefeitura de Cuiabá. (PÁGINA 4)

“Há uma carênciagrande de líderes

políticos no Estado”Sem confirmar

a candidatura aogoverno do Estadoem 2010, o juiz da1ª Vara Federal deMato Grosso, Juli-er Sebastião da Sil-va, que atua naoperação Pacenas,recebeu a reporta-gem do jornal OC o m p r o m i s s o ,numa entrevista

exclusiva para falar aos servidores públicosfederais. (PÁGINA 3)

Servidores federais e Governonão entram em acordo

(PÁGINA 2)

Sindsep-MT realiza reuniãopara rever reajuste da Unimed

A Unimed de Cá-ceres, plano de saúdeconveniado ao Sindi-cato dos ServidoresPúblicos Federais deMato Grosso (Sind-sep-MT) apresentouuma proposta de rea-juste de 38% que nãofoi aceita pelos seususuários.

(PÁGINA 2)

28 de Outubro:

Dia do Servidor Público

Jornal Sind.pmd 19/10/2009, 14:571

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O COMPROMISSO Ano III - N º 23 - Outubro/2009 - 2

E X P E D I E N T EBoletim Informativo do SINDSEP-MT

Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato GrossoRua Dr. Carlos Borralho, nº 82, bairro Poção. CEP: 78 015-630, Cuiabá/MT

Telefones: (65) 3023 6617 / 3023 9338 - e-mail: [email protected] Responsável: Thaís Raeli – DRT 26 645/RJ

Tel.: (65) 8126-0123 E-mail: [email protected]ção/Edição de Arte: Mario Pulcherio Filho - 9214-8099

Fotos: Chico Venâncio

DIRETORIA EXECUTIVA: CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA (PRESIDENTE), ROOSEVEL MOTTA (VICE – PRESIDENTE), DAMASIO DESOUZA PEREIRA (1º SECRETÁRIO), LUIZ MAURO EVANGELISTA (2º SECRETÁRIO), EDSON LUIZ DOS SANTOS (1º TESOUREIRO) ,IDIO NEMÉSIO DE BARROS NETO (2º TESOUREIRO), ADERBAL CASTRO QUEIROZ (1º SEC. ADM), ADELINO FERREIRA CAMPOS(2º SEC. ADM), MAURÍCIO ALVES RATTACASO JÚNIOR (1º SEC. FORM. SIND), IRACY OLIVEIRA FERREIRA (2º SEC. FORM. SIND),JAMIL OURIVES JÚNIOR (1º SEC. JURÍDICO), AMÉLIA ALVES SANTANA (2º SEC. JURÍDICO), IDEVALDO BERNARDES DE OLIVEIRA(1º SEC. INTERIOR), ADELIO DA SILVA JÚNIOR (2º SEC. INTERIOR), MARINÉZIO SOARES DE MAGALHÃES (1º SEC. IMPRENSA),ELIETE DOMINGOS DA COSTA (2º SEC. IMPRENSA), IZAEL SANTANA DA SILVA (1º SEC. APÓS. E PENS), ENILDO GOMES (2º SEC.APÓS. E PENS.), EDIVAN DA SILVA CAMPOS (1º SEC. ANIST. E DEMIT.), MANOEL ARNALDO DAS CHAGAS (2º SEC. ANIST. E DEMIT.),ROSINA DE ALMEIDA PAIVA (1º SEC. CULTURA), PATRÍCIO FERREIRA ORTIZ (2º SEC. CULTURA); SUPLENTES PARA DIRETORIAEXECUTIVA: SEBASTIÃO DE JESUS (1º), SAMUEL FERNANDES DE SOUZA (2º), FRANCISCO ROBERTO DIAS NETO (3º), MIRTESBENEDITA RONDON (4º), FRED CEBALHO (5º), DONATO FERREIRA DA SILVA (6º); CONSELHO FISCAL: VALDEMAR RODRIGUESSILVA (1º), MANOEL JOÃO DA SILVA (2º), JUAREZ JUSTINO DE BARROS (3º); SUPLENTES: JOÃO GALDINO (1º), ARCILIO DEBARROS FILHO (2º), JOSÉ GONZAGA DE FREITAS (3º)

A Unimed de Cáceres, pla-no de saúde conveniado ao Sin-dicato dos Servidores PúblicosFederais de Mato Grosso (Sin-dsep-MT) apresentou uma pro-posta de reajuste de 38% quenão foi aceita pelos seus usuá-rios.

Na manhã de sexta-feira, 2de outubro, o gerente executi-vo da Unimed, Marcos José daSilva Oliveira, esteve na sede doSindsep-MT e se reuniu comtrinta clientes do plano para de-bater o percentual do reajuste.O presidente do Sindicato, Car-los Alberto de Almeida, e os de-mais presentes não concorda-ram com esse aumento e ficoudefinido que a contrapropostaserá de 15%.

Sindsep-MT realiza reuniãopara rever reajuste da Unimed

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,terça-feira, 22 de setembro de 2009. N°: 179/2009DIVULGAÇÃO: TERÇA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO

PUBLICAÇÃO: QUARTA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO 41

SECRETARIA JUDICIÁRIADecisões e Despachos dos RelatoresPROCESSOS ORIGINÁRIOSMANDADO DE INJUNÇÃO 1.018-8 (242)PROCED. :DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOIMPTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAISNO ESTADO DE MATO GROSSO - SINDSEP (MT)ADV.(A/S) : JOÃO BASTISTA DOS ANJOS E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) :CONGRESSO NACIONALDespacho: Idêntico ao de nº 240DECISÃO: Vistos, etc.

Trata-se de mandado de injunção, impetrado por entidade sindical, sob alegação de mora legisla-tiva na regulamentação do § 4º do art. 40 da Constituição Federal.

2. Pois bem, de saída, transcrevo o inciso LXXI do art. 5º da Constituição Federal: “Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dosdireitos e liberdades

constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.”3. A seu turno, o atual § 4º do art. 40 da Carta Republicana tem a seguinte redação: “É vedada a

adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos peloregime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos deservidores:

I – portadores de deficiência;II – que exerçam atividades de risco;III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a

integridade física.”4. Prossigo para anotar que, no julgamento do MI 721, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio, o

Supremo Tribunal Federal avançou um novo olhar sobre os dispositivos acima transcritos, dando-lhesmaior concretude. Ao fazêlo, reconheceu o direito do servidor público à contagem diferenciada dotempo de serviço em atividade insalubre, após a implantação do regime estatutário.

5. Naquela ocasião, acompanhei, confortavelmente, o voto do eminente relator. E o fiz com asseguintes palavras: Senhora Presidente, acompanho, lembrando que, nas discussões anteriores, ob-servei que somente cabe mandado de injunção perante uma norma constitucional de eficácia limitada.Sendo assim, não faz sentido proferir uma decisão judicial também de eficácia limitada. É uma contra-dição nos termos. A decisão judicial há de ser pleno-operante, marcada pela sua carga de real concre-tude; ou seja, tem de se revestir de caráter mandamental, como é da natureza da ação constitucionalagora sob julgamento.

6. Muito bem. Na Sessão de 15.04.2009, esta Suprema Corte manteve a nova orientação, aojulgar os MIs 795, 797, 809, 828, 841, 850, 857, 879, 905, 927, 938, 962, 998 (sob a relatoria da ministraCármen Lúcia), bem como os MIs 788, 796, 808 e 825 (sob a minha própria relatoria). Mais: o Plenário,resolvendo questão de ordem, autorizou o julgamento monocrático dos casos semelhantes. Ora, dian-te deste quadro decisório, a refletir uma nova e mais arejada postura de concretização constitucional,julgo procedente o pedido para

remover o obstáculo da falta de lei complementar disciplinadora das hipóteses arroladas nos trêsincisos do § 4º do art. 40 da Magna Carta. Quanto à presença das demais condições, necessárias aodeferimento das almejadas aposentadorias especiais aos servidores públicos substituídos processual-mente pela parte impetrante, é de ser aferida no bojo dos respectivos processos administrativos e naforma da Lei nº 8.213/91.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

Além disso, Carlos explicouque o Sindsep-MT entrará na Jus-tiça para reverter um outro impas-se em relação ao plano. A Uni-med Cáceres pontuou que não en-

viará mais os boletos para cadacliente, sendo encaminhado aoSindsep-MT que ficaria encarre-gado do pagamento e do recolhi-mento dos valores da fatura.

m desafio foi lan-çado pelo governofederal aos sindica-listas. O secretário

de Recursos Humanos do Mi-nistério do Planejamento, Or-çamento e Gestão (SRH/MPOG), Duvanier Paiva Fer-reira, disse na sexta-feira, 9 deoutubro, que ao contrário doque os trabalhadores da Uniãodizem, não houve recuo porparte do Executivo no que dizrespeito as negociações e que

Servidores federais e Governo não entram em acordoThaís RaeliDa Redação

Uexistem Grupos de Trabalhos(GT) para debaterem sobreauxílio benefício e a possibi-lidade de ser dado de acordocom o salário de cada servi-dor. Ou seja, o servidor queganhar mais, receberá menosno valor desses acréscimosque são auxílio creche, ali-mentação e outros.

O secretário do Ministé-rio do Planejamento disse tam-bém que não acredita no indi-cativo de greve apontado pelacategoria e que não houve di-álogo para o recuo da parali-sação dos dias 15 e 16 de ou-tubro. “Se houver greve va-

mos respeitar a constituciona-lidade”, acrescentou Paiva.

Sobre a paridade dos ser-vidores que atuam no mesmoexercício, mas em superinten-dências diferentes, ele disseque é pertinente devido a di-ferença de órgãos, mas que otema está nas conversas dosGrupos de Trabalho. As de-clarações foram dadas antesdo evento na UniversidadeFederal de Mato Grosso(UFMT), onde ocorreu umdebate sobre os prejuízos queos últimos governos trouxe-ram à carreira docente no en-sino superior

a categoria terá que provar quehouve descumprimento.

“Desafio qualquer sindi-cato a mostrar um ponto do

acordo que não tenha sidocumprido no que diz respeitoa 2010. Existem negociaçõesque foram em médio prazo ea questão do prazo foi um pac-to e não um acordo firmado,por isso é compreensível oatraso”, disse Duvanier.

A entrevista foi concedi-da com exclusividade ao Sin-dicato dos Servidores PúblicosFederais de Mato Grosso (Sin-dsep-MT) que mantém seuposicionamento favorável aostrabalhadores. O secretáriodisse também que as negocia-ções salariais estão encerra-das, mas todas as semanas

Por telefone, o diretor da Con-dsef (Confederação dos Trabalhado-res no Serviço Público Federal), Sér-gio Ronaldo da Silva, achou um de-saforo as declarações do secretário deRecursos Humanos do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão(SRH/MPOG), Duvanier Paiva Fer-reira e que por essa falta de entendi-mento que houve a paralisação de 48horas, seguida da greve nacional nodia 10 de novembro.

Confederação rebate críticas“Isso que ele está fazendo é uma

bravata. Não vamos engolir isso. Va-mos enfrentar e mobilizar a catego-ria e colocar os trabalhadores na rua.A greve é o limite, ninguém faz gre-ve porque quer. Nos dias 15 e 16 deoutubro o governo sente esse termô-metro e nós aceitamos qualquer de-safio”, disse Sérgio Ronaldo.

Para provar que houve descum-primento por parte do governo, os sin-dicalistas entraram com uma ação no

Ministério Público e enumeraram osdesacordos em pastas como Impren-sa Nacional, Ministério do Trabalho,Tecnologia Militar, Ibama, Incra,Dnit, Funasa e outras. “Temos todosos termos de compromisso assinadospelo governo”, declarou Sérgio Ro-naldo. Além da greve nacional de todaa categoria, os primeiros servidoresque vão parar são do Ministério doTrabalho, numa decisão ocorrida on-tem em Brasília.

Servidores do MTE saem na frente eparam atividades a partir do dia 28

Em defesa de suas reivin-dicações e por melhores con-dições de trabalho, servidoresdo Ministério do Trabalho eEmprego (MTE) decidiramparalisar suas atividades emtodo o Brasil, por tempo in-determinado, a partir do dia28 deste mês, quando se co-memora o Dia do Servidor.

A paralisação acontece-rá caso o governo não atendaas reivindicações do setor queincluem construção de umgrupo de trabalho (GT) paradiscutir carreira específica doMTE e uma nova estrutura re-muneratória para o setor. Osservidores também querem arecomposição de sua força detrabalho. A decisão foi toma-da na sexta-feira, dia 9 de ou-tubro, durante plenária naci-onal conjunta da categoriaque contou com representan-tes de quinze estados e o Dis-trito Federal. Na plenária,além da Condsef (Confedera-ção dos Trabalhadores no Ser-viço Público Federal), parti-ciparam CNTSS e Fenasps,entidades que também repre-sentam os servidores do MTEnas mesas de negociação como governo.

No dia 23, sexta-feira,Condsef, Fenasps e CNTSSrealizam plenária conjuntapara avaliar os movimentosde mobilização e discutirações para avançar no proces-so de negociação com o go-verno. Entre os dias 16 e 22,rodadas de assembléia serãorealizadas em todo o Brasilpara debater com a categoriaa paralisação de atividadespor tempo indeterminado apartir do dia 28. Um represen-tante por estado que partici-pa do movimento será eleitonas assembléias de base e vãocompor o Comando Nacionalde Greve a partir do dia 28.O Comando Nacional de Mo-bilização fica mantido.

A decisão dos servidoresdo MTE foi tomada buscan-do quebrar a intransigênciado governo frente às deman-das e necessidades do setor.Três paralisações de alertarealizadas em 27 de julho, 25de agosto e 1º de outubro nãoforam suficientes para sensi-bilizar o governo a instalarum processo efetivo de nego-ciação que garanta o atendi-mento das justas reivindica-ções.

Conheça os eixos de mo-bilização/greve dos servido-res do MTE:

- Implantação imediatado Plano de Carreira dos ser-vidores do MTE conformeaviso ministerial no 30

- Melhorias das condi-ções de trabalho

- Regulamentação da jor-nada de trabalho de 30 horassemanais, sem redução de sa-lários, com dois turnos diári-os para ampliar o atendimen-to à população

- Política de Treinamen-to e Capacitação permanen-tes

- Ampliação das vagas doórgão com contratação de re-manescentes do último con-curso

- Paridade Salarial entreativos, aposentados e pensi-onistas

- Isonomia do Auxílio-Alimentação do Poder Exe-cutivo com o do Judiciário

- Retorno do regime desolidariedade nos descontosda Geap, com valores com-patíveis com os salários dosservidores. Garantia de me-lhoria na qualidade do aten-dimento.

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Page 3: Ed. 23 - Out/2009

O COMPROMISSO Ano III - N º 23 - Outubro/2009 - 3

“Há uma carência grande de líderes políticos no Estado”Juiz Julier Sebastião da Silva tem sido destaque na imprensa,

até nacional, por conta dos mandados de prisão da operação Pacenas e sua reconhecida atuação

Sem confirmar a candidatura ao governo do Estado em 2010, o juiz da 1ªVara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, que atua na operaçãoPacenas, recebeu a reportagem do jornal O Compromisso, numa entrevistaexclusiva para falar aos servidores públicos federais.

Apesar de dizer que é prematura a discussão para as eleições 2010, eleavalia que a mesma população que o tem lembrado como candidato está ca-rente de um grande líder que se preocupe com as demandas da sociedade.Por ser juiz, Julier usa um tom ameno nas respostas porque o exercício docargo lhe impõe discrição quando o assunto são questões partidárias ou de-cisões judiciais de outros colegas.

Julier se formou em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT), onde tinha destacada atuação no movimento estudantil, além de mili-tante do Partido dos Trabalhadores, antes de ingressar na magistratura. Ele éreconhecido, ao lado do procurador da República, Pedro Taques, que hojeatua em São Paulo, como os responsáveis por desmontar o crime organizadono Estado.

Leia a seguir a entrevista:

O Compromisso: Sobre a aposentado-ria especial, saiu um mandato de injunçãopara supri uma cláusula que estava faltan-do. O Supremo Tribunal Federal (STF) per-mitiu que esses pedidos fossem concedi-dos de acordo com as regras dos artigos 57e 58 da Lei 8.213. Qual sua opinião sobreo assunto?

Julier: Se há uma decisão do Supre-mo que se aplica aos estatutários as mes-mas regras dos celetistas, evidentementeque isso deverá ser levado em conta pelaadministração. Isso se faz através do re-querimento do servidor. Não há outra for-ma de se materializar qualquer pleito pe-rante a administração que não seja com re-querimento.

O Compromisso: Sobre a suspensãoda cobrança do PIS e Confins na conta deenergia dos consumidores de Mato Gros-so, a expectativa é que haja uma reduçãode 3,65%, numa decisão motivada atravésdo departamento jurídico do Sindsep-MTque entrou com uma ação civil pública con-tra a Aneel e contra a Cemat. O que moti-vou o senhor a dar essa decisão?

Julier: Foi concedida uma liminar parasuspender a cobrança desses tributos (PISe Confins) que são de responsabilidade daconcessionária e não dos consumidores.Houve um pedido de efeito suspensivo quefoi concedido e deve estar tramitando e sen-do julgado até o final do ano.

O Compromisso: Passamos pela se-mana da conciliação judicial, uma campa-nha para que os processos não se acumu-lem na Justiça. Por que não existe esse es-tímulo entre trabalhadores públicos e seus“patrões”?

Julier: Acho que o serviço público jáfaz conciliações numa série de processos.Notadamente, naqueles que são de com-petência do Juizado Especial Federal. En-tão, basicamente a conciliação é uma parteessencial nesse tipo de processo. Mas, exis-tem alguns percalços a serem observadosna transação do Poder Público. Ou seja, nãopode o poder público fazer conciliação outransação que venha a importar prejuízosao erário público, ou inflijam o princípioda moralidade, da impessoalidade ou da le-galidade. De qualquer forma, há de ser vis-to caso a caso.

O Compromisso: Circula pelo Con-gresso a Proposta de Emenda à Constitui-

ção (PEC) 12, que foi apelidada da PECdos Precatórios. O texto sugere que sejampagos os valores sejam menores no acordoentre as parte, mesmo que isso signifiqueatropelar os pagamentos mais antigos. Se-ria um jeito de resolver esse problema?

Julier: Vejo esse tipo de proposta mui-to perigosa, porque pode propiciar desviode finalidade. Porque a Constituição asse-gura o mecanismo do pagamento. Ou seja,o precatório deve ser pago de acordo coma ordem cronológica para ser feito o paga-mento. Se o Estado institui mecanismosque venham a burlar essa ordem cronoló-gica, teremos um desvirtuamento por com-pleto. Teremos pessoas sendo incentivadasa reduzirem os valores e negociarem seuscréditos e com isso pularam a fila. É umprecedente muito grave que pode gerar abalbúrdia dentro do sistema de pagamentodo Estado e também formas complicadasde corrupção, já que é algo que o Estadonão tem como controlar.

O Compromisso: Recentemente, o Su-premo decidiu que não há obrigatoriedadedo diploma de jornalismo para o exercícioda função. O senhor concorda? Há comoreverter esse quadro?

Julier: Acho que o Supremo decidiuestá decidido. A discussão que moralizouisso são os princípios da Constituição, ouseja, da livre manifestação de pensamen-tos, liberdade de imprensa. Não sei se estabatalha será restauradora daquilo. Eu já de-cidi ações parecidas e decidi conforme oSupremo, pela não obrigatoriedade do di-ploma, pelos princípios constitucionais. Aimprensa surgiu ante dos jornalistas, entãonão é agora que o exercício da imprensatenha que se subordinar ao diploma de jor-nalismo. Obviamente o que vai delimitar acarreira é a qualidade do profissional, quemtiver curso superior na área de jornalismo,levará vantagem sobre quem não tem. Exis-tem, obviamente, os “Ronaldinhos” que sãograndes jornalistas que não têm diplomas.

O Compromisso: Outro assunto po-lêmico tem sido o aumento de vereadores.Muitos querem que ocorra ainda nessa le-gislatura. É possível?

Julier: Essa discussão é legislativa,passa pelo Congresso. Acho que ela vai sersubmetida ao crivo jurídico legal. São doisestágios que essa medida terá que percor-rer, para não sofrer avarias dentro de seuconteúdo. Vai ser uma discussão que deve

chegar ao Supremo, no que diz respeito aser nessas eleições ou nas eleições vindou-ras.

O Compromisso: Qual sua opinião so-bre a disparidade entre ativos e inativos dogoverno federal?

Julier: A Constituição proíbe essadisparidade. Os servidores ativos quandopassam para inatividade devem guardar amesma remuneração, esse é o regime daConstituição, não há como mudança isso.Existe o fator de redução para aqueles quesão ceeletistas, porque acabam na verda-de reduzindo na aposentadoria. No servi-ço público, cabe a emenda de 1998 quecolocou como pedágio na idade limite doserviço público e também um pedágiopara aqueles que não tinham adquiridos otempo de serviço que era necessário paraaposentadoria. Não há no sistema, dentrodo regime previdenciário ou do serviçopúblico, espaço para fazer distinção, sal-vo àquelas vantagens econômicas que se-jam decorrentes do exercício, como horaextra ou algum tipo de gratificação. Asverbas de caráter geral permanecem e sãoexcluídas as que são ligadas ao exercícioda função. A rigor não deveriam existirperdas, salvo as que estão em caráter tran-sitório.

O Compromisso: Como o senhor ava-lia a atuação sindical e importância dessasdiscussões dentro da sociedade?

Julier: Os sindicatos são importantesinstrumentos da sociedade civil para formu-lar políticas públicas. São essenciais dentrode um regime democrático de direito e nes-sa condição deve ser respeitado por todosda sociedade e pelo Estado, notadamente.

O Compromisso: Tem uma perguntaque todos estão curiosos para saber. O se-nhor é candidato ao governo em 2010?

Julier: Acho que há uma carência gran-de de líderes políticos no estado que tenhamcondições de fazer com que alguns servi-ços públicos essenciais, como saúde, edu-cação, segurança, sejam tratados de formamais p´roxima da população. Há uma ten-dência natural que os líderes tenham essapreocupação com o cuidado com o povo.Tem que melhorar o Índice de Desenvolvi-mento Humano (IDH) do Estado. É natu-ral que a população cobre do estado o quemais lhe é peculiar, como saúde, educaçãoe saneamento. Dentro desse contexto, eu –como figura pública – acabo sendo lem-brado. Mas qualquer discussão no sentidode ser candidato é prematura, dentro dessecontexto só em 2010.

PLANOS DE CARREIRA JÁ! - NOVAS TABELAS SALARIAIS! - REAJUSTE DO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO! - REAJUSTE NOS VALORES DA ASSISTÊNCIAÀ SAÚDE! - PARIDADE ATIVO-APOSENTADO-PENSIONISTA! - PELA DATA-BASE DOS SERVIDORES FEDERAIS!

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Page 4: Ed. 23 - Out/2009

O COMPROMISSO Ano III - N º 23 - Outubro/2009 - 4

erca de duzentos ser-vidores federais esti-veram na manhã desexta-feira, 16, naPraça Alencastro para

o último dia da paralisação nacio-nal de 48 horas das superintendên-cias do Poder Executivo. O baru-lho foi maior que no dia anterior erepresentantes de cada órgão rei-vindicaram seus direitos na portada prefeitura de Cuiabá.

Participaram do protesto convo-cado pelo Sindicato dos ServidoresPúblicos Federais de Mato Grosso(Sindsep-MT) as entidades filiadas aConfederação dos Trabalhadores noServiço Público Federal (Condsef),como Conab, AGU, SPU, Incra,MTE, Dnit, Ibama, entre outros se-tores. A pauta nacional engloba osplanos de carreira; tabelas remune-ratórias; reajustes de benefícios, en-

Servidores federais mostram disposição para pressionar o GovernoThaís RaeliDa Redação

tre os quais estão o auxílio-alimen-tação e a contrapartida nos planosde saúde. Além da defesa pela pari-dade entre ativos, aposentados epensionistas e data base para os ser-vidores.

De acordo com o presidente doSindsep-MT, Carlos Alberto de Al-

meida, a inércia do governo federalacabou criando um sentimento derevolta na categoria, pelo fato de no-vamente usar como justificativa a cri-se como um entrave para o cumpri-mento dos acordos já firmados. En-quanto isso, sindicalistas questionamo empréstimo do governo ao FMI.

Segundo o presidente eleito doSindicato dos Servidores da Previ-dência Social de Mato Grosso (Sin-dsprev-MT), Jorge Frederico Cardo-so, é importante que tenha igualdadeentre os trabalhadores dos três pode-res, principalmente no que se refereao auxílio-alimentação. “Enquantouns comem carne de filé outros co-mem marmitex”, brincou. Jorge serefere ao fato de que o benefício parao Legislativo e para o Judiciário ésuperior a R$ 630 enquanto o Exe-cutivo está brigando para conseguirR$ 450 por mês.

Também marcaram presençano ato representantes do Sindica-to dos Trabalhadores Federais doMeio Ambiente (Sintfama), daAssociação dos Servidores daSRTE (ASSRTE), da AssociaçãoNacional dos Empregados da Co-bab (Asnab), do Sindicato Naci-onal dos Fiscais Federais Agrope-cuários de Mato Grosso, do Sin-dicato Nacional dos AuditoresFiscais do Trabalho (Sinait), daAssociação Matogrossense dosAuditores Fiscais do Trabalho(Amafiti) e outros.

PLANOS DE CARREIRA JÁ! - NOVAS TABELAS SALARIAIS! - REAJUSTE DO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO! - REAJUSTE NOS VALORES DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE! - PARIDADE ATIVO-APOSENTADO-PENSIONISTA! - PELA DATA-BASE DOS SERVIDORES FEDERAIS!

Conheça as principais reivindicações de cada setor:AGU - Incluir no Orçamento 2010 recursos para garantir a discussão do plano de carreira específico do

setor.CONAB - Atendimento das reivindicações do ACT 2009/2010, incluindo a implementação do plano de

cargos, carreira e saláriosDNIT - Revisão das carreiras e do plano especial de cargosDNPM - Revisão das carreiras e plano especial de cargosINCRA - Criação de GT para elaborar proposta de Plano de CarreiraMAPA - Equiparação salarial com os fiscais agropecuários e agentes de inspeçãoMFAZENDA - Tabela salarial de 2010 e equiparação com o INSSMJUSTIÇA - Criação de duas gratificações com valores similares ao da gratificação específica dos

servidores da Funai (Lei 11.907/09)MMA, IBAMA, ICMBIO e SFB - Conclusão da elaboração de proposta de revisão da carreira e do plano

especial de cargosMPLANEJAMENTO - plano de carreira com extensão e incorporação da GSISTEMSAÚDE/ FUNASA – Plano de carreira específico, reestruturação da atual tabela salarial, inclusão de

várias categorias da GACEN e aumento do valor da mesmaMPS - Equiparação com os servidores do INSS, integrantes da Carreira do Seguro SocialMRE - Inclusão na Carreira do Serviço Exterior Brasileiro (Lei 11.440/06)MTE - Envio ao Congresso da proposta de Plano de Carreira assinada pelo ministro Carlos Lupi e

encaminhada ao PlanejamentoPGPE - Reestruturação da tabela salarialSPU/PATRIMÔNIO DA UNIÃO - Conclusão do GT destinado a estudar as alternativas apontadas no

relatório do GT instituído pela Portaria SRH 722/08 e a construção do plano de carreiraÓRGÃOS MILITARES - Reestruturação da Carreira de Tecnologia Militar e sua extensão a todos os

servidores civis de órgãos militares

A frente do Ministério daFazenda em Cuiabá foi cená-rio para o primeiro dia de ma-nifestação dos servidores pú-blicos federais de Mato Gros-so. Na quinta-feira, 15 de ou-tubro, duzentos trabalhadorescruzaram os braços para pres-sionar o governo no cumpri-mento dos acordos firmadosno ano passado.

Mesmo o sindicalismosendo o “berço” eleitoral dopresidente Lula, os militantesnão se amedrontaram com odesafio lançado na semanapassada em Mato Grosso.Numa visita aos professoresda UFMT, representando oGoverno, o secretário de Re-cursos Humanos do Ministé-rio do Planejamento, Orça-

Paralisação de 48 horas

mento e Gestão (SRH/MPOG), Duvanier Paiva Fer-reira, disse na sexta-feira, 9 deoutubro, que ao contrário doque os trabalhadores da União

dizem ,não houve recuo porparte do Executivo no que dizrespeito as negociações e quea categoria terá que provar quehouve descumprimento.

Em Cuiabá, mais de tre-zentos servidores federais es-tiveram na manhã de quinta-feira (1º de outubro) na Praçado Monumento Ulisses Gui-marães, no Centro PolíticoAdministrativo, em frente aoShopping Pantanal, para pres-sionar o Governo em relaçãoaos acordos f irmados em2008. A categoria paralisou asatividades por 24 horas como

Mês começa comparalisação nacional

Falta de concurso público, de-sistência para tomarem posse noscargos pelos baixos salários e ser-vidores com medo de se aposentarpor causa da perda salarial. MariaCarmen Marques, do Ministério daFazenda, lembrou que se todos ostrabalhadores se aposentassem

Servidores estão envelhecendoquando cumprissem o tempo de ser-viço, haveria hoje, uma evasão de50% no Executivo. Ela justifica ofato de haver perda salarial no quese refere as gratificações e isso giraem torno de 30%. “Precisamos re-novar a máquina administrativa”,acrescentou.

o primeiro indicativo de gre-ve nacional.

De acordo com o vice-presidente do Sindsep-MT,Rosevel Motta, servidor doInstituto Nacional de Coloni-zação e Reforma Agrária (IN-CRA), além das reivindica-ções já conhecidas, é precisorever as condições de traba-lho e reestruturação dos ór-gãos.

“É uma vergonha em todosos órgãos. Na quarta-feira (30)estávamos com telefone corta-do por falta de pagamento e aunidade de Pontes e Lacerdaestá com o aluguel atrasado.Sem contar que não temos re-cursos para as diárias e tambémtemos problemas com a contade energia. Nem parece uma su-perintendência do Governo Fe-deral”, disse Rosevel.

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Jornal Sind.pmd 19/10/2009, 14:574