jornal novo almourol ed 401 out

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OUTUBRO 14 | N°401 | ANO XXXIII | PREÇO 1,20 EUROS | MENSAL DIRECTOR LUIZ OOSTERBEEK Novo Almourol Entrevista a Nuno Lopes Presidente e capitão da equipa da União Desportiva Atalaiense conversou com o NA sobre a época 2014/15 depois de na época anterior, de celebração dos 50 anos de existência, o clube ter vencido a série A da segunda divisão distrital de futebol e visto os adeptos unirem-se em torno da equipa. É essa união que Nuno Lopes quer capitalizar este ano, com passos certos. "Governo só pode cair por dentro" Entrevista Nelson de Carvalho em que faz o balanço das primárias do PS e em que o ex- autarca de abrantes analisa o futuro do país p12&13 p16&17 Mau Cheiro na agenda A questão quase tem barbas, uma exploração suinícola perto de Vila Nova da Barquinha está a incomodar cidadãos e turistas. A empresa diz que vai tentar encontrar soluções. O NA vai andar de nariz no ar p04 Transporte a Pedido O inovador serviço de “Transporte a Pedido”, implementado pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo em Janeiro de 2013, no concelho de Mação, vai alargar- se a Vila Nova da Barquinha em 2015. Para além de Mação, também Sardoal e parte de Abrantes já beneficiam deste projecto, o qual deverá ser replicado ao resto do País com as zonas menos povoadas e com menor concentração de serviços a serem privilegiadas. p08

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Edição de Outubro - 401

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Page 1: Jornal novo almourol ed 401 out

OUTUBRO 14 | n°401 | Ano XXXIII | Preço 1,20 euros | MensALDIRECTOR LuIZ oosTerBeeK

Novo Almourol

Entrevista a Nuno Lopes

Presidente e capitão da equipa da União Desportiva Atalaiense conversou com o NA sobre a época 2014/15 depois de na época anterior, de celebração dos 50 anos de existência, o clube ter vencido a série A da segunda divisão distrital de futebol e visto os adeptos unirem-se em torno da equipa. É essa união que Nuno Lopes quer capitalizar este ano, com passos certos.

"Governo só pode cair por dentro" Entrevista Nelson de Carvalho em que faz o balanço das primárias do PS e em que o ex- autarca de abrantes analisa o futuro do país p12&13

p16&17

Mau Cheirona agenda

A questão quase tem barbas, uma exploração suinícola perto de Vila Nova da Barquinha está a incomodar

cidadãos e turistas. A empresa diz que vai tentar encontrar soluções. O NA vai andar de nariz no ar

p04

Transporte a Pedido

o inovador serviço de “Transporte a Pedido”, implementado pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo em Janeiro de 2013, no concelho de Mação, vai alargar-se a Vila nova da Barquinha em 2015. Para além de Mação, também sardoal e parte de Abrantes já beneficiam deste projecto, o qual deverá ser replicado ao resto do País com as zonas menos povoadas e com menor concentração de serviços a serem privilegiadas.

p08

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02 CURTAS & GROSSASNovoAlmourol

OUTUBRO 2014

Regimento de Engenharia n.º1 em TancosO Regimento de Engenharia nº 1 do Exército Português foi oficialmente deslocado da Pontinha para Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha, no dia 1 de Outubro. A deslocação insere-se no projecto de reestruturação do Exército Português, anunciada em Abril de 2013 pelo General Artur Pina Monteiro, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas. Criada no dia 28 de Junho de 1880, a Escola Prática de Engenharia de Tancos foi deslocalizada para Mafra em Outubro de 2013, na sequência da decisão de unificar as diversas escolas práticas das armas do Exército numa única Escola das Armas.

Jardim da Nora renovadoÉ um dos espaços com maior simbolismo em Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, cuja degradação era evidente, situando-se junto ao Jardim de Infância e utilizado por dezenas de crianças. A Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha projectou um local de "brincadeira, desporto e convívio", disse o presidente da junta, João Machado. Até ao momento foram gastos 18 mil euros no espaço que terá, entre outros equipamentos, uma mesa de ping-pong, quatro aparelhos geriátricos mais um para deficientes motores, tapete de borracha, jogo da macaca e três em linha. A reabertura está prevista para o final deste mês, se as condições meteorológicas o permitirem.

CHMT sem especialistas em urologiaO Serviço de Urgências do Centro Hospitalar do Médio Tejo composto pelas unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas, funciona assim desde o dia 1 de Outubro. A alteração consta de um documento que define um novo modelo, assinado pelo diretor do Serviço de Urologia e a que a Agência Lusa teve acesso. A medida pressupõe um modelo de apoio do Serviço de Urologia (instalado no hospital de Tomar) ao Serviço de Urgências do CHMT, a funcionar em Abrantes, “em regime de apoio/consultadoria” aos doentes. Todas as solicitações ao Serviço de Urologia deverão ser efectuadas através de uma linha telefónica disponibilizada para esse fim, entre as 09:00 e as 20:00, e o urologista contactado dará orientações à distância sobre a eventual alta clínica ou o internamento. O novo modelo entra em vigor a título experimental por um período de três meses.

↑ rio acima

↓ rio abaixo

Eduardo Jorge

Tetraplégico e activista do movimento “nos.tetraplégicos” percorreu 180 quilómetros de cadeira de rodas, entre Concavada, Abrantes, e o Ministério da Solidariedade Social em Lisboa. A sua luta é pelo direito a uma vida independente, da sua e de muitos outros.

Mau cheiro

Já se fizeram abaixo-assinados e as queixas são frequentes. O problema vem de há muitos anos e prende-se com o forte cheiro emanado de uma exploração suinícola instalada perto de Vila Nova da Barquinha. A qualidade de vida e o turismo saem prejudicados, estando ou não tudo legal (Pág.4)

Apoio a Idosos

Multiplicam-se os projectos e programas de apoio aos idosos numa fase de extremas dificuldades sociais e económicas e quando os reformados pagam parte considerável da crise. Elogio às autarquias, freguesias, IPSS entre outras que fazem trabalho de proximidade.

Professores em desespero

O caso da professora de Bragança colocada em Constância e pouco depois recolocada em Vila Real de St.º António é de um surrealismo infelizmente vulgarizado na abertura do ano lectivo 14/15. Escolas sem professores, professores sem certezas e pais incrédulos. Portugal em pleno século XXI.

Comunidade Intermunicipal

O Transporte a Pedido entra em fase de franca expansão. o projecto-piloto implementado pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo chega em breve a Vila Nova da Barquinha zona sul do concelho de Abrantes. O balanço é muito positivo. (Pág.8)

Vândalos

No Entroncamento o espaço do recinto multiusos foi alvo de inaceitáveis actos de vandalismo, com prejuízos de vários milhares de euros. Segundo a autarquia não é caso isolado. Impõe-se uma luta sem tréguas aos criminosos na defesa do bem público, uma mensagem para a comunidade. (Pág.5)

A associação TAGUS cancelou a 13.ªedição do Aquapaper que se realizaria no dia 27 de Setembro na albufeira de Castelo de Bode

68 O número de camas do novo Centro Social do Pego, vulgo Lar de Idosos, cujo funciona-mento se iniciou no dia 22 de Setembro. O centro "aposta na qualidade e na humanização dos cuida-dos prestados aos idosos, dando resposta a uma das maiores necessidades sociais do concelho de Abrantes", lê-se no comunicado.

Duas mortes em acidente na CaimaPassavam poucos minutos das 10h00 do dia 3 de Outubro quando um acidente vitimou dois trabalhadores que faziam a manutenção de uma chaminé, tendo ambos morrido carbonizados. O acidente que ocorreu na fábrica de celulose do Caima, em Constância, foi, segundo as autoridades, localizado, não tendo por isso provocado outros feridos. Na altura a produção estava parada e procediam-se a trabalhos sazonais de manutenção e limpeza.

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noVoALMouroL.wordPress.CoMNA PRIMEIRA PESSOA 03 OUTUBRO 2014

CVMaríliaAquino Lopes33 anos,Professora e ArtesãV. n. da Barquinha

1980nasci a 15 de outubro na terra dos fenómenos(entroncamento)

2003Concluí o curso superior de professores de educação Visual e Tecnológica com 19 valores na Prática Pedagógica, na escola superior de educação de Portalegre

2011Assisti e contribuí para o movimento social mais forte e coeso dos últimos anos: Manifestação da Geração à rasca no dia 12 de Março.A canção “Parva que sou” do grupo deolinda inspirou e encorajou corações

2014Muita dedicação ao trabalho, arte, artesanato de origami e família

O que mais gosta de fazer nos tempos livres?Tempos livres são aqueles poucos momentos em que consigo abstrair-me das minhas maiores responsabilidades e nesses espaços de tempo comprometo-me a assistir uma peça de teatro ou a um concerto. Dedico esses momentos também, a desenvolver ideias e experimentações com base na pintura, desenho, fotografia e mais recentemente o origami.

O que mais a irrita?Irrita-me profundamente a tendência à “vassalagem” das aparências que só iludem.

Até onde gostava de ir?Estou no presente a caminhar para o futuro que a minha individualidade criativa me possibilitar. Espaço físico: ambiciono conhecer países, terras, lugares que sejam culturalmente muito diferentes de Portugal (...encontro-me ainda em fase de selecção).

Se eu pudesse...Alterava radicalmente a programação da televisão portuguesa. Compreendo a sua importância para a maioria dos portugueses, no entanto considero-a altamente prejudicial. Alterava o Currículo Nacional de Ensino na medida em que o Ensino Artístico se equiparasse ao Científico (na teoria e na prática).

(...) ambiciono conhecer países, terras, lugares que sejam culturalmente muito diferentes de Portugal

“As suas criações em origami destacam-se pela criatividade e por serem peças únicas. Um retrato da sua autoria dá por estes dias as boas-vindas a quem entra na "vila das artes". num enorme placard que anuncia os ateliês do CEAC.

2013Frequência nos ateliers do Centro de estudos de Arte Contemporânea de Vila nova da Barquinha.Criação da empresa AdoroAdoro unipessoal Lda.

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04 SOCIEDADENovoAlmourol

OUTUBRO 2014

VILA NOVA DA BARQUINHA

Mau cheiro de exploração suinícola volta à agenda do concelho

TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES

Em 2009 um abaixo-assinado circulou pelo concelho or-ganizado por residentes de Vila Nova da Barquinha (VNB) mas o mesmo não resultou no objec-tivo de não licenciamento da ex-ploração Suinícola da Herdade do Colmeiro, no topo norte da vila, entre o denso eucaliptal que cobre a área.

Facto é que o licenciamento foi e é atribuído e que, garan-tiram ao NA as entidades res-ponsáveis, tudo está legalizado. O que mudou de 2009 até hoje foi a propriedade da exploração. Em meados de 2012 a explora-ção passou das mãos da empresa Caçador Pecuário Lda para a Carnes Valinho SA, uma em-presa líder de mercado no abate e transformação de carne com sede em Alcanede, concelho de Santarém.

Na internet surgem os já habituais comentários de turis-tas sobre a beleza do concelho mas a recente novidade foi o sa-

lientar do cheiro, do mau chei-ro. Os comentários de turistas estrangeiros, entretanto apaga-dos de uma página de viagens e turismo, levantam a questão da compatibilidade do turismo, grande aposta no concelho, com a poluição ambiental causada. Recorde-se que em breve nas-cerão duas novas unidades ho-teleiras na vila, junto a um dos ex-lybris do concelho: o Parque Ribeirinho.

No entanto, os verdadeiros prejudicados com a situação são os moradores. As novas urbani-zações, nomeadamente no Alto da Fonte, ocuparam terrenos em que, asseguraram ao NA alguns populares, o mau cheiro sempre se sentiu, mas não exis-tiam moradores. Actualmente a urbanização, uma de várias que nasceram, está praticamente ocupada com moradias e blocos de apartamentos.

Carnes Valinho alega desco-nhecer a situação. O admi-nistrador da Carnes Valinho, David Vicente, de 29 anos,

assegura que a exploração tem “todas as licenças em ordem, da autarquia inclusivamente” e que “não é nosso objectivo ter problemas com a exploração e prejudicar as populações”. Da-vid Vicente explicou ao NA que a empresa adquiriu esta e outras explorações nos últimos anos tendo a Herdade do Colmeiro sido comprada há dois anos.

Alegando desconhecimen-to sobre as queixas ou sobre os odores sentidos nas imediações, o administrador assegurou que na exploração trabalham “duas pessoas em permanência, que já eram funcionários da outra empresa, no maneio de animais e limpeza”. Durante a realização desta peça chegaram ao NA al-gumas fotos tiradas por popu-lares em 2009 que aparentam mostrar dejectos a escorrer para o ribeiro a escassos metros da propriedade e que por sua vez fariam o percurso até à vila e ao Rio Tejo.

David Vicente afirma que não teve “conhecimento de qualquer prática menos correc-

Não se sente sempre mas quando se sente é intenso e persistente na vila e acima de tudo em Moita do Norte. O NA foi visitar as instalações e contactou os proprietários. O assunto, várias vezes aflorado no concelho, voltou à agenda com populares a intervirem nas assembleias municipal e de freguesia. Está tudo "legal", dizem, mas os moradores terão outra opinião

será a poluição ambiental causada compatível com a aposta no turismo?

ta” e salienta as preocupações da empresa com a questão am-biental, “fazemos espalhamento, lagonagem e temos plano de gestão de efluentes” assegurando também que a exploração não foi alvo de coimas de qualquer tipo.

É na última fase de trata-mento, na última de cinco la-goas, que o NA encontrou cla-ros indícios de que os efluentes escorrem encosta abaixo, com aberturas e veios de considerável dimensão nas terras adjacentes, entorno muito provavelmente causado quando há aumento de pluviosidade. Também no local registámos a descarga lenta mas consistente que é feita para o ribeiro.

Perante os relatos do NA o administrador assegurou que vai pôr-se “no terreno para encon-trar algum produto no mercado” e “tentar encontrar uma solução para o mau cheiro”.

Assunto abordado em as-sembleia municipal. O pre-sidente da autarquia, Fernando

Freire, assegura que “no que concerne ao município tudo se encontra legal” e que “as análi-ses efectuadas pelas entidades competentes têm dado sempre resultados em conformidade”. No entanto, conta que o assunto foi abordado na última assem-bleia municipal de dia 22 de Se-tembro, por um cidadão, e que é “uma queixa recorrente”. O mesmo aconteceu na assembleia de freguesia de VNB de dia 29 de Setembro.

Fernando Freire admite o “incómodo da situação” e asse-gurou que vai dirigir-se às en-tidades responsáveis com o as-sunto. O mesmo assegurou João Machado (PS), presidente da junta de Freguesia de VNB.

O NA apurou que a contri-buição da empresa para a eco-nomia do concelho se limita ao pagamento do IMI, sendo que está isenta de derrama e a sede da empresa é em Alcanede, desconhecendo o NA a prove-niência dos trabalhadores da exploração. O NA vai continuar a acompanhar a situação.―

A dois metros da lagoa final há uma encosta para o ribeiro. A altura disponível para contenção dos resíduos parece ser insuficiente com pluviosidade

O caso Valacóisdiferente mas pelos mesmos motivos, o encerramento da suinicultura de Valacóis, em Praia do ribatejo (VnB) em 2004 e que foi motivado por queixas da população relativas ao cheiro e insectos, sobretudo no Verão. diferente pois ao contrário da Herdade do Colmeiro, a suinicultura de Valacóis não possuía estação de tratamento de efluentes e o proprietário, dário Maio, da empresa Agrovarões, optou por encerrar a exploração recusando realizar o avultado investimento necessário. A exploração de Valacóis possuia um efectivo de cerca de 230 porcas e 1700 leitões.

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noVoALMouroL.wordPress.CoM

CAMINHANDO 05OUTUBRO 2014

Admissãode bombeirosSob o Lema “Abraça este Desafio, Junta-te a Nós!!!”, a corporação de bombeiros anunciou a abertura de inscrições para Bombeiros Voluntários, admissões que serão aceites até ao próximo dia 14 de Novembro. Os candidatos a voluntários devem ter entre 16 e 44 anos de idade e terão formação especializada na área do socorro.. Os interessados podem contactar 241 850 050 ou [email protected], ou directamente no Quartel, situado na Tapada da Torre, em Sardoal.―

sArdoAL

Maus Tratos contra animaisA lei que criminaliza os maus-tratos contra animais entrou em vigor no dia 1 de Outubro, e prevê que "quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão”. O projecto-lei foi aprovado no parlamento com os votos do PSD, PS, PEV, BE e do CDS-PP, que registou dois votos contra e duas abstenções. O PCP também optou pela abstenção por considerar que o problema dos maus tratos a animais deve ter como resposta a prevenção.―

LeGIsLAçÂo

Formação Ocupacional Com cerca de 200 inscritos, está em funcionamento nas quatro freguesias do concelho de Vila Nova da Barquinha a Formação Ocupacional de Seniores (FOS), a “Universidade Sénior” do concelho. O projecto é gerido pela Associação Essência da Partilha, entidade que tem vindo a trabalhar e a destacar-se na promoção do envelhecimento activo através da formação cultural, científica e técnica dos habitantes do concelho com idade superior a 65 anos. O trabalho junto dos idosos é desenvolvido por voluntários.―

Vn BArQuInHA

POLÍTICA

Autarquias de Abrantes e Constância contestam contribuições para o FAM

TEXTO RICARDO ALVES

Apesar da diferença nas contribuições, a reacção das autarquias foi enérgica e conver-gente, apesar de separadas.

Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal de Constân-cia, refere que a Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL) já lhe deu conhecimento do montante do seu contributo para o FAM, o novo instrumen-to criado pelo Governo para apoiar as autarquias em situação de asfixia financeira e expressou a sua indignação afirmando que o fundo, “a ser criado, deveria ser assegurado na totalidade pelo Estado central, através de uma mais justa repartição dos recur-sos públicos.”

No mesmo comunicado, a autarca lamenta que “a direc-ção da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, não obstante a rejeição do FAM expressa pelos municípios e fre-guesias nas conclusões do XXI Congresso daquela Associação, tenha chegado a acordo com o

Governo a troco de acertos na percentagem subsidiada pelos municípios e do aumento do prazo para capitalização do fun-do”.

Já Maria do Céu Albuquer-que, também em comunicado da declaração política sobre o assunto, refere que “a medida que põe em causa a autonomia do Poder Local, limitando a sua

A Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) informou que a Câmara de Abrantes contribuirá para o Fundo de Apoio Municipal (FAM) com uma verba que ascende a 1.175.561,49 €, a transferir durante os próximos 7 anos, obrigando à sua inclusão no orçamento municipal de 2015 a 2021. Já o Município de Constância vai contribuir com 255 mil euros

Quando se está fora do local onde vivemos, cerca de um mês, não vamos esperar, no regresso, por modificações de monta, mas ficamos satisfeitos por qualquer melhoria, pequenina que seja. de igual modo, algo nos deixa com pena quando assim não acontece, até porque, nas com-parações feitas à distância, entre a nossa terra de passagem e aquela em que vivemos, agrada--nos valorizar esta última, se lhe reconhecemos boa qualidade de vida, para a qual coletivamente se contribuiu.Caso, pois, para perguntar o que se nos deparou no entronca-mento: viemos a saber que já cá chegou a nova e pitoresca moda, cujos ecos recebíamos pela tv, vinda das estranjas, de angariar dinheiro, com fins altruístas, em que as pessoas eram desafiadas a contribuir, mas também a levar uma forçada e valente molha-dela.Foi o que aconteceu já, tendo como beneficiários os Bombei-ros Voluntários do entroncamen-to e como alvos a Vice-presiden-te da Câmara, Ilda Joaquim, a Vereadora Tília nunes e o próprio Presidente dos Bombeiros, José salvado. estes, por sua vez, desa-fiaram outras figuras públicas locais. o local do duche foi a parada do quartel.Ao Padre ricardo, que esteve presente, coube rezar pelos bombeiros, apelar à contri-buição, dando ele próprio o exemplo.no sentido negativo, os prejuízos levados a cabo por desconhe-cidos, na noite do dia 7 (setem-bro), domingo, de derrube de uma elevada quantidade de pedras de proteção e adorno do muro superior do recinto multiu-sos, resultando também, entre outras destruições, o sistema de rega, tudo calculados em vários milhares de contos, num ato de vandalismo sem precedentes, cuja investigação e reforço da vigilância, solicitada pela Câ-

Crónica do Entroncamento

AusênciaRafael Ferreira

mara Municipal, está a cabo das autoridades policiais.A nível cultural, no registo da presença, pela primeira vez, da Fundação Museu nacional Ferro-viário na 39ª. Conferência IATAM, ocorrida na suécia, em que deu conta do projeto de restauração do Comboio Presidencial, tendo sido convidada a apresentar candidatura para a integração no Consórcio que vai preparar e submeter a primeira proposta ao Programa de Financiamento europeu – Creative europa, da Comissão europeia, para realiza-ção da exposição internacional do projeto revolutions, a ter lugar em 2018, simultaneamente em vários países, inserido nas

(...) os prejuízos levados a cabo por desconhecidos, na noite do dia 7 (setembro), domingo (...) tudo calculados em vários milhares de contos, num ato de vandalismo sem precedentes (...)

comemorações da 1ª. Guerra Mundial.A concluir, a aprovação local-mente, por unanimidade, de mais uma moção da iniciativa do Be, pela qual se pretende a reposição, no próximo oe, das concessões aos ferroviários do ativo, reformados e familiares que, “salvo ligeira recuperação “continuam suspensas desde o oe de 2013.―

Rafael Ferreira escreve segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico

autonomia administrativa e fi-nanceira” e lamenta “que sejam as câmaras cumpridoras e com boas contas a contribuir para 50% deste fundo”

Na declaração política lê-se que “esta Lei é, como todos sa-bemos, antecedida por anos su-cessivos de reduções de receitas municipais, nomeadamente da redução das transferências de receitas do Orçamento de Esta-do. E é também antecedida por um acréscimo de competências assumidas pelos Municípios em virtude da ausência do Governo em componentes relevantes das políticas sociais.”

No entanto, a autarquia abrantina faz questão de ressal-var “inequívoca solidariedade para com os Municípios que se encontram em difícil situação financeira” considerando, não obstante, que “estamos, mais uma vez, a assistir ao enfraqueci-mento de uma das maiores con-quistas de Abril - o Poder Lo-cal – que fica assim ainda mais fragilizado na sua capacidade de resposta às necessidades das suas comunidades.”―

Ambas as posições convergem na questão do enfraqueci-mento do poder local e na resposta às necessida-des das suas comunidades

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06 SOCIEDADENovoAlmourol

OUTUBRO 2014

VN BARQUINHALoja Social apoia pequenas reparações a domicílios

TEXTO NA

A Loja Social de Vila Nova da Barquinha (VNB) está a desenvolver um projecto de Assis-tência Técnica ao Domicílio que visa a apoiar os idosos e pessoas em situação de carência, do conce-lho de VNB em pequenas repara-ções nas suas casas.

Com este projecto pretende--se oferecer manutenção habita-cional evitando os efeitos de enve-lhecimento de casas ajudando em reparações eléctricas, na canaliza-ção, em mobiliários, na adequabi-lidade, no auxílio de problemas de acessibilidade, entre outras.

Este projecto tornou-se viável devido aos apoios fornecidos por parte dos diversos parceiros mas também devido à envolvência por

parte da comunidade.A contribuição por parte da

comunidade é fundamental, seja a partir de doações de bens materiais ou na prestação directa de serviços mediante a realização de volunta-riado.

O projecto é suportado pelos parceiros da Loja Social - Mu-nicípio de VNB, Santa Casa da Misericórdia, Essência da Parti-lha, Cáritas, Juntas de Freguesia, Fundação Dr. Francisco Cruz, As-sociação de Bem-Estar das Ma-deiras, Centro Social e Paroquial da Atalaia, Conferência Vicentina da Nossa Senhora da Assunção e Conferência Vicentina da Nossa Senhora dos Remédios.

O serviço de "Assistência Técnica ao Domicílio" pode ser requisitado através do telefone 937 819 436.―

VN BARQUINHA

Assembleia de Freguesia em primeiro balanço

TEXTO RICARDO ALVES

No dia 29 de Setembro realizou-se mais uma As-sembleia de Freguesia de Vila Nova da Barquinha (VNB) com o presidente da Junta, João Ma-chado (PS) a levar a discussão a criação de um logotipo da fre-guesia, ponto que gerou alguma confusão junto dos deputados julgaram tratar-se da mudança da bandeira.

João Machado rapidamen-te explicou que não se tratava de mudar a bandeira mas sim encontrar uma “marca, um sím-bolo que identifique a junta de freguesia em cartazes ou ou-tros veículos promocionais que incluam a participação da jun-ta”, nomeadamente em eventos apoiados pela mesma. A confu-são começou por surgir desde logo com uma carta enviada por um cidadão que perante a infor-

mação dos pontos em discussão pensou tratar-se da alteração da bandeira. A proposta foi apro-vada por unanimidade.

No entanto, João machado não deixou de parte a alteração à bandeira, até porque “deve ha-ver um símbolo comum entre Moita do Norte e VNB, admi-tindo também que essa altera-ção era por ora muito onerosa. Recorde-se que a reorganização Administrativa ditou a junção das duas freguesias.

O regulamento de apoio a clubes e associações foi tam-bém alterado com a proposta do executivo da Junta de apertar os critérios de financiamento. “Têm de ter actividade. Apoio aos clubes sim, mas com acti-vidades culturais, desportivas, entre outras, que movimentem a freguesia”, outro ponto aprova-do por unanimidade.

No balanço efectuado no

uma das crianças apadrinhadas

final da sessão, o Jardim da Nora, que está a ser remodela-do (Pág.2), e “se as condições meteorológicas ajudarem” com reabertura prevista para final de Outubro, , foi um dos mais revisitados. Para além das obras em curso, a junta de freguesia pondera o “encerramento da circulação do estradão a norte do jardim”.

Uma semana antes da as-sembleia se realizar foi posto a circular um edital em que se pedia aos cidadãos que contri-buissem com as suas propostas para o que fazer na antiga Escola Básica n.º 2 de Moita do Norte, que se encontra encerrada. Não chegaram quaisquer respostas à Junta pelo que os membros da assembleia e executivo concor-daram que se poderia criar al-gum tipo de valência para traba-lhar junto dos idosos. O assunto voltará a discussão.―

A Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha aprovou também a criação de um logotipo para servir de marca promocional à freguesia. Numa assembleia de freguesia com vários pontos de discussão e um balanço do primeiro ano de mandato, aprovou-se também o novo regime de financiamento de clubes e associações

COLÓQUIOPraxis III discute Cultura e Turismo TEXTO NA

Sob o tema "Relação Umbi-lical entre o Turismo e a Cultu-ra: Oportunidades e Desafios", o colóquio vai juntar um painel de edis da região bem como outros intervenientes na area, no dia 23 de Outubro, no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha.

Este Colóquio que resulta de uma organização conjunta do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), o Centro de Pré-História do IPT e o Município de Vila Nova da Barquinha tem como te-mática principal a discussão sobre estratégias de investimento do po-

der local em actividades culturais e turísticas, dando ainda espaço à mais-valia proporcionada pela implantação do Ensino Superior Politécnico no Médio Tejo.

Entre os oradores estão Jú-lia Amorim – Vice-Presidente do Conselho da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo; Fernando Freire – Presidente do Município de Vila Nova da Bar-quinha; Vasco Estrela – Presidente do Município de Mação; Anabela Freitas – Presidente do Município de Tomar; Pedro Machado – Pre-sidente da Entidade Regional Tu-rismo Centro de Portugal, entre outros. As inscrições podem ser feitas em : www.ipt.pt/praxis. ―

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noVoALMouroL.wordPress.CoMPUBLICIDADE 07OUTUBRO 2014

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08 SOCIEDADENovoAlmourol

OUTUBRO 2014

MÉDIO TEJO

Transporte a pedido chega a Vila Nova da Barquinha em 2015

TEXTO RICARDO ALVES

O “Transporte a Pedido”, à semelhança do trans-porte colectivo regular, tem circuitos, paragens e horários definidos. No entanto, os ser-viços de transporte a pedido distinguem-se do transporte regular porque pressupõem que o cliente desencadeie a via-gem, contactando previamente uma central de reservas. Deste modo, as viaturas só efectuam os percursos se, antecipada-mente, o serviço tiver sido soli-citado, e só vão às paragens que tiverem reservas.

Em estudo, estão soluções de transporte a pedido para os

concelhos de Ourém, Tomar e zona sul do concelho de Abran-tes, sendo que a CIMTEJO pretende operacionalizar o alar-gamento do Transporte a Pedi-do a todos os outros concelhos do Médio Tejo, à excepção do Entroncamento.

Miguel Pombeiro, secretário executivo da CIMT, avançou ao NA que o “Transporte a pe-dido deve estar disponível em VNB entre o 2º e 3.º trimes-tres”. O projecto nasceu de uma candidatura da CIMT às ini-ciativas inovadoras do Progra-ma Operacional de Valorização do Território e segundo Mi-guel Pombeiro a CIMT ainda está em fase de aprendizagem,

O inovador serviço de “Transporte a Pedido”, implementado pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo em Janeiro de 2013, no concelho de Mação, vai alargar-se a Vila Nova da Barquinha em 2015. Para além de Mação, também Sardoal e parte de Abrantes já beneficiam deste projecto, o qual deverá ser replicado ao resto do País com as zonas menos povoadas e com menor concentração de serviços a serem privilegiadas

Balanço do projecto é muito positivo e levou governo a estendê-lo a outras zonas do país

“estamos a aprender, estamos a diminuir os custos, neste mo-mento os custos são bastante mais reduzidos do que quando se iniciou”, congratula-se.

O sucesso do projecto tem levado a que outros concelhos tenham já mostrado interes-se em fazer parte do mesmo e foi mesmo “com base na nossa experiência que o governo apre-sentou o projecto Portugal Por-ta a Porta em Julho, no Sardoal, que se espera que esteja em funcionamento em 2015”, pro-jecto que prevê o alargamento da oferta de transporte público

de passageiros a todo o país, vo-cacionado para zonas de baixa densidade populacional e que vai contar com a participação dos parceiros sociais.

A inovadora ideia da CIMT carece ainda de algum en-quadramento legal, “colocava questões legais dos transportes mas está envias de se criar nova legislação na qual estarão pre-vistos os transportes flexíveis”, explica Pombeiro. A CIMT avançou para o projecto-piloto pois tinha “autorização do se-cretário de estado”.―

PRAIA DO RIBATEJO

Fundação Dr. Francisco Cruz com duas novas viaturas de apoioA fundação de Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, recebeu duas novas viaturas que oferecem um aumento de qualidade nos serviços prestados aos idosos. Dia Mundial do Idoso foi a data escolhida para a celebração da boa nova

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

Foi em clima de festa que no dia 1 de Outubro, após a celebração de missa, se pro-cedeu à bênção das duas novas viaturas: uma para apoio domi-ciliário e outra para transporte de doentes com mobilidade reduzida.

A administradora da funda-ção, Paula Coelho, congratulou--se com a aquisição das viaturas e contou que a escolha da data teve que ver com “um impacto maior, achámos que seria a data ideal para celebrar a eucaristia e mostrar as viaturas que vão au-mentar a qualidade do serviço

do lar.” A administradora ex-plicou que as viaturas “têm duas funções: uma permite transpor-tar os alimentos de uma forma muito mais organizada e tam-bém o arrefecimento de deter-minados produtos”, recordando que “ dantes era transportada numa carrinha normal, com mais de 30 anos.”

A outra, explicou Paula Coelho, “tem uma plataforma que permite o acesso de cadeira de rodas e a sua fixação no inte-rior.” A viatura de transporte de utentes com mobilidade redu-zida oferece mais autonomia à Fundação que tinha de recorrer aos bombeiros para tal trans-porte.

Celebração do dia do Idoso foi a data escolhida para apresentar as novas viaturas

Na festa estiveram presen-tes Paula Morais, do Instituto da Segurança Social de Santa-rém, Fernando Freire, presiden-te da autarquia, o presidente da Junta de Freguesia de Praia do Ribatejo, os Padres Ricardo e Paulo, membros da liga de ami-gos, trabalhadores e utentes da instituição.

A aquisição das viaturas é resultado de candidatura à ADIRN. Programa de De-senvolvimento Rural. SUB PROGRAMA 3.Qualidade de Vida, Ação 3.2.2 - Serviços básicos para a população rural, com a comparticipação de fun-dos comunitários, PRODER, de 75%.―

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ECONOMIA 09OUTUBRO 2014

INOVAÇÃO

EMPRE: o primeiro contacto com a realidade empresarialTEXTO NA

O TAGUSVALLEY – Tecno-polo do Vale do Tejo está a entregar aos professores que im-plementaram no ano lectivo 2013-2014 a metodologia EMPRE – Empresários na Escola um cer-tificado de participação na Oficina de Formação de Professores em Empreendedorismo. Este diploma atribui aos docentes dois créditos para a progressão na carreira.

Inserido no EMPRE, en-tre Fevereiro e Março de 2014, 24 professores do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico integraram a oficina em Empreendedorismo, atestada pelo Centro de Forma-ção de Associação de Escola, com a duração de 25 horas presenciais. As outras 25 horas de trabalho au-tónomo, os docentes aplicaram a metodologia EMPRE – Empre-sários na Escola nas suas turmas.

Os 24 professores estiveram a leccionar no ano lectivo anterior em escolas do Médio Tejo, como

Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêze-re, Mação, Sardoal, Sertã, Tomar e Vila de Rei e a aplicação deste projecto que estimula o espírito empreendedor nos jovens alunos do 5º ao 9º ano de escolaridade, foi da responsabilidade do TAGUS-VALLEY – Tecnopolo do Vale do

Tejo e da Comunidade Intermu-nicipal do Médio Tejo (CIMT), no âmbito do projecto “Médio Tejo – Empreendedorismo em Rede”, e financiado pelo Programa Operacional Regional do Cen-tro – Mais Centro, do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Em 2013-2014, a me-todologia envolveu 394 alunos, 30 docentes e 13 escolas, que criaram

SARDOALCâmara Municipal apresentou Gabinete de Apoio ao Empresário TEXTO NA

A Câmara Municipal de Sar-doal apresentou publicamente, no dia 6 de Outubro, o Gabinete de Apoio ao Empresário (GAE) numa sessão que contou com grande adesão dos empresários do concelho na sala multiusos do Centro Cultural Gil Vicente. Em parceria com a Associação Em-

presarial da Região de Santarém – NERSANT -, foram abordadas as temáticas da Inovação e Em-preendedorismo, Internacionali-zação e Qualificação nas PMEs, e Cooperação Empresarial.

À semelhança do GADEL (Gabinete de Apoio ao Desen-volvimento e Empreendedorismo Local) de Vila Nova da Barqui-nha, o GAE tem por objectivo apoiar as empresas e projectos que

MAÇÃO

Propostas para o sector florestal

TEXTO NA

Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação, e António Louro, Presidente da Direcção da Aflomação – Asso-ciação Florestal do Concelho de Mação, entregaram no dia 30 de Setembro, a Francisco Gomes da Silva, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Ru-ral, uma proposta conjunta para criação de um projecto-piloto que permita testar a solução de gestão em comum de territórios de mini-fúndio.

O objectivo passa por criar um modelo de gestão que, respeitando a propriedade privada, permita a gestão funcional das pequenas parcelas de minifúndio de forma agrupada, partilhando as receitas de forma proporcional à área de adesão de cada proprietário. O efectivar deste projecto permitirá obter uma área de estudo e teste

das medidas nacionais para a flo-resta pois a sua execução permite a aplicação da grande parte da regulamentação legal para o sec-tor florestal num único território, verificando-se a sua adaptabilida-de, custos e eficácia.

Sendo um projecto pioneiro, torna-se fundamental garantir à priori os montantes financeiros mínimos que permitam viabilizar a sua efectivação, assim como ob-ter, num curto espaço de tempo, um forte impacto na paisagem e a aplicação de conceitos que possam ter um efeito demonstrativo.

São estas, assim, as grandes linhas da proposta entregue ao Secretário de Estado das Florestas na sequência da visita de campo realizada por Francisco Gomes da Silva a Mação no dia 15 de Setembro. Na altura, o Secretário de Estado mostrou-se disponível para receber e analisar as propostas do Município de Mação relativa-mente ao sector florestal.―

Francisco Gomes da silva, Vasco estrela e António Louro

ABRANTESTagusvalley convida a reflexãoTecnopolo do Vale do Tejo con-vida as empresas e entidades dos sectores da energia, metalomecâ-nica, agro-alimentar e tecnologias de informação e comunicação a participar num workshop de re-flexão centrado nas ligações entre as necessidades de inovação e de tecnologia nestes quatro sectores

estratégicos do Tecnopolo do Vale do Tejo. A articulação deste Par-que de Ciência e Tecnologia com a região do Vale do Tejo e com a estratégia nacional Portugal 2020 será outro dos temas a abordar. É no dia 14 de Outubro, a par-tir das 14h30, no edifício INOV.POINT. ―

possam vir a criar valor no con-celho, nomeadamente tendo em vista o próximo quadro de apoio comunitário.

A funcionar no edifício dos Paços do Concelho, o GAE con-ta com o apoio técnico da NER-SANT e tem como objetivos centrais o incentivo à criação de empresas e dinamização da activi-dade económica e empresarial no concelho.―

22 projectos.O TAGUSVALLEY irá bre-

vemente assinar um protocolo de cooperação com o Centro de For-mação de Associação de Escolas, no sentido de certificar as forma-ções dos docentes, também, para este ano lectivo (2014-2015).

O projecto EMPRE, ao aplicar a sua metodologia, pretende proporcionar aos estudantes do 2º e 3º ciclo do ensino básico o pri-meiro contacto com a realidade empresarial, o funcionamento de uma organização trabalhando as competências pessoais e empre-sariais dos jovens, despoletando o espírito empreendedor e inovador nos estudantes. Tal importância pedagógica mereceu o reconheci-mento nacional com a atribuição do Selo +e +i do Programa Estra-tégico para o Empreendedorismo e a Inovação, do Ministério da Economia e do Emprego, reco-nhecimento público dado a inicia-tivas dinamizadas pela sociedade civil.―

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012 POLÍTICANovoAlmourol

OUTUBRO 2014

ENTREVISTA NELSON DE CARVALHO

"Concertação política é muito importante para o PS e para o país" António Costa venceu as eleições primárias e António José Seguro demitiu-se. O conturbado período de campanha acaba de ficar para trás e segue-se a organização de uma candidatura forte que devolva o Partido Socialista ao poder. Nelson de Carvalho analisa as eleições internas do PS e o que o futuro poderá trazer ao partido mas também ao país e à Europa. O ex-presidente da autarquia de Abrantes deixa também fortes críticas ao actual governo e advoga a necessidade de combate ao poderio alemão

TEXTO&FOTOgRaFIa RICARDO ALVES

A campanha para as eleições primárias foi conturbada. Que leitura faz dos resultados?

Creio que o resultado foi importante. Poderia in-dicar que o partido sairia muito dividido mas as evi-dências do resultado são duas: o nível de participação muito alto, com muitos simpatizantes a votar, acima dos 70% - as eleições nacionais não ultrapassam os 60%. E depois o resultado do António Costa que foi de uma evidência cristalina, com mais de 70% dos votos o que não dá grande margem para o partido ficar dividido ou haver quezílias aqui e ali. O António Costa sai clara-mente como candidato a primeiro-ministro e como líder do partido. Agora é uma questão de formalismo para assumir a liderança.

Há várias figuras históricas que regressam, é uma arregimentar do partido?

Isso é uma coisa. Ele teve o apoio de alguns dos mais importantes históricos do partido, praticamente todos os líderes até hoje. Isso não significa que haja um regresso ao passado ou que o passado venha agora de novo querer comandar o que quer que seja. Creio que também aí o resultado é importante, o António Costa tem toda a margem de manobra para fazer como en-tender e seguir a sua orientação e estratégia sem condi-cionamento. O facto de ter convidado Ferro Rodrigues para líder parlamentar é uma preferência. Sempre ti-veram uma relação de grande proximidade. Quando o Ferro Rodrigues foi secretário-geral do PS o António Costa foi líder parlamentar e, portanto, há uma capaci-dade de entendimento muito boa entre eles. É evidente que muita gente estava à espera de ser um jovem ou uma mulher mas é isso que o António Costa tem de bom, este resultado dá-lhe uma autonomia muito gran-de para fazer como ele entende e este é um sinal disso.

E na questão da necessidade de convergên-cia de posições à esquerda, António Costa é a pessoa ideal para tal?

Tem um perfil de homem capaz de fazer concer-tação política e isso é muito importante não só para o partido mas também para o país. Precisamos dessas pessoas. Não estamos todos de acordo e os consensos são difíceis. Há é a negociação. Há é o chegar a uma plataforma. E nisso ele é de facto a pessoa adequada. A questão da concertação e negociação à esquerda, de uma frente e governo de esquerda é uma conversa com-pletamente diferente. Repare no discurso do PCP e do Jerónimo de Sousa no dia das primárias, o modo como se referiu às pessoas, quase insultuoso relativamente ao partido socialista e simpatizantes. É um sinal de que será muito difícil ou praticamente impossível. Talvez com pequenos movimentos, com o LIVRE, por exem-

plo, que é novo, muito mais aberto e flexível, pode haver entendimento pontual, mais do que com partidos cris-talizados como o PCP ou o Bloco de Esquerda - que está numa fase de grande transformação e declínio e com dificuldades internas. O entendimento com o PSD não é líquido e vai ser motivo de grande polémica. Mas creio que o António Costa vai pedir a maioria absoluta e se não for possível terá de encontrar outra plataforma. A personalidade é um património importante lhe vai ser muito útil, e ao partido e ao país.

Esteve ao lado de António Costa no comício em Abrantes que marcou a última etapa rumo às eleições primárias

Apoiou António Costa mas com algumas crí-ticas, qual foi a sua posição nas eleições?

Eu nunca fui nem nunca vou ser daqueles que di-zem ser apoiante incondicional. Acho que isso só existe nas ditaduras. Em democracia não há apoios incon-dicionais. No passado nunca fui sempre apoiante do António José Seguro e o António Costa surge natu-ralmente…

Mas não concordava com a visão de António Costa de que os resultados das europeias es-tiveram aquém das expectativas…

Posso não concordar com tudo, lá está, seguramente não o faço. Manifestei algumas dúvidas sobre o modo como foi lançada a candidatura do António Costa, dis-cordo razoavelmente da questão de serem grandes ou pequenas vitórias. Dou o exemplo do partido socialista espanhol (PSOE), com um governo de direita a go-vernar, com a maior taxa de desemprego, enorme aus-teridade, teve um resultado calamitoso. Aqui ganhou. É preciso perceber alguns fenómenos novos a surgir na europa, como a dispersão do eleitorado do centro à procura de pequenos partidos nas franjas, talvez em manifestação de protesto. E podemos ver até que ponto isso está reflectido em França com a extrema-direita. Portanto, não alinho demasiado nisso. Discordei de al-gumas das questões estatutárias, processuais, mas para mim foi inequívoco que o meu candidato era o António Costa. Não incondicional.

Teve uma carreira ligada à política durante largos anos, faz alguma leitura “humorísti-ca” ao facto de Passos Coelho ter ido ver um jogo de ping-pong na noite das primárias?

Não, sinceramente não. Acho que havia uma final, Portugal estava numa final e foi de bom tom estar pre-sente numa final…

Mas Passos Coelho raramente o fez e esco-lheu o dia das primárias…

É verdade. Escolheu uma ocasião para dizer que não se preocupava grandemente com o que se passa no PS mas também diz que não se preocupa grandemen-

“Este governo só pode cair por dentro, tem maioria parlamentar e apoio do Presidente da República. Do ponto de vista institucional tem aquilo que é necessário ter„

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ENTREVISTA 013OUTUBRO 2014

te com o que se passa na Tecnoforma e responde até com muita negligência e atraso, para desagrado até de muita gente do seu partido que gostaria de clarificação. O facto de estar numa final, acho que fez bem. Não se pode só aparecer nos grandes palcos, como no futebol. Era uma final, Portugal ganhou numa modalidade onde não tínhamos nenhum grande feito e a presença de um primeiro-ministro é sempre estimulante.

Nos últimos anos acreditou-se sempre que o governo iria cair, não só com a austerida-de, como com as manifestações e polémicas. Não era suficiente?

Este governo só pode cair por dentro, tem maioria parlamentar e apoio do presidente da república. Do ponto de vista institucional tem aquilo que é necessário ter. Ou a maioria se dissolve ou surge um caso que obri-ga o próprio PSD a fazer pressão para... Eu vejo muita gente muito incomodada, a exigir que Passos Coelho esclareça a questão e muito desagradada por não o ter feito. É minha crença pessoal que virá ainda muita coisa a lume. O facto de dizer que não recebeu ordenado e apenas despesas… bom, em muitos casos que conhe-cemos isso configura pagamentos para evitar o fisco e o primeiro-ministro não pode dar-se a essas coisas. Sobretudo no fisco. O país exige uma vida e um com-portamento correcto. O mal-estar na coligação é nítido.

A nível local, nas eleições para a federação distrital, venceu um apoiante de Seguro, An-tónio Gameiro. Qual a relação com o parti-do e um futuro governo socialista, sabendo tudo o que foi dito durante a campanha?

Sabe que nós temos uma memória selectiva. Selec-

ciona aquilo que é relevante e que interessa. Natural-mente as coisas vão-se acomodar com a aproximação das eleições. Tendencialmente essas divergências pas-sam a ser coisas do passado. A direcção da federação, creio, vai fazer o mesmo. Independentemente do com-portamento deste ou daquele. Não há nenhum dúvida sobre a liderança do António Costa, de que o PS quer ganhar as eleições. Como disse António Costa, “é o pri-meiro dos últimos dias deste governo” e creio que todos os socialistas estão sintonizados nisso. Sei que há muita gente que ficou descontente e magoada com este pro-cesso. Alguns militantes e até simpatizantes socialistas poderão ter alguma tendência para se absterem, mas o tempo vai amortecer isso e quando se chegar às eleições estaremos lá todos.

Qual a leitura que fez das eleições à federa-ção, com Maria do Céu Albuquerque, que foi eleita após a sua saída da autarquia?

Acho que a Maria do Céu Albuquerque fez o seu trabalho, que era importante fazer. Afirmar no distrito uma candidatura próxima do António Costa. Saben-do que pelo histórico do partido na região iria eleger o António Gameiro. Mas fixou muitos dos apoiantes do António Costa com um resultado na casa dos 40%. Eventualmente ficaram bases para o futuro…

O PS poderá ser governo numa fase crucial do financiamento europeu. Para si quais são as linhas mestras nessa fase?

Essa é questão que vale um milhão de dólares e so-bre a qual António Costac procurou ser muito conti-do. A circunstância é muito volátil… o FMI apareceu recentemente com um relatório a dizer à Europa que

deve avançar com o investimento em infra-estruturas públicas. Há cerca de um ano ou dois diziam exacta-mente o contrário: acabar com o investimento, poupar o mais possível, não fazer nada, uma política apenas or-çamental. Neste momento estão a reclamar uma polí-tica de investimento e incremento através da economia e infra-estruturas. Há uma volatilidade muito grande. Qualquer programa eleitoral que seja demasiado rígi-do arrisca-se a ver o tempo dar cabo dele, sobretudo porque estamos num contexto europeu que é determi-nante.

Que pode uma Europa fragmentada fazer?É muito importante que alguns países, entre os

quais Portugal, contestem a primazia da política ale-mã que tem marcado a política dos últimos anos com uma austeridade cega, Portugal pode juntar-se a Itália, Franca, Grécia e outros, e dizer à Alemanha que temos de mudar de políticas. É muito difícil mas não pode-mos lançar-nos sozinhos nessa aventura. Acho que é isso que o António Costa vai tentar fazer. Para além de o governo português ter tido uma política muito mais dura da que a Troika nos impunha foi sempre convictamente aliado da Alemanha de Angela Merkel. Durante um tempo pensei que a França poderia vir a liderar esse grupo de países, mas não teve força para isso mas creio que neste momento há um grupo de países e surgem estas questões do próprio FMI , técnicos da UE - a própria economia alemã está a começar a abrir espaços - e não são só os “malandros do Sul” que são os preguiçosos e não querem trabalhar. É pensável que haja uma reorientação da política europeia. Tudo tem que ver com a correlação de forças a nível mundial. O tempo o dirá.―

"o país exige uma vida e um comportamento correcto (ao Primeiro Ministro). o mal-estar na coligação é nítido."

Consultoria e FilosofiaÉ um dos históricos no Partido socialista no distrito e foi presidente da autarquia abrantina durante 16 anos. Após um hiato de participação na vida activa política, nélson de Carvalho regressou em 2013 sendo eleito presidente da Assembleia Municipal de Abrantes. Continua a ser um "militante convicto mas com uma acção obviamente limitada" e criou uma empresa de consultoria, a qual tem trabalhado com "iPsss, na economia social, e no acompanhamento a algumas empresas no sentido de introduzir acções de consultoria e formação".

o Clube de Filosofia é outra das actividades do também analista e comentador, um projecto que arrancou para nova temporada em outubro, local de conversas filosóficas e que todos estão convidados a participar. de 15 em 15 dias, o encontro centra-se na análise de palavras e conceitos da vida corrente e na abordagem a filósofos, "explicar porque foram importantes e ainda hoje muita gente fala neles", "podem ser gregos, contemporâneos ou medievais, mas que se unem numa linha comum: são tão importantes que ainda hoje se continua a discutir à volta do que eles disseram. nelson de Carvalho é licenciado em Filosofia.

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OS PASSOS DE SÍSIFO

Manifestações e epidemias OpInIãO LUIz OOSTERBEEk

Nas suas intervenções na 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, os Presidentes Dilma Roussef e Barack Oba-ma falaram de entendimento. A presidente brasileira destacou as questões do ambiente, da paz e da segurança, sublinhando que a necessidade de perceber a ur-gência da situação mundial e de construir uma coragem política sobre a base “da compreensão de que cada um de nós pode contri-buir com base nos princípios da equidade e das responsabilida-des comuns mas diferenciadas”. Obama destacou a importância do entendimento partilhado face aos grandes desafios do presen-te, como o terrorismo do estado islâmico.

Embora sem mencionarem

formalmente a proposta de Ano Internacional do Entendimento Global (IYGU), estes dirigentes percebem que a difusão no pla-neta de uma compreensão sobre como as questões locais e globais estão interligadas é fundamen-tal. Porém, esta compreensão, que explica a convergência ac-tual entre países como os EUA, a Rússia ou o Irão em questões de segurança internacional, não responde ainda ao conjunto de ansiedades de um mundo cada vez mais participativo, em que as pessoas descem à rua, não apenas nos países do hemisfé-rio norte mas, por exemplo, em Hong-Kong, no Rio de Janeiro ou em Mumbai. E essas pessoas, que por vezes descem à rua de forma violenta, encontrarem muitas convergências negativas (abandonar a Espanha, recusar o pagamento da divida exter-na, condenar o encerramento

de tribunais…) mas encontram muita dificuldade na construção de programas comuns para “fa-zer coisas novas”. Aí, por todo o lado, os raciocínios permane-cem locais, na ilusão de que a globalização é algo “lá fora”, e são poucas as vozes favoráveis á marcha da integração (portadora de paz), em comparação com as que buscam a segregação (mui-tas vezes com “boas razões”).

É neste mundo de conflitos crescentes que se vai abrindo espaço para as epidemias, sejam ideológicas sejam biológicas, como o vírus do Ébola, que che-gou aos EUA no dia em que es-crevo estas linhas.

Entender a globalização é, cada vez mais, perceber que num mundo de incerteza crescente, em que o caos e os vírus encon-tram poucas resistências, é fun-damental reorganizar estruturas

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CULTO 015OUTUBRO 2014

Palavras que eram rumos de progresso e de melhoria de vida há umas décadas são hoje, na era da incerteza, buracos negros que tudo consomem.

humanas de base territorial. A alternativa, tantas vezes inge-nuamente promovida, é o fim do Estado, e hoje tem nomes: Lí-bia, Iraque, Sudão do Sul, certos bairros da periferia das grandes metrópoles.

O que une manifestações es-pontâneas, vírus ou colapsos de estados muitas vezes autocráti-cos, neste planeta em convulsão, é a expansão da entropia. Pala-vras que eram rumos de progres-so e de melhoria de vida há umas décadas são hoje, na era da in-certeza, buracos negros que tudo consomem.

A boa notícia é que é possí-vel, recuperando a contribuição das ciências humanas (menos rigorosas mas mais adaptáveis e resilientes que as ciências sociais e naturais), encontrar quaro de referência para novas convergên-cias. O IYGU será isso.―

DOM RAMIRO

A pequena grande virtude de saber tão poucoOpInIãO CARLOS VICENTE

Quando precisamos de um poder, para podermos ser “maio-res” que nós próprios, estamos sem dúvida carentes de alguma coisa, e essa carência torna-nos ácidos com o outro ao nosso lado que é, dadas as condições, o elemento mais fra-co… arrogância nossa.

E, é nesta constância de exem-plos, a maior parte televisivos (ou não existem), que a realidade nos prova uma velha máxima, digam bem ou mal o dizer é torná-la uma potencial referência aos olhos dos outros. Assim, temos os “donos do mundo” que se confundem com os seus “donos de tudo”, até de nós, os outros, os que não aspiram a ser mais do que na realidade são e o mundo seria um lugar melhor.

Milhões seriam gastos na aju-da a quem menos pode… Milhões seriam gastos nas descobertas mé-dicas possíveis e em suas pesqui-sas… Milhões seriam gastos no aperfeiçoamento de um bem-estar necessário e obrigatório à qualida-de de vida do ser humano, parte do

todo e em prol duma procura de felicidade.

Viveríamos de uma manei-ra mais simples, menos egoísta e muito mais saborosa, pois o tempo amadurece..., também as menta-lidades, assim as religiões seriam “uma”, o deus?, “um bem-disposto” e tudo o resto, uma harmonia in-discutível… talvez o 1.618 da cons-trução do universo ou do que, de mais belo nele exista; a perfeição… que nos esforçamos por contrariar, de alterar os códigos e as estruturas, para o monumental desequilíbrio a que nos propomos.

Somos ou não o animal mais irracional existente? Afinal, se uns não sabem, porque não sabem. Outros sabendo-o, pecam pelo es-quecimento circunstancial e muito a propósito do ser em sociedade.

Às vezes dá-me para isto… tentar encontrar entre os outros o meu lugar e em roda dele… seja qual for a minha missão, nesta nave descontrolada para lá do fim.

Depois se o souber e se ele existir (o fim) tentarei contar-vos como é, para que esperem por ele, mais devagar. 1.618.―

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016 DESPORTONovoAlmourol

OUTUBRO 2014

ENTREVISTA NUNO LOPES

"Há mais união, mais objectivos, uma tentativa de crescimento" Presidente da União Desportiva Atalaiense (UDA) - Vila Nova da Barquinha - e capitão da sua equipa sénior é o exemplo da dedicação que muitos outros jovens e menos jovens empregam no clube que na época 2013-14 venceu a série A da segunda divisão distrital, precisamente em ano de celebração dos 50 anos do clube. A UDA mudou de treinador e mudou de estratégia. Quer crescer, mas com passos certos

TEXTO&FOTOgRaFIa RICARDO ALVES

O clube decidiu fazer uma apresentação di-ferente, com muita gente, com impacto, sig-nifica que há uma aposta forte nesta época? Se sim, qual é o objectivo da UDA?

Não é uma aposta forte nesta época a nível de resul-tados desportivos, é sem dúvida uma aposta, ao nível da estrutura do clube e do que se pretende para o futuro. Nos últimos cinco anos temos crescido, aumentado o número de equipas, a dinâmica, e aproximámos as pes-soas do clube. Este tipo de iniciativa prevê juntar os escalões todos, juntar os pais dos miúdos, juntar os di-rectores, os treinadores. Revela que há mais união, mais objectivos, uma tentativa de crescimento, e também uma tentativa de divulgar para fora, mostrar o trabalho que queremos desenvolver e temos vindo a desenvol-ver. Nos últimos anos nós faziamos as nossas coisinhas e aquilo ficava fechado ali no nosso núcleo na Atalaia, no campo. Desta forma conseguimos mostrar às pes-soas que o clube está vivo, que quer crescer e que tem iniciativa.

Essa confiança é uma capitalização do su-cesso da época passada em que tiveram ex-celentes resultados. Também acharam que seria uma boa altura para cimentar a base da Atalaiense?

Sim, também. Se pensarmos bem, ao nível de resul-tados os seniores ficaram em primeiro na primeira fase do campeonato distrital, as equipas de futebol jovem conseguiram resultados aceitáveis, alguns acima daquilo que estava previsto, até porque a equipa de futebol de iniciados pelo resultado que apresentou no ano passa-do foi convidada este ano para subir à primeira divisão, o que também foi aceite pelo clube. No fundo sim, é cimentar os resultados que tivemos e mostrar que esta-mos aqui para crescer.

Ao nível da equipa senior, este ano têm um novo treinador, já começou a nova época, como é que tu, que és Presidente e ao mesmo

tempo jogador, analisas esta nova etapa?UDA – Sem dúvida alguma que está a ser diferente,

por vários aspectos: nos últimos três anos e meio tive-mos um treinador que fez um bom trabalho e este ano, para além do novo treinador, metade da equipa é com-pletamente diferente. Analisando os treinos, a forma de estar do grupo, é tudo diferente. Neste momento, um mês depois da época ter começado, o grupo está forte, unido, está com o treinador e prevemos que seja uma época que corra bem, tranquila, sem objectivos já defi-nidos, até pela razão de ser uma equipa completamente renovada. Se calhar é muito mais fácil para nós daqui a um mês ou dois, mediante os resultados obtidos, ava-liarmos onde é que podemos chegar.

Em relação àquilo que aconteceu a época passada, estás na UDA há muito tempo, vi-ves o clube por dentro, o que é que sentiste quando viste as bancadas cheias?

Sem dúvida alguma que dá muito mais força. Se pensarmos que eu estou no clube desde o primeiro es-calão, desde os infantis, ou até antes dos infantis, não fo-ram muitos os momentos que eu vivi com uma bancada repleta e a ganhar um título. O último título que eu me lembro de ter ganho foi há dez anos, quando subimos à 1.ª Divisão Distrital. Se pensarmos no que aconteceu este ano - ainda hoje me arrepio ao pensar - sem dúvida que foi um trabalho que não foi só da época passada, foi um trabalho contínuo das últimas épocas e acho que foi um prémio merecido para um clube que, talvez com ou-tras condições, poderíamos sempre alcançar. Sabemos que há clubes a nível distrital com essa facilidade, pelos apoios que têm das autarquias ou pela localização geo-gráfica onde existem muito mais empresas para apoiar e é muito mais fácil ter um leque de jogadores que lhes permita chegar a esse ponto. Com as poucas condições que a UDA tem, a nível monetário e provavelmente até logístico, sem contar com as condições do parque des-portivo, foi uma vitória não só da equipa mas do clube e uma vitória que é justa para os sócios e para quem acompanha e trabalha com este clube.

Este este ano têm um aumento de apoios, conseguiram capitalizar a época passada e

“Nos últimos anos faziamos as nossas coisinhas que ficavam fechadas no nosso núcleo, no campo. Desta forma conseguimos mostrar às pessoas que o clube está vivo, que quer crescer e que tem iniciativa„

na udA há muitos anos, nuno acumula as funções de presidente e capitão de equipa

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DESPORTO 017OUTUBRO 2014

traduzi-la em mais apoios?A nível autárquico os apoios mantêm-se, nós sabe-

mos também que o país atravessa esta crise e que não é fácil para uma autarquia numa altura destas aumentar os apoios a uma associação, independentemente do su-cesso desportivo ou não dessa associação. No entanto, há muitas formas de apoiar, não são só monetárias, e eu estou convencido, e tenho presenciado isso, noutros aspectos em que é possível apoiar, as autarquias estão muito mais abertas à discussão e a estar ao nosso lado. Também é muito mais fácil estar ao lado de um clube que trabalha e tem actividade do que um clube que tem menos actividade. E partindo desse princípio as enti-dades que trabalham connosco - Câmara Municipal e Junta de Freguesia - estão connosco e existe neste mo-mento uma ligação muito mais directa à distância, de um telefone. Em caso de dificuldade nós entramos em contacto e eles tentam ajudar-nos e resolver os nossos problemas.

E a relação com patrocinadores?O resultado do ano passado do futebol sénior e o

trabalho que tem sido desenvolvido no futebol jovem, com crescimento, com o aumento do número de equi-pas ou com a qualidade do trabalho - ainda que tenha-mos muito que aprender e muito que fazer - foi uma rampa fundamental para os patrocinadores se aproxi-marem mais de nós, não tenho dúvidas nenhumas sobre isso. Tanto que o ano passado nós tivemos um patrocio-nador para as equipas todas, e a coisa não correu assim

muito bem, mas este ano arranjámos patrocinadores para todos os escalões, pessoas que vieram ter connosco também, não fomos só nós que procurámos, as pessoas também nos procuraram e com os quais fizemos uns protocolos de cooperação em que eles nos apoiam no nosso trabalho e nós como contrapartida fazemos fi-gurar nos equipamentos os seus logotipos. Mas a coisa

“(êxito da época) foi uma rampa fundamental para os patrocinadores se aproximarem mais de nós, não tenho dúvidas nenhumas sobre isso„

está organizada, é claro que não é o ideal mas já é muito melhor do que o que tinhamos nas épocas anteriores.

Qual é a matriz da UDA? O que é que faz da UDA um clube diferente?

Eu posso dar o exemplo que dei na apresentação: quando começámos com a equipa de infantis inicial-mente não foi bem aceite por algumas pessoas. Acha-ram que podia ser um projecto sem sucesso, até pelo local onde nós estamos e pelos que existem à nossa volta que absorvem a maior parte dos atletas jovens. Muitos diziam que o nosso projecto não tinha pernas para an-dar. O que é verdade é que vamos para a quinta época com o futebol jovem, já temos mais duas equipas, mais uma equipa de infantis, mais uma equipa de juvenis e o exemplo que eu estava a referir é que todos os atletas que começaram no escalão de infantis ainda estão no clube. Eu acho que isto quer dizer alguma coisa, quer dizer que esses atletas sentem-se bem, sentem-se em casa, sentem-se numa família, os pais preferem que os miúdos estejam aqui e que se desenvolvam como atle-tas e como homens do que irem para um clube onde a concorrência é muito maior e onde o espírito é mais fechado, onde os objectivos são os resultados, coisa que por nós neste momento ainda não passa. É claro que pensamos nos resultados, é claro que é bom ganhar, que ninguém gosta de perder como é claro, mas para nós é muito mais importante, nesta fase, a actividade, a manutenção da actividade e o crescimento da actividade do que propriamente o resultado, a vitória.―

VN BARQUINHA

UDA apresenta época 2014-15

TEXTO RICARDO ALVES

A União Desportiva Ata-laiense (UDA) apresentou no dia 27 de Setembro, no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, as equipas do clube para a época 2014-2015.

Numa sala praticamente cheia, o clube deu a conhecer ainda os equipamentos para a época, de cada uma das suas equipas, bem como os parcei-ros das mesmas - equipas de Futebol Jovem, Sénior e Vete-ranos.

Com muitos dos elementos

das equipas na plateia, a UDA deu mostras de vitalidade “ho-menageou” os parceiros, em-presas e entidades que fazem parte do projecto para época. Para um ano de trabalho que se espera de crescimento, o clube de Atalaia conta com o apoio da Câmara Municipal de VNB e da Junta de Freguesia de Ata-laia.

Nos equipamentos estarão as empresas Hobbyvida – En-troncamento; Ast Ambiente – Matosinhos; Farmácia Oliveira – Barquinha; Electro Perdigão – Riachos; Geoled – Torres Novas; Carlos Barros Cons-

truções – Atalaia; Escolinha do ABC – Atalaia, e contam-se ainda os apoios de White De-tails – Tomar ( Joma, marca de equipamentos); Manuel Fon-seca – Seguros Tranquilida-de – Barquinha; Quinta das 3 Ribeiras – Atalaia; Restaurante Stop – Atalaia; Refrigerantes Baía – Barquinha; Ecolezíria – Almeirim; Gourmet e Gla-mour – Barquinha; Restau-rante Pic Nic – Entroncamen-to; Café Remo – Barquinha; Transformers – Madeiras; Café Alto da Fonte – Barquinha; Tcel – Entroncamento; Laser Site – Entroncamento; Auto

Russo – Atalaia e Café Calyp-so – Atalaia.

Foi, de resto uma das tóni-cas da noite, o sentido de co-munidade e união sem os quais nada se poderia fazer.

A equipa de seniores da UDA, que compete no Cam-peonato distrital, II divisão série 2, apresentou o seguinte plantel: Diogo Chambel, Pita, Rafa, (Ex-Riachense), Nuno Lopes, Ricardo Ruivo, João Santos, André Valente (Ex--Goleganense), Banana (Ex--Chamusca), João Lourenço (Ex-Assentis), Diogo Marçal (Ex-Riachense), João Tapadas

(Ex-U.Tomar), Ribeiro (Ex--Meiaviense), Cadete, Telmo Ventura, Fábio, Alcarraio (Ex--Lobos Do Carvalhal), Barrela (Ex-Meiaviense), Paulo, Casca, David Marques (Ex-Gavio-nense), Diogo Cartaxo (Ex-U.Tomar), Abalada, Bruno Belfo, Ricardo Bernardo, Marco Leal e Mário.

A equipa técnica é com-posta pelo técnico António Canhoto (Meszaros), a fisio-terapeuta Ana Luísa e o psi-cólogo António Evaristo. Os dirigentes da equipa sénior são Alexandre Vaqueiro, Multaga Sany e Manuel Fonseca.―

na época passada foi assim

elementos da udA compareceram em força, num evento em que estiveram

os presidentes da Câmara de Vn Barquinha e da Freguesia de Atalaia

Page 18: Jornal novo almourol ed 401 out

018 FIGURANovoAlmourol

OUTUBRO 2014

VILA NOVA DA BARQUINHA

Exercícios Espirituais

TEXTO NAFOTOgRaFIa RICARDO ALVES

Foram desenvolvidas séries de obras sobre o tema Con-fidencial/Desclassificado que o artista tem trabalhado desde 2007 e sobre o qual já expôs: Confidencial / Desqualificado I: inventário (Museu de Arte Contemporânea de Elvas), Confidencial / Desqualificado II: ração de combate (Funda-ção EDP, Museu da Eletrici-dade, Lisboa), Confidencial / Desqualificado III: emboscada (Galeria Lisboa 20).

Esta quarta exposição

Confidencial / Desqualifica-do: Missa Campal inspira-se em cenários da guerra colonial portuguesa, através de fotos dos álbuns de soldados portugueses em África e de uma coleção de miniaturas de guiões/ estandar-tes militares.

Estará patente na Galeria do Parque de Escultura Con-temporânea de Almourol e no Museu da Cidade, em simultâ-neo, sendo uma exposição com dois espaços físicos distintos mas sobre o mesmo tema e ca-tálogo.

Manuel Botelho é arquite-to e artista plástico português, nascido em 1950, em Lisboa.―

Exposição está já patente na Galeria do Parque em vila nova da Barquinha com a curiosidade de partilhar um outro espaço em simultâneo no Museu da Cidade, em Lisboa, e mostra os mais recentes desenvolvimentos do trabalho de Manuel Botelho

Técnica de Manuel Botelho confunde visitantes pela escala a que fotografa

exposição partilha dois espaços físicos, em Vila nova da Barquinha e Lisboa

Page 19: Jornal novo almourol ed 401 out

noVoALMouroL.wordPress.CoM

CULTURA 19OUTUBRO 2014

em 2010 a organização Mun-dial do Trabalho numa reunião em Turim referia: “O trabalho digno ou "trabalho decente" pode ser definido como o trabalho produtivo, exercido por mulheres e homens em condições de liberdade, equi-dade, segurança e dignidade humana.” ouvi pela rádio que, em Portugal, há patrões que exigem às suas trabalhadoras a assinatura de um compro-misso de não engravidarem. A quebra de tal compromisso por parte destas colaboradoras (modo eufemístico de descarte social das responsabilida-des sobre os empregados…) acarreta consequências para as “prevaricadoras”, no despe-dimento por não renovação contratual. está é pois, uma forma de chantagem básica. Há em Portugal uma entidade cuja missão, entre outras, é a de “Emissão de parecer prévio ao despedimento de trabalha-doras grávidas, puérperas e lactantes, ou de trabalhador ou trabalhadora no gozo de licença parental;”, como se poderá consultar em http://www.cite.gov.pt/pt/acite/oquefazemos.html. Parece não ter dados objectivos que nos elucidem sobre esta situação. A comissão nacional encarregue de estudar o caso da natalidade, segundo a entrevista de natália Faria ao seu Coordenador, Joaquim de Azevedo (que se poderá ler integralmente em http://www.publico.pt/sociedade/noticia/portugal-para-poder-ser-um--pais-com-mais-criancastam-bem-precisa-de-renascervai--ser-preciso-reordenar-muitas--coisas-na-sociedadese--queremos-um-pais-com-mais--criancas-1630720?page=-1), já produziu trabalho entregue ao executivo de Passos Coelho. A denúncia é um facto (o Coor-denador sem identificar nem localizar, afirma na entrevista que “…a maioria das empresas não é amiga da natalidade…”). A descrença dos trabalhadores sobre o papel da fiscalização, nomeadamente relacionada com a justiça regista-se como outro facto. os sistemas, tanto social como da justiça, não dão garantias para que apareçam denúncias públicas, com rosto,

Roteiro do Tejo: dos territórios, das pessoas e das organizações

31. Género, emprego, natalidade e desenvolvimento

Luís Mota FigueiraProfessor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar

sobre alegadas situações deste tipo de compromisso. negar aos casais o direito natural à natalidade é, todavia, violentar a Vida. o que mais me espan-ta é o facto de haver pronta resposta de vários sectores empresariais que condenando essas práticas, contudo, não re-conhecem haver esse problema nas organizações que repre-sentam, porque, argumentam, não há casos objectivos de

Os sistemas, tanto social como da justiça, não dão garantias para que apareçam denúncias públicas, com rosto, sobre alegadas situações deste tipo de compromisso. Negar aos casais o direito natural à natalidade é, todavia, violentar a Vida.

"Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender. " Constituição da República Portuguesa, n.º 1 Artigo 66

denúncia. Pudera! o silêncio das autoridades responsáveis parece significativo. A opinião do coordenador do estudo é também elucidativa desta dificuldade. num mercado de emprego tão desregulado e num país que precisa de rejuvenescer o seu tecido social muitas mulheres sabem que, ao engravidarem, colocam em risco o seu emprego e, por extensão, a sua família e a sua realização social. Até quando? riachos, 29 de setembro

Luís Mota Figueira escreve segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico

Novo grupo de teatro amador A vila de Riachos, Torres Novas, ligada ao teatro desde longa data, viu nascer, no passado dia 19 de Setembro, o grupo amador de teatro TER-Teatro Experimental de Riachos. O grupo nasceu de um protocolo com o Riachense-Cooperativa Editora de Promoção Cultural, C.R.L., e o grupo TER ficou a fazer parte integrante desta colectividade de referência cultural, da vila Ribatejana, após várias tentativas para a reactivação do “GRUTAR”, grupo de teatro que existiu em Riachos entre 1978 e 1996.―

Diogo Infante "dá" sermãoO actor Diogo Infante vai estar na escola secundária Dr. Manuel Fernandes, em Abrantes, no próximo dia 24 de outubro para recriar o recital do “Sermão de Sto. António aos Peixes”, um original do Padre António Vieira. É dirigido a todos os alunos do 9º ano e do secundário das escolas Dr. Manuel Fernandes e Octávio Duarte Ferreira, e Diogo Infante sublinha a ironia retórica da obra, transformando o pregador seiscentista num homem contemporâneo, num tipo de leitura que facilita a sua compreensão.―

ABrAnTes rIACHos

Vestidos de Chita, um êxitoO Clube União de Recreios de Moita do Norte recuperou a tradição do Concurso de Vestidos de Chita, um dos eventos mais emblemáticos daquela associação. Parte da memória colectiva de Moita do Norte, o concurso realizou-se mais uma vez no dia 13 de setembro de 2014. Os desfiles de indumentárias coloridas marcaram uma noite animada.―

ABRANTESV Jornadas Internacionais do Museu de Arqueologia e Arte de Abrantes TEXTO ANDRÉ LOPES

A 5ª edição das Jornadas Internacionais do Museu Internacional de Arqueologia e Arte (MIAA) vai decorrer nos dias 17 e 18 de outubro no castelo de Abrantes. A exposição “8000 anos a trans-formar o barro. Cerâmicas do MIAA”, patente na Igreja de Santa Maria do Castelo, vai ter visitas guiadas no dia 17, às 14h30 e 18h, e haverá ain-da um ateliê de cerâmica e um caça ao tesouro no interior do castelo, a partir das 15h30. No dia 18 de outubro, a jornada de estudo começa pelas 9h30 com a sessão de abertura e o primeiro painel com Ana Cruz e Ana Graça (Instituto Politécnico de Tomar/Centro de Pré-História) subordina-do ao tema “Os Novos Tem-pos Holocénicos: Invenção, Criatividade, Técnica - Uma Trilogia Única no Ser Hu-mano”. Às 11h20, Filomena Gaspar abordará “A cerâmica da Época Moderna do Cen-tro Histórico de Abrantes” e o

resultado da segunda campa-nha de escavações no Castelo de Abrantes será apresentado por Gustavo Portocarrero, Davide Delfino, Filomena Gaspar, Álvaro Baptista, Ana Cruz, Ana Graça.

No segundo painel, a ter início pelas 14h30, será apre-sentado o livro “Identidade e Diversidade Cultural: Etnia e Gênero”, editado pela Uni-versidade Federal do Piauí e depois de Isabel dos Santos abordar o tema “Primeiro ano de trabalhos de Conser-vação e Restauro dos acervos dos núcleos museológicos do Município de Abrantes” ha-verá uma visita aos restauros na Igreja de Santa Maria do Castelo. É nesta Igreja que

está patente, até 31 de outu-bro, a exposição “8000 anos a transformar o barro. Cerâ-micas do MIAA”, que dá a conhecer o dia-a-dia da nossa civilização recorrendo à cerâ-mica, num período que vai da Pré-história até à Idade Mo-derna.

O MIAA está a preparar a exposição “Do Ocidente ao Oriente: 5 mil anos de glo-balização do Médio Tejo nas coleções no MIAA”, que será constituída por 16 painéis e uma vitrina onde serão co-locados 13 objetos do acervo do MIAA. O objetivo é que esta exposição percorra todos os municípios da Comunida-de Intermunicipal do Medio Tejo.―

MoITA do norTe

Page 20: Jornal novo almourol ed 401 out

020 CULTURANovoAlmourol

OUTUBRO 2014

APHELEIAPortugal coordena estratégia para a gestão do território na Europa

TEXTO IPT

O projecto parte de um balanço negativo dos re-sultados concretos das últi-mas décadas de políticas de desenvolvimento sustentável, e defende um novo quadro de referência, que assume as ne-cessidades humanas e a diver-sidade cultural como o núcleo de um novo paradigma de de-senvolvimento. Nesse âmbito, propõe que o foco dos esforços das instituições e dos países se coloque em projectos concretos e tangíveis, que possam cons-tituir boas práticas, e não em metas únicas e irrealistas. Pro-põe ainda que esses projectos se apoiem numa aliança entre ensino superior, poder local, empresas e ONGs.

Através da formação e de acções aplicadas, trata-se de promover a consciência da ne-cessidade de uma sustentabili-dade global e local, que tenha em conta as dificuldades glo-bais e as ansiedades individuais, de forma integrada e valori-zando a diversidade cultural de pontos de vista e a importância do crescimento sustentável.

A parceria irá desenvolver acções aplicadas no terri-tório, onde se formarão 120 quadros envolvidos em cursos intensivos de especialização

pós-graduada. Muito impor-tante será a realização, até 2017, de um léxico da sustentabilida-de em diversas línguas.

Esta é uma parceria ambi-ciosa, que se articula com gran-des plataformas internacionais, como o projecto de Ano In-ternacional das Nações Unidas para o Entendimento Global ou a Conferência Internacio-

A Comissão Europeia aprovou uma nova parceria estratégica, coordenada pelo Instituto Politécnico de Tomar, para o desenvolvimento de acções de Gestão Cultural Integrada do Território que reúne 17 parceiros de 7 países (Portugal, Alemanha, França, Lituânia, Itália, Rep. Checa e Espanha)

Trata-se de promover a consciência da necessidade de uma sustentabilida-de global e local, que tenha em conta as dificuldades globais e as ansiedades individuais

nal das Ciências Humanas que terá lugar em 2017, que envol-vem mais de cem países. Dois mestrados e um doutoramento Erasmus Mundus, envolvendo o Instituto Politécnico de To-mar, reforçam o alcance desta parceria. Da parceria fazem parte o ensino superior, o po-der local e empresas, e diver-sas especialidades académicas

(geografia, arqueologia, an-tropologia, economia, direito, sociologia, comunicação, enge-nharias, arquitectura, urbanis-mo,…).

Com coordenação geral de Luiz Oosterbeek, Benno Werlen e Renaldas Gudauskas, a parceria, intitulada APHE-LEIA (o espírito da simplici-dade na Grécia antiga), tem na sua base a colaboração estreita em Portugal entre o IPT, a Comunidade Internacional do Médio Tejo (que será o terri-tório europeu prioritário para a formação de quadros em contexto aplicado), o Institu-to Terra e Memória (que de-senvolveu o modelo de gestão territorial cultural integrada, já em aplicação em diversos países da Europa, África e América do Sul), o município de Mação (onde ficará a sede do Centro de Acções de Referência do IYGU para a Europa ociden-tal) e o Centro de Geociências da Universidade de Coimbra (o único que em Portugal integra as ciências naturais e as ciências humanas).

Na aprovação do projecto, a Comissão Europeia destacou o consórcio e a metodologia do projecto, bem como a sua contribuição para a agenda Europeia de modernização, em especial por integrar a for-mação teórica com a aplicação

Como prometido deixo aqui um pequeno relato da minha primeira experiência no festival Bons sons. Cheguei ao final da tarde de quinta-feira, estava a tocar o senhor Peixe com dois parceiros igualmente geniais, um deles não parou de fazer pre-cursão durante todo o festival. Cruzei-me com ele várias vezes, sempre a mandar ritmo, fazia-se acompanhar de uma mochila de onde se ouviam instrumen-tos a chocalhar. Percussionista ambulante, estava em todos os concertos, estava no campismo

onde dormi bons sonos. uma das personagens com mais energia e mais encanto naqueles dias, a cereja em cima do bolo registou-se nos momentos finais da festa quando subiu ao palco para tocar com o grande sérgio Godinho.

encontrei uma comunidade muito peculiar, que me deu uma lição cívica e me inspirou. Toquei no palco acústico todos os dias e achei esta ideia especialmente importante. uma das vertentes que este festival pode explorar é a vontade que a grande maioria dos músicos que se deslocaram até ali mostraram para experi-mentar e partilhar. o Bons sons podia promover laboratórios de Música durante os dias do festival. senti uma curiosidade permanente em mim e em todos os músicos que fui encontrando pela aldeia. notei maior inte-resse na música portuguesa de tradição, respectivos instrumen-tos e nas novas interpretações. Gostei de assistir a novos pro-jectos que ainda só conhecia da rádio como os Capitães da Areia. Adorei o concerto do JP simões e os seus apontamentos. Fiquei impressionado com o concerto dos Galandum Galundaina, Aduf, Gaiteiros de Lisboa, Campaniça Trio, e mais um ou outro que não me recordo. Alimentei com satis-fação a minha ligação directa à electricidade com os brilhantes Memória de Peixe, Torto, nor-berto Lobo e João Lobo e ainda me diverti com as amigas Anar-chicks. depois daqueles dias a absorver Cem soldos tenho a dizer que fiquei deslumbrado, um ambiente muito tranquilo, boas vibrações. não dei conta de qualquer tipo de confusão. Gos-tei especialmente da aparente curiosidade da geração que “só vive uma vez“. Acima de tudo fiquei orgulhoso por conhecer uma comunidade que está a fazer um excelente trabalho pela sua terra e pela Música Portu-guesa. estão de parabéns pela aposta na inteligente visão do incansável Luís Ferreira, director artístico do Festival Bons sons. Muito obrigado a todos, até à próxima!.―

Depois daqueles dias a absorver Cem Soldos tenho a dizer que fiquei deslumbrado, um ambiente muito tranquilo, boas vibrações. Não dei conta de qualquer tipo de confusão. Gostei especialmente da aparente curiosidade da geração que “só vive uma vez“

Humberto Felício

Músico e Produtor

Crónica Musical

Bons Sonos

esforço dos países e instituições deve colocar-se em projectos concretos e tangíveis

Page 21: Jornal novo almourol ed 401 out

noVoALMouroL.wordPress.CoM

CULTURA 021OUTUBRO 2014

CONCERTOS

Dois dias de luxo com Samuel Uria e Dead ComboTEXTO RICARDO ALVES

Para ambos é um regresso à região. Samuel Uria en-cantou em Cem Soldos, Tomar, durante o Festival Bons Sons no Verão e o duo de cordas Dead Combo regressa depois de em Maio ter estado em Abrantes.

Samuel Uria, apresenta nes-te concerto, no dia 24 de Outu-bro, no Cine-Teatro São Pedro em Abrantes, o seu álbum de originais "O Grande Medo do Pequeno Mundo", um disco que conta com diversos con-vidados como: Márcia, com a qual Samuel faz um dueto em

“Eu Seguro”, Manel Cruz, dos Ornatos Violeta e dos Superna-da, e Miguel Araújo, dos Azei-tonas, entre outros.

Já os Dead Combo, actuam no Teatro Virgínia, em Torres Novas, no dia seguinte, 25 de Outubro e desde a passagem

por Abrantes, cimentaram o seu lugar no panorama musi-cal português numa tournée de promoção ao álbum “A Bunch of Meninos” que culminará com os concertos do final do ano (Dezembro) no Coliseu de Lisboa, no Coliseu Micaelense, em S. Miguel nos Açores e no

Teatro Rivoli no Porto.Os Dead Combo celebra-

ram dez anos de carreira em 2013 e o sucesso de “A Bunch of Menino” foi a cereja no topo do bolo de Tó Trips e Pedro Gonçalves, os dois músicos

que criam ambientes únicos em palco e cuja música galgou fronteiras.

Samuel Uria actua às 21h30 de sexta-feira e os Dead Com-bo sobem ao palco no sábado também às 21h30.―

samuel uria em Cem soldos... ...e o palco dos dead Combo em Abrantes. Ambos regressam ao Médio Tejo

TEATROEste ano não há "Palcos de Outono"

TEXTO RICARDO ALVES

A Companhia de Teatro Poucaterra (CTP) anunciou no dia 30 de Setembro, em co-municado, que não se irá rea-lizar a VIII edição do Festival Nacional de Teatro Palcos de Outono, “ao contrário do que ficou prometido no encerra-mento da edição de 2013”.

A companhia de Entronca-mento afirma que é “totalmente alheia” aos motivos da não rea-lização admitindo “não conse-guiu reunir condições para que, mesmo sem o apoio da Câmara Municipal do Entroncamen-to (CME), pudesse realizar o evento”

O evento, “considerado dos mais importantes e prestigiados no concelho e visto entre os 10 melhores festivais nacionais de teatro do país”, segundo dados da companhia “lotava salas com 250 espectadores por ses-

são, recebendo públicos pre-dominantemente da cidade e também oriundos de concelhos tais como Abrantes, Almeirim, Chamusca, Ourém, Santarém, Torres Novas e Tomar.”

A CTP, entre críticas à postura da CME, lamenta não poder cumprir “a promessa efectuada no encerramento da última edição, em que o seu director (Rafael Vergamota) assegurou que o Palcos de Ou-tono de 2014 seria dedicado à comédia, conforme solicitado pela maioria dos seus especta-dores", lê-se.

A questão, segundo a CTP, prende-se com a inexistên-cia de um espaço para acolher o evento, sendo que o “Cine Teatro São João não está, nesta altura, pronto para poder rece-ber a VIII edição do Palcos de Outono e, por consequência, a sala do Pavilhão Municipal do Entroncamento ficou ocupada com outras actividades.”

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022 AGENDANovoAlmourol

OUTUBRO 2014

Crónica de Enologia

AdiafaEng. Teresa NicolauEnóloga

As vindimas, um pouco por todo o País, já es-tão na sua fase final ou mesmo terminadas. o vinho novo já enche os depósitos e os aro-mas difundem-se na adega. o terminar da vindima é sinónimo de festa para o grupo das pessoas que desde o campo até à vinificação ajudaram na conceção dos novos néctares da colheita de 2014. o grupo de trabalho promove a festa da Adiafa. o dia em que se festeja e gratifica no convívio de todos o trabalho que todos tiveram durante todo o ano. A adiafa é diferen-te consoante a zona do país, no norte do nosso país esta é envolta de melodias de concertina convidando grupos de cantares populares que começam as suas cantorias pela manhã, enquanto se prepara o almoço e anima o dia até ao pôr-do-sol. Mais a sul, a adiafa começa

VINHOSConcurso "Gourmet" leva Vinhos do Tejo a todo o paísTEXTO NA

Desde 4 de Outubro e até ao próximo dia 19, os Vinhos do Tejo vão estar em destaque em 27 restaurantes, situados ao longo de 15 concelhos. O concurso “Tejo Gourmet” pretende que o público aprecie as combinações gastronómicas que os res-taurantes façam com os vinhos desta região.

O desafio foi lança-do pela Comissão Vi-tivinícola Regional do Tejo (CVR) e em cinco anos esta é a primeira vez que a competição ga-nha dimensão nacional e percorre os distritos de Santarém, Lisboa, Setú-bal, Leiria, Évora, Faro e Braga. O objectivo é que os restaurantes de todo o

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pela manhã com o cozer do pão em forno de lenha e o almoço passa por um cozido à portuguesa, para todos envoltos de ambiente de festa e animação. A vindima mecânica tirou um pouco da beleza da adiafa pois diminui o

número de pessoas que faz parte desta grande festa, no entanto qual-quer que seja a zona do país é sinónimo de uma grande festa. durante este dia especula-se sobre o vinho novo. ouvem-se comentários. Tenta-

-se saber mais do que se viu. o segredo será guardado até à aber-tura de um pequeno depósito, guardado para o s.Martinho, dia em que, reza o ditado, “pelo s.Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho”. no entanto, quem de direito não se manifesta, mantendo o segredo e aumentando a curiosidade. os mais atrevidos pro-vocam o patrão, para que deixe provar qual-quer coisa, no entanto, sem proveito… os vinhos têm de ser man-tidos agora em segre-do, o trabalho que os envolve nesta fase em que já fermentaram é de grande responsabili-dade e secretismo. Aqui se vai conjugar a sa-bedoria do saber fazer com o saber técnico, que tudo dita para que um vinho que nasceu bem, comece a crescer melhor, tornando-se um “senhor” quando for para a garrafa.―

O terminar da vindima é sinónimo de festa para o grupo das pessoas que desde o campo até à vinificação ajudaram na conceção dos novos néctares.

país conheçam os Vinhos e, depois, os dêem a co-nhecer aos seus clientes.

O júri do concurso é constituído por 4 pessoas com capacidades técnicas para avaliação dos pra-tos e da relação com os vinhos, Enólogo Mário Louro, presidente do júri, o Chef Igor Martinho, Fernando Melo, jornalista ligado ao sector, e um re-presentante da CVR.

Os diplomassem com-petição são: Prestígio/O melhor restaurante’, ‘O

melhor tradicional’, ‘O melhor Gourmet’, ‘O me-lhor popular’, Diploma de ouro e de prata, e ainda as distinções especiais para a ‘Melhor promoção’, ‘Me-lhor carta Vinhos do Tejo’ e ‘Revelação’.

Para ficar a saber os restaurantes aderentes pode consulatr a página online da CVR - www.cvrtejo.pt. Os resultados do Tejo Gourmet serão divulgados numa Gala de entrega de prémios a rea-lizar no início de 2015.―

em cinco anos é a primeira vez que o concurso ganha

dimensão nacional

VINHOSObjectivo: 1 milhãoTEXTO NA

A Comissão Vitiviní-cola Regional Tejo quer atingir o milhão de garrafas exportadas para a China, país que, em 2013, foi o terceiro maior mer-cado para a região (mais de 500.000 litros).

Em Setembro uma delegação de 17 empre-

sários chineses ligados à importação e comércio de vinhos, a maior de sempre deste país em visita à re-gião vitivinícola do Tejo, conheceu de perto a pro-dução e reuniu-se com 15 produtores da região

De acordo com dados da CVR Tejo, entre 2008 e 2013 a exportação da região cresceu 78%, sendo que em 2013 as exporta-

ções de Vinhos do Tejo para o mercado interna-cional (União Europeia e países terceiros) ultra-passou os 14 milhões de garrafas.

Os três maiores mer-cados da região foram, em 2013, Angola, Suécia e China, com os Estados Unidos, Polónia e Brasil, a serem os melhores mer-cados.

Page 23: Jornal novo almourol ed 401 out

Outubro Dead Combo "A Bunch of Meninos"25 de Outubro, Teatro Virgínia, Torres Novas21h30 - 12,5€

MúsICA TeATro/dAnçA sABer CIneMA PATrIMónIo eTnoGrAFIA Ar LIVre GAsTronoMIA LITerATurA eXPosIção

noVoALMouroL.wordPress.CoM

CARDÁPIO CULTURAL 023OUTUBRO 2014

“Confidencial/Desclassificado: MISSA CAMPAL”

Fotografia de Manuel Botelho

Até 31 de Janeiro Galeria do Parque,

Vila Nova da Barquinha -

Cinema 15, 22 e 29 Outubro

Cineteatro São PedroAbrantes 21h30

15 de Outubro – “O Ladrão de Pêssegos” de Vulo Radev

22 de Outubro – “Omar” de Hany Abu-Assad

29 de Outubro - “Eroica” de Andrzej Munk

-

V Jornadas Internacionais

do MIAA Conferências e visitas guiadas à exposição

“8000 anos a transformar

o barro. Cerâmicas do MIAA”17 e 18 de Outubro

Castelo de Abrantes –

“O meu vizinho

é um cão” e “Coração

de mãe”exposição

de ilustrações da Editora

Planeta Tangerina

Até 1 de Novembro Biblioteca Municipal

António BottoAbrantes

-

“Imperfeições Poéticas” Exposição de pintura

de Joana LopesAté 31 de Outubro

Biblioteca Municipal José Cardoso Pires,

Vila de Rei -

1º Festival de Teatro da ARPO

18 e 25 de Outubro Sede da ARPO

Ourém -

IV Encontro de Folclore Infantil

19 de Outubro Sede do Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tancos”

TancosVN Barquinha

15h30 -

Feira Nova, Santa Iria Diversões, exposições

e tasquinhas 25 a 30 de Outubro

Parque da cidade e Centro de Negócios

de Ourém–

Sabores do Tejo Peixe do rio, migas e caça

18 a 31 de Outubro Restaurantes aderentes

do concelho de Abrantes

“Ela também canta” com Nuno Vieira

de Almeida e Vera Mantero

18 de Outubro Teatro Virgínia Torres Novas

21h30Dança7,5€

-

Feira de Santa Iria

Procissão, feira das pas-

sas, mostra de produtos locais

e animação 17 a 26 de Outubro

Várzea GrandeTomar

-

Teatro de Revista

“Mary Poppins, a mulher que

salvou o mundo” 17 de Outubro

Cineteatro São Pedro, Abrantes,

21h30 10€

-

Samuel Úria Apresentação

do disco “O grande medo

do pequeno mundo”

24 de OutubroCineteatro São Pedro,

Abrantes 21h30 10 €

-

“Heritage Continuity”

Exposição de arquitectura Victor Mestre e Sofia Aleixo

Até 31 de Outubro QuARTel

Galeria Municipal de Arte de Abrantes

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Cinema 18 de Outubro

Centro Cultural Gil VicenteSardoal

16h e 21h30 “Godzilla”

-

“Montras com livros e

Hans Christian Andersen”

Até 7 de Novembro Montras de lojas

em Caxarias, Fátima, Freixianda e Ourém

-“Janelas Aladas”pintura

de Cristina Marques Garcia

Até 23 de Janeiro Casa Manuel Guimarães

Tomar -

“Viver.Senior 8 anos

a promover oportunidades”

Trabalhos de idosos do

concelho de Abrantes

Até 1 de Novembro Biblioteca António Botto,

Abrantes -

Page 24: Jornal novo almourol ed 401 out

"(...) o que serve para a vida de cada um é também o que assegura a paz e o desenvolvimento de uma sociedade"

024 POR AGORA É TUDO OUTUBRO 2014

o que é perigoso nos momentos de crise prolongada é a acumu-lação de dificuldades que, em conjunto, induzem o desânimo. são muitas vezes pequenas coisas (um cheiro que incomoda quem circula nas ruas, a carga burocrática que rouba o tempo aos profissionais para desenvol-verem as suas competências, consumindo-os em medíocres sessões contínuas de reuniões e formulários, a má educação de um “chefe”), são outras vezes coisas maiores (um sistema de justiça que falha, um banco que se afunda, um início de ano lecti-vo que gera ansiedade).

Editorial

Confiança

Luiz Oosterbeek Director

Passe de proximidadeA partir do ano lectivo 2014/2015 os alunos que necessitem de se des-locar para a Escola de Vila Nova da Barquinha dispõem de um novo título de transporte destinado a alunos que residam a menos de quatro quilómetros da escola e não usufruam de qualquer compartici-pação na sua deslocação. O passe pode ser adquirido nas bilheteiras da Rodoviária do Tejo O custo do cartão é de sete euros e o carre-gamento mensal de 15. Para mais informações pode ligar para os nú-meros 249 810 708 / 968 519 915.

Expansão da Zona Industrial A Assembleia Municipal (AM) de Abrantes deu luz verde ao executivo liderado por Maria do Céu Albuquerque para ad-quirir um terreno por um mi-lhão de euros, que permita o alargamento da zona industrial sul, em Alferrarede. A aquisi-ção das três parcelas de terreno - 20 hectares - foi aprovada por maioria. A presidente da autar-quia justificou o investimento com a necessidade de expandir a zona industrial e possibilitar a instalação de novas empresas.

Vn BArQuInHAABrAnTes

Refeições escolares A Câmara Municipal de Mação deliberou reduzir os valores das re-feições escolares dos jardins-de-in-fância e do 1.º ciclo em 50% rela-tivamente aos preços praticados ao longo dos últimos anos. Os alunos contemplados com o 1.º escalão de subsídio escolar vão ter a refeição gratuita, os do 2.º escalão pagam 36 cêntimos e os do 3.º escalão e seguintes pagam 73 cêntimos. A proposta já tinha sido assumida no plano de actividades da autarquia, um incremento no apoio às famí-lias com crianças a seu encargo.

MAçÂo

Título Jornal Novo Almourol propriedade CIAAR - Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Director Luiz Oosterbeek Sub-Directora Cidália Delgado Editor Ricardo Alves Chefe de Redacção André Lopes Redacção Maria de Lurdes Gil Jesuvino, Paulo Varino, Rafael Ferreira, Patrícia Bica, Núcleo de Comunicação ESTA, Margarida Serôdio Opinião António Luís Roldão, Alves Jana, Augusto Mateus, António Carraço, Teresa Nicolau, João Gil, Luís Mota Figueira, Luís Ferreira, João Geraldes Marques, Joaquim Graça, Bruno Neto, Humberto Felício, Tiago Guedes, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro, Rita Inácio Edição gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Flávio Queirós, Ricardo Alves, Ricardo Escada paginação Ricardo Alves publicidade Novo Almourol Departamento Comercial 249 711 209 - [email protected] Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redacção e administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Email [email protected] / [email protected]

Novo Almourol

José A. Lopes de saídaJosé Alfredo Lopes abandonou no dia 7 de Outubro o cargo de Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal do Entron-camento, Jorge Faria, tendo sido exonerado e regressando à Escola de Vila Nova da Barquinha no dia 8. Nas redes sociais, em curta de-claração, José A. Lopes contou que não saiu de iniciativa própria e Jor-ge Faria ao “Entroncamentonli-ne”, falou de uma “saída acordada”. Nas redes sociais multiplicaram-se os elogios ao ex-chefe de gabine-te que esteve 11 meses no cargo.

enTronCAMenTo

GASTRONOMIA

Feira Nacional de Doçaria Tradicional em Abrantes

Na sua 13.ª edição, a Feira Nacional de Doçaria Tradicional leva ao Mercado Criativo, no Centro Histórico de Abrantes, licores, mel, compotas e doces representantes de várias regiões do país nos próximos dias 24, 25 e 26 de Outubro.

TEXTO NOVO ALMOUROL

O sucesso e notoriedade alcançados na edição de 2013 abrem perspectivas de mais um sucesso numa organização con-junta da TAGUS – Associação para o Desenvolvimento In-tegrado do Ribatejo Interior e Município de Abrantes.

Destaque para a 4.ª edição do Mercado de Doces Tradi-

cionais, na manhã de dia 18 de Outubro, na Praça Barão da Batalha, o ABT Night Runners, para caminhar ou correr às 21h, de dia 23 de Outubro. e o pas-seio em BTT “Na Rota da Palha de Abrantes” , na sua 3ª edição ,na manhã de dia 26 de Outu-bro. As inscrições para o passeio de BTTpodem ser efectuadas enviando um email para o en-dereço electrónico [email protected], dos Branquinhos do Pedal, parceiros

deste trilho em duas rodas, que assinala os locais históricos da doçaria abrantina.

Animação musical, workshops, actividades despor-tivas, exposições e demonstra-ções culinárias são algumas das actividades que vão complemen-tar a maior mostra de doçaria tradicional da região.

Na edição de 2013 a Feira duplicou os visitantes e os ex-positores esgotaram a participa-ção.―

A atenção às dificuldades, a ca-pacidade de perceber para além dos grandes números (compreen-dendo que os dramas individuais não são apenas dessas pessoas, mas de todas as que as rodeiam, e que 15% de desempregados são, na verdade, mais de 50% de pessoas tristes) é fundamental para encontrar as energias para superar as dificuldades.eliminar a mediocridade, confiar nos vizinhos, assumir as suas próprias debilidades, apreciar os que pensam e agem de forma diversa… afinal, o que serve para a vida de cada um é também o que assegura a paz e o desenvol-vimento de uma sociedade.o nA leva a todos os seus leitores boas e más notícias. Mas leva, esperamos, um sorriso determi-nado de vontade e esperança. na base da confiança, da tranquilida-de, mas também da indignação.